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Empresas famalicenses que vão mais além Nesta edição do OPINIÃO ESPECIAL, continuamos a mostrar as empresas famalicenses que assinalaram 25 anos de existência. Atuando no mercado nacional ou internacional, as empresas famalicenses continuam a mostrar a sua garra, procurado novas estratégias para fintar as voltas que os mercados foram dando ao longo destes anos. O concelho de Famalicão voltou a ser o campeão das exportações do Norte de Portugal e reforça o seu posicionamento como o terceiro mais exportador do país, logo a seguir a Lisboa e Palmela. O Anuário Estatístico, lançado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre todas as regiões do país, mostra que as empresas de Famalicão exportaram durante o ano de 2014 mais 5,4% do que no ano anterior, registando um aumento de exportações superior à média nacional (1,8%). O volume total das exportações das empresas de Famalicão ultrapassou a fasquia dos 1,7 mil milhões de euros, o que significa 10% do volume total das exportações dos 86 concelhos da região Norte, com um total de 18,2 mil milhões de vendas ao exterior. As empresas famalicenses - as micro,

pequenas, médias e grandes - a trabalhar em diferentes mercados, são conhecidas pela sua inovação. Apesar de atravessarem algumas dificuldades, os empresários famalicenses são empreendedores e querem ir mais além. Procuram novas soluções, novos produtos e novos mercados. Porque, afinal, ficar parado não é uma opção. De maior ou de menor dimensão, a prioridade de cada empresa é crescer com sustentabilidade e ter clientes satisfeitos. Além disso, contribuem decisivamente para a criação de postos de trabalho O Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, afirmou, recentemente, que o concelho é conhecido pelo seu ADN empresarial, formado ao longo de várias gerações de grandes empresários. “Hoje somos um município que faz justiça a esse legado e que encara o futuro com a mesma determinação dos grandes industriais do passado. Refira-se que só no último ano de 2015, foram anunciados publicamente como de interesse municipal novos investimentos empresariais superiores a 25 milhões de euros, que apontam para a criação de perto de meio milhar de novos empregos. pub


II

especial: 12 de maio de 2016

especial

Ferraz & Ferreira produz milhares de produtos pré-cozinhados por dia Foi há 37 anos que a empresa Ferraz & Ferreira, Lda. foi fundada, a 23 de março de 1979, por Paulo Ferraz e Elisabeth Flückiger, vindos de Bern, na Suíça, que a tornaram numa referência no sector dos pré-cozinhados congelados em Portugal. Inicialmente, a empresa, constituída com o objetivo de fabricar e comercializar produtos congelados, tinha apenas um capital social de 748.20 euros, uma área coberta de 50 metros quadrados e 3 operários. Logo no início, a empresa optou pela criação da marca comercial “Bem Cozinhados” e, no primeiro ano de atividade, conseguiu faturar cerca de 3 mil euros. Hoje, após muitos anos de trabalho, a Ferraz & Ferreira tem uma capacidade produtiva diária de meio milhão de unidades num único turno e fornece as grandes cadeias portuguesas, como a Auchan, Intermarché, Pingo Doce, Mini Preço e Continente, entre outras, estando presente em três continentes. Pioneira em Portugal na área dos pré-cozinhados ultracongelados e, tendo em conta de que há quase três décadas a filosofia do congelado não era ainda muito conhecida e bem aceite, a Ferraz & Ferreira, Lda. teve de implementar ações concretas e incisivas na área comercial e de marketing, no sentido de sensibilizar os clientes e consumidores para uma nova indústria que estava a florescer e apresentava inúmeras vantagens. A ideia é defendida pela diretora da empresa, Paula Ferraz, que vincou “a facilidade de utilização, a rapidez na preparação, o prolongamento da validade do tempo de vida dos produtos e o au-

mento da oferta e da diversidade dos produtos”. Aliando “a sensatez e a inteligência dos clientes e consumidores” com o aparecimento das cadeias da distribuição alimentar, a Ferraz & Ferreira, Lda. contribuiu para a implementação de um novo conceito de alimentação e de “um novo estilo de vida que perdura até aos nossos dias e se prolongará, certamente, neste novo milénio”. Com um olhar atento às exigências e necessidades da sociedade moderna, a Ferraz & Ferreira, Lda. foi crescendo exponencialmente

