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Edição

20 anos

Editorial João Fernandes, director do OPINIÃO PÚBLICA

O sonho comanda a vida…

Feliz Pereira, fundador do Jornal OPINIÃO PÚBLICA

“Não vou dizer que não olho para trás com alguma saudade. Encontrei alguns problemas pelo caminho, mas sabe bem recordar essas situações com a consciência tranquila”

O OPINIÃO PÚBLICA completa, com esta edição, 20 anos ao serviço de todos. E quando digo todos, refiro-me, para além da comunidade em geral, a todos os que fizeram e fazem parte do OP. Por isso, quero nesta edição destacar a sua importância, ao longo deste tempo, na formação de todos os que directa ou indirectamente estiveram ligados a este projecto nesta árdua caminhada. Realço, por isso, a liberdade de comunicação, a partilha de conhecimento e o respeito pela diversidade de ideias e opiniões, que sempre presidiram por parte de todo o capital humano que esteve ligado ao OP, desde os seus fundadores, funcionários, colaboradores e leitores. Posso mesmo afirmar que o OP de hoje é o reflexo disso mesmo. Podemos sempre discutir, criticar ou apreciar a forma como o OP esteve e se manifestou ao longo destes 20 anos, mas de facto não é fácil manter uma empresa dedicada à comunicação social, ao nível local, com uma estrutura profissional desde a primeira hora. Ao longo deste tempo, foram tomadas muitas decisões, umas más, outras certamente boas, mas sobretudo definimos um caminho. Conseguimos quebrar barreiras, fazer “revoluções” e reformas, sempre com um esforço conjunto, tendo por objectivo manter o jornal com um nível de qualidade e profissionalismo, que foram compensados pelos resultados conseguidos ao nível distrital, que fizeram deste semanário, segundo o último estudo da Marktest, o mais lido do concelho. Portanto, podemos afirmar que o OP, por tudo o que fez e pelo que representa para a região, com especial incidência em Famalicão, desempenhou, neste período, um trabalho de serviço público, informando todas as semanas nas suas páginas os acontecimentos mais relevantes e marcantes do concelho e da região, dando um forte contributo para o desenvolvimento cultural e social das populações. Por todas estas razões, o semanário OP ficará sempre associado à história destas duas décadas que marcaram a viragem do milénio e do século. No entanto, não podemos viver só do passado e temos de ter hoje, mais do que nunca, uma atitude positiva perante o futuro que se adivinha adverso e muito complicado. É, portanto, necessário aprofundar conhecimentos, adquirir novas competências e reforçar a responsabilidade de cada um e a cultura de empresa e de empreendedorismo, que temos em cada um de nós, porque só com o esforço colectivo conseguiremos avançar e vencer esta difícil jornada. Por fim, como director deste jornal, quero expressar o meu agradecimento e reconhecimento demonstrados por todos os leitores e anunciantes que nestas duas décadas apostaram em nós. Quero ainda deixar uma palavra de gratidão muito especial ao Senhor Feliz Pereira, por tudo o que aprendi e aprendemos com ele, pela sua tenacidade e dedicação sem limites a este projecto, assim como a todos os profissionais e colaboradores que se dedicaram a esta causa e que tornaram possível atingir esta meta do 20º aniversário numa feliz coincidência com a edição 1000! Pela frente temos o desafio de manter o Jornal por muitos e muitos anos e o sonho de fazer do Opinião Pública, com o nosso trabalho e empenho, o melhor de todos os jornais. Façam o favor de sonhar! pub


II

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pública: 6 de Julho de 2011 III

especial

O Jornal OPINÃO PÚBLICA assinala 20 anos e lança a milésima edição. Razões mais que sufi ficcientes para olharmos para trás e falarmos com o homem que esteve sempre à frente deste projecto. Não por seu desejo, mas quase por imposição. Feliz Pereira era empresário no ramo da construção civil, mas viu-se a braços com um projecto na área da comunicação social. Assim, nasceu o OPINIÃO PÚBLICA. Artur Sá da Costa* Em 1991 o jornal OPINIÃO PÚBLICA saiu para as bancas pela primeira vez. Nessa altura, Feliz Pereira, a tua empresa estava a construir a biblioteca municipal no parque de Sinçães e as primeiras piscinas municipais cobertas …Como é que um empresário de construção civil se envolve num projecto radiofónico e posteriormente também jornalístico? Feliz Pereira: Não foi um envolvimento voluntário. Fui envolvido. Numa conversa em que tu [Sá da Costa] estiveste também presente, o Custódio Oliveira, o Mário Martins, e também o Joaquim Lima, confidenciaram-me que estavam interessados em fazer uma candidatura à concessão de um alvará de Radiodifusão Local e em que o prazo estava em cima dos limites e com um problema de apresentarem esse projecto em tempo útil para que a candidatura fosse aceite. Para isso era necessário uma série de projectos e todas as pessoas que trabalhavam no país nessa área estavam ocupadas e já não conseguiam aceitar mais projectos. Havia mais de um milhar de candidaturas. Foi em cima das férias de Natal de 1988. Falamos com o pessoal do gabinete de projectos, porque a candidatura teria de ser feita até 2 de Janeiro. Na altura disse que não tinha experiência nessa área, mas se me trouxessem a legislação sobre o assunto, fazíamos um estudo. Estive com os técnicos a analisar as características que o processo tinha de ter, nomeadamente técnicas. Fizemos a candidatura e estabelecemos o preço para a prestação de serviço. E foi essa inicialmente a nossa participação. Estavas longe de pensar que isso ia levar-te noutra direcção rumo a um projecto de comunicação social?

ENTREVISTA Feliz Pereira, fundador do Jornal OPINIÃO PÚBLICA

“Centrámos o jornal no concelho de Famalicão por questões comerciais” Estava longe disso e se me tivessem feito essa proposta teria dito logo que não, porque não tinha qualquer ligação com a área. O tempo foi andado e em Maio de 1989, o Mário Martins disse-me que tínhamos ganho o concurso e já tinham o alvará e eu dei-lhe os parabéns. Passado uns tempos, alguém me contactou e disse-me que tinham o alvará, mas não sabiam pôr o projecto a andar, porque era necessário ter instalações e equipamentos. Mas, isso custava muito dinheiro. Na altura o orçamento rondava já os 50 mil contos, hoje 250 mil euros. A Cooperativa Vila Nova cumpriu com o valor do projecto e não houve qualquer problema, mas na ocasião da instalação, colocou-se a questão de financiamento, mas deixaram-me a garantia que junto de amigos se conseguiria esse valor. O Dr. Acácio Silva disse-me para eu fazer a instalação da rádio e no fim a Cooperativa tomava conta, porque a ligação era, afinal, apenas comercial.

Tinha uns armazéns e fez-se a instalação da rádio em 4 de Novembro, nuns primeiros ensaios e daí começou-se a emitir. Estava tudo a funcionar e nós entregámos a rádio. Estava concluída a nossa missão e o compromisso estava feito. Mas o cenário traçado não se veio a cumprir? Sim. O que as pessoas queriam fazer com isto, não era da minha conta. Contudo, havia um prazo de pagamento até Março 1990, para liquidar contas e aí houve realmente algumas situações que se verificaram e a Cooperativa Vila Nova não conseguiu reunir o dinheiro necessário para resolver o assunto. Nessa altura, o Dr. Acácio volta a ter importância porque me diz que não via forma de eu receber o dinheiro. Assim, disse-me que o que lhe parecia mais razoável seria eu ficar com a rádio. Aqui começa o envolvimento, sem ter qualquer conhecimento da área e para a qual não estava talhado.

Não estavas talhado, mas a tua personalidade acabaria por encaixar neste projecto… Repara, o processo não era, como sabes, para ser feito apenas com uma pessoa. Quando me vejo perante a situação real de ter de regressar ao projecto, numa fase transitória, porque não era possível transaccionar a rádio, a forma encontrada, era eu integrar a Cooperativa e ter legitimidade para pertencer ao projecto. Nessa altura, eu com os meus capitais pessoais faço um pagamento à empresa, porque a empresa precisava desse dinheiro e nessa fase coloca-se a questão que tipo de rádio se iria fazer. E quais eram as tuas proposta? Havia algumas conotações que eram conhecidas na época. O Vila Nova tinha ligação com o PS e na Câmara estava o Dr. Agostinho Fernandes. Eu achava que a rádio não se devia envolver em lutas políticas. Então, disse que faria parte deste processo desde que se cum-

prissem algumas condições: a rádio ter um estatuto de independência, tanto política, como económica e basear toda a sua actuação futura num projecto comercial bem definido e aguerrido e as pessoas aceitaram. Porque, na verdade, durante muito tempo ainda pensei que se as pessoas quisessem tomar conta do projecto eu abandoná-lo-ia. A Cooperativa Vila Nova tinha o alvará da rádio (RVN) e o Jornal Vila Nova… Não queria mexer com o Vila Nova e nas suas convicções. Quando se decide que eu passo a liderar o processo da rádio e como não havia possibilidade de transaccionar o guarda-chuva tinha de ser a Cooperativa. Assim, a Cooperativa era proprietária do alvará, mas o jornal acabaria por ser separado e passava para a Associação Cultural Famalicense, enquanto a rádio ficava com a Cooperativa. Mas como no futuro pretendíamos transferir para uma sociedade comercial o alvará, teríamos de criar nessa sociedade as condições que existiam quando foi atribuído o alvará. Isto quer dizer que uma futura sociedade que quisesse comprar o alvará teria de ter na sua génese um jornal. Então, aí cria-se a sociedade comercial Editave Multimédia e é aqui que nasce o Jornal OPINIÃO PÚBLICA, para quando se apresentasse a candidatura tivéssemos o perfil adequado. Ou seja, reunir à rádio um jornal. O Jornal OPINIÃO PÚBLICA nasce em 1991 para mais tarde acolher a rádio. E a instalação do jornal foi fácil? Recordo-me de alguns episódios que à distância são caricatos… Há histórias muito interessantes, por exemplo com a jornalista Luísa Monteiro, uma jornalista excepcional, quando todos pediam mais máquinas de escrever. Um dia disselhe: cá está um computador e na altura ela disse-me que o que eu devia trazer era mais máquinas de escrever. Como é que se conseguiu obter sinergias entre o corpo de jornalistas para que trabalhassem para os dois meios de comunicação social? Com persistência. As pessoas acabavam por ver que havia alguma bondade naquilo que estávamos a fazer. Há sempre algumas resistên»»»»»» cont. pag. V cias.


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especial »»»»»»

Hoje, isso é banal nas empresas. Tivemos razão antes do tempo. Os problemas resolveram-se. O que levou a pensar na constituição de um grupo multimédia tem a ver com a situação do crescimento da própria empresa. As empresas na área da rádio normalmente cresciam quando compravam outras rádios, fazendo cadeias, arranjavam mais áreas de negócio. Nunca tive essa apetência para ir fazer rádio para o Porto ou para Santo Tirso, apesar de alguns convites. Então a questão que se colocou foi: se nós não queremos crescer em território, qual é a outra forma de crescer? Ou seja, dentro do mesmo território deter outros órgãos de comunicação. É criar um novo produto para aumentar a área de negócio. Primeiro foi a rádio, depois o jornal e finalmente a Famatv, sempre nessa óptica, aumentar a área de negócios. Mas nos primeiros tempos existiram difi ficculdades… Não. Quando não tínhamos as pessoas mais adequadas, íamos buscálas, porque tinham muita qualidade, como o Luís Paulo Rodrigues, Alexandrino Cosme e a Luísa Monteiro. São pessoas com muita qualidade técnica como jornalistas, tivemos, desde o início, algumas pessoas que se destacaram. Os erros na rádio são passageiros, mas no jornal ficavam e havia alguns problemas. Por exemplo, as pessoas guardavam para si o conhecimento. O grande avanço dá-se quando começa a haver a partilha. Pessoas dotadas houve sempre, mas a partir do momento em que o saber é partilhado o avanço concretiza-se. A paginação também era um saber que as pessoas queriam manter para si. Mais tarde entenderam que o melhor é mesmo partilhar com o colega de lado. Quando aparece o OPINIÃO PÚBLICA em 1991 verifi ficca-se logo que havia ali um projecto inovador … Eu acho que o jornal OPINIÃO Pública nasce à imagem do director e do director-adjunto, do Luís Paulo e do Alexandrino Cosme, que tinham uma forte afectividade aos jornais. Foram eles os dois mentores e só precisavam que ajudássemos a concretizar os meios para eles fazerem o jornal. Tudo saía da cabeça deles. O Luís Paulo passava aqui as noites, foram eles os grandes obreiros do OPINIÃO PÚBLICA. A concepção foi praticamente deles. E o aspecto comercial? No início a rádio tinha uma base mais regionalista, mas acabamos por reconhecer quando tentávamos

