Boletim do CIM (Abr-Jun´18)

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BOLETIM A B R I L- J U N H O

CENTRO DE INFORMAÇÃO DO MEDICAMENTO

2018

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UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTIEPILÉTICOS EM PEDIATRIA A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central caracterizada pela existência de convulsões. Segundo a Liga Internacional contra a Epilepsia, trata-se de uma “doença do cérebro caracterizada por uma predisposição prolongada para gerar convulsões e pelas suas consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais”. Uma convulsão “consiste numa ocorrência transitória de sinais e sintomas causados por atividade neuronal síncrona e anormalmente excessiva no cérebro”.1 Estas convulsões são ­essencialmente classificadas como de início focal, quando a atividade epileptiforme se inicia numa região discreta do cérebro; generalizadas quando a atividade neuronal se inicia sincronizadamente nos dois hemisférios cerebrais; ou desconhecida. As convulsões de início focal podem propagar-se bilateralmente, envolvendo por fim ambos os hemisférios.2,3 O tratamento das epilepsias é, em primeiro lugar, realizado com medicamentos antiepiléticos (MAEs); no caso das epilepsias focais resistentes aos MAEs, a cirurgia poderá ter um lugar de destaque.

GENERALIDADES SOBRE EPILEPSIAS DAS IDADES PEDIÁTRICAS

A incidência de epilepsia é mais elevada nas crianças do que nos adultos. Na população europeia, a incidência de epilepsia no primeiro ano de vida foi estimada em 153-256 novos casos em cada cem mil habitantes, diminuindo com o avanço da idade (o mínimo atinge-se pelos 20-39 anos) e voltando a aumentar a partir da sexta década de vida.1,4 As epilepsias infantis são mais variadas do que as dos adultos. Além disso, a idade de maior incidência poderá depender de cada síndrome em particular, como consequência do desenvolvimento cerebral.5 As epilepsias focais representam cerca de 50% do total de epilepsias das crianças, enquanto que nos adultos essa percentagem é significativamente superior.6 Em particular, a resistência aos MAEs é frequente em crianças e principalmente em crianças mais novas: cerca

de 62% do total de crianças resistentes aos MAEs têm menos de quatro anos de idade, resistência esta que está associada a atrasos do desenvolvimento cognitivo e motor.7,8

MEDICAMENTOS ANTIEPILÉTICOS APROVADOS PARA UTILIZAÇÃO EM IDADES PEDIÁTRICAS

A larga maioria dos MAEs tem indicação aprovada em RCM para utilização em doentes pediátricos, porém, a idade a partir da qual é autorizado o seu uso varia (Tabela 1).

Os fármacos mais antigos (fenobarbital e fenitoína) são aqueles que mais precocemente podem ser administrados, sendo terapêuticas frequentes nas convulsões neonatais. Além disso, alguns fármacos não estão indicados em monoterapia e só poderão ser utilizados em regimes terapêuticos contendo outros MAEs. A utilização de MAEs nas idades pediátricas necessita frequentemente de estudos clínicos nestas populações devido à especificidade de muitas das síndromes epiléticas em crianças e a diferenças a nível farmacocinético (por exemplo, maturação de vias de eliminação

TABELA 1 – FÁRMACOS ANTIEPILÉTICOS E O SEU USO EM PEDIATRIA.

Fármaco

Idade mínima de uso

Monoterapia?

