Foi há 26 anos que Vila Nova de Famalicão se assumiu como cidade, enquanto Ribeirão e Joane são vilas há 25 anos. Na cidade, as homenagens são feitas às pessoas e entidades famalicenses que concorrem para o desenvolvimento do concelho em várias vertentes. Neste especial, falamos com os autarcas de Ribe irão e Joane que deixaram bem asse ntes os objectivos que q ue re m cumprir nas suas freguesias.
26º Aniversário a 8 de Julho marcado pelas homenagens
Famalicão: cidade edificada pelo povo Foi em 1985 que Vila Nova de Famalicão foi elevada à categoria de cidade. Este foi um acontecimento da maior relevância na história contemporânea do concelho. Por isso, todos os anos assinala-se a data, especificamente com o reconhecimento do município aos cidadãos e às instituições que se distinguem por actos ou serviços meritórios prestados nas diversas áreas da vida colectiva, contribuindo consequentemente para a promoção do bem comum e o desenvolvimento da comunidade famalicense. E, de facto, todos os anos há sempre motivos para reconhecer novas pessoas, novas entidades, porque o concelho está constantemente em crescimento. O presidente da Câmara de Famalicão, Armindo Costa, na cerimónia solene do ano passado, recordou que a cidade não se limita às freguesias que constituem o centro urbano da sede do concelho. “A cidade de Famalicão é um espaço comum às 49 freguesias do concelho, onde todos os famalicenses têm acesso às potencialidades dos espaços urbanos e dos espaços rurais”. O edil sublinhou que a cidade não é apenas o património edificado. “Uma cidade é, principalmente, o seu povo. São as pessoas que dão vida a uma cidade. São as pessoas que desenham a sua história colectiva”, referiu. Segundo Armindo Costa, Famalicão é hoje um bom lugar para viver, onde todos podem concretizar um projecto de vida feliz. Mas, no seu entender, Famalicão é muito mais do que isso. “É um centro cultural de referência e um centro de actividades económicas que é da maior importância para o desenvolvimento da região e do país”. Precisamente, para reconhecer o mérito de individualidades, instituições e empresas, na sexta-feira, dia 8 de Julho, às 15 horas, o município famalicense atribuirá diversos galardões (ver caixa ao lado) na sessão solene a realizar na Casa das Artes. No fim, pelas 16h30, haverá bolo da cidade para distribuir pelos famalicenses.
Galardões Municipais 2011 Medalha de Mérito Municipal Autárquico António Domingues de Azevedo Dr. José Manuel Soares Cerqueira António Azevedo Barbosa
Edificio dos Paços do Concelho
Medalha de Mérito Municipal de Benemerência Jorge Manuel Ribeiro Faria Padre José Carlos Fonseca Veloso (a título póstumo) Dr. José Manuel Gonçalves de Oliveira Rosa Maria Gonçalves Ferreira Vale Liga de Profilaxia e Ajuda Comunitária Medalha de Mérito Municipal Cultural Dr. António Gonçalves da Costa Firmino Alves de Oliveira (a título póstumo) Dr.ª Irene Maria de Oliveira Paiva Alferes Santos Dr. Joaquim Josias Alvim Barroso Dr. José Fernandes Dr. Manuel dos Santos Oliveira Grupo Infantil e Juvenil de Santiago de Gavião. Tuna Académica da Universidade Lusíada de V. N. de Famalicão Medalha de Mérito Municipal Desportivo António Lauro Valongo Terroso (a título póstumo) Associação Cultural de Vermoim Associação Desportiva e Cultural de Novais Associação Desportiva e Cultural de Telhado Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Jesufrei Associação Recreativa, Cultural e Desportiva de Bente Futebol Clube de Vermoim JASP - Juventude Alegre de Seide São Paio Medalha de Mérito Municipal Económico Cardoso da Saudade Casa Voga Anfersil – António Ferreira da Silva & Filhos, S.A. Branco Ferreira & Martins, Lda. CETRUS – Comércio e Equipamentos, Lda. Electro Instaladora de Bairro, Lda. ENIF – Empresa Nortenha de Informação e Formação, Lda. Famasete – Tecnologia de Informação, Lda. Hidrofer - Fábrica de Algodão Hidrófilo, Lda. José Moreira Sampaio & C.ª, Lda. Macominho – Materiais de Construção, Lda. Publiduplo, Lda.
Centro Escolar de Joane abre em Setembro...