vender publicidade, os aspectos locais eram muito vistos e não conseguíamos vender publicidade em Guimarães, onde tínhamos ouvintes e leitores e quando tínhamos que vender em Famalicão, o nosso produto era prejudicado porque falava doutras localidades e assuntos nacionais. Tivemos que recentrar o jornal mais no concelho, por questões meramente comerciais. As pessoas reviam-se num jornal concelhio e na sua identidade. O ano de 91 fi ficcou marcado pelas eleições presidenciais e legislativas, com o OPINIÃO PÚBLICA a entrevistar os líderes nacionais e regionais. Foi uma lufada de ar fresco. Acabouse com a ideia da informação paroquial e localista. A escala era outra, mais global... Não lhes escapava nada a nível nacional ao director e director-adjunto. Acho que o OPINIÃO Pública era um jornal mais desassombrado e mais aberto. Toda a gente que aqui dava o seu contributo era numa perspectiva profissional. Tínhamos legitimidade para exigir, porque as pessoas eram pagas e então as relações eram fáceis. Sempre me fez alguma impressão ter uma estrutura amadora porque não sabia como é que se pode exigir alguma coisa a uma pessoa que faz algo porque gosta de fazer aquilo. Não se pode exigir mais, porque ela dá o que tem. Quando se paga, o grau de exigência aumenta e penso que isso foi importante para que as coisas fossem progredindo. As pessoas que vinham, sabiam ao que vinham e sempre que necessário apoiei -as. Sempre gostei das pessoas que trabalharam aqui. Havia e há um bom ambiente e houve sempre uma base de amizade. No entanto, éramos o único projecto que tínhamos esta base profissionalizante. Este projecto tinha, sobretudo, uma base de independência face aos poderes locais. Isso foi importante para uma informação credível… A opção foi assumida, se ela é entendida ou não, às vezes há dificuldade em perceber. No feedback que recebemos não havia elogios, porque os vários quadrantes nos criticavam, achávamos que estávamos no bom caminho. Nunca aparecia ninguém a dizer que estava tudo bem e essa era a forma que eu tinha para me nortear. Mas, isto é um negócio? Não…. Mas, isto tem de ser encarado como um negócio, porque no mínimo dos mínimos as contas têm de estar equilibradas. Se temos de pagar, temos de saber onde vamos

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receber. Isto nunca foi uma casa fácil de gerir, pagar os salários foi sempre uma dor de cabeça. O dinheiro que dá é para pagar às pessoas. Nem eu, nem os sócios recebemos qualquer tostão com esta actividade. Mas é uma satisfação passados estes 20 anos? Assim como não tive problemas em dizer que entrei nesta actividade de forma involuntária, agora estou mais retirado. Não vou dizer que não olhe para trás com alguma saudade. Encontrei alguns problemas pelo caminho, mas sabe bem recordar essas situações, com a consciência tranquila. Mas realização pessoal? Eu nesse aspecto tive sempre um princípio que me norteou. Nunca utilizei, nem rádio, nem jornal para promoção pessoal, social ou política. Estivemos e estamos sempre ao serviço de Famalicão e para os famalicenses, para que todos tivessem acesso à informação. Havia uma preocupação de dar às pessoas que viviam disto, como os nossos jornalistas, técnicos e radialistas, uma vida igual a qualquer outra profissão. Essa estabilidade continua a ser difícil, nomeadamente com o tempo de crise. Mas, sempre tivemos entre 15 a 20 postos de trabalho, algo impensável quando começámos. O Conselho Editorial do OPINIÃO PÚBLICA quando surgiu era constituído por pessoas de diferentes ideologias, era muito pluralista. Alguns diziam na altura que não ia durar. Qual o balanço que fazes? Pelo menos, esta aventura já existe há 22 anos. Nem sempre todos estão de acordo, mas as pessoas tiveram a oportunidade de dizer aquilo que pensam. Quando alguém discorda, di-lo directamente e não há menos estima pelos outros por pensarem diferente. Acho que é a grande lição que eu tirei, porque sempre ouvi críticas e estou habituado a ouvi-las. Quando dou a minha opinião, é natural que não concordem com ela. Era mais intransigente com a minha opinião. Quando tinha a minha opinião, era aquela a opinião certa, mas a partir de todas estas vivências, comecei a saber ouvir com mais atenção. Agora é tempo de novos projectos… Estes não são tempos de crescimento, são tempos de sustentar e manter os postos de trabalho e aguentarmos firmes. Vamos aguardar para que tudo melhore. *com Sofi fia a Abreu Silva pub


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P a r a b é ns p e l o 2 0 º A ni ver s á r i o e pe l a E d i ç ã o n º1 0 0 0


especial

Departamento de Informação

Há 20 anos atentos a cada passo de Famalicão

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Opinião Pública também na internet O jornal OPINIÃO PÚBLICA procura estar sempre, e cada vez mais, perto dos seus leitores. Assim, além de poder encontrálo nas dezenas de postos de distribuição espalhados por todo o concelho, pode também aceder a todo o seu conteúdo na internet. O endereço www.opiniaopublica.pt está disponível desde Maio do ano passado. O site apresenta um grafismo agradável, procurando dar ao leitor a sensação de que está realmente a folhear as páginas do OPINIÃO PÚBLICA. À semelhança do que acontece com a edição em papel, pode percorrer todas as secções do OP na internet todas as quartas-feiras. Não há mais desculpas para não estar informado.

“Uma equipa atenta a cada passo de Famalicão”. É e sempre foi este o espírito que norteou os grupos de jornalistas que, ao longo dos anos, foram constituindo a redacção do jornal OPINIÃO PÚBLICA (OP). O mesmo espírito que guia o trabalho na rádio DIGITAL FM e na FAMA TV, já que os profissionais que trabalham da redacção do jornal são os mesmos que dão voz às notícias da rádio e realizam as reportagens e notícias na televisão. Aliás, esta sinergia sempre fez parte da filosofia da Editave Multimédia, Lda. Desde a sua criação em Agosto de 1991, o OPINIÃO PÚBLICA passou por várias transformações, começou por ser um jornal de cariz mais regional, de-

pois passou a centrar mais a sua atenção ao concelho onde está inserido – Famalicão. Chegou a ter uma revista e criou o caderno de desporto e a secção temática de especiais, que ainda hoje se mantêm. Durante estes 20 anos foram milhares as páginas publicadas com notícias da esfera política, do desporto, da cultura, da economia, do lazer, quer aconteçam na cidade ou nas 49 freguesias do concelho. Dar a conhecer a todos que nos lêem aquilo que marca a actualidade no concelho é um trabalho estimulante, também muitas vezes cansativo, é verdade, mas compensador, sobretudo quando chegamos aos 20 anos e os estudos indicam

que o OP é o jornal mais lido do concelho e o segundo semanário regional mais lido no distrito de Braga. É a pensar sempre nos leitores que os jornalistas do OP trabalham. A pensar no dever de informar… com qualidade, isenção, objectividade. Sentindo e dando a sentir o pulsar dos grandes acontecimentos, das grandes obras, mas também das pequenas realizações que acontecem nas aldeias deste concelho e que dizem tanto às suas populações. E como numa redacção de informação um dia nunca é igual ao outro, tudo isto só é possível com um verdadeiro trabalho equipa … uma equipa atenta a cada passo de Famalicão. pub


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especial

Uma Marca Histórica Armindo Costa, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão “As mil edições do OPINIÃO PÚBLICA representam uma marca histórica, principalmente nos dias de hoje, em que tanto se fala da crise na imprensa. E enquanto se discute se ainda há espaço para os jornais tradicionais, feitos de papel e tinta, o OPINIÃO PÚBLICA vai crescendo e conquistando o seu lugar na comunicação social regional, sendo hoje uma marca incontornável do jornalismo famalicense. A celebrar 20 anos de existência, o OPINIÃO PÚBLICA chega ao milésimo número com o vigor e o entusiasmo característicos dos espíritos jovens, como quando começou, em 1991, em cuja cerimónia de lançamento estive presente. E isto deve-se, essencialmente, ao trabalho e empenho de uma equipa dinâmica e criativa. Inserido num grupo de comunicação inovador, onde hoje se cruzam a imprensa, a rádio, a televisão “online” e a Internet, o OPINIÃO PÚBLICA destaca-se pela relação de grande proximidade que mantém com a população e com o concelho de Vila Nova de Famalicão. Por tudo isto, saúdo o jornal OPINIÃO PÚBLICA, toda a sua equipa redactorial e administrativa, a sua direcção e todos os seus leitores. Parabéns!...”

Departamento de paginação

Página por página O jornal OPINIÃO PÚBLICA sempre apostou numa imagem bem cuidada. Não foi só por acaso que há duas décadas anos inovou na forma de se apresentar nas bancas, sendo o primeiro do concelho a apresentar a primeira página a cores. Num mundo em constante mudança, o grafismo do OP procurou sempre adaptar-se às exigências do mercado e, em alguns casos, até antecipar-se a elas. Aposta num grafismo moderno, arrojado e atractivo, que segue um livro de estilo, para que o leitor facilmente identifique o seu jornal. Em termos de arrumação, as notícias são distribuídas por diversas secções: Cidade, Freguesias, Cultura, Espaço Aberto, Praça Pública, Especial, Publicidade, além do caderno de Desporto, que permitem ao leitor uma selecção mais rápida daquilo que lhe interessa ler. Quanto à paginação dos anúncios e de toda a publicidade do jornal, tudo é tratado com especial cuidado, de forma a ir de encontro às expectativas e desejos dos clientes, numa relação estreita entre paginadores, departamento comercial e os próprios clientes. Para isso, conta com o profissionalismo dos seus

técnicos, ou seja, dos paginadores, que, semana a semana, vão construindo as páginas do jornal, dando corpo ao OP, apoiados por um conjunto de ferramentas de trabalho e programas informáticos e tecnológicos actualizados com o que de mais moderno há no mercado.

Departamento Comercial

Publicidade é investimento P.e Mário Martins, Arcipreste de V.N. Famalicão “A voz emocionante de Mariza canta-nos esta certeza: “Há gente que fica na história da história da gente”! Também o jornal OPINIÃO PÚBLICA, 20 anos e 1000 edições depois de ter saído à estampa pela primeira vez, faz, certamente, parte da história das gentes de Famalicão e é reflexo vivo das histórias destas gentes! Assim, e enquanto Arcipreste de V. N. de Famalicão, quero felicitar o OPINIÃO PÚBLICA por estes 20 anos marcados pelo excelente serviço prestado às pessoas, ao Arciprestado e sociedade em geral, num tempo em que a comunicação social, quando verdadeira e rigorosa, como é o caso, assume um papel preponderante na condução da sociedade. A mim cabe-me, particularmente, e em nome da Igreja do nosso Arciprestado, agradecer especialmente o serviço prestado à mesma na comunicação das suas acções, sendo esta também uma forma de anunciar o próprio Jesus, Palavra Viva, aos homens de hoje. O Opinião Pública tem ajudado a levar Cristo aos mais variados lugares e contextos da nossa sociedade, ficando, assim, na história da Igreja de V. N. Famalicão, ou seja, no coração e no percurso de vida de cada cristão do Arciprestado! Por tudo isto, partilho com o OPINIÃO PÚBLICA este momento de festa e alegria, desejando que assim continue por muitos mais anos, a entrar na nossa história, embelezando-a com a luz da Palavra e cumprindo, assim, o mandato perene de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura” (Mc 16, 15)”.

