Com um novo ano a começar, esta é a ocasião de olharmos para o ano que passou. 2015 foi um ano com muitas notícias, algumas positivas, outras nem por isso. Para recordar ou para refletir, aqui ficam alguns dos acontecimentos mais marcantes do concelho, da política, ao desporto, passando pela saúde, justiça e solidariedade.
JANEIRO
MARÇO
No primeiro mês do ano fechava a Extensão de Saúde do Louro. Contra a vontade dos autarcas e das populações, encerrou a extensão de saúde do Louro, transitando os utentes para a extensão de Nine. O fecho da extensão de saúde de Arnoso Santa Maria também chegou a ser anunciado, mas acabou por não se concretizar devido à providência cautelar interposta pela Comissão de Utentes. A autarquia famalicense procurou minimizar a situação com a disponibilização de transportes. Ainda neste mês era anunciado por Paulo Cunha, presidente da Câmara, que Famalicão vai ter um Centro Tecnológico Agroalimentar, um projeto contemplado no Plano Estratégico 2014-2025. Em janeiro, a Câmara de Famalicão encetava uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga para obrigar a Ascendi ou a Estradas de Portugal a realizar obras na via que dá acesso ao nó da A7, em Seide. Apelidada já como “a estrada de ninguém”, aquela via, que faz também a ligação à Nacional 206 em Vermoim, está em péssimas condições.
O Tribunal de Famalicão absolveu os cinco arguidos, entre os quais o ex-autarca, do caso das contas da Junta de Freguesia de Cruz, considerando que não ficou provado o crime de abuso de poderes na forma continuada, de que eram acusados. É também no mês de março que a Câmara de Famalicão chega a acordo com os proprietários de terrenos privados situados na orla nascente do Parque da Devesa. A autarquia paga 5,5 milhões de euros à Tempreduc, empresa proprietária dos terrenos, e esta desiste da ação em tribunal (na qual pedia uma indemnização de 15 milhões de euros). Em concreto, o município consegue reduzir em 40% a capacidade construtiva, passando dos mais de 100 mil metros quadrados possíveis de construção para 60 mil. Neste mês, um jovem morreu, depois de ter sido agredido, por um segurança, à porta do bar Chic em Riba d’Ave. O jovem, Luís Miranda, residente em Ronfe, concelho de Guimarães, não resistiu aos ferimentos sofridos e veio a falecer no hospital cinco dias depois. O segurança foi detido em julho de 2015 no âmbito de uma empresa de seguranças, a SPDE, que atuava ilegalmente de forma violenta em vários espaços de diversão noturna.
FEVEREIRO
ABRIL
O Governo PSD-CDS/PP apresentou uma solução de 36 milhões para a Nacional 14. A requalificação da via e a construção de uma nova ponte sobre o Rio Ave foi a solução encontrada para resolver o estrangulamento rodoviário da Estrada Nacional 14, entre Famalicão, Trofa e Maia. Passos Coelho, numa visita a Lousado, anunciou a resolução que inclui ainda uma circular à Trofa entre outras beneficiações. A obra estará pronta em 2018 e custará 38 milhões de euros. Entretanto, neste mês, a renaturalização do Rio Pelhe em todo o seu percurso urbano da cidade era apresentado como uma das apostas do novo Plano Diretor Municipal de Famalicão. Ficou-se ainda a saber que o Tribunal da Relação mandava repetir o julgamento de Armindo Castro, o estudante de criminologia que cumpriu dois anos de prisão pela morte da tia, em Joane, mas que foi libertado quando um outro homem confessou o crime.
