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JORNAL DE BELTRÃO Francisco Beltrão, domingo, 30 de março de 2014 - Ano XXV - Número 5.312- R$ 2,00 - Fone (46) 3520-4000

NESTA EDIÇÃO, 2 CADERNOS, 24 PÁGINAS. JdeB, O LEITOR EM PRIMEIRO LUGAR. WWW.JORNALDEBELTRAO.COM.BR

Golpe de 1964

Foto de Cristiane Sabadin/JdeB

Aqui também provocou

grandes mudanças

Gente que faz seu próprio vinho

problema e você pode combater, mas não sabe contra quem e o motivo”. Ao sair do Exército, ele trabalhou com a igreja, ajudou a fundar a Assesoar e aí veio o período mais difícil. “A gente ia para uma reunião sabendo que nós podíamos fazer anotações, mas se, por acaso, entrasse alguém estranho, nós ia comer o papel escrito.” Hoje Meurer admite que o movimento tinha seu lado bom, mas errou na maneira como agiu. Veja também o que articulistas falam do cenário nacional. Págs. 3, 6 e 13

Seu cachorro está com otite?

Apoio com ressalvas à privatização de rodovias

Se o cachorro está com coceira na orelha, pode ser uma inflamação, doença comum nesses animais. Mundo Animal. Pág. 4A Jacir Dariva, presidente da Associação de Suinocultores de Itapejara D´Oeste, discursa no lançamento da Festa do Leitão Assado e da Expoita de 2014. Pág. 8 Foto de divulgação

Escritor coreano em Pato Branco

Escritor e publicitário sul-coreano Nicolas (Nick) Farewell está em Pato Branco, trabalhando para uma agência de publicidade. Ele escreveu vários livros e fala sobre o processo de criação. Paraná Sudoeste. Pág. 5A

TV Beltrão

Foto de Rafael Júnior/divulgação

Novo acidente no Itaquerão Novo acidente ocorreu ontem no Itaquerão, o estádio do Corinthias que vai sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo. Um operário caiu de uma altura de oito metros. Ele trabalhava na construção das arquibancadas que serão removidas após a Copa. Ele foi socorrido por uma ambulância da Odebrecht que fica no canteiro de obras e levado a um hospital.

bom, que deveria vir para melhorar nossa vida, mas não daquele jeito”.

Na Câmara dos Deputados tramita um projeto que está gerando polêmicas. Ele prevê que 20% das vagas em concursos públicos sejam destinadas a candidatos negros. Pág. 3

No mercado do vinho, o “elixir dos deuses”, tem para todos os gostos. Ou quase. Porque ainda há consumidores que preferem produzir o vinho de seu consumo. Pág. 16

Lideranças do Sudoeste do Paraná apoiam a privatização das rodovias BRs 153 e 476, nos trechos da Lapa (PR) a Chapecó (SC). Mas os líderes ouvidos ressaltam que o preço deve ser justo e não como os valores cobrados hoje no Anel de Integração. Paraná Sudoeste. Pág. 8

Daniel Meurer, hoje morador de Cruzeiro do Iguaçu: “Tinha alguma coisa que era

Projeto que privilegia candidatos negros em concurso é polêmico

Foto de Niomar Pereira/JdeB

Solange Retka, 34 anos, precisou dar continuidade ao tratamento do filho prematuro Samuel, na UTI neonatal de Cascavel, e utilizou o transporte aéreomédico. Ontem, ela e o filho já estavam de volta ao Hospital Regional de Francisco Beltrão. Samuel está bem e agora só precisa ganhar mais peso para receber alta. Pág. 14

O golpe militar que completa 50 anos nesta segunda-feira, 31 de março, provocou muitas mudanças no país e aqui no Sudoeste do Paraná não foi diferente. Desde o primeiro dia. A família da hoje professora Marina Niceia Cunha, de Marmeleiro, viajava de ônibus para Pranchita e o pai, que era militar, teve que ficar em Pato Branco, devido ao golpe. Daniel Meurer, que servia o Exército em Francisco Beltrão, passou a cumprir ordens, como acontecia com os demais soldados. “Você sabe que tem um

Sudoeste

Uma cobra cascavel foi encontrada no perímetro urbano de Chopinzinho. Ela pesava pelo menos A BR 153, oito quilos. Paraná Sudoeste entre União da Hermínia Garbossa, de Verê, Vitória e a 21 filhos, é a entrevistada desta divisa dos edição. Págs. 2A e 3A estados do Paraná Cléber Carlão, o Paraná do Dois e Santa Vizinhos Futsal, diz que “os Catarina, caras só lembram de quem é está recebendo campeão”. Pág. 7A melhorias. Dois mortos - um de Itapejara Pág. 8A e um de Dois Vizinhos num acidente de trânsito em Pato Branco. Pág. 16 Edital pág. 3

Ontem de manhã, no Calçadão, o prefeito Cantelmo Neto e vários secretários apresentaram à população beltronense estes veículos e máquinas que foram adquiridos (com recursos gerados pelo município) para a Secretaria de Urbanismo. Pág. 3


EDITORIAL

A boa solução do sistema binário em Francisco Beltrão

Depois de dois meses de funcionamento do sistema binário nas ruas Curitiba e Tenente Camargo de Francisco Beltrão, os dados coletados pela Lahsa Engenharia e pelo Debetran mostram o sucesso da experiência, com aumento do fluxo de veículos, conforme anunciado nesta semana pela assessoria da Prefeitura. De fato, a ideia caiu no gosto dos motoristas e da população, apontando no sentido de que a experiência se estenda para outras ruas e avenidas, dando um caráter moderno para a movimentação automobilística da cidade, sem esquecer A ideia caiu no do espaço dos ciclistas e dos horários de trafegabi- gosto dos motoristas lidade. e da população, É sabido que o aumenapontando no to do número de carros sufocou nas cidades sentido de que brasileiras. Um problema a experiência se que antigamente era somente das grandes estenda para outras metrópoles, acabou ruas e avenidas, se imiscuindo para o dando um caráter interior, se incorporando nas cidades médias. moderno para a No caso de Francisco movimentação Beltrão — um veículo automobilística da para cada duas pessoas —, o problema não é cidade. exclusivo do município. Nesse sentido, soluções têm de ser apresentadas. Ou tentativas de soluções. Aliás, o tema foi debatido na campanha municipal de 2012 e estava na ordem do dia de setores da sociedade. Se no passado a criação do Faixa Azul foi um encaminhamento razoável para permitir fluidez nas vagas de estacionamento, e, mesmo na sequência, ampliando sua extensão, de uns anos para cá as iniciativas exigiam novos desdobramentos. Nesse sentido, desde janeiro essas duas grandes ruas de Beltrão inauguraram a nova experiência (registre-se que o centro já possuía trechos de mão-única, como na Rua São Paulo e a Av. Antônio de Paiva Cantelmo), que, sob a coordenação da Lahsa Engenharia e Debetran deve continuar. Cabe ressaltar também que o trânsito binário poderá contribuir, a médio prazo, para a descentralização do comércio. Este outro aspecto é também um ponto positivo do novo trânsito que se instaura em Francisco Beltrão. EXPEDIENTE: JORNAL DE BELTRÃO Diário de terça a domingo Fundação: 1° de maio de 1989. Propriedade: Editora Jornal de Beltrão Sociedade Anônima. CNPJ 95420188/000133 -Rua Mato Grosso, 55 CEP 85.605-280 - Francisco Beltrão - PR. Fonefax: (46) 3520-4000 Conselho Editorial (º) e Conselho de Administração (*): Badger Vicari*º, Celso Albino Reichert*º, Claudiney Del Cieloº, Domingos Rafagnin*º, Flávio Cesar Pedron*º, Itamar M. Pereira*, Ivo A. Pegoraro*º (presidente), Luciano André Trevisan*º, Luiz Carlos Bággioº, Marcos Kuchinski*º e Quintino Girardi*º. Diretor de Redação: Jornalista Ivo A. Pegoraro - ivo@jornaldebeltrao.com.br Chefe de Reportagem: Jornalista Flávio Cesar Pedron - flavio@jornaldebeltrao.com. br Diretor Administrativo-Financeiro: Celso A. Reichert - celso@jornaldebeltrao.com.br Diretor de Produção: Quintino Girardi quintino@jornaldebeltrao.com.br Gerente de vendas: Marcos Kuchinski comercial@jornaldebeltrao.com.br Impressão própria As matérias assinadas não representam, necessariamente, a opinião do jornal. Notícias nacionais e internacionais Agência Estado e Agência Brasil Representantes Dois Vizinhos: 3536-2929 (Sucursal) Pato Branco: 3025-2970 Curitiba: Merconeti (041) 3079-4666 Brasília: Central de Comunicação - (061) 3323-4701 O Jornal de Beltrão é associado à ADI-PR (Associação dos Jornais Diários do Interior do Paraná) Endereço eletrônico: jornaldebeltrao@gmail.com assinaturas@jornaldebeltrao.com.br www.jornaldebeltrao.com.br e www.guiaparanasudoeste.com.br Cartas e e-mails: O Jornal de Beltrão faz questão de publicar as cartas e/ou e-mails dos leitores mas, por problema de espaço, quando forem muito longas, ou se for resposta a outra opinião ou a algo publicado no jornal, e sempre que fogem do tema em debate, reserva-se o direito de sintetizá-las.

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2 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3.2014

Opinião

Umas e Outras Em Beltrão, durante a Expobel, o presidente da Associação de Secretários Municipais de Agricultura da Região de Francisco Beltrão (Assema), Hélio Vansetto, de Santa Izabel do Oeste, foi questionado a respeito da provável privatização das BRs 153 e 476, que seguem em direção a Curitiba, por onde passam vários caminhões da região Sudoeste. Hélio ressaltou que não é contra a privatização de estradas. Mas ele entende que os governos precisam pensar, também, no modal ferroviário. Sobre a concessão de rodovias à iniciativa privada, Hélio tem uma opinião enfática: “O governo tem que ter o controle sobre as taxas. No Paraná, do Sudoeste ao Porto de Paranaguá, qual o custo do pedágio? Se tivesse o controle, aí tem pontos que o governo poderia intervir. Mas também tem que ver como manter a malha viária”. Hélio cita a necessidade de expansão da malha ferroviária nacional devido ao crescimento, nos últimos anos, do setor agrícola. Para ele, o governo não tem como manter as rodovias, “tem que investir em ferrovia”. O presidente da Assema acrescenta que “o Brasil é o único país do mundo que vai crescer a produção. É impossível transportar tudo através das rodovias. Tem que se pensar urgentemente em ferrovias”. O ex-vereador de Francisco

Em Curitiba, o encontro do deputado estadual Nelson Luersen com o ex-deputado Aryzone Mendes de Araújo.

Beltrão e ex-deputado estadual nos anos 70 Aryzone Mendes de Araújo foi recebido nesta semana pelo deputado Nelson Luersen (PDT), no gabinete da Assembleia Legislativa. “Aos 85 anos, Aryzone ainda é referência política e de empreendedorismo de Francisco Beltrão”, disse o pedetista. Será realizada quarta-feira, dia 2 em Curitiba, a reunião de instalação do Conselho Estadual de Proteção e Defesa Civil (Ceprodec). O evento terá a participação, pela primeira vez, de representantes de 27 instituições de diferentes áreas e setores do governo, universidades e da própria sociedade. A novidade é resultado do Decreto Estadual nº 9.557, de 6 de dezembro de 2013, com novo regulamento, instituindo o Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil do Paraná. A iniciativa também é resultado do Fortale-

cimento da Gestão de Riscos de Desastres que integra o Projeto Multissetorial para o Desenvolvimento do Paraná, realizado com o apoio do Banco Mundial. O novo ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, deve ter papel relevante a partir de agora no governo e junto ao Congresso, em especial nas conversas com a base aliada. Experiente, ele deverá dar um tom mais propositivo, com mais autoridade para a interlocução. Ideli Salvatti, que deixa a pasta, não tem o peso político que o governo precisa nesse momento de crise política com setores do PMDB e com parlamentares “independentes”, além, claro, da CPI da Petrobras. Ideli assumirá a Secretaria de Direitos Humanos, já que Maria do Rosário, deputada federal gaúcha, se prepara para uma nova eleição.

A noite dos mortos-vivos O governo Dilma Rousseff se parece, cada vez mais, Em 2009, a empresa estava em 12º lugar entre as maiocom um filme de terror. Daqueles, tipo “A noite dos mor- res do mundo; há um ano, caiu para 48º lugar e, agora, tos-vivos”, cheios de zumbis que andam, com os braços em 2014, ocupa a 120º posição. Em apenas cinco anos a estendidos, desengonçados e assustadores pelas ruas, car- Petrobras perdeu 73% de seu valor de mercado. Vale hoje regando sua maldição e sua desgraça. US$ 76,9 bilhões, menos de um terço dos US$ 286,5 biO mais novo morto-vivo petista é a credibilidade inter- lhões que valia em 2008. Um terror. nacional do Brasil. A agência de risco Standard & Poors, Outro zumbi petista, que perambula por aí, em péssimo rebaixou a nota do Brasil de BBB para BBB-. Mais uma estado de conservação, é o conceito gerencial da presidenqueda e o país perde o “grau de investimento” e nossos te Dilma Rousseff. Vendida por Lula, o falastrão, como papéis caem para a categoria “junk” (“lixo”). A Petrobras, uma gerente insuperável e uma técnica incomparável, ela a Eletrobras e mais uma penca de bancos e empresas tam- vai de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo pelo bém tiveram suas notas rebaixadas. erro. A avaliação das agências de risco determina o quanto Dilma era a presidente do Conselho da Petrobras quando o Brasil vai pagar de juros para colocar seus papéis no aconteceu o desastre de Pasadena. Nada fez para impedir mercado e influencia a decisão de investidores de aplicar o desastre da Abreu e Lima. Também é responsável pelas seu dinheiro. O Brasil foi rebaixado catástrofes que afetam nossa econoA Petrobras também le- mia, pela inflação, pela opção fatal pelo devido à lambança nas contas públicas, a perspectiva de baixo crescimento, a vou um “beiço” de US$ 20 populismo tarifário na energia elétrica, piora no déficit nas transações com o por espantar os investidores com seu exterior e, por último, mas nem por is- bilhões de Hugo Chávez. mandonismo ridículo. so menos importante, pela decisão de O falecido caudilho veneOutros zumbis que desfilam pelas Dilma de esconder esses desastres com zuelano convenceu Lula ruas assustando as pessoas são os que ridículas maquiagens contábeis. representam o apodrecimento ético O morto-vivo mais vistoso do PT é a construir uma refinaria, do PT. São os zumbis mais antigos de a Petrobras, nossa maior estatal, que a Abreu e Lima, em Per- todos. Desde 2005, quando explodiu o sofre horrores indizíveis submetida à nambuco em parceria com mensalão, maior escândalo de corrupincompetência e à corrupção petista. ção da história da República, que eles Entre os escândalos está a compra, por a Venezuela. Chávez ficou andam dando sustos nos incautos. Os US$ 1,2 bilhão, de uma refinaria em de bancar metade da obra, maiores símbolos dessa falência ética Pasadena, no Texas, que o vendedor os zumbis mensaleiros que cummas nunca colocou um são havia adquirido por módicos US$ 42,5 prem pena na Papuda. centavo de bolívar. milhões. Os zumbis petistas têm dois aliados A Petrobras também levou um “beitrapalhões. Um deles é o secretário do ço” de US$ 20 bilhões de Hugo Chávez. O falecido caudi- Tesouro Nacional, Arno Augustin, também conhecido colho venezuelano convenceu Lula a construir uma refinaria, mo o maquiador-geral da República. Ele tenta fazer que a Abreu e Lima, em Pernambuco em parceria com a Vene- os zumbis pareçam gente vendendo saúde. Até agora, não zuela. Chávez ficou de bancar metade da obra, mas nunca enganou ninguém. colocou um centavo de bolívar. No Senado, o trabalho de disfarçar o estado de putrefaA estatal enfrenta ainda denúncias de propina na com- ção dos zumbis petistas foi dado à pobre senadora Gleisi pra de plataformas de petróleo e teve diretores presos pela Hoffmann que, apesar de seus esforços loucos (brecou a Polícia Federal. Por mais assustadores que sejam os es- redução da maioridade penal, atacou o ministro Joaquim cândalos de Pasadena e da Abreu e Lima eles ainda são Barbosa para defender os mensaleiros, disse que a crise da modestos perto do conjunto da obra. A Petrobras está hoje Petrobras não era tão grave assim...), não tem dado conta muito mais morta do que viva. do recado. A cada intervenção de Gleisi a situação do goDilma obriga a Petrobras, que virou cabide de emprego verno só piora dos ‘companheiros’, a vender combustíveis a preços defaNo final das contas, o grande zumbi que perambula sados para segurar a inflação e a comprar equipamentos de pelas ruas do Brasil talvez seja o próprio petismo. E um fornecedores locais mais caros que no exterior. zumbi, como se sabe, é uma criatura que já morreu, mas A Petrobras é forçada ainda a importar gasolina e diesel, ainda não se deu conta disso. porque a autossuficiência nunca passou de uma bravata de Lula. Como vende aqui mais barato do que compra lá Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do fora é uma das poucas petroleiras do planeta que perde Paraná e líder do governo na Assembleia Legislativa. dinheiro quando o preço do petróleo sobe.


Política

Domingo, 30.3.2014 JORNAL DE BELTRÃO

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francisco beltrão

Novos veículos são apresentados à população JdeB - Ontem de manhã, no Calçadão de Francisco Beltrão, o prefeito Cantelmo Neto (PMDB), acompanhado de vários secretários, apresentou à população uma nova frota de veículos e máquinas destinados à Secretaria de Urbanismo. Os recursos, na ordem de R$ 1,3 milhão são oriundos de receitas do município. Segundo o secretário de Urbanismo, José Carlos Vieira, alguns desses veículos e máquinas já estão trabalhando, como o trator que puxa uma capinadeira a fogo, que já foi testada na cidade. “Mostra grande agilidade para limpar ruas que têm grama ou outra vegetações, não pode ser usada onde tem vegetação seca, porque provoca incêndio”, diz Vieira. Estavam presentes também os secretários Saudi Mensor (Administração), Daniela Celuppi (Desenvolvimento Rural), Viro de Graauw (Educação), Ana Lúcia Manfrói (Ação So-

Lembranças de uma menina no regime militar

Prefeito Antonio Cantelmo Neto e secretários diante dos novos veículos e equipamentos. cial) e o diretor do Debetran, Rudimar Czerniaski.

Novo leilão de velhas máquinas Em entrevista para a imprensa que compareceu no

Calçadão, o prefeito Cantelmo Neto disse que está sendo preparado um novo leilão de máquinas e quipamentos velhos, da Prefeitura. Entre os mais antigos, ele citou um caminhão que foi

adquirido ainda no tempo que seu pai, Antônio de Paiva Cantelmo, era prefeito de Francisco Beltrão (1965 a 1968 e 1973 a 1976). Deve ter, portando, no mínimo 38 anos.

Governo estadual contrata 288 novos agentes Com isso são mais de 3,2 mil profissionaispara o setor penitenciário. AEN - O governador Beto Richa (PSDB) assinou decreto, nesta semana, nomeando 288 agentes penitenciários aprovados em concurso público realizado entre 2013 e 2014. Os novos agentes vão atuar nas 33 unidades penais coordenadas pelo Departamento de Execução Penal (Depen) da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Para cumprir uma jornada de 12 horas de trabalho por 60 horas de descanso, alternadas por 24 horas de trabalho por 48 horas de descanso, e uma folga mensal de 24 horas ou duas de 12 horas, os novos contratados passam a receber um salário mensal bruto de R$ 4.395,45. São R$ 1.252,36 de salário básico e R$ 3.143,09 como Adicional de Atividade Penitenciária (AAP).

Com isso, o Paraná passa a ter 3.270 agentes penitenciários concursados, além de outros 123 agentes femininos e 200 agentes de monitoramento, contratados por Processo Seletivo Simplificado (PSS), somando 3.593 profissionais cuidando de 18.500 presos em todos os estabelecimentos penais do Estado. Somam-se a esses profissionais, outros 1.235 agentes de cadeia pública, também contratados por PSS, que atuam em 56 carceragens da Polícia Civil do Paraná, que estão em gestão compartilhada entre as Secretarias da Justiça e a da Segurança Pública).

deste ano, sendo aprovados 375 pessoas. Os demais 87 agentes penitenciários aprovados no concurso serão contratados, gradativamente, para substituir aqueles que deixam o sistema. “Nosso compromisso é iniciar ainda este ano um processo para a contratação de todos esses aprovados”, afirmou a secretária estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes. Os novos agentes nomeados deverão se apresentar em suas respectivas regiões na terça-feira, às 9 horas da manhã, nos seguintes locais: Auditório Seleção Mário Lobo, Palácio das Araucárias, Os 288 agentes penitenciários con- Centro Cívico, Curitiba; Penitenciária tratados foram selecionados em con- Estadual de Cruzeiro do Oeste (PEcurso público iniciado em 2013, que CO); Penitenciária de Foz do Iguacu registrou mais de 35 mil inscritos. A II (PEF II); Penitenciária Estadual exigência mínima foi de que o candi- de Francisco Beltrão (PEFB); Penidato tivesse o ensino médio completo. tenciária Estadual Ponta Grossa (PEComposto por cinco etapas, o proces- PG) e Penitenciária Estadual de Casso seletivo foi concluído em fevereiro cavel (PEC).

