Canciones de Zeca Afonso
A Cidade José Carlos Ary dos Santos/ José Afonso Álbum: Contos velhos rumos novos Transcrição: Miguel Gouveia
F C Gm Em Dm C#m+5/A A# Dm/E
133211 X32010 355333 022000 XX0231 X02225 688766 XX7765
F F C F A cidade é um chão de palavras pisadas F Gm a palavra criança a palavra segredo. Em Dm Dm/E A cidade é um céu de palavras paradas F C F a palavra distância e a palavra medo. F C F A cidade é um saco um pulmão que respira F Gm pela palavra água pela palavra brisa Em Dm Dm/E A cidade é um poro um corpo que transpira F C F pela palavra sangue pela palavra ira. C Gm C#m+5/A A cidade tem praças de palavras abertas A# Gm C como estátuas mandadas apear. A# F A cidade tem ruas de palavras desertas Gm C como jardins mandados arrancar. F C F A palavra sarcasmo é uma rosa rubra. F Gm A palavra silêncio é uma rosa chá. Em Dm Dm/E Não há céu de palavras que a cidade não cubra A# F não há rua de sons que a palavra não corra F C F à procura da sombra de uma luz que não há.
A formiga no carreiro José Afonso Álbum: Venham mais cinco Transcrição: Nuno Sanches/ Nuno Morão
D G A7 Bm E
XX0232 320003 X02020 224432 022100
D G D A formiga no carreiro A7 G D Vinha em sentido contrário (bis) G D Caiu ao Tejo (bis) A7 G D Ao pé de um septuagenário (bis) A7
G
D
2x
D G D Lerpou trepou às tábuas (bis) A7 G D Que flutuavam nas águas (bis) A7
G
D
A7
G
Bm E E de cima de uma delas A7 D Virou-se pr’ó formigueiro G D Mudem de rumo (bis) A7 G D Já lá vem outro carreiro (bis) A formiga no carreiro Vinha em sentido diferente Caiu à rua No meio de toda a gente Buliu abriu as gâmbias Para trepar às varandas E do cimo de uma delas Virou-se para o formigueiro Mudem de rumo Já lá vem outro carreiro A formiga no carreiro Andava à roda da vida Caiu em cima De uma espinhela caída Furou furou à brava Numa cova que ali estava E do cimo de uma delas Virou-se para o formigueiro Mudem de rumo Já lá vem outro carreiro
Alípio de Freitas José Afonso Álbum: Com as minhas tamanquinhas Transcrição: Miguel Gouveia
Em D G
022000 XX0232 320003
Em Baía de Guanabara D Em Santa Cruz na fortaleza Está preso Alípio de Freitas G Em Homem de grande firmeza Em Maio de mil setenta Numa casa clandestina Com campanheira e a filha Caiu nas garras da CIA G Diz Alípio à nossa gente: D G "Quero que saibam aí Em D Que no Brasil já morreram G Em Na tortura mais de mil Ao lado dos explorados No combate à opressão "Não me importa que me matem Outros amigos virão" Lá no sertão nordestino Terra de tanta pobreza Com Francisco Julião Forma as ligas camponesa G Na prisão de Tiradentes D G Depois da greve da fome Em D Em mais de cinco masmorras G Em Não há tortura que o dome Fascistas (Ao tempo Sabei que Seja aqui
da mesma igualha Carlos Lacerda) o povo não falha ou outra terra
Em Santa Cruz há um monstro (Só não vê quem não tem vista Deu sete voltas à terra Chamaram-lhe imperialista Diz Alípio à nossa gente: "Quero que saibam aí Que no Brasil já morreram Na tortura mais de mil! Baía da Guanabara Santa Cruz na fortaleza Está preso Alípio de Freitas Homem de grande firmeza Em Maio de mil setenta Numa casa clandestina Com campanheira e a filha Caiu nas garras da CIA Diz Alípio à nossa gente: "Quero que saibam aí Que no Brasil já morreram Na tortura mais de mil
Altos castelos José Afonso Álbum: Baladas e canções Transcrição: Miguel Gouveia
E 022100 B7 X21202 D/F# 200202 Original – Transpositor na 1ª posição E B7 D/F# E E|--------------2-------------0----B|-------0------0-------0-----0----G|-----1--------2-----2-------1----D|---2-----------------------------A|-----------2---------------------E|-----------------2-------0-------(Manter esta estrutura ao longo de toda a música, excepto no verso anterior ao refrão, onde se mantém o acorde E) E B7 D/F# E Altos castelos de branco luar E B7 D/F# E Linda menina que vai casar E B7 D/F# E Torres cinzentas que dão para o vento E Dentro do meu pensamento E B7 D/F# E Eu lá na serra não sou ninguém E B7 D/F# E Se fores prà guerra eu irei também E B7 D/F# E Irei também numa barca bela E B7 D/F# E Cinta vermelha e saia amarela Na praia nova caiu uma estrela Moças trigueiras ide atrás dela Rola rolinha garganta de prata Canta-me uma serenata Eu lá na serra não sou ninguém Se fores prá guerra eu irei também Irei também numa barca bela Cinta vermelha e saia amarela Um cavalinho de crina na ponta Leva à garupa uma bruxa tonta Duas meninas a viram passar Mesmo à beirinha do mar Eu lá na serra não sou ninguém (…)
Ó minha amora madura Popular - Arranjo José Afonso Álbum: Eu vou ser como a toupeira Transcrição: Miguel Gouveia
D G A7
XX0232 320003 XX2223
Original – Transpositor na 1ª posição
D G A7 Ó minha amora madura D G A7 D Ó minha amora madura G A7 D A7 D Ai, diz-me quem te amadurou A7 D Ai, diz-me quem te amadurou D G A7 Foi o sol foi a geada D G A7 D Foi o sol foi a geada G A7 D A7 D Ai, foi o calor que ela apanhou A7 D Ai, foi o calor que ela apanhou
A morte saiu à rua José Afonso Álbum: Eu vou ser como a toupeira Transcrição: Miguel Gouveia
Em G D Am
X22000 320003 XX0232 X02210
Original – Transpositor na 4ª posição G
Em
G ...
Em G A morte saiu à rua num G Naquele lugar sem nome G Uma gota rubra sobre a Am G E um rio de sangue dum
D Em dia assim D pra qualquer C calçada cai D peito aberto
Em fim
Em sai
O vento que dá nas canas do canavial E a foice duma ceifeira de Portugal E o som da bigorna como um clarim do céu Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual Só olho por olho e dente por dente vale À lei assassina à morte que te matou Teu corpo pertence à terra que te abraçou Aqui te afirmamos dente por dente assim Que um dia rirá melhor quem rirá por fim Na curva da estrada há covas feitas no chão E em todas florirão rosas duma nação.
Avenida de Angola José Afonso Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia
D Dsus4 Dsus2 G A7
XX0232 XX0233 XX0230 320003 X02020
Original: Transpositor na 1ª posição
D
G
A7
D (2X)
D Dsus4 D Dsus2 Dum botão de branco punho G Dum braço de fora preto D Dsus4 D Dsus2 Vou pedir contas ao mundo A7 D Dsus4 D Dsus2 Além naquele coreto
D
G
A7
D (2X)
Há sempre um botão de punho Num braço de fora preto Vou pedir contas ao mundo Além naquele coreto Lá vai uma lá vão duas...
D G D Dsus4 D Dsus2 Lá vai uma lá vão duas A7 D Dsus4 D Dsus2 Três pombas a descansar D G D Dsus4 D Dsus2 Uma é minha outra é tua A7 D Dsus4 D Dsus2 Outra é de quem n'a agarrar
Ó noite das columbinas Leva-as na tua algibeira Na sala há cinco meninas Feitas da mesma maneira Lá vai uma lá vão duas... D
Na sala há cinco meninas E um botão de sardinheira Feitas de fruta madura Nos braços duma rameira Lá vai uma lá vão duas... D
G
A7
D (2X)
O Sol é quem faz a cura Com alfinete de dama Na sala há cinco meninas Feitas duma capulana Lá vai uma lá vão duas... Quando a noite se avizinha Do outro lado da rua Vem Ana, vem Serafina Vem Mariana, a mais pura Lá vai uma lá vão duas...
G
A7
D (2X)
Bailia Airas Nunes/José Afonso Álbum: Contos velhos rumos novos Transcrição: Miguel Gouveia
F Bb C
133211 113331 X32010
F / / Bb F / F Bailemos agora por Deus, ai velidas, F so aquestas avelaneiras frolidas Bb F e quen fôr velida, como nós, velidas, C se amigo amar, D|--------2--3--5-A|--3--5----------F Bb so aquestas avelaneiras frolidas F verrá bailar. Bailemos agora por Deus, ai luadas so aquestas avelaneiras grenadas e quen fôr luada, como nós, luadas, se amigo amar, so aquestas avelaneiras grenadas verrá bailar. Bailemos agora por Deus, ai velidas, so aquestas avelaneiras frolidas e quen fôr velida, como nós, velidas, se amigo amar, so aquestas avelaneiras frolidas verrá bailar. Bailemos nós já todas tres, ai irmañas, so aqueste ramo d' estas avelañas e quen fôr louçana, como nós, louçanas se amigo amar, so aqueste ramo d' estas avelanas verrá bailar. Por Deus, ai amigas, mentr' al non fazemos, so aqueste ramo frolido bailemos e quen ben parecer, como nós parecemos, se amigo amar, so aqueste ramo sol[o] que nós bailemos verrá bailar.
