Manuel Loureiro presidente da Fagricoop, Cooperativa Agrícola e dos Produtores de Leite de Famalicão
“Os produtores de Famalicão estão a viver com muitas dificuldades” Os produtores de leite têm vivido dias difíceis. Mesmo desesperantes. E os famalicenses não são exceção. Tudo por causa do fim do sistema de quotas na produção leiteira, o embargo da União Soviética aos produtos europeus, uma crise generalizada na Europa, a diminuição do consumo e o preço pago pelo leite. Em entrevista ao OPINIÃO ESPECIAL, Manuel Loureiro, presidente da Cooperativa Agrícola e dos Produtores de Leite de Vila Nova de Famalicão, FAGRICOOP, fala das dificuldades vividas pelos agricultores famalicenses.
Sofia Abreu Silva OPINÃO PÚBLICA: As últimas notícias têm dado conta do desespero e falência dos produtores de leite como consequência do fim das quotas na produção leiteira. Como está a atual situação? MANUEL LOUREIRO: O fim das quotas leiteiras foi o maior desastre que eu conheci e o maior erro que se cometeu a nível europeu. À exceção de dois ou três países, todos os outros estão a pagar a fatura das quotas terem terminado. Os produtores de Famalicão estão, como os outros a nível nacional, a viver com muitas dificuldades. Aqueles que estão no grupo Agros, ainda estão a receber um preço razoável pelo leite que produzem, mas há outras empresas em que é um desastre total, que pagam menos de 26 cêntimos, abaixo do preço de custo. Tem sido extremamente complicado. E qual é a situação no concelho de Famalicão? Todos os dias fecham vacarias aqui no concelho. Isto está a atingir uma dimensão que quando se pensar em inverter a situação ficará muito caro ao Estado. Depois vão começar a dar subsídios à toa e surgirão as típicas situações em que em vez de haver investimento, haverá
equivale à totalidade da nossa produção nacional. Portanto, os outros países sobem uma pequena percentagem e sufocamnos completamente. Sem que ninguém faça nada há vários anos, nos outros países, em que há excedentes, os governos subsidiam essa produção e os produtores enviam o leite para cá muito barato e nós não temos para quem o mandar, porque não somos subsidiados. Até mesmo nos Açores estão a subir, terrivelmente, à produção, 10 a 12% ao ano, porque o Governo Regional subsidia a produção e o leite é enviado para cá. Temos, urgentemente, de arranjar soluções.
esbanjamento. Os agricultores trabalham todos os dias até ao prejuízo, porque ficam na esperança de que tudo vai mudar. Mas, alguns agricultores tiveram mesmo de fechar, porque a situação deixou de ser sustentável. Se continuarmos assim, não haverá leite e temos de ir buscálo a outros lados. O Governo vai abrir os olhos para esta problemática muito tarde. Será possível reverter esta situação? O Secretário de Estado manifestou a intenção de colocar rótulos com a origem... Os governantes não precisam de dizer nada, nem de fazer política sobre o assunto. Basta irem a Espanha e copiarem o que se fez lá. É muito simples. Espanha exige que todos os produtos tenham a denominação de origem. Na maior rede de supermercados de Espanha, a Mercadona, encontra 80 a 90 % de produtos nacionais. Foi o próprio Estado que negociou com a Mercadona para que eles comprem os produtos espanhóis. Assim, produtos de denominação estrangeira entram em pouca quantidade, porque existe, de facto, uma lei e fiscalização. Caberia ao Estado proteger o que é nosso? Nos últimos anos o Estado só quer os cidadãos para pagar impostos, mas eu acredito que um dia o Estado vai fazer o que lhe compete, que é defender os interesses dos seus concidadãos. O que se passa neste momento com o leite, de uma maneira muito nacional e patriótica, era fácil de ajudar a inverter. Como é que o Estado poderia ajudar? O problema é o leite importado. Nós, à partida, se formos com um camião de leite para Espanha rotulado como português, teremos lá problemas, mas eles podem entrar no nosso país como quiserem com o seu produto. Nem o próprio Estado compra leite português para as es-
colas, porque naquilo que deveria ser sério não é, e naquilo que poderia fazer para ajudar as empresas do país quer ser muito sério. O Estado diz-nos que o volume de negócios da compra de leite exige um concurso internacional, mas depois acaba por comprar leite com soro à Bélgica e Irlanda e é isso que dão às crianças. A nossa legislação não permite sequer que se faça um leite como aquele que o Estado compra a outros países. A nossa lei não permite, mas o Estado compra esse produto ao estrangeiro. Se fizéssemos esse produto também ganhávamos os concursos, porque o preço baixava drasticamente. Ou seja, um produto que seria para deitar fora é colocado num pacote de leite e é comprado pelo Estado.
