O Sesimbrense - Edição 1199 - Junho 2015

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Fundador: Abel Gomes Pólvora

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Edição Online: www.osesimbrense.com.pt

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Diretor: Félix Rapaz

ANO LXXXIX • N.º 1199 de 27 de junho de 2015 • 1,00 € • Taxa Paga • Sesimbra - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. • DE00592015RL/CCMS)

Globo de Ouro para Tropa-Fandanga de Pedro Zegre Penim

Cercizimbra sem verbas para concluir projeto

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Construção do Centro de Atividades Ocupacionais e Lar Residencial, na Quinta do Conde, parada desde 2012. Conheça as intenções desta Cooperativa.

O ator e encenador sesimbrense fala sobre a atribuição deste prémio e revela em entrevista pormenores sobre a sua carreira profissional.

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Página 13

A partir de 3 de julho já é possível fazer as primeiras encomendas, junto da Associação dos Armadores da Pesca Artesanal e Local do Centro e Sul. Página 4 DR

Santos Populares A tradição (já não) é o que era!

Páginas 8 e 9


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Atualidade Contatos úteis

nAnulação de cartões SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços) 808 201 251; CGD 707 24 24 24 Santander Totta 707 21 24 24 Millennium BCP 707 50 24 24; BPI 21 720 77 00 Montepio Geral 808 20 26 26 Banif 808 200 200 BES 707 24 73 65 Crédito Agrícola 808 20 60 60 Banco Popular 808 20 16 16 Barclays 707 30 30 30

Farmácias de Serviço

Editorial

Félix Rapaz

nBombeiros V. de Sesimbra Piquete de Sesimbra: 21 228 84 50 Piquete da Quinta do Conde: 21 210 61 74 nGNR Sesimbra: 265 242 676 Alfarim: 265 242 670 Quinta do Conde: 21 210 07 18 nPolícia Marítima 21 228 07 78 nProtecção Civil (CMS) 21 228 05 21 nCentros de Saúde Sesimbra: 21 228 96 00 Santana: 21 268 92 80 Quinta do Conde: 265 242 674 nHospital São Bernardo 265 549 000 nComissão Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Sesimbra 21 268 73 45 nPiquete de Águas (CMS) 21 223 23 21 / 93 998 06 24 nEDP (avarias) 800 50 65 06 nSegurança Social (VIA) 808 266 266 nServiço de Finanças de Sesimbra 212 289 300 nNúmero Europeu de Emergência 112 (Grátis) nLinha Nacional de Emergência Social 144 (Grátis) nSaúde 24 808 24 24 24 nIntoxicações - INEM 808 250 143 nAssembleia Municipal 21 228 85 51 nCâmara Municipal de Sesimbra 21 228 85 00 (Geral) nJ.F. do Castelo 21 268 92 10 nJ.F. de Santiago 21 228 84 10 nJ.F. da Quinta do Conde 21 210 83 70 nCTT Sesimbra: 21 223 21 69 Santana: 21 268 45 74

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Farmácias de Serviço com o apoio de:

Farmácia da Cotovia Avenida João Paulo II, 52-C, Cotovia

212 681 685

Farmácia de Santana

Nasci numa rua com história nos Santos Populares; A rua “vestia-se a rigor”, havia bailes, marchas, fogueiras e caldeiradas. Em conversa com um habitante local revivemos, com emoção, as tradições e na ponta da língua recitámos quadras populares que impregnavam as ruas de poesia. Mas, naturalmente, o diálogo descambou para “o antigamente”, etc. e tal! Esta reação prende-se com o descontentamento das pessoas relativamente à classe política. A verdade é que alguns políticos comprometeram-se com os pessoais interesses, em detrimento do espírito da missão subjacente às suas funções. Conhecemos as falcatruas, os enriquecimentos súbitos que ferem de morte esta democracia apoucada. Infelizmente “o antigamente” legou-nos uma pesada herança: além de uma guerra colonial deixou uma sociedade arcaica onde a maioria da população não tinha saneamento básico, água corrente

ou eletricidade. Exceto os grandes centros urbanos não havia estradas em condições, uma rede escolar decente, nem hospitais ou centros de saúde e tínhamos mais de um milhão de analfabetos e de emigrantes… Se a herança misericordiosa que “o antigamente” nos deixou fosse tão boa nunca o país haveria passado por tantas dificuldades e os portugueses andariam a espanejar o paraíso com as suas asas. A nossa memória é demasiado curta e leva-nos com muita facilidade a cometer erros de avaliação, num breve espaço de tempo.

Se queremos progredir, não devemos repetir a história mas fazer uma história nova

Mahatma Gandhi

Estrada Nacional 378, Santana

212 688 370

Farmácia Leão Avenida da Liberdade, 13, Sesimbra

212 288 078

Farmácia Lopes

Rua Cândido dos Reis, 21, Sesimbra

212 233 028

Julho em agenda... Festival do Caracol | 2 a 5 de julho Quinta do Conde

Visita ao Farol do Cabo Espichel | 11 de julho| sábado | 10h00

Férias Jovens | 1 a 31 de julho Sesimbra

Saída de Mar para observação de Vida Marinha | 5 de julho | domingo |10h00 Escola de Mar

Jantar com harmonização e apresentação de vinhos | 3 de julho | sexta Restaurante A Padaria Apresentação do número 1 da DEVIR - Revista de Cultura Ibero-americana |4 de julho | sábado |15h30 Raio de Luz

Festa do Veleiro | 12 de julho | domingo | das 15h00 às 20h00 Escola de Escalada e aventura | 13 de julho | segunda | 09:30 Arrábida Lançamento oficial “Cabaz do Peixe” |17 de julho | sexta

IV Festa Amigos da Discoteca La Belle Époque | 18 de julho | sábado | 22h00 Gliese Bar Trekking 3 Praias 3 Grutas |19 de julho | domingo Sesimbra 6º Movimento Alto Astral |23, 24, 25 e 26 de julho |19:00 Mega Samba | 23, 24, 25 e 26 de julho Sesimbra Oficina de expressão plásticae enredos literários |27 a 31 de julho Fundação Galouste Gulbenkian


Atualidade

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

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Obras de requalificação do mercado Municipal de Sesimbra tiveram início no mês de junho

Mercado Municipal no Largo do Município Filipe Carvalho Os produtores e comerciantes que estavam localizados no piso térreo do mercado Municipal de Sesimbra estão desde o dia 10 de junho, a desempenhar a sua atividade, ao ar livre, no Largo do Município. Esta alteração de local deve-se às obras de requalificação do Mercado que se prevêm que estejam prontas até ao final do mês de Novembro.

No final dos trabalhados, todos os vendedores (hortofrutícolas, pão, queijo, charcutaria e peixaria) serão instalados no piso térreo, ficando a cave disponível para uma câmara frigorífica e uma sala de formação. Apesar da parceria estabelecida entre a Câmara Municipal de Sesimbra e o Agrupamento de Escuteiros 325 de Santiago- Sesimbra, na criação de uma estrutura que

pudesse proporcionar sombra durante o horário de venda do mercado (de terça a domingo, das 7h00 às 14h00), os comerciantes do mercado reivindicam o facto de lhes ter sido prometido um oleado e não uma tela, fato que por si só se traduz na falta de condições de trabalho, devido ao calor excessivo que se faz sentir nos dias mais quentes e à falta de proteção em dias de chuva.

Sesimbra é mais uma vez da cor do céu e do mar No ano em que se completam 29 anos de atribuição de Bandeiras Azuis, Sesimbra foi distinguida nas praias da Califórnia, Ouro, Moinho de Baixo e Lagoa de Albufeira-mar. No dia 1 de Junho, a Praia da Califórnia, em Sesimbra, foi a primeira a hastear o galardão, na categoria de praias costeiras. A cerimónia teve como espetadores centenas de alunos da Escola Básica de Sesimbra, que assistiam entusiasticamente à cerimónia no dia em que se assinalava, também, o dia da Criança. Três mergulhadores surgiram de dentro de água e entregaram o testemunho azul ao Presidente da Câmara Municipal e da ABAE. DR

O conjunto escultório, inaugurado no dia do pescador, transmite a identidade sesimbrense, como pano de fundo, o mar, a comunidade e as atividades piscatórias a ele associadas