Projeto que garante cotas raciais em concursos gera divergências ABr - Aprovada na quarta-feira, 26, pela Câmara dos Deputados, a reserva de vagas para candidatos negros em concursos públicos é motivo de polêmica. Especialistas divergem quanto à pertinência e aos impactos da nova legislação. O Projeto de Lei 6.783/13 prevê

a destinação de 20% das vagas em concursos da administração pública federal, autarquias, sociedades de economia mista e fundações e empresas públicas, por um período de dez anos. Encaminhada pelo Ministério do Planejamento e pela Secretaria de Políti-

cas de Promoção da Igualdade Racial, a proposta ainda deverá ser votada pelo Senado. O advogado Max Kolbe, especialista em concursos e membro da Comissão de Fiscalização da OAB-DF, é contrário à aprovação da lei e acredita que a proposta é prejudicial à boa prestação dos serviços públicos. “Após a Constituição de 1988, houve a transição para o estado gerencial e surgiu a figura do concurso público. [O concurso foi instituído] para aprovar o candidato mais bem qualificado a exercer o serviço público. Isso é meritocracia”, argumenta ele, que também critica o critério para ingresso pelo sistema de cotas. O projeto de lei determina que poderão concorrer às vagas reservadas os que se autodeclararem pretos ou pardos no ato de inscrição, conforme o quesito cor ou raça usado pelo IBGE. “O Brasil inteiro é multirracial, toda a população brasileira po-

derá fazer jus à lei de cotas. Se o Brasil inteiro vai poder concorrer, vai virar um tiro pela culatra”, prevê Kolbe. No entanto, Alexandre Crispi, diretor e professor do Alub, grupo educacional no Distrito Federal que prepara candidatos para o vestibular e concursos públicos, não vê prejuízos à meritocracia e prestação dos serviços públicos e cita o sucesso do sistema de cotas na UnB e UFRJ, pioneiras ao adotá-lo no início dos anos 2000 antes que se tornasse obrigatório. “Não é um argumento forte, pois ele [candidato que entrará pelo sistema de cotas] vai fazer a mesma prova. Vai concorrer nas mesmas condições. Na UnB, perceberam que a nota [de corte] em alguns cursos pelo sistema de cotas chegava a ser maior [do que no sistema universal]. Não caiu a qualidade dos cursos”, defende.

Marina Niceia Cunha Mês de março no Brasil é tempo de relembrar principalmente os erros da ditadura militar a partir de 1964. Os escândalos atuais têm alguma relação de imposição e desfaçatez, na atual democracia pela qual se lutou tanto e alguns até deram sua vida pelos ideais que acreditavam: políticos, sociológicos, filósofos, etc. Algumas pessoas permanecem desconhecidas na luta por um país democrático e outras lutam no dia a dia para que o país continue democrático. Alguns brasileiros se importam com a história da sua Pátria, outros não aprenderam a valorizar a terra tupiniquim. De quem é a culpa? Não é tema para discutir-se neste texto, pois quero reportar-me ao dia 31 de março de 1964, 50 anos atrás, e contar-lhes um pouco sobre esta data, cujos acontecimentos até hoje são importantes para a história do nosso país. Já foi considerado feriado e comemorado na escola com hinos e versos. Dia 31 de março de 1964 estávamos de viagem de Curitiba a Pranchita. Fomos pegos de surpresa pelo golpe militar deflagrado na madrugada. Ao chegar a Pato Branco, meu pai, João, soldado da Polícia Militar, transferido, ficou à disposição no quartel obrigatoriamente. Passamos a noite num hotel e de manhã ele nos colocou no ônibus da empresa Kovaleski. Seguimos viagem chorando por deixá-lo, agarrados à saia da mãe que, temerosa, não entendia o que estava acontecendo, pois o comentário era de que “estourara uma guerra no Brasil”. Polícia e sirene para todo lado anunciavam que nada estava bem. Nossos olhos curiosos perscrutavam pela vidraça embaçada o silêncio. Ninguém nas ruas de Pato Branco. Casas fechadas. Durante a viagem, em cada rodoviária, ouvia-se o rádio para saber o desenrolar dos acontecimentos. Silêncio entre os passageiros, afinal nem sabiam o que estava acontecendo. Um comentário em voz baixa aqui, outro acolá. Chegamos a Pranchita. Subimos o que hoje é a rua principal, arrastando as malas até a casa da “comadre Zelinda, do Russo”, madrinha do meu irmão menor. Outra história de outro tempo que lá moramos em 1958-1960. D. Zelinda matou a fome das crianças e nos dirigimos à casa do soldado Gilberto para pouso. Nesse tempo as pessoas eram solidárias, como D. Zelinda que nos recebeu de surpresa. Os policiais repartiam sua casa com outros policiais porque todos eram jogados de um lado para outro, de acordo com as necessidades das cidades. Menos se observava as dos próprios policiais. Assim foi nossa vida de crianças e adolescentes. Nenhum policial da época da ditadura contestava. Apenas recebiam ordens dos comandantes e as cumpriam. Ninguém ousava desrespeitá-los porque sua conduta era impecável. Nada de corrupção. Um pequeno erro era cadeia e expulsão na certa. Exalto meu pai e colegas de farda que foram policiais de renome. Avançando um pouco, me vejo professora aqui em Marmeleiro nesse período. Os professores tinham de buscar permissão em Curitiba, no Dops, para poder lecionar, isto é, comprovar que nenhum era comunista e tinha ideias revolucionárias. Professora de Ensino Religioso nos colégios estaduais de Marmeleiro, inocente, moça nova, cheia de sonhos e crenças na humanidade, ex-moradora da capital, que amava viajar, enfim, pessoa ideal para representar os colegas. Documentos em mãos solicitados pelo Dops, que comprovavam a idoneidade de todos, viajei. A fila que antecedia o Dops dobrava quarteirões diariamente. Primeiro dia, segundo dia, terceiro dia lá estava eu às 6 horas. Somente no quarto dia consegui entregar os documentos para a pessoa na recepção, que olhava e rabiscava as folhas com cara feia e ares de mofa. Liberada, voltei com as cópias em mãos, que permitiam aos professores lecionar. Aqui já pensavam que eu tinha sido abduzida pelo regime, apesar de ser filha de militar. Ah! Esqueci-me de dizer que só no terceiro dia alguém se dignou, no Dops, a separar os professores do interior e os da capital para agilizar o procedimento a que me ofereci para representar os colegas. O ano? Talvez 1969. Fui estudante e professora nessa época, mas esta é outra história. Marina Niceia Cunha Professora e pedagoga Colégio Estadual de Marmeleiro


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Por que sou católico? (7) Analisaremos hoje um dos grandes motivos do por que sou católico. Mais um, entre milhares! Falo agora da doutrina da Igreja. Sim, falo de doutrina mesmo! Aquela pregada e ensinada desde os tempos de Jesus Cristo, cuja base e raízes profundas, alicerçam-se na Palavra de Deus e na tradição dos antigos papas e santos. Entender a doutrina da Igreja é mais uma questão de inspiração do Espírito Santo do que grandes doses de estudos teológicos. Porque o entendimento desta doutrina vem pela fé! Vem pelo “sopro”. Vem pelo “ouvir”. Vem pela obediência! Juntando tudo isto num homem ou numa mulher, pode-se dizer: estamos diante do Ser Sábio! Portanto, é a “simplicidade de coração” que faz abrir as comportas da fé interior. E estas jorram em abundância nas vidas daqueles que estão ao redor desta fonte. Nesta “fonte de humildade” nascem e se forjam os santos. A doutrina da Igreja é o próprio Evangelho, é o próprio Jesus Cristo, é o próprio Deus! Perfeita e intocável! São os homens e mulheres de todos os tempos que devem adaptar-se a esta sã doutrina, se de fato querem alcançar a Verdade, a Sabedoria e a Paz! Mas isto, para o homem enquanto na terra, é uma busca interminável! Haverá num coração assim uma “fome por amor e justiça”! Fique bem claro: não estou falando da sabedoria escrita nos livros dos homens! Todos os escritos humanos, se não levarem homens e mulheres para Deus, são falsos, ilusórios, passageiros e sem serventia! Enquanto a humanidade não entender a Sã Doutrina – o ensinamento de Deus – não haverá justiça, não haverá paz, não haverá riqueza, não haverá consolo. O pior dos problemas está no fato de que homens e mulheres interiormente sabem e conhecem esta verdade, mas a rejeitam. Por isso toda a guerra do mundo contra a Igreja. Por tal motivo a rejeição da Sã Doutrina é a rejeição do próprio Cristo de Deus! A ciência dos homens e mulheres começa a dar frutos e a apresentar bons resultados a partir do momento em que eles escolhem “ouvir” e seguir esta maravilhosa doutrina. Então seus escritos, suas descobertas, suas invenções se tornam úteis para a humanidade. Então os conhecimentos humanos acumulados geram uma nova ordem no universo e a própria natureza trabalha a favor da humanidade. Hoje, até ela, parece estar contra... O que estou dizendo não significa que homens dentro da Igreja, até com poder e unção de mando, não tenham cometido equívocos e erros grosseiros, em detrimento da verdade! Sim, onde há homens isto acontece até mesmo dentro da Igreja. Mas como visto em outras oportunidades: a partir deste momento eles não pertencem mais a Igreja de Cristo! Por vontade própria, já estão separados. Então até na Igreja – até na Igreja Católica, Apostólica, Romana – sempre será preciso separar o joio do trigo. Sempre será oportuno usar a ferramenta do Discernimento observando a Verdade de todos os tempos: a sã doutrina não muda! Se alguém mudar qualquer traço da lei, está ensinando o que é próprio dos homens. E isto é de Satanás! Portanto, aqui está a dica: se você perceber algo mudando no ensinamento da Igreja, algo sendo desviado do Evangelho e da tradição dos antigos santos e papas, eis o sinal de que eles estão fora da Igreja. Se alguém ver, ouvir ou tiver qualquer visão que ensine algo que diverge do Evangelho e da Igreja, isto não é de Deus! O próprio Jesus nos avisou de todas estas satânicas artimanhas. Cuidado! Itacir Camilo Rovaris

artigo

Aproximemo-nos de Deus “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto.” (Salmo 50,12) A Quaresma é um tempo favorável para fazermos uma revisão de vida. É um convite à mudança, por isso, neste dia, façamos nosso exame de consciência e nos arrependamos de nossos pecados, busquemos a reconciliação com Deus, por meio da confissão, e nos reconciliemos com as pessoas das quais nos distanciamos por diversas situações de mágoa, rancor, inveja e outros sentimentos que nos afastam de Deus e das pessoas. “Na fraqueza e na fragilidade da nossa vida, podemos nos voltar para Deus, com a confiança de filhos, e entrar em comunhão com Ele. Diante de tantas feridas que nos fazem mal, e poderiam endurecer o coração, somos chamados a mergulhar no mar da oração, que é o mar do amor sem limites de Deus, para desfrutar de sua ternura” (Homilia do Papa Francisco na Quarta-feira de Cinzas). Jesus, eu confio em Vós! Luzia Santiago Canção Nova

4 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3.2014

Leitura

Catolicismo

O coração e a história de nossa igreja (2) Aprofundamentos referentes à ressurreição de Jesus. As palavras de Jesus são as mesmas palavras do Pai. Tudo o que Jesus realizou foi à mesma ação do Pai. O conceito judaico de intermediação dizia: - “O mensageiro de um homem é como se fosse ele mesmo”. Havia uma ligação profunda entre os dois personagens. O paradoxo é muito grande: Deus vai salvar o mundo mediante a morte de seu Filho. A morte de Jesus é o ato mais humano e, ao mesmo tempo, o ato mais cruel, de todos os atos humanos. Deus, devido sua natureza divina, não morre. Por isso, veio em Jesus, em forma e natureza humana, sem perder a sua divindade. Por que será que nenhum judeu da época de Jesus, tenha milhões de seguidores nos dias de hoje, como Jesus tem? – Por que Jesus continua sendo adorado e amado hoje? – É por que Jesus, o mesmo Jesus histórico, é também o Senhor vivo e ressuscitado. Ele continua conosco e os outros já se foram e não são mais lembrados. O núcleo central da ressurreição de Jesus É comum e aparece nos quatro evangelhos. Há diferenças quanto aos nomes das mulheres, a hora exata da manhã, o número de anjos e assim por diante. Porém, esses detalhes não negam o fato da ressurreição. Lençol limpo e túmulo novo servem para salientar a piedade do sepultamento

tempos, quando Deus levantaria todos os justos de Israel. Em Jesus, isso não aconteceu. O túmulo vazio foi o que ficou para trás. É a prova do seu triunfo sobre o pecado e a morte. O túmulo cedido por José de Arimatéia é mencionado nos qua-

Dom Agenor Girardi. entre os judeus. Outro aspecto explica também que isto tenha sido possível porque o cadáver de um condenado não podia ser posto em túmulo já ocupado, pois aí profanaria os ossos dos justos. A sepultura de um morto era de suma importância entre os judeus. Era o último reconhecimento e amor oferecido ao falecido. A descoberta do túmulo vazio é descrita de modo diferente pelos quatro evangelhos, pois se fossem idênticos em todos os detalhes, poderia dar suspeita de combinação anterior. As diferenças indicam confirmações independentes, mas verdadeiras e seguras. A esperança da ressurreição dos mortos O cristianismo sem a ressurreição de Jesus não é cristianismo. É impossível compreender o Novo Testamente sem a ótica da ressurreição. Os judeus tinham uma idéia física da ressurreição. Para eles, o principal objeto da ressurreição eram os ossos do falecido; não era nem mesmo a carne, que era perecível. Depois da decomposição, os judeus ajuntavam os ossos dos seus mortos e os guardavam em caixas, esperando assim a ressurreição no final dos

Mensagem do dia

Aprenda a enfrentar os seus problemas

Quando não nos atemorizamos nem nos desesperamos diante dos problemas, conseguimos encontrar a solução para eles. Que aventura linda é buscar o caminho da solução de um problema, desenvolver os cálculos e chegar à solução deles. Todas as dificuldades têm solução, mas precisam ser enfrentadas. E a solução para todas elas é Jesus. Diante dessa verdade, nós não podemos cruzar os braços. Caminhando com o Senhor, vamos chegar à solução de todos os problemas. Somos muito mais felizes quando encontramos a solução dos nossos conflitos em

Mons. Jonas Abib Jesus. A Canção Nova só é o que é, hoje, porque soube enfrentar seus problemas. É isso que Jesus está nos ensinando hoje. A Palavra de Deus para nós hoje é: CORAGEM. Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova

Por que meus projetos não dão certo? Cuidado com o pessimismo! Pense também que existem pequenos e grandes projetos, alguns pessoais e outros divinos. Parar para identificá-los será sempre importante! Sugiro que você trace um pequeno projeto, porém, repleto de sentido. Que diga respeito mais a quem você é do que às coisas que você faz. Talvez você esteja se impondo projetos grandes demais. Já pensou assim? Com carinho e orações! Ricardo Sá - Canção Nova

tro evangelhos. O sepultamento honroso do corpo de Jesus é um dos fatos mais bem confirmados que temos sobre o Jesus histórico. Dom Agenor Girardi, MSC - Bispo Auxiliar de Porto Alegre-RS.

Alcóolicos anônimos

Doença do alcoolismo O alcoolismo é uma doença incurável, progressiva e fatal. É uma doença física, mental e espiritual. É a doença da Família onde mesmo não bebendo todos sofrem. Beber durante muito tempo causa uma série de problemas que afetam o fígado, o sistema nervoso, o coração e o cérebro. O excesso de álcool também contribui para o aparecimento da pressão alta, problemas estomacais, sexuais, osteoporose e câncer. Além disso, o alcoolismo pode levar à outras dependências químicas, violência e traz dificuldades de relacionamento com a família e no trabalho, perde o crédito, a confiança, pode causar acidentes, como os de trânsito, cair de uma escada... ser assaltado...maltratado... O abuso ou a dependência do álcool pode transformar a pessoa em macaco, leão e porco, se desenvolver rapidamente ou de maneira gradual, progressiva em sua vida. No começo, beber pode parecer algo extremamente normal, uma vez que muitas pessoas têm esse hábito. Aproximadamente 90% da população podem beber controladamente e não desenvolver a doença do alcoolismo sem nenhum problema. Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS, os 10% das pessoas, no entanto começam bebendo socialmente e progridem para um estágio de dependência do Álcool. Com o passar do tempo, doenças mentais costumam aparecer, como a depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico e distúrbio de ansiedade. Ainda que beber possa num primeiro momento, dar a sensação de amenizar os efeitos desses transtornos, na verdade é pura ilusão, o álcool só agrava a doença. É preocupante para as famílias que têm filhos em escolas que promovem festas de formatura onde jovens de 15 anos abusam da bebida alcoólica. Estatisticamente está comprovado que 20% desses jovens não chegarão à vida adulta. Para se livrar do problema do alcoolismo, primeiro é admitir a impotência perante o álcool – bebendo o primeiro gole a pessoa perde o domínio da sua vida. Em seguida, dependendo do grau do seu alcoolismo, deve procurar um médico e um psiquiatra de sua confiança, para um tratamento numa clinica para dependentes químicos e alcoólicos. Depois que o álcool for abolido do seu organismo e da sua vida, deve procurar os grupos de ajuda de Alcoólicos Anônimos na sua cidade. Sozinho ninguém consegue. É necessário um trabalho de segmento, cuidando da reintegração social, uma luta diária de reconquistas com a ajuda e apoio da família é fundamental. Porque sem isso, a taxa de recaída é altíssima, cerca de 90% volta a beber antes de quatro anos. Por isso, só por hoje deve evitar o primeiro gole, de vinte quatro em vinte quatro horas permanecer sóbrio, para poder ajudar outras pessoas que ainda sofrem dessa doença. A Família é quem mais sofre. Uma vez Na escola sempre nos ensinaram instalada a que a família é a célula mater da sociedade, onde é o início de tudo, doença do começa a formar o cidadão, o alcoolismo em onde homem de bem, o pai exemplar. De pelo menos acordo com o histórico da humanium de seus dade, sabe-se que a lisura familiar nem sempre responde pelos atos membros, dos seus parentes. toda a família Uma vez instalada a doença do alcoolismo em pelo menos um de padece. seus membros, toda a família padece. Principalmente quando está célula forte quiser esconder o problema. Somente aquelas pessoas que convivem com os doentes do álcool ou aquelas que já perderam um ente querido, pai, mãe, filhos, irmãos, sabem o quanto é dolorida e degradante essa caminhada. Todas estão marcadas por profundas cicatrizes que não se apagarão jamais. “A família é um corpo e quando falta um membro, sobrecarrega os demais que choram a sua ausência”, (Alcoólico Anônimo). Todas as pessoas que passam pela nossa vida, não passam por acaso, elas vieram para amar e ser amadas... Com o suor do nosso rosto compraremos o pão nosso de cada dia e sustentaremos a nossa família. Se nós somos garis (peão de prefeitura), catadores de papel, zeladores, jardineiros, pedreiros, pintores, eletricistas, mecânicos, médicos, professores, gerentes ou um grandes empresários, somos seres humanos como qualquer outro. Bem sabemos que nós seres humanos não somos iguais, pensamos e agimos diferentes uns dos outros, basta conferir a nossa digital, nenhuma é igual à outra. Fomos apenas feitos a imagem e semelhança de um Poder Superior a quem chamamos de Deus. Alcoólicos Anônimos –

Francisco Beltrão – Pr.


Social

Domingo, 30.3.2014 JORNAL DE BELTRÃO

5 Hoje, dia 30 * Adelar Dalla Costa * Adriana Grohs * Adriane Barcaro * Andressa Gazzalle * Altair de Medeiros * Antônio Vargas * Cláudia Secco * Caroline Pancera * Felicita Petri Spessatto * Lucas de Almeida Jardim * Itamar Pires Vieira * João Sérgio Canterle * Mauricio Matias * Maicon Otávio Peter

“Uma boa cabeça e um bom coração foram sempre uma combinação formidável.”(Nelson Mandela) Reforço no Judiciário

O Sudoeste ganhou cinco novos juízes substitutos. No total, foram empossados na quarta-feira, 26, 31 magistrados, entre eles Janaina Monique Zanellato Albino que assume na Comarca de Chopinzinho, Tatiane Bueno Gomes assume em Palmas, Apoema Carmem Ferreira Vieira Domingues Martins Santos vai pra Realeza, Jacqueline Bervian em Dois Vizinhos e Aneiza Vanessa Costa do Nascimento para a Comarca de Santo Antônio do Sudoeste. Além de jovens, eles chegam cheios de ideias e de vontade de trabalhar. E trabalho é o que não vai faltar. Boa sorte a todos!

* Michelli Arenza * Ricardo Corso * Renildes Vandresen * Vivaldino Melo Moreira Amanhã, dia 31 * Ana Nair Biava da Silva * Ângelo José Stolfo * Davi Gadens * Elois Felicio Rodrigues * Jesuino Pietrobon * Miguel Centenaro * Silvana Sanderson * Simone Buratto

As bailarinas Bárbara Cella e Elizangela Senem. A Eliz está divulgando uma super novidade no seu Studio Bio Dança: balé adulto, no período da noite, terças e quintasfeiras, às 19:15 horas. Se por algum motivo você teve que parar e gostaria de voltar a dançar ou, quem sabe, sempre teve vontade de fazer, não perca esta oportunidade.

Quem está curtindo férias nas lindas praias do Nordeste são os beltronenses Danielli e Giovani Rios, Dleiza e Neri Barbieri e Ana e Roberto Castellani. Esta foto foi tirada na sexta-feira, 28, em Porto de Galinhas, Pernambuco. Eles ficam por lá mais alguns dias.

Nos últimos preparativos para o casamento estão Daiana Ecker e Natan Martins da Silva. Eles trocam alianças no dia 5 de abril. Foto: Iris Digital

No sábado, 22, teve chá de bebê pra Lavínia. Esbanjando muita alegria a mamãe Lari Vacari foi muito paparicada pelas amigas.

Foto: Juarez Gralak

Aqui, a Lari com o marido Iran Vacari, ansiosos para a chegada da Lavínia, que nasce no dia 22 de maio.

A pequena Giovana Vitoria, filha de Gildo Sotili e Juliana Chaves.

Frio chegando

Segundo o Simepar (Instituto de Meteorologia do Paraná), o frio deve chegar um pouco antes do que a gente quer, pelo menos pra quem prefere o verão, como eu. De acordo com a previsão, vamos ter geadas já em abril. Tivemos um verão com temperaturas altíssimas, e mesmo pra quem gosta de derreter, em certos períodos foi quase que insuportável aguentar os mais de 40 graus. Porém, há várias semanas as manhãs são mais frescas, e as tardes mais agradáveis. Em Santa Catarina, até já fez temperatura negativa nos últimos dias. Se isso for uma mostra do que vem por aí... vamos congelar!