... e Centro Escolar de Ribeirão também. pub
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Afirma Ivo Sá Machado, presidente da Junta de Joane
“O poder municipal não tem sido justo para os joanenses” I v o S á M a c h a d o é a s s i m : s em p a p as n a l í n g u a , q u a n d o s e trata d e falar sob re J o ane, a fre gue sia da q ual é autarca h á 19 a n o s . J o a n e as si n a la n o d o mi ng o, 3 d e Julh o, 25 anos d e e le v a ç ão a v i la , e p o r i ss o S á Machad o assume que que r mais para a freguesia, acusando a Câma r a d e F a ma l i c ã o d e f a l t a d e inve stimen to e me sm o d e de sp re z o . P o r iss o , d e f e nd e m a is a ut o no m i a e v e r b a s p a ra r e s p o n d e r co m m ai or p r on t i d ão aos anse ios d a p op ulaç ão .
O desinvestimento municipal em Joane é algo que não se entende, sendo discricionário ao ponto de Ribeirão receber em protocolos num só ano 234 mil euros, enquanto Joane recebeu zero. Aliás, em 10 anos de PSD na Câmara, a Ribeirão recebeu em protocolos 3 vezes mais do que Joane. Se a esta realidade se adicionar o investimento directo da Câmara em Ribeirão comparativamente com Joane, então dificilmente se pode aceitar esta forma de actuar. Obviamente não está em causa o investimento em Ribeirão, que não só saúdo como apoio inteiramente. Contudo, ignorar Joane nos termos em que o actual poder municipal o faz isso é desprezo manifesto para com Joane. Mais! Perante estas evidências o Sr. Presidente da Câmara permite-se ridicularizar e fazer graçolas de muito mau gosto.
Sofifiaa Abreu Silva O P IN IÃ O P ÚBL IC A : A f re g ue sia de J oane assi nala o 25º anive rs á r i o d e e l e va ç ã o a vi l a . Q u a l é o b alanç o? IVO SÁ M ACH ADO: O balanço é positivo no que concerne à criação de infra-estruturas, bastando recuar no tempo e constatar que há 25 anos, as piscinas, em 2000, a nova E.B. 2 e 3. em 1994, a Via Inter-municipal, em 1995, os centros sociais, ainda que privados, as redes de abastecimento de água, em 1993, 1997 e 2005 não existiam. Também o saneamento, em 1997 e 2005, as redes subterrâneas de gás, Telecom e EDP, o novíssimo Centro Escolar, o
novo espaço para a feira semanal, o Parque da Ribeira (2003), para além das várias pavimentações e repavimentações ocorridas, abertura de novas vias, são evidências de qualidade de vida. Contudo julgamos que o poder municipal abusa da cen-
tralidade, não respeitando nem tendo em conta a riqueza gerada por todos os que aqui residem. Conc reti ze … Esta terra devia ter mais investimento municipal no que conpub
cerne à renovação urbana e de vias. As nossa vias, por força da colocação das redes de abastecimento de água, saneamento, Telecom, EDP e EDP gás, estão uma desgraça, sendo caso disso o eixo municipal, Avenida Pedro Hispano, que está uma lástima.