O Presidente da República, Cavaco Silva, veio a Famalicão e deixou elogios à força do têxtil famalicense que, apesar das dificuldades, soube revitalizar-se. No âmbito do Roteiro para uma Economia Dinâmica, em Famalicão, Cavaco Silva visitou as empresas têxteis Scoop e Riopele e ainda o CeNTI e o Citeve. Neste mês, a Câmara de Famalicão aprovou a integração no domínio público rodoviário municipal do troço da Via Intermunicipal Joane/Vizela (VIM) que atravessa o concelho, num total de 6,3 quilómetros. A via era gerida pela Associação de Municípios do Vale do Ave, mas o estado de degradação a que foi sendo votada, levou o município a tomar esta decisão. A Câmara de Famalicão revela que vai apoiar, este ano, 68 famílias no âmbito do programa “Casa Feliz – Apoio à Renda”, num investimento municipal de mais de 74 mil euros. Neste mês, uma manteigueira chamada “Íris”, em homenagem ao famoso restaurante famalicense já desaparecido, concebida por um arquiteto residente em Famalicão, venceu um prémio de design internacional. O objeto foi criado por João Faria, de 47 anos, nascido em Coimbra, que reside em Famalicão há mais de 20 anos. pub
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pública: 7 de janeiro de 2016
especial
MAIO
JULHO
O FC Famalicão vence Lusitano FCV e garante a subida à II Liga. O feito permitiu, assim, à turma famalicense regressar às provas profissionais 19 anos depois. Em maio, o famalicense José Azevedo sagra-se campeão do mundo Meia Maratona INAS, enquanto Pedro Pimenta, voluntários dos BV Famalicenses, foi considerado o bombeiro do ano. Em maio, o ministro da Economia, Pires de Lima, e o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, inauguraram a fiação Inovafil, que ocupa um antigo pavilhão da TMG, em Vale S. Cosme, onde investiu 10 milhões de euros e criou 106 postos de trabalho. Na cultura, Famalicão passa a ter uma nova galeria de arte contemporânea chamada Ala da Frente, na Rua Adriano Pinto Basto. Neste mês era ainda criada a Comissão de Utentes em Fradelos para reivindicar médico para a extensão de saúde daquela freguesia.
Câmara de Famalicão arrancou com intervenções em nove estradas municipais, num investimento de oito milhões de euros. No desporto, o nadador famalicense Luís Vaz foi o único português nos Jogos Olímpicos Universitários. O par famalicense Paulo Almeida e Sara Peixoto estiveram no Mundial de Dança Desportiva e Eduardo Sá (atletismo) e André Carvalho (ciclismo) representaram Portugal. Já Luís Silva venceu o Campeonato de Portugal de Boccia e a nadadora famalicense Beatriz Martins conquistou a medalha de ouro em Malta. No GD de Ribeirão, os problemas começam a adensar-se com a ausência do presidente na assembleia do clube. Adriano Pereira acabaria por se demitir. Neste mês, o Ministro Poiares Maduro inaugurou os Espaços do Cidadão nas freguesias de Ribeirão, Calendário e Riba d’Ave. A Câmara de Famalicão deixou de deter ações na Águas do Norte. Com um encaixe de 3,8 milhões de euros, o PS criticou a decisão. Ainda este mês, foi anunciada resolução da dívida dos Bombeiros Voluntários de Riba d’Ave, que ultrapassava os 400 mil euros. A direção, sob a presidência de Maria José Gonçalves, negociou com os credores. Finalmente, com o verão, o Laurus Nobilis, no Louro, colocou Famalicão na rota dos festivais a nível nacional.
JUNHO No mês de Santo António, a cidade encheu-se de cor, música e alegria. Dulce Pontes, Anselmo Ralph e as marchas infantis marcaram estes dias de festa. No automobilismo, o famalicense Tiago Reis foi o grande vencedor da Especial Sprint Noturno de Famalicão. Na natação, Luís Vaz conquistou duas medalhas de ouro em Coimbra e Sónia Gonçalves sagrou-se campeã nacional de Sub21 em Badminton. O Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão sagra-se campeão nacional de clubes da 3ª Divisão em atletismo. Já o CD Lousado sagra-se campeão nacional do Inatel em futebol. Por outro lado, o Torneio 48H Ténis, de Famalicão, foi cancelado devido ao mau estado dos campos de ténis municipais. Em junho, os funcionários da Câmara de Famalicão passam de 40 para 35 horas de trabalho semanal, num novo acordo coletivo com Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública. No final do mês, era anunciado que a cidade de Famalicão terá em breve uma Loja do Cidadão.