Ácido Valpróico

Lactentes até vida adulta

sim (a partir de 1 mês)

Carbamazepina

Lactentes até vida adulta

sim (a partir dos 6 anos)

Oxcarbazepina

A partir dos 6 anos

sim (a partir dos 6 anos)

Eslicarbazepina

A partir dos 6 anos

não

Etossuximida

A partir dos 3 anos

sim (a partir dos 3 anos)

A partir dos 2 anos

não

Clobazam Clonazepam

Recém-nascidos até vida adulta

sim

Lactentes até vida adulta

sim (a partir de 16 anos)

Brivaracetam

A partir dos 16 anos

não

Fenobarbital

Recém-nascidos até vida adulta

sim

Fenitoína

Recém-nascidos até vida adulta

sim

A partir dos 12 anos

não

Topiramato

A partir de 2 anos

sim (a partir de 6 anos)

Zonisamida

A partir de 6 anos

não

Lamotrigina

A partir dos 2 anos

sim (ausências)

Gabapentina

A partir dos 6 anos

sim (a partir dos 12 anos)

Estiripentol

Lactentes até vida adulta

não

Levetiracetam

Perampanel

Tiagabina

A partir dos 12 anos

não

Vigabatrina

Lactentes até vida adulta

sim (síndrome de West)

Felbamato

A partir dos 4 anos

não

Pregabalina

Adultos

não

Lacosamida

A partir dos 4 anos

sim (a partir dos 4 anos)

Primidona

Lactentes até vida adulta

não

Retigabina

A partir dos 18 anos

não

Rufinamida

A partir dos 4 anos

não

Midazolam

A partir dos 3 meses

sim (a partir dos 3 meses)

Diazepam

A partir dos 6 meses

sim (a partir dos 6 meses)

Lorazepam

Adultos

não

A partir dos 3 anos

sim

Tetracosactido


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ABRIL-JUNHO 2018 e alteração do peso). Alguns fármacos atualmente disponíveis possuem indicações muito específicas para algumas síndromes epiléticas das crianças, como a síndrome de Dravet (estiripentol) e a síndrome de Lennox-Gastaut (felbamato e rufinamida). Porém, no caso particular das epilepsias focais, os efeitos clínicos poderão ser extrapolados a partir de estudos efetuados em adultos.9

SÍNDROMES EPILÉTICOS COM TERAPÊUTICAS ESPECÍFICAS CONVULSÕES NEONATAIS

As convulsões neonatais representam um tipo de epilepsia de difícil tratamento, quer pelo início precoce das convulsões e os impactos no desenvolvimento cerebral, quer pela dificuldade em identificar clinicamente as convulsões. Estas advêm principalmente de causas estruturais, como hipóxia-isquémia perinatal, acidentes vasculares cerebrais isquémicos ou hemorrágicos. Embora poucos estudos de eficácia tenham sido efetuados, os fármacos mais utilizados neste tipo de convulsões são dos mais antigos, a fenitoína e o fenobarbital.10 Recentemente, alguns estudos clínicos iniciaram a investigação de outras classes de fármacos no tratamento destas convulsões, em concreto, a utilização de bumetanida. Este fármaco pertencente ao grupo dos diuréticos da ansa foi estudado em convulsões neonatais, embora o ensaio tenha sido interrompido precocemente pela ocorrência de casos de surdez irrecuperável.11 A utilização da bumetanida está relacionada com o fenómeno da inversão do GABA (GABA “shift”): a utilização de agonistas GABA em neurónios gabaérgicos imaturos provoca uma despolarização destes neurónios, ao contrário da hiperpolarização verificada em neurónios maturos. Tal acontece em consequência de concentrações intracelulares de iões cloro mais elevadas em relação ao meio extracelular nestes neurónios imaturos, sendo que a bumetanida poderia inverter estas concentrações ao inibir o transportador de cloro NKCC2.12

SÍNDROME DE WEST

A síndrome de West é uma das síndromes epiléticas típicas da primeira infância, com um pico de incidência no primeiro ano de vida. É considerada um subtipo de um grupo englobando os espasmos infantis: consistem em rápidas contrações de músculos, seguidas de uma curta fase tónica. Na síndrome de West, os referidos espasmos ocorrem em clusters, acompanhados de um traçado do eletroencefalograma (EEG) denominado de hipsarritmia, e de um significativo atraso no desenvolvimento intelectual da criança, inclusivamente regressão. Défices motores e visuais podem estar também presentes.13 São

