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JORNAL DE BELTRÃO Francisco Beltrão, domingo, 16 de junho de 2013. Ano XXV - Número 5.075 - R$ 2,50 - Fone: (46) 3520-4000

Foto de Darce Almeida/JdeB

Foto de Flávio Pedron/JdeB

NESTA EDIÇÃO, 2 CADERNOS, 24 PÁGINAS. JdeB, O LEITOR EM PRIMEIRO LUGAR. WWW.JORNALDEBELTRAO.COM.BR

O 5º Jantar da Codorna, no Centro Social da Cango, serviu mais de mil refeições. O lucro será revertido para o Banco Ortopédico e Associação Sensibilizar. Pág. 16

Luiz Carlos M. de Oliveira, o Sarará, de 70 anos, é um batalhador pelo atletismo. Ele começou a correr em 1982 e não parou mais. Quer a adesão de mais pessoas. Pág. 14

Endividamento dos idosos preocupa Federação Foto de André Luiz Mello/Estadão Conteúdo

O endividamento dos idosos preocupa a Feappar (Federação dos Aposentados e Pensionistas do Paraná), que tem na presidência o beltronense Aécio Flávio de Araújo. Mais de 25% dos inadimplentes do país são idosos. Causas? Geralmente, após aposentar-se a pessoa passa a ganhar menos. Os gastos com a saúde aumentam. A oferta de crédito aumenta. Outras pessoas ainda usam o nome dos idosos para contrair empréstimos... Pág. 8A

PM dá tolerância zero para o som alto Perturbação do sossego é a campeã das ocorrências registradas na PM. No fim de semana o telefone não para de tocar, por reclamações de som alto. O som alto pode causar danos para a audição e problemas para a saúde. A Polícia Militar tem apreendido muitos aparelhos de som e avisa que a operação contra a perturbação do sossego não tem data para acabar. Pág. 13

Sudoeste

Arion assume o Instituto de Registro de Pessoas Fotos de Lígia Tesser/JdeB

Arion Cavalheiro Júnior, Ricardo de Leão e Claudio Bley, na reunião do Instituto de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (IrpenPR), na Churrascaria Pampeana, em Beltrão. Pág. 16

Foto de Badger Vicari/JdeB

Vista geral do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, aonde a Seleção Brasileira jogou ontem com o Japão, na partida inaugural da Copa das Confederações 2013. Depois desse jogo, somente será utilizado, para grandes eventos, na Copa do Mundo do ano que vem. A obra, que ficou muito bonita, foi totalmente construída com recursos do Distrito Federal, custou R$ 1,2 bilhão. A população de Brasília protestou: “Queremos um bilhão e 200 milhões para construir nossas casas”. Pág. 15

Professora Lorizete di Domênico, aluno Kelvin Lorini Danielli e a diretora auxiliar Jovana Dengo, da Escola Estadual João Paulo 2º. Kelvin receberá, no Rio de Janeiro, medalha de ouro, por seu bom desempenho na Olimpíada de Matemática de 2012. Pág. 8

Meurer viabiliza recursos para saúde e educação de Salto do Lontra. Pág. 3 Asfalto de Dois Vizinhos à UTFPR está em execução. Pág. 6A NRE de Dois Vizinhos reúne professores. Pág. 7A Escola de Ampere recebe alunos da África. Pág.8A A morte do dr. Willy, aos 63 anos, em Pato Branco, é uma grande perda para a psiquiatria. Pág. 14


EDITORIAL

Os elefantes brancos A expressão “elefante branco” significa uma obra cara e sem a correspondente serventia. Ou seja: uma inutilidade que, deduz-se, poderia ter sido substituída por investimentos relevantes para as pessoas, ou para a infraestrutura pública, usufruída por muita gente. O caso dos megaestádios erguidos no Brasil, para a Copa do Mundo de 2014, são os exemplos mais recorrentes e há tempos vêm sendo analisados por reportagens de todos os meios de comunicação. A previsão de que muitos deles ficarão sem razão de ser depois do evento do ano que vem é unânime. A par disso: o dinheiro dispendido é fabuloso, e não raro suspeito de mal administrado, ou A previsão de que desviado. São reiteradas muitos estádios as informações de que a previsão inicial não se ficarão sem razão cumpriu e faz-se, de ser depois do então, os famosos evento do ano que aditivos. Cabe destacar, além de tudo que já foi vem é unânime. A dito, que a ingerência par disso: o dida Fifa nesse processo todo faz com que as nheiro dispendido obras sejam aceleradas, é fabuloso, e não a despeito do atraso no raro suspeito de cronograma. Como contraste, observe-se: mal administrado, para obras estruturantes ou desviado. do país, ou para a formulação de um consenso legal — seja para a modernização dos portos, ou o código florestal —, o rol de exigências é enorme, muitas vezes com um grau de detalhamento inexistente nesse turbilhão que visa o torneio futebolístico. Aliás, seria mais produtivo que, se pensando em Copa, se investisse antes nas vias urbanas, metrô, infraestrutura. Passaria a Copa e os benefícios permaneceriam. Do jeito que está, belos monumentos estarão expostos aos olhares do povo — inclusive durante o torneio, já que os preços dos ingressos vão selecionar a plateia.

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Cartas e e-mails: O Jornal de Beltrão faz questão de publicar as cartas e/ou e-mails dos leitores mas, por problema de espaço, quando forem muito longas, ou se for resposta a outra opinião ou a algo publicado no jornal, e sempre que fogem do tema em debate, reserva-se o direito de sintetizá-las.

2 JORNAL DE BELTRÃO

Opinião

Domingo, 16.6.2013

Umas e Outras O prefeito de Manfrinópolis, Cláudio Gubertt (PP), e o secretário municipal de Administração, Vilberto Guzzi, entregaram ao deputado federal Nelson Meurer (PP) alguns projetos para serem encaminhados ao governo federal, visando a conquista de recursos para obras e programas sociais. A polêmica PEC 37, que regulamenta o poder de investigação pública, será tema de uma audiência pública amanhã na Assembleia. O evento, a partir das 17h, será coordenado pelo deputado estadual Gilberto Martin (PMDB) e terá presença de deputados federais, representantes do Ministério Público, da Polícia Civil e da sociedade em geral. De acordo com o texto da PEC 37, os promotores e procuradores do MP poderão apenas supervisionar a atuação da polícia e solicitar ações durante a elaboração de inquéritos policiais. A investigação criminal ficará como competência exclusiva das polícias Federal e Civil. De acordo com Gilberto Martin, a Polícia Civil será representada pelo delegado Jairo Amodio Estorílio, que é presidente do Sindicato dos Delegados de Policia Civil do Paraná. O MP será representado pelo promotor de Justiça Rodrigo Régnier Chemim Guimarães. O evento terá presença dos deputados federais João Arruda (PMDB), André Zacharow (PMDB) e Marcelo Almeida (PMDB). No encontro de sexta-feira em Capitão Leônidas Marques, para debater sobre as indenizações dos proprietários de terras na região da usina do Baixo Iguaçu, o deputado estadual Nelson Luersen (PDT), bem humorado, brincou com o

Prefeito de Manfrinópolis, Cláudio Gubertt, secretário municipal Vilberto Guzzi (Administração) e o deputado federal Nelson Meurer. prefeito anfitrião, Ivar Barea (PDT). “O Barea é que nem o Lula, perdeu três e agora ganhou, e vai fazer um bom trabalho, como o Lula fez.” Lula foi presidente de 2003 a 2010, elegendo também a sucessora Dilma Rousseff. Antes, o petistas havia perdido em 1989 (segundo turno para Fernando Collor, PRN) e 1994 e 1998, ambas no primeiro turno, para Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Foi notícia nesta semana: os exgovernadores Jaime Lerner (19952002) e Mario Pereira (1994) também conseguiram na Justiça o direito de voltar a receber a aposentadoria de R$ 24,8 mil que havia sido cortada pelo atual governador, Beto Richa (PSDB). Antes deles, os ex-governadores Orlando Pessuti (2010) e Roberto Requião (1991-94 e 200310) haviam conseguido reverter na Justiça a decisão administrativa de Richa. A disputa quanto à aposentadoria teve início em janeiro de 2011, quando a OAB entrou com uma ação no Supremo questionando o benefício pago a governadores e suas viúvas. O senador Alvaro Dias (PSDB) voltou a defender, no Plenário, a aprovação da sua proposta de

emenda constitucional que reduz de 18 para 15 anos a idade mínima para que o brasileiro responda por um crime na justiça. O senador apresentou argumentos que justificam a mudança do artigo 228 da Constituição, e em sua proposição analisa posições da ciência psiquiátrica, que defende a posição de que hoje em dia as pessoas conseguem compreender mais cedo os fatos da vida. O senador do PSDB do Paraná rebateu ainda argumentos dos que defendem que o artigo 228 da Constituição Federal seja cláusula pétrea: “a inimputabilidade não apresenta características de universalidade e indivisibilidade, essenciais aos direitos individuais”, justificou. Na defesa de seu projeto (que é relatado pelo senador Ricardo Ferraço, na CCJ), Alvaro Dias salientou que nas imagens veiculadas pela imprensa, verifica-se um Álvaro Dias cenário dramático de jovens, alguns até no limiar entre a infância e a adolescência, audaciosos, violentos, prontos para qualquer tipo de ato infracional e criminoso, até mesmo o de matar gratuitamente, a sangue frio.

Para frente Brasil, chega de insanidade... Neivo Beraldin Alguém está ganhando com a criação de novos muni- Gente, isso é fato, já ocorre no país, e os municípios cípios, e certamente não é a população com serviços pú- paranaenses são amostras dessa triste realidade. Se Cublicos. Quem lucra é a máquina pública, com encargos, ritiba, que é a capital, tem aproximadamente 2 milhões impostos e gastos. Esta sim vai engordar literalmente, e de habitantes administrados por uma única Prefeitura, e em conjunto estão os prejuízos e apertos administrativos os municípios da Região Metropolitana que têm menos para as prefeituras. do que isso, porque criar novas municipalidades com Quem nunca administrou ou exerceu um cargo públi- número reduzido de habitantes e que geram menos reco, mas leu as manchetes dos jornais locais ou assistiu ceita? Esta medida está na contramão do desenvolvimento aos telejornais nacionais, e achou o máximo a criação de urbano, pois hoje já existem 27 municípios, enquanto novos municípios no Brasil, visando deveríamos voltar para a década de o desenvolvimento e geração de em70, onde existiam apenas 12 municípregos, certamente não entendeu as pios — e olha que já era muito. Não é justo e nem entrelinhas deste texto-base do proAtualmente, o nosso país possui sábio existir novos mujeto de lei que poderá motivar a cria5.568 municípios, e, ao menos, meção de 400 novos municípios. tade não tem condições financeiras nicípios sem condições O texto estabelece as regras de inpara sobreviver, dependendo exclude sobrevivência, e que corporação, fusão, criação e dessivamente dos repasses federais e só irão acarretar proble- transferências constitucionais para membramento de municípios, e ainda determina que distritos podem se saúde e educação. Trata-se de uma mas administrativos. Os emancipar após a realização de um questão política, social, econômica, municípios paranaenses plebiscito. É alarmante saber que e volto a frisar que cada município são amostras dessa existe essa possibilidade, mas, o que consome 25% da receita só com carconforta um pouco é saber que o gos públicos, que significa mais vetriste realidade. projeto terá que voltar ao Senado readores, vice-prefeitos, prefeitos e antes de ir à sanção presidencial. infinitos problemas. Então, para o Sendo assim, ainda temos uma Paraná, a melhor receita seria a Prechance de "livrar" o país deste absurdo. Não se cria feitura de Curitiba ampliar suas divisas e resolver os promunicípio do dia para a noite, existe toda uma burocra- blemas dos municípios menores. Temos que debater sim, cia, verificação da viabilidade econômica, ambiental e mas sobre a estruturação das várias localidades com dipolítica dessa nova cidade. Um cálculo simples compro- ficuldades de abastecimento e atendimento às populava que não é necessário gerar novos municípios. Vejam e ções com relação aos serviços públicos. analisem de maneira criteriosa e inteligente: quando se Com a aprovação deste projeto estaremos indo na conestabelece uma média excluindo os 25% dos maiores tramão da evolução. Vamos para frente, Brasil! Chega de municípios e 25% dos menores municípios, tem-se a ceder às pressões políticas, pois certamente nos bastireceita necessária de subsistência de vida para um muni- dores dessa barbaridade existe interesse político e não cípio que atende no mínimo uma população com quase 6 uma solução para trazer avanços e desenvolvimento. mil habitantes. Não é fácil, não é uma loteria! Estamos tratando de administração, custos, gastos, encargos. Neivo Beraldin, Não é justo e nem sábio existir novos municípios sem Deputado estadual de 1987 a 2011 e condições de sobrevivência, e que só irão acarretar proatual superintendente regional do Ministério blemas administrativos, além de fazer com que os preTrabalho e Emprego feitos corram feito loucos para "socorrer" as prefeituras.


Política/Geral

Domingo, 16.6.2013 JORNAL DE BELTRÃO

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BRASIL

No final, a questão dos novos partidos será definida pela justiça, analisa Eduardo Campos Cotado para disputar a Presidência da República em 2014, o governador de Pernambuco é, ao lado dos partidos de oposição, um dos críticos da proposta. AE - O presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), afirmou acreditar que o projeto que inibe a criação de novos partidos voltará a ser discutido na Justiça mesmo que seja aprovado no Congresso. Para o socialista, mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) libere a votação do texto — suspensa por liminar do ministro Gilmar Mendes — pelo Senado, caberá à Justiça dar a palavra final sobre a constitucionalidade do texto. Campos disse que recebe “com tranquilidade” a decisão do STF de liberar a tramitação do projeto porque “decisão da Suprema Corte temos que ter, na democracia, o entendimento que cabe aca-

O entendimento é de que o governo está por trás do projeto para inviabilizar o surgimento de novas candidaturas que possam disputar o pleito contra Dilma.

Eduardo Campos, do PSB. tar”. Mas avaliou que “muitos” ministros do Supremo já “deixaram claro que uma coisa é interromper um processo de votação que estava em curso no Senado

e outra coisa é o mérito da matéria”. Cotado para disputar a Presidência em 2014, o governador de Pernambuco é, ao lado dos partidos de oposição, um dos críticos da proposta. O entendimento é de que o governo está por trás do projeto para inviabilizar o surgimento de novas candidaturas que possam disputar o pleito contra a presidente Dilma Rousseff, provável candidata à reeleição, como a de Marina Silva, que tenta viabilizar a criação da Rede Sustentabilidade. “Ao cabo da votação, continua o debate sobre a constitucionalidade, a meu ver. Então, esse assunto deverá voltar ao STF tão logo o Congresso Nacional conclua a votação no Senado”, observou o governador Eduardo Campos.

SALTO DO LONTRA

Meurer viabiliza recursos para saúde e educação “O nosso município é muito grato ao deputado Meurer por tudo o que fez e está fazendo em prol da população”, disse o prefeito Maurício Baú. Assessoria Desde que assumiram a gestão municipal em Salto do Lontra, o prefeito Maurício Baú (MD) e o viceprefeito Fernando Cadore (MD) têm contado com um aliado na busca de recursos junto ao Governo Federal. Trata-se do deputado Nelson Meurer (PP), que desde seu primeiro mandato parlamentar — ainda na década de 90 — vem apoiando o município em diversos setores da administração. Os investimentos mais recentes viabilizados através do empenho do deputado Meurer estão sendo aplicados em duas áreas fundamentais do setor público: saúde e educação. No setor da saúde estão sendo investidos mais de R$ 300 mil em melhorias nos prédios do Centro Municipal de Saúde e do Centro Odontológico.

No Centro de Saúde está sendo feita uma ampliação de 200 m², com a construção de novos consultórios, farmácia, sala para instalação do aparelho de Raio X — que já está no município —entre outras acomodações. Serão aplicados R$ 225 mil oriundos do Governo Federal através do Ministério da Saúde. A empresa vencedora da licitação é a MI Construtora da Obras Ltda e o prazo para execução é de 180 dias. No Centro de Odontologia está sendo realizada a ampliação de 69 m² com a construção de mais três consultórios, sala de esterilização e banheiro para portadores de necessidades especiais. Além disso, haverá também a reforma da atual estrutura. Serão investidos R$ 104 mil oriundos do Governo Federal através do

Ministério da Saúde. A empresa vencedora da licitação é a Construtora São Valentim Ltda e o prazo para execução é de 90 dias. Educação Na área educacional, também com o apoio do deputado Meurer, a administração municipal foi contemplada pelo Governo Federal através do Programa Caminho da Escola do Ministério da Educação com três ônibus novos. Ao todo foram investidos R$ 683,3 mil na compra dos coletivos com 48 lugares cada. Os três ônibus estão em frente à Prefeitura de Salto do Lontra e assim que toda a parte documental estiver concluída serão repassados à Secretaria de Educação. De acordo com o prefeito Maurício Baú, “o deputado Meurer sempre foi um grande parceiro de Salto do Lontra; o nosso município é muito grato ao deputado Meurer por tudo o que fez e está fazendo em prol da população. São dezenas de obras e investimentos viabilizados graças ao empenho e dedicação deste gran-

de parlamentar.” O vice-prefeito Fernando Cadore também enalteceu o apoio do deputado. “Acredito que o Nelson Meurer é um dos deputados que mais viabilizou recursos para Salto do Lontra na história desse município; nós somos muito gratos ao parlamentar por este empenho e dedicação, e nos sentimos honrados em tê-lo ao nosso lado, trabalhando conosco para que possamos fazer um grande mandato em prol de todos os lontrenses”, disse. O deputado Meurer disse que estará sempre à disposição de Salto do Lontra. “Desde que me elegi pela primeira vez como deputado sempre procurei ajudar Salto do Lontra e toda a região. O prefeito Maurício Baú, o vice-prefeito Fernando Cadore estão realizando um grande trabalho no município, e em Brasília estaremos sempre à disposição para auxiliá-los no que for necessário para que continuem fazendo uma excelente gestão e melhorem cada vez mais a qualidade de vida da população.”

EDUCAÇÃO

Última turma de pedagogos da Vizivali recebe diploma AEN - O Governo do Paraná encerrou, com a formatura de duas mil pessoas, o processo para regularizar a situação de educadores que não tiveram o diploma validado após concluir o curso de licenciatura em pedagogia na Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali). O problema se arrastava há quase uma década. A última turma a colar grau reuniu profissionais da educação que atuam na Região Metropolitana de Curitiba, na capital e no Litoral do Estado. A cerimônia foi realizada no Ginásio de Esportes do Tarumã, em Curitiba, com a presença do secretário da Educação e vice-governador, Flávio Arns, da reitora da Universidade Estadual de Londri-

na (UEL), Nádina Moreno, que realizou a formação. “É mais um compromisso cumprido para solucionar a situação de 30 mil profissionais que viveram uma verdadeira agonia por quase 10 anos”, afirmou Flávio Arns. Os cursos para complementação da formação de pedagogos foram oferecidos no fim de 2011 para 13 mil alunos por universidades estaduais em 47 polos de educação a distância que fazem parte da Universidade Aberta do Brasil (UAB): universidades estaduais do Paraná de Ponta Grossa (UEPG), de Maringá (UEM), de Londrina (UEL) e do Centro-Oeste (Unicentro). As formaturas em cada um dos polos começaram em abril.

As formaturas são etapas da regularização de 30 mil profissionais egressos da Vizivali. “A solução desse caso faz parte do nosso Plano de Governo, e vem sendo cumprido integralmente graças aos esforços da Secretaria de Estado da Educação, das nossas universidades estaduais e de outras instituições como Ministério Público e tantas outras”, afirma Arns. O Governo do Paraná regularizou a situação de cerca de 30 mil professores e profissionais da educação que cursaram o programa especial de capacitação para docência nos anos iniciais do ensino fundamental e educação infantil ofertado pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali), entre 2002 e 2004.

Como parte da solução para o caso, o Estado reconheceu os diplomas de oito mil alunos que já haviam complementado seus estudos em outras instituições de ensino superior. O governo também está trabalhando para conseguir o reconhecimento profissional de outros seis mil agentes educacionais. Ao final das novas aulas de capacitação, os professores estão recebendo diploma do curso de Pedagogia. Cerca de 90% dos formandos já atuam nas redes municipais de ensino, fortalecendo o regime de colaboração entre o Estado e as prefeituras, podendo exercer suas atividades com tranquilidade e sem qualquer ameaça de descontinuidade em suas carreiras.

Dilma ataca “terrorismo informativo” ABr - Em discurso no Complexo Esportivo da Rocinha para o anúncio de obras em três favelas do Rio, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que há “estardalhaço e terrorismo informativo” sobre a situação econômica do País. No mesmo evento, Dilma Rousseff atacou indiretamente a oposição ao dizer que “não se fazia obra para as comunidades mais pobres” no Brasil até 2003, início do governo Lula. Foi o terceiro dia consecutivo em que Dilma volta suas declarações para críticos da política econômica. Na quinta-feira, em Curitiba, tratou-os como “vendedores do caos”. Um dia antes, em Brasília, havia comparado a oposição ao Velho do Restelo, personagem de Luís de Camões na obra Os Lusíadas, considerado um pessimista. Na sexta, Dilma preferiu passar ao largo dos protestos contra o custo do transporte público em várias capitais do País e voltar seu discurso ao noticiário sobre a retomada inflacionária. “Nós jamais deixaremos que a inflação volte. Hoje ela está sob controle, ontem ela estava e continuará sob controle”, discursou. E fez um pedido: “Peço a vocês que não deem ouvidos a esses que jogam sempre no quanto pior, melhor. Críticas, todo mundo tem de ter a humildade de aceitar. Mas terrorismo, não”. A presidente afirmou que, em meio à crise econômica que “talvez seja a mais grave desde 1929”, o Brasil apresenta hoje “a menor taxa de desemprego do mundo”.

Aécio quer tirar Lacerda do PSB pensando na disputa estadual de Minas Gerais AE - O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), está sendo pressionado por dois lados para concorrer ao governo em 2014. Impelido pelo governador Eduardo Campos (PSB-PE) a disputar o governo de Minas Gerais em 2014, ele também sofre pressão no mesmo sentido do senador Aécio Neves e seu grupo político no PSDB mineiro. O PSDB até já formalizou convite para que Lacerda deixe o partido de Campos e se filie à sigla. Campos tenta montar um palanque forte em Minas, capaz de lhe ajudar a conquistar votos no segundo colégio eleitoral do país e quintal do seu concorrente tucano. Aécio busca um nome competitivo, para enfrentar em condições de igualdade o candidato petista, que deve ser o ministro e ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (Desenvolvimento). Bem avaliado na capital, Lacerda é tido por Aécio e pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) como um nome afinado com a gestão implantada desde 2003 no Estado, sob o comando do PSDB.

LAPA

Foto de divulgação da cidade histórica e turística da Lapa, no Paraná. Na edição de quinta-feira, pág. 4B, a ilustração da reportagem dos 244 anos do município teve um erro: mostrou-se a Lapa do Rio de Janeiro. “Durante a Revolução Federalista em 1894, a Lapa tornou-se arena de um sangrento confronto entre as tropas republicanas, os chamados Picapaus, e os Maragatos, contrários à República. A Lapa resistiu ao cerco por 26 dias, mas sucumbiu. O episódio ficou conhecido como o Cerco da Lapa. A batalha foi vencida pelo marechal Floriano Peixoto”.


