As empresas que fazem a história do Vale do Ave O Jornal OPINIÃO PÚBLICA celebra este ano 25 anos de atividade como órgão de informação no concelho de Vila Nova de Famalicão. Como a nossa, outras empresas do Vale do Ave assinalam ou já assinalaram 25 anos de atividade. Assim, neste Especial pretendemos dar a conhecer outras empresas do Vale do Ave que assinalem um quarto de século ou mais de atividade. À partida, sabemos bem que o percurso de uma empresa é, evidentemente, marcado por várias vicissitudes, vitórias, mas também por contrariedades. Neste Especial, fomos às empresas para saber mais sobre a sua história e contarmos o caminho realizado ao longo dos anos, a sua visão e os objetivos delineados para o futuro. O percurso destas empresas acaba por se cruzar, indelevelmente, com uma história familiar. Na realidade, grande parte das empresas nasceu no seio de uma família e ainda hoje mantém essa matriz, apesar do seu crescimento. Muitas empresas começaram num pequeno espaço e hoje contam com grandes dimensões e vários colaboradores.
Algumas já conseguiram o estatuto, pelo IAPMEI, de empresas PME Líder e Excelência, dada a sua posição relevante alcançada no mercado nacional ou mesmo internacional. Após conheceremos estas empresas, percebemos que existem valores em comum entre elas, nomeadamente a qualidade, responsabilidade e seriedade. Ao longo dos anos, houve momentos positivos e negativos. Sabemos que os últimos anos não têm sido fáceis para as pessoas e para as empresas. A crise continua a marcar a atualidade, embora existam alguns sinais de recuperação, o que pode trazer mais esperança para o futuro. Todos esperam por dias melhores, porque sem uma economia saudável um país não consegue evoluir. Os empresários sabem muito bem que as dificuldades obrigam à descoberta de novas soluções pragmáticas e eficientes. À falta de fórmulas mágicas que ensinem as empresas a alcançarem o sucesso imediato, resta trabalhar, inovar, investir, diversificar, e, acima de tudo, personalizar para satisfazer o cliente.
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II
pública: 21 de abril de 2016
A Trifitrofa é uma empresa fundada em 1982, no concelho da Trofa, que desde sempre se dedicou à comercialização de fios de algodão de cores, mesclas e tecidos, destinados à indústria têxtil. Com o objetivo de satisfazer o cliente, a Trifitrofa garante a entrega de qualquer produto em Portugal, com a melhor qualidade e garantia. Aliás, a eficiência da empresa é assegurada através da seleção criteriosa de fornecedores que trabalham com a Trifitrofa. Na realidade, a aposta num produto adequado e de elevada qualidade tornaram esta empresa trofense numa referência a nível nacional no setor da indústria têxtil que atualmente conta com uma vasta carteira de clientes.
especial
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pública: 21 de abril de 2016 III
Restaurante Dragão: há 35 anos a servir francesinhas…e não só Quando se fala em Restaurante Dragão, ninguém fica indiferente. São muitos os que conhecem este espaço famalicense que surgiu em 1981 e que é hoje uma referência no concelho de Famalicão no que respeita a bons snacks. Depois de 10 anos a trabalhar numa das mais afamadas casas de Famalicão (o extinto Pica-Pau), Mário Matos, o fundador do Restaurante Dragão, decidiu apostar na criação do seu próprio negócio, enverando pela revolução do mercado dos snacks. Assim, Famalicão ganhava um restaurante mais vocacionado para as francesinhas e cachorros e o sucesso aconteceu. Ao longo destes anos, o percurso do Restaurante Dragão ficou marcado, à semelhança de outras empresas, por bons e maus momentos. “Desde o primeiro dia que abrimos as portas, procuramos satisfazer, cada vez melhor, os nossos clientes”, afirmam Nuno Faria e Cidália Matos, os atuais responsáveis do Dragão, que encaram as adversidades como elementos de aprendizagem para fazer mais e melhor. Os sucessos, de acordo com Nuno e Cidália, funcionam como tónico para a equipa de trabalho que assim “se revigora para melhorar o seu empenho em busca