várias as causas de síndrome de West, entre alterações genéticas (trissomia 21, esclerose tuberosa), mas também adquiridas, como no caso da hipóxia-isquémia perinatal.14 O tratamento desta síndrome baseia-se na utilização de corticosteroides ou análogos da hormona corticotrofina (tetracosactido) e na vigabatrina. Num recente estudo aberto, comparando a terapêutica hormonal (tetracosactido ou prednisolona) versus terapêutica hormonal mais vigabatrina, verificou-se que a associação das duas terapêuticas foi mais eficaz na redução dos espasmos do que apenas a terapêutica hormonal.15 Embora a vigabatrina esteja associada a alterações visuais, por vezes de difícil diagnóstico em crianças, é uma terapêutica de escolha principalmente quando os espasmos infantis se encontram associados a esclerose tuberosa.13 Outros fármacos poderão ser ainda úteis, como o ácido valpróico, o topiramato ou o felbamato.16

SÍNDROME DE DRAVET

A síndrome de Dravet, também designada de epilepsia mioclónica severa da infância (Severe Myoclonic Epilepsy of Infancy), constitui-se como outra epilepsia encefalopática, com os primeiros sintomas da doença a aparecerem por volta dos seis meses de idade. Está associada a mutações no gene SCN1A, que codifica para a subunidade α dos canais de sódio voltagem dependente NaV1.1, e que são detetadas em cerca de 80% dos doentes.17 Inicialmente, são mais frequentes convulsões generalizadas (tónico-clónicas e clónicas) associadas a episódios de febre, geralmente com um perfil de EEG normal. À medida que a criança se desenvolve, outros tipos de convulsões emergem, nomeadamente mioclonias e ausências atípicas, bem como alterações no EEG (perfil de ponta e onda). Porém, no que respeita ao desenvolvimento cognitivo, que aparenta ser normal, estagna ou mesmo regride a partir dos dois anos de idade, sendo frequentes atrasos cognitivos severos aos seis anos de idade.18 No que respeita ao tratamento farmacológico, foram realizados muito poucos ensaios clínicos, baseando-se o tratamento em fármacos para convulsões generalizadas como o ácido valpróico ou o topiramato. Muitos doentes acabam por seguir um regime terapêutico constituído por ácido valpróico, clobazam e estiripentol. O estiripentol foi estudado em ensaios clínicos aleatorizados em dupla ocultação e controlado por placebo em doentes com síndrome de Dravet, tendo sido observada uma redução de 50% das crises convulsivas em mais de 70% de doentes já tratados com ácido valpróico e clobazam.19,20 O estiripentol, que inicialmente se considerava um inibidor do metabolismo do clobazam, provou ter atividade agonista direta sobre os recetores GABAA e inibição da enzima lactato-desidrogenase.21,22 Nas crianças

resistentes à terapêutica com MAEs, a dieta cetogénica poderá ser uma alternativa eficaz na redução das crises convulsivas.23 Recentemente, um estudo aleatorizado e duplamente cego, controlado com placebo, de canabidiol em crianças e jovens adultos com síndrome de Dravet, revelou uma significativa redução na frequência de convulsões.24 Finalmente, um recente estudo de segurança com o canabidiol em doentes de Dravet revelou mais efeitos secundários que o placebo, mas foi considerado como bem tolerado na generalidade; revelou também interagir com o metabolismo do clobazam (aumento da conversão no metabolito N-desmetilclobazam).25

SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT

A síndrome de Lennox-Gastaut representa outro tipo de encefalopatia epilética típica da infância, com um pico de incidência entre os 3-5 anos, embora inícios mais tardios sejam possíveis (incluindo na idade adulta). Entre as características que a definem, estes doentes apresentam-se com vários tipos de convulsões (tónico-clónicas, ausências, mioclonias, atónicas), um perfil de EEG interictal com “ponta e onda” bem como alterações no EEG do sono não-REM, e um significativo atraso cognitivo.26 Esta síndrome apresenta também uma elevada taxa de mortalidade, 14 vezes superior quando comparada com crianças da mesma idade sem epilepsia.27 Tal como na síndrome de West que, aliás, frequentemente precede a síndrome de Lennox-Gastaut, as suas causas são variadas: de origem estrutural (por exemplo, hipóxia-isquémia perinatal) ou genética (por exemplo, esclerose tuberosa). Devido à apresentação de diversos tipos de convulsões, o tratamento farmacológico desta síndrome é efetuado com recurso a fármacos como o ácido valpróico, topiramato, clonazepam ou lamotrigina.16,28 A seleção entre estes fármacos poderá depender do perfil de convulsões que o doente apresenta: se a frequência de mioclonias for mais elevada, a utilização de lamotrigina poderá estar contraindicada, favorecendo o clonazepam. No entanto, se forem frequentes crises focais, poderá ser útil a administração de carbamazepina.28 Alguns fármacos comercializados em Portugal têm indicação apenas na síndrome de Lennox-Gastaut – felbamato e rufinamida, ambos como terapêutica adjuvante. No entanto, estes fármacos apresentam alguns efeitos adversos graves, como anemia aplástica no caso do felbamato, e risco de status epilepticus e de hipersensibilidade no caso da rufinamida. Recentemente, foi estudado em ensaios clínicos de fase III o efeito do canabidiol como terapêutica adjuvante em doentes com síndrome de Lennox-Gastaut. Num estudo aleatorizado, duplamente oculto e controlado com placebo, verificou-se uma redução de 43,9% na frequência das convulsões atónicas no gruBOLETIM DO CENTRO DE INFORMAÇÃO DO MEDICAMENTO

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ABRIL-JUNHO 2018 po tratado contra 21,8% no grupo placebo, com um perfil de efeitos adversos aceitável.29

AUSÊNCIAS

As ausências são um tipo de convulsões generalizadas, caracterizadas pela presença de breves períodos de perda de consciência e pela presença de um padrão típico de EEG de “ponta e onda”. Podem ocorrer alterações neuropsicológicas, com frequência défices de atenção, mas também alterações na linguagem. Com uma frequência de 10-17% de todos os casos de epilepsia em crianças em idade escolar, é uma das epilepsias da infância mais frequentes (podem ocorrer várias crises ao longo do dia), porém o seu prognóstico é dos mais favoráveis: taxas de remissão de até 84% foram relatadas, sendo mais elevadas nas situações em que o controlo das ausências é efetuado mais precocemente. Algumas crianças poderão, no entanto,

desenvolver convulsões generalizadas, bem como evoluir para epilepsia mioclónica juvenil.30,31 Embora não se conheça por completo a causa das ausências, alterações nos canais de cálcio voltagem dependentes em algumas vias talâmicas foram assinaladas como origem das convulsões.30 Num estudo clínico aleatorizado e em dupla ocultação, comparando a eficácia de etossuximida, ácido valpróico ou lamotrigina, verificou-se que quer a etossuximida, quer o ácido valpróico, resultaram num melhor controlo das crises. Contudo, o ácido valpróico apresentou maior taxa de efeitos adversos, pelo que a etossuximida é considerada fármaco de primeira linha no tratamento das ausências.32 Embora o mecanismo de ação da etossuximida nas ausências não esteja totalmente conhecido, o seu efeito inibidor sobre alguns canais de cálcio voltagem dependentes poderá explicar a sua eficácia neste tipo de epilepsia.30

CONCLUSÃO

A utilização de MAEs em doentes de idades pediátricas reveste-se de alguma especificidade, principalmente no que respeita às diferentes síndromes epiléticas das crianças e a diferenças de caráter farmacocinético e farmacodinâmico em relação aos adultos. Não somente estas síndromes têm picos de incidência em determinadas classes de idade, mas também estão muitas vezes associadas a significativos atrasos no desenvolvimento cognitivo e motor. A seleção de MAEs para o tratamento destes doentes necessita, assim, de uma especial atenção para melhorar os resultados da terapêutica farmacológica.