A publicidade é a base da sustentação financeira de qualquer jornal e o OPINIÃO PÚBLICA não é excepção. por isso, o Departamento Comercial é fundamental nessa sustentação, não só do OP, como da empresa que o detém, a Editave Multimédia, Lda. É composto por quatro técnicos de vendas, que têm como principal missão a apresentação e venda dos produtos e serviços publicitários,

do jornal OPINIÃO PÚBLICA, da rádio DIGITAL FM e da FAMA TV. Todos os dias trabalham para realizarem o maior número de captações de contratos publicitários e para estabelecerem relações estreitas e pessoais com os clientes. Numa primeira fase realizam-se prospecções do mercado, a fim de estabelecer novas relações comerciais, utilizando para isso a base de dados, já

constituída, da empresa ou outros meios disponíveis, nomeadamente visitas pessoais, listas telefónicas, internet, entre outros, tudo isto acompanhado pelos meios informáticos disponíveis. Sempre a pensar na satisfação do cliente, os técnicos de vendas dão a conhecer as características dos produtos e serviços da Editave, enviando propostas e orçamentos e todo o tipo de esclarecimentos adicionais que forem necessários. Havendo uma plataforma de entendimento, realizase um contrato publicitário, que permita obter a melhor solução de rentabilização do investimento financeiro do cliente para que este tenha o retorno esperado, seguindo a máxima de que para o cliente a publicidade não pode ser um gasto mas um investimento seguro. O departamento comercial agradece a confiança depositada e a fidelização com que todos os nossos clientes nos premiaram, ao longo destes 20 anos de existência, apostando na nossa qualidade, empenho e dedicação.

Departamento Administrativo-Financeiro

Gestão e controlo da empresa António Gonçalves, director artístico da Fundação Cupertino de Miranda “Registar os acontecimentos no seu tempo e fazer deles memórias é auxiliar a nossa própria existência. Festejar um aniversário é relembrar um primeiro dia, um começo, assumindo que o percurso é uma prova de dedicação, persistência de encontros e desencontros. Acumula-se tempo, experiências e procura-se um dado amadurecimento como potenciador de uma maior precisão. É com esse entendimento do tempo que hoje o Jornal OPINIÃO PÚBLICA celebra vinte anos de existência, numa relação constante com os cidadãos do concelho de Vila Nova de Famalicão. Será sempre um contentamento assistirmos a momentos destes que espelham a dinâmica o profissionalismo e a dedicação daqueles que um dia acreditaram num projecto, o levaram à prática e o fazem existir. Felicitações pelo momento que celebra o Jornal OPINIÃO PÚBLICA, com votos de continuidade na perseguição dos objectivos e intenções que movem os que acreditam que o que hoje é motivo de notícia, amanhã será a nossa memória”.

Neste departamento executam-se as tarefas regulares relacionadas com o expediente geral da empresa, bem como a produção de informação administrativo-financeira. No Departamento Administrativo-Financeiro realiza-se a gestão de tesouraria, o controlo das contas correntes, bem como das contas bancárias, executam-se as tarefas administrativas de apoio à gestão de recursos humanos e prepara-se toda a documentação necessária ao cumprimento das obrigações legais. Existe uma interligação com todos os departamentos, estando a seu cargo a coordenação do departamento comercial e de cobranças na ausência do chefe de vendas. Esta coordenação contempla a preparação de toda a documentação de apoio à actividade comercial, distribuição de tarefas comerciais, organização e preparação de reuniões de trabalho, elaboração de estratégias e o seu acompanhamento no tempo, avaliação e análise dos objectivos anuais do departamento comercial. A realização de contratos publicitários, também está

contemplada. Por fim, este departamento providencia todo o apoio logístico e mantém uma assessoria directa com a administração da empresa.


especial

pública: pública: 6 de Julho de 2011 IX pub

Uma experiência irrepetível

Tudo o que vivemos “é vivido pela primeira vez e sem preparação”, como diz Milan Kundera, em “A Insustentável Leveza do Ser”, “como se um actor entrasse em cena sem nunca ter ensaiado”. Foi assim que, em 1991, aceitei o desafio de Feliz Pereira para dirigir um novo jornal em Vila Nova de Famalicão, inserido numa empresa jornalística que integrava também uma estação de rádio. Tinha 25 anos e já tinha uma “carreira” jornalística profissional, o que na altura significava que era um dos poucos jornalistas de Famalicão a viver do jornalismo. Estivera na “Rádio Famalicão”, com António Santos Oliveira; fundara o jornal “Cidade Hoje”, onde José Mário Machado Ruivo e Carlos Vieira de Castro, dirigentes do Círculo de Cultura Famalicenses, agraciaram o meu trabalho com um louvor; e tinha sido contratado por “O Comércio do Porto”, na altura dirigido por Manuel Teixeira, actual chefe de gabinete de Rui Rio, e Fernando Santos, actual director-adjunto do “Jornal de Notícias”, de quem fiquei amigo. Nesse tempo, tudo era diferente em Portugal. Cavaco Silva, então primeiro-ministro, vendeu-nos bem a ideia de um País com pedalada para integrar o “pelotão da frente” da Europa, o que, no nosso imaginário, significava capacidade de consumo e qualidade de vida. O dinheiro começava

a chover de Bruxelas. Salvo os desempregados do velho têxtil do Vale do Ave, o emprego era pleno. Foi neste ambiente efervescente que abracei o projecto inovador do OPINIÃO PÚBLICA, pensado e definido por Feliz Pereira, a pessoa que então, por cá, melhor percebia da comunicação social como um negócio. Foi ele que me convidou para dirigir o jornal, apoiado na estrutura jornalística da “Rádio Vila Nova” (hoje “Rádio Digital”), então a dar os primeiros passos, depois da legalização das rádios locais, em 1989. Aceitei o desafio com paixão e entusiasmo. Tudo o que sabia de jornalismo tinha sido aprendido a ler jornais – o que fazia desde antes de ir para a “escola primária” – e nas redacções por onde tinha passado. E o OPINIÃO PÚBLICA nasceu, fresco, desempoeirado, irreverente, destemido, sonhador e dependente apenas de quem escrevia as notícias ou as opiniões. Uma experiência irrepetível, porque feita por uma geração de jovens jornalistas, alguns deles sem qualquer experiência, acompanhados com paciência pelos conselheiros editoriais Artur Sá da Costa, Joaquim Loureiro, António Cândido Oliveira, Almeida Pinto e o “grande chefe” Feliz Pereira. Fui director do OPINIÃO PÚBLICA durante três anos, após o que escolhi trabalhar no “Público”, então o melhor jornal diário do País. Foram três anos que passaram em três dias. Lembro-me que fui arguido na maior parte desse tempo, com termo de identidade e residência, por causa de processos em tribunal – graças à nossa acutilância, por vezes ingénua. Mas, por obra e graça de Gouveia Ferreira, o advogado, nunca vi um juiz em tribunal. O melhor que se pode dizer sobre o meu tempo como director do OPINIÃO PÚBLICA é que, passados 20 anos, continuamos a poder acordar todas as quartas-feiras e folhear as páginas do jornal. Obrigado, Feliz Pereira! Luís Paulo Rodrigues, Director do OPINIÃO PÚBLICA entre 1991 e 1993 e Adjunto do Presidente da Câmara de V. N. de Famalicão para a Comunicação, desde 2002

A história do OP escreve-se todas as semanas O mais interessante na história de um jornal é que ela já está escrita e tem actualizações constantes. Neste caso semanais. Vinte anos passados e 1000 edições publicadas, cada notícia escrita, cada opinião recolhida e cada fotografia estampada no OPINIÃO PÚBLICA são também a sua própria história. Está lá tudo. Basta revisitá-la. E até será um exercício bem interessante aceder aos arquivos deste jornal. Por isso, não vou alongar-me muito. Da minha parte, associado que estou sobretudo à primeira década de existência do OP, recordo sobretudo o desafio que constituiu ter que reinventar, periodicamente, este título. Numa área que sofreu profundíssimas e rápidas evoluções, sempre se procurou a adaptação a novas realidades. E talvez seja esse o repto maior para o futuro. Antecipar tendências e ajustarse ao que é pedido em cada momento. É que a história continuará a escrever-se todas as semanas. Uma derradeira, e com certeza prin-

cipal, palavra para uma pessoa. A quem, de facto, se deve a concretização deste projecto: Feliz Pereira. O resto é história. Alexandrino Cosme, Director do OP entre 1994 e Abril de 1995 e actualmente é assessor de comunicação do CITEVE

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especial

O jornal e a revista

Realmente vinte anos é muito tempo, especialmente quando estamos a falar de um órgão de comunicação social regional. Passado este tempo sinto-me lisonjeado por ter feito parte deste projecto que está em constante evolução. Durante a minha passagem de cerca de cinco anos pelo OPINIÃO PÚBLICA, que estava ainda no seu início, era previsível que teria muitos anos pela frente. Em contraste com a maioria da comunicação social local e regional, o OP já estava num nível acima, não só pela qualidade dos elementos que compunham a redacção, mas pelo profissionalismo que resultava em edições que se pautavam pela independência e rigor jornalístico. Cada edição era um desafio, não se limitando o OP a relatar só o que se tinha pas-

sado, mas procurando também levar a todos os leitores novos temas e, quantas vezes, levantar a discussão política e social de temas relevantes para o concelho. Não foram raras as vezes que fizemos a agenda da classe política. Por outro lado, o OP foi sempre sinónimo de inovação. Na altura, foi o primeiro jornal da região a ser impresso a cores, levando também a concorrência a evoluir. O design gráfico foi outro dos pontos fortes, tornando o jornal apelativo e de leitura fácil. Foi também o primeiro a ter um suplemento dedicado ao desporto e páginas especiais para assuntos temáticos. Por estes e outros motivos foi-se tornando uma referência que perdura até aos dias de hoje, 1.000 edições depois do seu lançamento. Na minha “caminhada” pelo OP tive ainda a oportunidade de estar presente na passagem do jornal a revista. Um projecto interessante e, na altura, inovador. Mas na génese do OPINIÃO PÚBLICA estava o jornal, que acabou por ressurgir numa fase posterior. Mesmo não sendo a minha formação académica ligada ao jornalismo, a minha passagem pelo OPINIÃO PÚBLICA acabou por condicionar o meu percurso profissional. Foi lá que acabei por constatar que a edição de publicações era o caminho a seguir e é o que ainda hoje faço. O OPINIÃO PÚBLICA acabou por ser também uma boa “escola” para muitos os que lá passaram. Estou certo que o caminho será longo para o OP, continuando a acompanhar as novas tendências do mercado editorial e das novas tecnologias continuará na vanguarda dos jornais regionais. Os leitores assim o exigem e o OPINIÃO PÚBLICA, tal como até agora, saberá estar à altura do desafio. Parabéns. Luís Me nezes, dire ctor do OP entre Ab ril e Dezembro de 1995 Actualmente é adm inistrado r da e dição J. P.M.

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Maria Helena Lacerda, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Famalicão "Antes de mais, os nossos parabéns ao OPINIÃO PÚBLICA pelo seu 20º aniversário e pela sua 1000ª edição. Desejamos que continue a ser um semanário bem elaborado, apartidário e diversificado. Faz parte dos nossos hábitos lê-lo semanalmente desde o lançamento do seu primeiro número. Esperamos continuar a fazê-lo e a apreciá-lo como até à data presente.”

Carlos Silva, presidente da Associação de Dadores de Sangue de Famalicão “O OPINIÃO PÚBLICA é um bom jornal. Devem continuar assim. Se tivesse de atribuir uma nota de 1 a 10, daria um 10. Tudo porque é um jornal com qualidade e boa impressão gráfica. Em termos de organização é excelente, o que torna o OP um jornal fácil de ler e de encontrar o que se pretende”.

