ESPECIAL AUTOMÓVEIS
Uma escolha acertada depende de vários factores
Saiba como comprar o seu carro Na sociedade actual é quase impossível as famílias abdicarem de um automóvel. Na realidade, o carro é algo que contribui para a qualidade de vida das famílias, uma vez que permite mobilidade, rapidez e comodidade. Um carro, ao contrário do que se possa pensar, é algo essencial para o trabalho e também para o lazer. E apesar do aumento dos impostos, para muitas família um carro não é uma opção é uma necessidade imposta pelo dia-adia e pelo nosso estilo de vida. Novo ou usado: Quando se pensa em comprar um carro, há que considerar vários aspectos, o primeiro é escolher entre novo e usado. Com tempos financeiros difíceis para as famílias, são muitas a que procuram um carro semi-novo para satisfazer, com qualidade, as suas necessidades. Aliás, um carro semi-novo, ainda dentro da garantia, com poucos quilómetros, poderá ser um negócio a aproveitar. Porém, há pessoas que não gostam de conduzir carros que já tenham sido usados anteriormente. Na realidade, comprar um carro novo tem algumas vantagens, porque sabe que tudo está na sua forma original. No caso de um carro usado, deve levar consigo alguém que entenda do assunto para ver se está tudo em óptimas condições. Contudo, actualmente os concessionários têm uma vasta oferta de carros usados com preços bastante acessíveis e com garantia. Tipo de carro: é um dos pontos a analisar, porque se temos uma família não valerá a pena comprar um carro desportivo com duas portas. A escolha provável recairá num carro com 5 portas, confortável e com bastante espaço. Procurar muito: Há quem diga que deve começar a procurar um carro novo meses antes de necessitar dele, porque assim conseguirá fazer uma pesquisa exaustiva no mercado. Pode procurar e negociar com mais tempo e mais calma. Preço justo: Não há uma forma única de determinar o preço justo de um carro, mas existem indicadores que permitem definir limites aceitáveis. No sítio das seguradoras, pode simular ou pedir uma cotação para o seguro de danos próprios,
que pressupõe um valor para um carro específico. Indique a marca, o ano, modelo, versão e quilometragem. Este serviço é inteiramente gratuito. Depois, em páginas de venda online, consegue fazer a comparação de preços, quilometragem e outras características do veículo, desde que tenham a marca e o modelo que lhe interessa. Nas revistas da especialidade, encontra, igualmente, tabelas com preços indicativos para a generalidade de carros comercializados, pressupondo uma utilização predefinida (km/ano). Negociar sempre: Um carro é normalmente a segunda maior despesa de uma família, logo a seguir à habitação, por isso deve tentar pagar o menos possível. Sabe que os vendedores são profissionais e tentam usar algumas estratégias para que o cliente não resista à compra do seu novo carro. Por isso, nunca revele quanto está disposto a pagar por um carro, porque se o vendedor sabe essa in-
formação irá usá-la em favor dele. Em vez de dizer quanto quer gastar, pergunte qual é o preço mais baixo que lhe conseguem fazer pelo modelo que procura. Visite vários stands: Peça aos vendedores para escreverem o preço que estão dispostos a fazer pelo carro. Assim, ficará com uma prova escrita do custo do carro e pode ir a outro stand com essa informação e começar a negociar a partir desse valor. Repita este processo até onde for possível. Comprar em alturas chave: Os vendedores automóveis costumam ter avaliações periódicas da sua prestação, o que significa que no final desses períodos precisam aumentar ao máximo as vendas para conseguirem cumprir os objectivos. Nestas alturas, os vendedores procuram fechar mais negócios e quem pode ganhar com isso é o cliente. Por exemplo, nesta altura, no fim do ano, é uma óptima ocasião para tentar comprar o carro que pretende.