6 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3.2014 Professores analisam os 50 anos do golpe militar de 1964 Nesta página, três professores universitários de Francisco Betrao escrevem sobre os 50 ano do golpe militar de 31 de março de 1964. Eles abordam, sob o manto da Guerrea Fria, questões econômicas, históricas e políticas imprimindo uma visão pessoal sobre o legado que a intervenção militar proporcionou nos 21 anos de regime — de 1964 a 1985.

Para entender a ditadura militar Adilson Alves São muitas as possibilidade de recortes para discutir períodos de exceção. A ditadura militar, que durou de 1964 a 1985, um período complexo da nossa história, não é diferente. É preciso fazer um recuo histórico para entender os processos mais amplos. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, URSS e EUA dividiram o mundo em duas grandes áreas de influência. E cada um deles tentava alinhar os demais países ao seu conjunto de valores. Neste período, o planeta foi dividido em dois grandes blocos, um socialista e outro capitalista. Esse conflito ficou conhecido como Guerra Fria. Entre 1960 e 80 vivemos o auge desta guerra. Em 1962 ocorreu o episódio dos mísseis de Cuba. Esse acontecimento abalou o poder e o prestígio dos EUA na região, então eles passaram a agir de forma mais dura e articulada na região. Pois as ações da Guerra Fria não se restringiam à ilha de Fidel. Em toda a América Latina os movimentos populares alinhavam-se mais com os russos do que com os americanos. Dentro desse contexto geopolítico, as intervenções patrocinados pelos EUA tornaram-se mais frequentes de tal forma que, o que ocorreu na América Latina foi produto de uma ação coordenada mais ampla, articulada à guerra fria. Prova disso foi a existência da Operação Condor que articulou Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai — criada para coordenar a repressão a opositores das ditaduras. Essa operação protagonizou a caça a líderes opositores em todo o Cone Sul. Gostaria agora de me ater às questões sociais do Brasil no período, fazendo uma pequena descrição de quem éramos e qual o legado da ditadura para nós. Como éramos na década de 1960? O Brasil era um país de analfabetos: 46,7% de nós não sabia ler ou escrever. O rural era o local de habitação de 54,9% e a força que movimentava a economia era o braço do trabalhador e a tecnologia, a enxada, pois o modelo desenvolvimentista promovido por JK apenas começava a dar sinais de seu papel na economia. Para transformar o Brasil rural em urbano, os militares adotaram um modelo de expansão urbana e concentração de terras e riquezas que teve importante impacto na sociedade brasileira, como o aumento da pobreza, da inflação e da divida externa. O índice de Gini era de 0,53 em 1964; quando deixam o poder em 1985, o índice estava em 0,62. Este índice mede a distribuição de renda e pode variar de 0 a 1, sendo quanto maior, pior — se zero, todos têm a mesma renda; se 1, apenas um indivíduo possui toda a riqueza. Para o leitor ter uma ideia do impacto disso, em 2011 o índice de Gini ficou em 0,50. Levamos 47 anos para atingirmos a distribuição de renda equivalente ao inicio da ditadura. No que se refere à inflação, apesar a terem mantido sob certo controle até 1972, a partir de 1973, com o primeiro choque do petróleo, ela saiu do controle: 110,24% em 1980, 110,24% em 1981; 211,02% em 1982, 223,90% em 1983. Em 1987 no início da democracia, a inflação foi de 416% e em 1988, ano da promulgação da nova Constituição, chegamos a 1.037,56%. Uma economia altamente indexada e uma divida externa impagável. A divida externa brasileira era US$ 3,9 bilhões em 1964 e em 1986, US$ 108 bilhões. A título de conclusão, ao deixar o poder os militares entregam um país endividado, trabalhadores empobrecidos, hiperinflação, instituições sociais frágeis e fundamentalmente uma dívida social enorme que precisa ser paga para que o país possa avançar. Regimes de exceção, sejam de direita ou de esquerda, nunca são bons para a população. Enquanto sociedade precisamos garantir e fortalecer nossa democracia. Permitir que as forças das praças e ruas participem de forma efetiva nos destinos do país, e impedir que tais regimes voltem a acontecer. Adilson Francelino Alves Professor adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e do programa de Mestrado em Desenvolvimento Rural Sustentável e doutor em Ciências Humanas campus de Francisco Beltrão

Geral

Ditadura militar: crescimento, inflação e endividamento

José Maria Ramos A análise econômica do período da ditadura militar brasileira, iniciada em abril de 1964 e que se estende até março de 1985, pode ser dividida em dois grandes momentos: o primeiro, marcado pelas reformas institucionais, o endividamento externo e o “milagre econômico”, que abrange o período de 1964 a 1973. O segundo período, compreendido entre 1974 a 1984, tem como principais características o declínio do modelo de crescimento e a expansão e crise da dívida externa no início dos anos de 1980. Entretanto, os problemas de ordem econômica e política do início da década de 1960 decorrem, em partes, do modelo de desenvolvimento adotado ainda no governo de Juscelino Kubitschek, que promoveu forte crescimento, mas que deixou para o período seguinte elevada inflação, endividamento externo e desequilíbrio das contas públicas. Isto gerou um descontentamento da burguesia industrial com governos populistas e uma indecisão sobre o regime político a ser adotado: parlamentarismo ou presidencialismo? Isso contribuiu para que o golpe militar ocorresse sem grandes conflitos iniciais. Com os militares já governando o país, as primeiras preocupações no campo da economia eram diagnosticar o problema inflacionário e apresentar um plano de controle da inflação,bem como instituir reformas estru-

turais que permitissem um crescimento acelerado. Nesse sentido, Castello Branco implantou o Plano de Ação Econômico do Governo – PAEG, entre 1964 e 1967, trazendo reformas significativas para economia nacional. As reformas abrangeram o sistema tributário, o sistema monetário-financeiro e o setor externo, que em grande parte continuam válidas até os dias de hoje, principalmente no sistema tributário. A reformulação do sistema tributário tinha como objetivo ampliar a capacidade de arrecadação, instituir competências tributárias para cada ente federativo, limitando estados e municípios a legislar sobre a matéria, ou seja, um sistema tributário centralizador. Na seara monetário-financeiro foi instituída a correção monetária e redefiniu-se o sistema financeiro nacional com a criação do Banco Central e o Conselho Monetário Nacional, com objetivo de ampliar o mercado de capitais e facilitar o acesso e o ingresso do capital internacional, visava-se assim uma internacionalização do sistema financeiro. No setor externo, o objetivo era estimular o desenvolvimento econômico via ampliação das exportações e reduzir as pressões sobre o balanço de pagamento, facilitando o ingresso de capitais internacionais por meio de investimentos externos. Esse conjunto de reformas proporcionou aceleração do crescimento econômico para o período de 1968 a 1973, que obteve um crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) superior a 10% ao ano, puxado principalmente pelo desenvolvimen-

to do setor industrial. Esse período é caracterizado como o “milagre econômico” brasileiro, haja vista que o país conseguiu expressivo crescimento aliado à redução dos índices de inflação e equilíbrio das contas externas. Porém essa situação pode ser explicada pelo arrocho salarial e o expressivo endividamento externo, que em 1968 era de pouco mais de US$ 4 bilhões e em 1973 era de US$ 14,8 bilhões. Portanto, um milagre sustentado pelo endividamento externo e pelo arrocho na renda da classe trabalhadora, o que indica que o Brasil vivia um momento de crescimento e não de desenvolvimento, já que os ganhos de produtividade não eram repassados à classe trabalhadora. A década de 1970 trouxe diversas dificuldades à economia brasileira, em 1973 ocorreu o primeiro choque do petróleo, que quadruplicou os preços. Tal fato, somado à necessidade de ampliar as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos) e insumos básicos para manter o nível de produção provocou uma desorganização nas contas externas do país e pressão inflacionária. Nesse contexto de crise internacional surgiu um dilema para a economia nacional: prosseguir com o crescimento via endividamento, ou então ajustar a economia com contenção da demanda e evitar uma aceleração inflacionária. O governo até iniciou um ajuste, mas por questões políticas o ajuste foi abandonado e o governo apresentou o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) com a finalidade de ampliar a estrutura de oferta

da economia brasileira, reduzindo a dependência externa de bens de capital e promovendo uma descentralização espacial dos projetos de investimento. O II PND proporcionou um forte crescimento econômico, não na mesma magnitude do período do “milagre econômico”, porém com elevação da inflação e ampliação do endividamento, um aumento de US$ 32 bilhões no período de 1974 a 1979. Em 1979 ocorreu o segundo choque do petróleo, e em 1980 a elevação dos juros internacionais. Esses dois eventos externos afetaram demasiadamente a economia brasileira, ocasionado principalmente aumento no custo da dívida externa e a aceleração da inflação, levando o Brasil a buscar ajuda no Fundo Monetário Internacional para equilibrar as contas externas. Nesse cenário de crise, o país não consegue mais manter seu ciclo de crescimento, salvo algum espasmo. A partir desse momento inicia-se um longo período de baixo crescimento e inflação alta, deteriorando ainda mais a distribuição de renda. Diante desse breve contexto econômico do período da ditadura militar, o Brasil transformou-se na oitava economia mundial, porém com uma significativa dívida externa e inflação elevada, que comprometeu os períodos seguintes. Além desse quadro ruim herdado, o modelo de crescimento provocou um sistema de distribuição de renda considerado um dos piores do mundo José Maria Ramos Professor de Economia brasileira na Unioeste e delegado do Corecon-PR,

O golpe militar de 1964 e o seu contexto Odair Eduardo Geller Na manhã do dia 31 de março de 1964, de Minas Gerais, o general Olímpio Mourão Filho se pôs em marcha em direção ao Rio de Janeiro. A princípio, um ato aparentemente isolado, o movimento ganharia força na noite deste dia para se concretizar no 1º de abril, coincidentemente o dia da mentira. Chegava ao seu fim um processo de luta política iniciado há aproximadamente 19 anos antes. Acabada a Segunda Grande Guerra Mundial em 1945, o mundo mergulhara no clima de Guerra Fria. Disputa entre blocos ideológicos excludentes, o capitalismo versus o socialismo real. Durante mais de 40 anos, Estados Unidos e União Soviética protagonizaram uma grande “partida de xadrez”, com o planeta como tabuleiro. Temendo um confronto direto, ambos dominavam a tecnologia atômica, os jogadores procuraram utilizar elementos locais, mobilizando, para tanto, os recursos mais variados possíveis. Na América Latina, o período é marcado por uma série de investidas, majoritariamente norte-americanas. Por elas, pressionados em função do constrangimento gerado pelo discurso que afirmava a liberdade como um bem característico de seu legado, os Estados latino-americanos serão alvo de estratagemas os mais variados. Da “diplomacia do dólar” (tática que visava construir uma relação de dependência econômica através da concessão de empréstimos externos ou da instalação de empresas norte-americanas) ao financiamento da oposição política a governos independentes, o processo era

permeado pela progressiva introdução de elementos da doutrina Macarthista. Delírio sintetizado pelo discurso do senador estadunidense Joseph Reymond McCarthy, a doutrina associou o comunismo a figura do “mal” presente no universo escatológico religioso Quaker. A partir de então, todo o dissidente passou a ser “acusado” de comunista, e, por extensão, alçado no nível do imaginário coletivo à condição de figura demoníaca, o inimigo não de um regime político, mas de instituições caras à sociedade cristã ocidental, tais como a família e a sexualidade. Identificado genericamente como o “agente subversivo”, ele falaria a mesma língua e se comportaria como um nacional, sendo, portanto, de difícil identificação, ele poderia estar em todos os lugares, escondido atrás de qualquer rosto. Semeando insegurança, o emprego do conceito dentro da Doutrina de Segurança Nacional, viabilizou o incremento da violência de Estado contra todo e qualquer indivíduo ou organização que não compactuasse com a postura liberal. No Brasil, o governo do general Eurico Gaspar Dutra (1945–1950) representa a opção política pelo alinhamento com os Estados Unidos. Nele, associada à criação de instituições que passaram a irradiar a Doutrina de Segurança Nacional, a entrada maciça de capitais americanos deu origem a um grupo político de intensa e significativa atuação. É no interior da União Democrática Nacional (UDN), do eterno presidenciável Carlos Lacerda, que a tese da intervenção militar surge e ganha corpo. No período correspondente ao último mandado de Getúlio Dornelles Vargas (1951-1954), as evidências da incompatibilidade política entre os extremos representados pela UDN e pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) ficariam

evidentes. Agarrados na imagem de seu fundador, o petebismo manobrou por entre as massas, indo de um discurso tipicamente populista e assistencialista, a uma postura nacionalista mais agressiva. Sem nunca ter sido um partido de esquerda, ao mesmo tempo em que dependia da identificação com as massas, no início da década de 1960 o grupo do presidente João Goulart oscilou perigosamente entre o discurso populista e demagógico e a possibilidade real de implementação das Reformas de Base. Neste ambiente, o presidente e sua agremiação política pareciam estar sendo conduzidos pela pressão popular, a intervenção militar representou uma “correção de rumos”. Foi a volta à “normalidade” de uma nação cujos setores conservadores se reconhecem privilegiados em função de uma ordem econômica, política e social de cuja manutenção dependem para continuar como o que são, a elite dominante. Nesse contexto, 1º de abril de 1964 constitui um daqueles episódios em que influências externas e internas, sintetizadas pela sensibilidade humana, se conjugaram para se constituírem no motor da história. Instigados pelo clima de Guerra Fria, possivelmente influenciados pela visão romântica de um socialismo irreal, nos primeiros meses do fatídico ano de 1964 setores populares se insinuaram nas ruas. A essa insinuação, os setores conservadores responderam com um movimento estratégico, que lançando mão da retórica ideológica forjada pelo discurso capitalista na Guerra Fria, abortou algo que não chegou a ser. Odair Eduardo Geller Professor e coordenador do curso de História da Unipar campus de Francisco Beltrão


Geral

Domingo, 30.3.2014 JORNAL DE BELTRÃO

Francisco Beltrão

Trecho da Júlio Assis é parcialmente interditado Obras de contenção devem demorar até 60 dias para ficar prontas. JdeB – Terça-feira, 25, à tarde, aconteceu um deslizamento de terra em terreno na Av. Júlio Assis Cavalheiro, no centro de Francisco Beltrão. No local, está em construção um prédio de 13 pavimentos e, com o desmoronamento de parte da terra, o passeio ficou danificado e comprometeu o asfalto. Parte da via foi interditada e a Secretaria Municipal de Urbanismo retirou os estacionamentos oblíquos para deslocar a via. O secretário municipal de

Urbanismo, José Carlos Vieira, solicitou o parecer de dois engenheiros, um da prefeitura e outro da Defesa Civil, para orientar as medidas segurança. “Pessoas que moram próximos ao local, nos informaram que antigamente foi feito um aterro e isso pode favorecer um desmoronamento. Então, será proibido o acesso de caminhões e desviamos o trânsito da via para uma via [só o sentido centro-Industrial], para os carros pequenos”, informa Vieira. O incidente aconteceu em terreno de frente para a Avenida Júlio Assis Cavalheiro, na quadra entre a Av. União da Vitória e a Rua Palmas. No início da semana, o secretário de Urbanismo foi infor-

Gestão de pessoas

Impulsionar a carreira Quando pensamos em nossa carreira, frequentemente nos vemos em dúvida em relação a quais são as melhores escolhas. Até mesmo profissionais com uma carreira bem sucedida e já evoluída, eventualmente se perguntam se realmente escolheram o trabalho certo. Em recente entrevista ao portal Rh.com.br, o palestrante e consultor Eduardo Melissa Faust Shinyashiki abordou o tema desenvolvimento de carreira e como fazer para impulsioná-la. Segundo ele, as pessoas que vão atrás de sua vocação e buscam prazer no que fazem são encantadas com a profissão e felizes com o que trabalham, pois tem consciência de quanto as escolhas criam a sua realidade, e que os sucessos ou fracassos dependem de fatores internos. Eduardo enfatiza que se soubermos fazer escolhas adequadas com nosso objetivo de vida, confiarmos no nosso trabalho e nosso valor, saberemos nos posicionar como um profissional valioso e, consequentemente, portas se abrirão, alinhadas com nosso objetivo de vida. Isso quer dizer que a empresa em que trabalhamos será o meio pelo qual buscaremos nossos propósitos e por isso vamos nos comprometer, dar o nosso melhor, gerar satisfação e manter a motivação. Pois a empresa em que trabalhamos também é uma escolha. Se por algum motivo, o profissional considera que perdeu a motivação, é sinal que alguma coisa não está alinhada com seus propósitos. A partir da insatisfação é preciso rever conceitos e avaliar se o caminho escolhido está realmente levando ao objetivo. A partir dessa reflexão é possível perceber se é hora de procurar outra oportunidade para desenvolver melhor as competências. Questionado sobre os fatores que mais prejudicam um profissional para conquistar uma carreira promissora, Eduardo Shinyashiki destaca a falta de foco e objetivo. Ele afirma que muitas pessoas ainda não descobriram o que realmente querem da vida, ainda não possuem um objetivo. Portanto, como podem dar o melhor de si em algo que não definiram? Quanto mais o profissional acredita que não tem influência sobre os acontecimentos da sua vida, que o destino o sufoca, a sorte, os outros e as circunstâncias externas são culpadas pelo que está acontecendo, passa a dar menos valor às suas capacidades e, por isso, a autoestima diminui. Portanto, é preciso assumir a responsabilidade sobre os resultados, as consequências e os riscos presentes nas escolhas. O profissional que assume a responsabilidade sobre suas escolhas e por isso se compromete com a empresa que escolheu trabalhar fazendo o seu melhor, consegue aumentar sua autoconfiança e sua autoeficacia, enfrentar variáveis cotidianas com maior segurança e tomar decisões com serenidade e coerência. Para finalizar, Eduardo afirma que existem três raízes que nos “impedem de voar”: filtros, foco e posicionamento. Usamos lentes diferentes para enxergar a vida, como se cada um olhasse o mundo e os acontecimentos com um filtro particular, é preciso passar pelas experiências e tirar delas lições valiosas. As pessoas que não conseguem atingir seus objetivos e sonhos, é porque não estabeleceram ainda quais são eles, falta foco. O resultado é sempre fruto de onde está a atenção, se o profissional se concentrar nos problemas, se posicionará ao lado deles; mas se procurar posicionar-se ao lado da solução, consequentemente, o resultado será alcançado. Como você visualiza sua carreira? Quais são as escolhas que você precisa fazer para sua carreira evoluir? Pense nisso e seja um profissional feliz e bem-sucedido!

Melissa Faust Administradora, especialista em Recursos Humanos, palestrante e consultora empresarial. E-mail: melissa_faust@hotmail.com

mado da situação, porém ela estava sob controle. “O local parecia que tinha uma estrutura sólida, porém atrás da parede de pedra havia uma terra solta, e foi quando o passeio cedeu”, disse Vieira. A Prefeitura notificou o proprietário. As despesas do município terão que ser arcadas por ele. “A situação está sob controle, vamos concluir a sinalização do trânsito interrompido”, afirmou Vieira. A Secretaria de Urbanismo iniciou na manhã de sexta-feira, 28, a retirada do canteiro central da avenida e diminuiu o estacionamento, para readequação da via. Belair Ferreira, proprietário do imóvel em construção, disse que a área “era um aterro de 50 anos atrás”.

Ele acrescentou que não tinha informações de que em “terra que foi mexida teria a tendência de desmoronar”. “Fomos tomados de surpresa”, comentou. O empresário relatou que os engenheiros da Prefeitura e da construtora da obra fizeram estudos e acharam por bem tomar medidas de prevenção da área — a interdição provisória. Ele destacou que “a Prefeitura vem apoiando a gente em todas as ações para a prevenção e os desvios”. A prioridade na obra, a partir de agora, será fazer os pilares e a parede de contenção. “Claro que a gente conta com a compreensão do tempo, é uma área de dez metros e deve levar uns 60 dias pra concluir”, ressalta.

Dois Vizinhos

Ladrões levam armas e aparelhos eletrônicos JdeB - Na tarde de sexta-feira, 28, dois ladrões praticaram um arrombamento e furto em uma propriedade da Linha São Luiz, em Dois Vizinhos. Porém, foram flagrados pela proprietária da casa fugindo em um Fiat Elba cor vermelha, placas BOY 9658. Eles furtaram um aparelho de som, uma espingarda calibre 40, uma espingarda de pressão calibre 5.5, três aparelhos celulares, um o DVD, uma caixa de bijuterias, dois coelhos, um cachorro Pinthier e um frango. Policiais do Serviço Reservado P2 realizaram buscas e localizaram o veículo em uma casa, no bairro Vitória. Foi pedido reforço e montado um cerco e entraram na casa. Na sala foi encontrado o cachorrinho. No quarto

estavam as duas armas furtadas. Um homem que estava na redidência identificado como Antônio Jocemar dos Santos, 28 anos, popular Joce, recebeu voz de prisão. Segundo os policiais, ele tem várias passagens por furto, receptação de produtos furtados, além de ser suspeito de diversos furtos ocorridos nos últimos dias. Foram recuperados ainda na casa dezenas de peças de roupas, furtadas no dia 20 em uma loja de confecções da cidade, avaliadas em R$ 10 mil, e diversos objetos furtados em um salão de beleza no dia 23. Jocemar informou que agiu junto com Cleverson Antunes de Ramos, conhecido por Rubinho, que ficou com demais objetos. Ele está foragido.