António Peixoto, presidente da Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF) “Em nome da Associação Comercial e Industrial de V. N. Famalicão (ACIF) quero felicitar o Jornal OPINIÃO PÚBLICA e todos os seus colaboradores, pela passagem do seu 20º aniversário e pela publicação da sua edição 1000. Destacar a forma rigorosa e séria como tratam todas as matérias jornalísticas, constituindo-se como um órgão de comunicação de referência no concelho e na região. Os votos são para que prossigam com o empenho e dedicação a que habituaram todos os famalicenses que semanalmente procuram no OPINIÃO PÚBLICA o seu meio de informação privilegiado. Desejo as melhores realizações futuras e a continuação do sucesso verificado ao longo dos últimos 20 anos de existência”. pub


XII

pública: 6 de Julho de 2011

especial pub

Ser aquilo que é devir

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Não é verdade que não deveremos regressar à casa onde um dia fomos felizes. Só sabemos dessa felicidade mais tarde. Só regressamos quando já não damos muitas explicações nem aos outros, nem a Deus. O OP nasceu num tempo em que o futuro não existia; foi o fruto da paixão de um punhado de jovens que não pensavam no amanhã e da força de quem pensa numa nova inflexão para o dia de amanhã. Sabíamos da História local pelos cronistas; os cronistas sabiam das transformações sociais pelos jornalistas de carteira profissional ainda fresca. Fresca quanto o cimento da estrutura física que nos abrigava de dia e de noite, por trás do Mosteiro de Antas, pilar da perenidade. Fui dos primeiros jovens a ficar de olhos brilhantes face à notícia do Sr. Feliz Pereira de que abriria um jornal – era chegada a tangibilidade da nossa paixão. Emparceirávamos na revoada do tempo que foi berço de uma globalização mais ou menos capitalista. Éramos contemporâneos de uma TSF, de um Jornal Público, mas ao mesmo tempo, não esquecendo o lado romanticamente camiliano de termos naquele edifício moderno, bem por trás do Mosteiro medieval, um espaço onde o pensamento se debatia, e as ideias e as acções. Era a defesa da aldeia face à irrupção de um comunismo new-âge. Para mim, que era uma jovem, a máxima aristotélica “Torna-te no que tu és”, dava lugar à frase “sê o que tu devéns”. E foi com o OP que eu cresci verdadeiramente, não só mediante o contacto com os outros – os de dentro e os de fora -, mas através da intensidade do trabalho, que é o maior mestre da nossa disciplina. A entrega sóbria e consciente a algo no qual se acredita, ensina a relativizar tudo na vida e a ter apenas a tolerância possível. Foi e é uma referência na minha vida. Já há muito que segui um outro caminho, mas não esquecerei jamais a filiação de alguns dos meus mais velhos e bons vícios: como trabalhar arduamente, deixar que sejam os olhos a entrar por dentro das coisas e não o contrário, a respeitar hierarquias e a primar pela fidelidade axiológica que a cultura impõe.

Agora que regresso ao sítio onde um dia fui feliz, polvilha-se-me a memória de nomes. Tenho limite de espaço para os nomear, mas saberão de quem me recordo. E com toda a intensidade da minha verdade, só posso dizer: muito obrigada. Agora também, e se o responsável editorial me permitir, aproveito o ensejo apenas para publicamente pedir desculpa (pedido muito consciente, pois é a única situação de que me envergonho ainda na minha vida) a determinada senhora do centro da cidade de VN Famalicão de quem eu um dia, por travessura, por imaturidade (eu sei lá o que guia o instinto dos galgos novos), revelei uma parte particular da sua vida, relativa às suas crenças ou à religiosidade da sua alma. A todos os outros, apenas a minha saudade, o meu apreço e a lembrança que é sempre urgente renovar. Não para nos tornarmos naquilo que somos – mas para sermos aquilo que em nós é devir. Parabéns, OPINIÃO PÚBLICA! Luísa Monteiro, jornalista e sócia do OP, entre 1991 e 1997

Augusto Lima, director de formação e qualifi ficcação do Citeve

“Como se sabe, na era actual da informação, o papel da comunicação social no mundo, no país e no concelho é cada vez mais relevante para o desenvolvimento das sociedades. Ora, na minha opinião, o Jornal Opinião Pública tem sabido adaptar-se à realidade e aos desafios dos dias de hoje, proporcionando uma informação rigorosa, credível e actual aos Famalicenses, contribuindo assim para o próprio progresso do concelho. Aquilo que se espera, e são os meus votos, é que daqui a 20 anos possamos estar a celebrar os 40 anos! Parabéns!”

Rosa Moreira, reitora da Universidade Lusíada de V. N. de Famalicão

“Parabéns ao Jornal OPINIÃO PÚBLICA! No âmbito do vigésimo aniversário do OP e da sua milésima edição gostaria de felicitar e enaltecer o projecto social e cultural deste “canal” de divulgação e promoção de ideias e opiniões, mas também de cultura e de saber. É, sem dúvida, uma mais-valia para a região e para o concelho. Uma palavra especial a todos os membros que integram a direcção deste Jornal e a toda a equipa que o faz entrar nas nossas casas pelo profissionalismo, dinamismo e inovação. A todos votos de felicidades e muito sucesso”.


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pública: 6 de Julho de 2011 XV

especial

A Liberdade é que conta Não é certamente a quantidade de títulos de jornais editados, que garante a liberdade de expressão e, muito menos, o que assegura a pluralidade de pensamento. É, obviamente, um dos requisitos imprescindíveis para uma comunidade ou um país respirar a liberdade de imprensa e viver a cidadania plena. Porém, estas só se alcançam com órgãos de comunicação social independentes, libertos de tutores e de tutelas, sejam políticas ou ideológicas, religiosas ou partidárias, sejam doutrinárias ou económicas. Sem dúvida, que um projecto jornalístico credível exige independência, face aos poderes e interesses instalados, como não abdica de um corpo profissional de jornalistas sérios e competentes. Este era o ideário do OPINIÃO PÚBLICA de há 20 anos, quando irrompeu no pacato panorama da imprensa famalicense e não vislumbro razões para o invalidar nos dias da blogosfera e da instantaneidade mediática, que fazem de todos e de cada um de nós, um jornalista em permanência. Não está em causa a participação cívica e a opinião crítica, direitos e deveres de uma cidadania activa, que só enobrece quem os exerce. O que ainda não se descobriu foi um substituto para a função de mediação, própria do jornalista, sobretudo no que ela contém de distanciamento e de competências profissionais e de regras deontológicas específicas. Quando nos idos de 1991 o OP era um projecto em gestação, designaram-no como o “sexto”, tentando colá-lo à fila dos cinco semanários já existentes no concelho, insinuando-se subliminarmente que todos eram iguais, não admitindo nem por mera cortesia, que era possível fazer diferente e melhor. Nem lhes passava pela cabeça que a sociedade famalicense estava aberta e disponível para novos desafios e carenciada de outros conteúdos informativos. Sabe-se agora, o que já era então evidente: estavam por percorrer os caminhos da independência e da profissionalização, que só consciências livres alcançam. Surpreendente (ou não) é o OP conseguir ser um produto inovador, completamente distinto de todos os outros – apesar de serem cinco – fazendo uma rotura com os modelos organizacionais e com as práticas jornalísticas entre nós imperantes. Sendo todos diferentes, tinham traços comuns que os homogeneizavam. A alternativa que o OP anunciava e se propunha fazer era simples: mudar o paradigma na forma de gerir e fazer informação a nível local e regional. Numa linguagem mais retórica, tratava-se de pôr termo à subserviência a senhores (sacros

ou laicos), libertá-la da servidão a uma doutrina ou ideologia e autonomizá-la de uma memória pessoal ou familiar, dizia que a mudança proposta era a adesão aos padrões de modernidade, que tinham inscrito no seu código genético a liberdade e a democracia, transpondo as regras empresariais e profissionais existentes no plano nacional para a gestão da comunicação social local. O que se abjurava era que os jornais e as rádios locais (as tevês ainda eram uma miragem) estivessem condenadas a adorarem santos de conveniência ou profetas de serviço. Apenas se reivindicava para os cidadãos informação séria e rigorosa a expensas de profissionais, aceitando a concorrência no sector como um factor de saudável competitividade. Acrescente-se, que esta rotura representava uma autêntica revolução à época. Ao modelo do jornal do concelho e para o concelho, contrapôs-se o horizonte regional. Embora sedeado no território municipal e privilegiando este, no seu olhar espelhava-se a ambição e a dimensão regional envolvente. E suprema heresia ousou-se juntar no conselho editorial não uma cor (política, ideológica ou outra qualquer), mas múltiplas e diversificadas. Os Velhos do Restelo de serviço logo carpiram e lançaram anátemas, vociferando maldições. Ouviu-se de tudo. Escapou-lhes porem um pormenor. Viram fraqueza onde era suposto descobrirem virtude. Um erro fatal. Afinal a pluralidade de opiniões e a diversidade ideológica não foram coveiros do projecto. Foram antes, volvidos vinte anos, podemos afirmá-lo com

Abade Vermoim, José Costa e Silva

toda a segurança, o fundamento do seu sucesso. Celebramos este ano o 20º aniversário do OP, como já o fizemos há dois anos com a Rádio Digital, em cujo regaço foi gerado o jornal. Na verdade, esta aventura inicia-se com a atribuição do alvará da actividade radiofónica sonora à Cooperativa Cultural e Editorial Vila Nova, consolidada pela primeira emissão, em Novembro de 1989, pela ainda então designada Rádio Vila Nova (R.V.N.). Este é outro aspecto – o da criação de um grupo multimédia – não menos relevante nos objectivos e nas ambições que nortearam o ideário e a estratégia dos fundadores deste projecto. Em boa verdade, os genes da autonomia e da independência, que são o rosto e a identidade do OP, germinaram dentro do jornal Vila Nova e, em particular nas preocupações fomentadas no âmbito da Associação Cultural Famalicense, proprietária daquele título, casa que então nos abrigava. O ano de 1987 foi determinante. Tinha acabado de ali chegar, encontrando um ambiente de mudança, sobretudo em melhorar a imagem e a qualidade do conteúdo informativo do “Vila Nova”. Confiaram-me a direcção da Associação e logo na primeira reunião incumbiram o director do jornal e o presidente da direcção de apresentar um “plano de reestruturação”, aprovado poucos dias depois, o qual, em síntese, preconizava a alteração da linha gráfica e visual do VN, a criação de um conselho de redacção, o recrutamento de novos colaboradores, uma campanha de angariação de assinantes e um recenseamento dos associados. As palavras de ordem dominantes, que o livro de actas regista, eram “independência do VN perante o poder local”, “melhorar a informação, maior variedade e mais rigor”. Neste contexto, emerge uma proposta que defende a criação de uma cooperativa e a transferência do VN para a sua jurisdição. E justificava-se (acta nº5, de 24 01 1987): “a sua verdadeira independência só será totalmente conseguida com esta desvinculação da associação e transformação em cooperativa”. Coube-me essa tarefa, que conclui em 21 de Março, com a aprovação dos estatutos. Quando no ano seguinte abre concurso para a atribuição dos alvarás para as rádios locais já a repudiada associação cultural famalicense fora dispensada. Tinha chegado a vez da “cooperativa”, a mãe de todas as roturas. Artur Sá da Costa, me mb ro d o Conselho Ed itorial e sócio fund ador d o OP

OPINIÃO PÚBLICA: um título bem encontrado O título para este jornal foi bem encontrado. No entanto, pouca gente saberá hoje que ele não foi a primeira opção para baptizar este semanário. O título que propus foi “Praça Pública”. Mas não avançou porque, no entender da burocracia de Lisboa, “Praça Pública” podia confundir-se com “Praça da República”(!), título de um jornal de Viana do Castelo. Feliz Pereira, que me habituei a admirar desde os tempos em que a liberdade era difícil e que é o responsável pelo aparecimento deste jornal, comunicou-me o facto e avançou, optando por “Opinião Pública”. Gosto mais deste título. Escreveu-se direito por linhas tortas. Pena é que, ao longo destes quase vinte anos de vida, não se tenha formado uma forte opinião pública famalicense como era desejável. Os famalicenses mostram-se muito reservados (veja-se, por exemplo, o número dos que escrevem regularmente nos vários semanários que temos) e não é fácil juntálos à volta de uma causa. E há tantas a merecer a união dos famalicenses. Dou exemplo de apenas uma entre

Casa Museu de Camilo Castelo Branco em São Miguel de Ceide. Trata-se de encontrar uma solução adequada e equilibrada para o conflito que lá perdura há mais de uma década com grave prejuízo para todos. A capital cultural de Vila Nova de Famalicão, com relevo nacional e internacional, está lá, devendo referir-se a este propósito o excelente trabalho efectuado nos últimos anos pelo Dr. José Manuel Oliveira. A minha opção em termos de jornais locais é, com efeito e cada vez mais, uma opção por causas. Um bom jornal é aquele que luta por temas de elevado interesse para a população e para o território onde se insere. E lutar por uma causa não é apenas dar notícia dela. É acompanhá-la persistentemente até ter uma solução, a melhor solução possível. Não é um jornalismo fácil, mas é o que vale a pena. Desejo que o OPINIÃO PÚBLICA esteja na primeira linha nesse domínio. muitas outras que poderia enumerar: fazer com que se resolva de uma vez por todas o problema do arranjo da zona envolvente da

António Cândido de Oliveira, memb ro do Co nselho Editorial e sócio fundador do OP

“No 20º aniversário e número 1000 do OP, felicito todos os que contribuem para que este jornal seja uma realidade, e espero que continue por muitos mais anos pelo interesse dos Famalicenses perseverando a sua isenção, imparcialidade e gratuitidade e ouvindo todos e noticiando tudo. Parabéns!” Antas, Alcino Cruz “O OP é um jornal a nível local muito interessante, porque dá a conhecer o que se passa no concelho. Deve continuar na senda do progresso, como tem sido até à data”. A r n o s o S a n t a Eu l á l i a , Manuel Joaquim Costa “Mesmo que com a crise possa acontecer ao tamanho do vosso jornal o mesmo que vai acontecer ao subsídio de Natal de muitos portugueses, estou certo que poderemos continuar a contar com o mesmo projecto informativo de qualidade”. A r n o s o S a n t a Ma r i a , Américo Barbosa “O OP é um bom jornal que informa muito bem os famalicenses sobre as notícias do concelho. Os meus parabéns pela distribuição gratuita em todo o concelho. Obrigado pelo trabalho desenvolvido pela equipa. Parabéns!”.