Pedra Nova na rotunda do Marco do Grilo João Silva No passado dia 31 de Maio, dia do pescador em Sesimbra, foi inaugurado o conjunto escultórico, da autoria de Carlos Bajouca, na rotunda do Marco do Grilo. “A Pedra Nova” nome da barca, navegando no mar de pedra e rodeada por peixes tornou-se desta forma a nova embaixadora de Sesimbra relativamente aos turistas que nos visitam, além de dar as boas-vindas em vários idiomas, incluindo o mandarim e o russo. Este conjunto escultório procura transmitir a identidade sesimbrense, com o pano de fundo o mar, a comunidade e as actividades piscatórias a ele associadas. Augusto Pólvora sublinhou no seu discurso que “Esta peça representa não só a identidade sesimbrense, mas também a

simbiose entre a pesca e o turismo, duas actividades cada vez mais interligadas”. Esclareceu que esta barca “foi doada à autarquia pelo seu proprietário Sr. Fernando evitando deste modo o abate e o desmantelamento que temos vindo a assistir à frota sesimbrense.” A barca Pedra Nova, com a matricula SB 258 -C, foi construída nos estaleiros Manuel Ferreira logo a seguir ao 25 de Abril, recorda Fernando, o Arrais da barca. “O primeiro proprietário desta barca foi um homem de Sesimbra chamado Augusto Corneta. Quando faleceu os seus herdeiros venderam o barco pela quantia de 5000 contos” relembra Domingos Caiado, mais conhecido por Bita, que fez parte da tripulação durante 17 anos. “Naquela altura faziam também parte da

tripulação o Fernando Arrais, o Júlio no alador, Gervásio (no chumbo) e eu (na cortiça) nas redes à popa”, reforça. Foi ele que aconselhou a compra da embarcação, na altura operavam com uma barquinha “Carambola” na apanha do limo e mais tarde nas redes. Posteriormente venderam-na por 3500 contos e adquiriram a “Pedra Nova”. Fato curioso é o nome da barca, que surge devido à queda de uma pedra na ponta do Caneiro e à qual deram o nome de Pedra Nova. “Naquela altura, operavam com 4 caçadas, cada uma com 50 redes e com 30 braças (metro e meio) das 6 horas da manhã até às 16 horas a puxar redes. Iam de Sesimbra até à boca da Lagoa e ao Moinho de Baixo, quando “Ele” permitia; o tempo no Cabo Espichel”, recorda Bita, rindo-se.

Assalto ao hipermercado Continente provoca pânico Na noite de 16 de junho, um grupo armado assaltou uma das duas caixas multibanco do hipermercado Continente, na Venda Nova. Segundo testemunhas, os três suspeitos encapuzados, dispararam um tiro para o ar, arrombaram a máquina que se encontrava no interior do hipermercado, e levaram as gavetas com dinheiro, pondo-se em fuga num carro, onde os aguardava um quarto elemento. No momento do assalto ainda se encontravam alguns clientes e funcionários, embora as portas já se encontrassem encerradas. Apesar de não haver vitimas a registar, sabe-se que a polícia judiciária está a investigar o caso e que até ao momento os assaltantes ainda não foram encontrados.


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Pesca

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Opinião Calma Podre

Doca Marinha amplia instalações DR

Por: Carlos Alexandre Macedo

varamessaiola.blogspot.com

Este termo tão pexito, é normalmente usado para caracterizar situações de grande acalmia no mar. No entanto, pode também ser utilizada para caracterizar uma situação aparentemente calma, mas cínica e com uma omissa tensão latente. Creio ser um pouco isso que se passa na pesca nacional. A tutela desta pasta a nível governamental, entre promessas e habilidades políticas, tem navegado os destinos do sector nessa calma podre. Não sei se se pode falar de inteligência politica na gestão do sector, se da mais hábil utilização da falta de cooperativismo do sector. A verdade é que nem o peso social e cultural do sector tem condicionado a linha deste governo. O “ataque” começou na semântica. Todos os organismos que tutelam o sector viram a palavra “PESCA” ser banida. “Ministério da Agricultura e Pesca”, “Direcção Geral da Pesca e Aquicultura” são agora meras memórias que deram lugar ao “Ministério da Agricultura e do Mar”, “Direcção Geral dos Recursos Marítimos”, “ Direcção Geral da Política do Mar”. Poderia esta alteração ser uma questão de pormenor e de mera opção de nomenclatura e isso embora criticável seria um problema de somenos importância, mas não foi isso que se verificou. Por questões de coerência não se percebe porque não foi banida a palavra “AGRICULTURA” e substituída por “TERRA”. Um dos mais recentes exemplos desta perda de valor do sector em termos institucionais, é a forma como foi tratada a pesca num dos mais recentes documentos estratégicos aprovados pelo governo, a Lei n.º 17/2014 que Estabelece as Bases da Política de Ordenamento

e de Gestão do Espaço Marítimo Nacional. Se dúvidas existissem, esta Lei veio dar o enquadramento definitivo deste sector, aos olhos dos governantes actuais. A pesca não é mais do que um mero empecilho às novas e “modernas” novas utilizações do mar. À luz daquele regulamento a pesca sai sempre a perder. Sendo verdade que ninguém é dono do mar, a pesca não terá qualquer direito histórico pela utilização do Mar, nem os impactos sociais, económicos ou culturais nas suas empresas serão levados em conta no loteamento do mar previsto e perseguido com esse documento. Um sintoma dessa desvalorização é aquilo que se está a passar já na costa nacional portuguesa nas acções de prospecção de petróleo (aquisição sísmica por um consorcio dirigido pela REPSOL). A dois dias do início dos trabalhos, foram convocados os representantes dos pescadores e armadores para lhes ser dado conhecimento do que iria ser feito, e do consequente impedimento de continuar a desenvolver a sua actividade de pesca. Este é um processo que demorará mais de três meses, em três zonas diferentes mas contíguas. Ninguém está contra o progresso e o estudo, agora a forma desrespeitosa como os pescadores foram escorraçados da zona onde exerciam actividade é no mínimo sintomática de uma política mais abrangente. No caso das embarcações de Sesimbra, existem três embarcações que vão ser afectadas, sendo que num dos casos pode levar ao impedimento de exercer actividade naquela zona durante mais de dois meses. Não haverá lugar a indemnizações, nem a qualquer tipo de apoio. Nem palmadinha nas costas houve. Apenas um forte e potente pontapé naqueles que há mais de 10 anos retiram daquela zona o ganha-pão dos seus trabalhadores. Estes exemplos, a situação da sardinha e outras que tem estado a ser geridas habilmente de forma errada, colocam o sector comprimido dentro de

um barril de pólvora. Com tanto calor que tem feito nos últimos tempos, temo que num destes dias isto possa rebentar. Correcção à crónica de José Manuel Vieira na Edição Especial d’ “O Sesimbrense” de 28 de Maio. Foi com particular estranheza que verifiquei que na última edição d’ “O Sesimbrense” foi publicado um texto com um conjunto de incorrecções sobre a pesca do peixe-espada preto. Creio que a proximidade que a ArtesanalPesca tem tido com o jornal e a forma aberta como sempre nos relacionamos merecia outro tipo de cuidado, conforme já relatamos pessoalmente ao seu Director. Não é verdade que a ArtesanalPesca tenha 90 funcionários, tem pouco mais de 60. Não é verdade que o peixe espada-preto tenha mais valor por ser raspado, nem que passe a branco depois de limpo. Infelizmente, o peixe-espada preto não foi a salvação económica de Sesimbra. A afirmação ”O pequeno número de barcos que se dedicam ao peixe-espada preto passou a pescar intensamente” não faz sentido. Não existe qualquer relação entre a semana gastronómica dedicada à espécie uma potencial certificação da espécie ou da pescaria. Não faz sentido falar-se em modernas formas de pesca do peixe-espada preto, porque a mais moderna e recente forma de pescar peixeespada preto é usando uma rede de arrasto (felizmente o arrasto de profundidade é proibido em Portugal), que é muito mais lesiva para o ecossistema. Apelar à pesca moderada do peixe adulto revela desconhecimento sobre a forma como é praticada esta actividade, pois o palangre (aparelho de anzóis) é uma das artes de pesca mais selectivas e a pesca de profundidade uma das mais regulamentadas e controladas a nível nacional e comunitário, com regulamentos específicos mais restritos que as restantes.

Este texto não obedece ao novo acordo ortográfico por opção do autor

Foi aprovada por unanimidade, no passado dia 4 julho, em Sessão ordinária da Assembleia Municipal de Sesimbra, a ampliação do estabelecimento da Doca Marinha, Lda. localizada no Zambujal. Objetivo desta ampliação é o aumento da capacidade de produção da empresa de

pesca, que prevê aumentar igualmente o número de funcionários. Segundo Carlos Veríssimo, gerente da Doca Marinha, este projeto terá um investimento próprio na ordem dos 500 mil euros, prevendo-se que esteja concluído até ao final do corrente ano.