RICARDO VIANA SOARES CEDOC – Centro de Estudo de Doenças Crónicas Nova Medical School

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CONVERSÃO TERAPÊUTICA DA VIA INTRAVENOSA PARA A VIA ORAL No momento do internamento hospitalar ou no pós-operatório, devido à instabilidade clínica do doente, é frequentemente instituída terapia intravenosa (IV). Regra geral, e assim que se verifica uma melhoria do estado clínico e o doente começa a tolerar a administração de alimentos e medicamentos por via oral, a terapia IV deveria ser convertida para a sua forma oral o mais precocemente possível, no contexto da situação clínica em causa. De facto, a conversão terapêutica para a via oral apresenta inúmeras vantagens comparativamente à via IV, tais como: menor risco de complicações ao reduzir a ocorrência de efeitos adversos associados ao acesso IV (por exemplo infeções nosocomiais e tromboflebites); maior probabilidade de o doente receber o tratamento no tempo e nas doses corretas; menores custos de aquisição, preparação e administração da terapia oral; menor sobrecarga de trabalho para a equipa de enfermagem; maior comodidade, mobilidade e independência para o doente; e possibilidade de alta hospitalar antecipada.1-4 Apesar das vantagens associadas a esta conversão da via de administração do fármaco, nem sempre se verifica esta prática. Isto deve-se, em parte, à perceção errada por parte de muitos clínicos de que a terapia por via IV é a melhor opção de tratamento comparativamente à terapia oral e de que esta deve ser mantida durante todo o curso do tratamento e não apenas nos primeiros dias de hospitalização do doente.5 Deste modo, torna-se necessário implementar estratégias nas quais o farmacêutico deverá intervir ativamente, de forma a potenciar a tomada de decisões dos clínicos relativamente à conversão terapêutica da via IV para a via oral no tratamento dos doentes hospitalizados. A conversão terapêutica tem como objetivo manter ou melhorar a evolução clínica do doente e diminuir em simultâneo os custos associados ao seu tratamento,3 podendo esta ser levada a cabo de três maneiras diferentes:1,5-7 •T erapia sequencial: substituição da versão parenteral pelo seu análogo oral, mantendo-se o princípio ativo e a dose. Existem muitas classes terapêuticas cujas formas farmacêuticas orais são terapeuticamente equivalentes às formas parenterais. • Terapia alternativa: conversão de um medicamento injetável para um equivalente oral, o qual pertence à mesma classe terapêutica e apresenta potência idêntica, mas consiste num princípio ativo diferente.

•T erapia descendente: conversão de um medicamento injetável para um agente oral pertencente a outra classe terapêutica ou para um princípio ativo diferente dentro da mesma classe, na qual a frequência, dose e espetro de atividade poderão ser diferentes. Entre as classes terapêuticas com maior número de publicações que abordam esta temática, assinalando os benefícios da conversão terapêutica da via IV para a via oral, encontram-se os antibióticos, antifúngicos, analgésicos (por exemplo, paracetamol) e fármacos do sistema cardiovascular (por exemplo, amiodarona e clorotiazida) e gastrointestinal (por exemplo, pantoprazol e ranitidina).4,6,8-11 A fim de averiguar a elegibilidade do doente para a conversão terapêutica, deverão ser considerados diversos critérios clínicos e farmacológicos (Quadro 1), devendo o doente ser reavaliado a cada 24-48 horas.1,3,5-7,12 Apesar de a conversão terapêutica da via IV para a via oral apresentar benefícios, tanto para o sistema de saúde como para o doente, existem situações nas quais é justificável a continuação da terapia IV por um período mais longo, por exemplo, quando o doente apresenta risco de sofrer convulsões com possibilidade de aspiração, em doentes imunocomprometidos, e em determinados tipos de infeção devido à sua severidade e localização (por exemplo