AGOSTO Em pleno verão, teve lugar em Gondifelos, um acampamento Nacional que juntou 1.800 escuteiros de todo o país. Na iniciativa esteve presente o secretário de Estado da Juventude, Emídio Guerreiro. Neste mês, o GD Ribeirão abdica de participar no PróNacional e, quase ao mesmo tempo, na vila nasce um novo clube, o Ribeirão FC, formado por um grupo de cidadãos que não quis deixar acabar o futebol sénior. Ainda no desporto, a equipa famalicense Groove Monsters ficou em 41º em competição de Hip Hop nos Estados Unidos. Já o nadador Adriano Niz conquista mais duas medalhas nos mundiais de natação. pub
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pública: 7 de janeiro de 2016 13
especial
SETEMBRO
NOVEMBRO
Realizou-se a Feira de Artesanato e Gastronomia que recebeu 200 mil visitantes, e também o passeio a Fátima com cerca de 10 mil seniores, numa organização da Câmara de Famalicão. O Ministério da Educação decidiu retirar o curso profissional de Artes do Espetáculo – Interpretação à cooperativa de ensino Delfinópolis, proprietária do Externato Delfim Ferreira de Riba d’Ave. O curso está a ser ministrado em Famalicão, mas por uma escola do Porto, a Academia Contemporânea do Espetáculo – Teatro do Bolhão. Uma ex-educadora do Centro Social de Seide S. Miguel começou a ser julgada no Tribunal de Guimarães, acusada de maus tratos sobre crianças. A equipa Mustangs da Didáxis sagra-se vice campeã mundial do F1 in Schools. No desporto, Ana Rita Rego conquista ouro e prata no Mundial de Health Qigong. Nos motores, Edgar Reis sagra-se campeão nacional de Montanha. O famalicense José Azevedo foi campeão do mundo dos 10 mil metros no Equador.
A Polícia Judiciária efetuou buscas no Convento de Requião, que levaram à apreensão de documentos e objetos e à constituição de quatro arguidos, um padre e três irmãs. Em causa suspeitas da prática dos crimes de maus tratos, rapto e escravidão alegadamente exercidos sobre as irmãs noviças. Ainda na esfera religiosa, as obras na Antiga Matriz de Famalicão assumem-se como um dos projetos do ano, orçado em 780 mil euros, com a reabilitação total do edifício e o restauro de arte sacra. Quase no final do ano, ficou-se a saber que Famalicão vai ganhar nova unidade de saúde de raiz na zona do Vale do Pelhe. Entretanto, a Câmara lançou obras de 2,5 milhões em mais duas estradas que atravessam Vale S. Martinho, Telhado e Vale S. Cosme; Landim e Ruivães. No desporto, a Europa esteve em peso em Famalicão para disputar a final da Taça em Dança Desportiva. O Famalicão Vólei AVC e Didáxis assinaram um protocolo para divulgação do Voleibol Feminino.
OUTUBRO A Câmara de Famalicão lançou no terreno, obras nas estradas de Nine, Ribeirão, Calendário, Requião e Lemenhe no valor de três milhões e 800 mil euros. Em mês de eleições, a coligação Portugal à Frente, suportada por PSD e CDS-PP, ganhava as legislativas no país, no distrito e no concelho de Famalicão. Na saúde, a Extensão de Saúde de Arnoso Santa Maria acabou por encerrar definitivamente. Entretanto, em Requião surgiu uma Unidade de Saúde Familiar que veio resolver o problema da falta de médicos. Num ano em que se falou tanto de refugiados, de Famalicão partiram 30 toneladas de ajuda. No desporto, destaque para as demissões no FC Famalicão, do presidente da Assembleia Geral, Jorge Silva, e do presidente da direção, Pina Ferreira, que levaram a eleições no clube. Entretanto, André Carvalho foi o melhor português nos Mundiais de Ciclismo. Já o AVC fez história ao vencer a Supertaça em voleibol.
DEZEMBRO Após um ano intenso de luta, a população de Fradelos levou o problema da extensão de saúde da freguesia à Assembleia Municipal de Famalicão. Neste mês, a Câmara inaugurava o seu Balcão Único de Atendimento. A Santa Casa de Misericórdia de Riba d’Ave anuncia que vai criar, em 2018, um Centro de Investigação, Formação e Apoio à Demência, único no país. É no final do ano que a Câmara anuncia que adquiriu o terreno do Parque da Ribeira por 200 mil euros, colocando um ponto final num processo que durou quase 20 anos. Em dezembro foi também lançado o projeto “Famalicão Rio 2016”, pela Câmara, que pretende incentivar cinco atletas famalicenses que acalentam o desejo de marcar presença nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. Ainda no desporto, Jorge Silva foi eleito como presidente do FC Famalicão. Sofia Oliveira sagra-se campeã nacional de kickboxing e Tânia Barros em Karaté. pub
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pública: 7 de janeiro de 2016
especial
Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Famalicão
“O Made IN superou as melhores expetativas” O Made In não se resume às visitas às empresas famalicenses. A Câmara Municipal tem procurado fazer de Famalicão um território fértil para a criação, consolidação e internacionalização de projetos empresariais. Na forja, há outras iniciativas para incentivar o empreendedorismo. E se os números confirmam o crescimento económico do concelho, Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, não podia estar mais satisfeito.
