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SANTO ANTÓNIO ESTÁ A CHEGAR...

Festas em honra de Santo António começam a 9 de Junho

Antoninas animam Famalicão

Todos os anos é sempre assim: em Famalicão a tradição cumpre-se com religião, música e gastronomia. São as Festas Antoninas em honra do santo casamenteiro, Santo António, que mobilizam todo o concelho e chamam à cidade milhares de pessoas. As festividades começam no próximo dia 9 de Junho e prolongam-se até 13, dia de Santo António. As ruas enchem-se de cor, pessoas, barraquinhas, aromas e alegria. Famalicão fica uma cidade diferente, para melhor. Para provar, há muito por onde escolher: sardinha, fêveras, barriguinhas, caldo verde e vinho.

Um dos pontos altos das Antoninas são as marchas populares que conferem alegria e vivacidade às ruas. As diferentes associações disputam, num clima salutar, o primeiro lugar, a melhor performance. Para conquistar o júri, as diversas associações do concelho preparam-se a rigor com música, trajes e arcos no ar. Um trabalho que exige tempo, dedicação e muita imaginação para brilhar nas ruas e no estádio municipal, onde as marchas actuam. Mas em Famalicão as Antoninas também são das crianças, e são elas que protagonizam um dos momentos

mais bonitos e encantadores do programa com as Marchas Infantis marcadas para quinta-feira à tarde, dia 9. A música é também um dos pontos fortes das festas de Famalicão, com a presença de grandes nomes da música nacional. Este ano, os cabeças de cartaz são Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, bem como Augusto Canário, que actuam no dia 10 de Junho, no Estádio Municipal. Mas, há muitos outros espectáculos para ver gratuitamente. As rusgas populares, as fogueiras e as cascatas de Santo António são outros dos momentos tradicionais do evento, aos quais se juntam as cerimónias religiosas com destaque para a distribuição do Pão de Santo António no dia 13 de Junho. De resto, à semelhança do que aconteceu no ano passado, o orçamento das Festas Antoninas será menor. Tudo por causa das dificuldades que o país atravessa, sendo que o orçamento proposto é de cerca de 170 mil euros, quando o ano passado as Antoninas custaram 260 mil euros. A Câmara de Famalicão explica que a contenção na despesa será feita através de uma ornamentação das ruas mais simples e animação musical mais comedida. Precisamente, e num contexto de dificuldades económicas, já no ano passado foi retirado o cortejo histórico do programa. Porém, uma coisa é certa: com mais ou menos dinheiro, estão aí as Antoninas para festejar. As Antoninas são do povo e o povo sairá, com certeza, à rua.

Unidos por Calendário foi a marcha vencedora de 2010

A marcha "Unidos por Calendário" foi a grande vencedora das Marchas Antoninas do ano passado, com o tema "A Vindima". No ano passado, foram doze as marchas que fizeram da noitada de 12 de Junho, uma noite de alegria, som, luz, cor e brilho. Numa tendência ainda recente, entre as marchas famalicenses, começam a marcar presença algumas celebridades televisivas. Foi o caso da marcha "Unidos Por Calendário" que, em 2010, apresentou como padrinhos os actores Dania Neto e Paulo Rocha. Também a marcha de S. Martinho de Brufe, trouxe o participante do programa Família Superstar, Fernando Pereira, e Andreia da girls band "Non Stop", entre outras celebridades. Figuras conhecidas que surpreenderam e entusiasmaram o público, quer das ruas, quer do estádio. Como sempre, com o bairrismo à flor da pele, bandeirinhas, balões e palavras de incentivo, as claques puxaram pela sua marcha preferida. Poderiam ter ganho todas, mas não foi assim. A marcha "Unidos por Calendário" arrecadou o primeiro prémio, com 307 pontos. Em segundo lugar ficou a marcha de Oliveira S. Mateus, com 301 pontos e em terceiro lugar "Unidos por Avidos", com 297 pontos. pub