Cabaz do Peixe com lançamento oficial marcado para dia 17 de julho nas instalações da AAPCS - Associação dos Armadores da Pesca Artesanal e Local do Centro e Sul

Pescadores de Sesimbra já não se dedicam só à pesca Os pescadores de Sesimbra já não se dedicam só à pesca e vão também começar a vender aos consumidores o peixe que apanham diariamente. A partir de 3 de Julho já é possível fazer as primeiras encomendas, as quais serão entregues no dia 10 de Julho. O lançamento oficial está previsto para o dia 17 de julho, pelas 14h00, nas instalações da AAPCS. Com o Cabaz do Peixe, os pescadores receberão um preço mais justo pelo seu peixe. Esta é uma forma de comercialização do peixe em que os pescadores vendem o peixe na lota à Associação que os representa, a qual depois o organiza em cabazes que vende ao cliente, o consumidor final. Cada cabaz é composto por uma quantidade fixa de peixe, em que a variedade de peixe muda consoante a faina do dia e as preferências dos clientes. O cabaz é composto pela combinação de 20 espécies diferentes, indicadas no site, e os clientes têm a liberdade de escolher até 3 espécies de peixe que não querem receber. O Cabaz do Peixe promove uma pesca mais sustentável pois os pescadores envolvidos pescam de forma artesanal, e tem também uma pegada ecológica mais reduzida do que

outras formas de comercialização. O peixe é pescado na zona de Sesimbra para as pessoas da região e entregue num único local onde os clientes também já vão regularmente buscar o cabaz de produtos hortícolas. O Cabaz do Peixe é uma iniciativa da AAPCS, a qual representa os pescadores da pequena pesca em Sesimbra, incluindo pescadores ligados ao Parque Marinho Luiz Saldanha. O Cabaz do Peixe recebeu apoio financeiro do PROMAR, e contou com o apoio da Câmara Municipal de Sesimbra, da Docapesca, e da Liga para a Proteção da Natureza. Para mais informações poderá contactar telefonicamente (212 280 586) a AAPCS ou visitar o site www.cabazdopeixe.pt


Associativismo

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Falta de verbas para concluir projeto de Centro de Atividades Ocupacionais e Lar Residencial, na Quinta do Conde

Rotary Club de Sesimbra organiza, em mês de transferência de tarefas, jantar solidário a favor do Externato Santa Joana

Cercizimbra pretende mobilizar sociedade civil Maria Santos e João Silva O projeto da construção do CAO (Centro de Atividades Ocupacionais) e do lar residencial, localizado na Quinta do Conde está parado desde 2012, e para avançar com o projeto é necessário mobilizar as comunidades de Sesimbra e zonas limítrofes para que este equipamento social possa ser uma realidade. O Pólo da Quinta do Conde (PQC) é um equipamento social, destinado ao atendimento de jovens e adultos com deficiência intelectual e/ou com multi-deficiência e ao apoio às suas famílias. O PQC vem preencher a inexistência de um serviço de proximidade para apoiar a transição destes jovens para os quadros de ocupação na vida adulta. Em finais de 2008 o projeto chegou a ter aprovação de financiamento pelo programa

POPH. No entanto, logo no início de 2009, a direção da Cercizimbra desistiu dessa via de concretização deste equipamento, principalmente devido à regulamentação do POPH que exigia maior financiamento próprio por parte das organizações. A Cercizimbra não tinha condições de assumir um empréstimo de 600.000€ num quadro de retração económica, e nessa altura enveredou pela autoconstrução. A obra teve início em De-

Precisamos da mobilização de todos para a conclusão deste equipamento social Jorge Rato Presidente da Cercizimbra

zembro de 2010, com trezentos mil euros para investir, vinda de vários donativos, com relevo para dois no montante de cinquenta mil euros, da doação de 90% do ferro necessário à estrutura do edifício e ainda de um subsídio da CMS. Hoje, para a conclusão da obra estima-se que seja necessário cerca de 1.000.000 €. Sem a conclusão deste projeto, prevê-se a curto prazo um grande problema social, pois existem atualmente 40 utentes em lista de espera. Para Jorge Rato, a missão da Cercizimbra é apoiar estas famílias, sendo um fator de decência e de dignidade da comunidade Sesimbrense. Para quem quiser colaborar com a Cercizimbra na conclusão desta obra, poderá entrar em contato com a instituição e conhecer todas as iniciativas previstas para a angariação de fundos.

Associação Cultural e Desportiva da Cotovia comemora Bodas de Prata

Clássica Espichel- Cotovia marca o arranque das comemorações A Associação Cultural e Desportiva da Cotovia celebrou no passado dia 10 de junho o seu 25º aniversário. No programa das comemorações destaque para a reedição da Prova de Atletismo Cabo Espichel-Cotovia, para a exposição de Elisabete Raimundo, intitulada Detalhes II e para a inauguração da requalificação do espaço dos balneários e vestiários.

Na sessão solene compareceram perto de uma centena de associados que homenagearam os sócios fundadores, o falecido vice-presidente Fernando Esteves e as atletas campeãs regionais de atletismo da época 2014/2015. No final do dia, ainda houve tempo para uma pequena demonstração das modalidades e atividades existentes na associação.

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Fernando Almeida e Augusto Pólvora na sessão solene

Empresas e instituições unidas na divulgação de projetos e investimentos para a juventude

25º Aniversário da Feira Festa da Quinta do Conde Maria Santos A Câmara Municipal de Sesimbra, a Junta de Freguesia e a Comissão Organizadora, promoveram entre os dias 5 e 14 de Junho a 25ª edição da Feira Festa da Quinta do Conde. No festival estiveram presentes dezenas de expositores ligados ao movimento associativo, várias empresas e instituições marcaram também presença nas principais mos-

tras de atividades económicas da região. O Festival deste ano foi dedicado aos investimentos e projetos para a juventude da Freguesia da Quinta do Conde, como a renovação do parque educativo, a loja Spot jovem, o centro de inovação e participação associativa e iniciativas desenvolvidas no Anfiteatro da Boa Água. A Feira Festa é considerada a festa mais importante do concelho, segundo o presidente da Comissão Organizadora,

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sendo importante referir que os membros sociais que integram a comissão organizadora têm todo o orgulho em fazer parte do grupo de cidadãos que trabalham de forma voluntária, estruturando atividades de interesse para a comunidade. A celebração do 25º aniversário foi marcada com uma sessão solene, onde foram distribuídas lembranças aos sócios fundadores, e com a inauguração de um monumento dedicado ao movimento associativo da Quinta do Conde.

Marcelo Rebelo de Sousa em Sesimbra DR

Na mesa de honra Fernanda Chaves, Marcelo Rebelo de Sousa, Argentina Marques, Augusto Pólvora e Jaime Puna João Silva No passado dia 19 de junho de 2015 realizou-se no hotel do Mar, a conferência/jantar de recolha de fundos parciais para o Externato Santa Joana, numa organização do Rotary Club de Sesimbra e de Palmela. A iniciativa contou com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, que no seu discurso abordou vários pontos de reflexão relacionados com a saúde, a educação, a sociedade, com o Rotary e também com acontecimentos marcantes ao longo da sua vida, relacionados com Sesimbra. Relembrou a sua juventude e o acampamento que realizou, enquanto escotista, no castelo, e da sua estadia no Hotel do Mar, durante a revisão da sua tese de mestrado. A Sesimbra relacionou também David Sequerra “quando ouvia os seus programas radiofónicos e mais tarde televisivos. Enquanto diretor do jornal Expresso, convidei-o a fazer parte da equipa editorial, reunindo-nos semanalmente para discutir os temas da edição seguinte”. Para o comentador da TVI, um dos desafios da comunidade rotary, é não afrouxar o serviço prestado às comunidades,

referindo o caso do Externato Santa Joana, em que um grupo de trabalhadoras chamou a si a responsabilidade da gestão. Após o seu discurso, os participantes no jantar/conferência aproveitaram para colocar algumas questões sobre atualidade do país e da Europa. Esperado também, foi o discurso da presidente do Externato Santa Joana, Fernanda Chaves, que agradeceu a organização e a recolha de fundos no jantar pelos rotários de Sesimbra/Palmela. Relembrou emotiva, que um dos objetivos propostos pela atual direção é preservar a escola e os seus valores. O presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto Pólvora, recordou o desafio proposto à equipa de trabalhadoras do Externato Santa Joana, para tomarem os destinos da instituição e confirmou o importante papel da comunidade sesimbrense em torno das causas sociais. “Independente do valor ou dos montantes que isso possa significar o gesto em si é o mais relevante e o mais significativo. É importante também reconhecer o papel da nossa população e da sociedade civil por ter demonstrado esta capacidade de solidariedade e de apoio a uma escola, e senti-la como sua” reforçou.

Novo presidente no Rotary Club de Sesimbra

Entra Carlos Vidinha... Sai Argentina Marques É já no próximo dia 4 de julho que se realizará a cerimónia de transferência de tarefas para o novo presidente do Rotary Club de Sesimbra. Carlos Vidinha, que já em 2006/2007 havia sido presidente, toma posse sob o lema Seja um Presente para o Mundo, com muitos objetivos e expetativas “Pretendemos continuar dentro da linha de gestão da anterior presidente. Este último ano foi um ano complicado e o

próximo também se afigura difícil seguramente, vamos tentar fazer algumas iniciativas de caráter social sempre dentro do espírito rotário”, tal como referiu. Para a presidente cessante, Argentina Marques, o ano Faça o Rotary Brilhar foi bastante intenso e com muita divulgação para o exterior. Na sua opinião, a aproximação e adaptação aos jovens foi o fator preponderante para o sucesso das iniciativas.