N o c a p í t u l o da s i n t e r v e n ç õ e s , q uais as mais impor tante s q ue e stão p ara aconte ce r na vila? O C en t r o E s co l a r e s t á p r o n t o… . Finalmente estará pronto para o próximo ano lectivo. Faltam os arranjos, como sejam acessos e zonas de estacionamento. Entretanto, lamento a falta de empub
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penho na resolução do Largo 3 de Julho. Esta Câmara está há 10 anos no poder e alega a situação em tribunal para não resolver o assunto do centro. Nos últimos 10 anos a Câmara teve tempo para estudar formas jurídicas ou outras para ultrapassar o assunto. O pretexto do tribunal não pode servir para tudo e julgo que há razões para avançar dada a evolução recente do processo. Falta vontade. Em te rm os e conóm ico s, a fre gue sia tem co nse gui do c ativar investime nto? Como é sabido o investimento tem-se reduzido, pese embora o investimento da COINDU e Bolama por um lado e o novo espaço para a Feira Semanal, 100% da Junta. Aproveito para sugerir que o município seja mais célere na apreciação dos processos de licenciamento, por um lado, e que de uma vez por todas avance com os planos de urbanização. Esta Câmara prometeu o Plano de Urbanização para Joane na campanha eleitoral de 2001. Dez anos depois, as peças de planeamento existentes vêm do tempo de Agostinho Fernandes. Este plano permitiria acabar com um conjunto de abusos e acelerar investimentos que se encontram parados. Com o au tarca, o que é que gostava d e ve r c o n c r e t i z a d o ? Mais autonomia e mais verbas para responder com maior prontidão face aos anseios da população. Não se trata de criar o concelho. Trata-se de permitir aos joanenses gerir parte dos impostos que pagam para o município. Por que razão não podemos gerir as verbas do IMI ou parte destas, ficando com a obrigação da rede viária por exemplo? Por que não contratualizar objectivos com a Câmara. Por exemplo 30% do IMI gerado seja destinado para beneficiação da rede viária. Quando falo em autonomia falo porque o poder municipal não tem sido justo para os joanenses. Se observassem critérios de justiça na repartição dos investimentos, a questão não se levantaria. As injustiças são gritantes e se isto não é verdade, então que a Câmara permita auditoria aos investimentos feitos e protocolos celebrados. Verão que as freguesias do PS e CDU estão a ser perseguidas. O exercício do poder municipal não é isto, nem tem de ser isto. Lamento que o PSD de Joane se ponha de joelhos para com os seus líderes, permitindo o desmando a que estamos assistir. Mas há outras me tas a ati ng ir? Quanto aos sonhos continuamos a tê-
los. Temos concretizado vários, mas o Largo 3 de Julho continua a ser um anseio. Várias ruas precisam de reabilitação urbana. O centro de saúde de raiz que permita maior e melhor acesso a cuidados de saúde, alargando-se o horário de atendimento e serviços. A nova sede de junta, o alargamento do Parque da Ribeira para os terrenos a poente e instalação de mais empresas para se combater o desemprego. A b o r d o u a q u e s t ã o d o d es em p r e go … q u a l o p a p el d a J u n t a n e s t e p e r í o d o d e c ris e ? A criação da Loja Social é a face mais visível da acção não só da Junta de Joane, mas todos aqueles que integram a Comissão Inter-freguesias. É claro que é ao nível administrativo que mais contribuímos para ajudar, não tendo meios financeiros para ir mais além. Em todo o caso, ao nível da Comissão Inter-Freguesias, julgo ser o trabalho desenvolvido apreciável. E co m o p r e s i d e n t e d e J u n t a , co m o v ê o s e q u i pa m e n t o s s o c i a i s n a f r e gu e s i a ? Graças ao Governo, instituições e à Câmara de Agostinho Fernandes, Joane teve no passado um avanço considerável. Mais recentemente, o Centro Social avançou, apoiado pelo Governo, com a nova Creche, enquanto a ATC, renovou as suas instalações com apoio governamental e Câmara. Como e ncara as cole c tivid ad e s q ue e xist e m n e s t a vi l a ? Vejo com apreensão nalguns casos, pois as dificuldades são imensas e o voluntarismo parece estar a esmorecer. O caso do Grupo Desportivo que já não é novo, é nesta data preocupante. Contudo o trabalho do movimento associativo é de louvar e merecedor da nossa gratidão. Temos um movimento associativo com dimensão, diversificado e gerador de oferta cultural, pelo que só podemos estar satisfeitos por isso. F i na lme nte , são ca da vez m ais aq ue le s q u e es c o l h e m a f r e g u e s i a d e J o a n e p a r a v iv e r ? Sim. Segundo a avaliação preliminar dos Censos 2011, teremos um acréscimo de 500 a 600 habitante, nos últimos 10 anos. Quanto às vantagens, basta verificar a oferta desta terra no que concerne ao ensino e outros serviços, para perceber que há mais qualidade de vida em Joane, do que nalguns concelhos deste país.