RELIGIÃO 217

Conhecimento Todo homem deve tomar posse de um bem precioso. O conhecimento. Com ele se aprende mais sobre a realidade! Pode-se chegar à compreensão de como as coisas funcionam. O autoconhecimento deve ser a mais bela conquista da vida humana. A todos dará a possibilidade de saber sobre si mesmo e sobre os outros. Quando você se conhecer bem, nascerá a autoconfiança em sua alma e lhe acompanhará pelo resto da vida. É grande sabedoria conhecer-se, pois quem se conhece, conhece o semelhante e tem um maior conceito sobre si mesmo. Quanto maior o conceito de si próprio, maior será o conceito sobre Deus. E tudo o que temos a fazer é aumentar nosso conceito sobre Deus. Até o infinito! Muitos conhecem os princípios da ciência, suas leis, causas e efeitos... Outros sabem tudo sobre a matemática... Há os que conquistaram diversos diplomas e vários títulos... Mas não se conhecem. A aquisição de conhecimentos racionais compilados ou de informações sobre qualquer assunto, não nos abastece de autoconhecimento. Autoconhecimento é a busca da visão interior, a maneira de saber como funciona nossa mente e espírito. Por ele podemos direcionar melhor nossa fé. Suas faculdades Sua mente apresenta doze faculdades. Com elas o Infinito trabalha em sua alma. Doze grandes leis espirituais regem o homem. Você, ser consciente, comanda todas elas. Na administração interior está sua força, submersa em suas profundezas. Jesus Cristo tem dito que Ele está presente nas pessoas, logo Ele é esta força (Mateus 25, 31-46). Na história, o homem Jesus reuniu ao redor de si doze apóstolos. E os educou. Da mesma forma, você, como comandante de suas faculdades, deve educá-las para o seu benefício e salvação. Na Bíblia, no antigo testamento, encontramos os doze filhos de Jacó, o homem A Bíblia é o livro que lutou com Deus. Os da sabedoria - a doze filhos de Jacó deram origem às doze tribos de Palavra de Deus Israel. Cada tribo - e cada - e conta uma apóstolo - representa uma longa história. A das faculdades da mente. Israel saiu do Egito, a história de cada terra da escravidão, para homem em tomar posse de uma terra particular e onde corria "leite e mel". Israel pode ser entendido participante do como o homem instruído, conjunto da consciente da verdade, qualquer um de nós, como humanidade. indivíduo, mas também como Igreja comunidade. Quando alguém enfrenta um problema, a solução será "sair do estado mental, do lugar onde está" e "ir para uma nova jornada na mente". Este confronto, abandonar o estado de espírito problemático para chegar à situação desejada (o sonho realizado), ocasiona avanços e recuos, uma gigantesca luta. A luta caracteriza-se como uma viagem pelo deserto (incompreensões, desacertos, dúvidas, medos, angústias, perdas, frustrações). Esta viagem chama-se caminho da oração. Ou a subida do Monte Calvário. A Bíblia é o livro da sabedoria - a Palavra de Deus - e conta uma longa história. A história de cada homem em particular e participante do conjunto da humanidade. De começo a fim, este livro tão precioso, nos dá um amplo ensinamento sobre o homem, sobre seu verdadeiro Deus, sobre a atual e futura condição da humanidade. Trata-se de uma carta de Deus sobre cada um de nós... Nela o homem se descobre. Ela diz quem você é... E quem virá a ser! Pela sua influência e importância, foi considerada, em todos os tempos "palavra inspirada" por Deus. Segundo afirmação do próprio Deus, a Bíblia não contém erro. No sentido espiritual... Itacir Camilo Rovaris.

Hoje, fiquemos atentos às novidades Todos nós sabemos que o amor a Deus se exprime no amor ao próximo, e, graças a Ele, não nos falta, em nenhum momento da vida, um próximo para manifestarmos amor. Com certeza, hoje, de maneira especial, alguém surgirá no nosso caminho para amarmos concretamente. Fiquemos atentos, porque, nestas visitas inesperadas, quem vem é o próprio Jesus, disfarçado nos irmãos. “Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeste”! (Mt 25, 37.40) Façamos, então, o exercício de acolher cada pessoa como o próprio Jesus, independente de quem seja. Ao olharmos para alguém, digamos para nós mesmos: Jesus está escondido nesta pessoa. Vai ser um exercício de amor e de fé maravilhoso. Hoje, será um dia de lindas experiências se abrirmos o nosso coração para vivermos a novidade própria deste dia que o céu reservou para cada um de nós. Supliquemos ao Senhor a graça de fazermos o bem incondicionalmente. Luzia Santiago - Canção Nova

4 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 16.6.2013

Leituras CATOLICISMO

Leitura orante da Bíblia - Lectio Divina (2) Ler a Palavra Há uma evolução lenta. Aos poucos se passa do ato de ler para escutar a Palavra. Assim, por exemplo, Moisés cumpre sua missão mediadora entre Deus e o povo, lendo a Palavra do Senhor, que estava escrita nas tábuas da Aliança (Ex 24,7). A Lei escrita em pergaminhos, passa a ser chamada de Escritura, que quer dizer exatamente isto: - "Lei escrita para ser lida e proclamada". No Novo Testamento Jesus fala com pessoas que conhecem bem a Escritura: - "Nunca lestes o que fez Davi quando teve necessidade, e ele e os que o acompanhavam sentiram fome"? (Mc 2,25). Podemos ver nesta pergunta de Jesus já a origem da Lectio Divina. Meditar a Palavra Já nos primeiros séculos do cristianismo, a Igreja, através dos Monges, fez uma grande descoberta: é preciso meditar as Escrituras, ou seja, "ruminar". A leitura orante leva à meditação. É aí que o cristão percebe a força transformadora da Palavra, assim ele vai formando a consciência reta e clara dos apelos de Deus para poder agir perante a maldade do mundo. Meditar é parar. É tirar tempo para perceber as novidades de Deus. Meditar é mais do que ler. É colocar o ouvido e o coração à escuta. Rezar a Palavra Aquilo que é lido no Anti-

go Testamento encontra sua realização na vida e nos ensinamentos de Jesus. Os evangelhos constituem o coração de toda a Bíblia. Toda leitura orante tende a conduzir à oração. Rezar é, em primeiro lugar, um relacionamento amoroso e gratuito com Deus. A autêntica oração é sempre união com Deus. É sempre intimidade com o Criador. Os frutos da oração se manifestam ao longo da vida. A oração nos traz de novo a sensibilidade humana, muitas vezes, esquecida em nosso cotidiano. Quem reza também se compromete. Quem reza entende a dor e o sofrimento do outro. É impossível rezar e ficar de braços cruzados, sem perceber o sofrimento de tantos irmãos sofredores. A oração conduz a um apostolado fecundo. Contemplar a Palavra É necessário contemplar a Palavra, isto é, o Verbo que se encarnou, o Filho de Deus feito Homem. São João nos diz: - "Nós contemplamos a Palavra da Vida" (1Jo 1,1). Quem contempla também vai se comprometer com os valores do Reino, vai sempre mais percebendo qual é a autêntica vontade de Deus sobre sua vida. A contemplação permite o discernimento em profundidade. O próprio Jesus manda examinar as Escrituras como fonte de vida: - "Examinai as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna; ora são elas que dão testemunho de

MENSAGEM DO DIA

Buscai o Senhor já que ele se deixa encontrar A expressão “em espírito e em verdade” quer dizer que é verdadeiramente uma adoração, é uma graça de Deus e não apenas uma pessoa buscando a oração, não é resultado de uma iniciativa dela e nem do fervor dela, é graça que vem de Deus. Preciso passar para você o que está escrito no profeta Isaías 55,6: “Buscai o Senhor já que ele se deixa encontrar”. Jesus deixou-se encontrar pela samaritana. Ele estava lá como que se expondo, ela nunca se encontraria com o Senhor se Ele não tivesse se exposto e estivesse lá esperando por ela. A hora chegou e é agora. Buscai o Senhor já que ele se deixa encontrar. Muito mais do que você procurar o Senhor, Ele está se deixando encontrar. O maior desejo não é que você O busque, mas é Ele que quer encontrá-lo e esta Se expondo para que você O encontre. Uma vez que Ele se deixa encontrar, buscai o Senhor... Buscai e não perca a chance. Deseje do fundo do seu coração. O Pai está chamando e procurando verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade. Diga ao Senhor que você quer e deseja ser este adorador. Diga para Ele que você aceita esta graça mes-

Monsenhor Jonas Abib mo achando que não era digno e que não tinha capacidade para ser um adorador e que nem entendia o que era isso. O Senhor, mais do que as minhas palavras, convence seu coração: És eleito, és escolhido, és amado... É preciso dar uma resposta ao chamado de Deus. Diga a Ele: “Eu quero ser um adorador! Eu quero viver a adoração!” O tempo é um dom que Deus nos deu e nós queremos dominá-lo pensando que ele é nosso. Esse tempo em que vivemos, agora não é nosso, vamos dá-lo a Deus. Quantas vezes pensamos ser donos do tempo e nos tornamos péssimos administradores do tempo. Mas o tempo é de Deus e devemos dar a Deus o que é Dele. Virá o tempo e o tempo já chegou em que os verdadeiros adoradores lhe adorarão em espírito e em verdade. Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova

Dom Agenor Girardi mim" (Jo 5,39). O verbo "examinar" tem aqui o sentido de contemplar. A contemplação não tem nada de alucinação, desequilíbrio emocional ou até mesmo fanatismo. Não se pode forçar uma contemplação. Ela brota espontânea de uma atitude orante. Não basta pensar em Deus, é preciso unir-se sempre mais a ele. É através da contemplação que a pessoa encontra o equilíbrio interior e um estado de harmonia e paz. Neste espaço de Deus as feridas do coração vão sendo curadas. Na contemplação precisamos estar dispostos a nos assumir do jeito que somos diante de Deus. O ponto mais alto da ascese cristã é a contemplação. Coração orante e contemplativo

Eis o segredo de toda força missionária. A Lectio Divina é a base necessária de toda a vida cristã. A vida espiritual do cristão é a Sagrada Escritura lida, meditada, rezada e contemplada. Isso é compromisso de cada dia. A leitura orante não é exercício isolado do cristão, pois ele está em comunhão com toda a Igreja. Conforme Orígenes, o "cristão perfeito" é aquele que sabe ler as Escrituras. E no dizer de São Jerônimo, "desconhecer a Escritura é desconhecer Cristo". Também Santo Ambrósio pede que a leitura da Palavra de Deus seja contínua e diária: - "Tenham, diariamente nas mãos a Sagrada Escritura, a fim de adquirir o conhecimento de Cristo". Textos para oração: - 2Timóteo 3,1-17: Toda a Escritura é inspirada por Deus. - Atos 17,1-34: Os ensinamentos de Paulo a partir das Escrituras. Dom Agenor Girardi, MSC - Bispo auxiliar da Arquediocese de Porto Alegre(RS).

COMUNIDADE BATISTA BETEL

Um Amor mais do que suficiente Há um Deus apaixonado por você, que se importa com o que você está sentindo, sofrendo e vivendo. Ele entende a linguagem do seu sofrimento, e Ele é profundamente apaixonado por você! "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16 Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. Romanos 5:8 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 1 João 4:10 Mas Deus me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça. Quando lhe agradou Gálatas 1:15 A Bíblia diz que Deus nos amou de tal maneira, que entregou seu filho unigênito para que você, crendo n'Ele, não pereça, mas tenha vida. Diz que Deus prova seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós pecadores. Nunca pense que Deus não te Mas Deus quer por ser um pecador, por se demonstra seu sentir um fracassado, por achar amor por nós: que tudo que faz é lixo. Olhe bem, Ele que nos amou PRIMEICristo morreu foi RO, antes de conhecê-Lo, antes em nosso favor de acreditar que há um Deus quando ainda olhando por você. Não dê ouvidos a voz do enganador, dizendo éramos que você não presta, que se mapecadores. tar é a melhor solução, que as drogas vão te fazer mais feliz, fazer esquecer de seus problemas, que tudo é culpa sua e que se afligindo você se "punirá" pelos seus erros e se sentirá mais em paz por isso… Não tente acabar uma dor espiritual com uma física. Deus te ama com uma intensidade que seu coração não suporta, Deus te quer com uma intensidade que sua mente não entende e espera que você faça prova de Seu amor. Deus te amou no momento em que te formou no ventre de sua mãe. E mesmo que sua mãe não seja a pessoa em quem você encontra o conforto e a segurança que deveria e precisa, em Deus você certamenteE encontrará. "Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você!Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos. Isaías 49:15-16a Consegue compreender esse imenso amor de Deus por ti?! Aliança de Deus não se rompe NUNCA. Ele está hoje dizendo: Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Entregue-se a Ele em oração confessando os pecados e recebendo-o como seu único e suficiente Salvador. O mais, Ele fará. Pr Fernando Alberto Araujo


Literatura

Redação

Domingo, 16.6.2013 JORNAL DE BELTRAO

Crítica

5

Notícia

Crônica na Janela

Língua Portuguesa

Brasil, um país de livros

Jean Marcos Teixeira de Souza* Era um dia de sol forte, calor insuportável, época de fim de ano, fim de semana com a praia lotada. Sentado na areia, olhando sem foco definido para o horizonte azul, tentando achar o que pensar. É nessas horas de distração que estamos mais propícios a enxergar as primeiras coisas. No clima da praia, todo mundo se divertindo, conversando, bebendo, praticando esportes. Havia um grupo de crianças, de feição humilde, a minha frente, alegres a correr atrás de uma bola velha em direção a um par de chinelos – o gol – sem se preocupar com o resto. De repente, num rápido relance, olho para trás e vejo, em um enorme edifício, a figura de um garotinho branco como papel, observando tristemente para fora da janela. Sigo seus olhos e descubro que está olhando para as crianças jogando futebol. Observo que o edifício é requintado, todo cercado, com guardas, telas nas janelas. Olhando para essa criança, a primeira impressão que tenho é de um garoto mimado, nojento. Momentos depois o garoto desapareceu da janela. Fico cuidando para ver se o tal “engomadinho” aparece novamente, até que tenho uma surpresa. Em meio a uma escolta de seguranças, aparece uma cadeira de rodas, e sobre ela, um garoto triste, pálido, raquítico. Quando realmente percebo, é o garoto da janela. Seu olhar sério e triste para as crianças do futebol fezme sentir a pior pessoa do mundo.

O português é uma língua muito difícil. Tanto que calça é uma coisa que se bota, e bota é uma coisa que se calça. (Barão de Itararé). Este que foi jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro está repleto de razões. Ninguém é mestre e doutor por completo quando se trata de dominar a gramática do nosso idioma. Tanto isso é verdade que existem várias divergências entre eles quando se tenta aplicar suas regras. Como se isso não bastasse, certas autoridades ainda resolvem mudar as regras gramaticais pela chamada reforma ortográfica. Então as coisas se complicam um pouco, pois nem tudo mudou e as dúvidas surgem quando menos esperamos. Não vamos tergiversar sobre as dificuldades aplicativas da língua, mas mesmo se o quiséssemos, jamais aprenderíamos tudo, face à prolixidade de normas, regras e suas exceções. Vamos apenas nos ater às ciladas do idioma, no tocante a certos pronomes possessivos, pontos e vírgulas, que explicam situações embaraçosas quando transformadas em histórias. Elas foram extraídas da obra "Escrever Melhor - guia para passar os textos a limpo", de autoria das escritoras Dad Squarisi e Arlete Salvador. "O diretor de uma empresa contrata um detetive particular para investigar o sócio. - Siga o Pereira durante uma semana para saber o que anda fazendo. Uma semana depois, retorna o detetive com o dever cumprido. E conta: - O Pereira sai da sua empresa ao meio-dia, pega o seu carro, vai à sua casa almoçar, namora a sua mulher, fuma um dos seus charutos e regressa para o trabalho. O outro comenta, satisfeito: - Ah, bom. Tudo bem, então. O detetive pergunta: - Posso tratá-lo por tu? - Claro. Então vou contar a história de novo. O Pereira sai ao meiodia, pega o teu carro, vai à tua casa almoçar, namora a tua mulher, fuma um dos teus charutos e volta ao trabalho". "Três velhinhos viviam juntos. Um dia, um deles morreu. A polícia chegou para saber o que tinha acontecido. O mais falante explicou: - Ele pegou aquele livro azul e começou a ler. Empalideceu. Suou. Ficou avermelhado, depois roxo e morreu. Dois dias depois, outro do trio deu adeus à vida. A polícia voltou ao local. O sobrevivente contou: - Aconteceu a mesma coisa que da outra vez. Ele pegou aquele livro azul, abriu-o, começou a ler. Empalideceu. Suou. Ficou avermelhado, depois roxo e morreu. O delegado, impaciente, ordenou ao velhinho: - Apanhe o livro e leia. Ele seguiu a ordem. Empalideceu. Suou frio. Ficou avermelhado. Quando o roxo se anunciou, tiraram a obra da mão do coitado, fizeram-lhe massagem no coração e perguntaram: - O que tem esse livro? - O problema não é ter. É não ter. - Como assim? O livro não tem nem uma vírgula, nem um ponto, nem um travessão, nem um parêntese". Moral da história: todo cuidado é pouco com seu, sua; a ausência de pontos, vírgulas & cia. mata mais que tuberculose.

Karine Pansa* Às 9 horas do dia 9 de outubro, quando for aberta a edição 2013 da Feira do Livro de Frankfurt, o Brasil dará um grande passo para ampliar a exportação de exemplares e direitos autorais, que vem crescendo a cada ano. Nosso mercado editorial e nossas letras estarão representados por 70 escritores, um time à altura do significado de nossa participação este ano como País Homenageado da Frankfurter Buchmesse, um marco do mercado editorial da Europa e do mundo. Em função da homenagem especial, todos os caminhos da feira levarão ao Brasil, cujos escritores, editoras e livros expostos serão embaixadores de nossa cultura, contribuindo para que continuem crescendo os números relativos às exportações do setor, que são mais consistentes a cada ano: em 2010, as editoras que participam do projeto Brazilian Publishers, parceria da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e da Apex-Brasil, venderam US$ 1,65 milhão em exemplares ao exterior. Em 2011, o valor passou a US$ 1,85 milhão e, em 2012, a US$ 2,4 milhões. Foi uma expansão de 45% no período. As exportações de direitos autorais evoluíram de US$ 495 mil, em 2010, para US$ 880 mil, em 2011, e US$ 1,2 milhão, em 2012, com um aumento de, nada mais, nada menos, do que 143% em dois anos. O Brazilian Publishers As editoras existe desde 2008. Hoje, brasileiras conta com a participação de mais de 60 editoras dos comercializaram segmentos Infanto-Juvenil, aproximadamente Científico, Técnico e Pro469,5 milhões de fissional, Religioso e Obras Gerais. O programa incenlivros em 2011, tiva a venda de direitos auestabelecendo um torais e de livros, por meio da participação das editoras novo recorde de nas principais feiras inter- vendas para o setor. nacionais. Também promoO número é 7,2% ve a vinda de compradores, jornalistas e formadores de superior ao opinião ao País, faz a capa- registrado em 2010. citação dos empresários brasileiros e realiza estudos de inteligência comercial, além de iniciativas para a prospecção de mercados. A parceria CBL/Apex-Brasil foi renovada para o período de setembro de 2012 a outubro de 2014, com o aporte de R$ 3,47 milhões para investimentos na internacionalização do livro. No contexto desse programa, atuaremos fortemente em atividades promocionais em mercados como o do Chile, Angola, Colômbia, Coreia do Sul, Estados Unidos, França e México. O trabalho realizado com vistas à participação na Feira de Frankfurt 2013 é uma ação muito especial e mais um exemplo do quanto é possível fazer para a promoção de nossa produção editorial no exterior. A cidade, um dos principais centros financeiros mundiais e polo de uma desenvolvida região metropolitana, estará revestida de brasilidade, e não apenas no pavilhão de exposições! A partir de agosto, o Brasil já será tema de intensa programação, que ocupará espaços estratégicos do circuito cultural. Todas as ações voltadas à internacionalização de nossa produção editorial somam-se a outros esforços prioritários no sentido de ampliar o hábito de leitura em nosso próprio país. Esse empenho está expresso na paulatina queda de preços e em iniciativas como a Bienal Internacional do Livro de São Paulo (com 750 mil visitantes em 2012), Prêmio Jabuti, estímulo e apoio a eventos nacionais. São ações importantes, pois o livro é fiador do desenvolvimento e da justiça social. Por isso, são decisivas as estratégias voltadas à disseminação da leitura e ampliação do acesso dos brasileiros à informação e à cultura. Os números mostram que estamos avançando nesse processo. Segundo a última edição da pesquisa Fipe "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro", as editoras brasileiras comercializaram aproximadamente 469,5 milhões de livros em 2011, estabelecendo um novo recorde de vendas para o setor. O número é 7,2% superior ao registrado em 2010, quando cerca de 438 milhões de exemplares foram comercializados. Do ponto de vista do faturamento, o resultado também foi positivo, e atingiu a casa dos R$ 4,837 bilhões - um crescimento de 7,36% sobre o ano anterior, o que, se descontada a inflação de 6,5% pelo IPCA do período, corresponde a um aumento real de apenas 0,81%. Isso também evidencia a queda real dos preços. Todos esses avanços do mercado editorial brasileiro são relevantes, nos permitindo ter muito de positivo para mostrar na Feira de Frankfurt este ano. Os alemães e os visitantes de todo o mundo que irão ao evento conhecerão um pouco mais o Brasil, sua cultura, história, economia, temperos e ritmos. Perceberão, sobretudo, que também somos um país dos livros.

*Jean Marcos Teixeira de Souza é aluno do Colégio Estadual Arnaldo Busato de Verê

Entreletras

Difícil concordar com o novo acordo Por Aline Leonardo* João Pereira Coutinho, colunista da Folha de São Paulo, escreveu, dia desses, sobre o aborto ortográfico. Não, você não leu errado, é aborto ortográfico mesmo, expressão que está sendo usada em Portugal. Mas que, infelizmente, serve para o Brasil também. Lá na terrinha, diz ele, "antes do acordo, havia um razoável consenso sobre a forma de escrever português. Depois do acordo, surgiram três "escolas" de pensamento". Aqui, não sei quantas "escolas" surgiram, mas gente errando o trivial e pondo a culpa no acordo, ah, melhor deixar quieto... As situações são as seguintes: "Existem aqueles que respeitam o novo acordo. Existem aqueles que não respeitam o novo acordo e permanecem fiéis à antiga ortografia. E depois existem aqueles que estão de acordo com o acordo e em desacordo com o acordo, escrevendo a mesma palavra de duas formas distintas, consoante o estado de espírito — e às vezes na mesma página. Disse três "escolas"? Peço desculpa. Pensando melhor, existem quatro. Nos últimos tempos, tenho notado que também existem portugueses que escrevem de acordo com um acordo imaginário, que obviamente só existe na cabeça deles". E é basicamente assim que a coisa está funcionando, digo, falindo. Há poucos autodidatas em matéria do novo acordo e o pessoal, como de costume, vai dando um jeitinho, chutando a maneira certa de escrever. Afinal, pra que se preocupar? O uso das novas regras nem se tornou obrigatório ainda! Era 2012, depois 2013. Agora, ficou para 2016. Mas acredito que vão dar mais tempo pra gente se adaptar, tipo, até o Corinthians vencer mais uma Libertadores. Outro trecho: Sem surpresas, a aberração surgiu na cabeça de duas dezenas de iluminados que, em 1990, se reuniram na Academia de Ciências de Lisboa para "determinar" (atenção ao autoritarismo do verbo) como os 250 milhões de falantes da língua deveriam escrever. Qual foi a necessidade teórica ou prática do conluio? Mistério. Em todos os países de língua portuguesa, com a exceção do Brasil, respeitava-se o acordo de 1945. E nem mesmo as diferenças na ortografia brasileira incomodavam os portugueses (ou vice-versa). Nunca ninguém deixou de ler Saramago no Brasil por causa do "desacordo" ortográfico. Nunca ninguém deixou de ler Nelson Rodrigues em Portugal pelo mesmo motivo. Obs: Leia o texto de João Pereira Coutinho na íntegra em www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho

Richard Zajaczkowski, bacharel em Direito, Oficial de Justiça - Vara do Trabalho, jornalista e membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão e-mail: richard.zaja@uol.com.br

Dá-lhe Brasil! Brasil, o anfitrião, classificado sem eliminatórias. Só amistosos, enganação, que agonia, que aflição. Mas agora é pra valer, vence ou vence, não pode perder. Novos gramados, estádios colossais, com seus defeitos, é verdade, mas confortáveis e... rentáveis? Ingressos bem salgados, o povão marginalizado. Mas, enfim, no que toca pra mim, lá vamos nós confiantes, que nos respeitem os visitantes, não estraguem nossa festa na Copa das Confederações. É só o aperitivo da Copa verdadeira aquela sim dá tremedeira só de pensar em exclusão. Os talentos da bola rarearam e nossa confiança abalaram. Mas futebol tem seus caprichos. Que nem pinto no lixo tem que esgravatar, quer dizer, acreditar. Vai lá, Brasil, de amarelo ou anil, eu sou teimoso Por que não, outra vez, ser vitorioso? Ivo Pegoraro, de Francisco Beltrão

*Karine Pansa, empresária do mercado editorial, é a presidente da Câmara Brasileira do Livro.

