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ESPECIAL

opiniãopública: 22 de setembro de 2016

Filipe Vale, presidente do Bairro Futebol Clube

“Queremos os três pontos a cada semana” Com a promoção à Divisão de Honra, a equipa do Bairro Futebol Clube (FC) garante que tudo vai fazer para vencer os três pontos semana a semana e atingir a manutenção. “O nosso primeiro objetivo, dentro das quatro linhas, é conquistarmos os três pontos, alcançando o mais rapidamente a vitória”, começa por apontar o presidente da coletividade, Filipe Vale. Apesar deste ser o primeiro pensamento, o dirigente não coloca de parte a possibilidade de redefinir os objetivos, mas prefere começar esta época com os pés bem assentes no chão: “não colocaremos a fasquia mais alta. Entretanto, se depois o Bairro estiver bem posicionado, numa situação em que possa chegar mais longe, veremos”. Praticamente todos os jogadores transitaram da época anterior, bem como o treinador Lourenço Almeida, que renovou por mais uma época. “Acredito muito nas capacidades do mister e por isso apostamos na continuidade desta equipa técnica, que trabalha muito bem”, refere Filipe Vale. Prioridade na coletividade bairrense tem sido a aposta na formação, com a construção de “belíssimas equipas de juniores e juvenis” nesta época. Aliás, o presidente do Bairro está convicto de que daqui a dois ou três anos, o Bairro poderá constituir quase todo o seu plantel sénior com jogadores da formação. “O futuro passa pela formação, no sentido de proporcionarmos um trabalho de continuidade aos jovens com ambição”, afirma, acrescentando que o Bairro FC será “um bom viveiro”.

Este ano registou-se um aumento de jovens no Bairro, um facto que poderá ter a ver com a colocação da relva sintética. “Não tínhamos essas condições e isso acaba por ser um chamariz, a par da componente humana, com a entrada no clube de técnicos e professores que são uma mais-valia”. No capítulo financeiro, Filipe Vale aponta que grande parte do orçamento vai a para formação. “A nível do plantel sénior, não temos previsto qualquer valor, a não ser para a direção técnica”, explica. Contas feitas, o Bairro recebe ajuda financeira da Câmara Municipal e Junta de Freguesia, além dos patrocinadores: “no ano passado, as verbas foram direcionadas para o melhoramento das instalações e colocação do sintético”. A somar a isto, a coletividade recebe as quotas dos associados e as mensalidades pagas pelos encarregados de educação dos atletas que frequentam a formação. Ao Bairro FC não tem faltado apoio, sobretudo no que respeita à equipa sénior. “Já fomos jogar a diversos lugares e levámos centenas de pessoas… isso é bom. Este clube começou a criar uma onda que está cada vez maior e queremos dar continuidade a essa união”. Para o futuro, a prioridade do presidente é concluir algumas obras, como é o caso dos sanitários públicos e a entrada do estádio, entre outras. “Vamos tentar fazer aquilo que falta realmente no Bairro. Este é o último mandato, que termina no próximo ano e, por isso, quero deixar, pelo menos, a equipa bem estruturada como está e queria terminar algumas intervenções necessárias”. pub


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ESPECIAL

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Lourenço Almeida, treinador do Bairro FC

“Desejamos proporcionar um jogo de qualidade a quem assiste aos jogos” O Bairro Futebol Clube (FC) não deu hipóteses à concorrência na temporada anterior e a subida à Divisão de Honra foi uma consequência lógica da inegável superioridade. A promoção a um escalão superior acarretará maiores dificuldades, das quais o técnico Lourenço Almeida se mostra perfeitamente consciente. “No início do ano passado assumi claramente que íamos subir de divisão porque via a qualidade que a minha equipa tinha. Este ano será diferente, porque a Divisão de Honra já terá melhores equipas e, por isso, antevejo um bom campeonato”. Tendo em conta a excelente prestação, torna-se inevitável olhar para a temporada transata. A confiança está, pois, em alta na comitiva bairrense, mas prudência é palavra de ouro para Lourenço Almeida quando se fala em nova subida. “Temos de ser realistas. Vimos de um escalão inferior e sabemos que esta competição tem equipas com bastante qualidade. Teremos primeiro de observar essas equipas e só depois poderemos sonhar em alguma coisa”, revela. Pese algum refrear de euforia por parte do técnico, o Bairro FC pretende, obviamente, ter uma palavra a dizer neste campeonato. Lourenço Almeida refere que “a equipa irá focar-se jogo a jogo, de forma a fazer o que melhor sabe: circular bem a bola e proporcionar um jogo de qualidade a quem assiste aos jogos”. Concretizada esta ideia de jogo, o grupo irá depois “somar todos os pontos para ver até onde poderá chegar”.

A temporada de sucesso legitimou o treinador a manter todo o plantel, ao qual acrescentou apenas três jogadores. Assegurar a permanência do grupo que logrou festejar a subida poderá ser uma arma para a equipa bairrense, com Lourenço Almeida a manifestar o desejo “de que os reforços se adaptem aos jogadores que transitam, de modo a que a equipa possa conquistar os três pontos a cada jogo”. O Bairro FC protagonizou igualmente uma boa campanha na última edição da Taça da Associação de Futebol de Braga, ao vender cara a eliminação aos pés do Santa Maria, que militava em dois escalões acima. Ainda assim, o foco estará centrado no campeonato. “Vamos tentar ir o mais longe possível. Sabemos que é uma montra para os jogadores se mostrarem, mas esse não é o nosso principal objetivo”, assegura. Em relação ao plano individual, o treinador não esconde a intenção de, à imagem do que conseguiu como jogador, chegar aos escalões profissionais: “eu quero e vou chegar lá cima. Sei que tenho algumas lacunas, terei que as melhorar, mas penso em outros voos. Ainda assim, terei que subir degrau a degrau”. O clube bairrense tem feito uma aposta mais consistente nos escalões de formação nos últimos anos. O técnico garante que “os Juvenis e Juniores têm bons jogadores”, confirmando que os elementos da formação terão a oportunidade de trabalhar com o plantel sénior. pub