Programa do XXV Aniversário da elevação de Joane a vila S á ba d o, 2 d e Ju l h o 10h 00: Torneio de xadrez no Largo 3 Julho. 14 h 00: Actividades ao ar livre no Largo 3 de Julho com BTT e jogos tradicionais. 21 h 00: Animação musical no Parque da Ribeira
D o m i n go , 3 d e J u l h o 10h 00: Recepção na sede da Junta de Freguesia (hastear de bandeira). 10h 30: Lançamento da primeira pedra do corredor pedonal do Parque da Ribeira. 11h 00: Cerimónia solene do XXV aniversário da elevação de Joane a vila no Parque da Ribeira. 15h 00: XXI Festival Internacional de Grupos Infantis e Juvenis de Danças e Cantares Regionais. Actuação com o Grupo Infantil e Juvenil e Danças e Cantares de Joane, Rancho Infantil e Juventude do Fiandal – Alenquer; As Mariñas – escola de baile “As Mariñas de Cambre”; Rancho Típico Infantil de S. Mamede de Infesta e Grupo de Baile y Danza “Caporales de Málaga” da Bolívia. Animação infantil no Parque da Ribeira com insufláveis
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Considera Adelino Oliveira, presidente da Junta
“É bom viver em Ribeirão” A p e s a r d o d e s e n v o l vi m e n t o d a v i la d e R i b e i r ã o , A d e l i n o O l i v e i r a n ã o é u m h o m e m qu e s e d á to t a l m e n t e p o r s a t i s f e i t o . N ã o c ru za o s b ra ç o s p e ra n t e a s a d v e r sid a d e s , m e s m o q ua n d o o s te m p o s s ã o d e c ri se e n ã o h á d i n he i r o pa r a t u d o . A d e l i n o O l i v e i ra d i ri g e o s d e st i no s d e R i b e i r ã o d e s d e 2 0 0 9 , se m p r e n o s en t i d o de t r a ba l h a r p a r a o f e r e ce r b oa s co n di çõ e s a q u e m q u e r t r a b a l ha r e c r i a r r i q ueza na sua te rra q ue é vila h á 2 5 ano s. Sofifiaa Abreu Silva O p i n i ã o P ú b l i ca : P o d e m o s co m e ç a r p o r a q ue l a q u e s e r ia a ú l t i m a q u e s t ã o. C o m o v ê o d e s e n v o l v i m e n t o d a f r eg u e s i a d e R i b ei r ã o ? A d e l i n o O l i ve i r a : Ribeirão é uma vila dinâmica, viva, onde se sente o pulsar não só dos seus habitantes, mas também de todos os que por aqui diariamente passam e trabalham. Deste modo, sendo uma terra viva, habitada e frequentada por pessoas que sabem o que querem e que querem o melhor, o crescimento de Ribeirão tem de ser uma constante e real preocupação desta autarquia, o que é, aliás, constatado pela obra que tem sido realizada, através das diárias intervenções que se vão realizando em prol da freguesia que serve, mesmo nestes tempos tão difí-
se à água do poço, uma vez que a rede pública ainda não foi lá instalada. Somos uma equipa autárquica que se constituiu para acolher e servir todos os ribeirenses e só descansaremos quando todos os ribeirenses tiverem iguais condições de habitabilidade.
ceis e economicamente conturbados. F a l e m os d e i n f r a - e s t r u t u r as co n c r e t a s , co m o e s t á a r e d e d e s a n ea m en t o e á g u a ? Neste momento Ribeirão usufruiu de infra-estruturas básicas a nível da instalação da
rede de água e saneamento, praticamente na sua totalidade, isto é, cerca de 85% da freguesia. É já bom. Porém, para esta autarquia, não é suficiente. Não nos podemos sentir realizados enquanto observarmos locais onde os habitantes têm fossas em vez de esgotos e sujeitam-
H á a l g u m as i n t e r v e n ç õ e s e m c u r s o o u p r o j e c t a d a s p a ra o s p r ó x i m o s t em p o s e m R i b e i r ã o ? Como afirmei anteriormente, é um facto conhecido de todos os portugueses a actual conjuntura económica que o país está a atravessar e à qual Ribeirão não é alheio. Recusamos, no entanto, cruzar passivamente os braços numa atitude de resignação e abandono dos nossos sonhos. Por isso há sempre algum projecto em perspectiva pelo qual trabalhamos e lutamos por alcançar. Assim, do mesmo modo como não paramos até termos conseguido infra-estruturas como: as piscinas, o Centro Escolar que iniciará funções em Setembro próximo, a requalificação e pavimentação de várias ruas e centros habitacionais, não descansaremos também em relação a outros projectos, como a requalificação da Avenida Rio Veirão e a zona junto ao rio Veirão, a pavimentação de todas as vias ainda em terra batida, a cobertura da rede de água e saneamento da totalidade das ha-