A questão do “dumping”, ou seja vender abaixo do preço de custo dos produtos, continua a ser uma questão atual. Não há fiscalização? Se calhar a fiscalização anda pelos pequenos espaços. Nos hipermercados não, porque o dumping tem outros nomes, como promoções e descontos. Na minha opinião, era através das redes de supermercados que poderíamos controlar um bocado os preços. Aqui as coisas deviam ser concertadas ao mais alto nível, com o Estado a As regras não são as mesmas… sensibilizar as grandes superfíNão, claramente. Em vez de um cies para aquilo que se passa no concurso internacional, podería- setor. mos dividir a compra do leite por distritos ou por concelhos, o que Mas, os portugueses não estão a ajudaria o setor. O Estado tem a beber leite português? obrigação de ajudar quem tra- No nosso grupo, Lactogal e balha, pois nos últimos anos só Agros, temos marcas que contiajudou o sistema bancário e pa- nuam a vender porque são margou a agricultores do sul para cas consagradas. O grande pronão trabalharem. blema é que têm uma concorrência muito forte das Mas esta situação de dificulda- marcas brancas, em que o condes na agricultura é europeia… sumidor não sabe o que está lá Para suster esta situação, vamos dentro, porque o leite é importer de criar um modelo, não digo tando. Os portugueses para cono mesmo, mas um que seja se- sumir produtos de qualidade melhante ao das quotas. En- tem de escolher marcas portuquanto não se criar um modelo guesas, como a Agros e outras. que sirva como nivelador da pro- Tem de ser leite produzido em dução, esta situação nunca irá Portugal com denominação PT. funcionar. A Alemanha aumentou 6% à sua produção e se a »»»»»continua França aumentar apenas 5%
II
pública: 17 de março de 2016
ESPECIAL Entrevista soas para outras áreas para ver se conseguimos manter os postos de trabalho. Nós tínhamos um volume de negócios de 20 milhões, que se descer para 15 ou 16 milhões, terá de ser compensado com algumas mudanças que as pessoas têm de compreender. O despedimento será o último recurso, porque a nossa prioridade é mantermos as pessoas.
Direcção da Fagricoop e colaboradores
»»»»»continuação
um produto que é muito trabalhado em laboratório. Hoje, há estudos que comproOs dados dizem-nos que se registou um vam que existe uma grande percentagem de abrandamento no consumo do leite, dada a produtos químicos nesse produto, mas existência do chamado leite de soja… essa informação vai demorar a chegar ao Sim. O lobby da soja funcionou muito bem, conhecimento das pessoas. honra lhe seja feita. Houve aqui um aproveitamento em promover um sumo de soja, Todos estes problemas associados à quesa que chamaram de leite, um dos alimentos tão do leite, atingiu a Fagricoop em que mais consumidos pelas pessoas. Se o leite medida? de vaca não é bom para a saúde, por que é Fomos muito atingidos. Nós herdámos um que pegaram, justamente, nesse produto problema financeiro do passado, que tepara promover o “leite” de soja? Ou seja, mos vindo a resolver com amortizações e apanharam a boleia do leite, porque este é estava tudo bem encaminhado. Mas, a um produto que tem boa implementação no questão do leite veio alterar este cenário esmercado. Fizeram uma excelente campa- tável. No ano passado, através da coopenha de marketing e publicidade, aprovei- rativa, pagámos menos aos agricultores tando-se, do meu ponto de vista, da falta de quase 2 milhões de euros. Com esta crise, conhecimento das pessoas, porque este é aquilo que nós prevemos é que as vendas
O novo quadro comunitário Portugal 2020 está a ser aproveitado? O quadro comunitário está a ser, devidamente, aproveitado e continuará a sê-lo. Há alguns projetos aprovados para o concelho de Famalicão com jovens empresários na área de leite, mas são apenas sucessões, ou seja, jovens que ficam com as explorações da família. Não são projetos de raiz. Além do leite, a cooperativa tem ajudado na candidatura de projetos para a produção de vários produtos: quivis, frutos verirão cair, bem como as margens. O que pre- melhos e ervas aromáticas, entre outros. vemos é um ano ou mais de grande dificulRelativamente à fusão da Fagricoop com a dade mesmo para as cooperativas. Frutivinhos. Como está o processo? E o que está a ser feito para fazer face a es- Essa questão dependerá de uma assembleia que a Fagricoop realizará com os coosas dificuldades? Estamos a reunir com os colaboradores peradores. Eles é que irão decidir, acredipara fazermos uma reorganização no sen- tando que o parecer possa ser favorável. tido de pensarmos noutras formas de ne- Mas, não gosto de antecipar as coisas, gócio, como por exemplo oferecer aos nos- quando elas devem ter o seu tempo. Temos sos agricultores um pacote de serviços e um estudo de viabilidade a ser feito com a não apenas um único serviço. A nível de Universidade Católica para nos apoiarmos vendas, iremos abrir uma loja em Fradelos caso a fusão avance. Esse documento está para um melhor atendimento ao público e praticamente concluído e será apresentado aumentar as vendas. Estamos a dinamizar, na assembleia, que depois tomará a decide forma mais expressiva, a nossa área de são, tendo em conta também o investiprojetos, com técnicos mais vocacionados mento que terá de ser realizado no futuro para essa vertente. Aliás, em termos de re- com a criação de um novo edifício para acocursos humanos, vamos direcionar as pes- lher as duas cooperativas. pub
pública: 17 de março de 2016
III
ESPECIAL Custos de produção
