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Câmara apoia entidades artísticas mil euros e critica cortes do Governo
Há uma nova farmácia em Famalicão Abriu, no passado sábado, dia 18 de março, a Farmácia da Devesa, que vem marcar a diferença na cidade e no concelho e oferece um serviço diferenciado
Trata-se da primeira farmácia sustentável e com Farmadrive em Famalicão. Ou seja, a partir de agora já pode ir à farmácia sem sair do carro e num horário alargado
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Inserida na fronteira do Parque da Devesa, a nova farmácia desenvolve a sua atividade seguindo princípios de sustentabilidade, recorrendo a fontes de energia renovável como forma de energia primária e utliza materiais recicláveis na dispensa de medicamentos
“Ao trazer esta farmácia para a fronteira do Parque da Devesa, pensamos logo em contribuir para a sustentabilidade do planeta Fizemos diversos investimentos nesse sentido”, explica Hélder Mesquita, farmacêutico e proprietário
Mas não é só A grande preocupação da Farmácia da Devesa (antiga Farmácia Cameira) será sempre o atendimento atento e cuidado às pessoas “Podemos ter o melhor edifício, as melhores acessibilidades, mas o mais importante é a parte humana”, frisou Alexandra Esteves, farmacêutica e proprietária
O edil famalicense também marcou presença na inauguração e referiu que esta farmácia vem provar que em Famalicão existe inovação. Mário Passos disse que se trata de um bom exemplo a todos os níveis
Preocupada com o meio ambiente, a Farmácia da Devesa, em colaboração com a Cior, está ainda a desenvolver um sistema pioneiro de dispensa automatizada de produtos cosméticos em embalagens reutilizáveis, que será colocada em prática dentro de alguns meses
Já está aberta ao público na Avenida do Brasil, com horário alargado
O Ministério da Cultura cor tou o apoio financeiro a três companhias ar tísticas de Famalicão O assunto foi destacado na passada segunda-feira, num encontro que o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, realizou com representantes das estruturas artísticas profissionais do concelho e onde assegurou que, ao contrário do Governo, a autarquia vai manter e até reforçar o apoio a estes agentes culturais
Mário Passos reuniu com as 18 entidades de ar tes performativas que compõem a Plataforma Sobre o Palco a quem prometeu um apoio global de 528 mil euros para 2023, que significa “um ligeiro aumento relativamente ao ano passado”
“Queremos que a cultura erudita seja, cada vez mais, uma realidade em Famalicão, porque complementa a cultura popular, onde investimos também de forma muito significativa, para além das associações amadoras”, afirmou o edil, que não deixou de lamentar o cor te do apoio do Ministério da Cultura para as instituições ar tísticas profissionais do concelho
Este ano o Apoio Sustentado da Direção Geral das Artes (DGArtes) baixou de 985 mil euros/ano (com quatro estruturas apoiadas) para 385 mil euros/ano (com duas estruturas apoiadas)
“É uma redução de quase 60% relativamente àquilo que era a ex- pectativa de investimento por par te do Estado”, afirma Mário Passos, que diz não perceber as razões desta diminuição. “Parece que aqueles que mais trabalham são penalizados, porque Famalicão é uma referência nacional no que à Cultura diz respeito e quanto mais fazemos, mais somos prejudicados”, desabafa Nesse sentido, o edil famalicense prometeu aos representantes das associações artísticas que encetará esforços no sentido de sensibilizar o ministro da Cultura “para esta injustiça”
Este ano foram contempladas com o apoio anual da DGAr tes a Companhia de Música Teatral e o Instituto Nacional de Ar tes do Circo (INAC). De fora ficaram as companhias Cão Danado, Teatro da Didascália e Fértil, que perderam, no seu conjunto, cerca de 600 mil euros de apoio governamental
Companhias em risco
Sara Barbosa, da Cão Danado, companhia que está sediada nas instalações da antiga Reguladora, relatou ao OPINIÃO PÚBLICA as consequências destes cortes: “há toda uma equipa que está neste momento no desemprego, limitamos muito o número de criações e voltamos a fazer candidaturas para ver se conseguimos concretizar alguns projetos criativos” A responsável acrescenta que, neste momento, é o empenho do Município e de outros parceiros que “está a evitar que a compa- nhia
desapareça”
Cláudia Berkeley, do Teatro da Didascália, diz que, para já, a companhia “não cancelou nada”, mas houve necessidade de reescrita e de adaptação dos projetos.
“Tivemos de fazer novas candidaturas e estamos à espera desses resultados para perceber, realmente, qual é que é o impacto da falta de financiamento dos Apoios Sustentados”, acrescenta
Já Rui Leitão, da Fértil, fala em injustiça, depois de cinco anos a ter apoio da DGAr tes “Sentimos que o nosso projeto está novamente a prazo O ano passado erámos quatro pessoas na estrutura fixa, agora passamos a duas pessoas e não temos uma grande expectativa para 2024”, confidenciou, adiantando que a companhia vai tentar aguentar até dezembro, muito graças a respostas positivas que obtiveram em outros parceiros, como a Fundação Cupertino de Miranda Refira-se que a Plataforma Sobre o Palco foi criada em 2019, com o objetivo de reunir as entidades de ar tes per formativas do concelho e promover encontros de par tilha, reflexão e debate entre elas.
Foi precisamente o que aconteceu na passada segunda-feira, em que a seguir ao encontro com o edil famalicense, os representantes das entidades ar tísticas par ticiparam numa formação em “Fundos Europeus para as Artes e Cultura”, promovida pelo Município