Opinião Pública 1482

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opiniãopública: 21 de outubro de 2020

Investimento de 8 milhões de euros promete mudar a face da cidade

Obras de reabilitação do centro urbano já arrancaram Sob o mote “Um novo Centro. Uma Nova Cidade”, arrancam na passada segunda-feira as obras de reabilitação do centro urbano de Famalicão naquele que será um dos maiores investimentos públicos de sempre na requalificação de um espaço público citadino famalicense. Segundo a autarquia, são mais de oito milhões de euros que vão ser aplicados numa cidade mais amiga das pessoas, do ambiente e do comércio de proximidade. A intervenção vai durar cerca de um ano e vai originar inevitáveis constrangimentos e perturbações no dia-a-dia dos famalicenses, para os quais o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, pede a melhor tolerância. “O sucesso desta intervenção depende desde logo da compreensão dos cidadãos, particularmente dos que vivem e trabalham na zona de influência da obra em execução. Mas todos estes transtornos e inconvenientes vão resultar num enorme ganho pelo retorno que a obra vai trazer ao concelho, muito particularmente à cidade”. A empreitada vai abranger todo o quarteirão urbano localizado entre as praças D. Maria II e Mouzinho de Albuquerque e ruas adjacentes, dotando-as de mais e melhores zonas sociais e, simultaneamente, de mais espaços para peões e para os modos de transporte suaves, como a bicicleta. Será um “um centro urbano mais atrativo, sustentável e acessível, com mais mobilidade, mais comércio, mais estacionamento, mais ambiente, mais segurança e mais vida”, refere Paulo Cunha. No imediato, a intervenção vai originar o encerramento dos parques de estacionamento das praças D. Maria II e Mouzinho de Albuquerque e da Rua do Ferrador. Como alternativa, a Câmara aponta os parques de estacionamento gratuito do atual campo da feira (encerrado apenas às quartas-feiras) e das duas entras principais do Parque da Devesa (junto à Central de Camionagem e junto ao Citeve). Para além destes, existe ainda a opção pelo parque de estacionamento pago situado junto aos Paços do Concelho. “Vai ser intervencionada uma área vital para Vila Nova de Famalicão e para os famalicenses que merecem uma obra desta dimensão. Trata-se de um projeto de excelência que permitirá construir naquela zona

O objetivo é criar uma cidade mais “amiga das pessoas”

uma área muito qualificada para o futuro do nosso concelho”, justifica Paulo Cunha. O edil lembra que a intervenção, inserida no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, foi tema de uma ampla participação pública, tendo o projeto final contado com o contributo dos famalicenses. “É um projeto arrojado, que consideramos que vai de encontro àquilo que é a vontade dos famalicenses desde os comerciantes aos cidadãos, às pessoas que vivem na zona da cidade e a todos que a frequentam”. O que vai mudar Em linhas gerais, a intervenção vai permitir a ampliação, para norte e para sul, da Praça D. Maria II, com a supressão ao trânsito automóvel dos dois topos e a requalificação de todas as artérias envolventes que terão um perfil único de circulação partilhada, com prioridade para o peão. A Praça Mouzinho de Albuquerque, correspondente ao antigo Campo da Feira, uma área

muito degradada da cidade, será toda ela renovada com organização da área de estacionamento e valorização da margem ribeirinha do Rio Pelhe. O estacionamento, em igual número ao existente, passa a estar organizado e concentrado nos dois parques situados no centro: na Praça D. Maria II, com 107 lugares de estacionamento tarifado, como acontece atualmente, e no Mouzinho de Albuquerque, com 184 lugares de estacionamento gratuito, mais quatro do que os existentes. A esta intevrenção junta-se também a do Mercado Municipal, que criará novos espaços de convívio e comércio. “É todo um novo paradigma urbano que vai ser potenciado no núcleo central de Vila Nova de Famalicão que permitirá a fruição do espaço público com uma qualidade de vida muito superior à existente”, conclui Paulo Cunha. Refira-se que a obra tem comparticipação do Norte 2020, através do programa FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

CIDADE

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Paulo Cunha contesta decisão do Governo em aumentar Taxa de Resíduos O presidente da Câmara Municipal Famalicão escreveu ao ministro do Ambiente e da Ação Climática para demonstrar o seu degrado e desacordo pela decisão do Governo em aumentar para o dobro a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) aos municípios. Em ofício enviado no passado dia 8 de outrubro, e qual o OPINIÃO PÚBLICA teve acesso, Paulo Cunha considera que, face à atual pandemia, esta medida “é inoportuna, já que tanto os municípios, como os cidadãos ou até as empresas estão penalizados pelo acréscimo das despesas recorrentes da mesma”. O edil lembra que os municípios são “a primeira linha de apoios social” e que “o úmero de famílias que solicitou ajuda ao município de Famalicão aumentou”. Por isso, entende que esta medida é “mais um passo para diminuir o poder de compra dos cidadãos e um aumento da carga fiscal para o setor empresarial”. No passado dia 17 de setembro, o Conselho de Ministros aprovou o aumento da TGR de 11 para 22 euros por tonelada, a ser cobrada a partir de janeiro de 2021. Na missiva, Paulo Cunha solicita a “revisão desta decisão”, defendendo que o inventivo à redução da produção e resíduos e à separação e reciclagem deve ser realizado através “de um maior investimento em campanha de sensibilização e fiscalização”. O autarca famalicense argumenta ainda que “para este tipo de tomada de decisão”, os municípios deveriam ser consultados, individualmente ou através da Associação nacional de Municípios Portugueses o que não aconteceu”.

Covid 19: Famalicão com novo recorde de 106 casos na última semana O concelho de Famalicão registou na última semana (de 5 a 11 de outubro) 106 novos casos de infeção de Covid 19, o maior número até à data. Segundo os dados do boletim da Direção Geral da Saúde, atualizado por concelhos à segunda-feira, Famalicão regista, desde o início da pandemia, um total de 1021 infeções. É o terceiro concelho do distrito com mais casos, ultrapassado apenas por Braga (1819 casos) e por Guimarães (1772).

PS propõe estacionamento gratuito para apoiar comércio O Partido Socialista (PS) de Famalicão veio esta semana defender o estacionamento gratuito nas ruas da cidade para apoiar o comércio tradicional, nestes tempos de pandemia. Em comunicado, o PS diz-se solidário e preocupado com os comerciantes locais e apela ao Município que “promova ações concretas capazes de motivar os famalicenses a consumirem nas lojas do comércio tradicional do concelho”, considerando que “neste momento difícil, é fundamental apoiar o comércio local”. Nesse sentido, os socialistas famalicenses propõem que, por um período de tempo a determinar, a Câmara Municipal “torne gratuito o estacionamento nas ruas do concelho”.


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