Racionalização de custos Em virtude do baixo preço pago pelo leite ao produtor, a empresa agrícola terá cada vez mais que se adaptar em todas as áreas de atuação, com vista a uma racionalização de custos que promova a viabilidade económica e financeira das explorações. Um recente estudo, promovido pela Cooperativa Agrícola de Vila do Conde, em diversas explorações, permitiu estudar e tipificar algumas explorações do setor leiteiro, apresentando indicadores pertinentes a ter em conta nos processos de gestão das empresas do setor leiteiro. Para auxiliar uma boa gestão da exploração é necessário identificar os seus pontos fracos e construir indicadores que visam a comparação entre explorações, por forma a que cada produtor perceba aquilo que tem de melhorar na sua exploração e em que posição se encontra no “ranking” da eficiência perante as outras explorações. Uma forma de comparar as explorações é determinar para cada exploração a “Margem Operacional”, que não é mais do que a diferença entre o total de rendimentos por leite entregue e os custos efetivos da exploração por leite entregue. Obviamente que é necessário destrinçar os custos associados à exploração, retirando tudo o que não diz respeito à atividade agrícola leiteira, como seja ração para outros animais e custos com combustíveis para automóveis e outros. Também é necessário organizar os diferentes tipos de custos e perceber o impacto que têm no total da produção, dividindo-os por grupos. No mesmo estudo conclui-se por exemplo que cerca de 14% dos rendimentos são aplicados em manutenção e reparação de máquinas agrícolas, ou seja cerca 0,04 euros/ litro entregue destina-se a estes custos, o que leva a pensar e a olhar para realidades agrícolas de outros países, mais evoluídos em termos tecnológicos, que utilizam modelos de gestão bem diferentes dos nossos no que concerne à utilização de máquinas agrícolas. A partilha de máquinas, a compra de fatores de produção para grupos de produtores e até partilha de instalações para criação de animais permite reduzir consideravelmente os custos de produção das explorações. Outra ideia a ser combatida é o mito de que quanto maior a exploração e a produção de leite por vaca mais viáveis são as explorações. A viabilidade depende do controlo de diversos fatores e nem sempre o esforço de produzir mais se repercute em mais viabilidade económica, poderá mesmo significar o contrário. Portanto, a chave está em controlar os diferentes custos, perceber o seu significado e aquilo que representam em cada exploração. Qualquer que seja a dimensão ou capacidade de produção o que dita a sua viabilidade económica é a forma controlada como se gere a mesma, ao nível dos recursos humanos, capacidade de produção para autoconsumo, compra racionalizada dos fatores de produção, técnicas adequadas de maneio e investimentos adequados à capacidade produtiva da exploração, promovendo com estes melhorias conjunturais que se repercutam numa maior eficiência na produção. Autores: Marta Moniz e Carlos Santos, da Fagricoop
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IV
pública: 17 de março de 2016
ESPECIAL Dia da Agricultura
Novos Rumos A Fagricoop tem vindo a apostar nos investimentos agrícolas como forma de intensificar o investimento inteligente neste setor e de forma direcionada. A Fagricoop é uma entidade que além de dinamizar a área agrícola, sobretudo no concelho de Famalicão, tem como objetivo ajustar os projetos às diferentes características dos produtores, visando sempre a viabilidade da exploração. O setor agrícola está a mudar e é necessário utilizar a possibilidade de aceder aos investimentos para dotar os nossos produtores de ferramentas e estruturas que os capacitem para responder às múltiplas necessidades do mercado. Para isso, a Fagricoop já levou a cabo pequenos investimentos, investimentos à exploração e implementação de jovens agricultores. Dos pequenos investimentos destacam-se a aquisição de máquinas, implementação de sistema de rega, melhorias nas instalações pecuárias, instalações de novas culturas e reorientação produtiva. Na instalação de jovens agricultores destacam-se a diversidade de culturas que já se submeteram, nomeadamente a instalação de novos produtores de leite, helicicultura, groselha, mirtilos, maracujá, cogumelos, entre outros. A cooperativa pretende que cada projeto seja um sucesso, fazendo o acompanhamento de todos os projetos que submete. Pois, pretende tornar o setor mais forte, trazendo mais massa crítica e valor para a agricultura nacional. A Fagricoop será, entretanto, uma entidade GeOp do concelho, fazendo parte da Bolsa Nacional de Terras, estando a preparar a sua divulgação desta nova atividade juntamente com a Câmara Municipal e o grupo Agro-Ambiental do espaço Made in. Marta Moniz, da Fagricoop
20 de Março: Dia Mundial da Agricultura
No próximo domingo, 20 de março, comemora-se o Dia Mundial da Agricultura. Este é, simultaneamente, o dia do equinócio da Primavera. Podemos afirmar que a Agricultura nunca teve dias fáceis, mas hoje, como no passado, continua a ser um setor essencial. É fundamental que a nossa agricultura seja encarada com seriedade e não como uma atividade económica marginal e sem interesse, onde basta ir aos supermercados para se obter batatas, fruta e outros produtos alimentares. Atualmente, são inúmeros os benefícios das práticas agrícolas em meio urbano, com destaque para o papel que poderão representar na economia familiar e na qualidade da alimentação, para além de permitirem também a redução da matéria orgânica no lixo indiferenciado e de funcionarem como recurso lúdico, terapêutico e de recreio.