Balada do Outono José Afonso Álbum: Os vampiros Transcrição: Miguel Gouveia/ Octávio Sérgio Am G E Am
X02210 320003 022100 G
Am
G
Am E Àguas passadas do rio G Am Meu sono vazio G Am Não vão acordar E Am Àguas das fontes calai Dm Am Ó ribeiras chorai E Am Que eu não volto a cantar Rios que vão dar ao mar Deixem meus olhos secar Àguas das fontes calai Ó ribeiras chorai Que eu não volto a cantar Àguas do rio correndo Poentes morrendo P'ras bandas do mar Àguas das fontes calai Ó ribeiras chorai Que eu não volto a cantar Rios que vão dar ao mar Deixem meus olhos secar Àguas das fontes calai Ó ribeiras chorai Que eu não volto a cantar
Balada do sino José Afonso Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia
Am G C
X02210 | 577555 320003 | 355433 X32010
E|--12----12----12-------10---10---10----8---8-----5----B|-----10----10----10-------8----8----8----6---5---5----G|-------------------------------------------------5----D|-------------------------------------------------7----A|--0---------------------0--------------0---------7----E|-------------------------------------------------5-----
Am Uma barquinha G Am Lá vem lá vem C Am Dim Dem G Am Na barquinha de Belém Senhor Barqueiro Quem leva aí Dão Dim Na barquinha d'Aladim Levo a cativa Duma só vez Dois, três Na barquinha do Marquês Ao romper d'alva Casada vem Dim Dem Na barquinha é que vai bem Se a tem guardada Deixe-a fugir Dão Dim Na barquinha do Vizir Lá vai roubada Lá vai na mão Dim Dão Na barquinha do ladrão
Barracas ocupação (3ª cantiga) José Afonso Álbum: Enquanto há força Transcrição: Miguel Gouveia
A Dsus2/B
X02220 X2X230
Original: Transpositor na 2ª posição
A Dsus2/B A E|-------0------------0---------------0----------------0-------B|---2-----2------3------3--------3------3--------2-------2----G|-----2-----2------2------2--------2-------2--------2-------2-D|-------------------------------------------------------------A|--0-----------2--------------2-----------------0-------------E|--------------------------------------------------------------
A Maravilha Maravilha Dsus2/B A Venham ver o barco doido Dsus2/B Sem amarras que o segurem A Pela porta entra a maré Dsus2/B Venham ver a barco doido A Àgua cai pela chaminé Maravilha Maravilha Já vejo os móveis dançar Entra a àgua pela porta O telhado vai tombar Quando o mar se enfurece Andamos em rodopio Sobre caminhos de prata Correm lágrimas a fio
Canção de embalar José Afonso Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia
Dm Dsus2 C Cmaj7+11 Gm A7
XX0231 XX0230 X32010 x32013 355333 X02020
Original - transpositor na 2ª posição Intro sem transpositor E|--6--------3----0-------1--0--------0------1-----0--1-----B|----3---3----3----2---2-------3---3---3------3---------3--G|------3-------------2-----------2--------2-----2----------D|----------------------------------------------------------A|----------------0-----------------------------------------E|--3--------------------------------------------------------
Dm Dsus2 Dm (E|-3--1-) C Cmaj7+11 C Dorme meu menino a estrela d’alva Dm Dsus2 Dm (E|-3---1-) C Cmaj7+11 C Já a procurei e não a vi Cmaj7+11 C Gm Dsus2 Dm Dsus2 Dm Se ela não vier de madrugada Gm A Dsus2 Dm Dsus2 Dm Outra que eu souber será pra ti (bis) Dm C Dsus2 Dm ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis) Outra que eu souber na noite escura Sobre o teu sorriso de encantar Ouvirás cantando nas alturas Trovas e cantigas de embalar Trovas e cantigas muito belas Afina a garganta meu cantor Quando a luz se apaga nas janelas Perde a estrela d'alva o seu fulgor Perde a estrela d'alva pequenina Se outra não vier para a render Dorme quinda à noite é muito menina Deixa-a vir também adormecer
Dsus2
Dm
Canção do Desterro (Emigrantes) José Afonso Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia Dm A F
XX0231 X02220 XX3211
Original: Transpositor na 5ª posição (Riff) Dm A E|---1---1---0---0---0---0-----B|---3---3---3---2---2---2-----G|---2---2---2---2---2---2-----D|-0---------------------------A|-----3---1---0-------0-------E|-----------------0-----------F
A
Dm (4x)
Dm Vieram cedo Mortos de cansaço Adeus amigos F Não voltamos cá A O mar é tão grande
À beira de àgua Me criei um dia - Remos e velas Lá deixei a arder Ao sol e ao vento Na areia da praia Maria Bonita Onde vamos viver
E o mundo é tão Dm A E|---1---1---0---0---0---0-----B|---3---3---3---2---2---2-----G|---2---2---2---2---2---2-----D|-0---------------------------A|-----3---1---0-------0-------E|-----------------0------------(Riff 2X) largo,Maria Bonita onde vamos morar
Ganho a camisa Tenho uma fortuna Em terra alheia Sei onde ficar Eu sou como o vento Que foi e não veio Maria Bonita Onde vamos morar
Na barcarola Canta a Marujada - O mar que eu vi Não é como o de lá E a roda do leme E a proa molhada Maria Bonita Onde vamos parar
Sino de bronze Lá na minha aldeia Toca por mim Que estou para abalar E a fala da velha Da velha matreira Maria Bonita Onde vamos penar
Nem uma nuvem Sobre a maré cheia O sete-estrelo Sabe bem onde ir E a velha teimava E a velha dizia Maria Bonita Onde vamos cair
Vinham de longe Todos o sabiam Não se importavam Quem os vinha ver E a velha teimava E a velha dizia Maria Bonita Onde vamos morrer
Canta camarada Popular/ José Afonso Álbum: De capa e batina Transcrição: Miguel Gouveia
Em B7 D C
022000 X21203 XX0232 X32010
Original – Transpositor na 2ª posição
Em Em
B7 (2X) D C B7 (2X)
Em B7 Canta camarada canta (bis) Em D C B7 Canta que ninguém te afronta (bis) Em B7 Que esta minha espada corta (bis) Em D C B7 Dos copos até à ponta (bis) Eu hei-de morrer de um tiro Ou duma faca de ponta Se hei-de morrer amanhã morra hoje tanto conta Tenho sina de morrer na ponta de uma navalha Toda a vida hei-de dizer Morra o homem na batalha Viva a malta e trema a terra Aqui ninguém arredou nem há-de tremer na Guerra Sendo um homem como eu sou
Cantar Alentejano José Afonso Álbum: Cantigas do Maio Transcrição: Miguel Gouveia E|----3---3-----3-------3-----3------1----0----0----0-----0----0----0--0------B|----3---3-----3-------2-----2------1----0----0----0-----0----0----0--0------G|----3---3---3---------3-----3----2------0----0----0-----0----0----0--0------D|--5---4---3------3--2----1-----0------2----1----0--------------------2------A|------------------------------------------------------4----3----2----2------E|---------------------------------------------------------------------0------Cha mava-se Cata rina
O Alen
tejo a viu nas cer (bis)
E|-------0-------0----0-------0------0------0-----0---------------------------B|-------0-------0----0-------0------0------0-----0---------------------------G|-------0-------0----0-------0------0------0-----0---------------------------D|-----2-------1----0-----------------------------2---------------------------A|--------------------------4------3------2-------2---------------------------E|------------------------------------------------0---------------------------Se rranas viram-na em vida
Ba leizão a viu mo rrer (bis)
E|-----0------0------------0-------------5-----------0------------------------B|-----0------0------------0------------7------------0------------------------G|-----0------0------------4-----------5-------------0------------------------D|----2------4-----------5------------7--------------2------------------------A|-----------------------------------7---------------2------------------------E|----------------------------------5----------------0------------------------OOOOOOOOhhhhhhhhh Ba leizão a viu mo rrer(bis) | E|-7--7--7---7--7--7---7--7-----------5----------------0--|-h12----0---0------0B|--0--0--0---0--0--0---0--0---------7-----------------0--|-h12----0---0------0G|---0--0--0---0--0--0---0--0-------5------------------0--|-h12----0---0----0--D|-----------0---------------------7-------------------2--|-------2---1----0---A|--------------------------------7--------------------2--|--------------------E|-0-------------------0---------5---------------------0--|---------------------
Ceifeiras na manhã fria Flores na campa lhe vão pôr Ficou vermelha a campina Do sangue que então brotou Acalma o furor campina Que o teu pranto não findou Quem viu morrer Catarina Não perdoa a quem matou Aquela pomba tão branca Todos a querem p'ra si Ó Alentejo queimado Ninguém se lembra de ti Aquela andorinha negra Bate as asas p'ra voar Ó Alentejo esquecido Inda um dia hás-de cantar
Cantares de Andarilho António Quadros (pintor)/ José Afonso Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia Am7# F7 F#/Eb C#7 C#7
6XX666 XX3545 X6X676 X46464 F7
Am7#
E|--4—4(6)4------5-----5--6----B|--6--------6---4--4--4--6----G|--4--------6---5--5--5--6----D|--6--------6---3--3----------A|--4--------6-----------------E|-----------6------------6-----
Am7# F#/Eb Am7# Já fiz recados às bruxas F7 Am7# F7 Am7# do caselho à portelada Am7# F#/Eb Am7# dei-lhes a minha inocência F7 Am7# F7 Am7# elas não me deram nada. Am7# Andei à giesta ao lírio maninho F7 na Bouça da Fresta Am7# no Casal Velido erva cidreira à erva veludo F7 na Lomba regueira Am7# no Pinhal do Mudo. Andei ó licranço andei ao lacrau no Monte do Manso na Espera do Mau à víbora à carocha ao corujão cego na mata da Tocha no rio Lágedo.