Este espaço é destinado à literatura produzida no Sudoeste do Paraná, hoje e sempre. Mais informações pelo telefone 3520-4000, ou e-mail ivo@jornaldebeltrao.com.br


Projeto Conversando com a Reserva JdeB - Ontem o 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado recebeu a visita do 3º sargento José Livino de Paula, o Sargento Bichinho, ex-integrante da 2ª/3ª Companhia de Infantaria. Durante sua permanência no Esquadrão, Bichinho relembrou seus velhos tempos, a cozinha, seu antigo local de trabalho, agora toda reformada; experimentou os novos equipamentos do Exército Brasileiro, sendo aprovado pelo “nobre companheiro”, como lhe o denominou o comandante major Coutinho Nascimento. Em seu lugar, como chefe de cozinha, Bichinho encontrou seu ex-auxiliar Cabo Lopes que dia 1º deste mês foi promovido para 3º sargento. O comandante disse que aproveitava a oportunidade para convidar os exintegrantes da organização militar para visitar o 16º Esquadrão “Sentinela do Sudoeste”.

Comandante Major Coutinho Nascimento, Sargento Bichinho e Sargento Lopes, na cozinha do 16º Esquadrão.

Leonardo Mello completa 9 anos hoje, 16 de junho. Na quinta-feira, ele acompanhou o jogo do Marreco Futsal no Arrudão com a camisa oficial do time. Ele é filho de Neusa e Cláudio Mello.

O menino sonhador

6 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 16.6.2013

Social/Variedades

MARMELEIRO

Aqui tem história

1994, no Estádio Arrudão, jogo de veteranos entre União e Real. Na foto os dois times, o primeiro agachado é Nereu Miserski, do Jornal de Beltrão, o sétimo agachado é Vilson Rocha, de Marmeleiro.

1996, Estádio Olímpico do Grêmio, muitos marmeleirenses já foram nesse estádio. Hoje é arena do Grêmio. Na foto, Rui Machado.

ARQUIVO

Após uma rigorosa inspeção da vigilância sanitária, em 16 de junho de 1998, foram apreendidos 110 quilos de carne, em Francisco Beltrão. Na foto, as inspetoras da vigilância, Bernardete e Marizzochin, e Ivaldir Savi queimam a carne, com gasolina e pneus velhos, no lixão.

Bom dia para iniciar negócios relacionados com a indústria, e propriedades. Contudo, não deixe de olhar e zelar pelo bem de seus familiares e não fuja as suas responsabilidades e problemas. Você poderá estar pensando em uma viagem a muito planejada.

Bom período para estar mais com a família e curtir os momentos juntos. Dia neutro para os casos sentimentais e não tão bom para viajar. Cuide da saúde e previna-se contra acidentes. Você entra agora numa fase mais reflexiva.

Muita atividade física e mental você empregará neste momento. Mas no final sairá vencedor. Os meios de comunicações, transportes estão favorecidos. Contudo, evite desavenças na vida familiar e amorosa.

Indecisão para tomar atitudes. Pensamentos pessimistas, sem razão de ser. Procure animar-se. Conte com a compreensão da pessoa amada. Nervosismo exagerado, cuide-se. Extrema dificuldade no seu relacionamento com as coisas do cotidiano.

Faça tudo com originalidade e conseguirá influenciar pessoas importantes para seu progresso. Muito bom fluxo para obter sua independência financeira e a liberdade de espírito. Concentre-se mais nos seus afazeres, aproveitando a sua vitalidade física atual.

Cuidado neste dia, para não perder a confiança nas pessoas. Lucros através do conjugue ou associações estão previstos e o trabalho renderá o necessário para deixá-lo feliz. No amor, deixe que as coisas fluam normalmente.

Tome muito cuidado para que seu crédito e moral permaneçam elevados. Contudo, o fluxo denota sucesso em investigações, pesquisas e na medicina. Neutro no amor e viagens. Boas notícias poderão lhe surpreender.

Não é um dia totalmente favorável para tratar de assunto de viagens. Mas muito bom para entabular negócios e obter novos conhecimentos profissionais, para serem postos em prática. Confie em suas forças e tudo terminará bem.

Terá feliz resultados em novas associações. Um pouco de desarmonia em sua vida conjugal, mas com compreensão, tudo acabará bem. Algum mau estar proveniente de fonte inusitada. Procure ser firme e assuma uma posição bem clara diante das dificuldades.

Os negócios que tem em vista, poderão ser realizados com vantajosos lucros. Transações comerciais estarão em evidência. Agora, evite receios infundados, preocupações negativas. Excelente para o amor, assuntos familiares e o romance.

Dia dos mais benéficos para se relacionar com as pessoas de um modo geral. Poderá, também se for livre de compromissos, iniciar um romance. Não complique as suas decisões de última hora, levando tudo a um nível puramente emocional.

Algumas dificuldades, no período da manhã. Não se preocupe, pois terá uma tarde feliz e pressagiadora de êxito nos negócios no campo profissional e para tudo que está relacionado com a sua ascensão material. Evite fazer qualquer pressão junto a pessoa amada.


Social

7

Foto Lucas Slongo.

Domingo, 16.6.2013 JORNAL DE BELTRÃO

“A primeira condição para ser alguma coisa é não querer ser tudo ao mesmo tempo.” Arraiá A galera da Conti FM promove hoje, a partir das 15 horas, o 1ª Arraiá da Conti, no Challé. Ingressos na Cia do Chopp, Soba, LogBar, Pastel Mania, Farmácia Santa Helena no bairro Pinheirinho e Cantinho da Gula.

Show de cordas

Música “Paraná Lee & Os Dirigíveis” é a festa das bandas beltronenses, que acontece no Confidência Bar, dia 20 de julho. No palco: Paraná Blues, Chumbo Dirigível e Sandri Lee & Os Impossíveis.

Esta merece ir para o porta-retrato: Carine e Geraldo Cavanhari com os lindos filhos Maurício e Maria Clara. Hoje eles residem em Cascavel, mas o coração continua em Beltrão.

Privilegiadíssima, a jornalista Ligia Tesser Pereira teve a oportunidade de entrevistar o ator global Luigi Baricelli. Ele esteve há alguns dias em Francisco Beltrão participando do lançamento da nova coleção Marel, da qual ele é o garoto-propaganda. Foto Juarez Gralak.

No próximo domingo, 23, teremos um espetáculo musical no Espaço da Arte. É a primeira etapa do Projeto Sonora Brasil do Sesc, que vai percorrer o país. No palco teremos show do Quarteto Belmote. Ao som de violinos, viola e violoncelo a noite promete. Garanta já o seu ingresso no Sesc por apenas dois reais. Pra quem tem a carteirinha é de graça, mas precisa retirar o convite antecipadamente.

Hoje, dia 16 * Amilton S. Ribeiro * Amabile Luana Venzon * Ângelo Genuino Alberguini * Dionizio Carletto * Daniel Dall Orsoletta * Gabriel Zilli * Juraci Cornelius * Lidiane de Oliveira * Ney Rodrigues Silveira * Nicole Barcaro * Recieri Peccini * Tereza Zatta Valdameri * Valdecir Manica * Wolmir Ribeiro Flores * Rafael Vitor Menon Araujo Dia 17 * Cláudia Maio * Fábio Alberto de Lorensi * Giovana Muller * Isauro Dallarosa * Janete Parizotto * Jardel Loss * Juliana Emanuelli Parizzotto * Keila Stanguerlin

* Lucas S. Antonello * Maria Juliana dos Santos * Marieli Cristina Schmitz * Mônica R. A. Ceccon * Naiane Danielli * Nilton Franciosi * Rosemari Venzon * Sérgio Júnior Wosniak * Vanete Lurdes Sanagiotto Sbicigo

Antônio Manoel Arisi, dia 17.

Ronaldo e Flaviana Romani na bonita festa de Bodas de Ouro dos pais dele, Etelvino e Gema, realizado no finalzinho de maio, em Salto do Lontra. Airton José Seleski, eleito presidente do Rotary Club Novas Gerações para a gestão 2014/2015, Rafael Schultz Bahr (presidente 2010/2011), Alfonso Brusamarelo, que assume a presidência do clube no dia 25 de junho na gestão 2013/ 2014. Na foto também o Geovani Ghidolin, que é o atual presidente, e José Antonio Antunes Zanrosso, que esteve à frente do Rotary na gestão 2009/2010. A foto é da comemoração dos seis anos do clube comemorados neste mês.

Iracema e Acyr Miguel Urio estão comemorando neste mês 45 anos de casados. Parabéns!

Jorjão Macedo, comunicador da Super Jovem, aqui com a esposa Denise, está comemorando neste mês 19 anos de casa. Foi exatamente no dia seis de junho que ele estreou na antiga 105 FM. Já são praticamente duas décadas nas ondas do rádio, mas diz que quer chegar a marca dos 50 anos comunicando com a galera. Boa sorte e parabéns!


Kelvin, 13 anos, medalha de 8 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 16.6.2013 ouro de Matemática

Foto: Orlando Kissner/ANPr

JdeB - Aluno da escola estadual João Paulo 2º, de Realeza, Kelvin Gustavo Lorini Danielli, 13, do 8º ano, C, é um dos dez do Paraná medalhista de ouro na Olimpíada de Matemática de 2012. “Sempre me dei bem em matemática”, disse Kelvin. Na primeira parte da prova, foi necessário responder a 20 Kelvin Gustavo, de Realeza questões, com respostas em alternativas. Os classificados foram para uma segunda etapa, daí foram seis questões dissertativas. “Não fiquei nervoso”, relembra o estudante. As provas são lacradas, e vêm do Ministério da Educação. Além da medalha — que será entregue na semana que vem, no Rio de Janeiro —, Kelvin ganhará uma bolsa para se aprofundar no estudo. Ele ainda não sabe que vestibular fará futuramente, mas admite que poderá ser alguma coisa na área de matemática. Kelvin é torcedor do Inter, filho de Cirineu Danielli e Maria Ilena Lorini Danielli, e irmão de Kauane, 9. Quando recebeu o Jornal de Beltrão, ele estava acompanhado da diretora-auxiliar, Jovana Bocchi Dengo, e da professora Lorizete Inês Rossi di Domênico.

Governador Beto Richa fala sobre a redução da tarifa do transporte coletivo de Cascavel.

Geral BRASIL

Idosos do país sonham com a felicidade e reclamam do desrespeito dos mais jovens Abr – Os brasileiros, com mais de 60 anos, sonham em viver ao lado de companheiros que saibam compartilhar bons e maus momentos. Mas reclamam do mau humor, do egoísmo, da frieza e desrespeito com que são tratados. No Brasil, há aproximadamente 22,3 milhões de idosos, dos quais 15,5 milhões são homens e mulheres que chefiam suas famílias e fazem planos para o futuro. A conclusão está na pesquisa Idosos no Brasil, do Instituto DataPopular, entidade de consultoria. O diretor do Instituto DataPopular, Renato Meirelles, fez o levantamento de dados com base na Pesquisa Naci-

onal por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas principais cidades das cinco regiões do país, de outubro a dezembro de 2012. “São pessoas que buscam o companheirismo e, não o suporte. São pessoas que querem companhia e não gostam de ficar sozinhas, mas reclamam também da forma como são tratadas”, disse. A maioria dos idosos vive com alguém da família. Do total, cerca de 2,7 milhões dos homens e mulheres, com mais de 60 anos, moram sozinhos. Dos solitários, 1,8 milhão é formado por mulheres, enquanto 938 mil

são homens. “O mais interessante da pesquisa foi verificar que essas pessoas continuam com esperança no futuro em serem felizes ou, como em alguns casos, em voltar a ser feliz”, ressaltou Meirelles. A pesquisa destacou também o perfil por gênero dos idosos. Do total de brasileiros, com mais de 60 anos, 55% são mulheres. Elas também são maioria em todas as faixas etárias – de 60 a mais de 100 anos. Nas faixas de 90 a 99 anos, 62% são mulheres, e acima de 100 anos, elas são 75%. “De uma forma geral, todos eles reclamam de um mesmo aspecto: o egoísmo das pessoas”, disse Meirelles.

CASCAVEL

Governador autoriza a redução da tarifa de ônibus AEN - A tarifa do transporte coletivo de Cascavel será reduzida em R$ 0,10 — passando de R$ 2,60 para R$ 2,50 — a partir de 1º de julho. O decreto autorizando a redução foi assinado pelo prefeito Edgar Bueno (PDT), durante evento com a presença do governador Beto Richa (PSDB). A cidade é a quinta do interior do Estado a confirmar a diminuição no preço das passagens do transporte coletivo urbano após as desonerações de impostos e contribuições feitas pelo Estado e pelo governo federal. Londrina, Ponta Grossa, Maringá e Guarapuava também já diminuí-

ram o preço das passagens. A redução nas tarifas é resultado da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), determinada por Beto Richa, em maio, e da redução de alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o setor, decidida pelo governo federal, em junho. Edgar Bueno destacou que a iniciativa do governador Beto Richa de isentar o óleo diesel do ICMS foi o maior incentivo para as administrações municipais repassarem o benefício à população. “A redução é significativa e fará diferença

no bolso dos usuários”, disse o prefeito. Cascavel tem 52 linhas e 142 ônibus transportam mais de dois milhões de passageiros por mês. O governador Beto Richa afirmou que quando criou a lei, esperava que todos os prefeitos repassassem este benefício aos passageiros. “Tenho o prazer de acompanhar o anúncio do Edgar Bueno, que entende que é para a população que se destina esse benefício”, afirmou. “É mais uma conquista para o povo de Cascavel.” Além de maiores municípios do interior do Estado, a redução da tarifa de ônibus beneficia usuários de 81

linhas metropolitanas em 18 municípios da Região Metropolitana. Ontem, o prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira (PSB), junto com o governador Beto Richa, iria anunciar a redução das passagens na cidade. Exemplo O governador afirmou que o Paraná vive um momento especial, dando exemplo para o Brasil em eficiência, ousadia e sensibilidade dos prefeitos. “Tenho uma luta histórica por um transporte público de qualidade e mais barato. Fico feliz em poder anunciar em tantas cidades a reduçlão da tarifa”, afirmou Richa.


Domingo, 16.6.2013 JORNAL DE BELTRÃO

Ásia: Continente distante *Edson Luiz Montemezzo No feriado de 1 de maio, eu e meu companheiro Carlos Henrry Bellot Vargas, partimos para uma viagem de 26 dias visitando alguns países do continente asiático. O voo São Paulo/Istambul na Turquia durou 12 horas, chegando à noite, pernoitamos para descanso e no outro dia embarcamos no voo Istambul/Tóquio, capital do Japão, com mais 12 horas de duração. Então, com 24 horas de viagem chegamos do "outro lado do mundo".

O fuso horário é de 12 horas a mais em relação ao Brasil. Quando aqui são 10 horas da manhã, no Japão é 10 horas da noite. O primeiro impacto é a modernidade do país, com seus enormes edifícios todos com sistema anti-terremoto. Por esta razão os prédios são construídos, pelo meno com um metro de distancia um do outro para quando houver o terremoto eles não se choquem. Os templos e castelos visitados quase sempre são de madeira devido aos terremotos, por ser mate-

Modernismo de Cingapura: Três torres de hotel com um "barco" no topo. São piscinas, bares, restaurantes no 57º andar.

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Edson Luiz Montemezzo e Carlos Henrry Bellot Vargas, na Grande Muralha da China. rial mais leve. Fomos almoçar num restaurante considerado simples onde bife pequeno, uma porção de batatas custou 50 reais. Tóquio é uma das cidades mais caras do mundo. O hotel que ficamos tinha 45 andares e 1.441 apartamentos. A maioria dos japoneses professa a religião Xintoísta, que cultiva a natureza, a vida material. Também há os Budistas, que acreditam numa vida depois da morte, alcançando o paraíso. Dizem que todos os japoneses são xintoístas de noite para tomar saquê e fazer tudo o que querem e budistas de dia para alcançar o paraíso. O Japão é o país que

mais tem feriados, pois como o povo trabalha muito, o governo cria feriados para que o povo descanse. A taxa de suicídio entre jovens adolescentes é a maior do mundo, pois os mesmos tem tudo, não tendo mais ambições, apenas ser o melhor aluno e quando não consegue se suicida. A grande Tóquio tem 32 milhões em 30 Km² e o país tem 137 milhões, mas com um detalhe numa área diminuta. Fomos de Tóquio a Quioto de trem bala, que viaja a 300 Km por hora. A composição com 16 vagões, cada um com 100 passageiros. O mais interessante é que os trens bala são

Edson e Carlos em templos budistas, em Bangkok - Tailândia. usados principalmente para transporte urbano, pois muitos trabalham distante 100 KM de suas casas. Quando estávamos na estação, em 15 minutos passaram seis trens bala. Já na China, na cidade de Pequim, estivemos na cidade proibida, que é o Palácio Real, onde nenhum chinês que não pertencente à casa real podia entrar, daí o nome. A Grande Muralha, única obra que pode ser vista da lua, tem 6 mil KM de extensão, por 5 de largura e 8 de comprimento, atravessando montanhas e planícies.

À noite fomos a rua principal de Pequim, um belo calçadão onde em barraquinhas extremamente limpas, comemos, no espetinho, escorpião, casulo do bicho da seda, cigarra e cobra. Havia também aranha carangueja, gafanhoto e outros animais. Prova que a China realmente evoluiu e se tornou moderna, no mesmo calçadão, dois homens, da nossa idade, estavam passeando de mãos dadas e não eram efeminados, mas com aparência masculina. * Edson Luiz Montemezzo é beltronense e procurador federal em Curitiba.


PDE e CGE selecionam 10 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 16.6.2013 pedagogos e professores

Concurso público da UFPR A Universidade Federal do Paraná (UFPR) abriu concurso público para provimento de cargos da carreira de Técnico-Administrativo. O concurso oferece 37 vagas para cargos de níveis médio e superior, com salários de até R$ 3.138,70 por carga horária de 20 a 40 horas semanais. Cargos: Edital N° 118/2013: Psicólogo; Edital N° 119/2013: Auxiliar de Enfermagem; Edital N° 120/2013: Arquiteto e Urbanista, Biomédico, Estatístico, Jornalista, Médico/Cardiologia/Ecocardiografia, Médico/Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Nutricionista e Assistente em Administração; Edital N° 121/2013: Engenheiro/Civil. A inscrição deverá ser feita até as 16 horas do dia 21 de junho, mediante o preenchimento do formulário de inscrição, disponível nos sites www.nc.ufpr.br e www.progepe.ufpr.br. As taxas são de R$ 39 e R$ 78.

GESTÃO DE PESSOAS

Equipe feliz! Saber se relacionar com as pessoas e ter um bom Quociente Emocional tornou-se tão importante quando o Quociente de Inteligência. Ter conhecimentos e habilidades para ser eficiente no trabalho não é suficiente se o profissional não conseguir se relacionar bem com equipe. Aprender a lidar com pessoas diferentes, opiniões contrárias Melissa Faust e comportamentos que julgamos não ser o mais adequado ao ambiente de trabalho requer paciência e empatia. Afinal, manter um ambiente de trabalho harmonioso é fundamental para a produtividade. Ômar Souki, em sua palestra "Emoção é poder", enumera 5 habilidades fundamentais para todo profissional que precisa conviver bem em sua equipe de trabalho: - Identificar emoções: quando ocorre um conflito interpessoal, é preciso tomar distancia dos fatos para entender melhor o que está acontecendo e entender o ponto de vista do outro. Por exemplo, quando um cliente faz uma reclamação de forma exaltada, precisamos manter a calma e avaliar a razão pela qual o cliente está tão insatisfeito, para que seja possível propor uma resolução coerente ao fato. Pois no calor de uma discussão, facilmente levamos para o lado pessoal, não usamos da empatia e deixamos de tomar decisões adequadas. - Administrar as emoções: envolve a nossa capacidade de resposta aos estímulos que recebemos. Quando conseguimos aumentar o espaço entre o estímulo e a resposta, conseguimos pensar antes de responder, estamos aumentando nossa habilidade de resposta e isso nos confere liberdade, pois conseguimos responder de forma mais coerentes com nossos objetivos. - Saber como motivar-se para ação e como motivar as pessoas: mantendo um estado de fluxo, com a energia focada nos resultados, mantendo-se produtivo e influenciando as pessoas ao seu redor a também focar nos resultados. - Identificar a emoção das outras pessoas: as palavras expressam apenas 7% da intenção e da emoção. Os outros 93% referem-se à linguagem não verbal, a tonalidade da voz, a maneira de falar, a expressão facial. Por isso, para identificar a emoção das outras pessoas é preciso aprender a ler seu comportamento, como uma mãe identifica que o filho não está bem apenas pela sua maneira de falar ou agir. - Administrar relacionamentos: ter iniciativa para manter a sua rede de contatos, para buscar a harmonia no ambiente de trabalho e ser resiliente ao enfrentar problemas. Muitas pessoas se prejulgam como "pavio curto" e dizem "eu sou assim mesmo", mas é importante ter humildade para admitir que é preciso mudar porque este comportamento não nos favorece. Aprender a lidar com pessoas não é uma missão fácil, são para pessoas que estão dispostas a quebrar paradigmas, e viver com mais liberdade. Quando conseguimos analisar as situações, aumentando o tempo de resposta ao estímulo, conseguimos manter o foco no que é importante, na harmonia do ambiente, no resultado, e ser resiliente. Saber orientar as pessoas e influenciá-las a também mudar é a características de líderes das maiores e melhores empresas do mundo. Grandes empresas possuem grandes líderes, que sabem orientar e monitorar sua equipe, tornando-a uma equipe produtiva, sinérgica, e principalmente: feliz! Pense nisso e sucesso!

Melissa Faust Administradora, especialista em Recursos Humanos, palestrante e consultora empresarial. E-mail: melissa_faust@hotmail.com

A Polícia Rodoviária Federal liberou novo edital de concurso público

Da assessoria A Polícia Rodoviária Federal publicou o aguardado edital 1/2013 para realização de concurso público destinado ao provimento de vagas e formação de cadastro de reserva no cargo de Policial Rodoviário Federal, padrão I da Terceira Classe. Sob a responsabilidade do Cespe/UnB, o certame oferece 1.000 vagas, sendo 50 delas para candidatos com deficiência. Para concorrer a uma dessas vagas, o candidato precisa ter curso de graduação de nível superior em qualquer área e Carteira Nacional de Habilitação de, no mínimo, categoria "B", além de atender a outros requisitos. Dentre as atividades inerentes ao cargo, estão a realização de ativi-

Foto de divulgação.

Da assessoria - A Coordenação Estadual do Programa de Desenvolvimento da Escola (PDE) e a Coordenação de Gestão Escolar (CGE), vinculadas à Diretoria de Políticas e Programas Educacionais, selecionam pedagogos ou professores com Mestrado ou Doutorado em Educação para integrar suas equipes. Os candidatos devem ter vínculo QPM (Quadro Próprio do Magistério), disponibilidade de 40 horas e residir em Curitiba. Os interessados devem enviar currículos até o dia 20 de junho para o e-mail: pde@seed.pr.gov.br .