meningite, endocardite, osteomielite, abcesso hepático ou cerebral, ou infeções associadas a próteses).1-3,7,12 O sucesso da conversão terapêutica da via IV para a via oral num doente depende da elaboração e implementação de programas de conversão, nos quais o farmacêutico e a Comissão de Farmácia e Terapêutica do hospital desempenham um papel fundamental. Para tal, devem ser seguidos os seguintes passos:1,3 1) Identificar os medicamentos mais usados de forma inapropriada por via IV, que acarretam grandes custos para o hospital pela sua elevada taxa de prescrição e que são passíveis de serem facilmente convertidos para a via oral, tendo em conta critérios farmacológicos; 2) Definir os critérios clínicos para recomendar a conversão terapêutica e as situações nas quais a terapia IV deve ser prolongada; 3) Elaborar protocolos de conversão terapêutica, considerando conjuntamente critérios clínicos e farmacológicos para os medicamentos anteriormente identificados; 4) P romover ações educativas dirigidas aos profissionais de saúde (médicos, farmacêuticos, enfermeiros) implicados no programa de conversão, disponibilizando material informativo por escrito;

QUADRO 1: CRITÉRIOS CLÍNICOS E FARMACOLÓGICOS A CONSIDERAR NA AVALIAÇÃO DA ELEGIBILIDADE DO DOENTE PARA A CONVERSÃO TERAPÊUTICA.

Critérios clínicos Trato gastrointestinal (GI) intacto e funcional (ausência de náuseas, vómitos, disfagia, diarreia, hemorragia GI, síndrome de intestino curto, síndrome de má absorção, obstrução GI);

Estabilidade clínica e hemodinâmica: • Apirexia há, pelo menos, 24 horas; • Frequência cardíaca <90 bpm; • Frequência respiratória <20 ciclos/min;

Critérios farmacológicos Formulação oral disponível com as seguintes características: • Absorção rápida, completa e consistente; • Biodisponibilidade de, pelo menos, 75%; • M etabolismo de 1.a passagem inexistente ou negligenciável; • V ias metabólicas semelhantes. A via oral não deveria originar metabolitos adicionais. Se se formarem metabolitos ativos, deverão ser os mesmos para ambas as vias; • V alores de clearance renal e total idênticos;

• Pressão arterial estável;

• L igação às proteínas e volume de distribuição comparáveis;

• Contagem leucocitária normal.

• E xcreção urinária e/ou biliar semelhante; • E ficácia e segurança comprovadas. BOLETIM DO CENTRO DE INFORMAÇÃO DO MEDICAMENTO

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ABRIL-JUNHO 2018 5) Definir o papel do farmacêutico e o sistema de notificação (notas informativas, telefone, verbal, sistema informático); 6) Identificar os doentes que estão a receber terapia IV e avaliar se estes cumprem os critérios para a conversão terapêutica, ou se existe necessidade de manter a terapia IV; 7) Informar o médico acerca dos doentes que se encontram elegíveis para a conversão terapêutica, caso esta ainda não tenha sido efetuada; 8) Monitorizar a evolução clínica do doente após a conversão terapêutica e reverter para a terapia IV, se necessário; 9) Avaliar periodicamente o impacto do programa de conversão na evolução clínica dos doentes e nos encargos económicos, dando a conhecer os resultados aos clínicos e administradores do hospital.

FIGURA 1: ALGORITMO DE DECISÃO PARA A CONVERSÃO TERAPÊUTICA DE ANTIBIÓTICOS.2,12 O doente preenche algum critério para continuar terapia IV?