Fui andarilho das bruxas moço de S. Cipriano já fui morto e inda vivo vendi a alma ao Diabo. Era donzel e guardei-me p'ras filhas da feiticeira parti-me em meio à loira noutra metade à morena.
Cantiga do monte José Afonso Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia
D A Asus4 G
XX0232 X02220 X0223X 320003
Original: Transpositor na 1ª posição Intro sem transpositor E|----3--2--0----0-------3--5-B|----3-------3--2---3---3--5-G|----2----------2---4---4--6-D|----0----------2---5------7-A|---------------0---5------7-E|-------------------3---3--5--
D A Fragância morena G D Portal de marfim D A Ondina açucena G D Chamando por mim D A Cantiga do monte G D Clareira do ar D A Dançando na nuvem G A Asus4 Mudando em mar
Ai húmida prata Meu sonho sem ver Ai noite de Lua Meu lume de arder Ó finas areias Ó clara manhã Ó rubras papoilas Da cor da romã Ó rosto da terra E abismos do mar Ouvide o seu canto De longe a arfar A
D A Na flor da montanha D A Asus4 Na espuma a cair D A Nos frutos de Agosto G A Na boca a sorrir Na crista da vaga Tormento alonguei No vento e na fraga Só luto encontrei Abriram-se as velas Mal rompe a manhã Na luz e nas trevas Foi-se a louçã
Abriram-se as velas Mal rompe a manhã Na luz e nas trevas Lá vai a louçã A
Cantigas do Maio José Afonso Álbum: Cantigas do Maio Transcrição: Miguel Gouveia Bm Em Am D G C B7
224432 022000 X02210 XX0232 355433 X32010 X21202
Original: Transpositor na 1ª posição
Bm
Em
Bm
Em D Am Eu fui ver a minha amada D C B7 Em Lá p'rós baixos dum jardim Em G Dei-lhe uma rosa encarnada B7 Em Para se lembrar de mim Eu fui ver o meu benzinho Lá p'rós lados dum passal Dei-lhe o meu lenço de linho Que é do mais fino bragal Em Minha mãe quando eu morrer Em G B7 Em Ai chore por quem muito amargou Em Para então dizer ao mundo Em G B7 Em Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou Eu fui ver uma donzela Numa barquinha a dormir Dei-lhe uma colcha de seda Para nela se cobrir Eu fui ver uma solteira Numa salinha a fiar Dei-lhe uma rosa vermelha Para de mim se encantar Minha mãe quando eu morrer... Eu fui ver a minha amada Lá nos campos eu fui ver Dei-lhe uma rosa encarnada Para de mim se prender Verdes prados, verdes campos Onde está minha paixão As andorinhas não param Umas voltam outras não Minha mãe quando eu morrer...
Canto moço José Afonso Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia C G7 F
X32010 320001 133211
Original: Transpositor na 5ª posição C
F (2x)
C G7 Somos filhos da madrugada C Pelas praias do mar nos vamos G7 À procura de quem nos traga C Verde oliva de flor no ramo F C Navegamos de vaga em vaga F C Não sabemos de dor nem mágoa G7 Pelas praias do mar nos vamos C À procura da manhã clara C
G7...
Lá no cimo de uma montanha Acendemos uma fogueira Para não se apagar a chama Que dá vida na noite inteira Mensageira pomba chamada Companheira da madrugada Quando a noite vier que venha Lá no cimo de uma montanha C
G7...
Onde o vento cortou amarras Largaremos p´la noite fora Onde há sempre uma boa estrela Noite e dia ao romper da aurora Vira a proa minha galera Que a vitória já não espera Fresca brisa moira encantada Vira a proa da minha barca
Carta a Miguel Djéje José Afonso Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia C F G
X32010 133211 320003
Original: Transpositor na 2ª posição C F
F C
C G
C (2X)
C F Diga amigo Miguel C Como está você? F Em todo o Xipamanine C Já ninguém o vê F C Vou dar-lhe a minha viola G C Para tocar outra vez (bis) C F C Ié ié ié ié... O seu valor um dia Você mostrou Todo o mainato o ouvia E até dançou Miguel só você sabia Tocar como já tocou Ié ié ié ié... Vinha maningue gente Para aprender Moda lá da sua terra Bonita a valer O Jaime e o Etekinse Amigos não volt'haver Ié ié ié ié... Quando a noite se ouvia Miguel tocar Também havia a marimba Para acompanhar A noite Na Ponta Geia Amigos hei-de recordar Ié ié ié ié...
O barco foi andando E a Nanga vi Foi a saudade aumentando Longe daí A gente Na minha terra Não canta assim Como eu ouvi Ié ié ié ié...
Chula da Póvoa José Afonso Álbum: Com as minhas tamanquinhas Transcrição: Miguel Gouveia G D D7
320003 XX0232 XX0212
G Em Janeiro bebo o vinho D Em Janeiro bebo o vinho D7 G Em Fevereiro como o pão D D7 G Em Fevereiro como o pão Nem que chovam picaretas Hás-de cair, Rei-Milhão Adeus, cidade do Porto Adeus muros de Custóias Cantando à chuva e ao vento Andei a enganar as horas Tenho mais de mil amigos Aqui não me sinto só Cantarei ao desafio Ninguém tenha de mim dó Ó meu Portugal formoso Berço de latifundiários Onde um primeiro ministro Já manda a merda os operários Já hoje muito maroto Se diz revolucionário E faz da bolsa do povo Cofre-forte do bancário Camaradas lá do Norte Venham ao Sul passear Cá nas nossas cooperativas Há sempre mais um lugar
Elegia Luis de Andrade/ José Afonso Álbum: Baladas e canções Transcrição: Miguel Gouveia Em Am B7
022000 X02210 X21202
Riff (No final de cada verso) E|-7--5--10--8--7--5--7-|-12----11----8----7----5-----0-B|-6-----9---7--6--4--7-|----0-----0----0----0----0---0-G|-7-----10--8--7--5--8-|-----------------------------0-D|-6-----9---7--6--4--9-|-10----9-----7----5----4-----2-A|--------------------9-|-----------------------------2-E|--------------------7-|-----------------------------0—
Em Am B7 Riff 1 O vento desfolha a tarde Em Am B7 Riff 1 O vento desfolha a tarde B7 Em Riff 1 Como a dor desfolha o peito B7 Em Riff 1 Como a dor desfoha o peito. Na roseira do meu peito Na roseira do meu peito Senhora meu bem fermosa Senhora meu bem fermosa.
E|-------5------8------7--5--7-------11--7-B|-----5---5----5--5---5--5--7--7-----7--7G|----5-----5---5------5--5--8----8---8--8-D|---------------------------9-----------9A|---------------------------9-----------9E|--0-----------5------5--5--7--------7--7-
Vai-se a tarde ficam penas Vai-se a tarde ficam penas Na roseira do meu peito Na roseira do meu peito. Senhora Senhora Senhora Senhora
por por meu meu
quem eu morro quem eu morro bem fermosa bem fermosa.
Endechas a bárbara escrava Luís de Camões/ José Afonso Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia Em D D7 G B7 C F
022000 XX0232 XX0212 320003 X21202 X32010 133211
Original: Transpositor na 1ª posição Intro sem transpositor E|-12-12-10-12-10-7-5-7-7-5-7-5-3-0-3-5-7-10-12-12-10-12---B|---------------------------------------------------------G|---------------------------------------------------------D|---------------------------------------------------------A|---------------------------------------------------------E|-0-----------0------0-------0-----0--------0---------0----
Em Aquela cativa D Que me tem cativo D7 porque nela vivo G já não quer que viva B7 eu nunca vi rosa C em suaves molhos F que pera meus olhos B7 fosse mais fermosa
Nem no campo flores, Nem no céu estrelas Me parecem belas Como os meus amores. Rosto singular, Olhos sossegados, Pretos e cansados, Mas não de matar
Uma graça viva, Que neles lhe mora, Pera ser senhora De quem é cativa. Pretos os cabelos, Onde o povo vão Perde opinião Que os louros são belos. Pretidão de Amor, Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda mansidão, Que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas bárbara não. Presença serena Que a tormenta amansa; Nela, enfim, descansa Toda a minha pena. Esta é a cativa Que me tem cativo; E pois nela vivo, É força que viva.