Em tempos de crise, foram muitas as pessoas que se viraram para a agricultura. Muitos chegaram mesmo a mudar de atividade, criando projetos direcionados para a produção de produtos distintos, como frutos vermelhos e ervas aromáticas, entre outros. Em pequena escala, as hortas urbanas, enquanto parte integrante da paisagem nas imediações das grandes cidades, começaram, igualmente, a ganhar novos e entusiásticos adeptos. Apesar de muitas dificuldades que continuam a persistir no setor da agricultura, a boa notícia é que esta área ganhou novos profissionais. Os agricultores são hoje pessoas com muita formação e com grande cultura de território e visão a longo prazo da importância da agricultura para o seu país e para o seu legado. pub
pública: 17 de março de 2016
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VI
pública: 17 de março de 2016
ESPECIAL Antibióticos
Apoio administrativo Uma história real… todos os dias, todo o ano
e bem perto de nós
A secretaria da Fagricoop está aberta todos os dias úteis, durante todo o ano. A Fagricoop disponibiliza assim aos agricultores, e não só, um serviço permanente que procura abranger todas as necessidades ao nível da relação entre os agricultores e os vários serviços do Ministério da Agricultura e entidades que necessitem para o exercício da sua atividade. De todos os apoios submetidos, salienta-se o período de candidaturas ao Pedido Único (ajudas ao rendimento dos agricultores), cujo período é de 15 de fevereiro até 15 de maio. A cada pedido único é dado a devida atenção, de forma a potenciar o máximo rendimento, tendo em conta as caraterísticas de cada exploração. Os serviços administrativos da Fagricoop têm por base o atendimento personalizado, para que seja tida em conta as especificidades e necessidades de cada um dos seus cooperadores. Além das candidaturas, são também prestados serviços de apoio, nos mais diversos âmbitos, nomeadamente no que diz respeito a investimentos na agricultura, licenças de água e implementação do referencial GlobalGap. Este último diz respeito à necessidade premente que o mercado exige, tendo em conta a capacidade de exportação dos nossos produtores, e com isso conseguir responder às exigências, que são muitas e cada vez com maiores competências. De forma resumida, os serviços com mais relevância são diversos: • Candidaturas PU; • Medidas agroambientais; • Candidaturas novas ao benefício fiscal de gasóleo agrícola; • Manifestos do vinho; • Guias do vinho; • Registos vitivinícolas; • Declarações de existências; • Guias de movimentação de bovinos e de pequenos ruminantes; • Informação dos resultados da classificação do leite produzido. Estes resultados estão disponíveis via Internet, podendo os produtores estar ligados diretamente; • Abate de bovinos para autoconsumo; • Apoio técnico, nomeadamente co-
lheita de amostras de solo dos terrenos de cultivo, na ordem das centenas, e consequente trabalho de aconselhamento/recomendação das sementeiras/culturas e seus tratamentos; conselhos de aplicação e acompanhamento até à colheita; • Com o “SEGLAB” mantiveram-se alguns trabalhos na área da qualidade do leite de que se salienta a introdução do programa de vacinação Bovicontrol; as provas de estábulo, o programa de profilaxia de mastites, o programa de qualidade do leite e do sistema de autocontrolo de resíduos antibióticos do leite, donde têm resultado benefícios para os produtores de leite aderentes; • Análises laboratoriais: ao leite mastítico (antibiogramas) e contagem de células somáticas (prova de estábulo); às silagens e outros alimentos das explorações, para elaboração de arraçoamentos; ao solo, para correções e fertilizações; ao vinho para tratamento e correção; • No que respeita ao processo de legalização da atividade agrícola, a cooperativa tem ajudado os seus associados a preparar os processos de legalização, estando neste momento dois técnicos da cooperativa a acompanhar/preparar os processos no que diz respeito a averbamentos e licenciamentos da exploração pecuária, para detenções caseiras, classes I,II e III. Nesta medida, a Fagricoop tem um protocolo com a Câmara de Famalicão, onde os pedidos de parecer face à inconformidade com o PDM são realizados pela cooperativa, em vez de ser o próprio a ter de se dirigir aos serviços da autarquia; • Na Fagricoop é feita a recolha de resíduos, embalagens de fitofármacos, em colaboração com a “Valorfito”. Para o efeito existe uma calendarização específica; • É realizada a recolha das embalagens de medicamentos, com colaboração com a “Valormed”, sendo possível a entrega das embalagens durante todo o ano; A secretaria da Fagricoop está sempre atenta aos desenvolvimentos ao nível da legislação e novas exigências que poderão entrar em vigor e que digam respeito ao setor agrícola.