bitações ribeirenses, um auditório… E n o pl a n o e co n ó m i co , a f r e g u e s i a t em c o n s e g u i d o ca t i v a r m u i t a s e mp r e s a s ? A resposta a essa questão não seria necessária se efectuássemos uma visita pelas zonas industriais de Ribeirão. Dá gosto vermos a área industrial de SAM, onde quase diariamente são instaladas novas empresas. Estamos certos, que esse facto é resultado das condições que Ribeirão vai conseguindo oferecer a quem quer trabalhar e criar riqueza na nossa terra. E m te rmos sociais, quais as resp o s ta s e m te r m o s d e e q u i p a me n tos qu e e x iste m na f re g ue si a? Tal como já referi anteriormente, Ribeirão é uma localidade onde, tal como o poeta diz, “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. De facto, assim tem sido no campo social, onde podemos afirmar que estamos muito bem servidos ao nível de equipamentos de apoio à infância, adolescência e terceira idade. Mais, teremos de referir que estas obras também foram realizadas graças ao trabalho da direcção do centro social, na pessoa do seu Presidente Monsenhor Manuel Joaquim Carvalho Fernandes. Foi sem dúvida uma proposta paroquial, mas pub
especial onde todos os ribeirenses arregaçaram as mangas no sentido de que a obra nascesse e o sonho fosse realizado. Mas, como o homem é sempre um sonhador, a obra vai continuar, agora com a construção de um espaço para acolhimento de pessoas dependentes. Também na área social temos um gabinete na Junta de Freguesia onde vários dias por semana uma técnica da acção social da Câmara atende todas as pessoas que aí se queiram dirigir. R i b ei r ã o é t a m b é m u ma v i l a q u e r e ú n e mui tas assoc iaç õe s… Pensamos que todas as colectividades e movimentos associativos de uma terra são sempre uma mais-valia para o seu desenvolvimento. Pensamos que tudo o que nasce da vontade do povo, de pessoas que voluntariamente se unem para construírem algo em comum, seguindo o seu sonho colectivo, tem tudo para ser um bom projecto. É por pensarmos desta maneira que, dentro do que nos é possível, colaboramos de várias formas com todas as colectividades existentes nesta freguesia, que, diga-se, não são poucas. C o m o é q u e g o s t a v a d e ve r a v i l a d e R i b e ir ã o ? Gostaria de ver todos os ribeirenses a viver bem, com todas as infra-estruturas necessárias concluídas, em primeiro lugar. Depois, ver Ribeirão ainda mais bonito, com ruas bem pavimentadas, passeios onde as pessoas possam passear, parques de zonas verdes e de lazer, onde novos e mais velhos se possam encontrar, interagir e conviver harmoniosamente. Repare, Ribeirão continua a ser uma vila em crescimento. Houve há uns anos atrás um grande movimento de
construção de prédios e urbanizações de qualidade que funcionaram como pólo de atracção para novos residentes oriundos de freguesias vizinhas onde esse desenvolvimento se verificou mais tarde.
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E m oc asi ão d e ani ver sári o, h á alg um p e d i d o q u e g o s t a r i a de f a z e r ? Gostaria de fazer um apelo aos nossos governantes, a todas as entidades com influência nas decisões, para que não deixem parar o projecto da Variante à Estrada Nacional 14. Sei que a conjuntura económica e financeira não é fácil, mas em tempos difíceis temos de saber fazer opções de investimento e estas devem ser sempre tendo em conta o bem-estar dos cidadãos e o crescimento de riqueza nacional. E f i n a l me n t e, p a r a q u e m n ã o co n h e ce R i b e i r ã o , qu a i s o s l u g a r e s qu e s ã o o b r i g a t ó r i o s vi s i t a r ? Os que tiverem a possibilidade de passar em Ribeirão, podem visitar o santuário do Senhor dos Perdões e até passar aí a tarde no recinto, ou o souto de Santa Ana no centro da vila. Pode caminhar nos montes de Aldeia Nova e Alto da Cerejeira, onde podem avistar o mar em dias de céu limpo, caminhar ao longo do rio Veirão e observar as ruínas dos antigos moinhos, passear na margem direita do rio Ave, visitar a nossa Igreja Paroquial e observar o Retábulo do Altar, uma preciosidade de arte sacra moderna. Ribeirão é uma vila em expansão, que vale a pena visitar, os ribeirenses são pessoas acolhedoras. Por tudo isto é bom viver em Ribeirão.