Avido s, António Gomes “Felicito o OP pela passagem do seu 20º aniversário, desejando a todos quantos fazem o jornal as maiores felicidades para o futuro e que continuem com o excelente trabalho que têm realizado ao longo deste últimos 20 anos”.

Bairro, António Sousa “O OP tem prestado um bom serviço ao concelho, dando informação sobre os mais variados campos. A única situação que merece o meu reparo é a distribuição gratuita do jornal. Eu lia-o todas as semanas na Junta, mas agora quando não dá para passar pelo quiosque, acabo por não o ler. Mas, é um jornal que continua a prestar um serviço louvável e faço votos que o OP se mantenha por muitos anos, dando boa informação”.


XVI

pública: 6 de Julho de 2011

especial

Be nt e, F ra ncisc o Fe rr e ira

C r u z , A n t ó n i o S i m õe s

“O OP é um jornal com qualidade e sendo gratuito é muito bom para dar informação às pessoas. Dou os meus parabéns ao jornal, porque tem vindo sempre a melhorar”.

“Ao conselho editorial, director, chefe de redacção e demais funcionários do OP, a freguesia de Santiago da Cruz, apresenta os parabéns pelo vosso 20º aniversário e pelo serviço prestado à informação com aquele rigor, transparência e independência que vem demonstrando ao longo da sua vida. Continuação de muitos sucessos na vossa já longa existência”.

B r u f e , J o r g e Fe r n a n d e s "Felicitações pelo vosso vigésimo aniversário! Durante estes anos, o OP tem tido um papel essencial na publicação das opiniões e notícias de interesse que abrangem todo o nosso concelho. Saúdo toda a equipa do jornal e continuação de muito sucesso!"

Delães, Manuel Silva

“O Jornal Opinião Pública há duas décadas que noticia, com rigor e isenção informativa, os acontecimentos e eventos mais relevantes a nível cultural, desportivo, político e da actualidade do concelho de Famalicão e das suas freguesias, tornando-se assim num semanário de referência regional. Deste modo, é com agrado que felicito este jornal, na pessoa do seu director, jornalistas e demais colaboradores, que contribui para que a população em geral disponha de informação de qualidade, em tempo útil, de forma gratuita, quer através do jornal impresso quer da sua página na internet. Parabéns pelo 20º aniversário em nome da Junta de Freguesia de Calendário”.

“Quero em nome da Freguesia de Delães felicitar o OP pela passagem de mais um aniversário, desejando muitos sucessos e que continue a desenvolver o trabalho isento a que sempre nos habituou e a pluralidade de opiniões, muitas vezes esquecida noutros órgãos de comunicação social. Sendo um jovem jornal com vinte anos, revela a virtude e a maturidade de bem informar, salientando todos os aspectos da nossa sociedade e muito em particular a do nosso concelho. Quero, nesta data e até pelo simbolismo dos 20 anos destacar o aspecto social do jornal. O facto de ser gratuito faz com que ele chegue a muito mais pessoas, muitas com hábitos de leitura adormecidos e fazem do jornal a sua leitura semanal. Parecendo um assunto de baixa importância, no entanto é relevante para muitas pessoas. O jornal é feito por pessoas e nesta data, não é demais, saudar os seus directores, jornalistas e comentadores. Um grande bemhaja”.

Carreira, Agostinho Veiga

Fradelos, Avelino Reis

“Admiro o trabalho do OP. É um jornal importante no concelho, mesmo por ser gratuito, porque é uma vantagem para a população e leitores. A informação é isenta e abrange todo o concelho”.

“Parabéns ao OP pelo seu 20º aniversário. Fradelos quer associar-se ao vosso aniversário e partilhar convosco a alegria de 20 anos de existência, sempre ao serviço do leitor, com a informação actualizada e isenta. Parabéns a essa grande equipa pelo seu profissionalismo e sabedoria, que semanalmente dão o seu melhor ao serviço das nossas gentes”.

Ca l e n d á r i o , A r m i n d o G o m es

Cas te lõe s, F ranc isco Sá “Parabéns ao Opinião Publica que ao longo dos seus 20 anos de existência e das suas já 1000 edições, tem tido o senso crítico construtivo, a franqueza, a sabedoria, a lisura com que os factos são relatados e principalmente a maneira profissional com que esse veículo de comunicação leva a todos os famalicenses. A toda a equipa do Jornal OP os meus parabéns.”

Gavião, António Ribeiro “Parabenizar o OP é reconhecer o trabalho de uma equipa de colaboradores que, ao longo dos anos, nos habituou a ver um jornal informativo, de actualidades e vida social, dado o prestígio do seu trabalho. Parabéns a toda a equipa do jornal, e que continuem a dar voz aos famalicenses.”

Esmeriz, Jorge Silva Gondifelos, Manuel Santos “São 20 anos de um jornal que ao longo deste tempo nos tem habituado a uma informação isenta, bastante profissional, fazendo eco daquilo que é fundamental num jornal regional. Foca-se nas necessidades e expectativas do concelho. Tem a grande responsabilidade naquilo que é a afirmação do concelho no contexto regional e nacional. O OP tem sido pontuado pela excelência, porque tem feito um trabalho efectivamente fantástico. Espero que estes anos sejam multiplicados por muitos mais, porque, de facto, auguro um grande futuro”.

“Felicito o OP pela comemoração do seu 20º aniversário ao serviço da informação concelhia, pela visão e disponibilidade que colocam ao dispor das populações do nosso concelho. Considero este jornal um espaço muito importante para a valorização das autarquias e das populações, sendo um grande contributo para uma informação próxima da vida das comunidades e dos cidadãos. Aproveito também para felicitar todos os intervenientes do jornal pela disponibilidade e qualidade do serviço prestado”.

Fartar Vilanagem Quando, com o actual GOVERNO, de direita, se pretende uma privatização a todo o custo e de imediato de sectores vitais da nossa vida económica e social, vem-nos à memória sobre o que se está a passar nos Estados Unidos desde há algumas dezenas de anos. A começar, por um sector vital da vida pública de um qualquer estado democrático, como é o caso das forças armadas: Em 2004, no Iraque, as sociedades militares privadas já representavam a 5ª parte do exército americano, ou seja, o seu segundo contingente. Em 2008, já há 160.000 “operadores privados”, em número igual ao do exército oficial. Em nome do chamado “ Estado mínimo” as sociedades militares privadas foram ocupando um espaço crescente na invocada segurança nacional dos Estados Unidos. O que teve as suas consequências óbvias: cada vez mais o aparelho militar- industrial foi impondo a lógica dos seus interesses, que são os do LUCRO. E, SE NÃO HÀ GUERRAS, INVENTAM-SE! Não é por acaso que as indústrias de defesa se foram fortalecendo, nomeadamente através de contratos, de prestação de serviços e “operações exteriores”, chegando, em 2004, a um montante de mais de 300 Biliões de dólares. Com uma particularidade: mesmo quando aparentemente abandonava o “teatro de guerra”, deixavam no local tais MERCENÁRIOS, para combater o “Terrorismo”, ou em “guerras de fraca intensidade”. Também neste sector, de vital intervenção pública, qualquer estado direito, a administração da justiça, vemos as prisões serem entregues aos PRIVADOS: que acabaram por constituir um poderoso grupo de influência. E que, em nome do seu “direito” ao lucro, defendem acerrimamente o alargamento das PENAS da prisão, de preferência, perpétuas, como é evidente! Regressando a “casa”, recordamos uma reportagem de um grupo de jornalistas do DIÀRIO DE NOTICÍAS, durante a última campanha eleitoral e cujas revelações, apesar de extremamente graves, NÃO FORAM DESMENTIDAS: 1 - O “TRIBUNAL DE CONTAS” recebeu a contabilidade de 1724 organismos e apenas fiscalizou 418. 2 - Num universo de 13740 entidades, entre administrações central, local e regional, empresas, institutos e fundações que estão sobre a sua jurisdição, e que consomem metade do PIB. E acrescentaram os jornalistas: Portugal não tem capacidade para fiscalizar 13740 organismos que recebem dinheiro do Estado: mais, 90 % escapam ao controlo do “ Tribunal de Contas”. MAIS EM CONCRETO: quase metade da riqueza nacional (48%) é consumida por entes públicos, sem qualquer controle, sem que os seus dirigentes prestem quaisquer contas! O que, no nosso caso, apresenta um aspecto ainda mais obsceno e caricato. Assim, em Portugal, até nem seria necessário “ privatizar” a “coisa” pública: Pois os PARTICULARES-LADRÕESVIGARISTAS-POLÍTICOS-

MEMBROS da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, já se “apoderaram” da máquina do ESTADO, colocandoa ao seu serviço, perante a passividade dos mais altos titulares do poder político administrativo. E os TRIBUNAIS? Estão organizados de propósito para não funcionarem (manifesta falta de meios financeiros, técnicos e humanos): Os políticos não são parvos! Este fenómeno, que se tem generalizado um pouco por toda a Europa, tem sido enquadrado na aliança prática entre os partidos políticos e a corrupção, pondo em causa o sistema democrático. E. GARCIA ENTERRIA, administrativista de renome, a propósito da “partidocracia” fala-nos da “colonização” do Estado e da sociedade pelos garantidos políticos (apesar de entender, como nós que os partidos políticos não absolutamente necessários ao funcionamento de uma sociedade democrática!) E, em temos tais são referidos tais fenómenos de “colonização”, que acaba por se verificar a “privatização” alusiva da funções públicas e dos próprios bens públicos, graças aos partidos políticos que, atentas as suas formas de organização e recrutamento, se aproximam perigosamente da figura sociológica de “associações de malfeitores”. A comparação é dolorosa? Possivelmente assim se passa. Mas pior do que a DOR da constatação de uma realidade crescente, será a VERGONHA de, apesar da denúncia, ninguém se preocupar. FARTAR VILANAGEM! J o a q u i m L o u r e i r o, m e m b r o d o Co n s e l h o Ed i t o r i a l e s ó ci o f u n d a d o r d o O P

PS: Falar no “OPINIÃO PÚBLICA” sobre o seu itinerário ao longo das suas 1000 edições significa recordar que estamos perante um órgão da comunicação social que, perante alguns dos fundadores deveria chamar-se Praça Pública. O artigo que ora se apresenta tem uma forma em parte de manifesto e em parte de testemunho, assim deve ser entendido.