em termos físicos, tecnológicos e humanos, passando de uma estrutura inicial pequena e reduzida para uma estrutura atual ampla, moderna e com recursos humanos qualificados, reunindo condições de higiene e salubridade necessárias e ideais para a conceção, desenvolvimento, produção e comercialização de pratos pré-cozinhados ultracongelados, designadamente rissóis, croquetes, pastéis de bacalhau, massas folhadas, croissants, pizzas, bases de pizza e outros. De acordo com Paula Ferraz, a empresa encontra-se preparada para enfrentar os no-

vos desafios de um mercado aberto e cada vez mais competitivo e concorrencial e, justamente, neste contexto, “tem implementados variados sistemas de Gestão da Qualidade e sistemas de Segurança Alimentares: HACCP, BRC, entre outros”. Conscientes de que não é possível estar no mercado há quase quatro décadas sem enfrentar arduidades, a diretora diz que a forma de as ultrapassar é “encarar os problemas de frente, ter uma rigorosa política de contenção de custos, tentar encontrar mercados alternativos e inovar”. Citando Aristóteles, que dizia que a “excelência é uma arte conquistada pelo treino e pelo hábito”, a diretora da empresa, Paula Ferraz, não tem dúvidas de que o sucesso se deve “à visão, espírito de sacrifício e empenho de duas pessoas que acreditavam que o sucesso era possível”. Além do facto de que é possível ser uma PME “familiar de sucessão, moderna, com uma gestão eficaz e eficiente e com uma liderança comercial com os objetivos colocados a longo prazo por Carlos Coutinho”. Face a uma conjuntura económico-financeira mundial que tem imposto muitas dificuldades ao retalho, o preço e uma marca própria, aliados a uma estratégia de expansão, parecem ser as soluções adequadas no âmbito de um caminho bem definido. Além disso, tem sido fundamental para a empresa ter uma relação forte e empática com os seus colaboradores, pois “o sucesso da empresa é o sucesso deles”. pub


especial: 12 de maio de 2016 III

especial

António Garcia Costa: soluções de telecomunicações à medida do cliente Após vários anos de experiência a trabalhar como vendedor de telecomunicações, António Garcia Costa achou que era o momento de ter a sua própria empresa e um local fixo onde os clientes poderiam deslocar-se para realizar os respetivos contratos e usufruir de um verdadeiro serviço pós-venda. Assim nasceu a loja com o nome de António Garcia Costa que nestes 25 anos tem consolidado a sua posição num mercado cada vez mais competitivo. António Garcia Costa diz que a sua empresa passou, como outras, por momentos difíceis e para os ultrapassar foi fundamental o trabalho, a seriedade, humildade e dedicação. “A avaliação que faço destes mais de 25 anos é muito positiva”, refere, realçando que em cada cliente tem um amigo. “Um cliente satisfeito traz muitos clientes”, vinca. António Garcia Costa aponta que o mundo das telecomunicações evoluiu profundamente nos últimos anos e registaram-se, por consequência, muitas mudanças na vida das pessoas. “Um dos momentos mais marcantes do mercado foi quando houve a separação da PT com a TV Cabo, pois passamos, de imediato, a ter mais opções para apresentar aos nossos clientes”, lembra. Entretanto, com o crescimento de mais soluções nas telecomunicações, nomeadamente a Vodafone Fibra, e ao

completar 25 anos na área, António Garcia Costa decidiu juntar, num espaço único, as três maiores operadoras de telecomunicações: A Loja da Fibra de Famalicão. A abertura desta loja, e a manutenção da loja exclusivamente NOS, resulta, segundo António Garcia Costa, da necessidade e vontade de apresentar várias soluções. “É muito importante ter distintas opções, porque os clientes, ao alterarem de operador, acabam por ficar com um melhor serviço e com uma fatura mais baixa, o que é muito significante”, explica, propondo que as pessoas procurem ter conhecimento das soluções ao seu dispor. “Seriedade e um acompanhamento autêntico de pós-venda” são os princípios dos quais António Costa Garcia não abdica ao longo destes anos. “O meu objetivo é continuar a vender mais e melhor, mantendo a mesma visão que é ter em cada cliente um amigo”, assume. Para este empresário, trabalhar no concelho de Famalicão tem sido “extremamente positivo”. “Tenho milhares cliente e quero agradecer a todos a confiança que depositam, pois sem eles o meu sucesso não seria possível”, afirma, realçando, igualmente, a dedicação dos seus colaboradores e colaboradoras, essenciais para o bom funcionamento dos dois espaços de António Garcia Costa. pub