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Festas de Santo António de Vila Nova A devoção a Santo António perde-se na memória do tempo e desconhece fronteiras. É multi-secular a crença popular no santo taumaturgo português. As festas populares em sua honra – religiosas e profanas – ocorrem por todo o lado, irmanando classes sociais, clero e povo. Em Lisboa, sua terra natal, em Pádua, onde falece e Famalicão, que rivalizam com aquelas, a ponto de terem sido apelidadas de “festas de Santo António de Vila Nova”. Vai para séculos. Tudo começou com a construção no século XVII da primeira ermida na “devesa” onde se faz a feira de Vila Nova”. Corria o ano de 1650 e o abade de Santa Maria Madalena recebe em 8 de Junho autorização para benzer aquela e “por isso, suponho que a 13 imediato, dia de Santo António, Vila Nova de Famalicão inaugurou solenemente a capela do Taumaturgo. E talvez fosse agora a primeira festa antoniana de Famalicão” (revista mínia, nº 10). Porém, se esta foi a primeira capela erguida a Santo António, não foi a última. Passado pouco mais de um século, entrou em ruínas, sendo substituída em 1775 por outra, que teve destino semelhante. Foi transferida em 1926 (desfigurada) para o local (escondido e apertado) onde hoje se encontra. Aí, no dia 13 de Junho, de todos os anos, com a capela engalanada, realiza-se a festa em sua honra. E se a devoção religiosa se perpetua neste ritual de séculos, já a festa popular flutua nas contingências do tempo e perde-se nas vicissitudes da vontade dos homens. A preferência dos famalicenses por Santo António é indesmentível e afirma-se definitivamente nas festas populares de 1895, com a celebração do 7º centenário do seu nascimento. E chamam-se desde então “Antoninas”. Foram festas “importantes e dignas”, com “foros de intensidade excepcional”. Duraram dois dias e reuniram todos os ingre-

Capela de Santo António em 1755

dientes das festas populares, com filarmónicas civis (nacionais e estrangeiras), fogo no ar e corridas de velocípedes na pista do campo da feira. A iluminação foi um ponto alto, sendo cada rua iluminada em estilos diferentes. A partir de 1906, abre-se um novo ciclo de afirmação e projecção das Antoninas. Cabe ao “grupo dos 29”, um punhado de famalicenses bairristas, papel decisivo nesse êxito. É um período áureo de sete anos ininterruptos, que termina em 1912. São festas imponentes, com as melhores bandas de música marciais e regimentais, as ruas com orna-

mentos coloridos, com arcos triunfais e fogos de artifício. As paradas e exposições agrícolas e industriais, organizadas entre 1910 e 1912, pela Associação Agrícola, são outra marca distintiva das festas desta época, que os republicanos aproveitaram: na parada de 1912 desfilaram 16 carros e Bernardino Machado deu o nome a um dos prémios a concurso. Em 1959 as Antoninas ressurgem, por decisão da Câmara Municipal de José Pinto de Oliveira. Adquirem novo rosto, com a Batalha das Flores – um número emblemático deste ciclo. Um novo interregno – uma verdadeira

maldição, - abate-se sobre as Festas do Concelho. Desta vez de 14 anos. No início da década de 80, já com a poeira da revolução de Abril assente, as Antoninas regressam às ruas da ainda Vila. Uma vez mais, a Câmara Municipal toma a iniciativa. Nesta fase, destacam-se os desfiles etnográficos e os festivais de ranchos folclóricos. Em 1990, com o Centenário Camiliano, as Antoninas ganham novo fôlego, ao associar os números tradicionais das iluminações, do despique das bandas de música e do fogo-deartifício, ao cortejo histórico e às marchas populares. Entretanto, as crianças entram na festa e as marchas infantis enchem as ruas de alegria. Em 1993 é a vez de as marchas darem um salto em frente, vestindo um figurino mais urbano e competitivo, recebendo influências alfacinhas, através da Marcha da Bica. Nos últimos anos, nomeadamente desde 2002, os esforços têm sido concentradas em fazer ressurgir algumas tradições populares, como as cascatas e as rusgas. A alteração mais significativa verifica-se na encenação do cortejo histórico, trocando-lhe o perfil estático e solene dos carros e figurantes, pelo teatro de rua em movimento permanente e em interacção com o público. É indiscutível que hoje as Antoninas, apesar das vicissitudes dos tempos e das flutuações das conjunturas políticas e sociais, são um cartaz turístico regional e nacional. E constituem uma nova identidade agregadora e mobilizadora das energias criativas das gentes de Famalicão. Os programas alteraramse, ajustando-se à evolução dos tempos e à mudança das mentalidades. Apesar disso, continuam a seduzir e a arrastar multidões. Artur Sá da Costa (Director da Casa da Cultura de Famalicão entre 1987 e 2010) pub.