Brasil

Documentos americanos podem esclarecer fatos sobre o golpe de 64 ABr - Carta enviada pelo presidente do Senado Federal do Brasil, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao presidente do Senado dos Estados Unidos, Joe Biden, é a mais recente tentativa do Estado brasileiro de ter acesso a documentos da Central de Inteligência Americana (CIA) sobre os anos que antecederam o golpe militar de 1964. Na carta, Renan Calheiros se baseia no “longo histórico de relações bilaterais” entre Brasil e Estados Unidos para solicitar a liberação de documentos sigilosos relativos às violações de direitos humanos e liberdades democráticas havidas no Brasil entre os anos de 1964 e 1985. O presidente do Senado brasileiro pede ainda Biden que colabore “no sentido de apoiar a luta pelos direitos humanos no Brasil e o resgate histórico de um período nebuloso de supressão das liberdades democráticas em nosso País”. Calheiros diz ainda que, “a despeito do retorno à normalidade democrática no Brasil, ainda restam muitos episódios referentes ao golpe de 1964 que precisam ser esclarecidos, vítimas a se-

rem reconhecidas e danos a serem reparados”. Para isso, ele considera essencial a colaboração das instituições norte-americanas no sentido de facilitar o acesso a dados e informações que possam ter sob seu controle a respeito desse período. Além disso, Renan comunica ao presidente do Senado americano que uma comissão de senadores brasileiros será designada para ir aos Estados Unidos tratar do assunto pessoalmente com representantes do Congresso americano. A correspondência foi motivada por um pedido direto do filho do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe. João Vicente Goulart procurou os representantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado, após anos tentando ter acesso a documentos. “Os Estados Unidos têm vários arquivos [sobre o golpe brasileiro]. Embora tenha uma lei que permita o acesso a alguns documentos com 25 anos, outros com 50 anos, a gente precisa saber onde os documentos estão”, explicou João Vicente

7 Beltrão: Homem assassinado

no bairro São Francisco

JdeB e Plantão Policial - Na manhã deste sábado, por volta de 7h30, aconteceu um homicídio e uma tentativa de homicídio em Francisco Beltrão, no bairro São Francisco. Neri Joaquim Soares foi esfaqueado e morreu no local. Ademir Lopes da Silva também foi esfaqueado e ficou com ferimentos graves. A polícia identificou o autor, mas ele está foragido

Adolescente apreendido por roubo de carro

JdeB - Um adolescente de 17 anos foi apreendido em Salto do Lontra na noite de sexta-feira, após roubar um Fiesta na Av. Dorvalino Tosi, bairro Jardim da Colina, em Dois Vizinhos. Dois assaltantes armados com uma arma de fogo e uma faca tomaram o carro em assalto, além de uma bolsa e três telefones celulares. Eles estavam em uma moto. Policiais militares viram o veículo em alta velocidade entrando no perímetro urbano de Salto do Lontra. Foi iniciado acompanhamento até a abordagem. O adolescente foi apreendido portando uma pistola de pressão. Ele disse que iria levar o veículo para Cascavel e escolheu a vítima por ser uma mulher. O adolescente, possui dois atos infracionais por posse de armas de fogo, três por tráfico de drogas. O outro acusado está foragido.


Apreensões de cocaína e 8 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3.2014 maconha em Chopinzinho

Geral

Lançada a 9ª Expoita e 11ª Festa do Leitão

A apreensão de drogas feita pelo Denarc. JdeB - Policiais civis da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), núcleo do Sudoeste, delegacia de Pato Branco, realizaram operação em Chopinzinho e prenderam em flagrante Fernando Gasparin, 33 anos, acusado de tráfico de drogas. Ele conduzia um Santana e no painel do veículo a polícia encontrou 150 gramas de cocaína e uma porção de maconha. De acordo com o delegado Leonardo Guimarães, essa quantidade de droga, após fracionada e misturada com outras substâncias, poderia render cerca de R$ 8 mil ao narcotráfico. Em Vitorino, a Polícia Militar abordou um ônibus que fazia a linha de Foz do Iguaçu a Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Na bagagem de um adolescente, de 16 anos, foram encontrados 5 quilos e 400 gramas de maconha. O menor foi apreendido e conduzido para a delegacia de Pato Branco, juntamente com a droga.

Beltrão: Carro capotou no bairro São Cristóvão

JdeB - No perímetro urbano de Francisco Beltrão aconteceram dois acidentes. Na madrugada de sábado, 20, às 4h30, na Avenida Luiz Antônio Faedo, bairro São Cristóvão, aconteceu capotamento de um Astra. O motorista não se feriu. Ele havia emprestado de um amigo. O veículo não possui seguro e teve danos materiais elevados. Na tarde de sexta-feira, 28, houve colisão traseira, também na Luiz Antônio Faedo, envolvendo um Pálio e um Astra. A passageira do Pálio teve ferimentos e foi encaminhada ao hospital.

Por Niomar Pereira Foi realizado na noite de sexta-feira, 28, na Casa da Amizade, o lançamento oficial da 9ª Feira da Indústria, Comércio e Agricultura Familiares de Itapejara D´Oeste (Expoita) e a 11ª Festa do Leitão Maturado. A festa acontece entre os dias 1º e 4 de maio, no centro de eventos, e espera reunir pelo menos 10 mil visitantes. A entrada será gratuita em todos os dias com uma grade de shows diversificada. Os organizadores estão comemorando a boa receptividade do comércio; antes mesmo de lançar a feira, mais de 80% dos espaços já estavam comercializados. A promoção é da Associação Comercial e Empresarial de Itapejara D´Oeste (Acei), Prefeitura, Associação Municipal de Suinocultores e Avicultores e apoio da Família Rotária. Na quinta-feira, a animação ficará por conta de Elton Saldanha e Banda Detroit; na sexta-feira, a dupla sertaneja Hugo e Tiago; sábado, Bob e Robson e Banda Detroit; e no domingo, após o almoço do leitão maturado, haverá matinê com a Banda Detroit. Bom momento O prefeito de Itapejara D´Oeste, Eliandro Luiz Pichetti (PDT), destacou que a Expoita e a Festa do Leitão Maturado elevam o nome de Itapejara D´Oeste para todo o Estado e país.

Prefeito Pichetti fala durante o lançamento da festa. “Passamos por um momento muito feliz em nosso município. O Leitão Maturado é a maior festa gastronômica de Itapejara, uma das maiores da região e conhecida no Estado inteiro, com pessoas que se envolvem na organização e sentem orgulho desse evento. E a Expoita reúne pessoas para ver o que nosso comércio e agricultura têm de melhor. Hoje temos um comércio forte, pujante, diversificado, que investe cada vez mais e ganha força. Até poucos anos, muita gente saía para comprar em municípios vizinhos, hoje, essa história está se invertendo”, ressaltou o prefeito. Ele também afirmou que o município passa por um momento muito importante, com novos investimentos em diversos setores. “Neste ano, fomos agraciados com um valor muito significativos de recursos. Em proporção de habitantes nosso

município foi um dos que mais recebeu dinheiro do Governo Federal e do Estadual. Recursos que estão sendo investidos para melhorar a qualidade de vida da nossa gente.” Ari Klein, coordenador da Expoita, afirmou que a expectativa é que a feira seja ainda maior que a última edição. “Faltam mais de 30 dias para a abertura do evento e temos mais de 80% dos espaços vendidos. Isso está demonstrando o sucesso que será a nossa Expoita e Festa do Leitão. Graças a um trabalho conjunto de todos os parceiros. É fácil trabalhar na coordenação quando tem uma equipe que ajuda. Esse evento será marcante para Itapejara D´Oeste e faz parte da comemoração dos 50 anos do município.” Diferencial Jacir José Dariva, coordenador da 11ª Festa do Leitão

Maturado, ressaltou que um dos diferenciais da Expoita é que no último dia de festa, no domingo, ao invés de diminuir a visitação – como ocorre em outras localidades –, aumenta por causa da festa do leitão. Neste ano, estão confirmadas as presenças de comitivas do Paraguai e da Argentina. A previsão é que sejam servidos 370 leitões e mais acompanhamentos (saladas, pães, cucas) para uma média de 25 pessoas cada mesa. “Somos hoje a maior festa do Brasil com o leitão servido em mesas individuais. Perdemos para Toledo na quantidade de pessoas, porque lá, dentro do parque, são as empresas fazem seus leitões e convidam suas equipes.” No ano passado, todas as mesas foram servidas em 8 minutos. É um tempo recorde e demandou o trabalho de 350 pessoas. Preparo especial Todos os leitões, com média de 30kg, são comprados de produtores de Itapejara. O grande diferencial da festa é o preparo da carne. Uma parte é preparada com 15 dias e outra com 8 dias de antecedência. A carne vai para uma câmara fria, onde a fica em processo de maturação. Além disso, antes de ir para a grelha, o leitão é fervido com vinho durante três horas. Segundo Dariva, esse processo ajuda a harmonizar os temperos e a deixar a carne mais suculenta.


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Crédito: Michel Willian

Domingo, 30.3.2014 JORNAL DE BELTRÃO

Vista aérea de Curitiba, capital paranaense que completou 321 anos ontem.

Capital do Paraná se destaca no turismo de negócios e eventos

Da assessoria Um dos motivos que a capital paranaense tem para comemorar seu aniversário de 321 anos, festejado ontem, é a permanência entre as dez cidades melhor colocadas no ranking brasileiro de destino de eventos internacionais, divulgado pela Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA). A presidente da Paraná Turismo, Juliana Vosnika, lembra que o Turismo de Negócios e Eventos é responsável pela atração de 43% dos 13,5 milhões de visitantes que o Paraná recebe anualmente. Para Juliana, a parceria com instituições como o Sebrae-PR, a Fe-

deração dos Convention & Visitors Bureaux, Fecomércio, Câmara Empresarial do Turismo, Sesc e Senac é fundamental. “A existência de Convention & Visitors Bureaux em Curitiba, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel e centros de pesquisas em instituições acadêmicas e de tecnologia contribuem de forma significativa para impulsionar o turismo de negócios e eventos”, afirma. Segundo dados do Curitiba, Região e Litoral Convention & Visitors Bureau, em 2013 a capital paranaense registrou 302 eventos de porte, sendo 82% eventos de negócios com perfis

técnico-científicos e 15% de feiras. O número de participantes foi de 204 mil pessoas, que gastaram em média R$ 320,00 por dia. A realização desses eventos gerou aproximadamente 1,1 milhão de pernoites, reafirmando a boa capacidade de absorção da rede hoteleira e dos espaços de eventos. “O turista de negócios gasta em média R$ 320 por dia e fica mais tempo na cidade do que o turista de lazer. Estes dados justificam a importância do trabalho feito pelos Conventions & Visitors Bureaux, desenvolvendo de maneira estratégica o turismo na cidade com o apoio às entidades na cap-

tação dos eventos”, explica Tatiana Turra, diretora-executiva da entidade. Juliana lembra que, devido à localização estratégica do Paraná, levando em consideração aspectos econômicos e turísticos, assim como também a pretensão em ter maior competitividade, a Paraná Turismo priorizou o segmento chamado Paraná Mice. Paraná Mice O projeto para impulsionar o turismo de negócios, que constitui o segmento Mice (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions), desenvolvido pelo Sebrae e Governo do Estado, tem como objetivo con-

solidar o Paraná como destino competitivo no segmento de negócios e eventos. O calendário de eventos fixos do Estado tem aproximadamente 600 comemorações e festividades de todas as regiões do Paraná com opções religiosas, culturais, esportivas e comerciais, a exemplo das feiras agropecuárias. “Os eventos geram fluxos turísticos e envolvem em sua execução mais setores econômicos que se beneficiam da demanda”, diz Juliana. Calendário de eventos Idealizado pela Paraná Turismo, o Calendário de Eventos do Paraná é um material impresso com aproximadamente 200 páginas que

reúne cerca de 600 comemorações e festividades de todas as regiões do Paraná. Para facilitar a busca, as informações foram separadas por mês e também por município. É possível ainda consultar as datas de aniversário e do padroeiro de todas as cidades paranaenses, além de dados sobre os Conventions Bureaux no Estado, empresas organizadoras de eventos cadastradas no Ministério do Turismo e locais para realizações de eventos. Sua distribuição é gratuita e dirigida. As informações cadastradas no Calendário de Eventos Paraná 2014 também estão disponíveis para consulta no site www. turismo.pr.gov.br.

Festival de Turismo já tem 90% dos estandes comercializados para 2014 Da assessoria A nona edição do Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu, a ser realizada nos dias 4, 5 e 6 de junho em Foz do Iguaçu, está com os últimos estandes à disposição dos expositores. O evento é considerado um dos principais do Mercosul em volume de negócios em turismo. Até agora, 90% dos estandes já foram comercializados. Ao todo, são 180 espaços e mais de 1.200 expositores. As estruturas possuem três tamanhos di-

ferentes – 9, 12 e 16 metros quadrados – e podem ser compradas com desconto até o dia 31 de março. Para informações sobre preços e formas de pagamento, é necessário entrar em contato com os organizadores por meio doe-mail: feira@ fitcataratas.com ou pelo telefone (45) 3029-6603. Os estandes de 12 metros, por exemplo, possuem montagem especial, quando localizados em “esquina”. Esse tipo de espaço ainda dá direito a dez credenciais.

Público Para 2014, a expectativa é superar o número de participantes das edições anteriores, que ultrapassaram seis mil inscritos. O público do FIT é especialmente composto por operadoras de turismo, agentes de viagem, hoteleiros, guias de turismo, profissionais de bares e restaurantes, de empresas aéreas, como Gol e TAM, de empresas de transporte, além de representantes do governo e da iniciativa privada das áreas ligadas

ao turismo. Também já está confirmada este ano a vinda de 28 caravanas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Durante o evento haverá atividades paralelas, entre elas: Feira de Turismo e Negócios, Fórum Internacional de Turismo do Iguassu, Encontro de Negócios Sebrae/PR, Mostra Regional de Produtos Sustentáveis, exposição de equipamentos hoteleiros, Festival Gastronômico da Abrasel, capacitação de profissio-

nais no turismo, Salão E-Marketing Cataratas com a presença de blogueiros, Encontro de Turismo Rural, Salão Adventure Cataratas, Salão de Turismo Cultural e Espiritualidade, e atividades sociais. O 9º Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu (FIT) será no Rafain Palace Hotel & Convention Center, em Foz do Iguaçu. É uma realização da De Angeli Feiras & Eventos, com apoio e patrocínio da Itaipu Binacional, Sistema Feco-

mércio do Paraná, Sebrae Nacional e Fundo de Promoção e Desenvolvimento do Iguaçu (Fundo Iguaçu). 9º Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu Dias: 4, 5 e 6 de junho Local: Rafain Palace Hotel & Convention Center Avenida Olímpio Rafagnin, 2.357 Foz do Iguaçu - PR Contatos: (45) 3029-6603 secretaria@fitcataratas.com


Variedades

10 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3.2014 Entretenimento

Receita

Torta de chocolate com café Ingredientes: 125 g de manteiga na temperatura ambiente 375 g de chocolate amargo derretido 2 colheres (sobremesa) de café solúvel dissolvidos em 3 colheres (sopa) de leite 1 copo de açúcar mascavo (ou 120 g) 35 g (¼ de copo) de farinha de trigo peneirada 120 gramas (1 copo) de farinha de amêndoas 5 ovos 2 colheres (sopa) de chocolate em pó misturado com 1 colher (chá) de café torrado moído para peneirar por cima depois Grãos de café (opcional) Modo de preparo: Deixe o forno preaquecido a 175ºC. Derreta o chocolate e a manteiga em banho-maria. Adicione o açúcar e o café com leite. Acrescente a farinha de amêndoas e a farinha de trigo. Coloque os ovos ligeiramente batidos e misture tudo muito bem. Forre uma forma de aro de 22 cm com papel manteiga nos lados e no fundo. Coloque para assar por 40 minutos. Depois de pronto, salpique chocolate em pó misturado com o café moído. Se quiser, coloque grãozinhos de café para decorar.

CAÇA-PALAVRAS

Encontre, no quadro abaixo, as palavras sublinhadas do texto que segue. As palavras estão escritas na horizontal, da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita, ou na vertical, de cima para baixo ou de baixo para cima. Cuidado com as pegadinhas.

Francisco Beltrão tem muitos pontos turísticos ou de concentração de pessoas. Veja os principais: • Torre de Concatedral; • Morro do Cristo; • Parque de Exposições Jaíme Canet Júnior; • Avenida Julio Assis Cavalheiro; • Capela do Morro do Tabor; • Capela Santa Catarina (de pedra) do bairro Industrial; • Igreja da Secção Jacaré; E X P O D A L I N A P P

V I R M O N D L U J A X

V X P R O I J A C A R E

E A R A R R U D Ã O Q A

X J P R S A L T O J U N

P E R R O T I V I C E A

• Salto do Rio 14; • Recanto Renascer; • Recanto do rio Santana; • Thermas Sudoeste; • Estádio Anilado; • Praça Virmond Suplicy; • Ginásio de esportes Arrudão; • Chácara Rios; • Parque Alvorada; • Parque da Cidade Norte; O R P O C A O C T I R T

Ç G O T O C A A A D I N

Õ I T I A A S N B A V A

E C S G E T S E O D U S

S O I R O N I T R E E E

E L R E N A S C E R U L

M O C J A S A N T A Q E

Série “Klondike” estreia no Discovery Por João Fernando AE - Especializados em programas de sobrevivência, os produtores do Discovery puderam pôr em prática os conhecimentos ao gravar a primeira série de ficção do canal. Com estreia terça-feira, 25, às 23h10, Klondike conta a história de dois amigos que saem de Nova York e seguem para a gelada divisa do Canadá com o Alasca em uma corrida do ouro, em 1897. Para dar mais realidade à atração, a equipe rodou todas as cenas na região onde a trama se passa, cheia de montanhas e neve. “Logo de início, fomos informados que não dava para gravar lá. Foi uma subida de horas e depois precisamos de um helicóptero lá em cima. Foram 55 dias sem parar, dá para imaginar as condições. Dá para se ter uma ideia do que aconteceu com quem se aventurou pelo monte Klondike”, compara Dolores Gavin, produtora executiva da série, que passou o mesmo perrengue do elenco e da equipe. Na história, Bill (Richard Madden, de Game of Thrones) e Byron (Augustus Prew) são dois estudantes de Direito que largam tudo para tentar a sorte na mineração no norte. Na região canadense de Klondike, terra de ninguém, os forasteiros esbarram nos concorrentes e nos habitantes de uma pequena cidade, com ares de faroeste. Com apenas seis episódios, a atração será exibida uma vez por semana e sem intervalos. Para sua primeira incursão no ramo da ficção, o Discovery

recrutou o cineasta e produtor Ridley Scott (Gladiador). “Ele se sentou conosco e viu o detalhe de cada tomada. Ele pensa artisticamente, mistura beleza e técnica”, derrete-se Dolores. Na hora de escalar o elenco, tentaram a sorte. “Deixamos o roteiro nas agências de Hollywood no fim de semana e ficamos esperando o telefone tocar na segunda. Foram as 48 horas mais agonizantes que tivemos. O primeiro foi o Richard Madden. Depois, vieram os que queriam trabalhar com ele, como o Tim Roth (Pulp Fiction). Tivemos muita sorte.” Até as estrelas passaram pelas dificuldades da gravação da equipe técnica. Segundo Dolores, a subida da montanha foi um dos piores momentos. “Foram 14 horas de trabalho.

Estávamos com travas nos sapatos e a temperatura estava abaixo de zero. Todos estavam amarrados para que ninguém caísse da montanha. Perdemos algumas câmeras aquele dia”, relembra a produtora executiva. Ela garante que não houve cena em estúdio. “Até a avalanche era real, não houve efeitos especiais”, disse ao Estado em teleconferência com jornalistas. Para chegar à ideia da série, a equipe do Discovery aproveitou temas que haviam aparecido no canal em realities. “Tínhamos falado sobre a corrida do ouro. Por que não fazer uma história? Então, procuramos o Ridley Scott e dissemos que queríamos fazer isso”, conta a produtora, que usou como base o livro Gold Diggers (Cavadores de Ouro, em livre tra-

dução), da canadense Charlotte Gray. Apesar de ser uma trama norte-americana, Dolores acredita que Klondike poderá conquistar telespectadores mundo afora. “É bem familiar. O programa mostra como a natureza humana não tem tempo e como a humanidade tende a repetir suas ações sempre”, avalia. Para ela, a atração não tem uma visão apenas de registro histórico de um momento. “Eu sempre digo que não é um programa sobre o ouro. É sobre o que a riqueza representa realmente para as pessoas. Todos os personagens foram para aquela região buscar a fortuna. Porém, para cada uma dessas histórias da vida real, vemos que a riqueza real é algo bem diferente.”

Evolução de mente e do espírito está prevista para você nos próximos dias. Contudo, deverá evitar precipitações ao realizar negócios. No trabalho, tome cuidado com acidentes e com sua saúde.

Deverá, neste dia, tomar uma atitude firme e autoconfiante quanto aos negócios e ser mais constante em seus projetos e no trabalho. Êxito nos jogos, sorteios e na loteria.

humor Segundo Sebastião Nery, em seu livro “As 16 derrotas que abalaram o Brasil” (na eleição de 1974), ele escreveu, sobre o paranaense João Mansur, que queria ser governador do Paraná. Num comício de Irati, falando à sua gente: — Dizem que eu não fiz nada quando fui prefeito aqui. Vocês sabem que asfaltejar não asfaltejei, porque era muito caro. Mas paralepipei a cidade toda. Ao comentar o que aconteceu, nas eleições de 74, no Rio Grande do Norte, Sebastião Nery falava do candidato Djalma Marinho. Na campanha, uma pessoa disse, num bar: — Vou votar em Djalma porque ele tem muita cultura e o Agenor é burro. Um outro respondeu, lá do fundo: — Prefiro um burro trabalhando a um trator parado.

marmeleiro: Aqui tem história

Muito cuidado com escândalos, perda de reputação e tudo aquilo que possa prejudicá-lo de alguma forma. Haja com bastante meticulosidade que tudo tenderá a ir cada vez melhor. Cuide da saúde e dê mais atenção ao lar.

Você está vivendo um bom período do ano, mas deverá evitar o gasto desnecessário de dinheiro e tudo que possa prejudicá-lo de um ou de outro modo.

2005 - Posto Colombo e Bandeira, hoje posto Panda, "novas e modernas" instalações.

Apae 2007 - professores Marcos William e Roberto da Silva, alunos Verônica, Jaison, Paulinho, Sidnei, José Henrique, Wellinton e Ricardo com o Zaca, que doou os tambores.