Um dia, a meio da manhã, recebo uma jovens, assim como os bebés humachamada como tantas outras: nos, quando expostos a vários antibióticos e a bactérias multirresistentes, - Doutora, passe por cá, que tenho podem ficar portadores. Significa, poruns vitelos com pneumonia. Já tratei. tanto, que em toda a vida desses aniNão melhoram e hoje morreu o primais eles irão levar esses microorgameiro. nismos por toda a parte que passam. - Tudo bem, daqui a pouco passo por Agora, imagine que um dia, desses aniaí. mais sairá uma posta ou um bife que iremos comer grelhado mal passado. Segui viagem, fui fazendo consul- Imagine que há uma contaminação crutas até que cheguei à dita exploração. zada durante a desmancha da carcaça, Seriam cerca de uma dúzia de vitelos. O e a superfície da carne fica conspurproprietário, produtor de leite, tinha cada com essa bactéria. O que pode decidido recriar vitelos machos, para acontecer quando consumirmos a bela angariar um dinheiro extra. Improvisou da costela? Ficarmos gravemente doenum viteleiro e deslocou para lá vitelos tes. machos filhos das suas próprias vacas Imaginação? Infelizmente não. Têm e comprou mais uma meia dúzia. No sido reportados alguns casos de mulcaso, o proprietário é um cliente de tirresistência em humanos advindo do longa data que sabe e conhece bem o consumo de produtos animais contameu receituário e, portanto, já tinha minados. São poucos casos, mas deve administrado uma das hipóteses que ser nenhum. geralmente indico para essa patologia. A resistência a antibióticos na esNa verdade, o exame de estado geral a pécie humana tem muito mais que ver cada paciente não foi animador. A com a utilização errada de antibióticos broncopneumonia era grave a ponto de pelos próprios seres humanos, mas o comprometer a vida dos animais. Em risco de cruzamento com a produção primeiro lugar, a indicação foi isolá-los animal não pode ser descurada. Tomar e não deixar que contactassem com ou- sem prescrição médica, doses insufitros, nomeadamente as vitelas desti- cientes, o tempo de administração innadas a substituição das vacas leitei- correto são das práticas mais comuns e ras. Tratar deles (alimentar e que levam ao desenvolvimento de readministrar medicação) seria a última sistências. tarefa da manhã. No final, devia lavar A Comunidade Europeia tem, há larbem as galochas e o material que ti- gos anos, vindo a desenvolver legislavesse utilizado. Alterei a medicação, ção assertiva sobre o uso de antimipara uma bem mais agressiva, durante crobianos. Portugal, como membro da 5 dias e sujeita a reavaliação dali a três Comunidade, assumiu essa legislação dias. Melhoraram. Pioraram. Morreram e está a colocar em prática. Os produmais dois. Era evidente que não estava tores têm controlo apertado sobre a na presença de um curso normal desta compra de antimicrobianos, mas ainda doença. Seria o tratamento? Seria o falha o controlo sobre a sua utilização. maneio dos animais? Seria o agente Nesse sentido, a semana que passou, o causador? Haveria agentes imunossu- Parlamento Europeu aprovou mais uma pressores? O passo seguinte foi intui- série de diplomas acerca do controlo tivo: realizar uma necrópsia aos ani- de antimicrobianos e regras mais claras mais acabados de morrer e enviar para sobre controlo e prevenção de doeno laboratório material biológico. ças animais transmissíveis ao Homem. - Atenção à higiene das camas. Diz o Parlamento que “os antibióticos Mantenha-os secos e arejados. Dê uma não devem, em circunstância alguma refeição suplementar à hora do almoço ser utilizados para melhorar os níveis e menos de cada vez. Vamos falando. de produção ou para compensar a inobQualquer alteração, avise. servância de boas práticas na criação Assim, enviei gânglios linfáticos e de animais”. A utilização profilática pulmão, pois as lesões resumiam-se à (prevenção) de rotina será proibida, e cavidade pulmonar e traqueia. Pedi iso- restrita a tratamento individual ou de lamento bacteriano geral e de mico- grupo apenas sob a orientação do méplasma, e antibiograma para um trata- dico veterinário, devidamente justifimento mais eficaz. O que se seguiu foi cada. Pela primeira vez, a legislação uma surpresa. Em primeiro lugar, a bac- reconhece “uma ligação clara entre a téria isolada é típica de doença intesti- saúde animal, o bem-estar animal e a nal e não pulmonar, e o antibiograma…. saúde humana”. Olhei horrorizada: nem um antibiótico No caso que falei, seria a conduta de um total de sete testados funcio- errada ano após ano do produtor? A nava! A bactéria era resistente a todos! bactéria multirresistente viria com alComo poderia dar essa notícia ao pro- gum dos animais comprados? Nunca dutor? A de que a esperança de trata- saberei, mas sei que foi um alerta para mento era diminuta? Na verdade, a de- implementar medidas corretivas, que cisão foi associar dois antibióticos com estão a ser aplicadas. Cabe a todos serefeito sinérgico (aditivo entre os dois), mos responsáveis no uso de produtos em doses elevadas e durante 1 semana. farmacêuticos, em nós próprios, nos Resistiram metade. nossos animais de companhia, nos aniSucesso? Sim, pode-se dizer que fo- mais de produção. A batalha da multirmos bem sucedidos, mas quase pedia resistência pode ainda não estar perque não fossemos. Porquê? Os animais dida.