Emprego

O período de inscrições será de 24 de junho e 8 de julho.

dades de natureza policial envolvendo fiscalização, patrulhamento e policiamento ostensivo e o atendimento e socorro às vítimas de acidentes rodoviários. O subsídio inicial mensal é de R$ 6.106,81 para o cumprimento de uma jornada laboral de 40 horas por semana.

Concurso público do Colégio Militar de Curitiba Da assessoria Está aberto o concurso público para contratar professores do ensino fundamental e médio do Colégio Militar de Curitiba regido pelo Regulamento nº 001/ 13-CMC. A remuneração total oferecida pode chegar a R$ 8.422,77, dependendo da titulação do profissional, que cumprirá 40 horas semanais. São nove vagas de nível superior. As inscrições devem ser feitas até amanhã, 17 de junho, através do site: www.nc.ufpr.br, mediante

o pagamento de taxa no valor de R$ 95. Estão sendo ofertadas duas vagas para professor de Ciências Físicas e Biológicas, duas para Educação Física, uma para Física, duas para Inglês, e duas para Matemática, sendo uma vaga para deficiente físico. O edital completo e outros documentos podem ser acessados pelo endereço: h t t p : / / w w w. n c . u f p r. b r / concursos_externos/ c m c 2 0 1 3 / center_cmc2013.htm

CRTR abre concurso público Da assessoria O Conselho Regional de Técnicos em Radiologia 10ª Região (CRTR), no Paraná, por meio do Instituto Quadrix de Tecnologia e Responsabilidade Social, abriu concurso público destinado a formação de cadastro de reserva do quadro de pessoal do CRTR-PR. As vagas ofertadas são para os cargos de auxiliar de serviço geral, agente administrativo, agente fiscal, técnico em contabilidade, advogado e contador (níveis fundamental, médio e superior), com salários va-

riados de R$ 779,66 a R$ 2.279,12. O candidato aprovado terá jornada de trabalho semanal de 40 horas para todos os cargos. O contrato de trabalho se dará pelo regime celetista, ou outro que vier a substituí-lo. Será admitida a inscrição exclusivamente via internet, no endereço eletrônico www.quadrix.org.br, solicitada até o dia 11 de julho. Taxas: R$ 30 para o cargo de nível fundamental; R$ 40 para nível médio e R$ 55 para nível superior.

Concurso público da UTFPR de Francisco Beltrão Da assessoria A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) abriu concurso público visando o provimento de seis vagas para o cargo de professor do magistério federal. Os candidatos devem ter nível superior em Química, Engenha-

ria, Engenharia Química ou áreas afins, além de Doutorado. O salário é de R$ 8.049,77 por jornada de trabalho no regime dedicação exclusiva. As inscrições devem ser feitas até 20 de junho, pelo site www.utfpr.edu.br. A taxa é de R$ 200.

Vagas de estágio nos Correios Da assessoria A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), por intermédio da Diretoria Regional do Paraná, abriu processo seletivo para estagiários de níveis médio e superior incompleto. Ao todo, são 123 vagas disponíveis além de formação de cadastro para as cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel, Maringá

e Londrina. Os salários vão até R$ 711,95. A jornada do estágio será de 20 horas semanais. Os interessados em participar deste processo seletivo devem preencher a ficha de inscrição que está disponível no site dos Correios (www.correios.com.br/institucional/concursos/correios), até 28 de junho.

Para garantir a participação, o interessado deverá fazer inscrição somente via internet, no endereço eletrônico http:// www.cespe.unb.br/concursos/dprf_13, no período entre 24 de junho e 8 de julho. A taxa de inscrição é de 150 reais. Os candidatos inscritos serão avaliados em duas eta-

pas distintas: a primeira compreenderá as fases de provas objetivas, prova discursiva, exame de capacidade física, avaliação de saúde, avaliação psicológica, investigação social e (ou) funcional e avaliação de títulos, todas de responsabilidade do Cespe. Todas essas fases e a perícia médica dos candidatos que se declararam com deficiência serão realizadas nas 26 capitais dos estados da Federação e no Distrito Federal. A segunda etapa será composta pelo Curso de Formação Profissional, de responsabilidade compartilhada entre PRF e Cespe. O edital completo e outras atualizações podem ser acessados na página do Cespe/UnB (http:// www.cespe.unb.br/concursos/dprf_13).


Geral

Domingo, 16.6.2013 JORNAL DE BELTRÃO

Tolerância zero com o som alto Uma das ocorrências campeãs de registro no 21º Batalhão da Polícia Militar de Francisco Beltrão é a perturbação do sossego. Por Niomar Pereira Tem um tipo de agressão que o cidadão sofre que é imperceptível aos olhos humanos, mas causa tanto estrago quanto uma forte pancada no estômago. Isso mesmo, o termo é pejorativo, entretanto, de que outra forma é possível descrever algo que atormenta tanto quanto o som alto? Uma das ocorrências campeãs de registro no 21º Batalhão da Polícia Militar de Francisco Beltrão é a perturbação do sossego, motivada, na imensa maioria, pelo barulho excessivo de poderosos aparelhos de som em festas noturnas e aglomerações de jovens. Mas não é só isso, as batidas pulsantes dos meios de produção estão afetando diretamente a qualidade de vida das pessoas. A sociedade não sabe mais contemplar o silêncio. Uma forma insidiosa de violência David le Breton, professor de sociologia na Universidade de Estrasburgo (França), em artigo para o jornal O Estado de S. Paulo, observa que " a vítima do barulho se sente expulsa da própria casa, invadida, seu espaço interior destruído. Ela é forçada a recuar até suas últimas trincheiras, e o barulho se impõe então

Aparelhos de som apreendidos pela Polícia Militar nos últimos dias. Operação contra perturbação do sossego não tem data para acabar. como uma forma insidiosa de violência". Em São Paulo, há poucos dias, um empresário matou um casal de vizinhos e depois cometeu suicídio por causa de uma discussão decorrente do barulho. Para o antropólogo, há um sentimento de impotência da pessoa que se encontra à mercê do barulho e também seu sentimento de não poder suportar tamanha

invasão de si. Segundo ele, o barulho se difundiu com o nascimento da sociedade industrial e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada. "O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas com a penetração ampliada do barulho na vida cotidiana e com uma crescente impotência para controlar os excessos."

regulamentação e a fiscalização são essenciais para fazer valer o disposto no artigo 225 da Constituição de 1988: "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações".

Silêncio: uma mercadoria cara. O sociólogo Adilson Alves, professor da Unioeste de Francisco Beltrão, vai mais longe e percebe que o ar puro, o verde e o silêncio converteram-se, no inicio deste século, em mercadorias urbanas disputadas e caras. "Se durante os séculos 19 e 20 essas 'amenidades' eram pouco valorizadas e, em alguns casos, sinal de atraso. Na atualidade elas são disputadas e oferecidas como diferenciais para justificar o aumento dos preços dos empreendimentos imobiliários." O sociólogo explica que a Revolução Industrial colonizou os espaços com suas máquinas, ruídos e poluição. "A crescente consciência ambiental e a percepção dos desconfortos das poluições são umas das causas dos novos conflitos sociais como no caso das manifestações turcas, cujo estopim foi a defesa de uma área verde ou de conflitos interpessoais como o caso envolvendo vizinhos em São Paulo que terminou tragicamente." Adilson observa que também em Francisco Beltrão são perceptíveis os sinais da rápida degradação da qualidade ambiental e essa perda é produto das diversas fontes de poluição sendo a sonora uma das mais evidentes. Na opinião dele, a

Barulho e os problemas de saúde. A fonoaudióloga Marlei Parisotto, da área de segurança e saúde no trabalho do Sesi/ Senai, afirma que a perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados é o agravo mais frequente à saúde dos trabalhadores. A exposição a ruídos superiores a 80 decibéis, de forma intensa e contiínua, pode levar a uma perda gradual e progressiva da acuidade auditiva. A profissional ressalta que as pessoas que estão expostas a níveis de pressão elevados devem se proteger com protetor auditivo e fazer exames periódicos. "A fim de que se possa detectar qualquer agravamento dos limiares auditivos, que por ventura possam surgir e assim tomar a ação mais indicada a cada caso." Para manter a qualidade auditiva, ela orienta que é fundamental que se evite locais com muito barulho, além de manter o volume dos aparelhos eletrônicos em níveis baixos. "Se os seus fones de ouvido estiverem tão altos que alguém próximo consiga ouvir a música, você está exagerando. Procure ficar longe das caixas acústicas em shows e fechar as janelas do veículo em locais de trânsito barulhento." Conforme disse, o som alto con-

Polícia Militar cria a "patrulha do som"

Capitão Rogério Pitz, comandante da 1ª Cia da PM. JdeB - O comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar, Capitão Rogério Pitz, conta que nos finais de semana o telefone da corporação toca incessantemente, registrando uma reclamação atrás da outra por perturbação do sossego. "Não há como quantificar, contudo é uma das ocorrências que mais se intensificam a partir da sexta-feira." Devido ao clamor popular por uma solução, a Polícia Militar criou a "patrulha do som" que é composta por cinco policiais e tem como objetivo o trabalho de fiscalização do volume dos aparelhos de som. Cinco policiais militares, dois trabalham à paisana. Com roupa comum e viaturas descaracterizadas, eles vão até os pontos onde são registradas as maiores reclamações e anotam placas, fazem filmagens e acionam os outros três policiais. Estes chegam fardados, fazem prisões e recolhem aparelhos e alto falantes de automóveis. "Desta maneira, atacamos o problema especificamente e as outras equipes, que estão atuando nas ruas, ficam livres para atenderam outras ocorrências

como Lei Maria da Penha, furtos, roubos, acidentes de trânsito etc.", diz Pitz. A atuação da patrulha do som é direcionada para veículos que estão em vias públicas, estabelecimentos comerciais, postos de gasolina, chácaras. Quando a festa está acontecendo em uma residência, a equipe vai até o endereço e orienta o dono da casa a diminuir o volume. "Se ocorrer nova reclamação ou, no primeiro momento, a pessoa se recusar a baixar o volume, o som é apreendido e o proprietário irá responder a processo crime", explica. A Lei de Contravenções Penais, no artigo 42, diz que perturbar alguém com algazarra, gritaria, com som alto ou qualquer outro instrumento, independente do horário, estará infringindo a lei. "Um vigia que trabalha a noite toda, chega em casa as 7h da manhã e o vizinho liga o som no último volume, não o deixando descansar, estará cometendo uma infração penal. O que se convencionou socialmente, é que até às 22h se tolera o som um pouco acima do normal, mas sem exageros. A Polícia Militar nao é contra o uso de som, nós estamos defendendo a sociedade que clama por isso." Quando a PM prende em flagrante o veículo é rebocado e o proprietário tem que retirar o som do carro. O equipamento deveria ser encaminhado ao Fórum da Comarca, mas como não há um depósito, todo o material está guardado da sede do 21º BPM. O Ministério Público informou que dará perdimento e os equipamentos deverão ser destruídos em praça pública.

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tínuo pode provocar insônia, estresse, depressão, perda auditiva, agressividade, perda de atenção e concentração, perda de memória, dores de cabeça, aumento da pressão arterial, cansaço, gastrite e úlcera, queda de rendimento escolar e no trabalho a surdez.

Descansar é uma questão de sobrevivência. De acordo com o psicólogo Roberto Florentino, para conseguir sobreviver no dia seguinte, o ser humano tem como necessidades básicas alimentar-se e dormir. O cérebro precisa descansar para processar a memória de longo prazo. Para os mais jovens, até 21 anos, é no sono profundo que é liberado o hormônio do crescimento. Florentino alerta que quaisquer privações extremas de comida ou de sono, podem provocar desorientação mental, transtornos de ansiedade, ou episódios de pânico. "Nos casos clássicos de tortura, além da violência física e psicológica, é suspensa a alimentação e impedido ou interrompido de forma sistemática o sono, para enfraquecer ou confundir a pessoa. No dia a dia acredito que não se chega a esses extremos, mas os prejuízos são proporcionais ao tempo de exposição, à intensidade do barulho e à possibilidade ou não de reagir ou de resolver o problema. O lado emocional pode sofrer com o sentimento de impotência, de não ter a quem recorrer, de não conseguir resolver o problema, transformando-se em fator de estresse." Conforme explica, um organismo exposto continuamente ao mesmo fator estressante, seja um barulho excessivo ou incontrolavel, ou qualquer outro fator repetitivo, tende a ficar mais sensível, e cada vez irritado mais facilmente, podendo ser levado a soluções de enfrentamento ou fuga, cada vez mais radicais.

Sociedade esqueceu o valor do silêncio. O padre Geraldo Macagnan, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora da Diocese de Palmas/ Francisco Beltrão, entende que o mundo atual, com seu ritmo de correrias e sobressaltos, com suas mudanças e uma voragem de atividades, com uma busca insaciável de prazer e uma necessidade de ser reconhecido por aquilo que faz, apresenta-se a cada dia com mais evidência, que o silêncio é algo que parece estar sendo esquecido, perdendo assim a pessoa humana um importante âmbito na realização pessoal. "No entanto, poucos aspectos da vida podem oferecer um clima tão apropriado para construir ou reconstruir o interior e o exterior da pessoa como o silêncio. Parar, refletir, mergulhar para dentro de si, faz com que a pessoa humana encontre-se em paz e harmonia, para enfrentar o dinamismo do mundo em que vive. O silêncio permite a escuta e ao mesmo tempo apresenta respostas; permite encontro e ao mesmo tempo a experiência da solidão; permite a reflexão para discernir entre o que é supérfluo e indispensável para a vida." Para ele, não ter tempo para silenciar por alguns instantes durante o dia, é entrar num dinamismo onde se contempla o "fazer" esquecendo a dimensão do "ser". No contexto atual, multiplicam-se festas, aumenta-se o barulho, sons desproporcionais, tudo isso para afirmar a era do vazio, onde com medo de encontrar-se consigo mesmo, a pessoa humana busca nas mais diversas alternativas, inclusive no barulho ensurdecedor, uma resposta que ele procura, mas que não quer encontrar a verdade. Portanto, o silencio é o caminho que conduz a pessoa humana para um verdadeiro encontro, com ela mesma, descobrindo o verdadeiro sentido de sua existência.


Dr. Willy, uma grande perda 14 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 16.6.2013 para a psiquiatria Aos 63 anos, faleceu em Pato Branco nesta quinta-feira, de AVC. A morte repentina do psiquiatra Willy Oppermann, aos 63 anos, nesta quintafeira 13, em Pato Branco, deixou muita gente sentida e pacientes até desamparados, em todo o SuDr. Willy Oppermann doeste do Para3.3.1950 a 13.6.2013 ná e Oete de Santa Catarina. Ele era um dos profissionais mais conhecidos e que, ao longo de mais de 30 anos, formou talvez a maior clientela na região. Pra se ter uma ideia, somente do CRE, seu cadastro tinha mais de 60 mil pacientes. E ele morreu num dia normal de trabalho, segundo relata a esposa Leonilse Bocasanta Oppermann: “Foi bem de repente”. Dr. Willy trabalhou de manhã. Ele costumava sestiar após o almoço. A esposa, que é professora, já tinha saído para o trabalho. A empregada notou que ele demorava para levantar, pensou que ele tivesse dormido. Na verdade, estava sofrendo um AVC hemorrágico. “Ele morreu dizendo que não sabia o que estava acontecendo com ele”, relata a esposa. Apesar da perda e do choque pela morte súbita, Leonilse diz que está bem. “Estou bem porque sei que ele cuidou muito de todos nós e ele não iria querer me ver desesperada. Quanta gente ele cuidou, quantos ele tirou do suicídio!” O que conforta a família é que Dr. Willy viveu intensamente seus 63 anos e ajudou muita gente. “Claro que ele era tudo pra mim, era meu marido, meu companheiro, meu amor; a gente sempre se entendeu muito bem; ele sempre foi muito mente, muito equilíbrio; ele tinha uma doença genética nos ossos, era frágil de ossos, mas sua mente era muito boa, ele era muito equilíbrio”, relata a esposa, que se conforta acrescentando que “a gente está de passagem e (a morte dele) foi uma grande perda para a psiquiatria, ninguém conhecia tanto como ele”. Dia 16 de julho, Willy e Leonilse completariam 30 anos de casados. O casal tem quatro filhas: Kathryn, psicóloga; Kellyn, advogada; Ketherlyn, médica; e Kenselyn, farmacêutica. (I.A.P.) Frases do Dr. Willy Em setembro de 1999, a entrevista da Gente do Sul (revsita editada pelo Jornal de Beltrão de 1994 a 2002) foi com o dr. Willy Oppernamm. O título era “Depressão pode levar ao desemprego e à morte”. Algumas frases destacadas:

“Depressão: um tem mais desconfiança, outro tem mais insônia, outro come mais, outro bebe mais, uns não têm vontade de levantar da cama, outros têm ansiedade demais, não conseguem ficar quietos; um tem compulsão alimentar, outro tem compulsão por sexo, compulsão por jogo, são variantes que se misturam.” “O que eu pego de pacientes que já estiveram na mão de naturalistas. O ser humano vai muito dessa mítica de curar, de resolver tudo sem muito esforço.” “Quando eu falo em biológico, a depressão dá em mamíferos no geral, dá em macaco, em cachorro, cavalo, elefante.” “O que está matando no mundo é a depressão. Todo sofrimento continuado, tipo a seca do Nordeste, leva para a depressão. Tratar a depressão previne outras doenças.” “Quem é mais depressivo? Atualmente (ano de 1999) a ideia é assim: 25% das mulheres, 10 a 15% dos homens.”

Esporte ATLETISMO

De passada em passada, Luiz Carlos Sarará conquista novos corredores Ele foi jogador de futebol na década de 60. Na década de 80, participou pela primeira vez de uma corrida e não parou mais de disputar provas. Por Darce Almeida* De acordo com o site de pesquisas Wikipédia, Sarará é a pessoa mestiça com brancos e negros, cuja principal característica é a presença de cabelos loiros ou ruivos, bem como aos filhos de negros que sofressem de albinismo - anomalia genética que causa ausência total ou parcial de pigmentação da pele, olhos e cabelos. "Meu pai João Mendes de Oliveira tinha o apelido de Sarará. Sua pele era branca e os olhos verdes e casou com minha mãe, descendente de escravos. Foi então que herdei o apelido de meu pai", conta Luiz Carlos Mendes de Oliveira, o Sarará. Nascido no dia 2 de janeiro de 1943 em Caxias do Sul (RS), Sarará ganhou boa parte da vida como técnico de tecelagem e hoje está aposentado. O despertar para o atletismo Antes de partir para as ruas e pistas de corrida, Sarará, ainda com 16 anos, foi meia-direita do Independente de Curitibanos (SC), Caxias e Juventude (RS), na década de 60. Em 1982, o desejo pelo atletismo só aumentou ao participar de uma corrida de rua em Porto Alegre. "Corri 10 km de kichute, aqueles tênis pretos que tinha garras na sola como se fosse uma chuteira. Cheguei em segundo lugar na Corrida dos Ferroviários e vi que era um esporte que dependia apenas de mim mesmo. Gostei tanto que no dia seguinte comprei os artigos esportivos iguais ao do vencedor da corrida e não parei mais", diz Sarará. Participação na São Silvestre Sarará participou três vezes da Corrida de São Sivestre realizada nas ruas da cidade de São Paulo. "Participei em 1986, 89 e uma nos anos 90. Lembro que os mil primeiros participantes largavam 200 metros na nossa frente,

"Corro em média 10 km por semana,"diz Sarará, 70 anos. mas consegui completar os 15 km, o que já é um grande feito." Em 2005, Sarará participou do Sul-Americano Máster em Rosário, na Argentina, e 2012 correu no Uruguai. "Ano passado, em Montevidéo ganhei duas medalhas de segundo e terceiro lugar em provas distintas. Aqui no Brasil participei de várias corridas." Os incentivados Com caminhadas e corridas em Francisco Beltrão, Sarará incentiva a prática do atletismo a um grupo de pessoas que não quer saber de ficar parado. "Tem um grupo que estamos formando com homens e mulheres. Pretendo reunir todos os domingos as pessoas pra correr. Inclusive ganha um pequeno troféu quem correr os quatro domingos do mês, é uma forma de incentivo aos atletas de final de semana", diz Sarará. Deste pessoal, quem não corre pode fazer o percurso de aproximadamente 8 quilômetros caminhando. "Não tem uma idade li-

mite pra começar a correr. A corrida é pra dar prazer e não pra proporcionar sofrimento." Sangue, suor e frutas Uma das mais difíceis corridas de superação que Sarará encarou foi em Santa Catarina, em 1990. O desafio foi completar os 42 km da Maratona de Blumenau. "Conforme corria passava pelas placas que indicavam 1 km, 2 km, 10 km, 40 km. Faltando 2.195 metros não aguentei. Sentei na calçada e disse pra mim mesmo: chega, não vou mais. Naquela altura, a camisa raspa os mamilos e sangra. Essas imagens a TV não mostra. Nisso veio um fiscal de prova que trouxe uma banana, uma maçã e um sanduíche. Comi, levantei e finalizei a prova", relembra Sarará, que se emocionou ao ouvir o narrador da Maratona dizer seu nome a poucos metros da linha de chegada. *Com informações do site wikipedia.org

COPA DE 2014

Cobertura dará um charme final ao Itaquerão AE - A cobertura do estádio do Corinthians em Itaquera, na zona leste de São Paulo, é o grande charme do projeto, mas teve de ser submetida a complicados cálculos estruturais para que no futuro não tenha qualquer problema com a força dos ventos. No canteiro de obras, a colocação do teto na arena está em ritmo acelerado e agora uma etapa importante começou a ser feita: a colocação de gigantescas hastes que vão fazer a ligação entre as arquibancadas leste e oeste. "A cobertura é ao mesmo tempo simples e sofisticada", explicou o arquiteto Anibal Coutinho, um dos idealizadores do desenho. "Simples porque tem um formato retangular e sofisticada porque tem uma altura muito grande", completou. Para conseguir esse desafio de engenharia, o de ligar dois pontos distantes sem utilizar pilares nas arquibancadas, formando um imenso vão livre, a cobertura tem uma estrutura de treliça e as cargas são transferidas diretamente para as fundações no solo. "Decidimos fazer uma curva de união entre os dois lados, que terá um formato que empurrará o ar para

A Arena Corinthians está chegando a 79% de conclusão das obras. dentro e vai reter o som da torcida na parte interna. A intenção é preencher o volume", afirmou, lembrando que o estádio será um caldeirão para os times visitantes. "Os gritos da torcida ficarão concentrados, oferecendo um ambiente propício ao Corinthians". Vários testes Werner Sobek, diretor do Instituto de Estruturas da Universidade de Stuttgart, na Alemanha, ficou encarregado de fazer o cálculo do projeto da cobertura, que teve de ser submetida a vários testes até que se encontrasse o desenho ideal. "O cálculo foi muito trabalhoso para eles. Fizemos um modelo para testar no túnel de vento e isso nos ajudou a fazer pequenos ajustes

para evitar a vibração lateral ou até para escolher o tipo de parafuso que ficaria mais adequado", revelou Coutinho. Em um primeiro momento, foram colocados os módulos de sustentação, cada um com 75 metros de comprimento e pesando cerca de 140 toneladas. Agora será a vez de fazer a ligação entre os dois lados e as peças, que são feitas e pintadas em Itu (SP), são encaminhadas para o canteiro de obras em Itaquera e montadas pelos operários. Protótipo foi testado Além disso, o Corinthians criou um protótipo da cobertura, em seu Centro de Treinamentos, e fez testes de limpeza e durabilidade do material para saber como

proceder depois que a estrutura estiver colocada. Um detalhe curioso é que as arquibancadas do Itaquerão não possuem iluminação direta dos refletores. A luz é jogada para a cobertura e ela é refletida para os assentos. Esse é mais um detalhe idealizado para economizar energia e propiciar conforto para os espectadores. Com 79% de avanço nas obras, o estádio deve ser entregue em dezembro deste ano, mesmo período de finalização da colocação da cobertura. Para facilitar a manutenção do teto, escadas e passarelas serão incorporadas na estrutura metálica. A preparação do gramado já está sendo feita e a colocação das sementes deve ocorrer em breve.