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Afirma o padre Agostinho Alves

“Santo António é uma figura actual”

Santo António era português e nasceu em Lisboa em 15 de Agosto de 1195. Viveu comprometido com o Evangelho e espalhou a palavra de Deus pelo mundo. Em Famalicão a sua santidade é também lembrada nas Antoninas no dia 13 de Junho, segundafeira, feriado religioso. O padre Agostinho Alves, de S. Tiago de Antas, responsável pela componente religiosa das festividades, afirma que Santo António é uma figura muito actual para a Igreja e para a comunidade cristã, “porque nunca se acomodou, esteve sempre à procura de Deus”. No entender do clérigo,

Santo António foi um missionário incansável. “É muito actual para o mundo de hoje, de modo muito particular para a Europa, que está a perder o contacto com Cristo e está a tornar-se cada vez mais materialista e consumista”, considera. Sobre as Antoninas em Famalicão, o padre Agostinho Alves espera que as festividades não se fiquem pelo aspecto exterior. “Não se deve ficar pelo lado folclorista. Nós procuramos através das pregações e através da celebração da missa, que o cerne seja a figura de Santo António”.

“Além de um grande religioso, Santo António é um apelo à solidariedade. Ele foi muito amigo dos pobres, necessitados e órfãos. Ajudou ainda as meninas que não tinham meios para se casar e ajudavaas a ter um casamento condigno. Ele é o espírito de serviço e doação”, sustenta. No fim da missa de 13 de Junho, marcada para as 11 horas na capela de S. António, como é habitual será oferecido aos famalicenses pão. O padre Agostinho Alves explica que esta tradição transmite precisamente a solidariedade e compaixão pelos necessitados. “Santo António era muito

voltado para os que tinham fome”, defende. Numa palavra aos famalicenses, o eclesiástico relembra que os cristãos não se devem esquecer de Santo António e das “coordenadas vitais da sua existência”. “Foi uma pessoa apaixonada por Deus e amou o próximo. Na nossa sociedade há tanta gente que precisa de apoio de pão, mas também de consolação, porque há gente desanimada e triste. Santo António não foi um santo de gaveta, foi um homem grande no seu tempo e continua a ser grande no tempo de hoje”, refere. pub


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Marchas Infantis animam ruas Na quinta-feira, 9 de Junho, as ruas de Famalicão voltarão a ser palco de um espectáculo de criatividade, imaginação e alegria com as tradicionais Marchas Antoninas Infantis, subordinadas, este ano, ao tema “Santo António e os Contos Tradicionais”. A concentração será na Praça 1º de Maio e a for-

mação na Av. 25 de Abril, seguindo pela Rua Adriano Pinto Basto, Alameda D. Maria II, Av. de França culminando nas piscinas municipais, onde será distribuído um lanche às crianças das instituições educativas participantes. Os mais pequenos brilham a partir das 14h30.

Canário, Quim Roscas e Zeca Estacionâncio no Estádio Quim Roscas e Zeca Estacionâncio actuam na sexta-feira, dia 9 de Junho, no Estádio Municipal. A primeira parte conta com o espectáculo de Canário e Amigos. Os primeiros acordes acontecem às 21h30. A

entrada custa 2 euros, sendo grátis até aos 12 anos. Os bilhetes estão à venda na Casa da Cultura, Posto de Turismo, Casa da Juventude, Secretariado das Festas, na Praça D. Maria II.

Esculturas de Santo António na Biblioteca A partir de hoje, 1 de Junho, até 14 de Junho, o átrio da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Famalicão, acolhe uma exposição de esculturas de Santo António. A artista é Maria Celeste Marques, natural de Aveiro. A arte é o fascínio da sua existência, sempre fez e aprendeu um pouco de tudo o que é arte manual, mas, desde Agosto de 2009 que a curiosidade se desperta em tudo o que é deixado ao acaso ou simplesmente destruído. Assim, começou com a construção de presépios em pétalas de rosa e folhas naturais.

Procissão em honra de Santo António

Cascatas na Praça 9 de Abril As cascatas de Santo António são uma verdadeira relíquia para quem gosta de ver o passado e o presente. A inauguração será quinta-feira, 9 de Junho, pelas 17 horas. As cascatas acontecem com a participação do Agrupamento de Escolas Bernardino Machado, Júlio Brandão e Território Educativo de Calendário. Para ver e recordar ao longo dos dias de festa. pub

A procissão solene em honra de Santo António está agendada, como é habitual, para as 17 horas do próximo dia 13 de Junho. A concentração será na Rua Alves Roçadas (Capela de Santo António), percorrendo a Rua S. João de Deus, Praça Álvaro Marques, R. Adriano Pinto, Basto, Av. 25 de Abril, Praça 9 de Abril, R. de Santo António, Praça D. Maria II (topo norte) e R. Alves Roçadas. A organização cabe à Comissão da Capela de Santo António.