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BAIRRO FUTEBOL CLUBE

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OPERÁRIO FUTEBOL CLUBE

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José Augusto, presidente do Operário FC

“Apesar da subida, a política do clube terá que se manter” A fase de transição entre a temporada anterior e a que se iniciou recentemente trouxe uma notícia muito bem acolhida pela direção do Operário Futebol Clube (FC). A desistência da equipa Prozis Academy motivou um convite, por parte da Associação de Futebol de Braga, para perceber se o clube famalicense estaria disponível para participar na Divisão de Honra, dado ter sido o 3º melhor classificado de todas as séries da 1ª Divisão na temporada anterior. A resposta foi positiva e o Operário FC cumpre, deste modo, a estreia no referido escalão. Esta subida implicou mudanças na definição das metas a atingir pois, como defende o presidente José Augusto, as especificidades do campeonato assim obrigam. “O projeto passa por disputar os lugares do meio da tabela e assim assegurar a manutenção. No ano passado, na 1ª Divisão, não existiam despromoções, mas agora a nossa preocupação será não descer de divisão”, salienta, apontando fatores que justificam esta opção: “Nós apenas representamos um local da freguesia de V.N. Famalicão e, por isso, temos de nos cingir à nossa realidade. Existem outras equipas que se estão a perfilar para subir numa competição com alguma exigência e em que já se vê bom futebol”. A orientar a equipa técnica estará, como é hábito nas últimas épocas, Rogério Monteiro. A ligação do treinador ao clube já é duradoura e José Augusto encontra bons motivos para o prolongar desta relação.

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“É um homem da casa, conhecedor da realidade desportiva, ajuda a construir um balneário magnífico e, com ele, subimos alguns degraus. Também nos treinadores temos de aproveitar a nossa matéria-prima. Enquanto puder apoiá-lo será sempre o treinador da equipa sénior. Só sai quando quiser”, vaticina. Não obstante estar incluído num escalão superior, o Operário FC irá conservar as práticas das últimas temporadas. “Apesar da subida, a política do clube terá que se manter, com jogadores sem qualquer ajuda monetária e a jogar com amor à camisola. Estamos convencidos que nos irão ajudar a alcançar o nosso objetivo”. Outra das imagens de marca tem sido o aproveitamento dos recursos advindos da formação. José Augusto quer continuar “a aproveitar a obra-prima que temos no clube”, assegurando “estar atento a todos os escalões e não apenas aos seniores”. Nessa perspetiva, o presidente mostrase convicto de que “a equipa sénior, daqui a um ou dois anos, será apenas composta por atletas oriundos da formação”. José Augusto vai mais longe e afirma que “as camadas jovens são pedra basilar da vivência do clube” e, desse modo, “seria bem mais fácil terminar com a equipa sénior do que com as camadas jovens”. Aos sócios, assegura que o grupo “tudo irá fazer para dignificar o nome da coletividade”, considerando que “trabalho, dedicação e amor ao clube” serão fatores fundamentais para atingir as metas traçadas. pub


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Rogério Monteiro, treinador do Operário FC

“Iremos apontar a fasquia para o meio da tabela” Rogério Monteiro é já um nome incontornável na história mais recente do Operário Futebol Clube (FC). Além de desempenhar funções de diretor, é ainda responsável por comandar a equipa sénior, numa conjugação de tarefas que tem dado bons resultados. A subida à Divisão de Honra, apesar de motivada pela desistência de uma equipa, não retira brilho à estreia do clube neste escalão. “É um novo projeto, com novos objetivos e que irá proporcionar novas experiências. Este será um ano diferente, pois na última época ninguém descia, o que fazia com que apenas pudéssemos pensar em lutar por lugares cimeiros”, refere. A página da última temporada está fechada e, por isso, é altura de apontar baterias para o novo ano. “Tentaremos atingir a manutenção o mais cedo possível. Se podermos fazer mais do que isso ficaremos todos contentes. Mas iremos apontar a fasquia para o meio da tabela, o que pressupõe uma manutenção tranquila”. O Operário FC enfrenta um novo desafio, que estará ainda a ser desbravado pela equipa técnica. Rogério Monteiro admite que “as únicas ilações que tem da competição resultam dos jogostreino realizados na última época, com equipas do concelho que militavam

nesta divisão”. Ainda assim, tem plena consciência de que se irá tratar “de um campeonato competitivo, com maior qualidade e que trará maiores dificuldades”. O clube tentará seguir uma linha de continuidade e acrescentar alguns valores provenientes da equipa júnior. O treinador mostra satisfação pela “manutenção da espinha dorsal que teve boa prestação na temporada anterior e pela promoção de cinco juniores, que irão ganhar experiência para ter um melhor desempenho”. Um plantel que, no entender do timoneiro, “dá garantias para atingir os objetivos”. Ao elenco à sua disposição, compromete-se a exigir “rigor e muito trabalho”, de forma a “dar uma boa imagem do Operário FC”. A ligação de vários anos permite a Rogério Monteiro ter um conhecimento aprofundado sobre o clube. O treinador sublinha “as boas condições infraestruturais e materiais oferecidas pelo clube, bem como todo o apoio prestado pela direção”. A este fator deverá ainda acrescentar-se a constante aposta na formação. Rogério Monteiro entende que “a formação do Operário FC costuma ser um bom viveiro”, pese ter a noção de que “existem anos melhores e anos menos proveitosos”. pub


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