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pĂşblica: 6 de Julho de 2011 XVII


XVIII

pĂşblica: 6 de Julho de 2011

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pública: 6 de Julho de 2011 XIX

especial 20 anos

Agosto de 1991, já lá vão vinte anos Um grupo restrito de famalicenses acaba de despertar dum sonho. Um sonho que durou alguns meses e se tornou realidade. No Hotel dos Moutados, com pompa circunstância, é louvado em cerimónia pública o número zero do grande OPINIÃO PÚBLICA. Faz vinte anos para o próximo mês de Agosto que o Jornal OPINIÃO PÚBLICA, com toda a regularidade, tem chegado ao longo de todo este tempo aos olhos dos leitores. Parece que foi ontem. A ideia foi lançada e logo foi agarrada. Não faço nenhuma inconfidência se disser os nomes, por ordem alfabética, para não haver melindres e para facilidade de memória, desse grupo que falo no início desta crónica. São eles: Alexandrino Cosme, Almeida Pinto, António Oliveira, Feliz Pereira, Joaquim Loureiro, Luísa Monteiro, Paulo Rodrigues e Sá da Costa. São estes oito famalicenses que abraçam o projecto de lançarem em Vila Nova de Famalicão um jornal com características diferentes dos que então existiam, tendo alguns deles já sido extintos. E a primeira diferença começou logo pela variedade de personalidades e pelo multifacetismo dos seus fundadores, quer sobre o ponto de vista profissional quer político. Recordo-me de uma ocasião ouvir algumas opiniões interrogando-se como era possível sensibilidades diferentes, sobretudo sobre o aspecto político, que iam da esquerda à direita passando pelo centro, fundarem um jornal. Na época, a política era vivida intensivamente sobre o ponto de vista programático e de declaração de princípios onde as diferenças entre as várias sen-

sibilidades políticas eram significativas. Porém a ideia foi mesmo criar um órgão de comunicação social abrangente, extensivo sem estar enfeudado a esta e àquela ideologia partidária. A ideia foi criar um jornal pluralista onde todos tivessem cabimento fosse qual fosse a sua religião ou a sua política. Se tal foi pensado, tal foi feito e conseguido. Durante meses houve reuniões onde tudo era discutido ao pormenor. Desde o nome a atribuir até à sua periodicidade, passando pela abrangência da sua implantação concelhia ou regional, tudo foi pensado num ambiente de máxima curiosidade e respeito pelas ideias de cada um. O fermento desta iniciativa foi as crónicas, que, semanalmente por cada um de nós e todos os dias da semana, na Rádio Vila Nova, que mais tarde se passaria a chamar Rádio Digital, eram feitas

intituladas “Pelourinho”. A Rádio Vila Nova chegou a ser a extensão radiofónica no jornal Vila Nova que uma ocasião tinha a sua colaboração política. Entendemos que seria interessante que essas crónicas ficassem planeadas num Jornal e não se perdessem no éter onde se transmitem as ondas electromagnéticas. Nem sempre a vida do Jornal OPINIÃO PÚBLICA foi fácil. Eram tempos de momentos difíceis. Houve altura em que chegou a ser pensada a sua extinção. Porém houve o bom senso dessa ideia não ter ido em diante. Quem vos escreve foi um dos que sugeriu que fosse feito mais um esforço para que o Jornal OPINIÃO PÚBLICA continuasse a ser publicado. E ainda bem. Os famalicenses continuam a ter semanalmente, graças ao esforço de quantos trabalham ao jornal, um órgão de comunicação social pluralista e regionalista que está na génese da sua fundação. Claro que isto só é possível com uma gestão de rigor e com um profissionalismo exemplar e digno de registo de todos quantos contribuem para que, semana a semana, os famalicenses tenham o prazer e a sorte de ficarem actualizados em relação ao que se passa no seu concelho e na sua cidade. Por fim, faço votos para que o Jornal OPINIÃO PUBLICA perdure no tempo, não se afastando da linha editorial que esteve na mente dos seus fundadores, entre os quais me encontro.

J e s u f r e i , A n í b a l Co s t a “Parabéns pelo aniversário, espero que o OP continue a ser editado durante muitos e muitos anos. É, efectivamente, um jornal importante para o concelho, que leio com regularidade, com uma linha editorial exemplar e isenta”. J o a n e , I v o S á M a ch a d o “Parabéns! Julgo ser por demais evidente a importância de um jornal no contexto de concelhio, facto que releva o meu sentimento de gratidão enquanto autarca e cidadão. Enquanto autarca, muito da acção de autarquia a que presido, chega ao conhecimento dos cidadãos através dos jornais. Enquanto cidadão, tomo conhecimento da realidade concelhia lendo os jornais da Famalicão ou de Joane. Ora, estando a festejar os seus 20 anos e a 1000ª edição, o Jornal Opinião Pública merece o meu reconhecimento e enorme gratidão, justificando-se pois este depoimento que se torna público. No mais, sobram os votos de incentivo para que continuem a fazer o que têm feito bem e votos renovados de parabéns pela conquista desta 1000ª Edição”. L a g oa , J o r g e C r u z “O OP é um jornal que gosto de ler, transmite a realidade do concelho. Tenho que dar os meus parabéns ao trabalho da redacção e espero que continuem assim!”

Almeid a Pinto, me mb ro do Conse lho Editorial e sócio fundador d o OP pub


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pública: 6 de Julho de 2011

L a n d i m , Ca r l o s Fe r r ei r a “ A longevidade deste jornal, que comemora os seus vinte anos de idade é, com certeza, o corolário de um percurso feito de rigor e isenção na prossecução dos fins a que os seus fundadores se propuseram. Mas é também o fruto da enorme dedicação, carinho, labor, inteligência, ao longo destes anos, de todos os seus jornalistas e colaboradores, afinal aqueles que fazem o jornal, que regularmente nos trazem as notícias e que, com imparcialidade, nos vão mantendo informados sobre os acontecimentos da nossa região. Para eles deixo uma palavra de gratidão. O OP é um caso de sucesso. Não é por acaso! Desejo, sinceramente, que o projecto do OP perdure por longos anos com o sucesso que todos lhe reconhecem”.

L e m e n h e , J o s é Ca s t r o “Em meu nome próprio e em nome da freguesia de Lemenhe formulo ao jornal local mais credível, imparcial e competente do concelho de Famalicão os mais sinceros votos de muitos parabéns por mais um aniversário. Quero ainda aproveitar este espaço para endereçar cumprimentos à direcção e jornalistas e felicitar o extraordinário trabalho realizado, o qual se concretiza em notícias da actualidade, entrevistas e reportagens de elevado interesse público”.

L o u r o , A r mé n i o M a ce d o “O OP é um dos melhores jornais do concelho e a nível distrital. É um jornal que nos informa completamente de tudo o que passa no concelho e eu como autarca gosto de saber do essencial. Desde a paginação à primeira página, é um jornal agradável e simpático e por isso eu continuo a ser um fã do OP. Os meus parabéns aos jornalistas pelo seu excelente trabalho. Não é um jornal com cor política e isso é extremamente importante e com certeza uma maisvalia”. L o u s a do , M a n u e l M a r t i n s “Parabéns pelo excelente trabalho desenvolvido ao longo destes 20 anos. É um bom jornal para o concelho para que a população fique esclarecida”.

M og eg e , M a n u e l P i m e n t a “Naturalmente que o OP é uma mais-valia nesta região. Todos sabemos da dimensão deste jornal e o serviço público que tem prestado ao longo destes 20 anos. Desejo-vos as maiores felicidades!”.

especial 20 anos

Famalicão, anos 90

Textos de Artur Sá da Costa (Director do Departamento de Cultura de VN Famalicão entre 1987 e 2010)

Uma cidade Cercada No início dos anos 90 do século passado as “muralhas” da cidade eram sustentadas a oeste pela linha do caminho-deferro, e a nascente pela avenida General Humberto Delgado, prolongada a norte pela Carlos Bacelar e 9 de Julho, fechando a sul com a Rebelo Mesquita, onde o novel edifício dos Bombeiros de Famalicão acabava de ser inaugurado e, bem perto, mais para oeste construíam-se as piscinas cobertas (as primeiras do concelho). O anel alargava-se mais em função da maré dos negócios dos construtores do que servindo uma ideia de uma cidade pla-

Parque de Sinçães

Igreja Matriz (Nova) e Centro Cívico

neada. Os terrenos do parque de Sinçães ainda estavam em estado virgem, onde os cavalos saltavam e se praticava desporto. Porém, na ponta sul crescia o edifício da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, já sob as ameaças das torres que hoje a cercam. De qualquer modo, o horizonte que se alcançava do então putativo parque da cidade espraiava-se

pelas belas manchas florestais, frondosas e protectoras da quinta da Devesa. No centro da cidade teciam-se compassos de espera, gerando algumas expectativas, depois dos sobressaltos destrutivos dos anos 70 e 80. A Av. Narciso Ferreira alargavase para alinhar com a Av. 25 de Abril. Mais a norte travava-se um debate surdo quanto ao destino dos terrenos envolventes

da nova Matriz. Construir, destruindo o casario da rua Francisco Alves ou criar uma grande praça (a “Plaza Mayor”?) simétrica à dos jardins dos Paços do Concelho? Não sei se venceu a força e a influência do capital, ou perdeu por ausência a tacanhez de espírito. Seguramente não ganhou uma visão arrojada e estratégica para a cidade. Mais presente e já quase

irremediável estava a perda (irreparável) da morte do Cine Teatro Augusto Correia. Não foram necessários muitos anos para descobrirmos as barreiras de cimento armado erguidas nas margens destas avenidas/muralhas. Nem as vistas para a linha do caminho-de-ferro nos deixaram, para vermos os comboios passarem…

Que viva Camilo Camilo vive connosco, vai para século e meio. Já quase não damos por isso. Porém a sua força e genialidade renascem ciclicamente. Foi o que aconteceu em 1990 no centenário do seu nascimento, lançado por Manuel Simões no ano anterior e que entrou por adentro de 1991. A polémica instalou-se com a decisão da esfíngica secretária de estado da cultura, Teresa Patrício Gouveia em não criar uma comissão nacional para celebrar condignamente este aniversário. Um vazio que impulsionou a Câmara de Famalicão a protestar e a envolver-se num plano comemorativo de maior envergadura e de responsabilidade. Na circunstância valeu a substituição daquela figura por Santana Lopes, o impulsivo secretário de Estado, que logo anunciou a criação da solicitada Comissão Nacional, nomeando Mário Cláudio para a presidência. O trabalho realizado a nível nacional não foi nada brilhante e dele pouco ficou para a posteridade. A Comissão Municipal desdobrouse em actividades, procurando envolver toda a comunidade. O ponto alto

ocorreu em Seide, quando Mário Soares presidiu ao encerramento do Congresso Internacional Camiliano e das Comemorações Nacionais. Santana Lopes marcou presença com a sua ausência. Enviou uma sub-secretária anónima. Para o futuro ficou o acordo celebrado com a Associação Portuguesa de Escritores, que criou o Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, que ainda hoje perdura. E foi anunciada a “Casa do Escritor”, hoje Centro de Estudos Camilianos. Quem não se esqueceu do Centenário Camiliano foi Manuel de Oliveira que passou em Seide quatro meses a filmar o Dia do Desespero, transpondo para a película as imagens em movimento das derradeiras horas dramáticas de vida e de sofrimento do escritor. No final do ano ainda houve ocasião para se celebrar os 150 anos do nascimento de Alberto Sampaio e de Antero de Quental, juntando o Município de V.N. de Famalicão e a Sociedade Martins Sarmento. Desta parceria, à qual se juntou a Câmara de Guimarães emergiu o prémio de história Alberto Sampaio.