Muito bom dia para mudar de residência ou ocupação. As coisas novas que inventar serão coroadas de êxito e suas ambições, sonhos e desejos serão bem-sucedidos. Ótimo para novas amizades e vida romântica.

Dia que favorece muito a realização de alguns de seus mais legítimos desejos e empreendimentos. Procure dar crédito para as pessoas que se aproximarem de você para ajudá-lo.

As primeiras horas deste dia poderão ser propícias para o trabalho e as suas iniciativas de um modo geral. Ótimo prenúncio para amor, família e amigos. Procure se interessar mais pelo seu trabalho.

Evite que seus problemas pessoais possam causar dificuldades para a sua família. Procure passar os dias em paz que tudo deverá rumar para um bom caminho. Felicidade sentimental e amorosa.

Mantenha-se calmo e tranquilo ao invés de ficar nervoso e inquieto por qualquer coisa que possa não lhe agradar. Saiba, pois, que está vivendo uma fase bastante positiva. Deverá evitar qualquer ação aborrecida. Cuide da saúde.

Dê importância às conveniências sem se esquecer da utilidade prática das coisas. Mudanças repentinas podem trazer aborrecimentos. Aja de forma clara para que entendam o que realmente pretende.

Muito bom dia para fazer novas experiências científicas ou psíquicas, para assinatura de contratos, para as diversões, prazer e vida amorosa. Pode iniciar longas viagens.

Sua união com pessoas amigas favorece suas possibilidades de êxito. Grandes chances de destacar-se nos jogos, na vida pública, nos esportes, na loteria e nos sorteios.


Especial

Domingo, 30.3.2014 JORNAL DE BELTRÃO

13

Daniel Meurer viveu os dois lados da ditadura militar

Quando o golpe militar foi deflagrado, em 1964, ele era soldado do Exército. Posteriormente, passou a atuar em movimentos sociais contrários à ditadura. E como foram esses primeiros JdeB – Dia 1º de abril de 1964 é uma data que não será esqueci- momentos do Golpe Militar com da por Daniel Meurer, de Cruzei- o senhor dentro do Exército? Eu era soldado e não tinha noro do Iguaçu. Na época, ele era soldado do Exército na unidade ção do que estava acontecendo. de Francisco Beltrão. Entre o dia Você sabe que tem um problema 31 de março e 1º de abril, os mi- e você pode combater, mas não litares tomaram o poder diante se sabe contra quem ou o motivo. do clima de tensão popular e dos Saindo, voltei para o campo e aí problemas políticos enfrentados que começa o trabalho da igreja, pelo governo do presidente João que nos envolvemos com a igreja quando estávamos vivendo o Goulart, o Jango, do PTB. Em entrevista ao JdeB, Da- Concílio Vaticano II (1962-1965, niel Meurer, agricultor e diretor na Itália) e os padres belgas asda Cooperativa de Crédito Rural sumem essa posição do Concílio, Cresol, conta detalhes dos dias de ser uma igreja mais povo, do que se seguiram à tomada do povo se envolver com a igreja, poder pelos militares e a reper- e aí a gente como jovem, como cussão no quartel do Exército e unidade, ingressa na Juventude na cidade de Francisco Beltrão. Agrária Católica (JAC). Eles coDepois de ter servido ao Exérci- meçam com a juventude e tamto, ele começou a atuar na Igreja bém já buscam os pais para uma Católica e na Assesoar (Asso- mudança de catequese. Ao invés ciação de Estudos, Orientação e de ser no domingo, após o terço, Assistência Rural), sediada em com uma pessoa e todas as crianBeltrão, e que teve papel prepon- ças, eles começam uma catequese derante na preparação de jovens familiar, onde uma pessoa daquepara se tornarem líderes nos mo- la linha assume a catequese nas vimentos sociais, pastorais e ati- casas, para depois nós chegarmos a fundar uma associação que foi vidades da igreja. A atuação popular da entidade chamada Assesoar (em Francisco contrariava os interesses dos mili- Beltrão). Hoje ela continua num tares. Por isso, a associação e seus papel diferente, num momento, integrantes eram perseguidos e numa realidade diferente, mas continua. vigiados pelos militares. Os líderes da Assesoar tinham Saindo do Exército o senhor que tomar cuidado nos seus deslocamentos. Depois de 50 anos começou a entender a ditadura. Veja bem, com a Assesoar e a do golpe, Daniel faz uma análise do período discricionário que du- reflexão que a gente tinha e com rou 21 anos. Para ele, o período outras organizações no Brasil, a teve pontos positivos. Mas res- gente passou a ter consequências salta que o governo usava muito do regime sobre nossa entidade, da força para se impor perante o as pessoas e sobre as outras organizações no Brasil povo. com quem nós tíDaniel demonstra alegria com a volta da "A cidade ficou nhamos ligação. democracia no Brasil, parada, muita O governo comea partir de 1985. Contensão nas çou a se indispor fira a entrevista. pessoas. Elas com a Assesoar? Com certeza. A JdeB – Como o se- viam o Exército Assesoar fazia um nhor acompanhou o mobilizado, trabalho de orientaGolpe Militar, como lembra dessa época? preparado para ção com o agricultor, fazia a pastoral. Daniel Meurer – No combate." A diocese reconhegolpe militar eu estacia isso como trabava servindo (o Exército) em Francisco Beltrão, mas lho pastoral. A diocese não tinha no momento não se entendia o estrutura de pessoa e de bens significado do golpe. O soldado (carro, jovens) e a Assesoar atraía não recebe informação. O que com seu método e seu jeito. A nós sabíamos é que estávamos de gente tinha equipe de trabalho e prontidão para sair pra combate. instrumento porque na Bélgica Os caminhões do comércio foram se organizou uma entidade para presos e ficaram à disposição em ajudar a Assesoar, que se chamou Beltrão para transportar soldados. Disol (Desenvolvimento Integral Passamos de prontidão cerca de para o Sudoeste do Paraná). Eles 10 dias, que dormimos fardados passavam recursos para que a Asde coturno, porque a qualquer sesoar adquirisse um carro e mamomento poderíamos ser ata- teriais para poder trabalhar. Num cados ou tínhamos que sair para primeiro momento do golpe, não vem uma repressão imediacombate. Só sabia que era isso. ta. Passaram, eu diria, dois anos Foram 10 dias que a cidade vi- quando a gente começou a sentir a repressão, eles começaram a veu um clima diferente... O Exército recolheu os cami- apertar. nhões do comércio que ficaram O que foi mais tenso para voà disposição. Não acontecendo nada, os veículos eram devolvi- cês naquela época? Tinha duas coisas. Num pridos. A cidade ficou parada, muita tensão nas pessoas. Elas viam o meiro momento nossas reuniões Exército mobilizado, preparado com as outras entidades. Em para combate. As armas que ti- Curitiba nós tínhamos reuniões nha era a metralhadora de mão, com a Aditep, que era uma orgao chamado mosquetão, e a metra- nização de formação e educação, lhadora Medsen, que é aquela em com a Fase em São Paulo e Rio, cima dos pés, lança rojão e estava com o Seres (Rio de Janeiro). tudo preparado. Isso foi uma fa- Então, esses encontros deles vinse, depois a gente voltou para a do para a região, ou nós saindo lavoura, para a casa com os pais. da região, era muito perigoso. Nós tínhamos que fazer isso de Quando o senhor saiu do maneira escondida. Você ia para Curitiba, desembarcava do ôniExército? Atrasou um pouco o processo. bus, pegava um táxi e ia até uma A gente ficou um pouco mais. Saí igreja. Entrava na porta da frente e saía na porta do fundo. Pegava somente em abril de 1965.

Daniel Meurer: análise e resgate histórico sobre o período discricionário de 1964-85. outro táxi, ia para outra igreja, entrava na porta de frente e saía na porta do fundo até imaginar que você despistasse os olheiros. E o senhor, um jovem, daqui da região, assimilou como tudo isso? Quando eu era solteiro, tinha um receio, um medo, mas do outro lado a convicção do que estávamos fazendo era maior do que o medo. A nossa fé nos conduzia e, mesmo com o medo, tínhamos um ideal maior. Essa esperança de mudar a sociedade e até a história recente da Revolta dos Colonos (1957) aumentava nossa convicção. Tínhamos medo e muita orientação, porque já tinha agora companheiros caindo e sendo torturados, alguns mortos, e o medo aumentava. Como vocês recebiam essas notícias? A informação corria. Muitas vezes por telefone e outras pessoas que a gente encontrava. Não costumávamos marcar muita coisa por telefone. A gente tinha um limite para falar. A gente ia para uma reunião sabendo que nós podíamos fazer anotações, mas se, por acaso, entrasse alguém estranho, nós ia comer o papel escrito. A escrita era prova do envolvimento e eles pegavam tudo. O senhor chegou a levantar bandeira contra a ditadura ou só o trabalho pró-Assesoar já incomodava? Naquele tempo não tinha algo que declarasse que a gente era contra a ditadura. Não era um documento, uma bandeira. O trabalho era a prova de que nós era contra aquele sistema. A gente buscava algo diferente e isso incomodava. Eles pegavam algum material nosso, livro nosso, com os catequistas, grupos de reflexão, lideranças e nesse material dava de entender nossa posição. Isso foi acontecendo em que anos? Agora já estamos em 1967, 68, que acirra o problema. Aí o senhor começou a entender que esse modo de governo não era interessante. Eu comecei a entender os objetivos desse golpe. O senhor, querendo ou não, presenciou os dois lados. O primeiro como soldado, defendendo o golpe sem saber, e o outro como militante, lutando contra. O que ajudou a entender foram os padres envolvidos e as entidades parceiras da Assesoar que tinham muita consciência. Esses

nossos encontros, que eu descrevi, ajudavam a gente a entender. A gente recebia todos os relatos, a história do Brasil, as lutas dos povos, as dominações que existiam, aí tomamos consciência de que o golpe teve um objetivo que era tecnificar a agricultura, expulsar uma parte para servir de mão de obra barata na indústria, que faltava gente, e aí começou o êxodo rural. Começaram as favelas nesse país. Porque o povo que saiu do interior não se viabilizava mais, ele não podia acompanhar e o mercado dos produtos que ficou horrível numa parte de 70 e em 80, o pequeno não se viabilizava, não tinha crédito.

E o bispo sempre firme com vocês? Sim e não, mas ajudou. Neste caso, ele ajudou. Porque o que o regime não queria era briga direta com a igreja, então ele vinha no bispo e dizia para calar esse ou aquele. Eles chegaram no bispo, uma das três vezes, e disseram que o Daniel e o Osni Prim estão ensinando um canto para o povo sudoestino. O bispo pediu que canto era. Nós aprendemos com o dom Pedro Casaldalia, de São Félix (MT). Esse canto dizia assim: “Somos povo, somos gente; somos o povo de Deus; queremos terra na terra; já temos terra no céu”. Para eles, isso era subversivo. Aí o bispo veio e disse para nós esconder, que ele não tinha mais força para segurar, a gente ia cair. Aí a gente dava uma segurada. Analisando o período de ditadura agora. O senhor acha que teve algum benefício ou foi só prejudicial para o Brasil? (Silêncio) Por muito tempo eu achei que era tudo prejudicial, mas eu cheguei a uma fase que entendi que alguma coisa boa teve sim. O que eles erraram foi no método. Tudo à força. Acho que erraram no método porque não tinham conhecimento, achavam que o povo era tudo burro, porque queriam implantar força naquilo que, no ver deles, era correto e porque acho que favoreciam muitos grupos nacionais e internacionais que levavam vantagens com isso. Foram conduzidos por essa intenção de grupos internacionais como a mecanização, por exemplo, como os pesticidas e as transformações todas de animais que foi toda imposta sem nenhum preparo. Mas tinha alguma coisa que era bom, que deveria vir para melhorar nossa vida, mas não daquele jeito. Eu tenho que reconhecer, depois de um tempo na vida, que teve algo bom.

O senhor comentou que, quando era solteiro, tinha medo mas algo impulsionava. E quando o senhor constituiu família? Aí a esposa, apesar de estar, até certo ponto, envolvida no trabalho e na comunidade, quando a gente casou e fomos juntos trabalhar na Assesoar ela não Quando o senhor parou? Só estava tão preparada. Veio o primeiro filho e ela puxou para trás. com o fim da ditadura ou cheFalou para não me envolver, me gou uma época que aliviou um pouco para vocês? afastar, que era peEu acho que parigoso e era muito difícil. Não saí. Vou A gente tinha um rou no momento de manifeste relatar duas coi- limite para falar. A grandes sas. Quando eu ain- gente ia para uma tações nos centros urbanos como São da era solteiro, todas as correspondências reunião sabendo Paulo, Rio de Jaque vinham de paí- que nós podíamos neiro, por liberdade, ses de fora não po- fazer anotações, por eleições diretas e assim por diante. diam mais vir para cá. Ela foi orientada mas se, por acaso, A partir daí, eu senti para a paróquia d entrasse alguém que o outro lado começou a enfraquee Bernardo de Irigoyen, na Argenti- estranho, nós ia cer e ceder. Eles já comer o papel tinham matado muina, na fronteira com ta gente, mas não Barracão. escrito. tinham parado a luta Nós saía daqui do povo. A cada dia com as correspondências de lá durante a noite, somava mais gente entrando na levava e buscava as que vinham luta. A partir daí eles começaram para a Assesoar. Não chegava ne- a diminuir as ações deles. nhuma correspondência que fosHoje, vendo a Comissão da se investigada. Outra coisa é que, quando a gente recebia informa- Verdade esclarecendo muitos ção que o Dops estava descen- fatos que ficaram escondidos, o do e ia chegar na Assesoar, nós que o senhor acha? O que eu acompanho é pela pegava todo o material e à noite saía na casa de um agricultor televisão, então eu não sei se eu para esconder. Na minha casa recebo tudo pela televisão. É um foi muito e isso dava medo pa- canal que você recebe, talvez, a ra minha mulher. Se chegassem meia verdade e nunca a verdade lá em casa, subissem no forro e toda, mas eu acho que é continuachassem o material, era pior. ar no sentido de esclarecer o que Depois que tudo passava, voltava aconteceu. Tem famílias que têm o material. Você vivia numa ten- mortos que não sabem onde está são, não tinha tranquilidade. Ti- o corpo e você sabe que é muinha que cuidar o que você falava, to ruim, você sabe que perdeu e onde, quem estava falando com não sabe o que aconteceu, onde a você, se era amigo ou inimigo. pessoa está. Quem não quer visiMesmo no Sudoeste. Por exem- tar um morto? E elas têm direito. plo, muitas vezes eles vieram no Então a Comissão da Verdade é a Padre José e, por fim, eles foram continuidade de esclarecer coisas muitas vezes no bispo dom Agos- que ainda estão encobertas. Eu concordo. tinho José Sartori.


Especial

14 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3.2014

Meu primeiro voo

Pelos ares, transporte ajuda a salvar vidas de bebês prematuros Por Cristiane Sabadin Mesmo quando se vê de longe, do lado de fora, pela transparência do vidro, as UTIs neonatais carregam consigo um ar angelical. Mesmo que cada bebê que estiver em alguma daquelas incubadoras tenha deixado o útero materno antes do tempo e estejam passando por momentos cruciais, essas UTIs representam vitória e muita esperança. É a vida pulsando, em pequenas gramas. Se o coração de uma mãe fica apertado ao ter que acompanhar o filho, tão pequeno, tão indefeso, envolto em aparelhos, medicamentos e cuidados médicos porque nasceu antes da hora, deixando toda a família preocupada, imagine

como é encarar a realidade de ter que continuar o tratamento em outro hospital, em outra cidade? Foi assim desde o início de 2014 para 12 famílias do Sudoeste. Só no mês de março, oito pais e mães tiveram que ver seu filho prematuro viajar pelos ares para ter o atendimento mais adequado. Solange Retka, 34 anos, precisou enfrentar na primeira gravidez o fato de seu filho ser prematuro e logo após o nascimento, ter que ser atendido em outra cidade, outro hospital. A gestação de Solange sempre foi considerada de risco, afinal, o bebê não ganhava peso dentro do útero. Por isso, desde o dia 26 de fevereiro, ela passou a ser atendida pelo Hospital Regional do

Solange e seu filho Samuel de volta à maternidade do Hospital Regional.

Sudoeste Walter Pécoits, outros recémem Francisco Beltrão. O -nascidos para parto ocorreu após o rom- serem levados à pimento da bolsa, dia 13 de UTI inicia a mobilizamarço. Em seguida, dia 14, ção pela transferência. Mas o pequeno Samuel precisou enquanto o translado não ser encaminhado a Casca- chega, os bebês são assisvel, para que tidos de fortivesse internama eficiente. Como diz mento em uma “Parte deles UTI neonatal. Eduardo, a partir fica na emerEle nasceu com da 11ª criança gência aguar1,526 quilos. vagas, começa a busca dando Eduardo Ciosob cuidado de vagas por médico, no atto, diretor geral do Hospital leitos fora do v e n t i l a d o r , Regional do no monitor, regional. Sudoeste, diz no entanto, que a instituinão ficam no ção mantém hoje dez leitos ambiente de UTI neonatal. de UTI neonatal. Sete são Semana passada tínhamos habilitados pelo Ministério 16 crianças, três dessas da Saúde, e outros três estão ficaram na emergência e na espera. No entanto, para outras três no centro-cirúratender a demanda, o hos- gico. Tivemos que dividir o pital está com os dez leitos atendimento. Elas recebem ativados. Aliás, até ontem, a o mesmo atendimento, mas UTI neonatal estava lotada. não é local adequado.” O serviço de transporte aéreomédico atende a reBusca por vagas gião desde novembro de Logo que a UTI neona2013, mas em janeiro deste tal do Regional, que, aliás, ano é que realmente foi efe- é a única habilitada para tivado. Segundo Eduardo, atender os 27 municípios quando a capacidade má- que abrangem a 8ª Regioxima é atingida, como nor- nal de Saúde, fica com sua malmente ocorre, e existem capacidade máxima, é hora

A certeza do retorno Saber que seu filho foi levado para longe por um bom motivo acalma o coração de toda mãe. Mas a notícia de que logo que ele deixe a UTI neonatal, possa retomar o tratamento no hospital próximo de casa, é ainda mais acolhedora. Conforme Eduardo, este é um acordo feito entre Hospital Regional e as mamães de prematuros. “Assim que o bebê estiver mamando, fora da UTI, admitimos a criança de volta no Regional, em Beltrão, perto de casa. Internamos na maternidade para que o bebê cresça, engorde e enfim possa dar alta.” Foi o que aconteceu na manhã deste sábado, 29, com Solange, mãe do Samuel. Depois de duas semanas de tratamento em Cascavel, ele retornou ao HR apenas para ganhar peso. Hoje com 1,720 kg, o bebê é um vitorioso e deixa a mãe cada vez mais orgulhosa. “Samuel está bem, fez todos os exames e deu tudo normal. Só precisamos ficar na maternidade para ele ganhar peso e então irmos pra casa”, conta.

» O medo do desconhecido

Mães são guerreiras e fortes por natureza. Lidam em um dia com o nascimento do filho prematuro e no outro os embarcam em aeronaves. Apesar de todo o aparato médico, Nadya entende a angústia da família. “As mães têm medo por que têm medo do desconhecido. Teu filho é prematuro, está indo pra outro hospital e vai andar de helicóptero? Imagine a cabeça delas, fica uma loucura. Mas explicamos que o transporte é muito rápido, até Cascavel, por exemplo, 40 minutos, enquanto você de carro, pode levar até três horas de viagem.” Nestes últimos dias, outra mãe viveu essa experiência no HR. Seus filhos, dois meninos, tiveram que ser transferidos para União da Vitória. Como no helicóptero só há espaço para uma incubadora, o irmão precisou esperar e viajar no dia seguinte. A experiên-

Sistema logístico do aéreomédico O Estado do Paraná possui um sistema de transporte aéreomédico feito por helicóptero e avião. Em viagens mais curtas em que autonomia de voo é de mais ou menos duas horas, é usado o helicóptero. Para viagens mais longas, o avião é acionado. No caso da microrregião de Francisco Beltrão, o serviço está alocado na base do Samu em Cascavel, onde fica a aeronave. No helicóptero, além do bebê, que irá acomodado em uma incubadora espe-

cia, com certeza, é única e diferente para cada família. Solange, a mãe do Samuel, teve as duas sensações: ver o filho viajar nas alturas e depois retornar com eles nos braços para Francisco Beltrão. A primeira sensação é de puro nervosismo, ansiedade mesmo, como ela comentou já na maternidade. “Foi difícil ver ele partindo sozinho, e depois lá em Cascavel, tudo novo, hospital diferente. Fui bem atendida, mas mesmo assim, chorei muito. Voltar pra casa é muito bom.” Aliás, de Cascavel para Beltrão, a família viajou de carro, até porque não haveria espaço no helicóptero. Mas Solange afirma, que mesmo que houvesse, não teria coragem. “Meu filho é um herói, já tem muita história pra contar. É mais corajoso que a mãe (risos).”

» Aeromédico e os prematuros

“Eles têm uma incubadora especial, vão até o local onde está a criança, colocam ele dentro, com todas as medicações, com as bombas, e então levam para o helicóptero para o transporte. É muito eficiente este serviço”. É assim que a médica intensivista neonatologista Nadya Giselle de Almeida Silva se refere ao transporte aéreomédico.

de procurar outros locais para que os prematuros sejam atendidos. Como diz Eduardo, a partir da 11ª criança “começa a busca de vagas por leitos fora do regional”. O primeiro contato é com hospicial, viajam o piloto, um tais da região de Francisco enfermeiro, o médico e um Beltrão e Pato Branco. Não técnico de enfermagem. Os havendo vagas, a busca pais, de fora, vivem a sepassa a ser macrorregional, gunda angústia: ver o filho englobando hospitais de prematuro enfrentar essa Cascavel, Foz do Iguaçu e viagem, com tão poucos Toledo. Se ainda assim não dias de vida. Por questão de houver vagas em UTI neo- logística da aeronave e pela natais é necessário ir ainda própria segurança do remais longe, recorrendo a cém-nascido, a família faz chance de a viagem de carro, vagas em pode ser parNo helicóptero que todo o Paticular ou cedido viajam o piloto, pelo município. O raná. Lógico que um enfermeiro, diretor do HRS eno melhor para o sofrimento o médico e tende a família do desses pais e mães bebê é que um técnico de e, por isso, oferece a vaga seja enfermagem. suporte, inclusimais próxima ve, psicológico. possível. Mas O helicóptero nem sempre é o que aconte- pousa no próprio hospital, ce. Nos últimos dias, o HRS justamente para facilitar a fez o transporte aéreo de logística. Os últimos bebês três bebês prematuros: um transportados pelo transporcaso foi internado em Cas- te aéreo saíram do Regional cavel e o outro, de gêmeos, para outros hospitais do Esfoi para União da Vitória. tado.