É para Urga José Afonso Álbum: Eu vou ser como a toupeira Transcrição: Miguel Gouveia
D XX0232 G 320003 A7 X02020
Original: Transpositor na 3ª posição
D
G
D (2X)
A7
D
É para Urga Que a gente vai Para Urga caminho Caminho para lá Em Urga os bandidos Não me hão-de apanhar D G D Eu hei-de vencer D G D Eu hei-de vencer D G D Entre mim e Urga A7 D O Deserto que houver D G D Em Urga recebo D G D A maquia e então D G D Vou tirar proveito A7 D Do meu ganha-pão
Epígrafe para a arte de furtar Jorge de Sena/ José Afonso Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia A D E
X02220 XX0232 X02210
Original: Transpositor na 5ª posição A
D
E
A
A Roubam-me Deus E Outros o Diabo D Quem cantarei D Roubam-me a pátria A E a humanidade E Outros ma roubam Quem cantarei A Sempre há quem roube E Quem eu deseje D E de mim mesmo A Todos me roubam E A E Quem cantarei A Quem cantarei Roubam-me Deus Outros o Diabo Quem cantarei Roubam-me a patria E a humanidade Outros ma roubam Quem cantarei Roubam-me a voz Quando me calo Ou o silêncio Mesmo se falo Aqui d’el rei Aqui d’el rei
Era um redondo vocábulo José Afonso Álbum: Venham mais cinco Transcrição: qpt@ipato.org Emadd9 C7Madd11+/ E G7M/5-/ E Bm/ D Esus4/ C Esus4 C/E D/F# Em7 Am7
02400X 03400X 04400X 05440X X3220X XX220X XX201X XX4232 XX2433 X02013
Original – Transpositor na 2ª posição E|-------------------------|-------------------|--------------------| B|-------------0-----------|---------0---------|----------0---------| G|----------0--------0-----|-------0------0----|--------0------0----| D|-------4--------4-----4--|-----4------4---4--|------4------4---4--| A|----2--------------------|---3---------------|----4---------------| E|-0-----------------------|-0-----------------|--0-----------------| ---------------------|------------------------------0---------|--------0-------0----------0-------0----|-----4----2---2---------4--------4---4--|---4--------2---------3-----------------|-5--------3---------0-------------------|-------------------Emadd9 C7Madd11+/ E Era um redondo vocábulo G7M/5-/ E Bm/ D Esus4/ C Uma soma agreste Emadd9 C7Madd11+/ E Revelavam-se ondas G7M/5-/ E Em maninhos dedos Am7 Polpas seus cabelos Bm/ D Emadd9 C7Madd11+/ E Resíduos de lar, G7M/5-/ E Pelos degraus de Laura Bm/ D A tinta caía Esus4/ C Emadd9 C7Madd11+/ E No móvel vazio, Bm/ D Convocando farpas
C/E Chamando o telefone Esus4 D/F# Matando baratas C/E A fúria crescia Bm/D Esus4/ C Emadd9 C7Madd11+/ E Clamando vingança, G7M/5-/ E Bm/ D Nos degraus de Laura Esus4/ C Emadd9 No quarto das danças Em7 Na rua os meninos Am7 Brincavam e Laura C/E Na sala de espera D/F# Am7 D/F# C/E Bm/D Esus4/ C Inda o ar educa
Fui à beira do mar José Afonso Álbum: Eu vou ser como a toupeira Transcrição: Miguel Gouveia D A G
XX0232 X02220 320003
Original: Transpositor na 1ª posição
D
A
D
A ...
D A Fui à beira do mar G D Ver o que lá havia G D Ouvi uma voz cantar G A D Que ao longe me dizia D Ó cantador alegre A D Que é da tua alegria G Tens tanto para andar D E a noite está tão fria D
A
D
A ...
Desde então a lavrar No meu peito a Alegria Ouço alguém a bradar Aproveita que é dia Sentei-me a descansar Enquanto amanhecia Entre o céu e o mar Uma proa rompia D
A
D
A ...
Desde então a bater No meu peito em segredo Sinto uma voz dizer Teima, teima sem medo Desde então a lavrar No meu peito a alegria Ouço alguém a bradar Aproveita que é dia D
A
D
A ...
Lá no Xepangara José Afonso Álbum: Coro dos tribunais Transcrição: Miguel Gouveia
C C* G G7
X32010 X32013 320003 320001
C*
G
G7
C
C* G Lá no Xepangara G7 C Vai nascer menino C* G Dentro da palhota G7 C Tem o seu destino
Tituti titilo… Quando for mufana E já pedir pão Dá-se uma lambada Vem comer à mão C*
C*
G
G7
G
G7
C
C
Lá no Xepangara Fica muito bem Deitado na esteira Ao lado da mãe
Mais uma patada Vai-te embora cão Dá-se-lhe porrada Porque é mandrião Tituti titilo…
C* G G7 C Tituti titilo C* G G7 C Tiriro liroli titilo Há-de ter um nome Lá prò fim do ano Se morrer de fome Tapa-se com um pano C*
G
G7
C
Se tiver já corpo Rega-se com vinho Se não cair morto Chama-se menino Tituti titilo… Se tiver umbigo Corta-se à navalha Tira-se uma tripa Faz-se uma mortalha C*
G
G7
C
Pretinho de raça Sempre desconfia Se o musungo passa Diz muito bom dia
Lá prò fim do ano Quando já for moço Guarda-se o tutano Fica pele e osso C*
G
G7
C
Quando já for homem Tira-se o retrato Come na cozinha Chama-se mainato Tituti titilo... Se mudar de vida Vai para o contrato No fundo da mina Fica mais barato C*
G
G7
C
Quando já for velho Chama-se tratante Dá-se-lhe aguardente Morre num instante Tituti titilo…
Lá vai Jeremias Popular: Beira Baixa Álbum: Contos velhos rumos novos Transcrição: Miguel Gouveia
D XX0232 A X02220 A7 X02020/ A7* X02223
Original: Transpositor na 5ª posição
D
A7*
D
A7*
D A Lá vai Jeremias A7 D Lá vai Jeremão A Lá vai senhor alferes A7 D Melhor capitão (bis) D
A7*
D
A7*
Ó Elvas, ó Elvas Ó Penamacor Neste regimento Anda o meu amor Além mais abaixo Se vende aguardente A dez reis o copo Para toda a gente À entrada de Elvas Estão duas cadeiras Para se assentarem As moças solteira Ai que que se Quebra Fica o
quebra, quebra quebra o linho a loiça toda prato fino
Além mais abaixo Se vende licor A dez reis o copo Para o meu amor
Maio maduro Maio José Afonso Álbum: Cantigas do Maio Transcrição: Miguel Gouveia
D CM7 Em Bm7 C
XX0232 032000 | X3545X 022000 224232 X32010
D CM7 Maio maduro Maio, quem te pintou D CM7 Quem te quebrou o encanto, nunca te amou D CM7 Raiava o sol já no Sul Em CM7 Ti ri tu ri...
D
Bm7 C D E uma falua vinha lá de Istambul Sempre depois da sesta chamando as flores Era o dia da festa Maio de amores Era o dia de cantar, Ti ri tu ri... E uma falua andava ao longe a varar Maio com meu amigo quem dera já Sempre no mês do trigo se cantará Qu’importa a fúria do mar, Ti ri tu ri... Que a voz não te esmoreça vamos lutar Numa rua comprida El-rei pastor Vende o soro da vida que mata a dor Anda ver, Maio nasceu, Ti ri tu ri... Que a voz não te esmoreça a turba rompeu
Maria Faia Popular: Malpica, Beira Baixa Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia Am E G C
X02210 X22100 320003 X32010
Original: Transpositor na 2ª posição Am E Eu não sei como te chamas Am ó Maria Faia G C nem que nome te hei-de eu pôr E Am ó Maria Faia, ó Faia Maria Cravo não que tu és rosa ó Maria Faia Rosa não que tu és flor ó Maria Faia ó Faia Maria Não te quero chamar cravo ó Maria Faia Que te estou a engrandecer ó Maria Faia ó Faia Maria Chamo-te antes espelho ó Maria Faia Onde espero de me ver ó Maria Faia ó Faia Maria O meu amor abalou ó Maria Faia Deu-me uma linda despedida ó Maria Faia ó Faia Maria Abarcou-me a mão direita ó Maria Faia Adeus ó prenda querida ó Maria Faia ó Faia Maria
Menina dos olhos tristes Reinaldo Ferreira/ José Afonso Álbum: De capa e batina Transcrição: Miguel Gouveia
Em D C
022000 XX0232 X32010
Em Menina dos olhos tristes D Em o que tanto a faz chorar Em D o soldadinho não volta C Em do outro lado do mar Em
D
Em
Vamos senhor pensativo olhe o cachimbo a apagar o soldadinho não volta do outro lado do mar Senhora dos olhos tristes o que tanto a faz chorar o soldadinho não volta do outro lado do mar Anda bem triste um amigo uma carta o fez chorar o soldadinho não volta do outro lado do mar A lua que é viajante é que nos pode informar o soldadinho já volta do outro lado do mar Vem numa caixa de pinho do outro lado do mar desta vez o soldadinho nunca mais se faz ao mar
Menino do bairro negro José Afonso Álbum: Os vampiros Transcrição: Miguel Gouveia
A7 X02020 D XX0232
E|-------2--5----10--B|-----3---------7---G|---2-----------7---D|-0-------------7---A|-------------------E|-------------------D Olha o sol que vai nascendo A7 D Anda ver o mar Os meninos vão correndo A7 D Ver o sol chegar (bis) D Menino sem condição Irmão de todos os nus A7 Tira os olhos do chão D Vem ver a luz