da satisfação do cliente, sem o qual a nossa existência não faria sentido”. Depois de dezenas de anos no mesmo local, o ano de 2015 ficou marcado pela mudança de instalações do Dragão para junto do Intermarché de Calendário. O novo local é mais amplo, com espaços multifuncionais, onde os clientes podem desfrutar das conhecidas especialidades num local aprazível e sem dificuldade de estacionamento. “Foi uma mudança a pensar nos nossos clientes, para lhes conferir mais comodidade”, explicam. Neste ano de 2016, o Restaurante Dragão completa 35 anos e é “com satisfação”, que recebe a terceira geração dos seus primeiros clientes, que continuam a desfrutar das “francesinhas e cachorros com a mesma qualidade e sabor dos primórdios”. Contudo, refirase que além dos habituais snacks, há outras especialidades que fazem parte de uma ementa variada apresentada pelo Restaurante Dragão. Com 35 anos “muito positivos”, o futuro passa por cimentar a sua posição no mercado, no sentido “de fidelizar mais clientes e assim atingir as bodas de ouro e conquistar novos mercados”. pub
IV
pública: 21 de abril de 2016
especial
Dyrup – a loja da cor: há mais de 25 anos a fidelizar clientes A Dyrup – a loja da cor, de João Saldanha Marques, em Delães, já tem mais de 25 anos e, naturalmente, passou por diferentes fases. A empresa de tintas surgiu em 1990, quando a construção estava numa fase de crescimento expressivo. Com um setor da construção civil em expansão, João Saldanha Marques, recorda que, inicialmente, o maior objetivo foi conquistar clientes. “Queríamos ter um leque de clientes associados à nossa loja, o que acabou por acontecer, o que que fez com que crescêssemos, naturalmente, com sustentabilidade”, afirma o empresário, que recorda um período muito positivo para quem estava na área da construção. “Nesses anos havia mais consumo, muita procura na área da habitação e a oferta também avançava para satisfazer essas necessidades”, explica, sublinhando que “as vendas corriam bem”. Contudo, o cenário foi mudando aos poucos para as empresas, em que a existência de outras abriu a designada “guerra de preços”. A somar a isso, a crise socioeconómica, que começou em 2008, acabou por ter reflexos pesados para a construção, em que o setor recuou imensamente. “Tudo mudou a par-
tir dessa ocasião, as vendas caíram, os preços baixaram e a procura pelos produtos ligados à construção diminui drasticamente”, recorda. Apesar da crise que atingiu várias empresas, o espaço Dyrup – loja da cor, de João Saldanha Marques, conseguiu até hoje manter as portas da sua empresa abertas, mas admite que não é fácil. “Na ocasião em que o negócio era muito
positivo, geri bem o dinheiro, não gerei dívidas e guardei o lucro para investir justamente no futuro da minha empresa”, esclarece. Para o sucesso da sua loja, o empresário João Saldanha Marques aponta que, ao longo destes mais de 25 anos, a preocupação principal é satisfazer o cliente. “Nunca quisemos apenas vender o produto, queremos também ajudar o nosso cliente a fazer a melhor op-
ção e, por isso, damos, também, informações de como utilizar o produto e as especificidades do mesmo”, esclarece. “A primeira garantia é da qualidade”, acrescenta. Consciente de que os tempos áureos da construção levarão muitos anos a recuperar, para o futuro João Saldanha Marques quer manter a sua empresa aberta e continuar a receber bem os seus clientes. “Vamos continuar a trabalhar… du-
rante muitos anos fomos criando uma excelente relação com os clientes e fornecedores e esses momentos estarão sempre na nossa memória”. De resto, é justamente aos clientes, colaboradores e parceiros de negócio a quem João Saldanha Marques agradece. “São estas pessoas que importam e que nos ajudaram a crescer e que hoje se mantêm ao nosso lado”. pub
pública: 21 de abril de 2016 V
especial