Via oral e trato GI comprometidos Sinais de sépsis persistente Dois ou mais dos seguintes parâmetros: Temperatura > 38°C ou < 36°C Frequência cardíaca > 90 bpm Frequência respiratória > 20 ciclos/minuto Contagem leucocitária > 12x109/L ou < 4x109/L Indicações específicas Infeções de elevado risco ou profundas (que requerem doses elevadas para garantir níveis adequados no local de infeção) Infeções da pele e tecidos moles (na presença de calor, eritema e endurecimento ou síndrome séptica)

No momento da alta hospitalar e caso o doente tenha necessidade de continuar o tratamento no domicílio, a sua correta administração por via oral, em termos de dose e frequência, dependerá apenas do próprio doente ou cuidadores. Neste contexto, o farmacêutico deve também assegurar que os doentes ou cuidadores compreendem a correta utilização do medicamento, de maneira a que o tratamento seja cumprido, podendo ainda identificar potenciais interações entre os medicamentos prescritos. Nas figuras 1 e 2 estão apresentados exemplos de algoritmos que poderão auxiliar a tomada de decisões pelos profissionais de saúde na conversão terapêutica de antibióticos e do parace-

Febre associada a neutropenia Hipotensão/choque Formulação oral indisponível

Se SIM a qualquer um dos critérios: - Continuar terapia IV - Rever a necessidade de terapia IV após 24h

Se NÃO a todos os critérios: - Converter para terapia oral - Monitorizar a evolução clínica do doente

FIGURA 2: ALGORITMO DE DECISÃO PARA A CONVERSÃO TERAPÊUTICA DO PARACETAMOL.13 O doente apresenta alguma indicação clínica para o uso de paracetamol por via IV?

SIM

NÃO

Via oral/trato GI comprometidos?

- Continuar terapia IV - Rever a necessidade de terapia IV após 24h

SIM

NÃO

- Converter para terapia oral (1 g até 4x/dia)a - Monitorizar a evolução clínica do doenteb a

Para adultos com peso superior a 50-60 kg

Se o paracetamol por via oral não for eficaz, considerar a administração de um analgésico adicional/ alternativo, se apropriado b

BOLETIM DO CENTRO DE INFORMAÇÃO DO MEDICAMENTO

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BOLETIM DO

ABRIL-JUNHO 2018 tamol, medicamentos amplamente utilizados por via IV em meio hospitalar. A utilização inadvertida de antibióticos por via IV poderá acarretar inúmeras consequências para o doente assim como para os recursos humanos e financeiros hospitalares, podendo ainda estimular o aparecimento de resistências microbianas. Como tal, devem ser reunidos esforços para que a prescrição desta classe de medicamentos seja feita de forma racional, a qual passa pela escolha adequada da via de administração e duração do tratamento. Relativamente ao paracetamol, embora a biodisponibilidade varie consoante a via de administração, ambas as vias (IV e oral) são igualmente eficazes.13 A utilização de para-

cetamol por via IV está apenas indicada nas seguintes situações:13,14 • Tratamento de curta duração da dor ligeira a moderada, particularmente após intervenções cirúrgicas; • Controlo da febre quando a administração parenteral se justifica clinicamente; • C ontrolo da dor ou febre em casos de emergência e/ou quando não estão disponíveis outras vias de administração; • Apneia do sono obstrutiva severa; • Cirurgia torácica e disfunção pulmonar; • Sépsis severa. Idealmente, as Comissões de Farmácia e Terapêutica locais devem elaborar algoritmos