Se até da gosto cantar Se toda a terra sorri Quem te não há-de amar Menino a ti Se não é fúria a razão Se toda a gente quiser Um dia hás-de aprender Haja o que houver Negro bairro negro Bairro negro Onde não há pão Não há sossego
Menino do mal trajar Um novo dia lá vem Só quem souber cantar Vira também
Menino pobre o teu lar Queira ou não queira o papão Há-de um dia cantar Esta canção
D A7 Negro bairro Negro D Bairro Negro A7 Onde não há pão D Não há sossego
Olha o sol que vai nascendo Anda ver o mar Os meninos vão correndo Ver o sol chegar (bis)
Menino pobre o teu lar Queira ou não queira o papão Há-de um dia cantar Esta canção Olha o sol que vai nascendo Anda ver o mar Os meninos vão correndo Ver o sol chegar
Menino
d'oiro
Popular/ José Afonso Álbum: Os vampiros Transcrição: Miguel Gouveia D Dsus4 A A7
XX0232 XX0233 X02220 X02223
Original - Transpositor na 1ª posição D
Dsus4
D
A
A7
A
D (2X)
D O meu menino é d'oiro É d'oiro fino A Não façam caso D Que é pequenino A Não façam caso D Que é pequenino D
Dsus4
D
A
A7
O meu menino é d'oiro D'oiro fagueiro Hei-de levá-lo No meu veleiro Hei-de levá-lo No meu veleiro Venham aves do céu Pousar de mansinho Por sobre os ombros Do meu menino Do meu menino Do meu menino Venham Que eu Levo o No meu Levo o No meu
comigo venham não vou só menino trenó menino trenó
Quantos sonhos ligeiros P’ra teu sossego Menino avaro Não tenhas medo Menino avaro Não tenhas medo Onde fores no teu sonho Quero ir contigo Menino d’oiro Sou teu amigo Menino d’oiro Sou teu amigo
Venham altas montanhas Ventos do mar Que o meu menino nasceu p’ra amar Que o meu menino nasceu p’ra amar
A
D
Venham Que eu Levo o No meu Levo o No meu
comigo venham não vou só menino trenó menino trenó
O meu menino é d'oiro É d'oiro fino Não façam caso Que é pequenino Não façam caso Que é pequenino O meu menino é d'oiro D'oiro fagueiro Hei-de levá-lo No meu veleiro Hei-de levá-lo No meu veleiro Venham altas montanhas Ventos do mar Que o meu menino nasceu p’ra amar Que o meu menino nasceu p’ra amar Venham Que eu Levo o No meu Levo o No meu
comigo venham não vou só menino trenó menino trenó
Moda do entrudo Popular: Malpica, Beira-Baixa Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia Em
022000
Em E|-----0---0-------0---------0---------0-B|-----0---0-------0---------0---------0-G|-----0---0-------0---------0---------0-D|---7---5---4-5-2---------2---------2---A|---------------------0(2)------0(2)----E|----------------------------------------
E|-------0-------------0---------0-B|-------0-------------0---------0-G|-------0-------------0---------0-D|-----2--------------2---------2--A|-0(2)-----------0(2)------0(2)---E|---------------------------------Ó entrudo Ó entrudo E|-----0----0-------0---------0-B|-----0----0-------0---------0-G|-----0----0-------0---------0-D|-0-7-----5---4-5-2---------2--A|-----------------------0(2)---E|------------------------------Ó entrudo cho___calheiro E|-------0-------------0---------0-B|-------0-------------0---------0-G|-------0-------------0---------0-D|-----2--------------2---------2--A|-0(2)-----------0(2)------0(2)---E|---------------------------------Que não deixas assen______tar E|-----0----0-------0---------0-B|-----0----0-------0---------0-G|-----0----0-------0---------0-D|---7-----5---4-5-2---------2--A|-----------------------0(2)---E|------------------------------as mocinhas ao so___lheiro
Eu quero ir para o monte Eu quero ir para o monte Que no monte é qu'eu estou bem Que no monte é qu'eu estou bem Eu quero ir para o monte Eu quero ir para o monte Onde não veja ninguém Que no monte é qu'eu estou bem
Estas casas são caiadas Estas casas são caiadas Quem seria a caiadeira Quem seria a caiadeira Foi o noivo mais a noiva Foi o noivo mais a noiva Com um ramo de laranjeira Quem seria a caiadeira
Alternativamente Em Ó entrudo, ó entrudo D Em Ó entrudo chocalheiro G Que não deixas assentare D Em As mocinhas ao solheiro
Mulher da erva José Afonso Álbum: Cantigas do Maio Transcrição: Miguel Gouveia
C#m B B7 E F#m Bm A
446654 224442 X21202 022100 244222 224432 X02220
Velha da terra morena Pensa que é já lua cheia Vela que a onda condena Feita em pedaços na areia C#m
Bm
C#m
Bm
C#m Saia rota B Subindo a estrada B7 Inda a noite E Rompendo vem E A mulher F#m Pega na braçada B De erva fresca E Supremo bem E Canta a rola Bm Numa ramada A Pela estrada E Vai a mulher Bm Meu senhor A Nesta caminhada C#m Nem m'alembra B C#m Do amanhecer
Há quem viva Sem dar por nada Há quem morra Sem tal saber Velha ardida Velha queimada Vende a fruta Se queres comer A noitinha A mulher alcança Quem lhe compra Do seu manjar Para dar À cabrinha mansa Erva fresca Da cor do mar Na calçada Uma mancha negra Cobriu tudo E ali ficou Anda, velha Da saia preta Flor que ao vento No chão tombou No Inverno Terás fartura Da erva fora Supremo bem Canta rola Tua amargura Manhã moça nunca mais vem.
Natal dos simples José Afonso Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia D A G
XX0232 X02220 320003
Original: Transpositor na 5ª posição D
A
D
(2X)
D Vamos cantar as janeiras Vamos cantar as janeiras G D Por esses quintais adentro vamos A D Às raparigas solteiras D A D Pam parara piri pam parara piri pam pam pam pam
Vamos cantar orvalhadas Vamos cantar orvalhadas Por esses quintais adentro vamos Às raparigas casadas Vira o vento e muda a sorte Vira o vento e muda a sorte Por aqueles olivais perdidos Foi-se embora o vento norte Muita neve cai na serra Muita neve cai na serra Só se lembra dos caminhos velhos Quem tem saudades da terra Quem tem a candeia acesa Quem tem a candeia acesa Rabanadas pão e vinho novo Matava a fome à pobreza Já nos cansa esta lonjura Já nos cansa esta lonjura Só se lembra dos caminhos velhos Quem anda à noite à ventura
No Largo do Breu José Afonso Álbum: Os vampiros Transcrição: Miguel Gouveia Am E Dm
X02210 022100 XX0231
Original: Transpositor na 4ª posição
Am
E
Am
E
Am No lago do Breu E sem luzes no céu nem bom Deus que venha abrasar os ateus Am no lago do Breu (2X) No lago do Breu, A noite não vem sem sinais Que fazem tremer os mortais, No lago do Breu. E Mas quem não for mau, não vá Am Que o céu não se compra, dá E Não vejo razão p'ra ser Am Quem teme e não quer viver Dm Am Sem luzes no céu só mesmo como eu, E Am No lago do Breu. (2X) No lago do Breu, Os dedos da noite vão juntos Para amortalhar os defuntos, No lago do Breu. No lago do Breu, A lua nasceu mas ninguém Pergunta quem vai ou quem vem No lago do Breu.
Mas quem não for mau, não vá Que o céu não se compra, dá Não vejo a razão p'ro ser Quem teme e não quer viver Sem luzes no céu só mesmo como eu, No lago do Breu. No lago do Breu, Meninas perdidas eu sei, Mas só nestas vidas me achei, No lago do Breu.
No vale de Fuenteovejuna Lope de Vega/ José Afonso Álbum: Contos velhos rumos novos Transcrição: Miguel GOuveia C F G
C
X32010 133211 355433
G
C
G…
C F C No vale de Fuenteovejuna F C Cabelos ao vento estava F G Seguida pelo cavaleiro F G O da cruz de Calatrava C F C Entre a ramada se esconde F C De vergonhosa e turbada C -Para que te escondes G C moça Formosa? C Desejos são linces G C Paredes removem. C F C Acercou-se o cavaleiro F C E ela confusa e turbada F G Gelosias quis fazer F G Das ramas emaranhadas C F C Mas como quem tem amores F C As montanhas e os mares F G Atravessa facilmente F G Disse-lhe estas palavras: -Para que te escondes moça Formosa? Desejos são linces Paredes removem.
No vale de Fuenteovejuna Cabelos ao vento estava Seguida pelo cavaleiro O da cruz de Calatrava Entre a ramada se esconde De vergonhosa e turbada -Para que te escondes moça Formosa? Desejos são linces Paredes removem.