Esporte

Domingo, 16.6.2013 JORNAL DE BELTRÃO

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COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Contra o México, Itália sonha com o seu primeiro gol no Maracanã O principal atacante da azzurra, Mário Balotetlli, mesmo com dor, quer jogar. AE - Chegou o dia de os italianos finalmente jogarem no Maracanã. Eles passaram a semana falando sobre a emoção e o orgulho que sentiriam ao disputar uma partida em um estádio com tanta história e no qual sempre sonharam jogar. E neste domingo contra o México, às 16 horas, um deles poderá se tornar o primeiro a fazer um gol ali com a camisa da Azzurra (em sua única partida no estádio, em 1956, a Itália perdeu por 2 a 0 para o Brasil). O favorito para conseguir esse feito é Mario Balotelli, o "Super Mario", centroavante com faro de gol e jogador mais carismático do elenco. A dor na coxa direita que sentiu durante o treino da última sexta-feira não deve atrapalhá-lo, segundo disse o médico Enrico Castellacci. E a jornalistas próximos o técnico Cesare Prandelli disse não ter dúvida de que ele jogará. Com ele não há meio termo. Por causa de seu temperamento explosivo e a facilidade para se meter em polêmicas, ou é amado ou odiado. No Rio de Janeiro, até agora, só foi paparicado e não teve motivo para se irritar. Quando aparece no saguão do Hotel Sheraton ou sai para caminhar na praia, é sempre o jogador mais requisitado para autógrafos e fotos. No amistoso da última terça contra o Haiti, em São Januário, a torcida pedia a sua entrada (Cesare Prandelli escalou o time reserva) desde o primeiro tempo E quando o técnico o colocou, foi recebido com muitos aplausos. Quem vê Balotelli não consegue imaginar que ele seja capaz de ataques de fúria como o que teve ao ser expulso em Praga há dez dias ou de brigar com o treinador e sair no tapa com um companheiro durante o treino (coisas que já fez) porque ele é um sujeito quieto e que aparenta tranquilidade. É sempre o primeiro a sair do vestiário para o ônibus depois dos treinos e saúda os jornalistas com um aceno tímido. Mas quando perde a paciência se transforma em uma fera, capaz de atos e declarações que prejudicam muito sua imagem. Jornalistas têm muito interesse Para que se tenha uma ideia do interesse que o atacante do Milan desperta, basta dizer que uma das ocupações dos jornalistas italianos é monitorar a sua conta no Twitter. Vira e mexe um deles dá o alarme para os outros: "Balo tuitou!" E todos correm para ver se o que o craque escreveu rende uma matéria. Prandelli é considerado o técnico que lida melhor com o temperamento de

Jogos às 15h15 - segunda-fase Honório Serpa x Dois Vizinhos Planalto x Ampere Santo Antonio do Sudoeste x Pinheiros Beltronense Palmas x Coronel Vivida Santa Izabel do Oeste x Vitorino Salgado Filho x Marmeleiro Barracão x CApanema Verê x Itapejara do Oeste

Jogos divisão de acesso Hoje Roma/Apurarana x Francisco Beltrão

Recife recebe um confronto entre Espanha e Uruguai

O novo Maracanã tem capacidade para quase 80 mil pessoas sentadas. Balotelli. E isso é atribuído a dois fatores: sua experiência em trabalhar com garotos (ele ficou famoso como treinador por ter comandado com grande sucesso equipes de base da Atalanta) e o fato de que de vez em quando se comunica com o craque em dialeto bresciano - tanto um como o outro cresceram na região de Brescia. Depois da expulsão tola em Praga, Balotelli ofendeu torcedores que o criticavam pelo Twitter. Prandelli o chamou para uma conversa e explicou que ele precisa aprender a suportar provocações. O atacante parece ter entendido e, já no Rio de Janeiro, postou no Twitter: "Meu lema daqui para a frente será este: humildade, honestidade e empenho. Nasce um novo Balotelli, podem me cobrar". Os italianos esperam que o "novo Balotelli" continue a ser o atacante que finaliza bem e luta como um leão. E torcem para que seja dele o primeiro gol da Azzurra no Maracanã. Campanha ruim do México A Copa das Confederações chegou em boa hora para os mexicanos. A equipe e a comissão técnica "mudaram o chip" e deixaram para trás as críticas por causa da campanha ruim nas Eliminatórias da Concacaf (América do Norte, Central e Caribe) na qual têm uma vitória e cinco empates, com apenas um gol marcado, nas últimas seis partidas. Todos os jogadores estão muito motivados para fazer um bom papel no torneio no Brasil. Para ajudar o time a relaxar, nada melhor do que as belezas do Rio de Janeiro. Os jogadores aproveitaram as horas livres que tiveram na quinta e na sexta para ir à praia e fazer compras e se mostraram muito descontraídos.

O técnico Juan Manuel de La Torre espera que esse estado de espírito se reflita em campo diante dos tetracampeões mundiais. Ele teve a cabeça pedida por boa parte da imprensa e dos torcedores por causa do desempenho ruim nas últimas partidas das Eliminatórias, mas a Federação bancou sua permanência no cargo e garante que o manterá mesmo que a equipe vá mal na Copa das Confederações.Uma boa campanha poderá dar o empurrão de que o time precisa para não patinar na reta final das Eliminatórias e garantir vaga no Mundial do ano que vem. A estrela do time é o atacante Chicharito Hernandez, do Manchester United. Ele será o único homem de frente, como Balotelli na Itália. O meia mais próximo a ele será Giovanni dos Santos, que depois de ter sido a estrela de um Mundial Sub-17 não conseguiu passar da condição de grande promessa para a de jogador decisivo. No meio de campo, os destaques são Torrado e Guardado. Ciente da má condição física dos italianos e mais acostumados a jogar sob sol forte, os mexicanos tentarão acelerar o ritmo da partida para minar as energias da Azzurra. Ficha técnica México x Itália México - Corona; Meza, Rodríguez, Moreno e Salcido; Torrado, Savana, Aquino, Guardado e Giovanni dos Santos; Chicharito Hernández. Técnico: Juan Manuel de La Torre. Itália - Buffon; Abate, Barzagli, Chiellini e De Sciglio; De Rossi, Pirlo, Marchisio, Montolivo e Giaccherini; Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli. Árbitro - Enrique Osses (Fifa/Chile). Horário - 16 horas. Local - Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Nigéria chega ao Brasil repleta de problemas para estreia AE - Nenhuma das seleções participantes da Copa das Confederações vive dias tão atribulados como a Nigéria. Em vez da tranquilidade e da concentração para se preparar, a equipe vive dias de cortes, lesões e desentendimentos. Os campeões africanos devem chegar só neste domingo à Belo Horizonte, véspera da estreia contra o Taiti. O elenco mal deve ter tempo para se aclimatar à cidade e ao fuso horário, muito menos de treinar algum aspecto específico. Apesar desse panorama de caos, o desembarque na capital mineira é um alívio. A chegada da equipe era prevista na última quintafeira, mas um desentendimento interno adiou a viagem. Após o empate no dia anterior fora de casa contra a Namíbia, pelas Elimi-

Copa Sudoeste

natórias da Copa, os jogadores decidiram não se apresentar no hotel para a saída rumo ao aeroporto. Eles protestavam pela segunda vez contra a falta do pagamento de premiação pelo resultado. Metade do valor A federação nigeriana havia prometido entregar US$ 5 mil para cada atleta em caso de empate, porém na hora de dar o dinheiro, o valor era metade disso. Esse tipo de problema já havia acontecido em março depois da vitória sobre o Quênia. A reincidência causou a revolta do elenco e atrasou a viagem. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, tratou logo de acalmar os ânimos e dizer que havia conversado com o técnico da Nigéria, Stephen Keshi, e ouvido dele a confirma-

ção de que o grupo viajaria ao Brasil. Caso isso não acontecesse, a seleção corria o risco de ser banida das competições da Fifa. Depois de tudo isso, um novo contratempo surgiu para os campeões africanos. Contra a Namíbia, o meia titular Ogenyi Onazi lesionou o joelho. Os exames mostraram a gravidade da contusão, que deixará o jogador um mês afastado e sem condições de disputar a Copa das Confederações. Pior do que isso, não há tempo para inscrever um substituto e o elenco nigeriano chega com 22 atletas, um a menos do que os outros participantes do torneio. Enfraquecido O meia da Lazio foi a quarta baixa recente por lesão entre os titulares da

equipe. A estrela, o meia Victor Moses, do Chelsea, também está fora, além dos atacantes Ikechukwu Uche e Emmanuel Emenike, um dos artilheiros da Copa Africana de Nações com quatro gols. Os campeões africanos chegam, portanto, longe de ter a força máxima e perderam consistência justamente no ponto fraco, a falta de experiência. O time tem a média de idade mais baixa da competição: 23 anos. Os machucados de última hora representavam a parte mais experiente de um elenco jovem. São oito jogadores que atuam no futebol do próprio país e dois deles jamais atuaram pela seleção internacional. Apesar do problema, a jovialidade do grupo é uma das bandeiras do técnico Keshi.

A Arena Pernambuco sedia o jogo de hoje. AE - Raríssimas vezes na história o torcedor brasileiro teve o privilégio de ver no País um duelo como o que será visto neste domingo, a partir das 19 horas, na Arena Pernambuco. Estarão em campo os atuais campeões do mundo e da América, Espanha e Uruguai. Não à toa, a procura por ingressos foi uma das maiores da Copa das Confederações -- as entradas estão esgotadas - e a expectativa pela partida é enorme no Recife. A promessa é de um choque de altíssimo nível na abertura do Grupo B da competição. Um confronto de estilos. De um lado, os espanhóis com o seu insistente e envolvente toque de bola. Do outro, a força dos uruguaios, que marcam e partem para o contra-ataque com a eficiência de pouquíssimas seleções na atualidade. O favoritismo pende para a Espanha, que entrou definitivamente na rota do sucesso a partir de 2008, quando conquistou a Eurocopa e acabou com a sina de que sempre montava boas equipes, mas era incapaz de obter resultados expressivos. Depois, a seleção ainda conquistou o título inédito da Copa do Mundo em 2010 e mais uma vez a Eurocopa, no ano passado. Para completar a sua sala de troféus falta apenas a Copa das Confederações, torneio que os espanhóis decepcionaram em 2009, quando caíram na semifinal diante dos Estados Unidos, que na sequência foram derrotados pelo Brasil. O Uruguai também busca um título inédito. Mais do que isso, tenta provar para si mesmo que a sua volta ao grupo dos melhores do mundo não é passageira. O retorno à elite do futebol veio com o quarto lugar na Copa do Mundo de 2010 (melhor campanha desde o Mundial de 1970) e a consolidação no ano seguinte, com o título da Copa América. Mas a fase atual não é das melhores. Nas Eliminatórias para o Mundial, a Celeste ocupa a modesta quinta colocação, o que obrigaria a equipe a ter de disputar em novembro a repescagem contra um time asiático. A aposta para a partida deste domingo é que a raça de jogadores como Lugano e o talento de atletas como Luis Suárez e Cavani façam a seleção uruguaia superar as suas deficiências e surpreender. "Quanto menos espaço a Espanha tiver para jogar, melhor. Temos de ser compactos", avisou o meio-campista Gastón Ramírez. A tarefa, no entanto, não será nada fácil porque do outro lado estará um time com um vasto repertório de alternativas para derrubar os seus adversários. A Espanha é muito mais do que posse de bola. O time também prima pela eficiência com que o time ocupa os espaços, rouba a bola e parte ao ataque, por exemplo. A lista de protagonistas da seleção é extensa, com destaque para Xavi, Iniesta, Sergio Ramos e Piqué. São jogadores que dão suporte a atletas mais novos como Pedro, Javi Martínez e Jordi Alba. As opção são tantas que nem mesmo a ausência de nomes como Puyol e Xabi Alonso, machucados, é capaz de fragilizar a equipe. Ficha técnica Espanha X Uruguai Espanha - Valdés (Casillas); Arbeloa, Sergio Ramos, Piqué e Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e David Silva; Pedro e David Villa Técnico: Vicente Del Bosque. Uruguai - Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Diego Pérez, Gargagno e Gaston Rodríguez; Cristian Rodríguez, Cavani e Luis Suárez. Técnico: Oscar Tabárez. Árbitro - Yuichi Nishimura (Fifa/Japão). Horário - 19 horas. Local- Arena Pernambuco, no Recife (PE)


Jantar da Codorna destinará 16 JORNAL DE BELTRÃO lucro para projetos sociais

Geral

Domingo, 16.6.2013

FRANCISCO BELTRÃO

No dia do seu número, o 15, PMDB apresenta conselho político formado por suas lideranças

As pessoas começam a se servir, no jantar de sextafeira à noite, promoção do Rotary Integração. JdeB - O 5º Jantar da Codorna, na noite de sextafeira, 14, no Pavilhão da Cango de Francisco Beltrão, serviu mais de mil refeições. Promovido pelo Rotary Club Integração, o evento se tornou tradicional. Foram colocados dois bifês para servir as codornas e frangos assados, polenta frita, macarrão e saladas. O coordenador do festival gastronômico, empresário Henrique Zamadei, disse que 90% dos ingressos foram vendidos antecipadamente e 10% no dia. O lucro será destinado para a compra de equipamentos do Banco Ortopédico, projeto social do Rotary Integração, e uma percentagem será repassada à Associação Sensibilizar, que mantém projeto de música para crianças e adolescentes dos bairros São Miguel e São Francisco. Zamadei agradeceu aos sócios do Rotary Integração, pelo envolvimento na promoção, à Associação das Senhoras de Rotarianos (ASR), que auxiliaram na cozinha, e ao Interact. Os adolescentes do Interact recolheram as latinhas de refrigerantes e cervejas, vão vendê-las e ficarão com o dinheiro para suas atividades. O coordenador também agradeceu a presença das pessoas e autoridades da igreja e do município e à imprensa.

Dois acidentes com feridos na região Sudoeste JdeB - A Polícia Rodoviária Estadual registrou dois acidentes com feridos nas rodovias do Sudoeste. Em Dois Vizinhos, na PR 281, aconteceu colisão traseira entre uma S 10, de Nova Prata do Iguaçu, conduzida por Iliseu Zambolin, 46 anos, e uma Mitsubishi L 200, de Salto do Lontra, dirigida por Edna Warmling Spigosso, 45. Celoni Muller, 45, passageira da S 10, teve ferimentos leves. Outra colisão foi na PR 281, em Ampere, envolvendo um Gol, de Ampere, dirigido por Jorge Waczileski, 57, e uma camioneta Kangoo, de Curitiba, conduzida por Denise Juliane Gorbes, 25. Os dois condutores sofreram ferimentos leves. Neste mês, 57 acidentes nas rodovias estaduais da região, com quatro mortes e 53 feridos.

Aassalto em farmácia de Francisco Beltrão JdeB - Na noite de sexta-feira, dia 14, foi praticado assalto em uma farmácia de Francisco Beltrão, na avenida Guiomar Lopes. Um homem armado entrou no estabelecimento e anunciou o assalto. Roubou R$ 250,00 do caixa e fugiu antes da chegada da polícia. O autor do roubo ainda não foi identificado.

Prisão por furto em Salto do Lontra JdeB - A Polícia Militar de Salto do Lontra prendeu Roberto Ângelo, acusado de praticar furto em uma residência, no bairro Cooperativa, na manhã de sexta-feira, dia 14. A PM abordou um Corsa, conduzido por Roberto, e no veículo foram encontrados os objetos furtados: dois televisores, um microondas e uma máquina fotográfica digital. Também localizaram no carro um alicate, uma chave de fenda e uma alavanca, usados na prática de arrombamentos. Roberto foi preso e encaminhado para a delegacias. Ele confessou o furto. Inclusive tinha saído da prisão na quarta-feira, dia 12. Outro envolvido no furto conseguiu fugir, mas já foi identificado.

JdeB - Em encontro com militantes, lideranças e a executiva municipal, o PMDB de Francisco Beltrão fez ontem, na Associação da Copel, o lançamento do seu Conselho Político, formado por ex-vereadores, ex-vice-prefeito e fundadores, com o objetivo de valorizar a atuação dessas pessoas. Após fala das autoridades, os filiados confraternizaram e comemoram a união do partido. “Hoje, nós esperamos 130 pessoas, para fazermos uma reunião de trabalho e também para confraternizar. Nós adotamos esta prática de nos encontrarmos sempre no dia 15, que é o número do partido, com o objetivo de mobilizar os filiados e os membros do diretório. Estamos trabalhando forte pelo partido e cada um de nós tem a missão de levantar esta bandeira”, disse o presidente do partido, Flavio Medeiros. O prefeito Antônio Cantelmo Neto prestigiou o evento.

Vereadora Lourdes Pazzini, a presidente do PMDB Mulher, Soraia Quintana, presidente do PMDB Jovem, Alari Navarini, vereador Aires Tomazoni — que fechou os olhos na hora da foto —, prefeito Antônio Cantelmo Neto, a secretária municipal de Saúde, e primeira dama, Rosi Guarda, e o presidente do diretório municipal do PMDB, Flávio Medeiros.

Arion quer suporte tecnológico para cartórios do interior JdeB- Na manhã de ontem, o oficial de Registro Civil de Francisco Beltrão, Arion Cavalheiro Júnior, assumiu a presidência do Instituto de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen-PR). O então presidente Instituto, e atual presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), Ricardo de Leão, esteve presente para entregar o cargo. O presidente da Associação dos Notário e Registradores (Anoreg Paraná) também prestigiou o evento. Arion ressaltou que, na

BRASÍLIA

Protesto na frente do Mané Garrincha AE - Centenas de manisfestantes protestaram, ontem, em frente ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, palco de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão. O Batalhão de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal interveio e formou um cordão de isolamento para impedir que os, aproximadamente, 500 protestantes entrassem no estádio. Eleds questionavam os gastos na Copa das Confederações A mobilização começou na Rodoviária de Brasília, às 10h30. Os manifestantes reclamaram contra a aplicação de recursos no evento esportivo, com gritos como “da Copa abro mão, quero ver dinheiro para educação”. A manifestação provocou o atraso na abertura dos portões da arena para os torcedores que foram assistir o jogo. O local deveria ser aberto ao público ao meio-dia, mas somente depois das 13h o acesso foi liberado. Além de protestar contra a realização do evento esportivo no Brasil, os manifestantes afirmaram que são solidários ao movimento contra o aumento das tarifas do transporte público.

Arion Cavalheiro. gestão de três anos, irá dar continuidade ao trabalho iniciado pela diretoria que fazia parte, anteriormente, como vice. “Nosso maior desafio é quebrar o paradig-

ma da informatização em relação aos nossos colegas. Continuar o trabalho para transformar nosso acervo, que é todo em papel, em digital, para facilitar a consulta do consumidor. Estamos levando este desenvolvimento tecnológico para os colegas, principalmente aos cartórios das cidades pequenas, para isso disponibilizamos uma equipe que dará suporte de pessoas e equipamentos, para fazer esse trabalho de apoio”, disse. O novo presidente da Irpen comentou da importân-

cia da instituição ter proximidade com o Tribunal de Justiça, manter o diálogo com a corregedoria para regularizar os pleitos da profissão. “A gestão da entidade irá manter o acompanhamento dos órgãos nacionais, nós fazemos parte do subcomitê 3, que é responsável pelo registro civil nacional, e nós fazemos reuniões mensais em Brasília com representantes dos ministérios, onde estamos discutindo a informatização e a criação de um banco de dados geral dos cartório”, conta Arion.


ENTREVISTA Narcizo Marques da Silva curte sua aposentadoria em Curitiba, mas de vez em quando retorna a Francisco Beltrão, onde iniciou sua profissão de médico veterinário, em 1967, como pioneiro na região. Ele está entre os idealizadores da atual Expobel, que começou como Fenafe. Narcizo recorda o tempo de pousar na estrada, mesmo para quem andava de jipe. Págs. 2A e 3A Soeli Garvão Zakrzeski, a Ega, que conduziu a tocha olímpica na abertura dos jogos em Pérola D´Oeste, diz ter ficado emocionada com o tratamento que recebeu das crianças e adolescentes do município em que nasceu.

Ega quer jogar mais quatro ou cinco anos em alto nível JdeB - Mesmo sem querer ou- das de Pequim, em 2008. Agora vir essa pergunta, Ega foi questi- ela vai disputar o 12º World Maonada pelo Paraná Sudoeste so- xibasketball Championship, que bre o que pretende fazer quando acontece de 12 a 21 de julho, na encerrar a carreira. Mas a atleta cidade de Thessaloniki, na Grécia. Natural de Medianeira, Ega foi não parou para pensar nisso até o momento. Ela pretende jogar qua- morar em Pérola D´Oeste aos três anos de idade. Seus pais eram tro ou cinco anos em alto nível. Neste momento, Ega está fazen- agricultores e o pedaço de terra que tinham foi do a pré-temporada para o Cam- Ega está fazendo a pré- alagado por causa da barragem peonato Paulista, temporada para o na construção da que começa em setembro. De- Campeonato Paulista, Usina Itaipu. E foi na Conciolânpois de três anos que começa em defendendo o setembro. Depois de três dia, distrito perolatense, que eles Santo André, ela anos defendendo o se instalaram. foi contratada Com 13 anos, para jogar no Santo André, ela foi Ega começou a Americana, time que lhe deu ainda contratada para jogar jogar basquete na no Americana. escola. Ela teve mais notoriedade três professores logo depois que foi convocada pela primeira vez. de Educação Física que tiveram Portanto, Ega está “voltando para atuação importante em sua formacasa”, pois ela tem apartamento em ção: João da Rocha Ilha e MarAmericana desde 2003, em sua pri- cos “Chocolate” Bevilaqua, que hoje estão em Francisco Beltrão, meira passagem pela cidade. No início desta semana, a atleta e Rozângela Cavali, que mora em recebeu a notícia de que vai ves- Pérola D´Oeste. Mais tarde, Ega tir a camisa da Seleção Brasileira jogou também em Medianeira, pasnovamente, após cinco anos sem sou por equipes como São Miguel ser convocada. A última vez que D´Oeste (SC), Chapecó (SC), até jogou pelo Brasil foi nas Olimpía- chegar ao basquete paulista.