VI Caminhada Camiliana A Casa de Camilo, em Seide S. Miguel volta a realizar mais uma edição da Caminhada Camiliana. A VI edição está marcada para 10 de Junho às 9 horas. A concentração será na estação de caminho de ferro, em Famalicão. O percurso será na Av. 25 de Abril, Rua Júlio Araújo, Praça 9 de Abril, R. Santo António, Praça D. Maria II (topo norte), R. Alves Roçadas, Rot. da Água, Rot. Bernardino Machado, Av. do Brasil (até Citeve); Antas, R. Fernando Mesquita, R. José de Sousa Carvalho Brandão, Rua Nossa Senhora de Fátima, R. Dr. Francisco Alves, Rua de Pidre, Quinta de Pidre, R. de Bairro, R. de Favais, R. Zeferino Rodrigues Carneiro, R. José Alves Carneiro, Solar de Pouve, R. de São Paio, R. D’ Agrinha, R. Joaquim Araújo Alves, Alameda da Igreja(Seide S. Paio) Travessa Pe. Augusto Araújo Alves, R. Bica Velha, Av. Nova, R. da Tapada, R. da Seara, R. Raquel Castelo Branco, Parque da Freguesia e Centro de Estudos Camilianos (Seide S. Miguel). A iniciativa conta com a Junta de Freguesia de Seide S. Miguel; Grutaca Grupo de Teatro Amador Camiliano; Grucamo– Grupo de Caminheiros de Montanha.


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Freguesia de Landim Concelho de Vila Nova de Famalicão EDITAL Concurso Público para concessão de exploração do quiosque sito no Largo das Tílias, desta freguesia de Landim Dr. Carlos Fernando Oliveira Ferreira, Presidente da Junta de Freguesia de Landim, Concelho de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, em cumprimento da deliberação da reunião extraordinária da Junta de Freguesia de Landim de 30 de Maio de 2011, torna público que coloca a concurso público a concessão de exploração do quiosque sito no Largo das Tílias, freguesia de Landim, Concelho de Vila Nova de Famalicão, destinado ao comércio de jornais, revistas tabaco lotarias e correlativos, tendo por base as seguintes condições: 1º. Entidade cedente: Junta de Freguesia de Landim, sita na Alameda do Mosteiro, nº. 62, 4770-332 Landim, telefone 252 321 623. 2º. Objecto a concurso: 2.1. Concessão de exploração do Quiosque sita no Largo das Tílias. 2.2. A concessão de exploração será pelo período de 5 anos. 3º. Local: Quiosque sito no Largo das Tílias 4º. Duração do Contrato: 5 Anos 5º. Todo o equipamento e mobiliário a colocar no objecto do contrato de concessão será da responsabilidade do concessionário e deverá merecer a prévia concordância da Junta de Freguesia, sob pena de resolução do presente contrato. 5.1.Igualmente ficará da responsabilidade do concessionário, as despesas respeitantes ao pedido de contador da luz e água, junto das entidades competentes, bem como os consumos de energia e água decorrentes do presente contrato de exploração. 6º. Não são admitidas alterações às cláusulas das condições de concurso. 7º. Preço base mensal: 110 euros. 8º. As propostas em carta fechada devem ser enviadas por correio registado c/AR ou entregues em mão nos serviços administrativos da Junta de Freguesia de Landim. 8.1. As propostas devem dar entrada nos serviços administrativos acima indicados até às 17,00h do dia 9 de Junho de 2011. 9º. A abertura das propostas terá lugar no salão nobre do edifício da Junta de Freguesia, pelas 18,00h do mesmo dia, ou seja 9 de Junho de 2011. 10º. O critério de adjudicação é o da proposta de valor mais elevado. 10.1.No caso de duas propostas apresentarem o mesmo valor de concessão, sendo um dos proponentes residentes nesta freguesia, terá este prevalência sobre os demais proponentes. 10.2. No caso de dois residentes em Landim apresentarem o mesmo valor, o critério de adjudicação terá em consideração a data e hora da proposta entregue na Junta de Freguesia. 11º. Os concorrentes ficam obrigados a manter as suas propostas pelo prazo de 30 dias, contados a partir do acto público do concurso. 12º. O concessionário prestará caução de valor igual a duas vezes o valor mensal proposto, caução que se manterá até ao fim da cessação de exploração. 13º. A Junta de Freguesia de Landim revê-se no direito de não proceder à adjudicação se nenhuma das propostas for convenientemente ao interesse público e objectivos prosseguidos com o presente concurso. Para constar e para os devidos efeitos se lavra o presente edital que vai ser afixado nos lugares públicos do costume.

Junta de Freguesia de Landim, aos dias 30 de Maio de 2011 O Presidente da Junta de Freguesia de Landim (Carlos Fernando Oliveira Ferreira)


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