O cavaleiro e o anjo José Afonso Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia C X32010 D7 XX0212 G 320003
E|--------------------2----------B|--------------------1----------G|----------------0---2----------D|------0------2------0----------A|----2-----3--------------------E|--3---------------------3--3----
G Passos da noite C G Ao romper do dia Quantos se ouviram C G Marchando a par C Batem à porta G Da hospedaria Se for o vento D7 G Manda-o entrar Vejo uma espada De sombra esguia Se for o vento Que venha só Quem está lá fora Traz companhia Botas cardadas Levantam pó Venho de longe Sem luz nem guia Sou estrangeiro Não sou ninguém Na flor queimada Na cinza fria Nunca se passa Uma noite bem
Foge estrangeiro Da morte escura Pega nas armas Vem batalhar E enquanto a lua Não se habitua Dorme ao relento Até eu voltar Há muito tempo Que te não via (Um anjo negro Me vem tentar) Batem a porta Da hospedaria É aqui mesmo Que eu vou ficar
O Homem da Gaita José Afonso Álbum: Com as minhas tamanquinhas Transcrição: Miguel Gouveia A X02220 D XX0232 E 022100 Original: Transpositor na 2ª posição Intro sem transpositor A E|-----0---0--------0---0---B|---2---2---2----2---2---2-G|--------------------------D|-------------2------------A|-0------------------------E|--------------------------(Continuar com a mesma dedilhação sem a corda G para os restantes acordes) A Havia na terra Um homem que tinha D E A Uma gaita bem de pasmar Se alguém a ouvia Fosse gente ou bicho D E A Entrava na roda a dançar Um dia passava Um sujeito e ao lado Um burro com louça A trotar O dono e o burro Ouvindo a tocata Puseram-se logo a bailar Partiu-se a faiança Em cacos c'o a dança E o pobre pedia a gritar Ao homem da gaita O Juiz de fora Chamado na hora "Só tenho Que te condenar Mas quero uma prova Se é crime ou se é trova Faz lá essa gaita tocar" Que acabasse a fita Mas nada ficou por quebrar
O homem da louça Sentado na sala Levanta-se e põe-se a saltar Enquanto a rabeca Não se incomodava A sua cadeira era o par Pulava o jurista De quico na crista Ninguém se atrevia a parar E a mãe entrevada Que estava deitada Levanta-se e põe-se a bailar Vá de folia Vá de folia Que há sete anos Me não mexia
O que faz falta José Afonso Álbum: Coro dos tribunais Transcrição: Miguel Gouveia
A A7 Asus4 D E E7
X02220 X02223 XO2230 XX0232 022100 022130
Original: Transpositor na 2ª posição A A
D D
E E
A A
Asus4 Asus4
E A
A E Quando a corja topa da janela A D E O que faz falta A E Quando o pão que comes sabe a merda A A7 O que faz falta D O que faz falta é avisar a malta E E7 O que faz falta D E O que faz falta é avisar a malta A A7 O que faz falta (bis) A D E A D E Ti ro ri ti ti, Ti ro ri ti ti (bis) Quando nunca a noite foi dormida O que faz falta Quando a raiva nunca foi vencida O que faz falta O que faz falta é animar a malta O que faz falta O que faz falta é acordar a malta O que faz falta Ti ro ri ti ti, Ti ro ri ti ti Quando nunca a infância teve infância O que faz falta Quando sabes que vai haver dança O que faz falta O que faz falta é animar a malta O que faz falta O que faz falta é empurrar a malta O que faz falta Ti ro ri ti ti, Ti ro ri ti ti (bis)
Quando um cão te morde a canela O que faz falta Quando a esquina há sempre uma cabeça O que faz falta O que faz falta é animar a malta O que faz falta O que faz falta é empurrar a malta O que faz falta Ti ro ri ti ti, Ti ro ri ti ti Quando um homem dorme na valeta O que faz falta Quando dizem que isto é tudo treta O que faz falta O que faz falta é agitar a malta O que faz falta O que faz falta é libertar a malta O que faz falta Ti ro ri ti ti, Ti ro ri ti ti Se o patrão não vai com duas loas O que faz falta Se o fascista conspira na sombra O que faz falta O que faz falta é avisar a malta O que faz falta O que faz falta é dar poder a malta O que faz falta
Os Eunucos (No Reino da Etiópia) José Afonso Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia
Am C G
X02210 X32010 320003
Original: Transpositor na 6ª posição
E|----6---------------B|------7-------------G|--8-----8-----------D|-----------0--0-----A|-6------------------E|----------6--9--11---
Am Os eunucos devoram-se a si mesmos C Não mudam de uniforme, são venais G Am E quando os mais são feitos em torresmos G Am Defendem os tiranos contra os país (3x) Em tudo são verdugos No jardim dos harens E quando os pais são Não matam os tiranos
mais ou menos os principais feitos em torresmos pedem mais
Suportam toda a dor na calmaria Da olímpica visão dos samurais Havia um dona a mais na satrapia Mas foi lançado à cova dos chacais Em vénias malabares à luz do dia Lambuzam da saliva os maiorais E quando os mais são feitos em fatias Não matam os tiranos pedem mais
Os índios da Meia-Praia José Afonso Álbum: Com as minhas tamanquinhas Transcrição: Miguel Gouveia F# F#/F F#/Eb Ebm7/B
(Ebm7/B)Tu trabalhas todo o ano Na lota deixam-te mudo Chupam-te até ao tutano Levam-te o couro cab'ludo
XX4322 XX3322 XX1322 XX9879
(Riff 1)
(F#)Quem dera que a gente tenha De Agostinho a valentia Para alimentar a sanha De esganar a burguesia
E|------------------B|-----0-----0----0-G|------------------D|-------------3----A|---4----6---------E|-------------------
(Ebm7/B)Adeus disse a Monte-Gordo (Nada o prende ao mal passado) Mas nada o prende ao presente Se só ele é o enganado
(Riff 2)
(F#)Oito mil horas contadas Laboraram a preceito Até que veio o primeiro Documento autenticado
E|------------------B|-----0-----0----0-G|------------------D|---4----6----8----A|------------------E|-------------------
Intro: F#
F#/F
F#/Eb
Riff 1
F# F#/F Aldeia da Meia-Praia F#/Eb (Riff 1) Ali mesmo ao pé de Lagos F# F#/F Vou fazer-te uma cantiga F#/Eb (Riff 1) Da melhor que sei e faço Ebm7/B F# De Monte-Gordo vieram Ebm7/B (Riff 2) Alguns por seu próprio pé Ebm7/B F# Um chegou de bicicleta Ebm7/B (Riff 1) Outro foi de marcha a ré (F#)Quando os teus olhos tropeçam No voo duma gaivota Em vez de peixe vê peças De ouro caindo na lota (Ebm7/B)Quem aqui vier morar Não traga mesa nem cama Com sete palmos de terra Se constrói uma cabana F# F#/F F#/Eb Riff 1 iiiiiiiiiiuuuuuuuuuuuuu (bis)
(Ebm7/B)Eram mulheres e crianças Cada um c'o seu tijolo "Isto aqui era uma orquestra" Quem diz o contrário é tolo (F#)E se a má lingua não cessa Eu daqui vivo não saia Pois nada apaga a nobreza Dos índios da Meia-Praia (Ebm7/B)Foi sempre a tua figura Tubarão de mil aparas Deixar tudo à dependura Quando na presa reparas (Ebm7/B)Das eleições acabadas Do resultado previsto Saiu o que tendes visto Muitas obras embargadas (F#)Mas não por vontade própria Porque a luta continua Pois é dele a sua história E o povo saiu à rua (Ebm7/B)Mandadores de alta finança Fazem tudo andar pra trás Dizem que o mundo só anda Tendo à frente um capataz F#Eram mulheres e crianças Cada um c'o seu tijolo "Isto aqui era uma orquestra" Quem diz o contrário é tolo (Ebm7/B)E toca de papelada No vaivém dos ministérios Mas hão-de fugir aos berros Inda a banda vai na estrada
Os vampiros José Afonso Álbum: Os Vampiros Transcrição: Miguel Gouveia
Dm C Gm A
XX0231 X32010 355333 X02220
Original: Viola com afinação de Coimbra (1 tom abaixo) Dm
C
Dm
E|----1---0----0----------1----1----B|----3---1----1----------3----3----G|----2---0----0----------2----2----D|--0-------------------0-----------A|------3---3-----0--3-------0------E|-----------------------------------
Dm No céu cinzento Sob o astro mudo C Batendo as asas Dm Pela noite calada Gm Vem em bandos Dm Com pés veludo A Chupar o sangue Dm Fresco da manada Dm C Dm Dm Se alguém se engana Com seu ar sisudo C E lhes franqueia Dm As portas à chegada C Eles comem tudo Dm Eles comem tudo A Eles comem tudo Dm E não deixam nada
A toda a parte Chegam os vampiros Poisam nos prédios Poisam nas calçadas Trazem no ventre Despojos antigos Mas nada os prende Às vidas acabadas São os mordomos Do universo todo Senhores à força Mandadores sem lei Enchem as tulhas Bebem vinho novo Dançam a ronda No pinhal do rei Eles comem tudo Eles comem tudo Eles comem tudo E não deixam nada No chão do medo Tombam os vencidos Ouvem-se os gritos Na noite abafada Jazem nos fossos Vítimas dum credo E não se esgota O sangue da manada Se alguém se engana…
O pastor de Bensafrim José Afonso Álbum: Baladas e canções Transcrição: Miguel Gouveia B7 Cdim# Edim Gdim Bm F# Em B7
700777 XX4656 XX8989 XX11/12/11/12 224432 244322 022000 Cdim#
Edim
Gdim
B7
E|----7----7----7----6---------6---------9---------12---------7---B|---7----7----7-----5-------5---------8---------11-----------7---G|--7----7----7------6-----6---------9---------12-------------7---D|-----------------4-----4---------8---------11-------------------A|----------------------------------------------------------------E|-7----7----7----------------------------------------------7------
Bm Ó ventos do monte F# Ó brisas do mar Em F# A história que vou contar Em Bm Dum pastor Florival F# Meu irmão de Bensafrim Bm Natural rezava assim Passava ele os dias No seu labutar E os anos do seu folgar Serras vai, serras vem Seu cantar não tinha fim O pastor cantava assim Bm Ó montes erguidos F# Bm Ó prados do mar em flor Ó bosques antigos F# Bm Trajados de negra cor B7 Voa andorinha Voa minha irmã Cdim# Não te vás embora Edim B7 Vem, volta amanhã
Dizei amigos Dizei só a mim Todos só dum lado Quem vos fez assim? Dizei-me mil prados Campinas dizei A história que não contei Serras vai, serras vem O seu mal não tinha fim O pastor cantava assim Ó montes erguidos Ó prados do mar em flor Ó bosques antigos Trajados de negra cor Voa andorinha Voa minha irmã Não te vás embora Vem, volta amanhã Dizei amigos Dizei só a mim Todos só dum lado Quem vos fez assim? Seu bem que ele vira Num rio a banhar Ao vê-lo vir espreitar Nunca mais apareceu Ao pastor de Bensafrim Sua dor chorava assim Ó montes erguidos (…) (Para terminar) Quem vos pôs assim?