‘O basquete precisaria de um Nuzman’ A afirmação é da atleta perolatense Ega, que participou da macrorregional dos Jogos Escolares no último final de semana e foi entrevistada pelo Paraná Sudoeste. Ela disse que, para melhorar o basquete nacional, é preciso colocar pessoas sérias na administração. Ega citou o exemplo da revolução feita por Carlos Arthur Nuzman, que, à frente da Confederação, fez o vôlei se tornar a segunda modalidade mais popular do Brasil. Por Adolfo Pegoraro Aos 35 anos, Ega ainda esbanja energia. Ela se considera uma “pirralhona” que busca se superar dia após dia, alimentando os mesmos sonhos e esperanças que mantinha 22 anos atrás, quando começou a jogar basquete na escola. Soeli Garvão Zakrzeski, a Ega, voltou a viver algo parecido na semana passada, quando participou da abertura da fase macrorregional dos Jogos Escolares do Paraná, que aconteceu em Pérola D´Oeste, terra em que se criou e aprendeu a jogar basquete. Em entrevista ao Paraná Sudoeste, ela falou sobre esse tratamento que recebeu das crianças e adolescentes perolatenses. Quando perguntada sobre a situação atual do basquete nacional, Ega disse que a modalidade precisa de pessoas sérias no comando, como aconteceu com o voleibol, que se tornou mais popular quando Carlos Arthur Nuzman, hoje presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), esteve à frente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). * Paraná Sudoeste - Como foi reviver os jogos em Pérola? Ega - A emoção foi praticamente igual a que senti em 1993, quando também conduzi a tocha olímpica em Pérola D´Oeste. Lembro que estava frio e eu lá, toda agasalha, mas suando, tremendo, e sentindo aquele brilho no olhar, com esperança, crendo que um dia poderia ser realmente uma jogadora de seleção. PS - Você acha que essa febre do basquete em Pérola D´Oeste se deve também à sua história? Ega - Estando aqui eu vejo que sim. Quando eu estava longe, achava que não. Mas a gente não tem noção de quanto eu represento para uma criança que está começando. Eu lembro de quando comecei, assistia pela tevê atletas como a Marta, a Paula, a Leila, isso me inspirava. Então eu estar aqui representa uma realidade, mostra que a criança pode um dia jogar na seleção, basta se dedicar. PS - E o que é que você acha que seria ideal para popularizar mais o basquete no Brasil? Ega – Tem que ter pessoas sérias por atrás, porque o basquete teve uma época, quando jogavam o Oscar e a Hortência, que era o segundo esporte do país, o vôlei não era isso que é hoje. Mas se tiver pessoas sérias por trás, que realmente são comprometidas, que têm amor por aquilo, os resultados aparecem. Isso aconte-

ceu no vôlei, é a longo prazo, porque não é de hoje pra amanhã que você vai conseguir. Tem que começar lá de baixo. O vôlei, por exemplo, começou a investir em categorias de base, e hoje surgem vários destaques no esporte. Então, é essa a preocupação, material humano a gente tem bastante, é só trabalhar. O Brasil tem essa mistura de nacionalidades, acaba dando essa coisa diferenciada. A gente brinca que o basquete precisaria de um Nuzman, porque ele é um ex-atleta de vôlei e fez um ótimo trabalho à frente da confederação. PS - Como você encarou a situação de ficar de fora da seleção logo após ser destaque das Olimpíadas de Pequim? Ega - É, foi uma escolha da Hortência, porque ela assumiu como diretora da confederação. Acertada ou não, foi uma escolha dela. Na época, os técnicos não tinham voz ativa para bater de frente com ela. Eu estava no auge da minha forma física, em ótima fase, mais madura, fui considerada a melhor jogadora do Brasil em 2009 e, mesmo assim, não fui convocada. Eu tinha ficado uns três meses sem jogar, estava fora do país. Cheguei no Americana e tinha uma lesão leve, fiquei duas semanas paradas só. E aí eu falei que ia primeiro investir no meu corpo, malhar, ficar forte, porque eu tinha perdido muita musculatura. Quando você vai pra Europa, volta sem musculatura nenhuma, sem físico nenhum, lá não se treina como aqui. Então, na primeira convocação eu até aceitei ficar de fora, por causa da condi-

“Eu sou muito crítica comigo, mas naquele momento eu estava bem, porque, além dos números mostrarem, eu realmente estava me sentindo muito bem. Eu ouvi de pessoas que estavam na reunião, que ela (Hortência) falou que não me queria na seleção. E o Bassul (Paulo Bassul, ex-técnico da seleção feminina) falou que precisava de mim, que precisava do meu passe, e ela disse que não queria mesmo assim.”

ção física. Mas da segunda em diante, compreendo que foi uma opção pessoal mesmo.Eu sou muito crítica comigo, mas naquele momento eu estava bem, porque além dos números mostrarem, eu realmente estava me sentindo muito bem. Eu ouvi de pessoas que estavam na reunião, que ela (Hortência) falou que não me queria na seleção. E o Bassul (Paulo Bassul, ex-técnico da seleção feminina) falou que precisava de mim, que precisava do meu passe, e ela disse que não queria mesmo assim. Então acabou tendo uma votação aberta e eu fui vetada, porque só ficou o preparador físico e o técnico do meu lado. Mas se ela achou melhor, não tenho o que fazer. Não sou eu que vou julgar se ela está certa ou errada, porque eu acho que ela estava tentando algo bom pra seleção. Acho que uma ex-jogadora não ia querer o mal pra seleção. PS - E o que pretende fazer quando largar o basquete? Ega - Então, eis a questão! Eu tenho começado a pensar nisso, mas antes eu não pensava, porque achava que ia ser a vida toda aquilo. Estou começando a pensar em fazer algum curso, não sei se dentro ou fora do basquete. Mas não sei se eu vou conseguir viver sem a adrenalina desse meio, viver sem essa coisa de estar querendo ver a pessoa melhorar a cada dia. Eu preciso dessa energia do basquete. Eu acho que tenho olho clínico para descobrir talentos, vi isso nos Jogos Escolares, eu ficava sempre orientando os nossos atletas. Quem sabe seja uma opção para o futuro. PS - Você pensa em um dia jogar novamente em alguma equipe de Pérola D´Oeste? Ega - Então, nunca pensei nisso. Mas estou em uma fase da minha vida em que tudo pode ser analisado. Por que não? Seria muito legal, nem que fosse para fazer uma despedida. Eu não sei ainda o que vou fazer, até porque pretendo jogar quatro ou cinco anos. É difídil avaliar uma vida que eu nunca havia pensado para mim, parar de jogar parece algo tão distante. Mas o que eu puder fazer para ajudar essa cidade eu quero fazer. Gostei muito de ter vindo para os Jogos Escolares, foi uma experiência muito positiva. Eu tenho meu pai que ainda mora na Conciolândia, venho visitar ele com frequência, nunca vou perder o meu vínculo com Pérola D´Oeste. E é ótimo receber o carinho de todas as pessoas que torcem por mim.


2A JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 16.6.2013 Narcizo Marques da Silva, paranaense de Morretes, nascido em 6 de fevereiro de 1932, fez o que muitos consideram o ideal: primeiro arrumou emprego, depois fez a faculdade. Quando se formou, já sabia o que desejava fazer com a habilidade adquirida nos bancos (e práticas) acadêmicos. Após 18 anos de serviços prestados ao Estado — começou como tratorista, em 1º de março de 1952 —, formou-se médico veterinário pela UFPR em 18 de dezembro de 1966 e dia 12 de fevereiro de 1967 chegava a Beltrão, com a família, preparado (e ansiado) para exercer sua nova profissão. O período de Sudoeste foi curto, mas marcante. Ele percorria toda a região. E teve atuação decisiva na criação da Fenafe (Festa Nacional do Feijão), a origem da Expobel. Filho de Nonato Marques da Silva e Rosa Chierigatti da Silva, Narcizo é o penúltimo de quatro irmãos: Nahyr, Antônio (falecido), Narcizo e Maria Narciza da Silva Santos. De seu casamento com Alice Costa, em Balsa Nova (30.12.59), nasceram seus três filhos: Narali (Nar do pai Narcizo + Ali da mãe Alice), Emanuel e Narcizo Filho. Em 1971 ele voltou para Curitiba, com a família. Seguido volta a Beltrão, para rever amigos e visitar sua irmã Narciza. Na última visita, ele recebeu o Jornal de Beltrão para esta reportagem. O que o senhor lembra daquele dia que chegou em Beltrão, 46 anos atrás? Eu cheguei com três filhos, 11 e 40 da noite no Hotel do Comércio, o caminhão com a mudança e eu vinha com uma Rural trazida por um motorista da Secretaria da Agricultura. Já no dia seguinte, eu só tinha um conhecido aqui em Beltrão, o gerente do Banco do Estado, chamava-se Rodolfo, e foi com quem eu fiz contato pra conseguir uma casa; fui morar em frente à casa do Natalino Faust. Ficamos ali até começo de 69. A partir do dia seguinte, nós começamos a trabalhar na antiga Casa Rural, estabelecida onde era a primeira rodoviária provisória, perto do Hotel Liston. Era uma casa especial pra isso? Não, era uma casa de família, morava uma das funcionárias com a mãe, a Nelsi Potrick, era alugada. No mesmo dia que eu cheguei, chegou o engenheiro agrônomo Inivaldo Martini, ele trabalhava em Clevelândia e foi transferido pra cá, então a partir do dia 13 nós passamos a trabalhar juntos. Já tinha um começo de calçamento quando o senhor chegou? Eu vim a primeira vez a Francisco Beltrão em setembro de 65, nesta época estavam soltando os primeiros meio-fios para fazer a avenida. Ia fazer um trabalho em Palmas e estendi a viagem de ônibus da Reunidas até Beltrão, que era o fim da linha. Estavam fazendo terraplanagem da praça. O núcleo da Secretariada Agricultura foi instalado em 1980, mas naquele tempo já foi o início do trabalho da secretaria. Existia a Casa Rural aqui, que era na esquina oposta ao Moinho Ajuricaba, o responsável era um agrônomo chamado Tadeu Vasileviski, não era daqui, esteve na guerra, ele tinha neurose de guerra, era meio complicado. Quando o Inivaldo veio pra cá, não tinha nenhum responsável pela Casa Rural e ainda quem abria e fechava a repartição era a Nelsi, a responsável pela venda de produtos agrícolas e produtos veterinários.

Entrevista ENTREVISTA COM NARCIZO MARQUES DA SILVA

O primeiro veterinário formado da região Antes dele, só havia veterinários “práticos”. Ele chegou em 1967 e, ao trabalhar na região, sentiu a necessidade de melhorar a qualidade dos rebanhos. Era a semente da Fenafe, futura Expobel. Com que orientação vocês chegaram? Eu tenho que responder por mim, quando eu estive aqui pela primeira vez, eu saí do Hotel do Comércio de noite, pra andar na avenida, e não vi ninguém. Voltei pro hotel e no dia seguinte acordei com barulho, aí eu abri a janela e vi um trator fazendo terraplanagem. Na frente do hotel tinha o alfaiate trabalhando com uma lâmpada, a luz muito complicada, mas tava ali. Logo em seguida eu levantei, fui tomar café e senti o movimento que começou na cidade, era rural, jipe, carro de boi, gente a cavalo, gente a pé, caminhão, e começou um burburinho que me chamou a atenção, essa cidade tem vida pra mim, eu venho morar aqui quando eu me formar. Foi um pensamento meu. Um fato interessante, eu fui na Casa Rural conhecer o agrônomo, saímos de jipe, ele foi me mostrar alguns lugares e o Horto do Getsop. Quando nós estávamos lá, chegou uma caminhonete da Costa do Iguaçu, na carroceria tinha um couro de onça e eu fui lá ver, daí o proprietário disse tava invadindo a propriedade. E eu vi que ainda tinha unha no couro e eu pedi uma unha pro proprietário, eu tenho um chaveiro feito com essa unha, guardo até hoje. E essa foi uma notícia que eu levei pra minha esposa quando voltei pra casa, disse olha, quando eu me formar, nós vamos pra Francisco Beltrão. Era uma cidade que dormia cedo e levantava cedo. Com certeza, isso me chamou a atenção. Nove, nove e pouco da noite, duas pessoas eu encontrei na rua, mas em compensação seis horas da manhã começou a luta pelo trabalho, eu acho que isso pra mim foi fundamental, a decisão de vir morar pra cá, independente de que não conhecia ninguém, nada. Depois sim, em setembro de 66 eu, quase formado, vim com um colega já formado pra ver o que podia ser feito pro surto de peste suína que acontecia aqui na região e em Beltrão, em propriedades do Delvino Donati, do Wolf Trentin, uma série de propriedades tinham peste suína clássica e vinha ver o que a secretaria podia fazer e tal. Nessa vinda nós tivemos a oportunidade de conversar com o prefeito Antônio de Paiva Cantelmo e ele nos convidou pra almoçar no Hotel do Comércio. Conversamos e ali apareceu uma série de criadores, inclusive o Deni (Schwartz), o dr. Mário (da Rocha). Na conversa, eu disse ao prefeito que assim que eu me formasse eu viria trabalhar pra cá. Ele ficou muito contente porque

Narcizo Marques da Silva: “... eles continuaram sendo veterinários, eu era o doutor veterinário”. não tinha veterinário aqui, eu fui o primeiro veterinário a vir pra cá, e realmente, quando foi em fevereiro, eu vim. Pato Branco já tinha algum veterinário? Não, quem veio pra Pato Branco também foi um colega de turma meu, depois que eu vim. O senhor foi o primeiro veterinário do Sudoeste? Porque tinha em Palmas, dr. Alécio Soares da Silva, mas imagina as condições de Palmas pra cá pra poder tá trabalhando. Fora Palmas, o senhor foi o primeiro? Aqui sim, aqui com certeza. Só complementando a nossa conversa com o prefeito, na minha chegada. Ele ficou muito contente e tal. Eu tive quase que brigar na Secretaria da Agricultura pra vir pra cá, porque eu era funcionário já de 18 anos e tinha compromissos e tinha atividade definida, mas pra vir pra cá eu tive que conversar com o secretário, o dr. José Teodoro Miró Guimarães. O chefe do departamento disse você vai falar com o secretário, se ele te liberar, tudo bem. Interessante que quando eu tava conversando com ele no gabinete, ele disse Narcizo, você não pode sair daqui, nós precisamos de você. Eu disse bom, doutor, se o senhor não deixar eu sair daqui, eu vou passar a ser um funcionário medíocre, porque eu não fiz um curso pra trabalhar em quatro paredes, eu quero ir pro campo. Nessa conversa ele foi muito compreensivo, ele disse então você vai trabalhar. E foi dessa forma que eu vim pra cá. Outro fato interessante de quando eu cheguei, uns dois dias antes de acomodar a mudança eu fui

Como o senhor encontrou a agricultura do Sudoeste quando chegou aqui em 67? Narcizo – Foi a suinocultura dessa forma, eram animais comuns, quando muito cruzado, mas com vestígio de Duroc, vestígio de Landrace, vestígio apenas, mas era um porco comum, animais comuns, e essa foi uma das razões, porque por mais que você quisesse melhorar a condição daqueles animais, eles não tinham genética pra responder positivamente. E tratados a milho e mandioca? Era milho moído, e não se falava muito outra coisa não. Vendia o porco com um ano? Ah, daí pra mais, porque o problema era engordar o porco, e pra engordar ele tinha que ficar tempo ali, porque a comida era a mesma, não era ração. Talvez desse pra contar na mão as propriedades de Francisco Beltrão que tratavam os animais com ração, que ti-

me apresentar ao prefeito Cantelmo na prefeitura. No gabinete eu vi, numa parede, um quadro de honra de profissionais liberais existentes no município, e entre eles tava lá seis veterinários. Eu disse bom, prefeito, eu acho que eu vim bater na porta errada. O prefeito perguntou por quê? Eu respondi que quando nós conversamos naquele almoço, o senhor disse que não tinha veterinário aqui e eu estou vendo que o senhor tem seis veterinários. Ele disse não, não, isso não leva em conta, isso aí são os veterinários que são chamados aqui, são os donos de venda de produtos veterinários. O meu vacinador, o meu auxiliar, que era o seu Oto Metzler, era considerado como veterinário também. Daí virou uma brincadeira, é lógico, mas, na verdade, eu fui o primeiro veterinário. Pra distinguir dos veterinários que eram conhecidos há muito mais anos, eles continuaram sendo veterinários, eu era o doutor veterinário, essa era a diferença, eu nunca fiz questão disso, de título, mas era a distinção que a própria população fez comigo. Como foi o seu início de trabalho? Meu trabalho era de assistência técnica, eu não tinha condução, quem tinha condução era o agrônomo que trouxe de Clevelândia um jipe, mas a solicitação de serviço na veterinária era muito grande, então praticamente ele me levava, porque vinha um colono de qualquer região aqui que queria veterinário, vinha na Casa Rural dizendo que precisava de veterinário, nós íamos junto, sempre ele também fazia alguma coisa dentro da agronomia, toda a propriedade precisava tanto da área agronômica como da área

nham alguns animais com características raciais que a gente podia definir. A média de leitão tirado por porca também era baixa? Ah, não dava nem pra contar, não sabiam o que acontecia, porque era aquele chiqueirão, ainda quando tinha um lugar pra porca parir isolada, independente de estar com animais de outras cidades tudo bem, se era num espaço reservado, se era com assoalho tudo bem, e quando não, era no mangueirão. O que muito se via era sabugo de milho lá no mangueirão à vontade, porque era jogada a espiga, e deixa lá, ou então os que tinham trituradores, esses já faziam aquele rolão de milho de passar a espiga com palha e tudo pra dar pra vaca e o milho fazia quirela pra dar pro porco, assim era. Muita doença também. Ah, sem dúvida, o índice de brucelose, peste suína, era muito alto aqui.

animal. A gente fazia um trabalho em conjunto, ia na propriedade, via o que ele queria e tentava orientar da melhor maneira possível, porque as condições eram muito precárias, condição da própria assistência, das criações, e isso foi acontecendo paulatinamente. Só pra ter uma ideia, eu deveria atender 13 municípios, saindo de Renascença, Francisco Beltrão, Eneas Mrques, Ampere, Salgado Filho, Santa Isabel, Realeza, Planalto, Capanema, Pérola D’Oeste, Santo Antônio, Barracão e vinha fechar novamente em Renascença. Eu fiz um cálculo na época, tomando por base o número de propriedades que tinha cadastrado nos municípios, e cheguei à conclusão que se todo o dia eu atendesse uma propriedade, eu ia levar dois anos pra voltar na mesma. Isso é impraticável, mas ainda assim, por onde eu andava, onde solicitavam a presença, a gente ia, e eu comecei a fazer um levantamento das condições dessa propriedade. Eu percebi que o grande volume de trabalho nas propriedades, além da agricultura, na minha área de veterinária, era a suinocultura e a bovinocultura de leite, e alguma outra coisa, mas esses dois fatores eram importantíssimos, porque praticamente toda a propriedade ou 90% das propriedades tinha porco e tinha pelo menos uma vaca de leite. Nessas alturas, eu acho que já em meados de 67, eu ganhei um jipe da secretaria e passei a trabalhar na minha área, no meu expediente, da minha forma. Eu passei a levantar duas características. Primeiro: a qualidade dos suínos existentes era muito ruim, aqui em Beltrão tinha quatro propriedades, que eu não vou citar nomes pra não complicar as coisas, mas quatro propriedades que tinham animais que a gente podia dizer esse aqui é da raça tal, e pronto, mas só pelas características raciais. Isso precisa mudar, porque com esses animais que tem, a qualidade desses animais existentes não tem como mudar, porque geneticamente aqueles animais não iam responder afirmativamente, são animais comuns. Precisava mudar. Eu encontrei esse meio e achei que esse seria o caminho, mudar a característica da suinocultura. Gado leiteiro: passei a fazer um levantamento da produção leiteira nas propriedades que ou forneciam leite pra hospitais ou vendiam leite na cidade, a produção média por cabeça de leite era três litros e meio. Se quisesse, seria produção de cabra, cabra de qualidade fazia mais do que isso. Dois fatores primordiais pra gente melhorar a qualidade da vida daqueles criadores de suíno, de bovino. O que eu vou fazer? A minha característica de trabalho na secretaria nos últimos anos tinha sido o trabalho técnico de exposições, a gente conheceu o Parque Castelo Branco desde a primeira fundação. Nós trabalhávamos na parte técnica das exposições, então, além do conhecimento com criador de todo o Estado e de fora, a gente tinha um conhecimento dos valores, de qualidade, de raça etc.; bovino a mesma coisa. Nessa condição, no meu pensamento, minha forma de tentar melhorar as coisas, eu cheguei à conclusão que só através de uma exposição aqui a gente podia melhorar, trazer animais de fora de qualidade, para que fossem adquiridos por proprietários daqui e substituir os seus animais que eram comuns, sem raça, por esses animais de qualidade, para que aos poucos esses animais de qualidade, mesmo que em poucas propriedades, fossem vendidos depois como reprodutores para outras propriedades e, assim, nós teríamos uma bola de neve que fosse melhorar a qualidade racial do rebanho, tanto bovino como suíno.


Entrevista

Domingo, 16.6.2013 JORNAL DE BELTRÃO

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Fenafe? Não. Eu não posso ouvir esse termo Aí que saiu a ideia da Fenafe? Não, não Fenafe, eu não posso ouvir esse termo, já explico por quê. A ideia da exposição, aí conversando, tudo o que eu estou dizendo eu incluo o Inivaldo Martini, porque nós éramos companheiros de trabalho, tudo a gente conversava, discutia e analisava junto. Com a ideia da exposição eu falei vamos conversar com o pessoal aí, com quem for possível, vamos tentar trazer esses animais de qualidade pra cá, assim como na área agrícola também você poderá trazer indústrias, uma coisa ou outra que vão mostrar. Aí chegamos à conclusão que nós tínhamos que lançar essa ideia, mas lançar pra quem? Conversamos com o dr. Mário, ele era o entusiasta da pecuária, tinha gado de leite na granja dele aqui no São Cristóvão, que depois passou a se chamar Curva da Vaca Louca, alguma coisa assim. O dr. Walter, como líder político que era, com expressão indiscutível em qualquer momento. Na Policlínica antiga ainda, de madeira, uma noite fomos lá conversar com o dr. Mário, dr. Walter e mais o médico dr. Álvaro. Ficamos conversando, a dona Manuela, com sua gentileza, trouxe cafezinho pra nós, até tem um fato interessante. Eu, com o meu entusiasmo, vendo que a Exposição era o caminho pra nós abrirmos a tecnologia dentro da pecuária, fui dizendo tudo o que pensa, porque eu estava lançando uma ideia, pra mim era muito importante. A dona Manuela, em determinado momento, que ela nos perdoe, mas ela nos interrompeu e disse por que em vez de fazer exposição vocês não procuram ensinar o colono como que é o espaçamento entre as mudas de milho, de feijão ou outras coisas? Como era eu que estava com a palavra, eu disse dona Manuela, a senhora que me desculpe, mas essa área é do Inivaldo, ele pode responder pra senhora, a minha área é veterinária, eu estou tentando fazer o que eu acho que é correto. Falei num tom de brincadeira. Mas dali a ideia foi lançada e nós esperávamos que acontecesse, só que essa ideia foi levada pro Rotary. Acho que quem levou foi o dr. Mário, ele era presidente do Rotary, e de lá surgiu uma outra ideia, que uma exposição agropecuária industrial não tem tanta expressão assim, já que vai fazer uma exposição, vamos fazer uma exposição de caráter nacional pra elevar mais o nome de Francisco Beltrão, e aí surgiu a Fenafe. Dali pra frente as coisas começaram a andar cada vez mais, e precisava achar um terreno. E foi construído o Parque Miniguaçu, mas pra chegar ali foi um sacrifício, todo mundo trabalhando no mesmo sentido. A Fenafe aí tomou corpo, a ênfase dada foi muito grande. Aconteceu em se fazer o parque, um sacrifício tremendo, pavilhão pra Fena-