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Locais

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Virgílio Nogueira Gomes, investigador em História da Alimentação divulga cozinha sesimbrense

Snack OndaBar com o 3º melhor arroz de Portugal

Medalha de bronze é ouro para Sesimbra DR

Mariana Rodrigues O Snack OndaBar, situado em Sesimbra, conquistou o estômago dos júris no concurso O Melhor Arroz de Portugal 2015, com o seu Arroz à Pescador com Marisco, ocupando o 3º lugar no pódio a nível nacional. Com o historial de vencedor do distrito de Setúbal e conseguindo o 2º lugar na semifinal da Zona Sul, a medalha de bronze foi atribuida após muita dedicação da equipa formada por Manuela

Rodrigo Galo e Manuela David no momento da atribuição do prémio

David e Rodrigo Galo. O primeiro lugar foi atribuído ao Restaurante Castas e Pratos, do distrito de Vila Real, que concorreu com um Risotto de Carabineiros e Horta do Chefe. Já o 2º lugar foi para o Restaurante Convés, nos Açores, que apresentou um Risotto de Cracas com Espuma do Mar. Para os proprietários do OndaBar, Virgílio e Manuela David, o Arroz à Pescador com Marisco é procurado especialmente por grupos que visitam o espaço. “Após o concurso, a adesão ao nosso estabelecimento tem sido uma loucura”, concluem satisfeitos com a sensação de dever cumprido.

Prazeres da mesa O conceituado investigador em História da Alimentação, e professor de Gastronomia e Cultura e da História da Alimentação, Virgílio Nogueira Gomes, publicou recentemente na sua página oficial, duas crónicas relacionadas com Sesimbra, tendo como elo comum a Farinha Torrada. A semana do peixe-espada preto foi o mote para visitar o concelho, e apreciar o que de melhor se faz por cá. A paragem para o almoço foi

no Restaurante A Padaria, do qual saiu bastante surpreendido. No final, como é seu hábito, apresentou aos seus leitores, a refeição que consumiu, reafirmando que quando o faz é sinal de que efetivamente valeu a pena, aliás “Não abundam adjetivos, acreditem que se apresento alguns pratos é uma forma de vos desafiar a experimentar. Neste caso encontra-se uma cozinha nova baseada nas melhores tradições locais” tal como comentou.

Opinião De igual modo

Da rotunda “Naval” aos maus estacionamentos Por: David Sequerra MIGUEL SEQUERRA

No muito estranho e controverso limite do Concelho de Sesimbra, entre o términus de Fernão Ferro e a viragem para a Quinta do Conde ou para o Meco ou Alfarim, existe uma ampla e bem sinalizada rotunda que surge agora embelezada, em projeto elogiável, através da colocação da “Pedra Nova”, uma antiga traineira de bons velhos tempos, colorida e enquadrada em minimonumentos de peixes, certamente de Sesimbra, de agradável visibilidade. Valendo como uma espécie de convite figurativo de visita à “Piscosa camoniana”, a renovada rotunda constitui o reflexo de uma feliz ideia, digno de felicitações. A rotunda “naval”, dominada pela “Pedra Nova” é bem uma melhoria municipal. Os nossos parabéns! De igual modo mas de apreciação adversa referimos a falta de atenção e de cuidado no estacionamento de automóveis em plena Sesimbra. A tolerância que testemunhamos quanto à acção da GNR traduz-se em desagradável registo. Em concreto citamos dois casos de indevido posicionamento, reduzindo a necessária visibilidade na condução de outros veículos que correm riscos. No largo António Baptista, em frente do antigo “Ribamar”, à esquina para a Rua Cândido dos Reis, de intenso trânsito, há quem estacione à “má fila” prejudicando quem circula vindo do Largo do “Grémio”, sem a visão necessária quanto a quem desce a “Cândido dos Reis”. À especial atenção da GNR. Também a caminho da doca, nas proximidades do “Frango à Guia”, no assinalado entroncamento de quem vem do lado da Vila, assinalamos estacionamento abusivo, de um ou dois carros, que reduzem perigosamente a visibilidade a quem ruma aos domínios da doca. Quem vem de Sesimbra não vê convenientemente quem circula da ArtesanalPesca ou do “Lobo do Mar.” E este mau estacionamento é tanto mais censurável porque a escassos metros desse local há um “parque de estacionamento”, de razoável dimensão. Enfim: Dos elogios à Rotunda da bem recuperada traineira aos senões de perigosos estacionamentos cabe o contraste habitual desta rubríca.


Cultura

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Mega concerto em Setúbal com a participação de grupos e músicos sesimbrenses

Sant'Iago Olodum e amigos DR

Atuação do Agrupamento de Escolas Ordem de Sant’iago António Brazinha No passado dia 21 de junho, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, realizouse um espetáculo com o tema “SANT’IAGO OLODUM E AMIGOS” que contou com a participação de músicos e grupos de Sesimbra. Depois do discurso de abertura proferido pelo diretor do Agrupamento de Escolas Ordem de Sant’iago, professor Pedro Florêncio, e da intervenção da apresentadora Natália Laureano, perante um Fórum praticamente esgotado, o público presente teve o privilégio de assistir a um evento de qualidade que iniciou com uma peça de piano da autoria do nosso conterrâneo André Formiga e que foi executada pelo próprio. Na grande variedade dos momentos musicais que nos foram oferecidos, constou: música tradicional da Galiza, executada a gaitade-foles por Humberto Pimenta e acompanhada com instrumentos de percussão pelo Grupo Sant’iago Olodum; um quarteto formado por guitarra portuguesa, cavaquinho brasileiro, acordeão e viola dedilhada que acompanhou uma canção da autoria de António Carlos Brazinha, outro conhecido sesimbrense; uma peça de Astor Piazzolla,

executada em acordeão por Pedro Inácio, professor do referido agrupamento; a Tuna da Universidade Sénior do Montijo, dirigida por Carlos Barreto Xavier, com música popular portuguesa e a Banda da Casa do Povo de Cabrela, sob a direção do maestro Inácio Alfaiate que tocou diversos temas e encerrou a primeira parte. Depois de um pequeno intervalo, o Grupo Sant’iago Olodum deu início à segunda parte, executando uma batucada aplaudida entusiasticamente pelo público que, de seguida, foi surpreendido pela entrada pela plateia da Escola de Samba Saltaricos do Castelo, com os seus percussionistas e suas passistas, que se dirigiram ao palco e atuaram sob a direção de Reinaldo Silva. Seguidamente pudemos ver e ouvir o já nosso bem conhecido grupo de palco Axé-Maré da Tripa Associação, abrilhantando o espetáculo com dois temas de Apolónio Alves. Já o espetáculo ia longo quando fomos deliciados pelo afinadíssimo Coral Infantil de Setúbal, dirigido pelo maestro Nuno Batalha, que cantou uma canção africana, aos quais depois se juntaram: o Grupo Rinka Finka, da Associação Cabo-verdiana de Setúbal, e o grupo Sant’iago Olodum para interpretarem e fazerem uma junção da música tradicional

da Beira Baixa com a de Cabo Verde. O espetáculo culminou com uma canção de António Brazinha, dedicada aos antigos escravos de São Salvador da Baía, intitulada “O Outro Lado do Mar”, executada pelos grupos atrás referidos e pelo Axé-Maré da Tripa Associação. No final foram feitos agradecimentos à direção do Fórum, à Câmara Municipal de Setúbal, aos patrocinadores e a todos os participantes. Chamados ao palco os músicos e os representantes de todos grupos, houve entrega de flores. Por fim, dois elementos do Sant’iago Olodum, Cláudia Afonso e Inês Escumalha, como representantes dos alunos que compõem o grupo, fizeram um pequeno discurso comovido, oferecendo um ramo de flores aos professores António Brazinha e Rosa Nunes, enaltecendo o contributo dos mesmos, como responsáveis pela produção e realização do espetáculo. Depois da repetição do último tema, que encerrou por completo as atuações, há que destacar o modo entusiástico e caloroso, e o sorriso de satisfação espelhado no rosto, de todo o público, de pé, a aplaudir o espetáculo. Dentro do género, um espetáculo pioneiro, bem preparado, com um staff composto pelos encarregados de educação dos alunos do grupo Olodum e do curso de eventos da Escola Básica e Secundária Ordem de Sant’iago. Parabéns à organização, ao Sant’iago Olodum, ao Agrupamento e a todos os grupos e músicos que nos proporcionaram uma noite inesquecível. Ao Sesimbrense, os organizadores quiseram ainda salientar a colaboração musical do guitarrista Agostinho Soares e do pianista Paulo Casalão.

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António Reis Marques e as Coisas de Sesimbra “Coisas de Sesimbra” é o título do último livro de António Reis Marques, lançado no passado dia 6 de junho, no Auditório Conde Ferreira. Várias foram as dezenas de amigos e conhecidos que não quiseram deixar de estar presentes na sessão que contou com a intervenção do próprio António Reis Marques, de Augusto Pólvora, Odete Graça e Pedro Martins. Estas “coisas” de Sesimbra resultaram da compilação de textos publicados nas

revistas Sesimbra Cultural e Sesimbra Cultura, e nas agendas Sesimbra Eventos e Sesimbr’Acontece. Segundo Pedro Martins, assentam na tradição e na modernidade, impulsionadas pelo progresso mas sempre sem esquecer a origem. O escritor, que aprendeu as suas primeiras palavras na Sociedade de Recreio Sesimbrense, é reconhecido pela paixão e pelo conhecimento que demonstra nos assuntos relacionados com Sesimbra.