Financiamento: Visitar vários bancos é obrigatório Depois de ter escolhido o carro, novo ou seminovo, é altura de conhecer os modelos de financiamento que são dados para cada um dos casos, incluindo, caso tenha, a troca do seu carro usado. Se conseguir uma taxa de juro para um carro novo que seja extraordinariamente baixa, pode compensar relativamente a uma taxa de juro mais elevada num carro seminovo. Mas, para ter noção dos aspectos positivos e negativos, deve visitar várias instituições de crédito, a começar pelo seu banco. Peça simulações para o montante de que necessita e contabilize os encargos associados às diversas modalidades de financiamento. Por exemplo, o leasing é a modalidade mais barata para a generalidade dos consumidores e uma boa opção para quem não faz questão de ter o carro em seu nome desde o início. No entanto, se contabilizar o custo dos seguros obrigatórios, como o de responsabilidade civil facultativa (50 milhões de euros) e de danos próprios, esta opção pode deixar de compensar. O crédito automóvel é a modalidade certa para quem faz questão da propriedade do veículo desde o início. Neste caso, só é obrigado a contratar o seguro de responsabilidade civil obrigatória, no valor de 3 milhões e 250 mil euros e, nalguns casos, o de vida. Contudo, se tiver disponibilidade financeira e o carro tiver menos de 5 anos, invista num seguro “contra todos os riscos”. Em regra, as instituições de crédito têm protocolos com as seguradoras e conseguem propor bons prémios, mas convém simular o prémio anual noutras seguradoras ou mediadores. No fundo, para fazer uma boa escolha é preciso tempo e atenção para fazer contas, uma vez que prazos longos de pagamento, implicam que um carro fique mais caro. pub
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Vendas de automóveis caem 1,8% em Outubro As vendas de automóveis novos na União Europeia diminuíram 1,8% em Outubro, totalizando 1.005.976 de unidades, anunciou a Associação Automóvel de Portugal (ACAP). Em Outubro, a procura na Alemanha, o maior mercado, manteve-se estável (0,6%), enquanto os resultados em Itália (menos 5,5%) e Espanha (menos 6,7%) foram negativos, levando a uma redução global das vendas de 1,8%. Por outro lado os mercados francês e britânico comportaram-se de forma semelhante, apresentando um crescimento de 2,4% e 2,6%,respectivamente. Em Portugal, recorde-se, a quebra foi de 25,5%. A ACAP que avança dados da Associação dos Construtores Automóveis Europeus (ACEA) refere ainda entre Janeiro e Outubro, foram vendidos na região 11.126.436 de veículos ligeiros de passageiros, ou seja, menos 1,2% do que nos primeiros dez meses de 2010. Neste período, a Alemanha foi o único mercado importante a registar um crescimento significativo (9,8%). França viu o seu mercado aumentar ligeiramente (0,4%), enquanto o Reino Unido (-4,5%), Itália (menos 10,8%) e Espanha (menos 19,7%) todos enfrentaram uma recessão.
Produção automóvel em Portugal cresceu 16,5% No mês de Outubro de 2011, foram produzidos em Portugal 17.460 veículos automóveis, o que corresponde a um acréscimo de 16,5 por cento, face ao mês homólogo do ano anterior. Esta evolução favorável da produção global foi determinada pelo crescimento da produção, quer, de veículos ligeiros de passageiros (mais 7,5 por cento), quer, de veículos comerciais (mais 42,9%). Do total de veículos produzidos em Outubro de 2011, a exportação cifrou-se em 17.183 veículos, ou seja, 98,4 por cento da produção nacional, o que representa um crescimento homólogo de 18,1 por cento no número de veículos exportados. Relativamente à variação homóloga da produção acumulada nos dez primeiros meses do ano, registou-se um crescimento de 24,7 por cento, o qual foi determinado pela subida da produção de ligeiros de passageiros (mais 28,6 por cento) e de comerciais ligeiros (mais 17,2 por cento) pois a de veículos pesados baixou 13,1 por cento).
ACAP alerta para riscos de pneus usados São muitos os automobilistas que desconhecem os riscos inerentes à utilização de pneus usados, não controlados, de origem desconhecida. Os pneus são o único elemento do veículo em contacto com o solo e é por isso que são essenciais para a segurança de um automóvel. Na segurança não se deve poupar, pois o barato pode sair caro. Existe um risco associado à aquisição de pneus usados, ainda que visivelmente em bom estado, especialmente os que têm um passado desconhecido ou duvidoso. Os pneus usados podem ter sido expostos a utilizações, manutenções e armazenamento impróprios, podendo estar danificados ao ponto de os tornar não utilizáveis. De acordo com a ACAP – Associação Automóvel de Portugal, ao comprar pneus usados, não controla-
dos, o consumidor pode incorrer em riscos de segurança, pela perda das qualidades originais e danos não visíveis do pneu, risco de ilegalidade, se o pneu não tiver a profundidade mínima de lei, risco de perda de dinheiro por gastos imprevistos e até risco de afectar o ambiente. Resultados recentemente apresentados, após uma campanha de revisão de pneus, referem que um em cada três veículos circula com pneus com pressão incorrecta e 17% dos pneus tem danos visíveis. Outros estudos concluem ainda que, de todos os veículos implicados em acidentes com vítimas e que apresentavam algum problema mecânico, 62% dos mesmos tinham defeitos nos seus pneus e que num em cada 100 acidentes mortais estão implicados directamente defeitos nos pneus dos veículos. pub
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Conselhos para o dia-a-dia
O seu automóvel impecável O automóvel costuma ser o segundo maior investime nto na vida de uma pessoa, só sendo superado pelo dinheiro gasto numa casa. Enquanto a habitação costuma se r para a vida, o automó vel é um gasto q ue se re p e te , d a d o q u e r e g ula r m e n te se troca. Assim, há vários gestos para ajudar a aumentar o te mpo d e vida útil do seu carro. Pressão dos pneus: poucos ligam, mas é algo que não deve ser esquecido. Além das implicações que poderá ter na segurança da condução, a pressão dos pneus influencia o consumo de combustível e o desgaste dos pneus, pelo que deverá verificar regularmente a pressão e ajustá-la aos valores indicados pelo fabricante do seu automóvel. Luzes: os carros têm sempre sensores para indicadores importantes, como a temperatura do motor. Prestar a devida atenção a estes sensores e às várias luzes de emergência pode permitir resolver uma situação que, embora na altura tenha pouca importância, no futuro possa implicar um problema difícil e caro de resolver.