fe, pavilhão pra bovino, pra suíno, uma pequena mangueira pra receber os animais, uma pista de julgamento pra suíno e pra bovino. Aconteceu a exposição e eu usei o conhecimento que eu tinha em exposições, fui buscar criador de gado leiteiro, em Clevelândia tinha os irmãos Passos com animais de alta categoria; fui a Videira, a Concórdia, trouxemos suínos, trouxemos bovinos, quase a totalidade desses animais trazidos de fora ficaram aqui, exatamente aquele pensamento que eu tinha vamos fazer uma troca de Ponte de madeira sobre o Urutago, qualidade. Isso tudo correndo no parque da 1ª Fenafe em 1967. atrás de financiamento, todo mundo, eu consegui um financiamento no Ministério da Agricultura, nião era pra se discutir quando ia ticamente encerrei minha atividaaquele com uma carência de cin- ser feito a Fenafe e eu fiquei es- de aqui, eu fui embora em 71 pra co anos pra pagar a primeira pres- cutando, não falei nada. De repen- Curitiba, foi a minha última expotação, juro baixíssimo e tal. Prati- te o Deni perguntou como é, Nar- sição e praticamente ali se encercamente todos os animais trazi- cizo, você não vai falar nada? Tá rou também a vida da Fenafe, e a dos foram vendidos e ficaram quieto aí por quê? Eu disse eu Expobel está até hoje. Eu imagiaqui. A exposição correu desse ouvi tudo, tá tudo muito bom, no, talvez seja até presunção mijeito, foi muito boa. O pavilhão da muito bacana, só tem um deta- nha, mas imagino que o trabalho Fenafe também, a exposição da lhe, exposição com Fenafe eu não que a gente fez em Francisco Belindústria e comércio. Foi uma ex- faço. Ele disse como assim não trão realmente foi um divisor de posição pequena por ter sido a faz? Você é funcionário público, qualidade em suinocultura e boprimeira, mas ela cumpriu seu ob- você é obrigado. Eu disse nin- vinocultura, eu tenho a conscijetivo. Depois que passou a ex- guém é obrigado, eu, Narcizo, não ência tranquila que profissionalposição, eu comecei a fazer a mi- faço, façam a Fenafe e eu faço a mente eu fiz um trabalho de quanha pesquisa. Chegava numa pro- exposição. Eu estou lançando um lidade, não sei se só por isso, priedade o senhor esteve na ex- desafio, porque se a Fenafe é mais mas eu trazia nas exposições técposição? Ah, na Fenafe? Estive importante que a exposição, por nicos de Curitiba, professores sim. Eu perguntava o que o se- que nós não fazemos uma avali- pra fazerem julgamento, fazerem nhor gostou lá? Muitos deles eu ação e passamos a investir só num palestra. perguntava e o feijão, o senhor evento, não em dois onde um é foi ver o pavilhão? Muitos res- negativo, vamos jogar toda a Contam que na primeira Fepondiam não, não fui lá porque nossa força num evento só, inves- nafe um cara trouxe um porco te no que for, esse grande, gordo, que achava que fiquei intertido lá com o gado. O fato O Deni perguntou é o meu pensamen- porco bom era porco gordo. Essa é que, no desenvol- como é, Narcizo, você to. Daí houve mui- história do porco, se não me fata discussão, é ló- lha a memória, é de Eneas Marvimento do trabalho durante a expo- não vai falar nada? gico. E realmente ques, que comentavam, eu não sição, eu e o (Edi- Eu disse eu ouvi tudo, aconteceu, foi fei- vou afirmar isso aí com toda seto em 69 a segun- gurança porque não fui atrás, mas var) Chico Martini estávamos pregan- tá tudo muito bom, da Fenafe. Eu não diziam que já existia um porco de muito bacana, só participei, mesmo um determinado colono, com não do identificações porque tinha expo- sei quantos quilos, 200, 300 quidos animais nos tem um detalhe, sição em Curitiba e los, sei lá, e que foi votar na Câpavilhões, de repente eu vi que me exposição com Fenafe eu trabalhava na mara uma verba pra que ele puparte técnica. desse comprar mais ração, mais eu não faço. chamaram. Me viComo eu estava milho pra engordar mais o porco, rei, tava o prefeito Cantelmo e o ministro da Agricul- em Curitiba trabalhando na expo- pra trazer pra cá pra ser campeão. tura, o dr. Ivo Arzua. O prefeito sição de lá, eu comecei ali o trachamou pra apresentar e tal, o mi- balho pra minha exposição em 70, nistro parabenizou pelo trabalho, era um compromisso meu e na JdeB – O senhor voltou a Cutudo bem. Mas na continuidade, época estava lá o presidente da ritiba em 71, mas o continuou quando eu comecei a fazer essa Associação Brasileira de Criadoparticipando das exposições pesquisa, o foco sempre eram os res de Suínos, era uma exposição aqui? animais. Nós tínhamos feito um nacional, e eu consegui dele a auNarcizo – Algumas sim, poracordo de cavalheiro com Cleve- torização pra realizar em 70 a 9ª que no início o Chico Martini, lândia, que também fazia exposi- Exposição Nacional dos Suínos ele que me desculpe, mas ele sabe ção na época, de fazer um inter- em Beltrão. A estrutura do parque disso, ele aprendeu com a gente câmbio, um ano era feito aqui, não dava pra isso, não tinha nem a organizar uma exposição, que outro ano em Clevelândia. Nós gaiola pra acomodar os animais exposição não é você saber fafizemos 67, e 68 era Clevelândia, em número suficiente, eu trouxe zer isto ou aquilo, você tem que e nós fazíamos a parte técnica de Curitiba, vieram gaiolas dester conhecimento do global, pra também em Clevelândia, tanto eu montadas. Nova pista pra suíno, onde tem um problema você recomo o Inivaldo. Veio 69, era a nós fizemos uma exposição de anisolver, não estar empurrando vez de Francisco Beltrão, lá por mais de altíssima qualidade. Ticom a barriga de um lado pro março, começou movimento no- nha o suplemento rural do Coroutro, e o Chico aprendeu a favamente de se fazer exposição e reio do Povo de Porto Alegre que zer isso. E as primeiras exposital, aconteceu uma reunião na dedicava duas páginas sobre a exções depois que eu saí o Chico Câmara. O Deni já era o prefeito. posição, porque foi uma exposifoi o coordenador técnico e ele, O coordenador da Fenafe naque- ção recorde de animais numa exgentilmente, pedia pra gente vir le ano foi o Osvaldo Euclides Ara- posição nacional de suínos, 638 aqui dar uma mão pra ele, eu vinha, e da primeira exposição o co- animais. Foram vendidos quase nha e ficava uma semana com ordenador geral era o Deni, eu era todos. A qualidade era excelente, ele na exposição, na parte técnio coordenador técnico. Nessa reu- a maioria dos compradores era da ca. Depois tem muita gente que região, imagine o fluxo de qualisabe fazer muito mais hoje, eu dade que deu isso aí. Talvez hoje não sei fazer mais nada. esteja acontecendo ainda o reflexo daquilo, é que pouca gente se JdeB – E a sua família gostoca disso, mas foi realmente uma tou do tempo que viveu em Belexposição extraordinária, tinha sutrão? ínos de São Paulo. Apenas um Narcizo – Pra nós é nossa secomparativo aqui, o maior produgunda terra, nós somos todos de tor de feijão da região era SalgaMorretes, mas adoramos isto do Filho, então o feijão ficou na aqui, se fosse possível todos nós região, só o título mudou. E exestaríamos aqui. Quando eu saí posição nacional tinha suíno de daqui, não que fosse contrariaSão Paulo, Paraná, Santa Catarido, mas foi mais por uma condina, Rio Grande do Sul, isso de ção de exigência de trabalho. Eu altíssima qualidade, e o movimentinha uma vida estável aqui, a to da exposição, em termos ecofamília também, meus filhos nômicos eu não sei porque eu nunadoram isso aqui até hoje. ca tive acesso a números, porque não era minha parte e eu não me JdeB – A dona Narciza diz que tocava, mas parece que foi altaculpa o senhor, porque o senhor O parque de exposições em 1967, palco da 1ª Fenafe. mente positivo. Em 1970 eu pra-

Por aí você pode ter ideia de como era a suinocultura. O senhor disse que chegou a pousar duas noites na estrada, por quê? Sim, porque era comum, aqui era tudo estrada de terra, pegava uma temporada de chuva, 10, 15, e você tinha que fazer uma visita numa propriedade lá em Capanema, por exemplo, ia, o caminho era o mesmo, aí fazia o que tinha que fazer, ia voltar, ah, quando chegava num trecho era caminhão atolado pra frente, caminhão pra trás, vinha outro já, você ficava preso ali. Se dava, na beira da estrada, condição de entrar numa roça de mandioca, de milho, você ligava a tração no jipe e passava, duas vezes eu não tive essa condição e posei no jipe. Não tinha outro jeito, mas você trabalhava muito. Na época da exposição, eu gostava porque o entusiasmo era geral, era o Deni, era o Mário, era o Cantelmo, era Fabris, Munaretto, quantas vezes também sábado e domingo o Grando, já falecido, assava o costelão, nós comendo e discutindo as coisas lá onde é o restaurante, nós comia, discutia, brigava, num bom sentido, mas as coisas saíam porque todo mundo dava a sua cota de sacrifício, de vontade de realizar, era muito bacana. trouxe ela depois voltou, deixou a mana sozinha aqui. Narcizo – Pois é, mas ela ficou bem porque está até hoje aqui, ela brinca, claro, mas Beltrão sempre foi uma cidade que nós adoramos muito. JdeB – Em Morretes o que o seu pai fazia? Narcizo – Meu pai era carroceiro, eu fui carroceiro mais de quatro anos. JdeB – E como é que um filho de carroceiro de Morretes se tornou veterinário em Curitiba? Narcizo – Por teimosia. Antigamente existia o curso primário, e a diretora onde eu cursei era de origem germânica e as coisas tinham que ser bem definidas, existia uma disciplina de um valor extraordinário que chamava educação moral e cívica, e que hoje eu acho que faz muita falta nas escolas. A gente, quando estava no último ano, que era o 5º ano, em Morretes não tinha ginásio, a professora uma vez ou outra perguntava "o que você quer ser quando crescer?", um era médico, outro dentista, outro advogado, e eu sempre quis ser veterinário, porque eu me criei no meio de animais. Não que o meu pai fosse fazendeiro, ele foi carroceiro, depois foi funcionário público do Departamento de Água e Esgoto de Morretes. Acho que a vida da gente é cheia de curvas mesmo, depende de você querer fazer a curva na descida ou na subida.


SOCIAL MUNDO ANIMAL Envie a foto de seu animal de estimação para a coluna Social do Mundo Animal. Capriche na foto, ele pode aparecer no jornal e ficar famoso. Contato: ligiatesser@yahoo.com.br

4A JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 16.6.2013

Cães prestam importante serviço de segurança pública Além de companheiros, eles inibem confrontos armados, facilitam buscas e controlam tumultos. JdeB - Os cães são grandes companheiros e amigos dos homens, há várias fábulas, mitos e histórias que contam como um cachorro defendeu seu dono e mostram como eles são solidários por natureza. Cada animal com suas características predominantes, uns correm mais, outros têm o faro superapurado, também há aqueles que têm uma audição mais desenvolvida, mas todos estão sempre dispostos a ajudar. Com esse espírito, os cães também prestam um serviço de segurança pública muito importante, com o auxílio à polícia. O 21º Batalhão de Polícia Militar (PM) de Francisco Beltrão já teve um canil, onde os cães eram treinados e ajudavam no combate ao crime. Atualmente, o local está desativado pela falta de espaço e a aposentadoria dos últimos cães. No Sudoeste, o Canil da Ronda Tático Motorizada (Rotam) do 3º Batalhão de Polícia Militar de Pato Branco é referência no Estado do Paraná e está em construção a nova sede da 2ª Companhia da Polícia Militar de Palmas, onde a Rotam também irá atuar com dois cães. Os animais facilitam na busca a drogas, ajudam no policiamento solidário — em que fazem companhia aos policiais —, colaboram quando há concentração de pessoas ou eventos e são muito eficientes no controle de tumultos, rebeliões e revistas. O Major Goldoni, do 21º Batalhão da PM,

Treinamento de cães pelo 3º Batalhão da Polícia Militar.

Aika tem três meses e é da raça siamês. Estava com uma coleira escrito "cat" com desenhos de gatinhos, mas sumiu quarta-feira, 12, por volta das 20h, na Rua Venezuela, bairro Luther King. Quem encontrá-la pode entrar em contato no 9907-4163.

Treinamento com bite suit, 2007, pela Rotam do 21º Batalhão. comenta que os cachorros evitam confrontos armados, pois podem atacar o atirador. O cão que ajuda no policiamento recebe treinamento de dois a três anos, isso depende da aprendizagem, e trabalha de cinco a oito anos; após este tempo, ele também merece aposentadoria e, em geral, é cuidado pelo policial que desenvolveu afinidade ou pela PM. Canil da PM de Francisco Beltrão O canil está, atualmente, desativado. O 21º Batalhão da PM tem uma cadela da raça labrador que está aposentada, mas a instituição conta com um policial cinófilo, o Cabo João. Segundo Major Goldoni, a estrutura é pequena e precisa de reformas. "A ideia é reativar com a nova escola e selecionar mais cinco policiais para compor o canil. Estamos fazendo reformas, após a conclusão do estande de tiros, será reformado o canil. A estrutura irá ficar atrás da Unidade Básica de Saúde", conta. O canil foi criado em 2007 e o Cabo João ficou responsável. Naquela época, a PM contava com três cães e um canil com cinco baias. No mesmo ano, a Associação Empresarial (Acefb) doou um bite suit, roupa especial para o treinamento de cães. O canil funcionou até 2011. Canil da PM de Pato Branco O canil da Rotam do 3º Batalhão de Polícia Militar conta com a ajuda de cinco cães treinados, de raça pastor malinois, rottweiler e pastor alemão. Mais três cães estão em

treinamento, entre eles um bloodhound chamado Radar. "Os cães são doados pelo Estado ou ganhamos em concursos. Um deles nós recebemos pelo primeiro lugar da categoria 'Faro de drogas', em São Borja, e outro em Curitiba, no curso de 'Busca em mata'. Todos os cães vêm bem jovens para o Batalhão e no momento ideal de cada raça começamos o treinamento", esclarece o Sargento Rondinelli. No 3º Batalhão atuam três policiais cinófilos que treinam os cães. Os animais, quando preparados, só saem em serviço guiados pelos policias do canil da Rotam, mesmo quando há ações em apoio a outros órgãos da polícia. Treinamento dos cães Os policiais de quatro patas, em geral, são doações do Canil Central de Curitiba, ligado ao Bope. O Capitão Pitz comenta que uma das raças mais versáteis para o treinamento é o pastor malinois. "Ele é multiação, com qualidades para busca e policiamento, pois é um cão versátil. O porte dele não é tão grande, mas é ágil. Ele tem um bom faro, é mais rústico e tem uma mordida forte", elogia. O treinamento é com exercícios repetitivos, métodos de skinner e pavlovianos, baseados na compensação do cão pela ação tomada. Capitão Pitz esclarece que muitas pessoas acreditam que o cão farejador de drogas é viciado, mas isto é um mito. "De forma nenhuma ele é viciado. A droga é isolada e ele aprende a identificar o pacote por meio de brincadeiras, quando acaba, ele é recompensado com comida ou carinho. O cão pode ser treinado para outros tipos de odores, como de pessoas perdidas na mata."

Kiara Luisa é uma poodle muito ativa, ela adora correr e tirar o fôlego do dono, Daniel Soares.

Lyon Django é um lindo chow chow de três anos de idade. Ele e seu dono, Ary Marchesan, são de Ampere.

Capitão Pitz mostra o canil que atualmente está desativado em Beltrão.

Este é o rottweiler Pantro, ele dá auxílio à Rotam de Pato Branco.

Eduardo Dorigoni com seu cachorrinho Mupe em visita à sucursal do Jornal de Beltrão em Dois Vizinhos. Eduardo é leitor assíduo do JdeB e também defensor dos animais.


Pato Branco

Domingo, 16.6.2013 JORNAL DE BELTRÃO

5A

Gente e sociedade

EDUCAÇÃO

Medalhista de Ouro da Obmep opta por não comparecer à cerimônia de premiação Medalhista de Ouro no Paraná da Obmep de 2012, a estudante Ana Maria Paludo diz que foram os pais que a ensinaram a importância dos estudos. JdeB - Ana Maria Paludo vem de uma família simples, mas ela conta que foram os pais, Neide e José Eugenio, que a ensinaram a importância dos estudos para o seu futuro. Na 8ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), realizada no ano passado, a estudante que até então cursava o 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual de Pato Branco, conquistou a Medalha de Ouro. Este é um grande feito, já que em todo o país apenas 500 estudantes recebem a honraria ao ano. A nota conquistada por Ana Maria também a colocou na primeira colocação do nível dois do Paraná. Nesta semana os estudantes condecorados com as Medalhas de Prata e Bronze da Obmep receberam suas premiações na cidade de Curitiba. As Medalhas de Ouro serão entregues em uma cerimônia a ser realizada no Rio de Janeiro, da qual a estudante patobranquense optou por não participar por não poder compartilhar o momento com os pais.

PS - Lembra qual foi a sensação ao receber a notícia de que sua pontuação lhe deu a Medalha de Ouro? - Sim, lembro-me muito bem. No primeiro momento eu quase não acreditei. Quando percebi que era realmente verdade eu abracei meus pais, chorei, ri e pulei de alegria. Senti muita emoção, uma sensação de vitória, pensando "Eu consegui!".

Ana Maria Paludo agora é aluna da UTFPR.

no processo seletivo que lhe deu vaga na UTFPR. Além da matemática você também possui bom desempenho nas demais matérias? Paraná Sudoeste - Você já havia - Sim, eu realmente fui a primeira conquistado uma boa colocação na colocada no processo seletivo para o Ensino Médio da UTFPR. Obmep em um ano anterior. Qual foi o "Quando pequena Gosto muito de estudar, e sempre tive notas boas em resultado? - Eu fui premiada em eu brincava de todas as disciplinas. duas edições anteriores escolinha, e dava da Obmep. Em 2010 e PS - O que você acredita aulas de ter sido o seu diferencial em 2011 conquistei Matemática aos para os demais estudantes medalhas de prata. meus alunos que participaram da OlimPS - Como surgiu Como foi a sua preimaginários" píada? o seu interesse pela paração? matemática, esta é - Eu separo estudo de lazer. Na hora de estudar, me dedico e sua disciplina predileta? - Eu sempre gostei de Matemática. me concentro exclusivamente nos Quando pequena eu brincava de es- estudos. Acredito ter sido esse o meu colinha, e dava aulas de Matemática diferencial, pois noto que muitos ouaos meus alunos imaginários. Meu tros alunos vão à escola para passear. interesse pelos cálculos só aumentou Ficam conversando com os amigos, à medida que fui crescendo e desco- mexendo no celular ou namorando, brindo a beleza de sua exatidão. Ma- quando deveriam estar prestando atentemática é, com certeza, a minha ma- ção na explicação do professor. A téria predileta. minha preparação específica para as provas foi resolver algumas provas de PS - Você foi a primeira colocada edições anteriores da Olimpíada.

O que foi notícia na semana em PB IBPF para agroindústrias Representantes de agroindústrias de toda a região sudoeste do Paraná estiveram presentes no escritório regional do Sebrae em Pato Branco na tarde de terçafeira, 11, para participar do workshop IBPF - Implantação de Boas Práticas de Fabricação. Vereadores aprovam Programa de Recuperação Fiscal O projeto de lei do Executivo que institui o Programa de Recuperação Fiscal (Refis) foi aprovado na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de quarta-feira, dia12. A matéria propõe a renegociação de créditos tributários de pessoas físicas ou jurídicas, que tenham ocorrido até 31 de dezembro de 2012. Os valores poderão ser pagos à vista ou parcelados integramente no período de 17 de junho a 16 de agosto, com a possibilidade de redução de até 100% do valor dos juros e multas. O prefeito Au-

gustinho Zucchi anunciou que sancionará o projeto na manhã desta segunda-feira. Concurso homologado O prefeito Augustinho Zucchi homologou na quarta-feira, 12, o concurso público da Prefeitura realizado em maio passado. Os cargos homologados referem-se à profissionais de diversas áreas, inclusive médicos generalistas e especialistas. O ato realizado no gabinete municipal foi acompanhado por vereadores, secretários e funcionários da Secretaria Municipal de Saúde. A chamada dos profissionais de saúde aprovados deve iniciar nesta semana. SPC lança novas ferramentas Na manhã de quarta-feira foram lançadas para os colaboradores e mais de 600 associados ao Sindicomércio as novas ferramentas do SPC Brasil para consulta de cadastro, são o SPC Busca e o SPC Fone.

O lindo Mateus Lazzari de dois meses filho de Marcos e Lilian registro de Eva Marchesi fotografia.

PS - Nesta semana os medalhistas de Prata e Bronze receberam suas condecorações em Curitiba. Como está a expectativa para receber a sua? - Na verdade eu não comparecerei à cerimônia (que será no Rio de Janeiro), porque sendo no meio da semana eu perderia vários dias de aula. Além disso, teria que ir sozinha, pois não permitiram nenhum acompanhante da família e nem mesmo um professor, além de custearem só os meus gastos, o acompanhante teria de ir em outro vôo e ficar hospedado em outro hotel. Portanto, receberei minha medalha pelo correio.

Comemoração em dose dupla das princesas Isabel cinco anos e Any 10 anos filha de Clarice e Aureo Perin. O registro foi de Eva Marchesi Fotografia.

PS - Qual a profissão de seus pais, algum deles trabalha em uma área que envolva cálculos? - Minha mãe é Do Lar, e meu pai está afastado de sua função de auxiliar administrativo por motivos de saúde. PS - De que forma seus pais a incentivam nos estudos? - Meus pais sempre me incentivaram nos estudos. De pequena, me mostraram que sem estudo não se chega a lugar nenhum, não se conquista nada. Eles sempre comemoram comigo, e se alegram com minhas conquistas. PS - Com relação ao seu futuro. Você já tem alguma ideia de qual profissão pretende seguir? - Sim. Eu quero fazer faculdade de Matemática. Adoro cálculos, porque não existe meio termo. Além disso, eu gosto muito de ensinar, e sempre quis ser professora.

Conferência do Meio Ambiente O município de Pato Branco - através da Secretaria de Meio Ambiente, Conselho Municipal de Meio Ambiente - junto com a Faculdade de Pato Branco (Fadep) realizarão nos dias 20 e 21 de junho, no Auditório da Fadep, a 4ª Conferência Municipal de Meio Ambiente com o tema "Resíduos sólidos". Acepb promove jantar anual A Associação Comercial e Empresarial de Pato Branco realiza na próxima quinta feira, dia 20 de junho, às 19h45 o seu Jantar Anual. Além de reunir o quadro social da entidade para uma confraternização, a diretoria fará a prestação de contas finaceira.

Seminário do Leite A UTFPR e a Agroindustrial Cooperativa Central (Confepar), com o apoio da Cooperativa Central de Captação de Leite (Coopleite) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, promovem o 1º Seminário de Qualidade de Leite no Sudoeste do Paraná. O palestrante do Seminário, que acontecerá no dia 11 de julho, às 14 horas, no Anfiteatro do Câmpus Pato Branco, da UTFPR, será o médico veterinário Emerson Ferraza. Os organizadores do evento esperam a participação dos produtores de leite da região Sudoeste e dos alunos de graduação e pós-graduação, além de extensionistas e profissionais liberais ligados a essa área.

Maria, filha de Daiane e Luciano numa foto de Eve Fonseca.

Encontrar números telefônicos é de todo o Sudoeste é fácil, acesse:

guiaparanasudoeste.com.br. Para incluir seu número, envie pelo site ou ligue para 3025-2970.

Daiane esperando a chegada do José, que está prevista para dia 3 de julho, uma quarta-feira. Foto Eve Fonseca.


