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Reis Magos: história cheia de mistérios No próximo domingo, 6 de janeiro, assinala-se o Dia de Reis. Um dia que tem assumido cada vez mais importância ao longo dos tempos, em homenagem aos Reis Magos que são mencionados na Bíblia Sagrada. Os Reis Magos são personagens que vieram do Oriente, guiados por uma estrela, para adorar o Deus Menino, em Belém (Mateus 2, 1-12). Ignora-se, no fundo, a providência dos Reis Magos, mas este episódio foi apenas relatado no Evangelho de S. Mateus e, mesmo assim, de forma muito resumida e vaga. Só com o passar do tempo, se foram acrescentando alguns detalhes, para se sanarem as lacunas deixadas no Evangelho em relação a esta história. Ainda recentemente, o Papa Bento XVI afirmou que os Reis Magos vieram de uma região entre Huelva, Cádis e Sevilha, na atual Andaluzia e não do Oriente, como se pensava até agora. A revelação foi feita no último livro da trilogia escrita pelo Papa. Bento XVI baseou-se no Evangelho de S. Mateus e nos textos do Profeta Isaías. No livro "A infância de Jesus", Bento XVI faz várias revelações sobre a principal figura do cristianismo. "A promessa contida nestes textos estende a proveniência destes homens até ao extremo Ocidente (Tarsis, Tartessos em Espanha), mas a tradição desenvolveu posteriormente este anúncio da universalidade aos reinos de que eram soberanos, como reis dos três continentes então conhecidos: África, Ásia e Europa", refere uma passagem da obra,

citada pela ABC. Na verdade, o livro está a fazer muito sucesso, sobretudo em países como Itália, Espanha e Portugal. Muitas sup osições Apesar das contradições em termos de informação, a designação “Mago” era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos, contudo esta palavra também era usada para designar os astrólogos. Isto fez com que, inicialmente, se pensasse que estes ma-

gos eram sábios astrólogos, membros da classe sacerdotal de alguns povos orientais, como os caldeus, os persas e os medos. Posteriormente, a Igreja atribuiu-lhes o apelido de “Reis”, em virtude da aplicação liberal que se lhes fez do Salmo 71,10. Quanto ao número e nomes dos Reis Magos são tudo suposições sem base histórica, aliás algumas pinturas dos primeiros séculos mostram 2, 4 e até mesmo 12 Reis Magos a adorar Jesus. Foi uma tradição posterior aos Evange-

lhos que lhes deu o nome de Baltasar, Gaspar e Belchior (ou Melchior), tendose também atribuído a cada um caraterísticas próprias. O Belchior (ou Melchior) seria o representante da raça branca (europeia); Gaspar representaria a raça amarela (asiática) e seria descendente; por fim, Baltasar representaria todos os de raça negra (africana). Estavam assim representadas todas as raças bíblicas (e as únicas conhecidas na altura: os semitas, os jafetitas e camitas). Pode então dizer-se que a adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus simboliza a homenagem de todos os homens na Terra ao Rei dos reis, mesmo os representantes dos tronos, senhores da Terra, curvam-se perante Cristo, reconhecendo assim a sua divina realeza. Esta ideia só surgiu no século XVI, assim só a partir deste século é que se começou a considerar que Baltasar era negro, de forma a que se pudesse abranger todas as raças. Para além desta simbologia, pela cultura cristã, os Reis Magos simbolizam que os poderosos e abastados devem curvar-se perante os humildes, despojando-se dos seus bens e colocando-os aos pés dos demais seres humanos, ou seja, devem partilhar a sua fortuna com os mais pobres. Também em relação às idades dos Reis Magos tudo são suposições sem nenhuma base histórica. Só no século XV, se fixou que Belchior teria 60 anos, Gaspar estaria com 40 anos e Baltasar 20 anos.

Figuras surgem na Bíblia, mas não há dados que provam a sua existência pub


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publica: 4 de janeiro de 2013

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Bolo-rei:

Não é possível falar-se na doçaria típica da época natalícia e do Dia de Reis sem falarmos do famoso bolo-rei, com a sua forma de coroa, as frutas cristalizadas e frutos secos (amêndoas, nozes e pinhões), a fava e o brinde. Este bolo está carregado de simbologia, muito sinteticamente pode dizer-se que este doce representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A parte exterior simboliza o ouro, enquanto as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra. Já o incenso está representado no aroma do bolo Ainda na base do imaginário, também a fava tinha a sua "ex-