económico, alicerçado na localização geográfica privilegiada do concelho, num ADN empresarial que aqui faz emergir algumas das maiores indústrias do país e na qualidade e diversidade de recursos humanos qualificados. Fatores que fazem deste território um dos mais produtivos e exportadores do país, como confirmou recentemente o anuário do Instituto Nacional de Estatística. Famalicão consolidou a posição de terceiro município mais exportador do país, o segundo Sofia Abreu Silva com a melhor balança comercial e o terceiro com maior volume de negócios ao nível das OPINIÃO PÚBLICA: Qual o balanço do Famali- indústrias transformadoras. É uma excelente cão Made IN que iniciou a novembro de 2013? notícia! PAULO CUNHA: É um balanço positivo que supera até as melhores expetativas. O Fama- O Made IN não se resume às visitas. Há um licão Made IN está a deixar marcas, sendo evi- conjunto de ações em prol do desenvolvidente o reconhecimento nacional a este pro- mento empresarial do concelho… grama municipal que pretende fazer jus à O roteiro é a vertente mais mediática do Fapujança económica do concelho. Trata-se de malicão Made IN. Dentro desta estratégia da um ambicioso projeto de afirmação territorial, Câmara para promover o desenvolvimento particularmente centrado no nosso potencial económico do concelho cabem, naturalpub
Em 2015 a Câmara anunciou de interesse municipal novos investimentos superiores a 25 milhões de euros mente, outras iniciativas. É o caso do estabelecimento de importantes parcerias com entidades nacionais e internacionais, do estreitamento de laços com os empresários que aqui desenvolvem os seus projetos e com os empresários famalicenses que se encontram a investir fora do país, e ainda do posicionamento do município como um aliado dos investidores. Queremos oferecer aos agentes do nosso território com ambição empresarial condições para que os seus projetos possam germinar. Mas, queremos também ajudar os nossos empresários a alavancar e a internacionalizar os seus negócios. No fundo, queremos ser uma força de ignição que crie a energia necessária para que toda a cadeia possa alimentar-se e ser bem-sucedida.
presários e estimular o empreendedorismo. Tem-se revelado uma estrutura muito importante não só pelo apoio direto dado aos empresários e aos novos empreendedores, mas também pela ligação próxima aos outros agentes do território, nomeadamente escolas, universidades e estruturas de inovação e investigação, que são muito importantes neste processo de valorização e afirmação do nosso território. Existe uma equipa que proporciona atendimento personalizado para prestar informação e aconselhamento acerca dos diversos apoios técnicos e financeiros disponíveis e das etapas necessárias para se iniciar um negócio.
Esta estrutura tem ajudado, efetivamente, à criação de empresas? Sem dúvida. O Famalicão Made IN tem dado um forte contributo para o surgimento de novos projetos empresariais e apoiado muitos outros a expandir-se, contribuindo, decisivamente, para a criação de centenas de novos postos de trabalho no concelho, um desígnio que considero como fundamental na ação da Câmara Municipal no plano económico. Não Como é feito o critério da escolha das empre- menos relevante tem sido a sua ação na captação de empresas instaladas fora de Famasas a visitar? As empresas e instituições famalicenses que licão para o nosso concelho. quase todas as semanas vou visitar, assumindo-me como seu embaixador institucio- Existe também uma preocupação em dotar as nal, são exemplos de empreendedorismo e empresas com recursos humanos qualificade inovação no concelho. São empresas que dos… demonstraram que o bom momento que vi- Existe uma proximidade às instituições ligavem não é fruto nem do acaso nem da sorte. das ao ensino, à ciência e à investigação, Mas antes do resultado de um trabalho dife- bem como ao tecido empresarial. Resultado renciador e inovador, logo, com alto valor desse esforço meritório é, por exemplo, o proacrescentado, em que a aposta na I&D tem grama para doutorados, pioneiro a nível nasido crucial. E refiro-me