ARTIGO

Meio ambiente em foco Por Moacir Gusso* Apesar da tecnologia mundial, que a cada dia nos surpreende, temos que a indústria automobilística parece estar longe de desenvolver uma alternativa viável para substituir totalmente os motores a gasolina e a diesel, combustíveis de origem fóssil e grandes poluidores. Criados no final do século XIX, os motores a explosão tiveram pouquíssimas mudanças desde então e, embora a legislação brasileira tenha imposto reduções de até 80% nos últimos 30 anos, a poluição gerada por um automóvel ainda impressiona. Segundo informações da consultoria Max Ambiental, um veículo com motor 1.4, que rode dez quilômetros por dia, emite em um ano 590 kg de gás carbônico — sendo que para compensar essa poluição cada motorista teria que plantar seis árvores a cada doze meses. No Brasil, veículos a álcool são neutros, pois que a poluição do motor é compensada pelo plantio da cana de açúcar, sendo que o canavial absorve mais gás carbônico que o emitido pela frota nacional movida a etanol. Ocorre que a nível mundial o número de carros movidos a álcool é quase irrelevante. Assim, enquanto não conseguem reduzir a poluição dos veículos, algumas montadoras lutam para diminuir o impacto ambiental da produção. A Renault europeia deve produzir 1 milhão de veículos que emitem menos de 140 gramas de gás carbônico por quilômetro. No Brasil, referida montadora estima que o índice esteja entre 140 e 160 gramas por quilômetro. Mas, com investimentos de até 5 bilhões, a empresa pretende neste ano reduzir em 10% o uso de água, em 15% o consumo de energia e em 5% o volume de gás natural por veículo produzido. Na Volvo instalada na Cidade Industrial de Curitiba, a meta é reduzir o consumo de energia em 28% economizando cerca de 4,3 mil megawatts-hora por ano. A medida contribuirá para emitir 800 toneladas de gás carbônico a menos todos os anos, já que cerca de 40% da matriz energética da empresa é de combustíveis, como gás natural, GLP e diesel. A Volkswagen — que tem no Paraná uma de suas unidades mais modernas — usa pintura à base de água, sem solventes, e pretende aos poucos reduzir as emissões por carro produzido. Por outro lado a Petrobrás informou que evitou a emissão de aproximadamente 18,5 milhões de toneladas de gás carbônico até o ano de 2011, esclarecendo que, em 2006, investiu 1.4 bilhão em preservação do meioambiente, e conseguiu reduzir o índice em 2% para 50,43 milhões de toneladas, mas com o crescimento da produção nos últimos anos, o volume é considerado alto se comparado às 30,43 milhões de toneladas de 2002. A emissão no ano de 2006, que inclui dados das unidades do país e do exterior, além dos navios que transportam o petróleo e da energia elétrica consumida, é equivalente a quase 85,5 milhões de carros populares que rodam 10 quilômetros por dia, ao longo de um ano. Para compensar todo esse volume e ganhar o título de "carbono neutro", a empresa teria de plantar cerca de 250 milhões de árvores, em 20 anos. O meioambiente, está em foco e evidentemente deve preocupar todos nós, pois que, com um pouco de sacrifício individual, poderemos deixar um planeta um pouco melhor para as gerações futuras. *Advogado em Dois Vizinhos.

6A JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 16.6.2013

Dois Vizinhos As obras do asfalto que liga a cidade de Dois Vizinhos ao campus da UTFPR estão sendo finalizadas. Além do asfalto, uma ciclovia está sendo asfaltada para que os alunos possam utilizar meios alternativos de transporte. Um trevo de acesso também está sendo construído para dar maior segurança aos veículos que forem trafegar na nova estrada.

Jair Galvan, Gelson Spironello e Valdir Galina foram voluntários para assar a carne na Festa de Santo Antônio de Pádua, em Dois Vizinhos.

Adair Silva, da Rádio RCV, Fábio Júnior, da Vizi FM, Jair Martins e Renata Marcon, da Acedv, no sorteio da promoção “Amo Dois Vizinhos”.

BOA ESPERANÇA DO IGUAÇU

ARTIGO

Eco-Carbono é parceira da prefeitura na SMA

Silêncio midiático – amplo risco social

Loire Biavatti Francischini

Da assessoria Com uma programação distribuída entre os dias 12 e 21 de junho, a Eco-Carbono Soluções Ambientais, empresa hospedada no Hotel Tecnológico da UTFPR/ DV, trabalhará em conjunto com a Prefeitura de Boa Esperança do Iguaçu, através da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Turismo, na promoção da Semana de Meio Ambiente (SMA) 2013. A programação iniciou na última quarta-feira, 12, com curso de formação de educadores ambientais direcionado aos professores do município, palestras sobre meio ambiente, cidades, importância das florestas nas propriedades rurais, além de oficinas com atividades teóricas e práticas direcionadas aos estudantes do município. Para a secretária municipal de Meio Ambiente, Loire Biavatti Francischini, o evento está sendo extremamente importante “já que trabalha

na conscientização, principalmente, das crianças”. Junto com a programação, também haverá lançamento de concursos de frases, desenhos e fotografias sobre temáticas ambientais. Os melhores trabalhos serão premiados em setembro, durante a programação da Semana da Árvore no município. As atividades irão envolver os alunos da rede municipal e estadual de ensino, além da educação especial. Eco-carbono A Eco-Carbono Soluções Ambientais foi criada em 2013, aprovada pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus de Dois Vizinhos, estando hospedada no Hotel Tecnológico da universidade, atuando em projetos que levem à sustentabilidade das ações de seus parceiros, com foco em desenvolvimento socioeconômico e ambiental em todas as suas iniciativas.

Por Fernando Alberto Araújo* A manifestação realizada por cristãos em Brasília em 5 de junho reuniu, segundo a Polícia Militar, 40 mil pessoas. O evento, organizado pelo pastor Silas Malafaia, contou com a presença de diversas correntes cristãs, inclusive com presença e apoio de católicos. Entretanto, a manifestação em frente à sede do Poder Legislativo do Brasil foi pouco noticiada pela imprensa em geral. Essa questão foi tema de um artigo do jornalista Reinaldo Azevedo, em sua coluna no site da revista Veja: "Que outra força consegue reunir tanta gente num dia útil? Não sei. O que espanta, no entanto, não é isso, não. A exemplo do que aconteceu com a Marcha para Jesus, no Rio, no último dia 25 (que pode ter levado até 500 mil pessoas às ruas), também a manifestação de hoje foi editorialmente ignorada pela grande imprensa. Qualquer protesto de meia dúzia de gatos-pingados merece muito mais espaço", criticou. Segundo Azevedo, os editores responsáveis pelos grandes veículos de imprensa no Brasil tem agido de forma imparcial: "Há uma clara manifestação de arrogância em relação às opiniões e às convicções de milhões de brasileiros, ali representados por muitos milhares. Parece que se parte do seguinte princípio: 'Se eu não noticio, então não existe'", disse o jornalista. O evento realizado foi síntese de uma resposta organizada por evangélicos aos inúmeros e recentes protestos realizados por ativistas gays, que discordam da postura conservadora defendida pelas correntes cristãs. "A mera comparação pode ser devastadora para aqueles que dizem seguir um jornalismo isento e independente. Todos os protestos contra o Marco Feliciano, por exemplo, que reuniam, muitas vezes, não mais do que duas ou três dezenas de pessoas, mereceram ampla cobertura da imprensa. Até as manifestações de pura truculência às portas de templos religiosos em que ele pregaria ganharam ampla visibilidade", relembra Azevedo, usando a postura da própria imprensa como ilustração para seu argumento. "Os que discordam do ponto de vista dos evangélicos podem achar que esse é, sim, um bom caminho. Afinal, como consideram 'reacionária' a pauta daqueles cristãos, acham correto que a imprensa abra mão de seu papel, que é noticiar o que sabe, o que apura e o que vê. Trata-se de um engano fatal, amigo! Amanhã, essa mesma imprensa pode ignorar algum outro assunto que você considera fundamental porque está fora da sua (dela) agenda", escreveu o jornalista. O texto completo do jornalista da Veja, Reinaldo Azevedo, encontra-se no seu blog, no seguinte endereço: http:/ /veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/os-cristaos-tomama-praca-do-congresso-mas-sao-banidos-do-noticiario. *Pastor da Comunidade Batista Betel em Dois Vizinhos, palestrante, colunista e escritor.


Dois Vizinhos

Domingo, 16.6.2013 JORNAL DE BELTRÃO

7A Contran define novas medidas

Funcionários e professores da educação estadual passam por capacitação O projeto 'Formação em Ação' reuniu mais de mil profissionais, entre diretores, professores e funcionários das escolas estaduais ligados ao Núcleo de Educação de Dois Vizinhos. Por Alexandre Bággio Os profissionais que trabalham com a educação vinculados ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Dois Vizinhos participaram na última quarta-feira, 12, e sexta-feira, 14, da Formação em Ação. O evento reuniu mais de mil pessoas que tiveram um dia para discutir métodos de atuação dentro e fora das salas de aula. A capacitação é formatada pela Secretaria Estadual de Educação e envolve diretores, pedagogos, professores, secretários e todos os funcionários dos estabelecimentos de ensino. As reuniões acontecem duas vezes por ano, uma no primeiro e outra no segundo semestre. "Os profissionais são divididos de acordo com suas disciplinas, por exemplo, temos grupos de educação física, ciências, geografia, português, matemática e inglês. Também temos um trabalho voltado para os pedagogos, agentes educacionais 1 e 2, que seriam os secretários e funcionários das escolas", explica Roseméri Aparecida Back, assistente técnica do NRE de Dois Vizinhos. "Os diretores e pedagogos têm a formação voltada para

Durante todo o dia, os professores discutiram metodologias de trabalho. o planejamento e o currículo. Já nas oficinas das disciplinas, se trabalham as diretrizes curriculares estaduais e as metodologias para se trabalhar na sala de aula. O docente mostra o que está fazendo, apresenta, problematiza e troca essas experiências", completa. Na quarta-feira, 12, os profissionais se reuniram em Salto do Lontra. Na sextafeira, 14, grupos trabalharam na UTFPR, Unisep e no Leonardo da Vinci, em Dois Vizinhos. "Temos, aproximadamente, mil pessoas envolvidas nas capacitações. Quarta, os alunos ainda tiveram aula normal, pois participaram somente alguns agentes. Hoje (sexta), todos os profissionais estão aqui e, por isso, os alunos tiveram recesso", completa a assistente. Neste primeiro semestre, a grande discussão é a inclusão da tecnologia nas

salas de aula. "Os professores se preocuparam muito em trabalhar o uso das tecnologias e temos várias oficinas que prepararam nesse sentido", diz Rosiméri.

Bom para os alunos Rosiméri comenta que os professores saem do encontro mais motivados e o reflexo é visto na qualidade do ensino dentro das salas de aula. "Além de ser uma parada, um dia que os profissionais estão tirando para discutir e refletir os temas e problemas das disciplinas, eles têm também um docente preparado para transmitir e fazer a sua formação. Além disso, temos muitos profissionais que são professores novos, recém-formados, outros que são ainda acadêmicos e já estão trabalhando e, nessas formações, eles conseguem agregar novas metodologias de trabalho", conclui.

Rotary Club DV celebra sucesso da Feira da Árvore Todo o dinheiro arrecadado será utilizado para manutenção dos projetos sociais da entidade. JdeB - Entre quarta e sábado, 15, o Rotary Club de Dois Vizinhos organizou a tradicional Feira da Árvore. O evento aconteceu no pátio da Suvel e disponibilizou, para venda, flores e mudas de árvores frutíferas e nativas para a população. "Fazemos a feira há 25 anos. No passado, ela acontecia na praça e agora estamos fazendo aqui na Suvel. Tem muita gente de Dois Vizinhos que espera nosso evento para comprar as mudas de árvores nativas e frutíferas", disse Abel David Vitto, integrante do clube. Todo o lucro obtido durante os quatro dias é destinado para entidades sociais. "Trazemos as plantas do Viveiro

Homem observa as opções de mudas e flores. Daneluz, de São Jorge D'Oeste, e revendemos aqui. O que arrecadamos, destinamos para entidades do nosso município", relatou Francisco Fialkowski. A feira é realizada no primeiro e no segundo semestre e todas as mudas vendidas levam informações sobre o correto plantio e cuidado. "Neste ano tivemos a sor-

te de conciliar a feira com o Dia dos Namorados e as vendas de flores foram muito boas", comemora José Perin. Os rotarianos se dividem em escala para atender o público e, até o final do ano, outros eventos gastronômicos serão organizados com o mesmo objetivo: angariar fundos para entidades sociais.

BOA ESPERANÇA DO IGUAÇU

Agricultores participam de curso sobre uso e manutenção de ordenhadeira JdeB - Durante três dias, 11 produtores de Boa Esperança do Iguaçu participaram de um curso de operação e manutenção de ordenhadeiras. A capacitação foi promovida pelo Departamento de Agropecuária em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). As aulas foram ministradas pelo instrutor Abílio Galvão Trindade Ferreira com carga horária de 24 horas (16 horas teóricas e oito práticas nas propriedades). O diretor do Departamento de Agropecuária, Valmor Tessaro, frisou que o curso mostrou a forma correta de utilizar os equipamentos. "Falamos também sobre a higienização, através das

Diretor de Agropecuária Valmor, instrutor Abílio e participantes do curso sobre ordenhadeiras. normativas 52 e 61, bem como outros aspectos importantes na produção leiteira. Busca-

mos analisar também se as instalações nas propriedades estavam corretas." Um exem-

plo dos erros que estavam sendo cometidos é que, em muitas propriedades, o pulsador estava regulado para 130 pulsações por minuto, sendo que o número ideal é 60. "Isso causa danos para a saúde do animal e diminui a produção leiteira", disse Tessaro. O diretor ressaltou que mesmo os produtores que não participaram do curso devem procurar técnicos do município ou de empresas especializadas para a devida regulagem dos equipamentos de ordenha. O curso teve apoio do Instituto Emater, através do técnico Valdísio Cândido Moreira, além dos técnicos e equipe do Departamento Municipal de Agropecuária.

para maquinário agrícola

JdeB- Entrou em vigor no último dia 7 de junho uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que altera o inciso 6º do Artigo 1º nº 14/98, Deliberação 137 e Portaria nº 130. Estas mudanças definem que tratores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção, de pavimentação ou guindastes em via Na foto, Juventino com seu pública, agora trator. Ele nunca tomou transitem com uma nenhuma medida de série de novas segurança. normas, com o objetivo de garantir a segurança. O projeto gera polêmica perante os agricultores e lideranças do setor, que sempre usaram o maquinário em estradas do interior sem estas exigências, inclusive para os trabalhadores rurais que operam máquinas antigas, e que as compraram sem os equipamentos necessários. Várias lideranças agrícolas receberam a nova medida com surpresa. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Francisco Beltrão, Leonardo Garcia, já houve reunião com a Associação dos Sindicatos Rurais do Sudoeste do Paraná (Assinepar), dia 7, no intuito de debater com os produtores rurais a lei dos emplacamentos, que exige que todos os tratores e máquinas agrícolas que circulam em vias públicas estejam emplacados e licenciados. Mas sobre a lei que faz exigências de uma série de equipamentos, Leonardo acredita que é necessária. "A maioria do maquinário já vem com esses equipamentos, mas sou a favor, pois se a máquina se deslocar para a rodovia, tudo isso é necessário", afirma. Para Cristiele Parizotto Steimbach, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Francisco Beltrão, a dificuldade será maior para quem tem máquinas usadas. "Quem tem máquinas mais novas não encontrará essa dificuldade, pois elas já vêm com essas exigências", avalia. Já Aores da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Dois Vizinhos, os produtores irão aguardar análise da Fetraf-Sul (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul) sobre estas mudanças. "É muito complicado falar sobre isso, pois não tenho ideia do valor econômico. Nossa federação faz uma análise e manda para nós. Vai ter muito impacto, não tenho (ainda) como mensurar os problemas que teremos." 90% das máquinas não estão enquadradas Segundo José Cláudio Silva, gerente de vendas da Verdesul Máquinas Agrícolas, de Pato Branco, 90% das máquinas do Sudoeste do PR não estão enquadradas nestas normas. "Desde o segundo semestre de 2010, as máquinas já estão sendo fabricadas dentro das normas, mas a maioria dos trabalhadores da região usa as mais antigas, que não estão enquadradas", justifica. José Claúdio acha a situação bem complicada, pois agora todos vão ter que transitar em vias públicas seguindo as normas da lei. "Nós, como concessionária, partilhamos da ideia de que nessa lei do Contran seja inserido um parágrafo quee só possa valer para máquinas fabricadas a partir de 7 de junho, data que a lei entrou em vigor", opina. O agricultor Juventino Pavanello não toma nenhuma medida de segurança. "Nunca tivemos nada disso, sempre vi muitos tratores sem essas medidas de segurança, às vezes ando 500 metros na rodovia, mas agora acho que é melhor andar a pé", comenta. É que há estradas que não possuem acostamentos. Mas ele também acredita que é perigoso andar sem os equipamentos. "Sei que é perigoso andar sem esses equipamentos de segurança, mas muitas vezes a gente se obriga", diz, acrescentando: “Eu também não pretendo entrar na lei”. Veja o que mudou Com a alteração, os tratores deverão transitar em via pública com: Faróis dianteiros, de luz branca ou amarela; Lanternas de posição traseiras, de cor vermelha; Lanternas de freio, de cor vermelha; Lanternas de marcha ré, de cor branca; Lanterna sonora de marcha à ré, de cor branca; Alerta sonoro de marcha à ré; Indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiros e traseiros; Iluminação de placa traseira; Faixas retrorrefletivas; Pneus que ofereçam condições mínimas de segurança (exceto os tratores de esteiras); Dispositivo ao controle de ruído motor, Espelhos retrovisores; Cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo; Buzina; Velocímetro; Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo Pisca alerta.


Africanos ministram palestra 8A JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 16.6.2013 na Escola do Campo da ECONOMIA Vargem Bonita, em Ampere

Geral

Mais de 25% dos inadimplentes do país são idosos Lideranças acreditam que endividamento dos aposentados está diretamente ligado ao comprometimento dos salários com créditos consignados.

Mamadi Queluntã Indiai e Quecoi Sani, de Guiné Bissau, são apresentados pelo diretor da escola, o professor César Cima Júnior, na quinta-feira. Por Adolfo Pegoraro Na tarde de quinta-feira, dia 13, os alunos da Escola Estadual do Campo Vargem Bonita, de Ampere, receberam a visita de dois africanos de Guiné Bissau para aprender um poucos sobre as diferenças culturais entre o Brasil e o país de origem deles. Mamadi Queluntã Indiai e Quecoi Sani moram em Pato Branco, onde estão fazendo mestrado em Desenvolvimento Regional pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). O professor César Cima Júnior, diretor da escola, fez a apresentação dos dois visitantes e salientou a importância de se aprender culturas diferentes enquanto se está no ambiente escolar. “Eles trazem realidades diferentes das nossas. Em Guiné Bissau, não há papel higiênico nos banheiros das escolas. Aqui no Brasil a gente tem e, muitas vezes, os alunos não valorizam. A gente fica chateado quando chega no banheiro e vê um rolo de papel jogado dentro do vaso, por exemplo”, comenta o professor, evidenciando apenas uma das situações que mais lhe chamaram a atenção. “Para nós, está sendo uma grande experiência aqui no Brasil, é um país mais desenvolvido que o nosso e estamos aprendendo para tentar mudar em Guiné Bissau. Viemos para cá para estudar e também para conhecer um pouco mais sobre a cultura local, divulgando também a de nosso país”, comenta Mamadi. “Esse contato com as crianças das escolas nos enche de esperanças, pois a gente vê que o Brasil tem um grande potencial pela frente, precisa apenas de alguns ajustes”, complementa Quecoi, durante a palestra aos alunos da comunidade da Vargem Bonita, que fica a sete quilômetros da cidade de Ampere, no sentido para a estrada que dá acesso a Pinhal de São Bento.

Os alunos da comunidade da Vargem Bonita assistiram atentamente à palestra. CRUZEIRO DO IGUAÇU

A Câmara Municipal de Cruzeiro do Iguaçu esteve representada pelos vereadores Jovânia Piva (DEM), Lurdes Bertoldo (PMDB) e José Bertoldo (PDT) em uma viagem a Brasília promovida pela Associação das Câmaras Municipais do Sudoeste do Paraná (Acamsop/13), micro de Francisco Beltrão. Na foto, Lurdes Bertoldo, deputado Dilceu Sperafico(PP), Jovânia Piva e José Bertoldo no ato da entrega da reivindicação para o município.

Por Niomar Pereira Um estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) demonstrou que 26% do total dos endividados no mês de abril eram pessoas com mais de 65 anos. O cadastro contabiliza dívidas com atraso no pagamento superior a 90 dias. De acordo com a instituição, a inadimplência dos idosos tem se mantido nessa média desde o início do ano, quando o levantamento considerando a idade dos devedores começou a ser feito. O gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges, aponta algumas razões. Primeiro, quando a pessoa se aposenta, costuma haver uma redução na renda. Depois, há um aumento dos gastos com a saúde, com itens como remédios e exames. Há também a influência da expansão do crédito, que faz os bancos terem uma postura mais agressiva, principalmente em relação ao empréstimo consignado, com desconto direto na folha da aposentadoria, comum nessa faixa etária. Outro fator que pode influenciar é o empréstimo do nome do idoso para outra pessoa conseguir tomar crédito. O presidente da Federação dos Aposentados e Pensionistas do Paraná (Feappar), Aécio Flávio de Araújo, salienta que a entidade está preocupada com a quantidade de idosos que estão com o nome sujo no comércio. Ele acredita que os empréstimos consignados estão comprometendo boa parte do rendimento dos aposentados, por isso o alto nível de endividamento. E o pior: os financiamentos, muitas vezes, são realizados para terceiros (parentes e amigos) que depois não pagam, deixando o idoso em situação

Sudoeste recebe mais Os benefícios pagos a idosos e pensionistas na região Sudoeste do Paraná pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ultrapassaram, em 2012, a marca de R$ 1 bilhão. O aumento foi de 12% com relação ao ano de 2011, quando foram repassados R$ 891 milhões. O valor é um importante recurso financeiro injetado na economia dos pequenos municípios, ajudando a movimentar o comércio local, contribuindo com a geração de emprego e renda. Em dezembro do ano passado, nos 42 municípios, 121.300 pessoas (17% de toda população) recebiam algum tipo de benefício previdenciário (aposentadoria, auxílio

Aécio Flávio Araújo, presidente Feappar.

delicada já que as parcelas são descontadas diretamente no salário. "Estamos orientando as pessoas para tomar cuidado, evitar empréstimos consignados a não ser que seja em última necessidade e, mesmo assim, procurando os bancos oficiais do governo de R$ 1 bilhão do INSSas menores taxas de que oferecem juros", alerta. doença, pensão, benefício Além disso,de a Feappar está incomoprestação continuada dada com(BPC), a forma com que os corentre outros), sendo 52.175das da instituições financeirespondentes área urbanaras e 69.125 da zona estão agindo na região. Represenrural. Com relação ano antantes ao destes bancos vão às residênterior houvecias, um aumento pou-todos os tipos de vanoferecem co superiortagens, a 3%, que ou seja, em muitas situações são 3.949 novosenganosas. cidadãos passaDepois que o contrato é ram a integrar a lista defica bene-muito difícil cancelar. assinado, ficiários da previdência na região. Em novembro foram pagos pela previdência R$ 80,9 milhões. O que chama a atenção é que a média dos benefícios não é alta, cerca de um salário mínimo por pessoa (R$ 674,00). O deficit, porém, continua alto. A região recebeu mais de R$ 1 bilhão em benefícios e arrecadou no mesmo período R$ 399 milhões. (NP)

Câmara rejeita proposta que dificulta concessão de consignado A Comissão de Finanças e Tributação, da Câmara dos Deputados, rejeitou recentemente propostas que dificultavam a concessão de crédito consignado (com desconto em folha) a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Na opinião do relator, deputado José Guimarães (PT-CE), a iniciativa de facilitar a concessão de empréstimos a aposentados do INSS "foi acertada, porque ampliou a capacidade de financiamento desse grupo e, consequentemente, estimulou a economia nacional". Essa modalidade de crédito bancário foi instituída pela Lei 10.820/03, originária de medida provisória. Por outro lado, o substitutivo da Comissão de Seguridade, que aglutinou os dois projetos agregados ao PL

2131, permite a concessão de empréstimo consignado, financiamentos e arrendamento mercantil a aposentados e pensionistas por meio de procuração. Pela proposta, a procuração deverá ser pública, com poderes específicos e prazo delimitado. O texto ainda proíbe instituições financeiras ou de crédito de oferecer ou contratar empréstimos em domicílio sem prévio consentimento dos beneficiários, sob pena de multa em valor correspondente ao dobro do emprestado. Já o PL 2131 torna obrigatória a homologação em cartório dos contratos de empréstimos consignados feitos por aposentados ou pensionistas INSS. A proposta também exige o reconhecimento de firma da assinatura do tomador do empréstimo. (Agência Câmara)

Jocemar Madruga, do Procon de Beltrão. A pessoa terá que provar que foi lesada. Em dois dias, o Procon de Francisco Beltrão recebeu seis reclamações de pessoas que se sentiram prejudicadas depois que fizeram empréstimos consignados. "Em muitos casos será preciso entrar na justiça e os valores que já foram descontados dificilmente a pessoa irá reaver", comenta Jocemar Madruga, funcionário do Procon.


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