Costas & Oliveira: empresa famalicense líder na venda de bebidas Com 37 anos de atividade, a empresa Costas & Oliveira é líder na comercialização de bebidas. Em maio de 1979 e quando em Famalicão se vivia o tempo de pós-revolução, três amigos iniciaram-se numa aventura de vender bebidas, adquirindo uma empresa local. A aventura traduz-se atualmente numa empresa com mais de 60 pessoas. São 24 comerciais, uma equipa de distribuição de 28 colaboradores e mais 8 no backoffice, além de 40 viaturas a circular diariamente para satisfazer as necessidades dos clientes das áreas de Famalicão, Trofa, Santo Tirso, Guimarães, Vizela, Braga, Vila do Conde, Povoa Varzim, Apúlia, Ofir, Esposende, Viana Castelo, Vila Praia de Âncora, Caminha, Valença, Barcelos e Ponte Lima. Para um atendimento diferenciado e inovador, a empresa famalicense tem ainda à disposição uma loja online, loja.costasoliveira.com, e na página web um acesso a clientes, em que estes podem aceder aos seus dados e à sua conta corrente. Como no primeiro dia em que começou a trabalhar, a empresa Costas & Oliveira continua a querer ser sempre a melhor das melhores. “Não procuramos ser bons,
procuramos ser sempre os melhores”, afirma José Costa, deixando claro que, ao longo destas quase quatro décadas, houve “momentos de glória, mas também de dificuldades, que foram enfrentados de frente, sem nunca virar a cara à luta”. O sucesso da Costas & Oliveira está alicerçado na dedicação diária, no sentido de honrar o legado
deixado e tendo como o foco o cliente. “O difícil não é fazermos aquilo que gostamos, mas sim gostarmos daquilo que fazemos. Esta é uma realidade na nossa empresa”, aponta. Numa perspetiva de progressão no mercado, os últimos 12 anos da empresa Costas & Oliveira ficaram marcados por aquisições de outras empresas do ramo e am-
pliação de instalações, o que implicou um grande investimento, o que nem sempre é fácil, dada a atual conjuntura económico-financeira. “Numa empresa como a nossa, cujo componente mais importante é a venda e distribuição, o aumento de impostos, particularmente nos combustíveis, é um entrave ao crescimento e uma enorme preocupação em relação
ao futuro”, vinca José Costa. Apesar de algumas contrariedades, à empresa famalicense não tem faltado trabalho e dedicação, o que lhe tem valido o reconhecimento como PME Excelência, pelo IAPMEI. Além disso, recebeu o prémio da Unicer como uma das melhores distribuidoras a nível nacional; e da Sogrape como a segunda no país. Se no ano de 2015, a empresa assinalou um crescimento de 30%, a intenção é continuar a crescer em 2016 na mesma ordem. “Os objetivos para o futuro passam por novas aquisições, caso estas se verifiquem vantajosas, além da possibilidade de novas instalações ou ampliação do nosso espaço”, aponta, revelando que em cima da mesa poderá estar mesmo a deslocação para outro concelho para “ficarmos mais centralizados e ter maior apoio por parte da Câmara Municipal na zona em que nos podereremos instalar”. José Costa considera que tem faltado maior acompanhamento por parte dos órgãos regionais, com o intuito de potenciar o desenvolvimento. “ Se temos uma indústria tão importante e desenvolvida em Famalicão, merecemos também comércio com o mesmo nível de qualidade”. pub
VI
pública: 21 de abril de 2016
especial
A Eléctrica: uma empresa que nunca teve medo de mudar A empresa famalicense A Eléctrica, Lda concebe, fabrica e monta equipamentos inovadores para vários tipos de indústrias, com incorporação de elevada tecnologia. A Eléctrica, Lda foi fundada por António Dias Costa em fevereiro de 1924 na sequência da transformação da empresa Dias Costa & C. que datava de 1914. Na altura foi declarado como objeto da empresa o comércio, aluguer e reparação de automóveis e instalações elétricas. A atividade principal inicial era a venda de automóveis Berliet e Citroën e de pequenas turbinas Pelton. Poucos anos depois iniciou-se a comercialização de produtos de construção civil e diversos outros, já com a colaboração do filho mais velho, António. Ao longo de um percurso de mais de nove décadas, a A Eléctrica, Lda desenvolveu soluções inovadoras, deu emprego a várias gerações de colaboradores e prestigiou o concelho de Famalicão. “Continuamos a ser uma empresa de referência no seu setor de atividade e, por isso, o percurso da empresa tem de ser considerado como francamente positivo”, afirma Carlos Correia, diretor geral. Ao longo dos 92 anos da empresa existiram, naturalmente, muitos momentos marcantes, que fica-