Programa do XXV Aniversário da elevação de Ribeirão a vila Até 1 de Julho “Artistas Ribeirenses” Exposição de trabalhos artísticos e fotografia de artistas ribeirenses na sede Sede da Junta de Freguesia
Quinta-feira, 30 de Junho 21h30: Apresentação do Livro “Escola da Portela - Ribeirão” – (Escola da Portela)
Sexta-feira, 1 de Julho 21h30: “Noite Cultural” com momentos musicais - Centro Popular de Música CCDR Peça de Teatro Grupos de Danças da Casa do Povo
Sábado, 2 de Julho 9h00: Ténis de mesa na Casa do Povo (aula aberta) II Encontro de motos antigas (com passagem em frente à sede da Junta) 14h30: Concurso de Pesca nas margens do Rio Ave com entrega de prémios pelas 19.30 horas 16h00: Mega aula de Hidroginástica nas piscinas de Ribeirão 17h00: Regime livre nos 3 tanques das piscinas de Ribeirão 18h00: Recepção aos Grupos Folclóricos na sede da Junta de Freguesia 21h00: “Noite Popular” com XXIII Festival de Folclore
Domingo, 3 de Julho 10h00: Celebração de Eucaristia por todos os Ribeirenses 11h00: Acto comemorativo do 25º Aniversário Içar das Bandeiras Lançamento de morteiros Actuação da Fanfarra dos Escuteiros Sessão Solene comemorativa no Salão Nobre Partilha do Bolo de Aniversário 14h30: Juramento de Compromisso da 5ª escola de Socorristas da Delegação da Cruz Vermelha de Ribeirão A biblioteca de Ribeirão acolherá diversas actividades ao longo do dia Nos dias 1, 2 e 3 de Julho estarão instaladas tendas onde decorrerão actividades da responsabilidade das associações de Ribeirão
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cultura
Conferência do ciclo “As Mulheres e a I República”
Ideais republicanos de Maria Veleda recordados em Famalicão
“Foge Foge Bandido” na Casa das Artes No próximo sábado, dia 2 de Julho, sobe ao palco do grande auditório da Casa das Artes o projecto “Foge Foge Bandido”. Depois dos Ornatos Violeta, dos Pluto e dos Supernada, Manel Cruz regressa aos palcos com o projecto Foge Foge Bandido. Um projecto que nasce da espontaneidade e cuja multiplicidade de instrumentos utilizados demonstra a liberdade e a predisposição de Manel Cruz e todos os músicos, amigos (pessoas e animais), desconhecidos e família com que ele se cruzou ao longo do processo de criação desta
obra. Terminado o período de encubação das canções, Foge Foge Bandido está pronto para os palcos depois de tantos pedidos e crescente expectativa. Durante 2010, Manel Cruz, Nuno Mendes, Eduardo Silva, Nico Tricot e António Serginho vão apresentar, nos auditórios e cine-teatros, os temas de «O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu Que Estraguei» em versões adaptadas ao quinteto que constitui, agora, o projecto Foge Foge Bandido. Em Famalicão é já no próximo sábado, a partir das 21h30. A entrada custa 10 euros.
Ninetydegrees na D. Maria II No próximo sábado, dia 2 de Julho, a recém formada banda Ninetydegrees vai dar um concerto no pavilhão da Escola D. Maria II. A nova formação tem como vocalista Diogo Leite, que foi finalista do programa da RTP “Operação Triunfo”. O preço do bilhete é de cinco euros e pode ser adquirido na Escola D. Maria II, no quiosque do E. Leclerc e no Pavilhão do FAC.