Para ela, o bebê prematuro precisa ser tratado de modo bastante particular e especial, desde o momento do parto. E a situação de ter que transferi-lo para outro hospital, em outro município, é mais uma etapa de um serviço que tem que cumprir sua excelência. Ou seja, se não há vagas de UTI neonatal no hospital em que

foi feito o primeiro atendimento, o bebê será transportado em segurança para dar continuidade ao tratamento. “Salvo as questões climáticas, o serviço é rápido. Não deixamos aqui, porque não é ideal ter um bebê que precisa de UTI neonatal em um leito improvisado. As mães acabam entendendo que é o melhor para eles.”

"Na UTI neonatal você vê uma criança que chegou mal evoluir, e na maioria das vezes, sair bem. É vida, é gratificante ver os casos", diz a médica Nadya Giselle.

Equipe médica da UTI neonatal A equipe é composta praticamente por 40 profissionais nos quatro turnos. São seis enfermeiros, de 25 a 30 técnicos (depende da escala), nove pediatras (quatro intensivistas neonatologistas). “Sempre haverá na UTI neonatal dois médicos, um pediatra e um intensivista neonatologista, durante as 24 horas”, explica Eduardo. Também há os profissionais de apoio: psicólogo, assistente social, fisioterapeuta e fonoaudiólogo.


Esporte

Domingo, 30.3.2014 JORNAL DE BELTRÃO

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divisão de acesso

Beltrão FC negocia a contratação de treinador JdeB - O ex-jogador do Corinthians Tupãzinho pode ser confirmado como técnico do Francisco Beltrão para as disputas da Segunda Divisão de profissionais, a partir de julho. Conforme informações do presidente do clube, Antônio Jacir Gonçalves da Silva, o Kinkas, as negociações estão bem adiantadas e o acerto pode ser anunciado nos próximos dias. Outro nome que está sendo cogitado é o de Joel Preisner, que já comandou o clube em 2012. “O Joel é um nome que deixou muito boa impressão e conta com a simpatia da diretoria. Eu diria que está entre ele e o Tupãzinho”, afirma o presidente. Kinkas revela que a diretoria está buscando recursos para a manutenção da equipe. Na semana passada, o dirigente viajou para Curitiba, quando procurou os deputados que representam a região e afirma que foi muito bem recebido. “Nos prometeram apoio financeiro para o campeonato e estamos negociando também o patrocínio máster que pode vir de um grande grupo empresarial da região”, conta o presidente. Ainda em relação à ar-

O técnico Joel Preisner, que foi campeão da Terceirona com o Francisco Beltrão Futebol Clube, é uma das opções da diretoria para a temporada. recadação de recursos, Kinkas diz que pode ser firmada uma parceria com a Associação dos Funcionários Municipais, a AFM, para o lançamento de uma grande promoção. “A intenção é organizar um sorteio com preços bem populares, para que qualquer pessoa possa auxiliar o clube.” Estádio não terá iluminação Kinkas lamenta que a iluminação

do estádio não será arrumada para o campeonato. Ele diz ter recebido a informação do secretário municipal de Esportes, Édio Vescovi. A alegação da municipalidade é que os custos para um novo sistema de iluminação do estádio, cujo projeto está pronto desde a administração passada, custa hoje em torno de R$ 700 mil. “Na verdade, não queremos uma iluminação nova, e sim a restauração daquelas duas torres que foram derrubadas por vendaval”, argumenta Kinkas. Segundo o dirigente, com cerca de R$ 100 mil seria possível recuperar o sistema danificado. “Tem um grupo de pessoas que fala até em organizar uma mobilização de empresários para recuperar a iluminação do estádio”, diz Kinkas. De acordo com ele, sem os refletores, o time terá que jogar somente durante o dia, o que é sinônimo de pouco público em jogos no meio da semana. “Em jogos durante a semana, à noite o público é o dobro que à tarde e vamos deixar de arrecadar valores significativos”, argumenta o presidente do time beltronense.

Campeonato Paulista

Palmeiras quer se impor para chegar à final AE - Diante do Bragantino, quando venceu na última quinta-feira por 2 a 0 pelas quartas de final, o Palmeiras mostrou que sabe muito bem o caminho das pedras para bater o Ituano neste domingo, às 18h30, no Pacaembu, e chegar à decisão do Paulistão. Basta se impor e não dar chances para a zebra aparecer. Caso consiga a classificação, o Palmeiras volta a uma final do campeonato estadual após seis anos. Em 2008, ainda comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, o time enfren-

tou a Ponte Preta na decisão e sagrou-se campeão. O adversário deste domingo tende a ser bem mais complicado do que o time de Bragança Paulista foi na quinta-feira. O Ituano tem a melhor defesa do campeonato – com 10 gols sofridos – e deu muito trabalho para o Palmeiras na primeira fase, quando foi derrotado por 1 a 0, em jogo que o goleiro Fernando Prass saiu como destaque. Para chegar à decisão, o Palmeiras também deve contar com a força de sua torcida. A expectativa da comissão técnica é de que

pelo menos 30 mil palmeirense estejam no estádio gritando pelo time na noite deste domingo. Em campo, o técnico Gilson Kleina avisou que não pretende fazer grandes invenções, mas que vai trazer mais surpresas, como aconteceu contra o Bragantino, quando colocou Wesley caindo mais pelas pontas e desmontou a defesa adversária. “Está dando gosto de ver o time jogar”, resumiu o lateral-esquerdo Juninho. O problema é que o meia chileno Valdivia, que foi desfalque na classificação

diante do Bragantino, pode desfalcar o time neste domingo. Ele sente dores no tornozelo direito e, se não tiver condições de jogo, o paraguaio Mendieta pode entrar. Outro fator que o treinador terá que administrar é a disciplina. São sete jogadores pendurados com dois cartões amarelos, inclusive Valdivia – os outros são Wendel, Marcelo Oliveira, Bruno César, Mendieta, Eguren e Wellington –, o que pode provocar desfalques importantes para o Palmeiras numa eventual classificação para a final.

Santos reencontra seu algoz na disputa para ir à final AE - O Penapolense volta a cruzar com o Santos, neste domingo, às 16 horas, na Vila Belmiro, no jogo que vai apontar o primeiro finalista do Paulistão, um mês e meio depois de ter derrotado por 4 a 1 o time santista, em Penápolis, pela fase de classificação do campeonato. Agora, porém, a história tem tudo para ser bem diferente, diante do abismo que há entre os dois lados. O Santos, com a nova grife dos “Meninos da Vila”, soma 43 gols em 16 jogos no campeonato, com saldo de 27 – um abaixo do dobro dos 14

marcados pelo adversário, cujo saldo é de menos três. O tropeço de Penápolis ainda não foi esquecido, mas os santistas não falam em dar o troco. O técnico Oswaldo de Oliveira usa aquela derrota, a única no Paulistão, para exigir comportamento diferente dos jogadores caso o time tenha um jogador expulso como naquela ocasião. E todos prometem encarar o Penapolense com a seriedade que teriam se o classificado fosse um dos grandes da capital. “Respeitamos o Penapolense, como respeitaríamos o São Paulo. Na

mesma proporção, porque é o nosso adversário na semifinal. É lógico que trazemos recursos e recordações do jogo de Penápolis, como também aconteceria se fosse São Paulo, outra equipe que não vencemos na primeira fase. Nossa preocupação é o adversário e a forma como temos que atuar para vencer a partida”, disse Oswaldo. Embora não esconda a satisfação diante da enxurrada de elogios que a nova geração santista está recebendo, Oswaldo ainda não considera o Santos pronto. Afirma que é um time em formação.

campeonato gaúcho

Jogadores do Grêmio treinam chutes ao gol Da assessoria Sexta-feira, antevéspera do clássico Gre-Nal 400, o grupo de atletas gremistas treinou no gramado do estádio Olímpico para ajustar detalhes visando o primeiro confronto válido pelas finais do Campeonato Gaúcho 2014. Disputam o título Grêmio e Internacional. Na parte inicial dos trabalhos, o preparador físico Fábio Mahseredjian orientou uma movimentação de arranque e força, sempre com a bola no domínio dos atletas. Em seguida, os jogadores passaram para o trabalho específico de maior duração, as finalizações a gol. As duas traves do Olímpico

foram usados para o ajuste da pontaria, além da velocidade de reação dos goleiros. Na parte final, um tradicional rachão foi disputado. Ainda deu tempo para o atacante Luan, aniversariante no dia de ontem, ser batizado com ovos e farinha pelos companheiros. O último trabalho da semana aconteceu na manhã de sábado, na Arena, com portões fechados ao público e à imprensa. O Gre-Nal está marcado para este domingo, às 16h, na Arena do Grêmio. A partida será comandada por Leandro Vuaden, auxiliado por José Antônio Filho e Rafael da Silva Alves.

Abel Braga destaca equilíbrio de Inter e Grêmio Da assessoria De olho no primeiro duelo da decisão do Campeonato Gaúcho, o técnico Abel Braga comandou treinamento sexta-feira, 28, no CT do Parque Gigante. O trabalho visou a partida contra o Grêmio, hoje, às 16h, na Arena. O time colorado treinou com portões fechados e deposita todo o foco no primeiro dos dois confrontos que podem dar ao Inter o tetracampeonato estadual. Abel Braga comandou um treino tático com a presença de titulares e reservas. Em entrevista coletiva, Abel Braga ressaltou a necessidade de estudar bem o

adversário: “É um um jogo que voce tem que acertar todos os detalhes e tentar neutralizar aquilo que o adversário tem de forte”, afirmou. Também destacou a igualdade que as equipes chegam para o Gre-Nal: “Os dois estão bem, são equipes exatamente iguais, uma respeitando a outra. Existem grandes jogadores de lado a lado que podem decidir. Às vezes, essa é a diferença do clássico”, comentou. Apesar da igualdade, o treinador lembrou que cada um tem as suas características: “Nós temos a nossa maneira de jogar e eles têm a maneira deles”.

Copa Sudoeste de Futebol Rodada de domingo 15h15 Mariópolis x Palmas 15h15 Marmeleiro x Mangueirinha 15h15 Nova Prata do Iguaçu x Capanema 15h15 Boa Esperança do Iguaçu x Salgado Filho 15h15 Vitorino x Dois Vizinhos 15h15 Pérola D´Oeste x Pranchita 15h15 Honório Serpa x Francisco Beltrão 15h15 Nova Esperança do Sudoeste x Barracão 15h15 Verê x Coronel Vivida 15h15 Flor da Serra do Sul x Santo Antônio do Sudoeste

Campeonato Gaúcho Hoje (Final) 16h Grêmio x Internacional

Campeonato Paranaense Hoje (Semifinal) 16h Coritiba x Maringá Quarta-feira (Semifinal) 20h30 Londrina x Atlético Paranaense

Campeonato Paulista Hoje (Semifinal) 16h Santos x Penapolense 18h30 Palmeiras x Ituano

Campeonato Carioca Hoje (Semifinal) 16h Fluminense x Vasco da Gama

Definidos os confrontos das quartas de final da Copa Rádio Chopinzinho de Futsal

JdeB - A 7ª Copa Rádio Chopinzinho/Doce Docê de Futsal já tem seus oito melhores times definidos. Terminada a primeira fase, a organização já divulgou os confrontos das quartas de final, que serão realizados na terça e quarta-feira que vem, dias 1° e 2 de abril, no Ginásio Deonisto Debona, em Chopinzinho. O Cresol/Marreco Futsal terminou a primeira fase com a melhor campanha, com três vitórias e melhor saldo de gols. Sangaletti/Chopinzinho e Notável/ Ampere Futsal também trminaram a primeira fase com 100% de aproveitamento. O time da casa joga contra o Latreille/Dois Vizinhos e os amperenses enfrentam Laranjeiras do Sul. Em quarto lugar ficou o Saudadense Futsal, que vai enfrentar o Salgado Filho, quinto na tabela geral. Artilharia Até o momento, o artilheiro da competição é Aceimar Zimerman, de Laranjeiras do Sul, com 13 gols. O vice-artilheiro é Douglas Horts, de Salgado Filho, com 8 gols. Depois aparecem Jeferson Dorine Júnior (Latreille/Dois Vizinhos), Ednilson Artuso, o Chico (Saudadense), Tiaguinho Duarte (Sangaletti/Chopinzinho) e Rafael Dornelles, o Papu (Cresol/Marreco), todos com cinco gols cada.

7ª Copa Rádio Chopinzinho/Doce Docê Terça-feira (1/4) 20h30 Cresol/Marreco Futsal x Clevelândia 21h30 Saudadense Futsal x Salgado Filho Quarta-feira (2/4) 20h30 Notável/Ampere Futsal x Laranjeiras do Sul 21h30 Sangaletti/Chopinzinho x Latreille/Dois Vizinhos

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Geral

16 JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3.2014

Vinicultura: Muitos apreciadores preferem produzir o próprio vinho Eles buscam agradar paladares mais exigentes ou mesmo conceber uma bebida mais pura e saudável.

Por Alex Trombetta Não é à toa que o vinho é conhecido como o “elixir dos deuses”. É uma das bebidas mais sofisticadas, um excelente afrodisíaco e

irresistível no acompanhamento de um bom prato, principalmente nas épocas mais frias do ano, quando até muitos apreciadores das geladas cervejas se en-

O lourenciano Dulsimar Trombetta e sua esposa Delires produzem cerca de 120 litros por ano. Eles preferem armazenar a bebida em garrafas pet pela praticidade.

tregam aos prazeres de um bom vinho. E assim como há milhares de anos (está nos textos bíblicos e nas histórias dos reis e faraós), que produziam sua própria bebida, muitas famílias preservam este costume ainda hoje e, apesar de tantas vinícolas e adegas com excelentes cartas de vinhos à disposição, preferem produzir seu próprio vinho. Pelo simples prazer de conceber a própria bebida, ou então para garantir um produto mais puro, sem aditivos ou conservantes, o representante comercial Valdir Andretta, 51 anos, de Francisco Beltrão, decidiu fazer seu vinho há quase dez anos. “Certa vez, fui ajudar meu compadre ‘Gringo’ Colognese na produção do vinho que ele faz. E então ele sugeriu que eu fizesse pro meu próprio consumo, e aí comecei”, conta. Na garagem de casa Valdir e a esposa Elizabete, que também são proprietários da Casa das Sementes, em Beltrão, não abrem mão de um bom vinho. É na garagem de casa que a produção acontece, sempre com a ajuda de alguns familiares. “Eu compro as uvas em São João, e então tiramos uma tarde para a produção. Como é a gente que está manuseando, sabe

que é uma coisa saudável, com um padrão de higiene e qualidade. Nos últimos anos, temos alcançado uma qualidade cada vez melhor. Sempre distribuímos umas garrafas para os amigos e familiares, e eles sempre elogiam. Não sei se gostam mesmo ou é só para agradar (risos)”, brinca Valdir. A partir do próximo ano, a produção do vinho vai ser realizada em um sítio da família, na comunidade Rio Tuna, onde Valdir está edificando um espaço próprio para isso. Desde que começou com a produção, ele conta que já investiu cerca de R$ 5 mil em equipamentos e material para os processos. “O investimento não foi muito, se fosse comprar o vinho pronto já teria gasto muito mais. Sempre gostei de vinho caseiro, produzido na nossa região. Daí comecei a fazer o meu vinho e consigo um sabor aproximado do que eu gosto. Tenho ideia de aumentar ainda mais a produção no futuro, quando me aposentar, mais como um passatempo mesmo”, afirma. Em São Lourenço, da uva ao vinho O bancário Dulsimar Trombetta, 49 anos, de São Lourenço do Oeste (SC), só toma o vinho de sua produção própria. A produção é pequena, cerca de 120 litros por ano, mas o suficiente para o consumo da família. Há 15 anos, ele e a esposa Delires, 50 anos, montaram um parreiral em uma chácara próxima à cidade. A ideia inicial era apenas consumir a uva, mas como a produtividade foi boa, perceberam a possibilidade de produzir a bebida, além de outros derivados, como vinagre e geleia. “Temos aproximadamente 40 videiras de

Valdir Andretta, de Francisco Beltrão, armazena as barricas de vinho no porão da casa. Neste ano, ele produziu mil litros.

“Sabemos que é um produto natural, o mais natural possível, desde o cuidado da uva.” muitas variedades. A gente produz a uva sem o uso de fertilizantes, inseticidas ou algo do gênero, totalmente orgânica. Com isso, sabemos que é um produto mais natural, o mais natural possível, desde o cuidado da uva. Assim, conseguimos trabalhar o mais perto do sabor que apreciamos”, revela Dulsimar.

É o pai de Dulsimar, Ari Trombetta, que coordena o processo de produção do vinho. Ele cuida do parreiral, observa o ponto ideal para a colheita e produz a bebida, que posteriormente é armazenada em garrafas pet e acondicionada em um espaço especialmente preparado, na residência do casal. “É o local mais fresco da casa, e não há incidência de raios do Sol. Um ambiente próprio para armazenagem. A nossa produção é apenas para o consumo, não comercializamos nada. Mas sempre distribuímos alguns litros para a família”, conta o casal.

Um costume para se preservar Na opinião do enólogo e viticultor de Dois Vizinhos Marcos Link, a produção de vinho artesanal é um costume que deve ser preservado. “Estas produções normalmente possuem qualidade e tipicidade. Temos muitos casos de restaurantes, por exemplo, que possuem sua própria produção de vinhos para atender suas demandas. Eu acho uma iniciativa muito bacana e a maioria destas pessoas produz o vinho pelo prazer de produzir a própria bebida. Investindo um pouco, tendo o conhecimento e uma matéria-prima de qualidade é possível produzir, sim, uma boa bebida artesanal”, comenta.

Ele esclarece ainda um mito popular sobre os vinhos produzidos em grande escala por vinícolas. “Existe um mito de que o vinho produzido em escala usa muita química, não é um produto tão natural. Isso não é verdade, há a utilização de mais tecnologia, acompanhamentos especializados, mas também trata-se de um produto natural. Até pode haver alguma alteração com produtos químicos quando o produto é muito barato, aí já compromete a qualidade também. Em resumo, é um procedimento simples e o mais natural possível”, destaca.

Sudoeste

Duas mortes em acidentes de trânsito

JdeB - A Polícia Rodoviária Estadual registrou acidente de trânsito com duas mortes. Foi numa colisão frontal na PR 493, em Pato Branco, envolvendo um Magentis, de Dois Vizinhos, um Gol, de Itapejara, e uma camionete Ranger, de Itapejara. José Nerci Bueno de Quadros, 66 anos, motorista do Magentis, morreu no local. Sua passageira, Mirian de Lurdes de Quadros, 63, se feriu e foi hospitalizada. Hélio Nunes dos Santos, 31 anos, condutor do Gol, foi socorrido com ferimentos graves e morreu após ser hospitalizado. Na cidade de Beltrão aconteceram dois acidentes

entre sexta e a madrugada de sábado. Neste mês, 106 acidentes nas rodovias estaduais da

região, com 5 mortes e 87 feridos. No ano são 342 acidentes, com 21 mortes e 295 feridos.