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especial

Geonext aposta na inovação e investigação

A empresa Geonext S.A. surge da união empresarial dos seus acionistas Serafim Costa e Luís Costa no ano de 1982. Inicialmente com sede no Porto, a empresa começou a sua atividade no comércio de material elétrico, onde se dedicava à distribuição e representação. Entretanto, desde 2009 a Geonext alterou as suas instalações industriais para a zona industrial de Lousado, concelho de Famalicão, devido à necessidade de aumentar a capacidade de resposta face à crescente procura, sobretudo a nível internacional. Para Ivo Cardoso, marketing manager, o percurso da Geonext é positivo. Segundo este responsável, a empresa sempre soube definir as suas metas para conseguir lidar com as alterações dos mercados. “Reparemos que enquanto o mercado interno crescia, a maioria das empresas eram arrastadas

pelo crescimento económico. Entretanto, o ciclo económico do mercado interno inverte-se, originando uma abrupta quebra da procura, mas a Geonext tinha já redefinido a sua estratégia, conseguindo amenizar as dificuldades na sua área”. A nível da procura interna, a Geonext conseguiu colmatar as quebras impostas pelo abrandamento da economia nacional, através de uma aposta na internacionalização. Com esta orientação, a empresa supriu as suas dificuldades com o desenvolvimento de novos mercados de destino. Assim, o processo de internacionalização intensificou-se a partir do ano de 2007, tendo a empresa neste momento distribuidores autorizados na Europa, Médio Oriente e África. Esta orientação estratégica trouxe, claro, “novos desafios financeiros” que são superados pe-

los valores originais da instituição, nomeadamente a transparência e a lealdade entre a Geonext e seus parceiros de negócios”. “Procuramos sempre obter o melhor compromisso entre ambas as partes numa relação ‘win-win’ ou cogeração de valor”, vinca Ivo Cardoso. Na verdade, a história da Geonext demonstra que a empresa sempre soube renovar-se e a partir do ano de 1988 decide colocar no mercado três novas marcas de material elétrico e iluminação de sua autoria, passando assim a comercializar e a representar marcas de parceiros internacionais e também as suas próprias marcas, nomeadamente a Luxtek (lâmpadas), Blink (iluminação industrial) e a Lumitek (iluminação decorativa e profissional). Ivo Cardoso entende que os fatores críticos de sucesso da

Geonext prendem-se à sua consistência operacional desde a sua fundação, que é a de satisfação dos mercados com produtos de elevada fiabilidade a preços adequados ao mercado de destino, o que, por sua vez, engrandece as relações de parceria com os canais de distribuição. “Os nossos produtos podem ser adquiridos em todo o território nacional em lojas e distribuidores de material elétrico e iluminação e também em canais de distribuição de grande consumo”, refere. Os objetivos estratégicos da Geonext continuam assentes na intensificação do processo de internacionalização. Paralelamente, a empresa está a alocar recursos na área de investigação e desenvolvimento de novos produtos de valor acrescentado. Aliás, este esforço valeu já atenção e a distin-

ção de organismos independentes, como por exemplo é o caso da Quercus, que distinguiu vários modelos de lâmpadas Luxtek como líderes em eficiência energética. No que concerne ao município famalicense e à localização da empresa, a Geonext entende que Famalicão foi um dos concelhos que demonstrou maior disponibilidade para o investimento em 2009. “A nossa perceção é que o concelho é bastante dinâmico ao nível industrial, quer seja pela forte indústria nele presente, quer pela motivação que o poder local induz”, considera Ivo Cardoso. No âmbito geral, a Geonext está satisfeita com o município, embora “existam ainda uns pequenos detalhes a trabalhar, como por exemplo a requalificação da zona industrial de Lousado”.


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pública: 12 de maio de 2016 VII

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HAB Carpintaria: soluções inovadoras e de qualidade A empresa HAB Carpintaria, em Delães, foi fundada em 1986 em nome individual por António Mendes Sampaio, alterando a sua denominação em janeiro de 2011. Atualmente, a empresa é gerida por António Sampaio (sócio gerente) em conjunto com os filhos, André Sampaio, Bruno Sampaio e Hugo Sampaio. Preocupada em prestar serviços de qualidade e inovadores, com responsabilidade social, ambiental e ética, oferecendo soluções inteligentes e económicas, a HAB Carpintaria tem tido um caminho muito positivo. “Temos vindo a avaliar o nosso desempenho, a identificar nele os talentos, potencialidades e estratégias futuras para alcançar o sucesso”, refere Hugo Sampaio, um dos gerentes. Aliás, a formação de cada um dos filhos de António Sampaio tem contribuído para o engrandecimento da empresa. Hugo Sampaio é responsável pelas áreas de mobiliário, design de interiores, reabilitação de estruturas em madeira e pavimentos. André Sampaio cuida da área de acabamentos e da qualidade; enquanto Bruno Sampaio é técnico de gestão na área das madeiras e mobiliário. “Ao longo destes anos, fomos alcançando os nossos objetivos e, claro, tivemos momentos difíceis,