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especial

uma delícia para todo o ano

plicação", apesar de hoje não ser colocada no bolo-rei. Reza a lenda que, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a brindar o Menino. Com vista a acabar com aquela discussão, um padeiro confecionou um bolo escondendo no seu interior uma fava. O Rei Mago a quem calhasse a fatia de bolo contendo a fava seria o primeiro a entregar o presente. O dilema ficou solucionado, embora não se saiba se foi Gaspar, Baltazar ou Belchior o contemplado. Para além desta, havia uma outra tradição, da qual poucos

terão conhecimento, que afirmava que os cristãos deveriam comer 12 bolos-reis, entre o Natal e os Reis, festa que muito cedo começou a ser celebrada na corte dos reis de França. O bolo-rei terá, aliás, surgido neste país, no tempo de Luís XIV, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis. Com a Revolução Francesa, em 1789, a iguaria foi proibida, mas, como bom negócio que era, os pasteleiros continuaram a confecioná-lo sob o nome de ‘gâteau des san-cullottes’. Em Portugal, depois da proclamação da República, o bolorei não chegou a ser proibido, mas andou lá perto. Com exceção desse mau período, a história do bolo-rei é uma história de sucesso, e hoje como ontem as confeitarias e pastelarias não se poupam a esforços para fazerem esta deliciosa iguaria. Na realidade, há já várias modificações do bolo-rei tradicional. Hoje, há bolo-rei de chila, de chocolate, apenas de frutos secos, que vão conquistando clientes. O consumo de bolo-rei é mais significativo entre finais de Novembro e o dia 6 de Janeiro. Contudo, são muitos os portugueses que gostam deste bolo, o que faz com que este seja vendido durante todo o ano.

Portugueses são grandes apreciadores pub

No Dia de Reis coma uma romã Segundo a tradição cristã, o Dia de Reis é aquele em que Jesus Cristo recém-nascido recebera a visita dos Reis Magos. No Dia de Reis encerram-se os festejos natalícios. É a partir daqui que se retiram todos os enfeites de Natal e se desmontam os presépios e as árvores. Este é também o dia em que se deve comer romãs, pedindo aos Reis Magos saúde, dinheiro, paz e amor. Há quem diga que a tradição manda, no Dia de Reis, colocar três bagos de romã dentro da carteira para ter dinheiro durante o ano novo.

Dia de Reis em Espanha Na Espanha o Dia de Reis é comemorado efusivamente, sendo o dia em que as crianças recebem oficialmente as prendas de Natal. A tradição espanhola diz que são os Reis Magos os responsáveis por trazer os presentes de Natal às crianças.

Cantar as Janeiras A comemoração do Dia de Reis coincide com as Janeiras. As Janeiras, ou cantar as Janeiras, é uma tradição portuguesa que consiste na reunião de grupos que, cantando de porta em porta, desejam às pessoas um feliz ano novo. Podem ser utilizados instrumentos musicais, como a pandeireta, flauta, viola, acordeão e bombo no acompanhamento. As músicas são normalmente conhecidas e a letra vai variando de localidade para localidade. Ainda hoje, muitas são as crianças, dos diferentes estabelecimentos de ensino, que elaboraram uma coroa de rei que colocam nas suas cabeças e vão, de casa em casa, cantar as Janeiras. pub


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publica: 4 de janeiro de 2013

especial

Receitas para um jantar de Reis Camarões picantes Ingredientes para 4 pessoas 600 g de camarões congelados (calibre 20/30) 4 dentes de alho 50 g de Vaqueiro Culinesse piripiri sal 1 colher de chá de colorau 1 pitada de caril 0,5 dl de cerveja limão Preparação: Enquanto os camarões estiverem meio congelados, dê-lhes um golpe na casca na parte dorsal com uma tesoura, abra-os depois com uma faca afiada, sem separar completamente as duas metades, e retire-lhes a tripa. Descasque e pique finamente os dentes de alho, misture com a Vaqueiro Culinesse e tempere com piripiri, sal, o colorau e uma o pitada de caril. Junte a cerveja e pincele os camarões com este preparado, à medida que os vai colocando, lado a lado num prato fundo que possa ir ao microondas. Regue com o molho que sobrar e leve ao microondas na potência média durante 3 minutos. Volte os camarões e leve de novo ao micro ondas mais 2 minutos na potência máxima. Deixe repousar 5 minutos e sirva regado com sumo de limão.

Bacalhau com Migas de Broa e Farinheira Ingredientes para 6 a 4 pessoas: 4 postas de bacalhau água 1 molho de grelos de couve 3 cebolas 100 g de Vaqueiro Gourmet ¼ de broa 1 farinheira azeite virgem extra 6 a 8 dentes de alho Preparação: Coloque as postas de bacalhau num tacho, cubra com água, leve ao lume e deixe ferver durante 10 minutos. Ao mesmo tempo leve outro tacho ao lume com água temperada com sal para cozer os grelos. Lave os grelos e elimine as folhas velhas. Introduza-os no tacho quando a água estiver a ferver e deixe cozer destapado durante cerca de 20 minutos ou até estarem macios mas não desfeitos. Ligue o forno e regule-o para os 180 °C. Descasque as cebolas e corte-as em rodelas. Derreta a Vaqueiro Gourmet num tacho, junte as cebolas e deixe refogar até estarem macias. Escorra o bacalhau e limpe-o de peles e espinhas. Espalhe as lascas de bacalhau sobre um tabuleiro e por cima espalhe a cebolada. Escorra os grelos e passe-os de imediato por água fria corrente. Tire a côdea à broa e pique-a no robô de cozinha ou esfarele-a muito bem com as pontas dos dedos. Aqueça um pouco de azeite numa frigideira larga. Tire a pele à farinheira. Coloque a farinheira e respetiva pele na frigideira. Adicione os dentes de alho, esborrachados e sem pele e deixe fritar um pouco enquanto vai desfazendo a farinheira com uma colher de pau. Entretanto pique os grelos. Retire a pele da farinheira e junte os grelos picados. Misture e deixe saltear um pouco retire do lume e misture tudo com a broa esfarelada. Espalhe sobre o bacalhau e leve ao forno durante 15 a 20 minutos.