Domingo, 30 de março de 2014 - Número 203 - 1 caderno, 8 páginas

ENTREVISTA No tempo da Revolta de 57, mataram seu primeiro marido, João Maria Castilho, numa emboscada, em Dois Vizinhos. O segundo marido, Aléssio Garbossa, do Verê, lhe deu mais oito fihos. Somando os filhos dela com os dele, que também já era viúvo, e mais dois adotivos, são 21. Nem todos puderam participar da festa dos 80 anos da mãe, porque alguns já morreram. Mas dona Hermínia continua forte e orgulhosa de sua vida e de sua família. Págs. 2A e 3A

Cobra cascavel de 1,2 metro é encontrada debaixo de um carro em Chopinzinho O animal foi capturado pela Defesa Civil do município e devolvido ao seu habitat natural logo na sequência. Rádio Chopinzinho* A Defesa Civil de Chopinzinho capturou na noite de quinta-feira, dia 27, uma cobra cascavel de aproximadamente 1,2 metro, que pesa entre 8 e 10 quilos. A cobra, segundo os bombeiros, estava debaixo de um carro na garagem da residência de Zeli de Freitas, na Cohapar 4, no bairro Nossa Senhora Aparecida. O animal foi capturado pelo bombeiro Ederson de Quadros e Ma-

tos. Logo em seguida, ela foi devolvida ao seu habitat natural, longe das moradias da área urbana de Chopinzinho. Cobra cascavel Essas cobras estão em todo o continente americado e têm como característica um chocalho na cauda. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o

ruído característico. Embora no conceito popular o número de anéis do guizo às vezes é interpretado como correspondente à idade desta cobra, isto não é correto, pois no máximo poderia indicar o número de trocas de pele. A finalidade do som produzido pelo guizo é advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. A cobra cascavel é considerada a mais venenosa do

A cobra cascavel foi encontrada em uma garagem e pesa entre 8 e 10 quilos. mundo. Mesmo com tratamento imediato, sua mordida pode levar à perda de um membro ou à morte. Dificuldade em respirar, parali-

sia, salivação e hemorragias também são sintomas comuns. Mordidas de cascavel, especialmente de espécies maiores, são muitas vezes

fatais. No entanto, antiveneno, quando aplicado a tempo, reduz a taxa de mortalidade para menos de 4%. *Com informações do Wikipedia


2A JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3.2014 Filha de Eugênio e Otília Matt Fischer, Hermínia Maria nasceu em Palmeira das Missões (RS), dia 27 de fevereiro de 1934. Depois que a família mudou para Taquara Verde, município de Caçador (SC), ela conheceu João Maria Castilho e casou com ele. Quando mudaram para o Paraná, já tinha nascido o filho mais velho, Moacir. Após rápida passagem por Vitorino, se estabeleceram em São Miguel do Canoas, Dois Vizinhos (naquele tempo pertencente a Francisco Beltrão), onde nasceram mais quatro: Salete, Ivonete, Ivonir e o Toninho, que nasceu já praticamente sem vida. A família crescia. O marido, além do trabalho na propriedade, como agricultor, também era inspetor de quarteirão, apaziguava muita briga. Mas quando veio a Revolta de 57, ele acabou sendo jurado de morte e menos de um ano depois foi assassinado, numa espera, no dia exato que completava 31 anos de idade, 15 de agosto de 1958. Viúva, Hermínia recebeu várias propostas de casamento. Uma, que ela conta, de figura que passou para a história de Dois Vizinhos, foi inclusive vereador: Teodorico Guimarães. Acabaram não se acertando devido aos filhos. Aí alguém convidou para vir a sua casa um viúvo de Verê, Aléssio Garbossa, que também tinha quatro filhos. Casaram e se estabeleceram na terra do novo marido, Barra do Santana (Verê), onde nasceram mais nove filhos, dos quais oito se criaram: Ivanilde, Doraci (mulher), Ivanir, Marli, Altair, Edson, Rosângela e Ionara. Depois da Ivanir, nasceu prematuramente uma menina (oito meses e meio de gestação). Como viram que iria durar apenas algumas horas, batizaram-na em casa mesmo e lhe deram o nome da parteira, Antoninha. Somando os filhos do primeiro casamento, mais os quatro do Aléssio — Zé Lico, Assis, Zenir e Azenir (além da Zenilde, a Nina, que não estava em casa porque o pai tinha dado a menina para uma irmã casada e sem filhos), os dois que morreram logo após o nascimento, são 19. E mais dois adotados, o Claudemir, que hoje reside em Florianópolis, e uma menina cuja mãe morreu no parto e que viveu apenas 48 horas, mas que dona Hermínia não esquece. Ao todo são 21 filhos. Eles já lhe deram 33 netos e 24 bisnetos. No dia da festa de seus 80 anos, em Verê, dona Hermínia concedeu a seguinte entrevista para o Jornal de Beltrão: JdeB – Quando a senhora se deu por gente, morava em Caçador? Hermínia – Sim, morava em Caçador, era pouca casa, cidade pequena, e eu parei quatro anos longe da casa dos pais pra poder estudar, ter o primário. Depois que eu saí do primário, eu fui ensinar as crianças no interior a escrever o ABC e logo aos 16 anos me casei. E como foi o casamento? Ele é inspetor, autoridade lá, inspetor de quarteirão, de polícia, e a gente se conhecia muito, se conhecia era modo de dizer, e daí eu vim pro Paraná. Ele não tinha outro trabalho? Trabalhava na roça. Era agricultor, mas ele pouco podia trabalhar, ele trabalhava mais como inspetor. E aí, como que sobrevivia? Sobrevivia que a gente trabalha-

Entrevista

entrevista com hermínia maria fischer garbossa

Uma família de 21 filhos

De 14 partos, ela criou 12 filhos. O segundo marido lhe deu mais cinco e dois ela adotou. O primeiro marido foi morto na Revolta de 57. O segundo já faleceu. Ao comemorar 80 anos, em Verê, ela se sente forte e é com muita disposição que conta a bela história de sua vida. va e os pais dele ajudavam sempre, mas ele tinha aquele emprego e não ganhava nada.

e meio mais ou menos, mas ela era uma mulher de idade. E a senhora não precisou de médico pra nenhum? Não, eu tenho só essa última que eu ganhei no hospital, porque o médico disse que precisava vir. De todos os filhos que eu tive, a sofrida pra ganhar foi essa última no hospital.

Ele era inspetor ainda em Santa Catarina? Em Santa Catarina ele era inspetor e veio de lá com salvo conduto. Com aquele salvo conduto ele continuou trabalhando no Paraná. Sobrava pouco tempo pra trabalhar. Qual era o tipo de problema que dava? Briga, roubo, tudo ele era chamado, não tinha o delegado de Francisco Beltrão, tinha em Dois Vizinhos, mas ele pertencia a Francisco Beltrão e daí ficaram em São Miguel do Canoas e trabalhava naquilo.

A senhora estava com que idade quando nasceu a última? Ela tá com trinta e cinco, então eu tinha quarenta e cinco anos. E quem lhe ajudava em casa? Dos primeiros tinha os vizinhos, a sogra que ajudava, e depois que me casei com o segundo marido eu já tinha as crianças mais grandinhas, tinha um afilhado que morava perto.

O que tinha em Dois Vizinhos quando vocês chegaram? Olha, dava pra contar as casas, era repartido em duas partes Dois Vizinhos, uma parte pra lá e outra pra cá, tinha um pedaço de mato no meio. Cidade norte e cidade sul de hoje? Isso. A de lá era maior.

O seu Castilho também tinha bastante trabalho? Pelo amor de Deus, é difícil o dia que não tinha audiência em casa.

Dona Hermínia Maria Fischer Garbossa em sua festa de 80 anos.

Na chegada, vocês passaram pela vila? Passamos pela vila, de caminhão até uma altura e depois de carroça de boi, não ia caminhão, nós morava debaixo de um rancho, sofrido. Vocês compraram um sítio? O sogro comprou e repartiu com os filhos, um pedaço cada um. O sogro, Cassimiro Castilho, veio junto com nós. Naquele tempo, o que se produzia na roça? Feijão, milho, essas coisas, soja não existia, e arroz a gente usava pro gasto. Feijão e milho era vendido, feijão era malhado no porrete, catava os grãos ainda. E tinha vaca de leite? No começo não. Depois tivemos vaca de leite, junta de boi, tinha um cavalo também. A senhora teve o primeiro filho com que idade? Com dezessete anos. Como é que criava? Sempre amamentei todos eles. A senhora ajudava na roça? Sim, eu trabalhava na roça até o último dia de parto. A sogra dizia vai pra casa que te faz mal, e eu dizia meu remédio tá lá em cima, que era Deus, no outro dia amanhecia de neném. Era assim. E como era o parto? Quem ajudava? Normal. Quando dava tempo de chamar alguém pra ajudar, ajudava, senão era sozinha. Sozinha? Só a senhora e o marido? Só eu, nem ele tava ali, quando a mulher chegava eu já tinha neném. Tinha facilidade, graças a Deus.

A senhora teve quatro, como foi o nascimento do primeiro? O primeiro mesmo eu perdi com seis meses de idade. Como foi que a senhora perdeu? Eu não sei o que aconteceu, foi de vereda, a gente também era nova, não sabia de nada. Nasceu morto, e depois o segundo já nasceu também em Santa Catarina, os outros foram no Paraná. Como foi o primeiro que nasceu em Dois Vizinhos? Deu tempo de chegar a parteira? Não deu, ela chegou eu já tinha neném, e trabalhei até de noitezinha na roça. Que hora da noite nasceu? Duas horas da madrugada, mais ou menos. Depois que deitei, senti uma dorzinha forte, levantei, fui lá e fiz um chá e disse pra ele ó, eu não tô bem, acho que vou ganhar neném. Daí ele saiu buscar a mulher, não deu tempo de tomar o chá e quando ela chegou eu já tinha neném. A senhora sozinha foi lá na cama e nasceu a criança? E como fez pra cortar o umbigo? Sim, sozinha. Nada, deixei lá ela quietinha, sentei na cama e fiquei esperando. Que coragem. De certo Deus dá coragem pra gente. E os outros dois como é que foi? Os outros dois foi a mesma coisa. Mas deu tempo de chegar a mulher? Quem era a parteira? Deu tempo. Mas olha, eu conhecia como dona Noca, Noca Rezende. Morava um quilômetro

Dava muita briga? Que tipo de briga? Briga de vizinhos, baile e coisarada, roubo, bastante roubo. Roubavam o quê? Lavoura, coisa de lavoura, gado, essas coisas. Teve um que roubou muita mandioca. Veio audiência lá em casa, foi feito um colar de mandioca – cortava as rodelinhas e depois furava com a agulha de costurar saco e fazia um colar – e botava no pescoço e fazia desfilar na pracinha. Era o castigo que ele ganhava. Ele tinha que desfilar na vila? Na vilinha, era pequena, tinha só umas quarenta casas, e tinha que desfilar. E resolvia? Resolvia, criava vergonha. E o seu Castilho andava armado? Sempre armado. Ele ensinou eu a atirar. Eu bati o tiro ao alvo aqui no Santana com o Luiz Garbossa, o Aloísio Garbossa e o Luiz Dalagnol e ganhei dos três. O Luiz dizia mas não pode que vou perder essa meia dúzia de cerveja. Digo vai perder. E perdeu mesmo, mas morreu e não me pagou. Mas aí ele atendia as brigas e a senhora tinha que trabalhar? A gente tinha que trabalhar, né, plantava aos pouquinhos, mas dava pro gasto. Era tudo diferente. Comia aquilo que tinha e pronto. E aí veio o tempo da revolta, teve muita bronca? Teve um ano e pouco de bronca. Nós sofremos. E ele era autoridade, todo mundo desconfiava que ele ia a favor dos jagunços, mas não, ele era a favor da colônia porque nós era colono, o pai dele também, o irmão dele também, tudo colono. E daí ele passava tudo sempre pra Clevelândia, aqueles que davam força pra nós aqui, ele ia pra lá, conversava e trazia pra cá e de Pato Branco vinha munição e arma pra Dois Vizinhos, e quem

carregava pros colonos era eu. Eu vinha de Dois Vizinhos a cavalo, um pessuelo cheio de mandioca, essas coisas assim e entregava aonde tinha a rodoviária e hotel, e chegava e só dizia pro homem ó, eu trouxe, tem a nota, eu quero as minhas compras e o senhor arruma pra mim. Ele sabia o que era e arrumava. E quando foi um dia eles descobriram, eu ia ir pra Dois Vizinhos e a mulher me cercou e disse volta pra lá porque eles estão fazendo uma espera pra você hoje. Daí eu voltei pra casa, e não sei como o falecido deu um jeito de falar com o Ivo Thomazoni e o Porto Alegre, de Pato Branco. O Porto Alegre veio de noite me buscar de jipe, pegou eu e as crianças e levou até Pato Branco, e colocou no ônibus e eu fui pra Caçador e fiquei lá um mês. E aí não sei como é que foi, aquele tempo telefone não existia, foi tudo pelo rádio que ele avisou em Caçador e me mandaram de volta, eu vim até Pato Branco, o Porto Alegre tava me esperando, me pegou de noite e me trouxe com as crianças, tinha três crianças e já estava grávida dessa última. A senhora com três crianças! Eu estava grávida da última, eles começaram a perseguir a nossa casa e daí ficava no mato, eu, minha sogra e os filhos, que tristeza. Dormia em cima de uma lona e se cobrir com a lona, sem ter o que comer. Tomava água da sanga e tinha uma que chorava muito porque queria água doce, não tinha. Passamos uma semana ali de baixo, comendo caruru, conhece caruru? Que se dá pros porcos, nós comia aquilo. Tinha um peão que ficava junto com nós e ele dizia quando não vim ninguém eu vou lá em casa roubar, na casa da sogra. Mas não podia, eles tinham um jipe e paravam só cuidando. Eles queriam me pegar e não conseguiram. Quando deu aquela revolta que terminou tudo, graças a Deus, que a gente pôde sair dali, mas foi um sofrimento. Depois de um tempo, já tinha nascido a neném, eles fizeram uma espera pra ele (o Castilho) lá em baixo, perto do Iguaçu. Mandaram chamar, era pra ir lá que tinham roubado uns bois, os próprios da revolta e ele foi, inspetor, pegou os companheiros e foram. Chegaram lá e estavam à espera dele, ele nem viu, atiraram de emboscada. No sábado, às seis horas da noite, dia 15 de agosto, o corpo chegou dia 16 de agosto em casa, às dez horas da noite. Quem foi buscar foi o Pinzon, de Dois Vizinhos, ficou até na segunda-feira de noite esperando a polícia, não apareceu ninguém e teve que sepultar igual e não pegou mau cheiro porque não tinha sangue. Sepultaram em São Miguel do Canoas? Lá em São Miguel. Fui lá e trouxe o corpo, tá ali em Dois Vizinhos, junto com os pais dele. Foi identificado quem atirou nele? Sim, conhecia o homem, fui na cadeia em Francisco Beltrão e vi o homem, ele era um dos jagunços, olhei assim e o advogado me pediu tem quanto em dinheiro? Eu só tinha uma junta de boi, uma vaca e uma égua. Vou vender, vou tirar o leite da boca dos meus filhos pra pagar advogado? Eu olhei pro promotor e falei assim, o juiz, não sei quem era, olha, pra mim o senhor pode soltar amanhã, se quiser, o que é dele tá guardado, porque eu não vou vender minha vaca de leite pra segurar ele preso. Ele já morreu faz muito tempo, eu sabia até o nome dele. A mulher dele, viúva, mora lá no Cruzeiro. Até pouco tempo era viva.


Entrevista

Domingo, 30.3.2014 JORNAL DE BELTRÃO

3A

"Todos esses anos juntos, três famílias"

Eles eram do lado dos jagunços? Dos jagunços. O dia que se acertaram lá tudo, os jagunços tiveram que correr, uns disseram assim pode deixar, eles ganharam mas você não vai viver, nós vamos te matar. Ele abusou com os homens também e fizeram mesmo, mataram. Foi matado também? Foi matado também, eles abusaram e mataram, mataram mesmo. E a senhora que era perseguida, daí não perseguiram mais? Depois não perseguiram mais. E a senhora continuou morando muito tempo lá? Morei sete meses e daí me casei.

Seis anos mais velho que eu o Aléssio. O Teodorico foi na sua casa? Foi, mas foi no dia do casamento, né, daí a proposta dele foi aquela. Ah, a senhora tinha marcado o casamento com o Teodorico? Sim, tinha marcado o casamento, daí diz ele assim você vai ter que dar dois filhos; digo não, então se mande daqui. Naquele tempo não era fácil pra gente viver com quatro crianças pequenas, trabalhar sozinha e vim morar pra Dois Vizinhos, ia fazer o quê? De empregada não dava pra trabalhar porque tinha os filhos pequenos.

Mas daí, como a senhora falou antes, que não conhecia o AlésComo que a senhora, lá de sio, quem foi que intermediou Dois Vizinhos, conheceu o seu com a senhora? Aléssio? O Ernesto Mengati, que era O Ernesto Mengato conhecia vizinho. E o padre conhecia eu e ele demais e sabia que ele esta- conhecia o Aléssio também, sabia va viúvo, mas nunca me falou. que eu era viúva e o Alécio era viPorque ele morava aqui (em Ve- úvo, naquele tempo padre era só rê), daí ele me em Dois Vizinhos, ele pediu a mula ... eu tinha que vinha no Verê rezar a emprestada pra missa no Santana e lá trazer um parente aqui dar dois filhos. em baixo também. Eu digo não! no Verê. Eu emprestei e ele pegou a mula pra Pode sair aqui E vocês casaram levar o Aléssio lá. Pepela igreja e pelo civil gou o Aléssio aqui e da minha casa, também? eu vou pedir levou lá no domingo, Não, só pela igreja. e me chamaram pra esmola, mas os fazer a janta. Fui lá e A senhora nunca fiz a janta, porque mi- meus filhos não foi casada penha comadre era muilo civil com o dou. to doente. Fiz a janta, Aléssio? tudo, proseamos assim, mas não, Com o Alécio não, só com o prinada de... e no outro dia eles vêm meiro. conversar comigo e daí estava lá falando com o padre e no outro dia E daí foram morar onde? nós casamos. Nós combinamos de Aqui no Santana. Daí vendi lá. criar nossos filhos, eu tinha quatro Eu vendi e mandei o dinheiro para e ele tinha quatro, eu não podia re- o juiz em Pato Branco, pra ponhar clamar e nem ele podia reclamar pras crianças. E o juiz mandou se eu surrava também. Isso perto o dinheiro de volta, que era pro das criança, agora longe nós po- Aléssio gastar o dinheiro e me dia conversar. E criamos tudo os dar um pedaço de terra, porque filhos. quando os filhos crescia aquele dinheiro não valia mais nada. Daí Mas e de cara assim a senhora o Aléssio gastou o dinheiro e me já topou, deu certo? deu cinco alqueires e meio de terSim, eu gostei dele e ele gostou ra, e foi a herança que meus filhos de mim, não dissemos assim va- ganharam. mos casar, eu te amo, tu me ama, nada disso, não houve nada, foi Mas aí como é que foi aquela primeiro pelos nossos filhos. Não mudança, mudou totalmente a sei se você ouviu falar no Teodori- sua vida? co Guimarães, aquele escrivão em Ah mudou, mudou, mas se deDois Vizinhos? mos bem, graças a Deus, todos esses anos juntos, três famílias. Sim, sim. Minha e dele e nós. Ele queria casar comigo. Queria porque queria, só que eu tinha que E a senhora adotou mais dois? dar dois filhos, ele queria só dois. Um neto eu criei desde pequeno, Eu digo não! Pode sair daqui da depois afilhado, já tinha uns seis minha casa, eu vou pedir esmola, anos e eu criei ele até os dezoito, mas os meus filhos não dou. e daí eu peguei mais um piá bem pretinho, o “Saraz”, só que ele faAh, ele queria que a senhora leceu com quatro dias, a mãe dele desse para outra família dois fi- foi picada com cobra e ela falelhos? ceu no parto, e o neném o médico Dois filhos. Porque ele tinha disse ele vai morrer também, mas dois do primeiro casamento dele. eu quis assim mesmo. E foi uma Disse não, eu não dou nenhum fitristeza quando morreu lho pra casar. aquela criança, gostava dele porque Ah é, e pela idade, era bem pretinho, ele era da sua idade? E l e era bem mais velho que eu, ele tinha uns... olha, ele tava com uns 55, 60 anos já.

E a senhora com o Aléssio, como que era a diferença de idade?

Lembrança da festa de 80 anos da dona Hermínia, confeccionada por ela.

No dia da festa dos 80 anos, em Verê, dona Hermínia com 8 de seus 21 filhos: Assis, Azenir, Ivanir, Ionara, Hermínia, Altair, Ivanilde, Marli e Edson. Uns não vieram porque moram longe, outros porque já faleceram. nós não temos esse racismo, mas não se criou o coitadinho. No Santana também a senhora ajudava na roça? Direto, porque olha, pra falar a verdade, nós tinha uma vaca de leite e tinha oito boca de criança pra sustentar e ainda tinha três, quatro peão pra trabalhar. Já pensou, levantar de madrugada, fazer uma polenta pra comer e ir pra roça. Eu ajudava a roçar, plantar, fazia de tudo, só não trabalhei com trator, o resto eu fiz tudo. E continuava tendo filho? Toda vida filho, trabalhava de dieta, dia de ganhar neném e continuava trabalhando, por isso que eu digo, hoje em dia as mulheres têm um filho, ah, tô grávida, não posso mais fazer isso. Negativo, gravidez não é doença pra ninguém, pode trabalhar que é saúde. E hoje, como a senhora se sente? Realizada? Eu me sinto bem, realizada, graças a Deus, fiz de tudo e às vezes a gente fica pensando. Tem dias que choro muito, que meu filho do primeiro casamento faleceu novo né, com cinquenta e poucos anos ele faleceu, Moacir Castilho. O que deu nele? Olha, saber certo eu não sei o que deu nele, eu sei que foi lá, ficou na UTI, era agente de saúde, caminhava bastante e ele tinha falta de ar. Tem dias que a gente chora, se lembra das coisas e tudo, não é fácil de falar também, porque eu, pra falar a verdade, eu tenho cinco mortos, né, uma filha casada que deixou quatro filhos, faleceu lá em Rondônia, Porto Velho, e daí tem o Moacir, tem outro com dois meses e mais aquele primeiro e a outra, cinco tem. E a senhora não esquece eles... Não, não esqueço, trabalhei na minha vida, sofri, mas tô bem. O trabalho também não mata, a senhora tá aí com 80 anos, forte. Não, nada, serviço não mata ninguém, só não aguento muito caminhar muito longe, é falta de ar, a gente fumou muito tempo, sofria, minha sogra e eu. Daí viciei, só que o dia que eu disse que não fumava mais eu não fumei. Depois de quarenta anos, quando vi que a coisa ia enfeiar eu deixei. É só ter boa vontade. O cigarro pode ter prejudicado o seu pulmão? Foi, só que eu tenho bastante tratamento, raio X e o médico disse que meu pulmão está bom. Hoje a senhora toma algum remédio? Eu tomo remédio pra depressão, faz vinte e três anos que eu tomo, desde que morreu a primeira filha em Porto Velho, tem que tomar sempre, a gente não esquece, né.

E a morte do Aléssio, como foi? queline, daí digo vão casar, só O Aléssio deu um derrame. faz a janta e pronto. E o foi o Ele não queria vir pro hospital que nós fizemos, e ficamos uns de noite, ele levantou do sofá, quinze dias, tinha os filhos por tastaviou, chamei o rapaz e po- perto sempre, tinha a deleganhei a cadeira, ele sentou e vamo da que morava lá, sempre tinha pro hospital sim, vai já, o filho companhia, os Beal moram ali morava junto, casado, e pegou perto também. Fiquei tempo lá e trouxe ele pro hospital, e não e daí fechei o aviário, porque é que no outro dia deu derrame tinha que colocar muita coisa aqui no hospital também. Daí foi no aviário e era muito caro pra pra Beltrão, foi nós. Fechei o aviário pra UTI, levaMeu pai, quando e vim pra Verê morar, mos pra Pato comprei uma casa chegava seis eonde Branco, ficou um mês moram duas e meio assim e depois horas da tarde, meninas também, e piorou e só cadeira de fazia nós levar daí esse mais novo rodas. morar lá em baiele de cadeira foi xo, e no fim começaFicou muito tempo de roda na frente ram comprar e a terra assim? da televisão pra era assim usofruto, Um ano e um mês. fosse viva assistir a Vera até queeueu que manE quando ele morFischer... dava, mas eu reu como a senhora achei muita se virou? coisa eu sozinha ficar mandanTinha uma só que era solteira, e do em vinte e poucos alqueires ainda ela foi fazer faculdade, e daí de terra, abro mão, tanto de um meus filhos ficaram ali uma se- quanto do outro e façam o que mana todos eles quase, porque no vocês quiserem, eu vou abrir outro sábado tinha casamento do mão, e foi o que eu fiz, liberei filho, e tinha adiado o casamento pra todos eles. Tem só dois, três uma vez, daí iam adiar de novo e que são donos ainda, venderam eu disse não, tá tudo feito. um pedacinho só, os outros que tem, não deixaram eu vender pra O Altair? fora, família mesmo ficou com a O Altair, que casou com a Ja- terra.

