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Rodrigo Fernandes Barbosa, John Deere
mecanização florestal o avanço tecnológico maquinário florestal
Desde o início do processo de mecanização das operações florestais, se busca a redução de custos, o aumento da produtividade e maior segurança, além da melhor eficiência energética (l/m3). Dessa forma, garantir que as máquinas florestais estejam em constante evolução é fundamental para atender às demandas do mercado em todo o ciclo produtivo.
Atualmente, temos, entre os fornecedores, vários exemplos que retratam as inovações e os avanços tecnológicos, de maneira especial, nas atividades de colheita e transporte florestal. As tecnologias embarcadas nos harvesters, forwarders e skidders, como cabines giratórias e com nivelamento automático, sistemas inteligentes de controle de movimentos da grua e lança, automação de comandos nos cabeçotes, joysticks mais intuitivos, sistemas mais ergonômicos, com balanceamento e bogie independente, além do uso da telemetria e troca de dados operacionais nas “nuvens”, definem os novos padrões operacionais, trazendo significativos ganhos de produtividade, redução de custos e, principalmente, o incremento na qualidade. Quando falamos de tecnologia, inevitavelmente temos que abordar os temas sobre conectividade e automação,
ou seja, iniciativas adotadas seguindo o conceito de “menos ferro, mais inteligência”. Acreditamos que o planejamento aliado à alta tecnologia e que temas como machine learning e análise de dados farão total diferença para o futuro das operações florestais. Cada vez mais inteligentes, as máquinas serão capazes de tomar decisões sozinhas a partir da análise de dados.
É consenso que o uso das tecnologias já difundidas, principalmente por meio da telemetria, auxilia na tomada de decisão mais assertiva, correta operacionalização dos equipamentos e redução dos custos. Porém ainda é realidade que a falta de informação e confiança das empresas do setor sobre o desempenho e funcionalidade de todo o sistema agrega um desafio aos fornecedores pela busca de inovações, na forma de entregar e garantir máxima utilização de todos as tecnologias disponíveis durante o ciclo de vida do produto.
Rodrigo Fernandes Barbosa Gerente de Marketing Florestal da John Deere
Por outro lado, estão disponíveis no mercado plataformas em real time que integram diversos serviços on-line, que ajudam a planejar, implementar e monitorar as operações, mensurar tudo que foi planejado e executado, receber mapas de produtividade e dados de operação da máquina. Além disso, também se pode agregar dados de ERPs, bem como de parceiros e até mesmo de outros sistemas de mercado. Atualmente, com a análise de dados e o monitoramento e a gestão remotos da frota, o produtor consegue se antecipar ao problema e corrigir erros, aumentando a eficiência operacional das máquinas em diversas atividades.
Uma peça-chave para transformar o sistema produtivo florestal está na conectividade, com a qual o produtor não precisará mais esperar até o fim do turno para tomar uma decisão, pois terá os dados em suas mãos para chegar a uma decisão mais assertiva, em tempo real, o que resultará em uma operação mais produtiva e rentável. Dessa forma, cada vez mais, as empresas investem em alta tecnologia e conexão eficiente entre máquinas, desenvolvendo o que há de mais moderno em serviços e soluções integradas aliado a um portfólio inovador e consistente para todos os portes e perfis de clientes.
Podemos destacar como um dos grandes benefícios da evolução tecnológica das máquinas a disponibilidade de realizar serviços preventivos ou corretivos a distância, por meio de conexão remota (escritório–máquina) habilitando a realização de reprogramação de módulos, atualizações, orientações operacionais especializadas e diagnóstico assertivo, garantindo maior disponibilidade de máquina e redução de custos operacionais.
O futuro (não muito distante) da silvicultura está na automação, para que seus produtos sejam cada vez mais inteligentes, capazes de se autoajustar e de tomar decisões sozinhos, com base na análise de dados. E isso só acontece se o produtor puder extrair todos os dados dos equipamentos e obter a máxima eficiência de todo o ciclo produtivo.
Sabemos que ainda temos um bom caminho a percorrer, mas acreditamos que os novos saltos de eficiência não virão simplesmente na renovação da frota, mas por meio da ampla utilização das tecnologias, principalmente no que diz respeito à atualização de softwares. A tendência está clara, e isso já se reflete na procura por mais informações, consultoria e suporte especializado. Além disso, o conceito de menos “força bruta” e “mais inteligência” transformará, cada vez mais, o tipo de produtos e serviços que devem ser contratados, bem como o perfil de colaboradores dentro das empresas.