Por trás daquela janela José Afonso Álbum: Eu vou ser como a toupeira Transcrição: Miguel Gouveia D C G A Am/D
XX0232 X32010 320003 X02220 XX0210
Original: Transpositor na 3ª posição Intro sem transpositor D C E|-------0(2)0-------------------B|-----3--------3----------------G|---2------------2----0---0---0-D|-0---------------------0---2---A|-------------------3-----------E|-------------------------------D A D Por trás daquela janela G A Por trás daquela janela G D A Faz anos o meu amigo D Am/D E irmão
Não Por Nem Por
G D pôs cravos na lapela G D trás daquela janela G D se ouve nenhuma estrela D A D trás daquele portão
Se aquela parede andasse Se aquela parede andasse Eu não sei o que faria Não sei Se a minha faca cortasse Se aquela parede andasse E grito enorme se ouvisse Duma criança ao nascer Talvez o tempo corresse Talvez o tempo corresse E a tua voz me ajudasse A cantar
Mais dura a pedra moleira E a fé, tua companheira Mais pode a flecha certeira E os rios que vão pró mar Por trás daquela janela Por trás daquela janela Faz anos o meu amigo E irmão
Na noite que segue o dia Na noite que segue o dia O meu amigo lá dorme De pé E o seu perfil anuncia Naquela parede fria Uma canção de alegria No vai e vem da maré Por trás daquela janela Por trás daquela janela Faz anos o meu amigo E irmão Não Por Nem Por
pôs cravos na lapela trás daquela janela se ouve nenhuma estrela trás daquele portão
Qualquer Dia F. Miguel Bernardes/ José Afonso Álbum: Contos velhos rumos novos Transcrição: Miguel Gouveia
A7dim G7 Cdim F7 E7 C G B7dim
XX7878 XX5767 XX4545 XX3545 XX2434 X32010 320003 XX6767
E|--12--8--7--8--10--7-----------------------5----B|----------------------10--5----------3-----5----G|----------------------------5---4--5---4---5----D|--------------------------------5----------7----A|--------------------------------5----------7----E|--------------------------------3----------5----A7dim G7 Cdim F7 No inverno bato o queixo C E E7 sem mantas na manhã fria A7dim G7 Cdim F7 No inverno bato o queixo C Qualquer dia G Am Qualquer dia No Inverno aperto o cinto Enquanto o vento assobia. No inverno aperto o cinto Qualquer dia Qualquer dia No Inverno vou pôr lume Lenha verde não ardia. No inverno vou pôr lume Qualquer dia Qualquer dia No Inverno penso muito Oh que coisas eu já via No inverno penso muito Qualquer dia Qualquer dia No Inverno ganhei ódio E juro que o não queria No inverno ganhei ódio Qualquer dia Qualquer dia
B7dim
Que amor não me engana José Afonso Álbum: Venham mais cinco Transcrição: Miguel Gouveia Dm Dm/C Gm7 Bb A7 Dm/B Em7/Bb
XX0231 X3X231 353333 113331 X02020 X2X231 X1X030
Dm Dm/C Que amor não me engana Dm Dm/C com a sua brandura Gm7 Bb se da antiga chama A7 Dm mal vive a amargura Duma chama negra duma pedra fria que amor não se entrega na noite vazia? Dm Dm/C E as vozes embarcam Dm Dm/C num silêncio aflito Dm/B Em7/Bb quanto mais se apartam A7 Dm mais se ouve o seu grito Muito à flor das águas noite marinheira vem devagarinho para a minha beira Em novas coutadas junto de uma hera nascem flores vermelhas pela Primavera Assim tu souberas irmã cotovia dizer-me se esperas pelo nascer do dia E as vozes embarcam… Muito à flor das águas…
Resineiro engraçado Popular: Beira Alta Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia
E A B7
022100 022200 X21202
Original: Transpositor 2ª posição E Resineiro engraçado A E Engraçado no falare A B7 Ó I ó ai eu hei d’ir à terra dele E Ó I ó ai se ele me lá quiser levar Já tenho papel e tinta Caneta e mata borrão Ó I ó ai p’ra escrever ao resineiro Ó I ó ai que trago no coração Resineiro é casado É casado e tem mulher Ó I ó ai vou escrever ó resineiro Ó I ó ai quantas vezes eu quiser Resineiro engraçado Engraçado no falare Ó I ó ai eu hei d’ir à terra dele Ó I ó ai se ele me lá quiser levar
Rio Largo de Profundis (José Afonso) Álbum: Venham mais cinco Transcrição: Miguel Gouveia G C D
320003 X32010 XX0232
Intro G E|--10----8----7----5----3----3---B|--10----8----8----5----3----0---G|--11----9----7----6----4----0---D|---0----0----0----0----0----0---A|----------------------------2---E|----------------------------3---G Rio largo de profundis C G Uma neta pra nascer Amor avenidas novas D G Praça de Londres a arder Não quero martelo e rima Aqui no Largo da Graça Quero ficar onde estou Para salvar a quem passa João, Francisco, Maria, Cada qual um nome tem Quando vos deu os bons dias Ninguém responde a ninguém Venho duma outra vontade Lá eu soubera dizer Amor avenidas novas Praça de Londres a arder
Saudadinha Popular açoriana Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia
Em D C B7 B7#5
022000 XX0232 X32010 X21202 X21203
Original – Transpositor na 2ª posição Em
D
C
B7
B7#5
B7
Em (2X)
Em B7 Ó Tirana saudade Em Ó Tirana saudade B7 Ó Tirana saudade Em Saudade, ó minha saudadinha B7 Foste nada no Faial Em Foste nada no Faial B7 Foste nada no Faial Em No Faial baptizada na Achadinha Em
D
C
B7
B7#5
B7
Em
Saudade onde tu Saudade onde tu Saudade onde tu Saudade leva-me Que eu quero ir Que eu quero ir Que eu quero ir Saudade onde tu
fores fores fores podendo ser acabar acabar acabar foras morrer
Em
B7#5
D
C
B7
B7
Em
A saudade é um luto A saudade é um luto A saudade é um luto Um amor, um amor, uma paixão É um cortinado roxo É um cortinado roxo É um cortinado roxo Que me morde, que me morde o coração. Em
D
C
B7
B7#5
B7
Em
Senhora do Almortão Popular Beira-Baixa Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia
Am C G F
X02210 X32010 320003 133211
Original: Transpositor na 4ª posição Am Am Senhora Senhora do Almortão C E Senhora do Almortão Am G F E Ó minha linda raiana Am Virai costas
virai
costas a Castela C E virai costas a Castela Am G F E Não queirais ser castelhana Senhora Senhora do Almortão Senhora do Almortão A vossa capela cheira Cheira Cheira Cheira Cheira
a a a a
cravos cravos, cheira a rosas cravos, cheira a rosas flor de laranjeira
Senhora Senhora do Almortão Senhora do Almortão Eu pr’ó ano não prometo Que me morreu o amor Que me morreu o amor Ando vestida de preto
Senhora que o velho Nicolau Tolentino/ José Afonso Álbum: Fura fura Transcrição: Miguel Gouveia C D G
X32010 XX0232 320003
G D Tu ri ti tu ri G D Tu ri ti tu ri
C G tu ri tu tu ri C G tu ri
G D Senhora que o velho C G Se quer levantar D Mofina de mim C G Que o ouvi escarrar G Falar e tossir D G Que o ouvi escarrar (bis) Tu ri ti tu ... Senhor vá-se embora Vá já para fora senão o papão nos há-de engolir Tu ri ti tu ... Morde pela calada Cheira à cruz gamada Anda aí à solta Não o deixes bulir Tu ri ti tu ... Senhora que o velho Se quer levantar Dá-lhe na corneta Até se cansar Mofina de mim Bem o vejo trepar Tu ri ti tu ... Senhora que o velho Tem corda de sino Se lhe dão mais corda Vai ao alto a pino Anda aí à solta Não o deixes bulir. Tu ri ti tu ...