Noventa e Tal Contos de António Cagica Rapaz Quinze anos após o seu lançamento, impulsionado pela Junta de Freguesia de Santiago, os Noventa e Tal Contos de António Cagica Rapaz, tiveram no passado dia 13 de junho, uma reedição, desta vez pelas mãos da Câmara Municipal de Sesimbra. A nova edição do livro

de António Cagica Rapaz, que iniciou a publicação de textos literários no nosso jornal em 1963, foi enriquecida com um In memoriam ao autor escrito por António Telmo nos derradeiros meses de vida do filósofo, com posfácio de Pedro Martins, que, com João Augusto Aldeia, apresentou a obra.

Sesimbra pela lente de Artur Pastor Mariana Rodrigues A Biblioteca Municipal de Sesimbra exibiu durante os meses de maio e junho uma exposição de fotografia dedicada ao trabalho de Artur Pastor. Esta apresentava um conjunto de 14 fotografias de atividades piscatórias em Sesimbra, na década de 40. Ao documentar a Vila de Sesimbra, Artur Pastor mostra-nos a dureza da actividade

piscatória, o quanto esta dependia do esforço humano e a relação da Vila com o mar. Segundo o seu filho, Artur Pastor, a fotografia do pai é retratada “de forma tão exaustiva” fundamentando que «fotografava sempre com muito rigor, preocupando-se com questões de enquandramento e luz». Artur Pastor dedicou seis décadas da sua vida à arte de fotografar, entre 1950 e 1983, falecendo em Lisboa em 1999.


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Cultura

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Festas dos San

As comemorações de outros tempos Jovita Lopes

As comemorações dos Santos Populares em Sesimbra trazem a festa religiosa para as ruas e tal como a tradição manda, a

cor, o brilho, a alegria e o convívio surgem ao ritmo do coração do povo sesimbrense. Com maior ou menor entusiamo, as longas e amenas noites de meados

do mês de junho trazem consigo o Santo António no dia 13, o S. João no dia 24, o S. Pedro no dia 29 e em especificamente para os sesimbrenses o S. Marçal no dia 30, que através

Marchas Populares DR

Estribilho da primeira Marcha de Sesimbra Lá vai Sesimbra Com seu arquinho e balão Ela é a mais antiga E fiel à tradição Todo o povo A acompanha em festa E todos dirão contentes: Não há marcha como esta Organização da marcha: Julião Benedito Pinto

Em 1932, em Lisboa, além das cerimónias litúrgicas, a imagem dos festejos dos Santos Populares renova-se na sua generalidade. Nesse ano são incluídas as Marchas Populares, com desfiles coletivos dos moradores de cada bairro, através de uma ideia surgida por Leitão de Barros, publicada a 5 de junho desse ano, no jornal Notícias Ilustrado, da qual era diretor. Em Sesimbra o conceito surgiu mais tarde, pela sugestão de Joaquim Rumina. A ideia foi bem acolhida pela Câmara Municipal de Sesimbra, que nesse ano convidou todas as coletividades a

participarem num concurso de marchas. Apesar da recetividade da iniciativa não ter tido o impacto que se esperava, junto das coletividades, a primeira e única marcha de Sesimbra, saiu à rua, na noite de S. João, pela persistência de um grupo de sesimbrenses, apoiados pela Sociedade Musical. Nesse ano de 1936, os marchantes selecionados de entre os muitos candidatos dirigiam-se à musical para preparar as suas ornamentações e ensaiar a apresentação que seria realizada junto ao Mercado Municipal, na noite de 23 para 24 de junho.

Caldeiradas à pescador DR

DR

Letra: Augusto Carvalho Louro Música: Carlos Capítulo Afonso Devido ao contexto do mundo e do país, muito devido às guerras que ocorreram entretanto, por inerência das dificuldades económicas e sociais as Marchas Populares em Sesimbra tiveram os seus altos e baixos, sofrendo muitas vezes reflexos dos tempos de pouca fartura ao longo das décadas. Apesar dessas e de outras dificuldades, o espírito popu-

As comemorações dos Santos Populares traziam aos moradores, de cada rua enfeitada, um elevado espirito de coo-peração. Exemplo disso as longas mesas que se colocavam ao centro da rua, onde eram preparadas as caldeiradas. Normalmente as celhas dos pescadores serviam de cavaletes às mesas. Esta confraternização prolongava-se ao longo dos festejos, onde cada morador trazia para a rua “a sua própria casa”, ao ponto de serem feitas algumas “sestas” logo após o repasto do almoço. Na noite de S. Pedro e de S. Marçal as caldeiradas ganhavam outro sabor. Em tempos, a presença de Maria de Lurdes Modesto, fez-se notar em Sesimbra, como júri nas provas de concurso de caldeiradas.

da imaginação do povo, chega em último por ser “coxinho”. Entre neste arraial popular e reviva as tradições destes e de outros tempos…

lar e bairrista do povo sesimbrense, faz com que ano após ano a tradição não se perca. Nas décadas de 50 a 80, não se conhece grande expressão, das marchas, nos festejos dos Santos Populares. No entanto o povo envolto neste sentimento mítico sai à rua, sem grande preparação, percorrendo as artérias mais antigas da vila entoando cânticos populares, ao mesmo tempo que ergue ramos de palmeira e outros artefatos em substituição dos glamorosos arcos de outros tempos. Na noite de S. Marçal, que marca o fim dos festejos dos Santos Populares, os moradores das ruas ornamentadas retiravam alguns enfeites dos postes cobertos de alecrim e adornavam-se, formando um género de marcha popular percorrendo as ruas da vila. Por vezes os encontros ocorridos entre os moradores das ruas, durante estes desfiles populares, não eram pacíficos, gerando algum entusiasmo e exaltação, muito devido ao prémio atribuído à rua melhor ornamentada. Nessa altura estas marchas improvisadas tinham como ponto de passagem “obrigatório” o Largo da Marinha.

Ruas enfeitadas, f O trabalho realizado em equipa caracterizava a relação de amizade e companheirismo existente no rosto dos moradores das ruas enfeitadas. Os mastros envoltos em alecrim, as bonecas de cartão, as bandeirinhas, os tronos engalanados dos santos e mais tarde o pormenor das flores trabalhadas pelas mãos femininas e as quadras soltas que fechavam o tema que cada ano dava nome às ruas, são exemplos de trabalhos admiráveis que se figuravam em pormenores de obra de arte que constituíam a identidade do povo sesimbrense. Em 1951, numa tentativa de “reacender a chama” dos San-

tos Populares, o então Presidente da Câmara, Eng.º José Braz Roquette, divulgou junto dos moradores das ruas mais antigas da vila, um concurso de ornamentação, com a atribuição de um troféu, atribuído à rua que na noite de São João se apresentasse ornamentada a rigor e de harmonia com os costumes tradicionais. Este modo de estimular a autenticidade das ornamentações e a espontaneidade dos participantes prolongou-se por vários anos. Durante os dias celebração, numa herança do culto do fogo celebrado nas festas pagãs do solstício de verão, eram preparadas fogueiras. À


Cultura

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ntos Populares

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DR

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Festejos 2015 Ruas Ornamentadas DR

Rodrigues Soromenho Rua Professor Dr. Fernandes Marques (entrada da sede) Tema: Os Santos Populares Por: Grupo Recreativo Escola de Samba Trepa no Coqueiro Pátio da Santa Casa Tema: A Família Por: Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra

DR

Rua Capitão Leitão Tema: Baterataria na Galé Por: Associação Recreativa Bigodes de Rato Rua dos Pescadores Tema: Homenagem ao Fado Por: Moradores Adro da Igreja Matriz de Santiago Tema: O Jardim dos Santos Por: Paróquia de Santiago Largo José António

Pereira Tema: A Vila Zimbra é Primavera Por: Grupo Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Zimbra Largo do Município Tema: O Mercado Por: CNE – Agrupamento 325 de Sesimbra Rua da Caridade Tema: Sesimbra é Peixe Por: Agrupamento de Escolas Navegador

Associação Cultural e Desportiva da Cotovia Tema: Arraial Cotoviano Por: Associação Cultural e Desportiva da Cotovia Rua do Pinheiro, Maçã (sede) Tema: O Bota vai aos Santos Por:Grupo Recreativo Escola de Samba Bota no Rego Largo da Junta de Freguesia da Quinta do Conde

Marchas Populares

fogueiras e balões sua volta eram realizadas danças de roda e cantigas ao desafio que exaltavam as gentes sesimbrenses, em jeito de cantigas de escárnio e mal dizer. Na fogueira podiam-se encontrar batatas, rasgos de polvo, mas também a esperança de que dela viesse o nome do rapaz ou rapariga com quem viriam a casar. Após a sua queima, a alcachofra, símbolo de fecundidade, era colocada ao relento durante a noite, para que pela manhã, se pudesse averiguar se reverdecia, pois caso tal sucedesse confirmaria os anseios amorosos. Em tempos mais recentes atribuía-se à alcachofra dons divinatórios relativamente ao

casamento. Assim, depois de ser queimada pelos namorados nas fogueiras de S. João, era posta ao relento durante a noite, para verem se reverdecia pela manhã. Se tal sucedesse era sinal de confirmação dos votos ou juras de amor, intimamente formulados. Se assim acontecesse, era sinal certo da existência de um amor enraizado no coração, que levaria ao matrimónio na data pedida intimamente ao santo. Na noite 24 de junho, noite de S. João, eram lançados balões de ar quente, feitos de canas e papel de seda, a partir do Largo da Fortaleza.