não só a empresas cional, que a Câmara lançou em novembro e com muitos anos de atividade, mas também que visa apoiar a inserção de recursos hua novos projetos. Constato que o saber-fazer manos altamente qualificados nas empresas das empresas famalicenses é cada vez mais do concelho. Mas há outras iniciativas em reconhecido e procurado. E, como presidente curso ou em fase preparatória em articulada Câmara, sinto que é meu dever ajudar a ção com os agentes do nosso território, porpromover o que de tão bom é feito em Fama- que sabemos que o trabalho em rede é mais profícuo do que quando feito de forma isolicão. lada. Quais os números que comprovam que Famalicão tem conseguido atrair novas empre- Quais os próximos projetos no âmbito do Made IN? sas? O volume total das exportações das empresas Estão previstas iniciativas em várias áreas. famalicenses aumentou 10% entre 2013 e Ao nível do empreendedorismo, posso desde 2014, fruto dos novos investimentos realiza- já anunciar o “Elevator Made IN”, que é um dos no território, o que atesta a diversidade e programa de aceleração de startups, com a a força do tecido empresarial famalicense. duração de seis meses, que vai apoiar o cresSó em 2015 a Câmara anunciou como de in- cimento das empresas instaladas na incubateresse municipal novos investimentos su- dora Famalicão Made IN ou daquelas que se periores a 25 milhões de euros, que repre- encontrem a desenvolver os seus planos de sentam a criação de perto de meio milhar de negócios no Gabinete de Apoio ao Empreendedor. No domínio da inovação vão avançar novos empregos. iniciativas relacionadas com a propriedade Qual a razão de criar um espaço físico dedi- industrial e outras em articulação com as entidades científicas e de investigação famalicado ao Made IN? O Gabinete de Apoio ao Empreendedor do censes e com a ANI (Agência Nacional de InoMunicípio de Famalicão é um serviço público vação). Estão também a ser desenvolvidas de atendimento ao cidadão, direcionado de ações de apoio à internacionalização com a forma muito particular para o universo em- colaboração direta da AICEP (Agência para o presarial. Tem como principais objetivos atrair Investimento e Comércio Externo de Portuinvestimento para o concelho, apoiar os em- gal).
pública: 7 de janeiro de 2016 15
especial
Âme moi
Mini kiwi Land
Carteiras com filigrana de ouro ou prata, seda bordada à mão, pele de alta qualidade e crina de cavalo. Âme moi é uma marca de acessórios de luxo de dimensão global, com alto valor acrescentado e pensada pelo famalicense Alberto Gomes. Cada carteira é única e manufaturada por artesãos nacionais. A marca tem como principais mercados o Qatar, Hong Kong, Malásia e Indonésia, no Sudeste Asiático, e Luanda, em Angola. O preço médio de uma carteira âme moi ronda os 3.500 euros. A mais cara custa 22 mil euros e tem alça em filigrana de ouro e pele de crocodilo 100% natural.
Em Landim, está a ser testada a produção de um novo fruto em Portugal que tem tudo para conquistar os consumidores. O sabor doce, a textura cremosa, a superfície sem pelos, o tamanho pequeno e a cor verde ou vermelha (dependendo da variedade) fazem do baby kiwi um fruto verdadeiramente delicioso e poderoso em termos nutritivos. A Mini Kiwi Land é uma produção com um hectare deste fruto sensação nalguns mercados europeus. Daqui a dois ou três anos o produtor famalicense espera comercializar, no mínimo, 12 toneladas, a um preço que pode chegar aos quatro euros por quilo.
Olbo&Mehler
Oporto Unique Design
Manuel Fernando Azevedo
A Olbo&Mehler concentrou em Famalicão todas as competências do grupo alemão na produção de telas para correias de transporte e no desenvolvimento de outros têxteis técnicos e de valor acrescentado, usados em corrimões de escadas rolantes, lagartas de motos de neve ou coletes à prova de bala. A Olbo&Mehler é uma empresa do grupo Mehler AG, controlado pelos alemães da KAP, cuja holding está cotada na bolsa de Frankfurt. A unidade famalicense tem 300 efetivos, número que duplicou face a 2010. O volume de negócios disparou para os 42 milhões de euros.