Sua família tem parentesco com a Vera Fischer, como que é a história do seu pai que assistia a novela? Meu pai, quando chegava seis horas da tarde, fazia nós levar ele de cadeira de rodas na frente da televisão pra assistir a Vera Fischer, era prima-irmã dele, então segunda prima nossa. Tem muita gente que fala, eu não tenho vergonha, pois é a vida dela né. Tem uma que tem salão de beleza, ela que arrumou a mãe da Vera Fischer pra festa dos idosos, ela foi rainha, a mãe da Vera Fischer. É uma história rica, né, dona Hermínia? É, quando eu vou pra Santa Catarina eu já vou acesa pra sentar do lado que eu enxergue tudo, e vou A atriz Vera Fischer, que seria contando para as pessoas aqui eu morava, ali eu estudava, ali era prima segunda de dona Hermínia. do meu padrinho, ali do meu avô. E lá por Bandeira a senhora tem contato, aliás, São Miguel do Canoas? Não, faz muitos anos que não tenho contato lá, mas acabou aquilo lá eu acho, não tem mais o que tinha uma vez, uma vez tinha três, quatro bodega, a última vez que eu fui pra lá tinha uma bodeguinha só. E os seus filhos todos deram mais alegrias ou mais tristezas? Mais alegria, né, quem é que não fica contente, nossa, eu queria que estivessem todos aqui hoje, esses que estão vivos, mas tem uma que tá doente, mora em Caçador, e aquela de Camboriú, carnaval, ela trabalha no hotel, não tem como sair porque nem liberaram, e aquela de Florianópolis, segurança, não liberaram ela dois dias. De certo eles vêm na festa dos noventa (risos). Se eu alcançar até lá. Mas a senhora tá bem, né, dona Hermínia? Tô, graças a Deus.


4A JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3.2014

Otite: A vilã das orelhas caninas Doença frequente nas clínicas veterinárias, a inflamação pode ser interna, média ou externa e causa muito incômodo aos cães. A orientação é ficar de olho na comum coceirinha na orelha, que pode ser algo grave.

O médico veterinário Ronivan Gobbi, da Clinicão, com Stephany, que precisou de tratamento cirúrgico para curar a otite.

JdeB – A otite é uma doença comum nos cães, principalmente naqueles com orelhas longas e peludas. Mesmo sendo uma doença recorrente nos cachorros, os donos devem ficar atentos a um tratamento correto e na evolução da doença. A otite pode ser interna, média ou externa — ela é classificada dependendo do local afetado. Como os sintomas são comuns, os proprietários podem fazer o diagnóstico. Fique atento a coceiras intermitentes na orelha, dor, mau cheiro e se o cão mexe muito a cabeça. Alguns casos de otite interna o animal pode andar com a cabeça pendida para o lado. No caso da evolução para uma otite aguda, o cão pode apresentar também febre. A otite é causada por três agentes principais: bactérias, fungos e ácaros (parasitário mais comum em cães que vivem com outros animais). O médico veterinário Ronivan Gobbi, da Clinicão, em Francisco Beltrão, esclarece que alguns vírus não provocam diretamente a doença, mas são agentes secundários, pois podem deixar o cão com baixa imunidade. Fatores desencadeantes A otite pode ser desencadeada por uma bactéria que se instalou no ouvido do cão; por parasitas, que geralmente são contraídos em ambientes onde há outros cães, como canis; e a principal vilã: a umidade. Após o banho, os donos devem secar bem as orelhas e é indicado o uso de produtos antissépticos, que retêm menos a umidade. Também é recomendado o uso de algodões durante o banho para diminuir o contato da água. A umidade favorece a proliferação de fungos que causam a otite. Otite ceruminolítica A otite ceruminolítica é ocasionada devido ao excesso de cera no ouvido. Geralmente, ocorre em cães com peles mais oleosas. “Nesses casos, se o ouvido não for limpo semanalmente, fungos podem se desenvol-

Social Mundo Animal Envie a foto de seu animal de estimação para a coluna Social do Mundo Animal. Capriche na foto, ele pode aparecer no jornal e ficar famoso. Contato: ligiatesser@gmail.com

A leitora do Jornal de Beltrão Juliana Pansera enviou sua foto com a cachorrinha Brisa.

» Otite: como prevenir

Após o banho, o dono deve secar bem as orelhas e é indicado o uso de produtos antissépticos. ver naquele ambiente e assim causar a inflamação. O cocker é um cão com propensão a este caso”, alerta Roni. A grande quantidade de oleosidade na pele é caracterizada pela seborreia, doença que é ocasionada por um distúrbio genético. Orelhas grandes Cães com orelhas pendulares são mais propensos a desenvolver otites. O motivo é o ouvido ficar mais fechado e haver menos circulação de ar. “Com o calor do corpo e a falta de ventilação, diminuiu a possibilidade da cera sair, ainda mais para cães com o condutor auditivo maior, assim

Para prevenir a otite, o dono pode tentar proteger as orelhas na hora do banho. Sempre se deve secar bem a área que pode ser afetada e usar produtos antissépticos. No caso de haver muita cera, procure fazer uma boa limpeza. Qualquer suspeita de inflamação, procure um veterinário. A otite é uma doença reincidente, então, duraante o tratamento, para evitar que ela volte ainda mais forte, o proprietário deve fazer o manejo certo na hora da aplicação do remédio. Caso o dono sinta dificuldades, pode levar diariamente o animal à clínica veterinária e, no caso de cães mais rebeldes, sugere-se que seja feito o internamento a fim de ter um resultado mais efetivo.

A gatinha bonita da foto é a Pepper de Nana Veronese.

o ambiente é vulnerável à doença”, frisa o veterinário. Otites alérgicas O ouvido é revestido por pele, se o animal tem uma dermatite alérgica, ele pode desenvolver uma otite alérgica também. As dermatites alérgicas podem ser devido à alergia alimentar (proteínas), dermatite parasitária (pulgas e carrapatos) e atópicas (ambiente). Tratamento As pessoas têm a prática de medicar os animais por conta e, ainda, com medicamentos para humanos. Mesmo que seja uma inflamação pequena, o ideal é levar o bichinho até o veterinário, para que o profissional faça uma avaliação e prescreva o remédio correto, assim, o dono terá certeza do tratamento do seu pet. “Os animais têm uma anatomia diferente da humana, um PH diferente, então os medicamentos humanos não são indicados para animais. Só são quando um profissional avaliar que será adequado. Um tratamento malfeito pode fortalecer a bactéria, pois já é um meio propício para a doença”, comenta Roni. Para um tratamento efetivo, o veterinário diz que é preciso descobrir a causa e que o diagnóstico é importante, pois, dependendo da gravidade, será definida a melhor medicação. “Em casos muito graves, o condutor auditivo fica tão fechado que há necessidade de procedimento cirúrgico, pois a medicação não chega até o tecido inflamado”, exemplifica.

A jornalista da Rádio Educadora de Francisco Beltrão Karol de Gois junto com seu cãozinho Faísca.

A jornalista Andressa Kikuti com o gato Redondo.


5A

LITERATURA

Nicolas Farewel: “Sou um leitor que escreve” Escritor sulcoreano está “ Escrever para mim em Pato Branco é uma expressão da fazendo trabalho para agência de publicidade.

JdeB – Como é o processo de criação de seus livros. De onde vem a inspiração? Nick – Devo confessar

Gente e sociedade

Maria Luiza Camargo

que na verdade eu não gosto de escrever. Sou um cara que não gosta de escrever. Escrever para mim é uma expressão da vida, assim como estar conversando, almoçando ou jantando. Só que existe um momento em que esta expressão só pode ser sentida ou transmitida através da escrita. É neste momento que eu começo a escrever. Todos os meus livros são grandes metáforas. O “GO” é sobre a solidão, a personagem principal é a solidão. Transformo as minhas dúvidas existenciais em metáforas. Pretendo escrever um livro sobre uma máfia fictícia, mas no fundo quero sanar uma dúvida que tenho sobre a natureza do bem e do mal. Se você for olhar, a construção de todos os livros é sobre o relacionamento humano. A primeira fase da criação, que é a metáfora, se transforma em um segundo plano em relações humanas. JdeB – Mas você tem material para mais livros? Nick – Tenho um processo de criação bem curioso. Gosto de escrever quando tenho começo, meio e

fim prontos. Não sei como preencher esse meio, mas preciso ter começo, meio e fim prontos. Oito livros já têm começo, meio e fim na minha cabeça. Outra peculiaridade é que quando escrevo eu faço laboratório dos personagens. No GO a personagem era um DJ de rock alternativo e comecei a discotecar para ter a experiência de DJ. Minha estada em Pato Branco servirá de laboratório para uma história que pretendo escrever que se passa em uma cidade do interior. JdeB – Quanto tempo em média você demora para escrever cada livro? Nick - Depende muito do livro. O “Uma vida imaginária” escrevi em dois meses. Às vezes me dizem que eu escrevo rápido, mas fiquei gestando este livro durante dois anos. Na verdade, escrevi em um mês. Demorei um mês para encontrar uma única frase! Sou o tipo de cara que fica lapidando as palavras durante a escrita. Dificilmente eu releio ou mudo o que eu escrevi. JdeB – “Go” vai virar filme e você será o rotei-

rista. Qual a previsão de estreia? Nick – Uma previsão otimista nossa é rodar entre dezembro e janeiro deste ano e exibir no segundo semestre do ano que vem. Como autor eu pretendo colocar no filme muito mais do que tem no livro, como os trechos do livro que a personagem está escrevendo. JdeB – Você cursou dois anos de Engenharia Mecânica, se formou em Publicidade e hoje escreve livros... Hoje você pode dizer que faz o que gosta? Nick – Fazer o que gosta me soa uma definição muito simplista. Você realmente sabe do que você gosta? Você realmente sabe quem você é? Se você tivesse me perguntado isso em 1992, quando entrei no curso de Engenharia, eu ia te responder “Eu gosto de fazer cálculo. Eu vou ser Engenheiro Mecânico!”. Se você me olhar hoje, isso é uma piada. Dois anos depois eu teria te respondido “Eu gosto de ler”, hoje eu já te digo que gosto de ficar sem fazer nada. Temos que fugir deste clichê de definição das coisas.

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Lucas Zarth Postal

Maria Luiza na sua festa de 2 aninhos ao lado de seus pais Osvaldo e Gisele. Cena Foto Vídeo

JdeB - Nascido na Coreia do Sul e criado no Brasil, Gyu Suk Lee é mais conhecido no país como Nicolas (Nick) Farewell, nome ocidental que adotou. Sua carreira de publicitário o trouxe a Pato Branco nesta semana, e durante as próximas, para a realização de uma palestra e desenvolvimento de alguns trabalhos pela XOK Publicidade, mas foi como autor de cinco livros que ele recebeu o Jornal de Beltrão. Nick contou um pouco sobre o sucesso de seu primeiro livro o GO, que desde seu lançamento, em 2007, já vendeu mais de 30 mil exemplares no Brasil, possui edições esgotadas na Coreia do Sul e Portugal, e que deve ser lançado em breve na Itália e Espanha. O livro foi escolhido pelo Ministério da Educação (MEC) para figurar nas bibliotecas de escolas públicas e deve virar filme em 2015, do qual Nick será o roteirista e produtor executivo. Ele também é o autor de “Mr. Blue e Lady Jazz”, “Uma vida imaginária” e “Manual de sobrevivência para suicidas”. Nesta entrevista o autor fala também sobre o processo de criação de seus livros. E já no início da conversa explica o fato de não se considerar um escritor. “Sou duas pessoas. O Nicolas Nick, redator publicitário e o Nick Farewell, que é o cara que escreve livros. A denominação de escritor não é pra mim. Porque escritores para mim são como James Joice, Thomas Mann... E eu estou muito longe deste nível. Sou um leitor que escreve”, diz Nick ao início da entrevista.

vida, assim como estar conversando, almoçando ou jantando. Só que existe um momento em que esta expressão só pode ser sentida ou transmitida através da escrita. É neste momento que eu começo a escrever.

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Domingo, .30.3.2014 JORNAL DE BELTRÃO

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Pato Branco

Na foto a linda Cecilia Sanagioto na sua festa de 1 aninho.

Cursos técnicos abastecem mercado com mão de obra qualificada

JdeB - Polo de saúde e tecnologia no Sudoeste, Pato Branco vem se destacando também na região pela formação de mão de obra técnica nas mais diversas áreas de atuação. Segundo levantamento realizado pelo Jornal de Beltrão com sete instituições de ensino do município, pelo menos 1.181 vagas de cursos técnicos de nível médio e superior devem ser ofertadas para a população somente em 2014. Apesar do mercado de trabalho em Pato Branco apresentar crescimento ano após ano, ainda há por parte dos empregadores de diversos setores a reclamação de que falta mão de obra qualificada para o preenchimento das vagas de trabalho que surgem. Segundo o diretor da

Agência do Trabalhador de Pato Branco, Normélio Bonato, antes de buscar a realização de cursos para qualificar a mão de obra, a Agência procurou ouvir as grandes empresas do município para um levantamento dos cursos necessários. “As pessoas que buscarem a qualificação têm grandes chances de entrar no mercado de trabalho, mas precisam primeiro ver o que o mercado está buscando antes de escolher o curso”, aconselha Normélio. 19 cursos Atualmente os estudantes do município podem optar entre 19 cursos técnicos de nível médio ofertados por cinco centros de formação diferentes. Para cursos técnicos de nível superior existem seis opções disponíveis

A unidade do Senac dispõe de três cursos técnicos. em duas faculdades privadas. Somente em 2014 mais de 700 vagas de cursos técnicos de nível médio foram disponibilizadas em Pato Branco, para os cursos de tecnólogo, que é a formação técnica de nível superior, foram 480.

“Há grande demanda de empregos em Pato Branco, por isso existe uma grande possibilidade de que os técnicos já saiam empregados de seus cursos após o estágio. Todos os cursos têm recebido grande procura. Para os que ofertamos através

do Sisutec as notas de corte foram bem altas”, ressaltou Fernanda Oliveira, técnica de relações com o mercado do Senac. Em alguns casos as instituições enfrentam dificuldades para o fechamento de turmas, mas o problema não é a falta de interesse na qualificação. “Temos feito diversos processos seletivos para conseguir fechar as turmas. O que chama a atenção não é a falta de candidatos, é o grande número de reprovações no Processo Seletivo”, destaca a coordenadora de educação do Senai, Andressa Zanrosso. A maioria conseguiu vaga Um levantamento do Senai apontou em 2012 que aproximadamente 90% dos estudantes formados em

cursos técnicos pela instituição já saíam do curso empregados. “A profissão que estes cursos possibilitam são a maior arma contra o desemprego e os baixos rendimentos”, corrobora Simone Tatto, gestora do Centro de Educação Profissional Filadélfia. Embora a oferta de cursos na área de tecnologia da informação seja tímida, o presidente do Núcleo de Tecnologia da Informação do Sudoeste, Alessandro Graczyk Moraes, considera os existentes de grande importância. “Nós empresários temos interesse nesta mão de obra. Damos preferência no mercado de trabalho para os candidatos que tenham algum nível de conhecimento técnico para não termos que ensinar tudo”, ressalta.


8A JORNAL DE BELTRÃO Domingo, 30.3 .2014

Geral

Privatização de Rodovias: 20 empresas têm interesse em fazer estudo Governo está propondo conceder à iniciativa privada duas rodovias muito utilizadas por motoristas da região Sudoeste: as BRs 153 e 476.

JdeB – O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) recebeu comunicados de cerca de 20 empresas interessadas em fazer estudos de viabilidade econômico-financeira de exploração, por meio de cobrança de pedágio, das BRs 476 e 153, trechos entre os municípios da Lapa (PR) e Chapecó (SC). Por este trecho trafegam centenas de veículos todos os dias. A maioria são caminhões que seguem com cargas dos es-

tados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e o Porto de Paranaguá levando diversos tipos de cargas. No final de janeiro, a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou que o governo pretende privatizar estes trechos das duas rodovias. A primeira providência do DNIT foi a abertura às empresas, para saber se elas têm interesse em fazer estudos de viabilidade eco-

Um dos locais que receberam terceira pista na BR 153.

Trechos abrangidos BR 476 – Lapa a São Mateus, com cerca de 90 quilômetros BR 153 – São Mateus do Sul, Paula Freitas, Mallet, União da Vitória até Santa Catarina de aproximadamente 170 quilômetros. Trecho em obras: União da Vitória à divisa com Santa Catarina: 74 quilômetros.

Um dos trechos da BR 153, entre União da Vitória e a divisa do Estado de Santa Catarina, que vêm recebendo melhorias. nômico-financeira visando à exploração de praças de pedágios, à manutenção das pistas e à realização de melhorias nestas rodovias. Oficialmente, o prazo dado pelo DNIT começou a contar em fevereiro e em torno de 20 grupos e empresas informaram que vão fazer suas avaliações. O prazo é de 120 dias para a realização dos estudos de engenharia, de tráfego,

entre outros. A perspectiva é que até o final de maio estejam prontos os relatórios. Na sequência, será realizada a audiência pública para discutir a proposta de privatização com os segmentos interessados. O Tribunal de Contas da União (TCU) também fará novos estudos, seguindo-se do lançamento do edital de leilão de concessão, leilão e a

alerta que o custo do transporte pode aumentar. “Mas hoje, com a fiscalização dos sindicatos e as manifestações que aconteceram, eles não vão fazer por um preço muito alto”, acredita. O empresário tem caminhões vinculados à Cooperativa de Transportes (Coptrans) que transportam aves congeladas, grãos e farelo. Ele diz que o pedágio do Paraná é um dos mais caros do Brasil. Jarton Sartoretto, ex-presidente do Sindicato dos Transportes de Cargas do Vale do Iguaçu (Sindivale), de Dois Vizinhos, é favorável à concessão das rodovias desde que seja

cobrado um valor justo dos transportadores. “Não sou contra a privatização e que você consiga rodar numa pista que dê segurança às vidas envolvidas, ao patrimônio (caminhão e equipamentos) e ao próprio embarcador das mercadorias”, afirma. A segurança a que se refere o empresário diz respeito a rodovias onde os caminhões tombam por problemas na pista. Jarton acrescenta que “precisa de investimento nas rodovias, não é só privatizar e cobrar um valor absurdo, aí ninguém é a favor (disso)”. O empresário argumenta que, para os empresários, a melhoria nas

homologação para conceder as rodovias à empresa vencedora. A perspectiva é que num prazo de 12 a 18 meses possa ocorrer o leilão. Muitas obras Nos últimos anos, as BRs 476 e 153, entre Curitiba e União da Vitória, receberam várias melhorias devido ao intenso tráfego diário de caminhões. Os maiores investimentos foram feitos

entre São Mateus do Sul e Araucária. Desde o ano passado, a empresa J. Malucelli vem realizando obras na BR 153, entre o município de União da Vitória (PR) e a divisa com o Estado de Santa Catarina. São obras complexas e custeadas pelo DNIT, que preveem a troca de pavimentação asfáltica em vários pontos, correções geométricas e a construção de trincheiras e viadutos.

Lideranças regionais aceitam pedágio desde que preço seja justo

E a empresa ganhadora terá de investir em melhorias.

JdeB – As rodovias BRs 153 e 476 que podem ser privatizadas em 2015 são muito utilizadas por empresas de transportes de cargas da região Sudoeste. Os empresários do setor e motoristas autônomos utilizam estas duas vias porque, exceto o trecho da BR 476 entre os municípios de Lapa e Curitiba, no restante não tem cobrança de pedágio. A qualidade da pista das duas estradas é regular. A maioria das lideran-

ças da região ouvidas pelo JdeB dizem ser favoráveis às privatizações de estradas desde que não haja abusos na cobrança das taxas de pedágio. Luiz Carlos D´Agostini, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Sudoeste do Paraná (Setcsupar), de Francisco Beltrão, apoia a proposta desde que a tarifa não comprometa o setor. “Ótimo, desde que seja um pedágio comparável ao que tem em Santa Catarina (BR 116). O preço tem que ser compatível. Vão duplicar e depois vão privatizar ela”, avalia. D´Agostini, no entanto,

condições da pista representa economia de pneus e autopeças, em combustível e em segurança. Ele considera importante que sejam realizados investimentos em terceiras faixas, acostamentos e na eliminação das ondulações das pistas. Preço menor é possível O prefeito de Santo Antônio e presidente da Amsop, Ricardo Ortiña (PR), também tem preocupação com os valores que possam ser cobrados nas rodovias e as privatizações. Ortiña diz que não é favor do pedágio, mas ressalta que, “claro, também não sou a favor da degradação

das rodovias, ceifando vidas. Nós temos que fazer um preço justo, que nós possamos ter uma estrada com qualidade, mas também possamos pagar um preço justo. Acho que hoje o preço que tá o pedágio no Paraná é muito elevado, e nós temos que trabalhar com o pedágio no nível que a gente vê as rodovias federais, de R$ 1 a R$ 2 no máximo. Isso é um valor que a gente pode pagar”. Ele considera possível as empresas manterem as rodovias privadas em boas condições, oferecendo segurança para os condutores e cobrando uma tarifa acessível.


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Jornal de Beltrão 3520-4000


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