Marcha da União Desportiva e Recreativa da Quinta do Conde Tema: O Riso de uma Criança é Graça Feita Pureza Autor da letra: Francisco Nunes Autor da música: Diamantino Laja Marcha do Grupo Desportivo e Cultural do Conde 2 Tema: Quinta do Conde em Festa Autor da letra: Ana Maria Chaves Autor da música: Grupo Musical Ecos Marcha do Agrupamento de Escolas Navegador Rodrigues Soromenho Tema: Sesimbra a Navegar Autor da letra: Carlos Zacarias Autor da música: Duarte Zacarias Marcha do Centro Comunitário da Quinta do Conde

Tema: O Bem Fazer, está no Nosso Querer Autor da letra: Francisco Guerreiro Nunes Autor da música: Grupo Convergência Marcha da Catequese da Paróquia de Santiago Sesimbra Tema : Amar a Deus e ao Próximo Autor da música e letra: Pedro Miguel dos Santos Valada

Tema: Marchas de Palmo e Meio Autor da letra e música: Crianças que frequentam o clube de música e dança do ATL da EB n.º 3 da Quinta do Conde

Marcha do Encontra a Esperança Tema: 40 anos de Diocese Autor da letra: vários Autor da música: Artur Jordão Marcha da Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB3 da Quinta do Conde DR


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Política

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Opinião Pelo aprofundamento da democracia Por: José Manuel Vieira A situação política, económica, social, relacional de Portugal saída do 25 de Abril de 1974, passados que são 41 anos, é quase irreconhecível. Num quadro de anomia geral da sociedade, somos forçados a fazer uma profunda reflexão sobre a estrutura, o funcionamento e o sistema constitucional vigente. Com a constituição de 1976 e sucessivas revisões efetuadas (com o objetivo de uma adaptação à vida política e social do país) poderíamos considerar que no âmbito do sistema eleitoral para a Assembleia da República, as Presidenciais e as Autarquias, que as estruturas da democracia estavam lançadas e consolidadas. Porém, a jovem democracia portuguesa, particularmente com o eclodir da crise de 2008, tem revelado diferentes debilidades e várias deficiências que o próprio sistema não tem sabido debelar. Muitos cidadãos já se deram conta que a democracia, tal como ela decorre nos dias de hoje, encontrase enfraquecida, muito vulnerável, enferma, podre, não correspondendo às legítimas aspirações do povo português. Porquanto, o sistema, as instituições, os eleitos, o poder, não só não resolveram as gravosas situações pelas quais passa a população, como agravaram consideravelmente as desigualdades sociais, salvaguardando os interesses da elite económica, política e partidária. Verifica-se, por um lado, uma apatia generalizada do povo pelas causas públicas e de interesses do coletivo, por outro, os partidos enquistaram-se, afastaramse da relação entre eleitos e eleitores, os governantes fecharam-se a tal ponto que houve um afastamento considerável entre aqueles que nos governam e as reais aspirações da maioria da população. A indignação aumentou consideravelmente à escala do país e não só junto dos jovens, mas a nível da população em geral. É chegado o momento dos cidadãos tomarem consciência, acordarem, reagirem ao caos instalado no tecido social. É chegado o momento de ir mais além, de agir, ou seja, de cada um contribuir para o aprofundamento desta mesma democracia, mudar este estado de coisas, onde os cidadãos possam participar na causa pública, na comunidade onde se encontram incorporados.

Assim, para que tal aconteça, os cidadãos têm de forçar a alteração da lei eleitoral, o método instalado, para que permita a que grupos da população integrados em movimentos cívicos possam candidatar-se em listas autónomas e independentes de partidos. Estes são essenciais na vida democrática mas não podem nem devem ser exclusivos. O poder tem de ser partilhado, inovado, para que não se caia em sistemas ditatoriais e/ou de democracias musculadas. Nestas perspetivas, as motivações, os interesses de participação dos cidadãos poderão aumentar, pois tal como as coisas se encontram nas mãos do bloco central, nada atrai as populações a participar e votar, só de quatro em quatro anos. Os exemplos são mais do que muitos, começando pela abstenção e terminando no voto tradicional (de legislação em legislação, de quatro em quatro anos). Este modelo está esvaziado, encontra-se esgotado. Há que encontrar alternativas no atual quadro político institucional. Outro aspeto desta reflexão remete-nos para o método de controlo dos deputados pelos cidadãos, porquanto uma vez eleitos nas listas partidárias nunca mais ninguém os vê, nem os contata. Poucos tomam a iniciativa de se aproximarem das populações que os elegeram. Importa encontrar a forma como corresponsabilizar os eleitos – têm de prestar contas a quem os elegeu. Aliás, a tipologia de feitura de listas pelos partidos para os círculos eleitorais tem de ser modificada, pois é inconcebível que as estruturas centrais dos partidos decidam que A, B, ou C serão os candidatos nas listas concelhias ou distritais, sem serem naturais da terra, desconhecendo por completo as populações, os seus problemas e as suas aspirações. A causa pública pertence ao povo português, onde se incluem os partidos políticos, mas também os sindicatos, as associações de classe, os movimentos sociais, as organizações culturais, os clubes desportivos e todo o género de outras coletividades. É pena que os eleitores honestos, válidos, independentes e competentes (que ainda os há) que se encontram motivados para contribuir para as mudanças, não sejam chamados, ou não possam intervir e participar nos assuntos da comunidade.


Educação

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Topónimos populares sesimbrenses t Sopa de Letras

Centro de Reabilitação Profissional da Cercizimbra comemora bodas de prata na Fortaleza de Santaigo

rLargo rMeia Lua rSaco rTorrinha rVila rVila Pinto

t Palavras Cruzadas

JN

25 anos a formar João Silva

rAngra rBarquinha rCaninho rFacho rGale rGrémio

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No passado dia 6 de Junho realizou-se a sessão comemorativa das bodas de prata do Centro de Reabilitação Profissional da Cercizimbra (CRPC), que contou com a presença de representantes dos executivos das freguesias de Santiago e da Quinta do Conde, IEFP, Associação de empresários, Fenacerci, encarregados de educação entre outros, que deste modo associaram-se em torno do centro. Com pompa e circunstância a fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra entrou triunfante na fortaleza de Sesimbra, prestando homenagem à referida instituição de referência no ensino especial do concelho, destaque para o facto de que dois elementos da fanfarra terem sido formandos no centro de formação. A apresentação esteve a cargo da responsável do CRPC Isabel Paiva e de Rui Unas, actor sobejamente conhecido do público português, sendo este o padrinho da instituição.

Enquanto decorria a comemoração, o artista Geminiano Cruz, associou-se a esta iniciativa, executando no pátio uma pintura em tela. Jorge Rato um dos responsáveis e figura incontornável na vida da instituição, mostrou-se emocionado referindo também que no próximo ano, a Cercizimbra comemorará quatro décadas ao serviço da comunidade. Ao longo dos anos o centro formou jovens, muitos deles já adultos, que estão inseridos na vida activa e que contribuem para a sociedade com o seu trabalho. O presidente da Cercizimbra, Jorge Rato, reafirmou a necessidade de se continuar a lutar pelos direitos das pessoas com deficiência congratulando os formandos pela conclusão dos cursos profissionais, bem como todos os que contribuíram para que tal fosse possível. Leonardo Conceição, do IEFP, recordou que no passado as pessoas da formação profissional não chegavam ao Centro de Emprego e que presentemente os cidadãos com

Apresentação do espectáculo “Martim”, por alunos da Escola Secundária de Sampaio

deficiência não estão fora das redes de apoio ao emprego, pelo contrário, estão no mesmo patamar de apoio à inserção no mercado de trabalho. João Silva, da Associação de Empresários, referiu que têm sido efetuadas diversas reuniões com empresas associadas, na criação de postos de trabalho, como é o caso do Hotel Sana Sesimbra, que tem colaborado, com o aval do seu diretor Vitor Copio, acolhendo na unidade hoteleira formandas para as funções de empregadas de andares, limpeza e manutenção. Posteriormente assistiu-se a

depoimentos de ex-formados emocionados que agradeceram às técnicas do CRPC pelo trabalho e apoio prestado. Seguiu-se a projecção do filme “25 anos a formar” 1990-2015 e posteriormente apresentação do espectáculo “Martim” executado pelos alunos do 8º ano vocacional da Escola Secundária de Sampaio. Por fim realizaram-se as entregas de certificados de formação profissional a exformandos e de diplomas de responsabilidade social aos empresários e parceiros do projecto.