ram na memória de quem neles participou. Em 1938 foi inaugurado o edifício Iris, com restaurante e estação de serviço. Em 1946, Manuel João Dias da Costa passou a tomar conta da atividade de construção industrial, sendo que a sua criatividade e capacidade técnica permitiu a fabricação das primeiras bombas centrífugas em 1947. Em 1953, a A Eléctrica, Lda passou a ser concessionária direta da distribuição de energia elétrica no concelho de Fa-
malicão. Em 1957, dá-se início ao fabrico de cabines de pintura e, em 1960, de estufas industriais de secagem e túneis de desengorduramento e lavagem, que constituem hoje a atividade principal da empresa. Em 1970, falece o fundador António Dias Costa e, em 1984, a rede elétrica acaba por ser vendida à EDP. Foi na década de 90 que foi desenvolvido um processo de internacionalização, que permitiu a expor-
tação de importantes equipamentos para diversos países. No sentido da valorização, em 2003, a A Eléctrica, Lda passou a estar certificada pela APCER segundo a norma ISO9001:2000 e, em 2006, incorpora as atividades da empresa Estação de Serviço Iris, nomeadamente a distribuição de botijas de gás da Repsol. Em 2011, a empresa consegue o alvará de empresa construtora de estruturas metálicas e a acreditação da DGE como entidade
montadora de aparelhos de gás. Com um percurso tão extenso, é natural que tenham existido árduos momentos para esta empresa famalicense, como crises nacionais e mundiais, substituição imprevista de colaboradores, atividades que deixaram de ser rentáveis e investimentos que se revelaram inadequados. Aqui, Carlos Correia considera que todos os momentos difíceis foram superados com o forte empenho e dedicação dos responsáveis e demais colaboradores da empresa. “Por parte dos responsáveis da empresa existiu sempre a preocupação de procurar outros mercados e atividades alternativas que permitissem fazer face às crises cíclicas que inevitavelmente ocorrem”, esclarece o diretor. Após muitos ciclos de mudança, os valores da empresa A Eléctrica, Lda continuam a basear-se na satisfação dos clientes, melhoria contínua, redução de custos e aposta na qualificação dos colaboradores, sempre na procura de soluções inovadoras, no sentido de dar resposta às necessidades do mercado. “A Eléctrica, Lda procurará, igualmente, aproveitar as oportunidades que surjam em outras áreas tecnológicas e mercados geográficos”, aponta Carlos Correia. pub
pública: 21 de abril de 2016 VII
especial
Fernando Silva & C.ª Lda: aposta em elevados padrões de qualidade A empresa Fernando Silva & C.ª Lda, com sede na Av. Dos Lamosos, União de Freguesias de Avidos e Lagoa, dedica-se à construção civil, industrial e urbanística, reconstrução, recuperação e restauro; vias de comunicação, como estradas, pontes e viadutos. Iniciando a sua atividade 1989, a empresa começou por se dedicar à construção civil, mas, posteriormente, enveredou também pelo setor das obras públicas. Fernando Costa da Silva, que está no ramo da construção há mais de 40 anos, foi quem idealizou e materializou os primeiros passos da empresa que, ao longo destes anos, conheceu dificuldades, mas também registou múltiplos sucessos. “Atuamos num mercado que tem vindo a sofrer as consequências duma concorrência desenfreada e, perante isto, a empresa tem realizado uma reestruturação de forma sustentada, inteligente e dinâmica”, afirma o próprio. Ao longo do seu percurso, a Fernando Silva & C.ª Lda tem vindo a desenvolver e a aperfeiçoar os seus instrumentos de atuação, de forma a aumentar os padrões de satisfação dos seus clientes em todos os seus segmentos de atuação. “Tivemos tempos difíceis com
as crises que se instalaram na construção, mas lutámos com todas as nossas forças e recuperámos”, lembra Fernando Costa da Silva, realçando que a empresa dedica-se atualmente sobretudo às obras públicas, não descurando, contudo, os clientes particulares. Orgulho é o que o responsável máximo da empresa sente quando olha para trás: “muitos colaboradores estão connosco desde a criação da empresa e a nossa priori-
dade é manter estes 22 postos de trabalho”. Neste momento, também Luís Silva e Júlia Silva, filhos de Fernando Silva, trabalham na empresa: “os meus filhos, com os seus cursos, trouxeram muitos conhecimentos para evoluirmos”. Apesar de atuar na zona do Norte do país, tão martirizada pelo encerramento de empresas e pelo desemprego, a Fernando Silva & Cª, Lda orgulha-se de conseguir afirmar-se no panorama nacional. A