Frango no forno

Mousse de chocolate com bolacha torrada

Ingredientes para 4 pessoas

Ingredientes para 4 pessoas

1 frango do campo 1 queijo Chèvre Vaqueiro ideal para aves sal marinho 3 colheres de (sopa) de Vinho do Porto

Preparação: Limpar o frango do campo. Cortar às rodelas o queijo Chèvre, e separar a pele do frango com cuidado sem furar. Colocar o queijo no interior do frango. Untar o frango com a Vaqueiro ideal para aves. Colocar num tabuleiro untado com a mesma Vaqueiro Ideal para Aves, polvilhar com sal marinho e borrifar com o Vinho do Porto. Colocar no forno pré-aquecido a 180ºC até o frango estar loirinho e cozinhado. Servir com legumes.

200 g chocolate preto em barra 0,5 dl de leite 50 g deVaqueiro 6 ovos 150 g açúcar 1 pacote de bolacha torrada

Preparação: derreta o chocolate com o leite e a Vaqueiro em banho maria ou no micro ondas a baixa potência. Bata as gemas com 100 g de açúcar, até obter um creme fofo e esbranquiçado. Adicione a mistura do chocolate e mexa bem. Bata as claras em castelo bem firme e no final adicione o restante açúcar. Envolva as claras no creme de chocolate, suavemente, sem bater. Rale grosseiramente as bolachas e espalhe cerca de 1/3 sobre o fundo de uma taça. Por cima deite a mousse preparada, alternando em camadas com as restantes bolachas. Termine com uma camada de bolacha. www.vaqueiro.pt pub

Deseja a todos um bom Ano 2013


Aproveite os especial

saldos!

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Cuidados a ter na hora de comprar

Os Reis ofereceram prendas ao Menino e, por isso, que tal aproveitar esta época de saldos para oferecer um presente especial a alguém ou comprar algumas prendas para si? Os saldos de Inverno já arrancaram, por isso, pode começar já a comprar tudo aquilo que deixou fora do sapatinho de Natal, à espera de aproveitar os preços reduzidos. No entanto, há alguns cuidados que não pode negligenciar. O primeiro conselho passa por analisar se, em relação ao preço antigo, o desconto compensa, de facto, e se todas as lojas por onde passa têm afixados o valor antigo e

atual ou, pelo menos, a percentagem de desconto feito. Só assim, afirma a DECO, se conseguirá saber se o que vai adquirir vale a pena. A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) explicou que esta é uma das queixas mais frequentes em épocas de saldos: há lojas que, nas montras, publicitam os saldos, mas que no interior não têm os preços afixados. Para muita gente os dias imediatamente a seguir ao Natal servem para trocar os presentes de que não gostaram – afinal, há um prazo a cumprir. É exatamente sobre os prazos e condições de trocas que, em tempo de saldos, os consumidores mais reclamam junto da DECO. Segundo a Associação, a troca não é legalmente obrigatória, mas cada estabelecimento deve afixar os termos em que ela pode ser feita. “É obrigatório que isso esteja afixado na loja, que essa informação seja prestada ao consumidor e que acompanhe o talão da venda”. Com um 2013 que não se prevê muito generoso no que toca às finanças, há que pub

ser certeiro nas escolhas. Por isso há peças intemporais, que se conjugam facilmente com as tendências de cada estação. Na dúvida sobre o que vestir, uma camisa branca com umas calças de ganga, um lenço clássico e uns saltos pretos são sempre uma escolha segura. O nosso conselho? Não invista em peças muito marcantes de uma determinada tendência, que irão rapidamente ser ultrapassadas e ficar esquecidas nos armários. Aproveite os saldos para investir nestes essenciais, de preferência em peças de qualidade e que tenham potencial de duração. Por último, e para evitar chegar a casa com roupa de que não se precisa e gastar dinheiro despropositadamente, deve fazerse uma lista das peças que fazem realmente falta, estabelecer um orçamento para gastar e ter a companhia de um bom conselheiro, como o marido ou uma amiga com bom gosto e capacidade de dar opinião. O final dos saldos acontece a 28 de Fevereiro. Até lá ainda pode aproveitar para fazer boas compras. pub


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