mas que foram largamente superados pelos pontos positivos”, diz Hugo Sampaio. “O feedback recebido pelos clientes ajuda-nos a atuar de maneira cada vez mais eficiente e produtiva, aliado aos conhecimentos adquiridos”, acrescenta. As obras da HAB Carpintaria estão no país todo, nomeadamente nos distritos do Porto, Lisboa e Bragança. “No distrito de Braga temos muitos trabalhos realizados, como são exemplos o Balcão Único de Atendimento da Câmara de Braga e da Câmara de Famalicão, executados recentemente”, aponta Hugo Sampaio. Além de algumas obras emble-

máticas que deixaram a sua marca e são motivo de regozijo, a HAB Carpintaria orgulha-se de ter um percurso marcado pela modernização do seu equipamento industrial, como é exemplo uma máquina de controlo numérico. Para o futuro, fica a vontade de continuar a corresponder a todos os desafios que são propostos à empresa e dar continuidade à modernização dos equipamentos e espaço industrial. Como uma empresa famalicense, a HAB Carpintaria gosta de trabalhar neste concelho: “Famalicão tem sido o nosso berço, a nossa casa e é onde temos o maior número de clientes e amigos”. pub


VIII

pública: 12 de maio de 2016

especial

Carneiro & Gomes pretende construir Complexo Funerário

A Funerária Carneiro & Gomes, Lda., em Oliveira São Mateus, foi fundada em 1949 pelo avô de Carlos Carneiro, João Ribeiro de Abreu Carneiro. Carlos Carneiro, atual gerente , conta que a empresa quase que surgiu por acaso. “Um amigo, com conhecimento deste setor, incentivou o meu avô João a fazer urnas e ele acabou por aceder”. E assim foi. A empresa Carneiro & Gomes surgiu, na ocasião, com uma dimensão muito pequena. “Quando havia um funeral, a urna era feita na hora, andavam-se quilómetros com o caixão em cima da cabeça, porque não havia carros”, conta Carlos Carneiro, evocando “dias difíceis, com muito sacrifício e de trabalho muito duro”. “Hoje, a nossa empresa

tem uma frota automóvel composta por seis viaturas, três para transporte do corpo e três para todo o serviço religioso”, aponta o gerente, fazendo um balanço “muito positivo” do desempenho da empresa. Numa perspetiva a estes anos de trabalho, Carlos Carneiro considera que o setor foi evoluindo “de forma sustentável”, assumindo que nem sempre foi fácil. “Um dos momentos mais difíceis foi a passagem da empresa para mim… Era muito jovem, tinha alguma experiência no setor, porque ajudava o meu avô quando saía da escola, mas tive de pedir auxílio e apoio financeiro, pois teria de investir bastante e não tinha meios”, afirma. “Os tempos eram outros, mas tive dois grandes amigos que me ajuda-

ram muito, aos quais ficarei grato para sempre”. Carlos Carneiro afirma que, no passado, nem se colocavam os papéis de falecimento. “Não havia ainda telemóveis e ninguém tinha conhecimento de quem falecia, as pessoas é que passavam a mensagem”. Hoje, com a evolução da comunicação, os serviços da Funerária Carneiro & Gomes chegam mais depressa às pessoas e podem ser encontrados “na internet, na comunicação social e na sede da empresa”. O futuro é encarado de forma otimista, tendo como objetivo fazer nos próximos quatro a cinco anos um Complexo Funerário autónomo para centralizar as várias áreas, como os serviços administrativos e florista. Para este

projeto já foi adquirido um terreno. Para além dos valores, como a qualidade de serviço, a inovação e a persistência, Carlos Carneiro aponta a sua equipa como uma maisvalia. “São jovens com grande força de vontade de trabalhar e responsabilidade para que o nosso sucesso seja ainda maior. Sei que posso contar sempre com eles”, considera. O futuro, aponta Carlos Carneiro, será sempre feito em nome do legado do seu avô João Carneiro. “Ele foi o homem que me lançou no setor e morreu em 2007…foi um serviço funerário muito custoso de preparar”, revelou Carlos Carneiro, que diariamente trabalha com as emoções mais difíceis na vida de muitas pessoas. pub


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