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Conduç ão: a forma como conduz também tem implicações ao nível dos gastos de combustível e do desgaste das peças do automóvel. Um arranque com os pneus a derrapar e o motor a fazer bastante barulho leva a um consumo de combustível bastante superior a um arranque normal, com a habitual desenvoltura do motor. As travagens bruscas também provocam um desgaste superior nos travões. Peças im pecáveis: Um automóvel precisa de ter todas as suas peças em condições para andar sem gastar mais do que o normal. No entanto, nem todas as peças têm a mesma importância. Existem duas situações que deve evitar, de modo a manter o bom funcionamento do motor, a
parte mais importante do carro. Quando circula a baixa velocidade, deve estar atento à mudança que usa. Embora os carros suportem circular à velocidade de 50 quilómetros por hora em quarta, por exemplo, circular à mesma velocidade na mudança imediatamente anterior esforça menos o motor. Deve ter-se sempre atenção ao conta-rotações para verificar o esforço que está a ser pedido ao motor. Saiba que no conta-rotações há também uma linha vermelha que não deve ser ultrapassada, caso contrário, pode ser prejudicial ao motor. Hábitos: Há gestos que podem provocar danos no automóvel. Conduzir com o pé na embraiagem é um deles. Este hábito pode acabar por queimar o disco da embraiagem, além de poder causar danos nos rolamentos e no motor. Há mais duas maneiras para evitar sobrecarregar a embraiagem: quando apanhar um semáforo vermelho deve colocar o carro em ponto morto, evitando assim que fique a pressionar a embraiagem durante esse período de tempo; e, quando parar em estradas bastante inclinadas, imobilize o carro com o travão em vez de fazer ponto de embraiagem, assim contribuindo para uma maior poupança do disco de embraiagem. Manutenção: o desgaste que sofre com a normal utilização deve ser minimizado com deslocações regulares a uma oficina de confiança e cumprindo religiosamente as revisões indicadas pelo fabricante do automóvel. Manter um registo com as datas das idas à oficina e das revisões efectuadas indica ao potencial futuro comprador que o carro foi bem estimado, minimizando a tradicional desconfiança que existe na compra de usados e aumentando o valor do seu automóvel. Font e. www. saldoposit ivo. cgd .pt
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Poupar combustível
Todas as semanas é a mesma coisa: o combustível sempre a aumentar. Hoje é, de facto, caro abastecer o depósito do nosso automóvel, seja a gasolina ou a gasóleo. Na realidade, poupar combustível é sinónimo de poupar dinheiro. Por isso, a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas aponta alguns conselhos sobre uma condução mais eficiente. A associação garante que uma condução assim permite poupar 35 euros em cada mil quilómetros. Ligue o motor apenas quando tenciona iniciar a marcha; Conduza suavemente, evitando acelerações ou travagens bruscas; Procure circular a velocidades razoáveis; Se conduzir a alta velocidade, feche todas as janelas para obter maior estabilidade da viatura e menor consumo de combustível; Ligue o ar condicionado apenas se estritamente necessário; Olhe o mais longe possível no horizonte durante a condução, antecipando o andamento do fluxo de trânsito para evitar paragens e arranques desnecessários; Verifique todos os meses a pressão dos pneus, já que uma baixa pressão pode aumentar o consumo de combustível da viatura; Verifique regularmente o nível de óleo; Mantenha o motor afinado; Retire o suporte do tejadilho quando não está a usá-lo; Retire as coisas desnecessárias dos bancos traseiros e do porta-bagagens, já que o peso sobrecarrega a viatura, obrigando a um maior consumo de combustível.
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Carros híbridos são 25% mais seguros em acidentes Carros híbridos podem ser mais seguros para os passageiros, mas representam um perigo maior para os peões, conclui um estudo norte-americano. Ao que tudo indica, em caso de acidente, os veículos híbridos podem ser 25% mais seguros para os seus ocupantes do que um automóvel convencional. A conclusão é avançada pelo Highway Loss Data Institute, uma organização não lucrativa norte-americana que estuda, através de dados estatísticos, as condições associadas à utilização de diferentes tipos de veículos. Neste caso, a análise incluiu mais de 25 modelos de automóveis híbridos fabricados entre 2003 e 2011. Ao comparar um automóvel híbrido com modelos equivalentes de motor a combustão, o híbrido será 10% mais pesado, o que em caso de acidente representa um maior nível de segurança para os seus ocupantes, avança o estudo. "A massa extra dá-lhes uma vantagem em casos de acidente que os seus equivalentes convencionais não têm" refere num comunicado Matt Moore, do Highway Loss Data Institute. Paralelamente, o Highway Loss Data Institute conclui também que por serem mais silenciosos os carros híbridos têm mais 20% de probabilidades de estar envolvidos em acidentes com peões, que não se dão conta da sua aproximação quando estes circulam apenas em modo eléctrico. pub