empresa tem o estatuto PME Líder, título reconhecido pelo IAPMEI, bem como a certificação por parte da EIC da NP EN ISO 9001:2008, que já viu reconhecida, pela segunda vez, este ano. A Fernando Silva & C.ª Lda. acredita que o seu sucesso devese, essencialmente, à qualidade das obras que executa, o que resulta “da capacidade e experiência profissional dos colaboradores”. “Além da integridade e
transparência, cumprimento rigoroso dos orçamentos e prazos, assistência técnica, segurança e respeito pelo ambiente, planificamos bem os objetivos, estratégias e aplicação de processos, que promovam a melhoria contínua, permitindo atingir os mais elevados níveis de qualidade”, esclarece Fernando Silva. O facto da empresa se situar em Famalicão tem sido muito enriquecedor porque “este é um concelho em constante desenvolvimento e empreendedor, que tem tido presidentes que olham para as empresas, as apoiam e as incentivam à modernização”. “Neste concelho, temos clientes fidelizados que depositam várias vezes a sua confiança na nossa construção”, acrescenta. Para o futuro, a meta é ver a empresa distinguida com o Estatuto de PME Excelência e apostar na formação profissional dos colaboradores. É ainda intenção proporcionar um ambiente de trabalho saudável, disponibilizando os meios técnicos e as infraestruturas necessárias, no sentido de aumentar a motivação e o desempenho dos colaboradores, conseguindo o envolvimento de todos na concretização dos objetivos definidos para a organização. pub
VIII
pública: 21 de abril de 2016
especial
Fiofibra: empresa familiar aposta na qualidade e diversificação
Situada em Esmeriz, a Fiofibra continua a ser, como desde o seu início, uma empresa que trabalha apenas para o mercado interno. Contando com mais de 60 colaboradores, esta empresa nunca ficou de braços cruzados perante a crise que marcou o setor. A Fiofibra é uma empresa produtora de fibras sintéticas, artificiais e mistas - produzindo fios para todos os consumíveis da indústria têxtil - que nasceu com Armindo da Silva Fernandes, em junho de 1983. “Esta é uma empresa que cresceu e evoluiu com o trabalho da nossa família. Nunca recebemos qualquer ajuda de ninguém, nem do Estado para qualquer tipo de in-
vestimento”, começa por revelar Joana Martins, da administração da empresa Fiofibra. O setor da indústria têxtil tem, na realidade, ao longo dos anos, sofrido várias mudanças e, apesar de muitos obstáculos, foi com “versatilidade” que a Fiofibra conseguiu manter a sua posição no mercado. “Fabricamos produtos que, normalmente, não se podem importar de outros países. Começámos por fabricar um único produto e atualmente temos dezenas de artigos para atender às diferentes solicitações dos nossos clientes”, refere a administradora. “A indústria têxtil no Norte de Portugal foi muito importante e era a maior fonte de
riqueza neste país. Durante alguns anos deixou de ter essa importância para os políticos. Atualmente, a situação é diferente e, sobretudo devido à força dos empresários, o setor têxtil é hoje estrutural para a nossa balança económica”, acrescenta. Para corresponder às expetativas do mercado, a Fiofibra tem investido na formação profissional, mas também em tecnologia de vanguarda. “Estamos sempre a aumentar a nossa capacidade de produção em fios tingidos e fios incorporados com licras”, justifica Joana Martins. Tratando-se de uma PME, a Fiofibra pretende manter um crescimento sustentado, trabalhando diretamente com o seu cliente.
“Fugimos de uma grande produção e preferimos pequenas produções com diversos artigos”, explica. Aliás, a empresa de Esmeriz mantém um contacto de grande proximidade com os seus clientes, porque são eles os pilares do sucesso. “Trabalhamos a sério com o cliente, apoiamo-lo e procuramos fazer aquilo que ele nos pede com qualidade, rapidez e eficácia”, evidencia. Na senda da evolução, a Fiofibra tem como parceiros o Citeve e a Associação Têxtil e Vestuário Portuguesa. “Trocamos informações, relevantes que nos ajudam a progredir num mercado que é, indubitavelmente, muito competitivo”. pub