Desengane-se quem acha que não é possível ser criativo e inovador e fazer arte com a madeira. Norberto Fonseca, filho de marceneiro, criou a Oporto Unique Design – inspirada no Douro, no Vinho do Porto e na Invicta. As peças que manufatura cuidadosa e demoradamente têm incorporados diversos tipos de madeira de diferentes geografias e latitudes e com vários tons. São peças únicas, originais e customizadas, porque são feitas à medida das exigências do cliente.
Exportadora de 100% produção, com a Inglaterra como principal mercado, a Manuel Fernando Azevedo (MFA) nasceu há 21 anos em Santo Tirso. Assume-se como o maior fabricante de meias na Europa Ocidental, trabalhando para grandes marcas mundiais, como a norte-americana New Balance. A empresa escolheu Famalicão para concretizar o seu plano de expansão. Estima-se que estejam a trabalhar cerca de 500 pessoas até 2017 e a meta é registar 25 milhões de faturação.
O OPINIÃO ESPECIAL volta a destacar as empresas e instituições famalicenses que foram visitadas pelo presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, no âmbito do Famalicão Made In. Aqui ficam as que integraram o roteiro entre 30 de junho e 31 de dezembro de 2015.
Wlrod -Roots of Denim
YouOn
Arga Tintas
A jovem marca famalicense ligada ao universo motard produz denim que dura uma vida e que quase não precisa de ser lavado. Tudo isto porque é para vestir como se fosse uma segunda pele, com os vincos próprios do uso, e quanto mais velho melhor. É o que garantem os autores deste projeto que escolheram as instalações da histórica Boa Reguladora para se desenvolver. É assim um verdadeiro regresso às raízes o que a WLROD está a evocar para reintroduzir um lifestyle desinteressado das tendências da moda, mas com alta qualidade.
Com quatro anos, é líder em Portugal em soluções de live streaming, aproximando o mundo através da transmissão online de vídeos em direto. O desenvolvimento de plataformas de vídeo online é o core business desta empresa, que grandes marcas, nacionais e internacionais, requisitam. A empresa espera impor-se a nível global com o desenvolvimento de plataformas para vídeos 360 graus em 2016. Na carteira de clientes estão marcas como a NOS, Galp, Swatch, Salsa, Observador, Portugal Footwear, Vodafone, Casa da Música, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Universidade do Porto, entre outras.
A Arga Tintas transferiu, em novembro, a sua sede para Famalicão. Em 2016, a Arga Tintas vai construir uma nova estrutura de armazenamento de produtos acabados, contígua às instalações da empresa, em Ribeirão, num investimento superior a 700 mil euros. A Arga Tintas está na linha da sustentabilidade ambiental. A empresa tem vindo a ser distinguida por alguns importantes fabricantes europeus de produtos ligados à construção, que a escolheram para distribuidora em Portugal.
CEVE
Casa ao Lado
Grupomar
Este é um espaço alternativo de aprendizagem, experimentação e sensibilização artística, da autoria de Ricardo Miranda e Joana Brito, licenciados em Artes Plásticas pela Escola Superior Artística do Porto, que encontraram em Famalicão o sítio ideal para provocar a veia artística de crianças e adultos e espicaçar o universo empresarial para as potencialidades desta área. A cada semana, A Casa ao Lado envolve cerca de 300 pessoas na sua escola como nas instituições para onde é convidada para ensinar e mostrar as artes em todas as suas vertentes.
Com o recorde de cinco mil toneladas de bacalhau vendidas este ano, que representam 30 milhões de euros de faturação, esta é uma das maiores empresas nacionais de comércio de bacalhau seco e demolhado. O Grupomar, marca da Cachide & Roldão, vai iniciar em 2016 um investimento de 8 milhões de euros que permitirá à empresa dominar todo o processo produtivo, reforçar para o dobro o volume de vendas para o exterior e assim assumir um maior protagonismo no contexto nacional e internacional. A nova unidade criará 60 postos de trabalho.
Famalicão vai ser pioneiro no lançamento de um projeto de eficiência energética. Os habitantes de nove freguesias vão poder usufruir de um contador inteligente de eletricidade que permitirá fazer a leitura imediata do consumo de vários equipamentos/eletrodomésticos. O projeto é da Cooperativa Elétrica do Vale d’Este (CEVE), do Louro, com 85 anos, que avançará ainda com um projeto que incentiva as pessoas a utilizarem lambretas elétricas nas suas deslocações e lança o projeto de produção de energias renováveis através do sol e da água.
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pĂşblica: 7 de janeiro de 2016
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