pública: 17 de março de 2016
VII
ESPECIAL Infestantes
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O controlo precoce das infestantes Um programa eficaz de controlo de infestantes é essencial para optimizar a produção de milho. A produção de híbridos de milho é fortemente influenciada pelo momento da eliminação das infestantes: quanto mais cedo for a eliminação destas, mais o milho poderá mostrar todo o seu potencial de produção. O controlo precoce e prolongado das infestantes é essencial para proteger a cultura e obter maior rendimento por hectare na colheita, particularmente em sementeiras precoces. Um elemento chave para proteger a produtividade do milho é o controlo eficaz das infestantes, o qual deve começar suficientemente cedo no desenvolvimento da cultura, para evitar prejuízos económicos. No passado, a maioria dos estudos centrou-se no impacto das infestantes presentes no campo depois da germinação do milho. Foi amplamente demonstrado que as ervas com mais de 5 cm competem com as culturas pelos recursos de que precisam para crescer (água, nutrientes, luz). Um estudo recente mostra que a concorrência pelos recursos não é a única causa das perdas de produção que acontecem no início do desenvolvimento da cultura. Desde há menos de 10 anos, os cientistas foram unânimes ao decidir que, para evitar perdas de produção superiores a 5%, deve manter-se o milho livre de ervas desde a terceira até à oitava folha da cultura. As perdas por concorrência com as infestantes nas primeiras etapas são irreversíveis e não se podem recuperar através da eliminação das infestantes numa fase mais avançada do ciclo cultural. A Syngenta oferece soluções aos produtores para um controlo eficiente das infestantes na fase inicial da cultura. Com 3 matérias ativas e modos de ação distintos, é a solução proposta mais eficaz para manter os terrenos limpos. Além disso, permite ao produtor aplicar o herbicida em pré sementeira, pós sementeira e pós emergência precoce, o que garante uma ampla janela de aplicação do produto de acordo com o ano, as infestantes e seu desenvolvimento e as condições meteorológicas. Syngenta
VIII
pública: 17 de março de 2016
ESPECIAL Saúde Animal
O parto difícil José Miguel Lopes Jorge Médico Veterinário, Merial Portuguesa Saúde Animal, Lda
Para as explorações bovinas, o parto constituí um momento critico para o resultado económico, uma vez que representa o início de uma nova lactação e do nascimento da vitela/o. Após o parto inicia-se uma corrida contra o tempo para tentar assegurar que a vaca fique gestante no intervalo de tempo mais curto possível (diminuição do intervalo entre partos), constituindo assim a fertilidade o motor das explorações de bovinos leiteiros e aleitantes. O parto difícil: um custo acrescido para os efectivos leiteiros Num efetivo leiteiro estima-se que um parto assistido com extracção forçada implica uma perda de rendimento médio de cerca de 100 a 200 euros, fora honorários veterinários, em comparação com um parto sem problemas. As perdas de rendimento repartem-se entre a mortalidade (vitelos/vacas), o impacto na quantidade e qualidade do leite produzido e o impacto na fecundidade (Gráfico 1).
As perdas económicas aumentam com a dificuldade do parto (em média 426 euros para um parto de grande dificuldade – grau 5). AINEs, o aumento da ingestão alimentar e a melhoria da fecundidade Num estudo em que às novilhas com lesões vulvares ou vaginais (rasgamento ou episiotomia) foi administrado um anti-inflamatórios não esteróides (AINE) no parto, verificou-se uma menor utilização das reservas adiposas pelos animais para compensar o défice energético fisiológico no início da lactação (medição de β-hidroxibutirato). Pode-se concluir que a utilização do AINE, ao controlar o desconforto das novilhas, melhorou a ingestão de alimento e diminuiu a utilização das reservas corporais. Sabe-se que o nível de mobilização das reservas corporais influência a fertilidade. No mesmo estudo verificou-se que a taxa de gestação foi significativamente superior nos animais a que foi administrado um AINE no momento do parto (Gráfico 2).
