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Um testemunho oportuno, com vara de cabido
Também o signatário do presente artigo de opinião foi seminarista, num seminário bem a sul do país. Ora, sabemos que, reza a história, nos tempos de outrora, as duas instituições mais severas do ponto de vista da disciplina e hierarquia, são as disciplinas das instituições da igreja e da hierarquia militar E, isto, se passa em quaisquer parte do mundo onde existam estas duas instituições E tal facto verifica-se, desde logo, pelo rigor no cumprimento das regras do dia a dia.
Ora, no que concerne à instituição da igreja, através dos seminários, também esta tem a sua doutrina orientadora conducente à formação dos futuros sacerdotes, nos respetivos seminários e, mesmos noutros colégios, orientados pela hierarquia da igreja Assim, estas instituições de ensino têm como princípio primeiro, preparar as pessoas livremente vocacionadas para o sacerdócio, tendo, como objetivo primeiro, naturalmente, o ensino dos prin- cípios e valores cristãos Este ensino é exercido, através da formação do indivíduo, normalmente, após a escolaridade obrigatória, (o signatário entrou no seminário aos 17anos). É imperativo dizer-se que a criança que ali entrou, aos dez, onze ou doze anos, venha a ter uma formação humana adequada e orientada, pelos prefeitos dos seminários para tanto instruídos, no crescimento natural, do indivíduo, que ali, passa a transformação natural do crescimento natural do seu corpo, como sejam as fases da puberdade, da adolescência e da própria juventude. Podemos dizer que uma das formas pedagógicas, era a existência de palestras no seminário onde estudamos Havia palestras com pessoas externas, do saber ensinar situações provenientes do crescimento natural dos adolescentes e dos jovens Assim, eram debatidos todos estes assuntos com cada grupo etário dos, então seminaristas Havia efetivamente formação humana Os, seminários, em nossa modéstia opinião, na sua grande maioria estavam preparados, para o ensino da educação integral dos futuros sacerdotes. E lembremos que estas instituições que formaram muitas dezenas de milhares de pessoas muitas das que não tendo seguido o sacerdócio, a maioria, dali trouxe na própria mochila os superiores saberes dos princípios cívicos de vida e os nobres valores de vida cristã.
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Tanto quanto sabemos, ao longo dos anos que, ali estivemos e, assim como antes ou depois, de ali estarmos, nada consta em concreto, da existência de qualquer anormalidade de quaisquer abusos sexuais, entre quaisquer membros, daquela comunidade A questão da pedofilia na igreja, vem de longe A primeira vez que ouvimos falar desta realidade, há cerca de 35 anos, denunciando, então a existência da pedofilia no seio da igreja, foi ao presbítero, Pe Mário de Oliveira, da Macieira da Lixa, então excomungado, do exercício do sacerdócio, ao tempo do então Bispo do Porto, António Ferreira Gomes Mas, no que em geral devemos dizer é que, a falta de informação da própria igreja, acerca da pedofilia, ao seu povo, se deve essencialmente aos próprios cabidos de cada uma das dioceses, onde estão comodamente, sentados os conselheiros do respetivo Bispo Na verdade, estes, de mitra bem funda, para não verem a realidade, da sua Casa, na sua maioria não participa, na verdade, transparência e clareza, privando o seu próprio bispo de uma informação séria, lúcida e com a lisura devida, por si, a todo o povo Porém, também constatamos ex adverso, uma grave omissão dos seus bispos, enquanto cúmplices deste status quo Francisco, bem tenta, mas, a renovação da igreja, continua no sagrado do confessionário e no escuro da sacristia