Vida e obra de Bordalo Pinheiro no Museu Bernardino Machado Natividade Monteiro foi a conferencista convidada
Maria Veleda, pseudónimo de Maria Carolina Frederico Crispem, dedicou-se, desde muito cedo, a causas políticas e sociais, incomodando os poderes eclesiásticos e políticos instituídos do início do século XX. A afirmação pertence à investigadora Natividade Monteiro que deu a conhecer “Maria Veleda (1871-1955), feminista republicana, pedagoga e livre-pensadora”, em mais uma conferência do ciclo “As Mulheres e a I República”, que decorreu no passado dia 17, no Museu Bernardino Machado, em Famalicão. Natividade Monteiro apresentou o percurso de vida desta mulher que foi uma das figuras maiores do feminismo em Portugal. Filha da classe média algarvia, foi influenciada pelo teatro, sonhando desde sempre em escrever peças com personagens femininas. De espírito indomável, começou aos 19 anos, a colaborar com a imprensa algarvia e alentejana, escrevendo crónicas literárias e artigos, onde defen-
dia uma educação e uma pedagogia feminista contra as superstições e o analfabetismo. Conheceu Cândido Guerreiro, do qual teria um filho, assumindo-se mãe solteira, não aceitando o convite de casamento, pois segundo ela, um casamento devia basear-se no amor e na confiança incondicionais e não no sentimento de compaixão ou de meras convenções sociais. Colocada como professora no Alentejo, em 1905 deslocase para Lisboa e em 1906 tornase professora auxiliar no Centro Republicano Afonso Costa. Converte-se aos ideais republicanos e inicia a sua colaboração em jornais como “A Vanguarda”, “ Século” ou “O Mundo”. Em 9 de Fevereiro de 1908, a seguir ao regicídio, Maria Veleda escreve um artigo intitulado “A Propósito”, no jornal “A Vanguarda” que esgotou duas edições do mesmo jornal e lhe valeu um processo-crime por abuso de liberdade de imprensa. No texto, escreveu que o “Rei provocou o seu próprio
desfecho” e que “morreu um Rei, antes ele que um homem!”. Estas palavras agradaram aos republicanos que então lhe prestaram uma homenagem. Fez parte do Grupo das Treze e criticou todos os que se serviam da República para satisfazer os seus interesses próprios, discursando contra as incursões monárquicas, defendendo o regime republicano. Escreveu e conspirou, igualmente, contra a ditadura de Pimenta de Castro. Entre 1915 e 1916 defendeu a participação de Portugal na I Guerra Mundial e aliou-se ao Partido Democrático de Afonso Costa. Fundou, em 1915, a Associação Feminina de Propaganda Democrática, com uma actuação cívica e política para passar à prática os direitos da mulher. Com a noite sangrenta de 19 de Outubro de 1921, Maria Veleda desilude-se com a República. No final da conferência, Natividade Monteiro ofereceu ao Museu Bernardino Machado o seu livro “Maria Veleda: feminista republicana, escritora e conferencista”.
O Museu Bernardino Machado tem patente, até 31 de Agosto, a exposição itinerante “Vida e Obra de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)”. Considerado um dos maiores caricaturistas e humoristas no Portugal dos finais do século XIX, Bordalo Pinheiro foi também o precursor da banda desenhada e da publicidade artística, assim como do cartaz artístico em Portugal. A exposição, organizada pelo Museu Bordalo Pinheiro, localizado em Lisboa, mostra-nos o verdadeiro artista como desenhador,
aguarelista, desenhador, ilustrador, o caricaturista social e político, o jornalista e o ceramista. A estrutura da exposição privilegia a imagem, acompanhando textos de leitura rápida e acessível com títulos apelativos para contextualizar a obra de Rafael Bordalo Pinheiro nos seus mais variados aspectos. De entrada livre, a mostra pode ser visitada de terça a sexta-feira das 10h00 às 17h30 e aos sábados e domingos das 14h30 às 17h30.
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Famalicão
Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Largo de Bragadela - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300
Famalicão
S e r vi ç o
R e f o rç o
Vale do Ave
Ser viço
Q u ar t a, 2 2
Gavião
Nogueira Oliveira Monteiro
Q ui nta, 23
Barbosa
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Central
Q u ar t a, 2 2 Q ui nta, 23 S e x t a, 2 4 S áb ad o , 2 5 Do m i ngo , 26 S e g u n d a, 2 7 Terç a , 28
Bairro Faria Riba D’ AVe Bairro Almeida e Sousa Delães Bairro
S á bad o, 25
Calendário
Do m i ngo , 26
Nogueira
S e g u n d a, 2 7
Valongo
Barbosa Joane
Terç a , 28
Gavião Ribeirão
Calendário Joane
Valongo Oliveira Monteiro
Vale do Ave
Almeida e Sousa: Covas - Oliv. Stª Maria - Telf. 252 931 365 Bairro: Av. Silva Pereira, Telf. 252 932 678 Delães: Portela - Delães - Telf. 252 931 216 Riba de Ave: Av. Narciso Ferreira, Telf. 252 982 124 Faria: Estrada Nacional 310 - Serzedelo - Telf. 252 532 346
Serviço de disponibilidade
Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 Santiago da Cruz: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612
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pĂşblica: 29 de Junho de 2011
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