M o u q u i m , Ca r l o s F e r n a n d e s “O OP faz falta ao concelho. Estão de parabéns pelo seu 20º aniversário e espero que continuem, porque a vida é uma luta e a comunicação social debate-se com os mesmos problemas da sociedade a nível financeiro. Mas, de facto, o jornal é muito bom!” Casa de Camilo e terrenos do actual Centro Estudos Camilianos

Mário Soares

Aníbal Cavaco Silva

O Ano de Todos os Visitantes Ilustres O município de V.N. de Famalicão teve o privilégio de receber em 1991 as mais altas figuras do estado republicano português: Mário Soares, o presidente, e Cavaco Silva, o primeiro-ministro. Foi o ano em que ambos reconquistaram os seus altos cargos de estado em eleições, renovando e reforçando os seus mandatos. Por cá, também andaram os ajudantes de Cavaco (leia-se ministros e secretários de estado), entre os quais Mira Amaral e Nunes Liberato, ao tempo, respectivamente Ministro da Indústria e Secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território. O tempo era de declarações frontais e o Ministro mostrou o que pensava, dizendo ao OP: “há empresas que já deviam ter fechado”. Nunes Liberato já era a figura de cera, que hoje vemos circular por Belém. Visitou o futuro auditório da Associação do Teatro Construção, mas não se comprometeu com nada. Sacudiu a água do capote para os seus colegas. Mário Soares, tal como Cavaco Silva foram repetentes nas suas andanças pelo território famalicense. Soares de-

pois da campanha eleitoral, onde conquistou uma esmagadora maioria (mais de 70%) regressou em Junho para presidir em Seide ao encerramento do centenário de Camilo. Cavaco ensaiou as eleições de Outubro (onde alcançou a sua terceira vitória eleitoral) inaugurando meses antes o Lar de Jorge Reis, em Gemunde. Jorge Sampaio, ao tempo líder do Partido Socialista, também andou entre nós a disputar as eleições legislativas, que Cavaco venceu, tal como Carlos Carvalhas, que viu a CDU perder o seu único deputado do distrito - José Manuel Mendes. Porém, 1991 trouxe a Famalicão o líder da CGTP/IN, Carvalho da Silva, que reuniu com Agostinho Fernandes. A indústria têxtil vivia o primeiro choque da abertura dos mercados, provocando o encerramento de empresas e o desemprego, o que levou Carvalho da Silva a afirmar “o governo não tem um projecto de modernização têxtil”. Por sua vez, o presidente da câmara, mais optimista, acreditava que a OID do Vale do Ave “trás para a região novas perspectivas de desenvolvimento”.


pública: 6 de Julho de 2011 XXI

especial 20 anos

Problemas Locais, Soluções Regionais No início da década de 90 jogavam-se os momentos decisivos para o ataque à solução das carências crónicas no desenvolvimento económico, social e ambiental do concelho. Exigiam-se mudanças estruturais, quer a nível do ordenamento do território e do urbanismo, quer no planeamento e construção de infra-estruturas básicas (abastecimento de água, saneamento, recolha de resíduos sólidos) e a nível das comunicações rodo-ferroviárias. A criação de equipamentos-base, da área educativa, cultural, desportiva e social era outra das grandes prioridades. O PDM foi posto à discussão pública, que aliás serviu para capa do 1º nº do OP, anunciado como a panaceia para todos os malefícios urbanísticos anteriormente praticados e o elixir para previsíveis ataques futuros. Porém, a dimensão e a premência das questões era de tal ordem, que rapidamente os autarcas perceberam que a solução passava pela solidariedade intermunicipal e com recurso ao financiamento dos fundos Europeus. Com o rio Ave e afluentes transformados na fossa das empresas e no cano de esgoto das ci-

Fábricas da Indústria Têxtil: crise do sector provocou agitação social

dades; com as estradas transformadas em ruas e os comboios a circularem à vez, aguardando na estação uns pelos outros, esta premência obrigou-os a levantar a cabeça do seu umbigo concelhio e paroquial, para projectar o seu olhar num horizonte regional e compreender que a solução para tão magnas questões requeria uma escala regional e um orça-

mento nacional. A prova disso é a reunião em Maio de 1991 das câmaras da Póvoa de Varzim, de Vila do Conde e da Maia, na câmara de Famalicão para debater a possibilidade de captarem em conjunto a água para abastecer as suas populações no Rio Cávado. O certo é que as condutas continuavam a rebentar e a grande maioria da população não tinha

acesso a água potável. Com o Ave pintado de cores, a barragem do Ermal estava posta de lado. O Cávado impunha-se como a solução. Desde que se andasse depressa e se unissem esforços! No plano rodoviário a luz ao fundo do túnel tardava. A auto-estrada Porto /Braga estava parada no nó de Cruz e o projecto da A7 arrastava-se em discussão. O governo

de Cavaco Silva desentendia-se com a AMAVE, dominada pelos socialistas e estes aventuram-se em construir a VIM para ligar Joane a Vizela. Ainda hoje a carregam no orçamento. Na ferrovia os impasses ainda eram maiores. O alargamento e a electrificação da linha do Minho marcavam passo. A da Póvoa já estava desactivada. pub

Um Vale pintado a Preto e Branco Uma retrospectiva ao Vale do Ave dos anos 90 só pode ser observada a preto e branco. São sinais de contraste e de paradoxo a reflectir a paisagem e os dramas humanos e sociais, que se abateram sobre os milhares de desempregados e, aprisionando as crianças às máquinas das fábricas, do emprego precoce e do afastamento compulsivo do ensino e do recreio das escolas. Às cores pretas e pestilentas das águas dos rios juntam-se as faixas negras dos protestos dos operários sem salário e dos meninos, que nunca foram crianças. Os impactos negativos da entrada de Portugal na Comunidade Europeia rebentavam de forma violenta. A indústria têxtil sofre o primeiro vendaval da abertura das fronteiras, expondo-se à concorrência dos mercados externos. Nem os fundos comunitários, negociados em Bruxelas, evitaram a falência das fábricas e o desemprego de milhares e milhares de operários. Uma mancha negra de pobreza e fome alastra pelo Vale do Ave. Os salários em atraso levam os operários para a rua, protestando em gritos de revolta o roubo e a injustiça. As faixas que carregam denunciam a vergonha do trabalho infantil, e o futuro sem

esperança das escolas vazias. A resposta a esta tragédia fora negociada com a remessa de fundos comunitários, trocados com a promessa de modernização e de diversificação industrial. E cursos profissionais a rodos, alimentando ilusões de consumo fácil. O governo de Cavaco Silva guardava nos cofres do Estado o cheque do “ouro da Europa.” Era preciso evitar a “Setúbalização” do Ave, enfatizava-se. Como? Criando programas específicos de modernização industrial, lançando as infra-estruturas básicas, que facilitassem a mobilidade das mercadorias (leia-se auto-estradas), promovendo a qualidade ambiental, despoluindo os rios e fornecendo às populações água potável e saneamento básico. O PROAVE e a OID foram as soluções mágicas tiradas da cartola da AMAVE negociadas a ferros, com o governo de Cavaco Silva. Quatro ETARES (sete milhões de contos), uma ETRS (estação de tratamento de resíduos sólidos – dois milhões de contos). O CITEVE, acabado de nascer (três milhões e duzentos mil contos) era o ensaio do futuro, no qual todos depositavam as esperanças perdidas.

Protestos populares contra a estação de tratamentos de resíduos sólidos


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pĂşblica: 6 de Julho de 2011

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pública: 6 de Julho de 2011 XXIII

especial 20 anos

20 anos, 20 notícias

1991

Nesta edição 1000 do OPINIÃO PÚBLICA iniciamos uma nova rubrica, a que demos o nome de “20 Anos, 20 Notícias”, e que pretende ser, também, uma forma de assinalar o 20º aniversário do jornal. Assim, àqueles que dirigiram o OP ao longo destes 20 anos lançámos um desafi fio o: escolher uma notícia que tenha marcado cada ano em que foi director do jornal e que será comentada pelos inter venientes na mesma. Abre a rubrica Luís Paulo Rodrigues, primeiro director do OP, que escolheu o início das obras do Citeve, no ano de 1991. Comenta o acontecimento, Agostinho Fernandes, à época presidente da Câmara Municipal de Famalicão. “20 anos, 20 notícias” terá continuidade nas próximas edições, seguindo a cronologia das últimas duas décadas.

O CITEVE e os têxteis do futuro Luís Paulo Rodrigues* Tal como acontece com as obras de arte – que precisam de tempo para serem entendidas na sua complexidade –, há investimentos estratégicos cuja importância e utilidade futuras só a passagem do tempo consegue explicar na plenitude. A instalação do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário (CITEVE) em Vila Nova de Famalicão, decidida pelo Governo do PSD liderado por Cavaco Silva, foi uma grande vitória política do Município, estando, como investimento, ao nível da Universidade Lusíada, da Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, da Casa das Artes e, na actualidade, ao nível do Parque da Cidade. Estamos a falar de investimentos estratégicos – públicos e privados – que, nas suas áreas, foram e são decisivos para, ao longo do tempo, atrairem investimento correlativo, capacidade crítica e qualidade de vida, que são elementos essenciais para o desenvolvimento de uma cidade. Por isso, como primeiro director do OPINIÃO PÚBLICA, escolhi como notícia do ano de 1991 o início das obras de construção do Citeve – instituição que teve o condão de colocar Vila Nova de Famalicão no mapa da indústria têxtil, não pelo número de fábricas, mas pela capacidade de pensar e executar têxteis de excelência. De tal forma que, recentemente, a Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal, que tinha a sua sede no Porto, transferiu-se para Vila Nova de Famalicão. Uma trans-

ferência que elevou o valor de Vila Nova de Famalicão como centro têxtil em Portugal. Para o Município foi uma vitória porque o Citeve, não tendo nada a ver com a autarquia, “obrigou” a Câmara Municipal a adquirir os terrenos necessários para a sua instalação, num investimento na ordem de 1 milhão de euros, mais alguns pequenos encargos que ainda hoje são assumidos pela autarquia, dada a complexidade da operação de desalojamento de algumas propriedades. O grande objectivo do Citeve “em Famalicão, e da sua delegação na Covilhã”, era, então, “reforçar a capacidade técnica e tecnológica das unidades de produção têxteis e de vestuário, por forma a ajudá-las a enfrentar o desafio do Mercado Único europeu pós-1992”, escreveu o OPINIÃO PÚBLICA, em 16 de Outubro de 1991, em notícia intitulada “CITEVE em Famalicão rumo ao futuro da têxtil”, que teve uma chamada vertical à primeira página que ocupou toda a coluna lateral direita. Na altura, os desafios da indústria têxtil portuguesa estavam na Europa, nomeadamente a Leste, e ainda não se falava na ameaça chinesa. Segundo António Calado, que era administrador-delegado do Citeve, a organização contava, como associadas, “com as melhores empresas que há na têxtil”, as quais iriam ser importantes para o desenvolvimento da fileira, designadamente através do desenvolvimento de iniciativas ao nível da formação profissional, uma vez que, nas empresas, já

Ministro da Indústria, Mira Amaral, lança primeira pedra do CITEVE

começavam a escassear os quadros técnicos intermédios. A expectativa era que a formação, que a Europa pagava, e continua a pagar nos tempos que correm, pudesse gerar “uma nova geração de quadros intermédios, tão importante para a indústria”. “A qualidade e o design” eram apontados como “as grandes armas” para que as empresas têxteis pudessem “competir mais e melhor nos mercados internacionais”. Pelo contrário, a

poluição dos rios – a despoluição da Bacia Hidrográfica do Ave era um sonho – era considerada nefasta para o ambiente e para a imagem do sector. Apelava-se, por isso, à “consciencialização dos empresários, que têm de ter a noção exacta que devem participar na despoluição das águas”, afirmava António Calado. Porque, “se não o fizerem, estarão a cavar a própria sepultura a médiolongo prazos”. A responsabilidade ambiental era ainda um

conceito emergente. De resto, o Citeve anunciava para 1992 a montagem de “uma unidade de demonstração de tratamento de águas e efluentes têxteis”, pois eram poucos os que estavam dispostos a limpar a água que contaminavam nos processos produtivos têxteis. Os têxteis do futuro fixavam-se em Vila Nova de Famalicão. * Dire ctor do OPIN IÃO P ÚBL ICA e ntre 1991 e 1993

Agostinho Fernandes recorda: “Não foi fácil...” Como é que consegui "puxar" para Famalicão a sede do Citeve? Não foi fácil, de modo algum, e aí jogamos todo o poder possível. O concelho precisava desse equipamento transcendente em termos de têxtil e dificuldades que se previam. Para nós tinha o valor de uma outra universidade especializada. Todos o reclamavam, desde o Porto (antigo Instituto dos têxteis), Maia (parque industrial) e outros, especialmente, Guimarães. O Eng. Eurico de Melo que estava no governo com Mira Amaral. Havia uma comissão criada para decidir o assunto e, sobretudo, boatos para todos os gostos, todos

os dias. Não era fácil conquistar entidades para a nossa causa e bandeira. No governo estava o PSD que pendiam fortemente para Porto/ Guimarães e Maia, sabido também o peso político dos seus autarcas António Xavier e Vieira de Carvalho. Mesmo assim, houve quem nos ajudasse ao nível dos grandes grupos têxtil do concelho. Um dia houve um encontro de trabalho na Câmara Municipal. Fiz uma exposição apoiada em argumentos e números, cedências e estratégias, pondo em cima da mesa o seguinte ultimato: ‘perante isto, meus senhores, tenho a certeza que saem

daqui não só com as dúvidas e as hesitações resolvidas como não adiantará continuar o processo. Ninguém tem para dar as condições que temos em cima da mesa’. A maior condição era a cedência do terreno que se conhece e o seu valor de 250 mil contos. À saída fiquei convencido que teríamos o Centro Tecnológico dos Têxteis/ Citeve. Os nossos argumentos foram arrojados e decisivos, não sendo fácil explicar sobejamente as razões no interior da Câmara Municipal e Assembleia Municipal. Todos sabiam o valor de 250 mil contos num município cheio de necessidades básicas. O futuro,

porém, é que nos preocupava, tal como a Universidade Lusíada, as escolas profissionais e, mais tarde, a Cespu. O Citeve seria a nova universidade têxtil do país, como se verifica pela formação permanente e contínua dos seus quadros e, mais, na progressão do conhecimento das novas tecnologias, da competitividade e qualidade permanentes, características indispensáveis no mundo complexo da globalização em que vivemos. Agostinho Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Famalicão em 1991