semelhantes aos apresentados acima para outros analgésicos utilizados no pós-operatório e outros grupos farmacoterapêuticos, a fim de garantir um tratamento seguro e eficiente dos doentes, minimizando ao máximo o desperdício associado. SARAH POUSINHO Mestre em Ciências Farmacêuticas, Farmacêutica Comunitária ANA RITA DUARTE Mestre em Ciências Farmacêuticas MANUEL MORGADO Especialista em Farmácia Hospitalar dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Cyriac JM, James E. Switch over from intravenous to oral therapy: A concise overview. J Pharmacol Pharmacother. 2014; 5(2): 83-7. 2. Dowswell L. NHS Grampian Staff Guidance On Indications For IV Antibiotic Therapy And IV To Oral Antibiotic Switch Therapy (IVOST) In Adults: NHS Grampian 2015 [acedido a 18 fevereiro 2018]. Disponível em: http:// foi.nhsgrampian.org/globalassets/foidocument/dispublicdocuments---all-documents/NHSGIVOST.pdf. 3. Martínez Vázquez MJ. Terapia secuencial con medicamentos - Estrategia de conversión de la vía intravenosa a la vía oral: Ediciones Mayo, S.A.; 2002. 4. Lau BD, Pinto BL, Thiemann DR, Lehmann CU. Budget impact analysis of conversion from intravenous to oral medication when clinically eligible for oral intake. Clin Ther. 2011; 33(11): 1792-6. 5. Srinivas NR. Intravenous-to-oral switch in antimicrobial therapy: clinical pharmacology considerations and perspectives. Future Microbiol. 2017; 12: 847-51. 6. Shrayteh ZM, Rahal MK, Malaeb DN. Practice of switch from intravenous to oral antibiotics. SpringerPlus. 2014; 3: 717. 7. Kuper KM. Chapter 29: Intravenous to Oral Therapy Conversion - Competence Assessment Tools for Health-System Pharmacies. 4th ed. Bethesda, Md.: American Society of Health-System Pharmacists; 2008. 8. Bal AM, Shankland GS, Scott G, Imtiaz T, Macaulay R, McGill M. Antifungal step-down therapy based on hospital intravenous to oral switch policy and susceptibility testing in adult patients with candidaemia: a single centre experience. Int J Clin Pract. 2014; 68(1): 20-7. 9. Corny J, Perreau S, Thivilliers AP, Leplay C, Chevalier D, Beaussier H, et al. Strategies for reduction in the duration of intravenous drug use: Interest of drug tracers as quality indicators to improve intravenous to oral switch. J Eval Clin Pract. 2017; 23(4): 848-52. 10. Fischer MA, Solomon DH, Teich JM, Avorn J. Conversion from intravenous to oral medications: assessment of a computerized intervention for hospitalized patients. Arch Intern Med. 2003; 163(21): 2585-9. 11. Ripouteau C, Conort O, Lamas JP, Auleley GR, Hazebroucq G, Durieux P. Effect of multifaceted intervention promoting early switch from intravenous to oral acetaminophen for postoperative pain: controlled, prospective, before and after study. BMJ. 2000; 321(7274): 1460-3. 12. Clarkson A, Weston V, Hills T. Guideline for the intravenous to oral switch of antibiotic therapy: Nottingham University Hospitals, NHS Trust; 2008 [acedido a 20 fevereiro 2018]. Disponível em: http://mikrobiologie.lf3. cuni.cz/nottces/Full%20Guidelines/iv%20switch%20policyupdate%20dec08_final.pdf. 13. Razzaq-Sheikh J. Paracetamol IV to oral switch protocol: East Cheshire NHS Trust; 2015 [acedido a 26 fevereiro 2018]. Disponível em: http://www.eastcheshire.nhs.uk/About-The-Trust/policies/P/Paracetamol%20 IV%20to%20oral%20switch%20protocol%20ECT002344.pdf. 14. Resumo das características do medicamento - Apotel, solução para perfusão, 150 mg/mL: INFARMED - Auntoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.; 2010 [acedido a 26 fevereiro 2018]. Disponível em: http://app7.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=49348&tipo_doc=rcm.

FICHA TÉCNICA Publicação trimestral de distribuição gratuita da Ordem dos Farmacêuticos. Diretora: Ana Paula Martins. Conselho Editorial: Aurora Simón (editora); Francisco Batel Marques; Joana Amaral; J.A. Aranda da Silva; Manuel Morgado; M.a Eugénia Araújo Pereira e Teresa Soares. Os artigos assinados são da responsabilidade dos respetivos autores. Morada: Rua da Sociedade Farmacêutica n.o 18 – 1169-075 Lisboa – WWW.ORDEMFARMACEUTICOS.PT BOLETIM DO CENTRO DE INFORMAÇÃO DO MEDICAMENTO

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