Alunos da Michel Giacometti comemoram o dia mundial do Ambiente com visitas ao Espaço Interpretativa da Lagoa Pequena e praias da Amieira e Moinho de Baixo

Projetos de preservação ambiental DR

Equipa JRA

Horizontal 1-Travessa que liga a Avenida da Liberdade ao Largo do Caninho; 4-Praia rodeada pelas falésias da zona do Cabo Espichel; 5-Fogueira ou almenara que se acendiam para dar sinal de qualquer perigo; 10-Rua conhecida por nome da padaria; 11-Antiga designação do largo, hoje em escadaria, situado perto do terminal da Rua Dr. Peixoto Correia; 13-Nome popular atribuído ao Largo Eusébio Leão; 19-Topónimo popular da Rua 31 de Janeiro Vertical 1-Nome tradicional da Rua Capitão Leitão; Nome primitivo da Rua Conselheiro Ramada Curto (Estrada); 2-Local segundo a tradição foi encontrada, em 1534, a imagem de Jesus crucificado; 4-Nome popular da Rua D. Diniz; 5-Nome pelo qual é conhecido o Largo 1º. De Dezembro; 6-Designação por que também era conhecida popularmente a Praia da Água Doce; Nome dado ao largo que se formou no prolongamento das ruas D. Afonso Henriques e Afonso de Albuquerque: 7-Nome popular do sítio onde a Rua António Taklim Gaspar converge na estrada nacional.

Com o objetivo de comemorarem o dia mundial do ambiente, no dia 5 de Junho, os alunos do 11ºB da Escola Básica 2,3/S Michel Giacometti, visitaram o Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena, onde tiveram a oportunidade de fazer observação de aves, com o apoio da spea (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) e onde estiveram presentes também, Técnicos da Câmara Muni-

A equipa JRA na sessão de esclarimento, no Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena

cipal de Sesimbra, do ICNB (Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade) e do senhor Vereador Francisco Luís. Na parte da tarde os alunos deslocaram-se à praia da Amieira e à praia do Moinho de Baixo, com a finalidade de distribuírem um folheto informativo, elaborado pelos alunos, no âmbito do projeto de requalificação dunar da praia da Amieira, de forma a sensibilizarem as pessoas presentes para a importância da preservação das dunas.

Alunos retratam Epopeia dos Descobrimentos em musical

Portugal e o Mundo

DR

Estreia da peça no Cineteatro Municipal João Mota

“Portugal e o Mundo” é o nome do musical produzido pela Escola Básica 2,3/S Michel Giacometti, na Quinta do Conde, que retrata a Epopeia dos Descobrimentos. O grande entusiasmo e aceitação por parte dos espectadores têm feito com que esta peça, de caracter predominantemente pedagógico, tenha pretensões em alargar os seus horizontes de apresentação. Neste proje-

to, matérias como a geografia, história e património, fundem-se com música, teatro e dança, conciliando saberes científicos com artes. A estreia da peça teve lugar no Cineteatro Municipal João Mota. Segundo Eduardo Cruz, diretor do Agrupamento de Escolas Michel Giacometti, a peça encontra-se à disposição da comunidade, para eventuais apresentações.


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sociedade

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Sesimbra representada no programa da RTP, Cook Off

Duelo de Sabores

Sesimbrenses pelo Mundo DR

Qual o principal motivo que te levou a partir? Situação de desemprego e perspetivas muito baixas relativamente a novas oportunidades de emprego com salário que permita manter a independência financeira e pagar as despesas correntes.

De que forma olhas agora para a tua terra a partir daí? Sempre amei a minha terra, estando longe ou perto. Preocupo-me pelo potencial inexplorado e custo dos interesses imobiliários em vez do investimento turístico e cultural, há tanto por fazer ainda, mas mesmo assim, trato de enaltecer o seu carácter, suas paisagens, cantos e recantos naturais. Sesimbra é minha, Sesimbra é do mundo. Trato sempre de levar a sua cor e sabor a todos que me perguntam de onde sou, com orgulho e saudade... muita saudade. Como matas as saudades? Memórias essencialmente, fecho os olhos e imagino que estou aí. Fotografias, falo com familiares que tratam de me provocar com os seus almoços deliciosos e o tempo. Planear ferias dá-me alento para voltar à minha terra. O projecto é voltar? As minhas circunstâncias familiares mudaram, não faço planos para regressar a Portugal. As condições socioeconó-

Nome:

Tânia Gomes Idade: 32 anos

Exceptuando a família, claro, de que sentes mais saudades? Deixar família e amizades para trás é quebrar o cordão umbilical. À parte das relações interpessoais, o que vai sempre estranhar numa cultura diferente à sua, é o tempo e a comida. De que forma te manténs atenta ao que se passa em Sesimbra? Mantenho-me a par das atividades promovidas pelos meus companheiros do Movimento Sesimbra Unida, sigo as notícias no Facebook da página da Câmara Municipal de Sesimbra entres outros amigos que vão-me mantendo a par através dos seus posts e fotografias.

DR

Local: Londres Profissão? Administrativa Há quanto tempo? 6 anos

micas do nosso país nem sequer me dão qualquer vontade de voltar. O que te fará voltar? Apenas se a nível pessoal deixar de ter motivo para aqui ficar e ter condições financeiras que me permitam voltar e investir. Mesmo que a longo prazo não volte a residir em Portugal, a haver a hipótese de no futuro investir em Portugal, especialmente em Sesimbra, certamente o farei, dividindo o meu tempo entre os dois países. O que dirias ou que conselho darias a quem hoje está de partida? Acima de tudo, sou privilegiada, já aqui tinha familiares e esse pilar de apoio foi muito importante. Acima de tudo, quem faz planos de emigrar deve conhecer minimamente as condições de trabalho, a lei, o que precisam de trazer em termos de documentação e certificações profissionais. E a quem fica e vê alguém próximo partir? Manter sempre o pensamento positivo e motivar, mostrando sempre que está sempre por perto e disponível. Dizer o quanto os amam sempre que possível. O que custa mais? Depende da personalidade da pessoa, mas diria que o sentimento de solidão. O que te atrai mais e menos

nesse país? Óbvio que a qualidade de vida é diferente e há diferenças culturais, diria que é apenas uma questão de manter o espírito aberto a novas experiencias e aprendizados. O menos daqui é o mesmo que o menos daí...haverá sempre algo que não nos agrada.

No passado dia 31 de Maio, Sesimbra esteve representada no programa da RTP 1, Cook Off - Duelo de Sabores, apresentado por Catarina Furtado e conduzido pelos chefes Cordeiro e Kiko Martins. Vários foram os sesimbrenses que se candidataram a formar equipa pelo concelho, recaindo a escolha do chefe Kiko, para Telma, Maria Papoila (chefe de equipa), Ana Paula e Tony da Marisqueira, os quatro re-

presentantes de Sesimbra que defrontaram e venceram a equipa da Nazaré. Com esta vitória, a equipa de Sesimbra ficou apurada para a semifinal, em representação da região de Lisboa e Zona Oeste. Este Duelo de Sabores tem como objetivo colocar Portugal a cozinhar e revelar o que se cozinha de melhor nas suas regiões, para que numa prova final se apure a região com os melhores cozinheiros.

Projeto Mais Valia leva sesimbrense a Moçambique, em missão de cooperação

Voluntariado para reformados

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O que custou mais no processo de adaptação? Essencialmente as diferenças linguísticas, sons e adaptarme ao trânsito e redes de transportes. Onde levas quem te vai visitar aí? Tirando os locais ícone de Londres, outros locais menos conhecidos, parques, lagos e restaurantes que já conheço e gosto. Quando regressas a Sesimbra, o que te apetece logo fazer? Praia!! Ir directamente ao Mar e enterrar os meus pés na areia, respirar fundo o ar do mar, visitar meus avós e ir à igreja ver o meu Senhor das Chagas e prestar os meus agradecimentos pelas bênçãos concedidas e desafios superados. Depois, voltar a explorar todos os meus sítios favoritos e rever família e amigos. Ah...e comer….faço intenções de comer muito e bem! Claro está, a dieta para antes da viagem já está a ser estudada e intencionada (risos).

Projeto inédito de voluntariado para maiores de 55 anos, leva portugueses a envolverem-se ativamente com as questões do desenvolvimento e da cooperação, em países africanos de língua portuguesa. O programa desenvolvido pela Fundação Calouste Gulbenkian, vai já na segunda edição, responde aos anseios de muitos voluntários séniores que se disponibilizampara o voluntariado, por um limite máximo de dois meses. Pedro Gonçalves, 74 anos, associado da LAS, foi um dos selecionados do programa Mais Valia. Durante dois meses estará em Moçambique, no Hospital de Songo,

no interior do país a colaborar na área de psiquiatria e psicoterapia. Durante 40 anos exerceu medicina na Suíça, tendo mesmo chefiado o departamento de Psiquiatria do Hospital da Universidade de Genebra. Hoje afirma que esta experiência será com certeza enriquecedora, não só para quem recebe, mas também para quem dá. “Estou nesta fase da vida em que somos os chamados idosos jovens. Temos uma experiência acumulada, a saúde ainda está razoável. E dá pena deitar para o lixo todo o saber, só porque se está reformado. Sentirmo-nos útil aos outros é sempre mais agradável”, conclui.