Senhor poeta António Barahona/ Manuel Alegre/ José Afonso Álbum: Os vampiros Transcrição: Miguel Gouveia Am E E7 C
X02210/ 577555 022100 022130 X32010
Am Meu amor é marinheiro, E E mora no alto mar, Am Seus braços são como o vento, E7 Am Ninguém o pode amarrar. Am Senhor poeta, Vamos dançar, C Caem cometas, Am No alto mar. Cavalgam Zebras, Dm Voam duendes, Atiram pedras, E7 Arrancam dentes. Am Senhor poeta, Vamos dançar, C Caem cometas, Am No alto mar. Am Soltam-se as velas, Vamos largar, Dm Caem cometas E7 Am No alto mar. E|-5--7--8--10--12--10--7--3--5--B|-5--5--5--9---11--9---6--3—-5--G|-5--5--5--10--12--10--7--4--5--D|-7--------9---11--9---6--3--7--A|-7-----------------------5--7--E|-5--5--5-----------------3--5---
Sete Fadas me Fadaram António Quadros (pintor) /José Afonso Álbum: Eu vou ser como a toupeira Transcrição: Miguel Gouveia
D E E7* A
D
A
XX0232 022100 XX2434 X02220/ A* 577655
E
A (4X)
D
A
E
A (4X)
A Sete fadas me fadaram E A D A E A Sete irmãos m'arrenegaram A Sete vacas me morreram E A D A E A Outras sete me mataram
A Sete estrelas me ocultaram E A D A E A Sete luas, sete sóis A Sete sonhos me negaram E A D A E A Aqui d'el rei é demais
A D Sete setes desvendei A Sete laranjinhas de oiro E Sete piados de agoiro Sete coisas que eu cá sei
A D Sete setes desvendei A Sete laranjinhas de oiro E Sete piados de agoiro Sete coisas que eu cá sei
D Sete D Sete D Sete D Sete
D Sete D Sete D Sete D Sete
A cabras mancas A bruxas velhas A salamandras A cega-regas
D Sete foles A Sete feridas D Sete espadas A Sete dores D Sete mortes A Sete vidas E7* A* Sete amores
A cabras mancas A bruxas velhas A salamandras A cega-regas
D Sete foles A Sete feridas D Sete espadas A Sete dores D Sete mortes A Sete vidas E7* A* Sete amores
S. Macaio Popular açoriana/José Afonso Álbum: Contos velhos rumos novos Transcrição: Miguel Gouveia F C C7
133211 X32010 X32310
F S. Macaio, S. Macaio deu à costa C C7 F Ai deu à costa nos baixos da Urzelina Toda a gente, toda a gente se salvou Ai se salvou, só morreu uma menina S. Macaio, S. Macaio deu à costa Ai deu à costa lá na ponta dos Mosteiros Toda a gente, toda a gente se salvou Ai se salvou, só morreu dois passageiros S. Macaio, S. Macaio deu à costa Ai deu à costa nas pedras da Fajazinha Toda a gente, toda a gente se salvou Ai se salvou, só morreu uma galinha S. Macaio, S. Macaio deu à costa Ai deu à costa nos baixos do Maranhão Toda a gente, toda a gente se salvou Ai se salvou, só o S. Macaio não
Tenho barcos, tenho remos Popular/ José Afonso Álbum: Os vampiros Transcrição: Miguel Gouveia
F C Bb C7
133211 X32010 113331 X32310
F F Tenho barcos, tenho remos C Tenho navios no mar Bb F Tenho amor ali defronte C C7 F E não lhe posso chegar. Bb F Tenho navios no mar Bb F Tenho navios no mar F Bb Tenho amor ali defronte F C7 F Não o posso consolar. Bb
F
(2x)
E|-1-0---------------B|-----3-----1--3--1-G|-----3--3--------2-D|-----3-----------3-A|-----1-----------3-E|-----------------1—F Bb Tenho amor ali defronte F C7 F Não o posso consolar.
Já Já Já Só
fui mar já fui navio fui chalupa escaler fui moço, já sou homem me falta ser mulher.
Só Só Já Já
me falta ser mulher me falta ser mulher fui moço, já sou homem fui chalupa escaler
Traz outro amigo também José Afonso Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia
A D C A7 E
X02220 XX0232 X32010 X02223 022100
A Amigo D Maior que o pensamento C A Por essa estrada amigo vem G A A7 Por essa estrada amigo vem D A Não percas tempo que o vento C E A A7 É meu amigo também D A Não percas tempo que o vento C E A É meu amigo também
Em terras Em todas as fronteiras Seja benvindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também Aqueles Aqueles que ficaram (Em toda a parte todo o mundo tem) Em sonhos me visitaram Traz outro amigo também
Utopia José Afonso Álbum: Como se fora seu filho Transcrição: Miguel Gouveia G G7 C D Am7
320003 320001 032010 XX0232 X02010
G Cidade C G Sem muros nem ameias Gente igual por dentro C G gente igual por fora Onde a folha da palma Am7 G afaga a cantaria Cidade do homem C G Não do lobo mas irmão G7 Capital da alegria C Braço que dormes G nos braços do rio Am7 G Toma o fruto da terra C G É teu a ti o deves C lança o teu G desafio Am7 lança o teu C G desafio G C Homem que olhas nos olhos G que não negas C G o sorriso a palavra forte e justa Homem para quem C G o nada disto custa D Será que existe Am7 G lá para as margens do oriente C G C G Este rio este rumo esta gaivota C G Que outro fumo deverei seguir Am7 C G na minha rota?
Vejam bem José Afonso Álbum: Cantares do andarilho Transcrição: Miguel Gouveia Am G C E7
X02210 320003 X32010 022130
Original: Transpositor na 5ª posição Am
G
Am
G...
Am Vejam bem G Am que não há só gaivotas em terra G Am quando um homem se põe a pensar G Am quando um homem se põe a pensar
Am Vejam bem G Am que não há só gaivotas em terra C quando um homem C E7 quando um homem se põe a pensar
Am Quem lá vem G dorme à noite ao relento na G dorme à noite ao relento no G dorme à noite ao relento no
Quem lá dorme à dorme à dorme à
Am areia Am mar Am mar
Am E se houver G Am uma praça de gente madura C e uma estátua C E7 e uma estátua de de febre a arder
vem noite ao relento na areia noite ao relento no mar noite ao relento no mar
Vejam bem G Am que não há só gaivotas em terra G Am quando um homem se põe a pensar G Am quando um homem se põe a pensar Quem lá dorme à dorme à dorme à
vem noite ao relento na areia noite ao relento no mar noite ao relento no mar
Anda alguém pela noite de breu à procura e não há quem lhe queira valer e não há quem lhe queira valer
E se houver uma praça de gente madura e uma estátua e uma estátua de de febre a arder
Vejam bem daquele homem a fraca figura desbravando os caminhos do pão desbravando os caminhos do pão
Anda alguém pela noite de breu à procura e não há quem lhe queira valer e não há quem lhe queira valer
E se houver uma praça de gente madura ninguém vem levantá-lo do chão ninguém vem levantá-lo do chão
Venham mais cinco José Afonso
Álbum: Venham mais cinco Transcrição: Miguel Gouveia C Dsus2 G Em7
X32010 XX0230 320003 022030
Original – Transpositor na 2ª posição
G C Dsus2 G C Dsus2 C Venham mais cinco, duma assentada que eu pago já Do branco ou tinto, se o velho estica eu fico por cá Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-no a andar G C Dsus2 G C Dsus2 De espada à cinta, já crê que é rei d’aquém e além-mar
Em7
Dsus2 G Não me obriguem a vir para a rua C Dsus2 Em7 Gritar Dsus2 G Que é já tempo d'embalar a trouxa C E zarpar Dsus2 C Tiriririri
G C buririririri,
C Dsus2 C Tiiiiiiiiiiiiii Dsus2 C Tiriririri Dsus2 C
C
Dsus2 C Tiriririri
G C Dsus2 C paraburibaie ... (2x)
G C buririririri,
Dsus2
C
G
(2x)
A gente ajuda, havemos de ser mais Eu bem sei Mas há quem queira, deitar abaixo O que eu levantei A bucha é dura, mais dura é a razão Que a sustem só nesta rusga Não há lugar prós filhos da mãe Não me obriguem a vir para a rua... Bem me diziam, bem me avisavam Como era a lei Na minha terra, quem trepa No coqueiro é o rei A bucha é dura, mais dura é a razão Que a sustem só nesta rusga Não há lugar prós filhos da mãe Não me obriguem a vir para a rua...
C (2ªx Dsus2
G
Dsus2 C Tiriririri
G
G paraburibaie,
G C paraburibaie
(2x)
C
G)
Verdes são os campos Luís de Camões/ José Afonso Álbum: Traz outro amigo também Transcrição: Miguel Gouveia D A G
XX0232 X02220 355433
Original: Transpositor na 4ª posição D Verdes são os campos, De cor de limão A Assim são os olhos D Do meu coração. Campo, que te estendes Com verdura bela; Ovelhas, que nela Vosso pasto tendes G De ervas vos mantendes A7 Que traz o Verão, D E eu das lembranças A7 Do meu coração. Isso que comeis Não são ervas, não: São graças dos olhos Do meu coração. De ervas vos mantendes Que traz o Verão, E eu das lembranças Do meu coração
Viva o Poder Popular José Afonso Álbum: Enquanto há força Transcrição: Miguel Gouveia D A
XX0232 002220
D A Não há velório nem morto D Nem círios para queimar A Quando isto der prò torto D Não te ponhas a cavar Quando isto der prò torto Lembra-te cá do colega Não tenhas medo da morte Que daqui ninguém arreda Se a CAP é filha do facho E o facho é filho da mãe O MAP é filho do Portas Do Barreto e mais alguém Às aranhas anda o rico Transformado em democrata Às aranhas anda o pobre Sem saber quem o maltrata Às aranhas te vi hoje Soldado, na casamata Militares colonialistas Entram já na tua casa Vinho velho vinho novo Tudo a terra pode dar Dêm as pipas ao povo Só ele as sabe guardar Vem cá abaixo ó Aleixo Vem partir o fundo ao tacho Quanto mais lhe vejo o fundo Mais pluralista o acho Os barões da vida boa Vão de manobra em manobra Visitar as capelinhas Vender pomada da cobra A palavra socialismo Como está hoje mudada De colarinho a Texas Sempre muito aperaltada
Sempre muito aperaltada Fazendo o V da vitória Para enganar o proleta Hás-de vir comigo a glória O Willy Brandt é macaco O Giscard é macacão O capital parte o coco Só não ri a emigração De caciques e de bufos Mandei fazer um sacrário Para por no travesseiro Dum cura reaccionário Não sei quem seja de acordo Como vamos terminar Vinho velho vinho novo Viva o Poder Popular