Em resumo No caso de parto difícil, torna-se imperioso gerir o desconforto do animal para minimizar as perdas económicas, surgindo a utilização de AINEs como auxiliar na melhoria do bem-estar animal, minimizando as consequências económicas.
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pública: 17 de março de 2016
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ESPECIAL Protesto/Fitofarmacêuticos
Produtores de leite estiveram em protesto
Na passada terça-feira, decorreu em Matosinhos a maior manifestação do setor do leite dos últimos tempos. Constituída principalmente por produtores de leite, mas também produtores de carne e algumas outras empresas do setor, resultou numa das maiores concentrações de que há memória, tendo juntado milhares de pessoas e centenas de tratores e máquina agrícolas. À mesma hora, e ao mesmo tempo, em que decorria a reunião da Comissão Europeia, também em Bruxelas e noutras capitais europeias, os produtores manifestavam-se juntos num coro de discórdia que se espalhou por toda a Europa. Perante as pressões dos produtores à grande distribuição, esta, através de um comunicado da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), de-
marcou-se da exclusividade da responsabilidade pela crise no setor, atribuindo responsabilidade ao mercado internacional. As propostas para já indicadas pelo comissário europeu Phil Hogans, que apontam para uma medida temporária de redução de produção, ficaram ainda suspensas e à espera de uma decisão final. Para além de medidas de intervenção e armazenamento do leite em pó e manteiga, ficou ainda a promessa do estudo de uma linha de apoio à exportação. Este tipo de solução não serve para Portugal, nem para os agricultores portugueses que pedem apenas que os deixem trabalhar, que os deixem produzir. Pedem igual tratamento por parte dos políticos, referindo que se um ministro pede solidariedade aos portugueses
Formação fitofarmacêuticos A Fagricoop atenta à legislação em vigor, relativamente ao manuseamento e aplicação de produtos fitofarmacêuticos, há mais de uma década que promove cursos de formação de aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Durante vários anos foram habilitados dezenas de cooperadores para o efeito. Com a entrada em vigor do decreto de lei nº 254/2015 de 30 de dezembro e do despacho nº1/2016, a Fagricoop, mais uma vez, atenta às necessidades legais, disponibiliza, de forma gratuita, as instalações e apoio logístico e administrativo de modo a proporcionar aos seus associados e clientes a possibilidade de frequentarem a ação de formação nas suas instalações, para deste modo ficarem devidamente habilitados à compra dos produtos fitofarmacêuticos, uso profissional e não profissional por forma a continuarem a exercer a sua atividade agrícola na legalidade. Estas ações destinam-se a operadores de todas as áreas que apliquem ou venham a aplicar produtos fitofarmacêuticos de uso profissional. Além dos cursos promovidos pela Fagricoop para os aplicadores em geral, também as provas para maiores de 67 anos estão a ser realizadas nas nossas
instalações em colaboração com a DRAPN, evitando assim a deslocação dos nossos cooperadores mais idosos a Guimarães. A formação visa sensibilizar os participantes para a manipulação e aplicação segura de produtos fitofarmacêuticos, minimizando os riscos para o aplicador, o ambiente, espécies e organismos não visados e o consumidor. São vários os objetivos a atingir: interpretar as componentes do rótulo de uma embalagem de produto fitofarmacêutico; usar equipamento de proteção individual; identificar o meio de luta mais adequado para um determinado problema; escolher o material de aplicação adequado; identificar como se regula o equipamento de aplicação; efetuar cálculo de doses, concentrações e volumes de calda a aplicar; enumerar os procedimentos para limpeza do equipamento de aplicação e eliminação dos restos (calda e embalagens); enumerar procedimentos de armazenamento e transporte dos produtos. No final da ação, os participantes recebem um certificado de formação que os habilitará a adquirir o cartão de aplicador. Adelaide Magalhães, da Fagricoop
para abastecerem combustível em Portugal a um preço exorbitantemente maior que em Espanha, porque não virem a público pedir aos portugueses para consumirem leite e carne de proveniência nacional Relativamente à grande distribuição ficou o recado de que se a economia portuguesa sofrer com a crise dos agricultores, também eles não terão a quem vender nas suas grandes superfícies. Os produtores nacionais reivindicam das autoridades portuguesas tratamento igual ao das autoridades espanholas, em vez de os fiscalizarem nas manifestações autorizadas, sigam o exemplo das congéneres espanholas e fiscalizem, isso sim, o que entra no país vindo de outros mercados, muitas vezes com qualidade certamente inferior à nacional e proveniência duvidosa.