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pública: 6 de Julho de 2011 XXV

especial

A Cultura no OPINIÃO PÚBLICA Se a cultura hoje pode ser considerada como o conjunto de traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afectivos que caracterizam uma sociedade ou uma comunidade, podemos dizer que a cultura abarca, além das artes e das letras, os modos de vida e os direitos fundamentais do ser humano, os sistemas de valor, as tradições e as crenças, o jornal OPINIÃO PÚBLICA cumpriu e tem cumprido a sua tarefa ao longo dos seus vinte anos de existência. Tem divulgado não só os escritores famalicenses, como igualmente os nacionais e os internacionais, abriu as suas páginas a escritores e a pensadores do Vale do Ave e das cidades circunvizinhas (por exemplo, Artur Coimbra, de Fafe, que escreveu sobre política e cultura, Santos Simões, de Guimarães, Pedro Leitão, de Braga, ou Manuel Lopes, da Póvoa de Varzim), as actividades culturais do Vale do Ave e de outras localidades além fronteiras, algumas em parceria com o município famalicense, não esquecendo igualmente as tradições populares de Famalicão e do seu concelho (evidentemente e, sempre em foco, o nosso Santo António, com os trabalhos de investigação de Artur Sá da Costa, provando que as Festas Antoninas são já centenárias). Deu amplo destaque ao Ciclo Pensar os Pensadores (Alberto Sampaio e Antero de Quental), uma actividade organizada em parceria

entre o município famalicense e a Sociedade Martins Sarmento, realizado em 1991, deu amplo destaque às homenagens nacionais de nascimento ao republicano famalicense Nuno Simões (1994), ou o mesmo acontecendo com a ampla referência à exposição “Uma Aproximação aos Autores Famalicenses”, assim como à respectiva “Antologia” (1998). Não esqueceu o património, as associações, existem polémicas culturais (do papel da cultura na política) e literárias e uma faceta marcou o jornal na sua fase inicial: amplas entrevistas aos escritores (como igualmente a artistas plásticos) que então passavam por Vila Nova de Famalicão. É o

caso de Mário de Carvalho, Maria Velho da Costa ou Maria Isabel Barreno, os primeiros escritores que ganharam o Prémio do Conto Camilo Castelo Branco. O jornal publicaria, então, as duas intervenções (relativamente a Mário de Carvalho e a Maria Velho da Costa) de Manuel Simões. José Manuel Mendes, Eduarda Dionísio ou o nosso cineasta Manuel de Oliveira também se encontram no OPINIÃO PÚBLICA; e, em 1999, a vinda de José Saramago a Vila Nova de Famalicão mereceu outro destaque ímpar, não só no jornal, como na própria revista, a qual apareceu a 30 de Novembro de 1995 e com o mesmo nome do jornal (o OPINIÃO PÚBLICA reapareceu novamente como jornal semanal em 18 de Outubro de 1996, integrando a revista, que já não existe). A internacionalização é em 1993 com a vinda de Jorge Amado a Braga. Com o andar do tempo, a cultura manifesta-se, nas páginas do jornal, simplesmente nas simples notícias das actividades culturais das instituições públicas e privadas, reservando, a partir de determinada altura, a penúltima página para o efeito. E hoje, como não poderia deixar de ser, o jornal digital, a FAMA TV, assim como a Digital FM, acompanham a história do presente para o futuro. Amadeu Gonçalves, colaborador do OP sobre temas culturais

N i n e , D o m i n go s R i b e i r o “Primeiro desejo as maiores felicidades e parabéns. O OP é um jornal de referência em Famalicão, que eu prezo em ler semanalmente. Acho que é um jornal com isenção e que se preocupa com o desenvolvimento das freguesias. Até tenho aconselhado amigos, fora do concelho do Famalicão, para que também leiam o vosso jornal”.

N ov a i s , D a n i el C u n h a “O OP tem sido aquele jornal que tem abordado novos conteúdos e áreas, não imitando outras publicações. Está sempre à frente. Os seus 20 anos transmitem a dimensão deste jornal e auguro ainda mais progressos. Tudo de melhor para o OP e para o jornalismo”.

O l i v e i r a S a n t a M a r i a , D e l f i m M a ch a d o “Felicito o OP, em nome da Junta de Freguesia e das gentes de Oliveira Santa Maria, na passagem do seu 20º aniversário, ao serviço da informação regional, da cultura e das tradições do nosso povo. Daqui formulo os meus sinceros votos para que o OP perdure por longos e longos anos, com a admiração e o sucesso que todos lhe reconhecem. Felicito, do mesmo modo, todos os seus colaboradores, assinantes e leitores, na passagem de mais este aniversário”.

O l i v e i r a S ã o M a t e u s , Ca r l o s A l b e r t o Pe r e i r a “O OP é um jornal lido pela maior parte da população famalicense e que todos gostam de ler, porque informa devidamente. Espero que continue sempre a melhorar”.

O u t i z , A d o l f o Ol i v e i r a “Acho que o OP presta um óptimo serviço ao concelho e a todos os cidadãos de Famalicão. Quero endereçar os meus parabéns pelo trabalho desenvolvido em prol da boa informação”.

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pĂşblica: 6 de Julho de 2011

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especial 20 anos

pública: 6 de Julho de 2011 XXVII pub

Pe d ome , Carl os M ar ti ns “Desejo mais 20 anos de bom jornalismo, sobretudo plural e dedicado às freguesias da periferia do concelho. Espero que o OP siga o mesmo rumo transparente”. P or t el a , D a n i el M a ch a d o “O OP é um jornal bastante lido no concelho. Traz mentiras e traz verdades, pois aparecem algumas mentiras, isso faz parte dos jornais. Até gosto de ler o OP”. P o u s a d a d e S a r a ma g os , A ntó ni o S o usa, “O OP é um jornal importante para a freguesia e para o concelho. Transmite as ideias de uma forma clara, concisa e isenta. Gosto muito de o ler e realiza um serviço muito útil para o concelho. Parabéns!”.

S e z u r es , An tó nio F e rna nd e s Go m e s “Quero felicitar o OP pelo seu 20º aniversário e número 1000. Apesar de ainda jovem, o OP é o jornal de maior referência no nosso concelho, pela ampla e completa informação que dispõe, pela sua independência e porque foi capaz de tornar o jornal gratuito pondo-o assim disponível a toda a população do concelho. Esperando que continue por muitos mais anos. Os meus Parabéns!”. Te lhad o, M anue l Aug usto “Para mim o OP é o jornal de referência do concelho de Famalicão, não querendo desprestigiar os outros órgãos de comunicação social. Sou um leitor assíduo. No futuro, gostaria de ver mais informação sobre as freguesias”.

R eq u i ã o , J o ã o P e r e i r a

Val e S. Cosm e , Il íd io Vilaç a

“O OP é um jornal com muita isenção e boa informação. É, para mim, sem desprimor pelos outros, o mais me satisfaz em termos locais. É o que melhor tem trabalhado em prol do concelho”.

“O OP é um bom jornal que divulga os factos, bons e maus, do concelho. Julgo que trata todos por igual e está atento a todas as situações. Está realmente de parabéns pela sua longevidade, esforço e trabalho ao serviço da comunidade”.

R i b a d ’ A v e , A r m a n d o C a r va l h o “O OP, para além de ser um bom órgão de comunicação, tem sabido evoluir, sobretudo com a característica de isenção, algo importante no jornalismo e para o leitor, a quem cabe ler e formar a sua opinião. Continuem!”.

Val e S. M ar ti nh o, J o s é Lu í s A n t u n e s “Penso que o OP transmite informação de todo o concelho de Famalicão com neutralidade, algo muito importante para quem lê. Acima de tudo, é bastante abrangente e por isso gosto de o ler semanalmente”.

R i b e i r ã o , A d el i n o O l i v ei r a Ve r moi m, X avie r F or te Felicito o OP neste 20º aniversário da sua publicação. É um importante órgão de comunicação do nosso concelho e da nossa região, que informa sobre a vida das comunidades locais e alerta para situações problemáticas que a todos nos dizem respeito. Faço votos que mantenham uma linha editorial dinâmica, pois será a melhor forma de continuarmos a ser uma voz autorizada e desta forma contribuirão para o progresso do nosso concelho e da nossa região”. R u i v ã e s , J o ã o M a ch a d o “O OP tem feito um óptimo trabalho e contribui, de forma transparente e gratuita, para a informação da freguesia e do concelho. Tem sido uma maisvalia.”

“Quando se cresce e amadurece, a confiança acontece. 20 anos, 1000 edições. E muito futuro. Vamos festejar juntos. A todos que acreditaram no sonho e o tornaram realidade, os meus sinceros parabéns!” V N d e F a ma l i c ã o , A n a M a r i a Ol i v e i r a Os meus parabéns ao OP e a toda a sua equipa! Ao longo destes 20 anos souberam estar à altura dos desafios informativos e o resultado está à vista nesta 1000ª edição de um semanário que já é, sem sombra de dúvidas, uma referência jornalística regional e símbolo de rigor, profissionalismo e isenção. Desejo-vos muitas felicidades e, pelo menos, mais 20 anos de bom trabalho!”

S e id e S . P a io , F e rna nd o P a iv a “Parabéns OP pelo seu 20º aniversário e por tudo o que nos tem dado ao longo da sua existência. Parabéns que desejo ver renovados todos os anos ao longo das próximas décadas. Parabéns que naturalmente endereço a todos que para ele trabalham ou que de alguma forma nele colaborem, dando o seu melhor diariamente. Publicamente a minha opinião…parabéns!”.

V i l a r i n h o d a s Ca m b a s , M a n u e l Co s t a e S i l v a “Os nossos parabéns por ser um jornal de referência no concelho, que publica notícias com isenção e credibilidade. Esperemos que dure durante muitos anos e que continue com este sentido de prestação de serviço público de informação que tem conseguido fazer ao longo destes anos”.

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pública: 6 de Julho de 2011 XXIX

especial

20 anos de histórias...

Priscilla Rodrigues

Celso Campos

Eduardo Macieira

Elisete Santos

Emilia Monteiro

Isabel Castro

Joaquim Forte

Luís Ferreira

Paula Alexandre

Marta Marques

Miguel Monteiro

Luis Santos

Em 20 anos foram muitos os colaboradores que fizeram do OPINIÃO PÚBLICA o grande jornal de Vila Nova de Famalicão que hoje é. Nestas páginas, mostramos a maioria dos rostos que estiveram connosco diariamente. Outros, que colaboraram mais ocasionalmente, também poderiam estar, designadamente aqueles que, ao longo destas duas décadas, assinaram artigos de opinião ou tiveram aqui o seu primeiro estágio profissional, mas são tantos que não haveria espaço para todos nesta edição especial. Mais a mais, não temos a fotografia de toda a gente e iríamos correr o risco de esquecer alguém. Por isso, nestas páginas recordamos aqueles que durante mais tempo se dedicaram profissionalmente ao OPINIÃO PÚBLICA e ao grupo de comunicação Editave, agradecendo a todos, sem excepção, o seu trabalho e o seu empenho neste projecto.

Arcindo Guimarães

Recordamos quem por cá passou...


Pedro Maia

Raquel Barbosa

Ricardo Ribeiro

Rui de Lemos

Sandra Sousa

Vitor Martins

Silvia Alexandra

Adriana Lopes

Ana Gonçalves

Adelaide Ribeiro

Pedro Reis Sá

pública: 6 de Julho de 2011

Pedro Marques

Paula Oliveira

Paulo Brandão

Rui Vasco

José Fernandes

XXX

especial

20 anos de histórias...

Recordamos quem por cá passou...


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pĂşblica: 6 de Julho de 2011 XXXI


XXXII

pĂşblica: 6 de julho de 2011

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