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pública: 17 de março de 2016
ESPECIAL Leite
O verdadeiro leite… Quando era pequeno só conhecia um tipo de leite: o de vaca! Lembro-me da buzina rouca da carrinha do homem do leite ao longe e, cinco minutos depois, a minha avó a entrar pela cozinha com aquela garrafa de vidro selada com tampa de metal. Ali estava ele, o meu pequeno-almoço. Beber leite de vaca era um hábito incentivado pela sociedade como sendo saudável e desejável. Mas os tempos mudaram e hoje beber leite de vaca já não é universalmente aceite como desejável. O leite de vaca reveste-se agora de suspeitas. O que antes era um hábito saudável, hoje é apontado como a causa para os mais variados problemas de saúde, entre os quais o ‘colesterol alto’. E este bem essencial surge associado a “maus tratos” a animais. Cada vaca é vista, a nível ambiental, como responsável pelo grande aumento da pegada de carbono. E a desconfiança cresce e com ela aumenta exponencialmente o número de produtos alternativos ao leite e seus derivados. O mais conhecido é o dito ‘leite’ de soja que, na verdade, deveria ser rotulado como ‘bebida à base de soja’, considerado por muitos como a escolha mais saudável e amiga do ambiente. Mas estas alternativas são realmente mais saudáveis e menos agressivas para o ambiente? E são estes produtos substitutos diretos do leite de vaca? A resposta é a mesma para estas duas perguntas: Não! Em primeiro lugar, não existe evidência científica que sugira claros benefícios na substituição do leite de vaca por ‘leite’ de soja na população geral. A razão pela qual nós, seres humanos, consumimos leite de vaca e seus
derivados, desde a infância até à idade adulta, é porque é, de facto, um alimento muito completo. O leite de vaca é rico em proteína, cálcio, vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais. Em comparação com alimentos de origem vegetal, a maior parte das vezes suplementados, no leite de vaca a absorção de minerais, como ferro, zinco e cálcio, é facilitada pelo nosso organismo. No caso do ‘leite’ de soja, existem fatores antinutricionais que dificultam essa absorção. Parte dos fatores são inativados quando a soja é cozida ou processada industrialmente. Porém, alguns dos fatores antinutricionais escapam ao processamento e comprometem a absorção de nutrientes, sobretudo em populações mais vulneráveis, como crianças, grávidas e idosos. Outro aspeto importante é a publicidade enganosa de que os produtos à base de soja são perfeitos e que apenas trazem benefícios. De facto, os produtos à base de soja contêm os famosos compostos antioxidantes - isoflavonas que são fitoestrogénios - a que são atribuídos benefícios na redução do risco de certos tipos de cancros. Contudo, raramente se discute os efeitos maléficos destes compostos, como por exemplo, no desenvolvimento hormonal das crianças, podendo levar à puberdade precoce e outras alterações hormonais. Além disso, as bebidas à base de soja não contêm colesterol, composto essencial para o desenvolvimento adequado do sistema nervoso central nas crianças. Certos estudos relacionam o consumo excessivo da soja a efei-
tos indesejáveis sobre a glândula tiroideia, recomendando-se o consumo moderado destes produtos em pessoas com hipotiroidismo. E quanto às questões ambientais? Não sejamos hipócritas! Como é possível ignorar o crescimento incontrolável da população mundial? O aumento do consumo de produtos à base de soja implica áreas de terreno cultivável destes produtos cada vez maiores. Qual o impacto deste aumento, numa altura em que se fala da importância das florestas e do perigo das culturas intensivas sobre o planeta? Curiosamente, nos últimos anos, a tendência das explorações de leite mundiais tem sido a de diminuir o seu número de animais, maximizando a produção de leite de cada animal graças a condições de maneio e bem-estar melhoradas e linhagens genéticas dos animais cada vez mais eficientes. E então? O que escolher? Como tudo na vida, não devemos ser radicais nas nossas decisões. Elas devem assentar nas nossas necessidades, enquanto consumidores cons-
cientes e informados. O leite de vaca é um superalimento que, salvo em algumas exceções, tem o seu lugar cativo na nossa alimentação. Da mesma forma, as bebidas à base de soja surgem não só como alternativa em casos de intolerância à lactose, mas também como forma complementar numa dieta que se quer diversificada e saudável. Assim, aquilo que parece ser uma guerra de dois mundos, não passa de duas coisas diferentes, com pesos diferentes na nossa dieta do dia-a-dia. No entanto, é preciso sabermos distinguir a publicidade enganosa da verdadeira informação sobre os verdadeiros benefícios dos alimentos na nossa dieta. E temos de perceber, de uma vez por todas que o ‘leite’ de soja não é um verdadeiro leite (por definição, de origem animal), não possuindo o valor nutritivo do leite de vaca. Está na altura do leite de vaca voltar ao dia a dia da população geral, livre de preconceitos e com o valor devido… Balbino Rocha, médico veterinário pub
pública: 17 de março de 2016
XI
ESPECIAL Custos de produção
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Plantação e Fertlização de Vinhas na Fagricoop
A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), em colaboração com a Fagricoop, realizou na passada terça-feira, dia 15 de março, uma palestra subordinada ao tema “Plantação e Fertilização de Vinhas”. O colóquio, apresentado pelos técnicos da CVRVV, contou com a presença de mais de 50 viticultores da região e teve como objetivo promover soluções de produtividade e da sustentabilidade das vinhas da região.
XII
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pública: 17 de março de 2016