Sociedade

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

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Sesimbra, Europa, Mundo... o Ouro de Pedro Zegre Penim Pedro Zegre Penim recebeu no passado mês de maio, no Coliseu de Lisboa, o Globo de Ouro para a melhor peça de teatro/espetáculo de 2014. Tropa-Fandanga é o título da peça, cuja direção foi partilhada com José Maria Vieira Mendes e André e. Teodósio. O ator e encenador sesimbrense, e também membro fundador e diretor artístico do Teatro Praga, falou com O Sesimbrense e revelou alguns pormenores do seu trabalho e da sua relação com Sesimbra. Conheça este prodígio do teatro que, sem se descrever diretamente, assume a contemporaneidade do presente, do aqui e agora. DR

é preciso ter sempre grupos muito grandes (as agendas são sempre mais difíceis de coordenar, sobretudo em grupos amadores). E depois, para além dessa urgência de quem quer criar tem de haver apoio institucional que permita o desenvolvimento dos projetos e a sua sustentabilidade. Encontradas estas condições creio que Sesimbra poderá ter espetáculos locais maravilhosos.

Jovita Lopes Quem é o Pedro Zegre Penim? Ainda não sei bem. Não acredito nessa pergunta, nem acredito na essência nem na identidade. O Pedro Zegre Penim, quanto muito, é um mutante. Que se vai definindo, evoluindo, regredindo, desfragmentando... Que nunca é estável nem procura a estabilidade e que, a acreditar em alguma coisa, acredita no momento, no agora. Qual a tua peça de eleição e qual o encenador com que mais te identificas? O espetáculo que mais me marcou vi-o em 2005 em Londres, chamava-se Bloody Mess pelo grupo inglês Forced Entertainment. Na altura tive uma sensação incrível de pertença, como se fizesse parte daquele universo criativo e como se tivesse encontrado um objeto artístico que se aproximava daquilo que eu intuía, sem conseguir ainda lá chegar, que poderia ser a minha linguagem artística. Tive mais tarde, em 2014, a felicidade de trabalhar com este grupo na versão portuguesa da sua peça icónica Quizoola!, um jogo de perguntas e respostas entre atores que pode durar até 24 horas e em que o público pode entrar e sair. Contudo o encenador com quem mais me identifico é bem português, está até muito próximo e trabalha comigo no Teatro Praga. Chama-se André e. Teodósio e é o principal responsável pela satisfação com que ainda faço teatro e o motor fundamental da minha energia criativa. Como se desenvolveu o teu percurso profissional? Com uma sorte imensa por ter encontrado, em momentos chave, pessoas que me formaram e transformaram. Começou com o apoio incondicional dos meus pais que me deixaram desistir de um curso em que não acreditava e a embarcar numa aventura que passou pela formação no conservatório nacional e, a partir daí, numa série de experiências profissionais que não me dão um minuto de descanso, mas que também não me dão um minuto de aborrecimento. És ator e encenador no Teatro Praga. Como tem corrido essa experiência? Essa experiência confunde-se com a totalidade do meu percurso porque o Teatro Praga aparece antes de qualquer outra coisa na minha carreira. Esta companhia formou-se quando eu ainda não tinha qualquer tipo de formação e tem sido o lugar onde tenho espaço para criar. O Teatro Praga continua a ser uma companhia onde se arrisca a cada momento. Ultimamente tem havido uma grande projeção internacional, já nos apresentámos em diversos países da Europa e também

Pedro Zegre Penim, com o Globo de Ouro, rodeado dos colegas de Tropa-Fandanga em Israel e na China, o que tem acrescentado uma mais valia ao trabalho do Teatro Praga que é permitir-me viajar muito, que é uma das coisas que mais gosto de fazer.

A experiência de fazer uma plateia rir é uma das características do meu trabalho que mais me realiza Pedro Penim

Como identificarias as tuas peças? As peças que escrevo e os espetáculos que apresento têm sempre muitos pontos em comum, todas elas tentam estabelecer uma relação com o momento da apresentação do espetáculo. São peças que pretendem sempre aferir a vitalidade do teatro, a arte do “ao vivo” por excelência, e querem sempre sublinhar esse fator de imponderabilidade e irrepetibilidade. Mas destaco um elemento comum que me parece cada vez mais importante e que está também presente em todos os espetáculos, o humor. A experiência de fazer uma plateia rir é uma das caraterísticas do meu trabalho que mais me realiza. Recentemente aceitaste o desafio de apresentar três espetáculos, em três dias, na Culturgest. Como correu esta trilogia? Apresentei os espetáculos Eurovision, Israel (dois espetáculos em reposição) e estreei Tear Gas, um espetáculo so-

bre a minha estadia recente na Grécia. Foi um enorme risco apresentar estes três espetáculos (que são quase três monólogos), escritos e interpretados por mim, num espaço tão importante como a Culturgest. Tentei não pensar nessa responsabilidade e concentrar-me antes na imensa felicidade que senti por partilhar com o público três momentos tão distintos do meu percurso artístico. Como ator foi exigente e cansativo (num dos dias apresentei os três espetáculos praticamente de seguida) mas foi sobretudo gratificante fechar este ciclo a que dei o nome de I Am Europe e que, partindo da minha experiência privada e pessoal, pretende levar o espetador a refletir sobre a nossa herança europeia e também sobre o nosso presente (conturbado) como Europeus. Pretendo continuar a fazer esta trilogia por muito tempo e levá-la ao maior número possível de teatros e cidades. É difícil ou quase impossível optar-se por um filho. Mas… qual a peça que mais te preenche?

Essa sensação vai mudando com o tempo. Algumas peças tornam-se obsoletas, outras

simplesmente deixam de se fazer, ainda que a seu tempo tenham sido as preferidas. Neste momento talvez a que mais me preenche seja uma peça infanto-juvenil que escrevi e estreei no Centro Cultural de Belém. Chama-se Isaac e os únicos atores em cena sou eu e a minha cadela, a Rita. É uma peça de afetos e uma declaração de amor. O que significou para ti a atribuição do globo de ouro a Tropa-Fandanga? Soa a uma grande vitória, mas também a uma grande responsabilidade. Foi um momento muito bonito. Estávamos todos muito eufóricos e acho que isso se notava nas nossas caras. E foi também o reconhecimento de um espetáculo que tem sido fundamental para chegar a públicos que o Teatro Praga normalmente não chega. Um Globo de Ouro abre portas de uma realidade mais próxima do mainstream e que muito nos interessa explorar. O Teatro Praga é quase sempre visto como um grupo de teatro contemporâneo e vanguardista e isso acaba por criar algum preconceito na cabeça das pessoas. A Tropa-Fandanga tem ajudado a destruir esses preconceitos porque alia um género muito popular, a Revista à Portuguesa, a uma reflexão artística experimental, que tem sido apanágio do Teatro Praga. Essa mistura foi explosiva e reveladora e as recentes apresentações no Teatro Rivoli no Porto e no Teatro São Luiz em Lisboa foram exemplificativas disso mesmo. Sesimbra tem na sua história grupos de teatro, que não se conseguiram consolidar. Como é que esta máquina deveria ser oleada? Nada cai do céu. A única resposta possível para esse enigma é vontade e trabalho. Pode ser de duas, três pessoas... Não

Tear Gas é Grécia. Que titulo teria uma peça que espelhasse Sesimbra? Tenho um título na manga, Senhor das Chagas, uma ideia que ainda se está a formar na minha cabeça e que tem como ponto de partida uma imagem religiosa que os Sesimbrenses conhecem bem. Não sei ainda quando, ou se, este projeto se realizará. Mas é uma vontade minha que tem crescido. Os sesimbrenses identificamse muito com teatro de revista. Tens acompanhado o trabalho do Grupo de Teatro Amador De Vez em Quando? Sou um Sesimbrense de gema então, porque é sabido que também eu tenho um enorme amor pelo Teatro de Revista e inclusivamente pretendo fazer mais revistas para além da Tropa-Fandanga. É um género popular, que alia a música à comédia, que tem uma estética muito apelativa e deve sempre tratar o vulgar por tu, sem nunca cair no óbvio e no facilitismo. Fico feliz que o teatro amador sesimbrense se dedique a esse género e fico à espera que me convidem para assistir às representações. Teria o maior prazer. E um projeto para Sesimbra, está em agenda? Infelizmente não. Apesar de Sesimbra possuir um equipamento cultural com programação contínua nunca fui convidado para apresentar os meus espetáculos na minha terra. Nunca me consultaram para nada, nunca solicitaram a minha presença para qualquer evento cultural nem parecem minimamente interessados no que faço, que tem projeção nacional e internacional mas que localmente é como se não existisse. Em tempos marquei uma reunião com os responsáveis pela programação cultural da autarquia, ofereci-me para colaborar, pus à disposição o meu conhecimento e os meus contatos. O discurso de quem me recebeu foi francamente confrangedor e o resultado desse encontro, nulo. Nunca fui contatado para nenhuma entrevista na rádio local, mas também é verdade que o que faço não aparece nos reality shows da TVI nem faz capas na Nova Gente! Foi preciso ganhar um Globo de Ouro da SIC para me fazerem esta entrevista. Talvez a partir de agora as coisas comecem a mudar.


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Desporto

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Futebol Sénior, do Grupo Desportivo de Alfarim, já prepara próxima época

Alfredo Almeida é o treinador Depois de uma excelente época 2014/2015 com um honroso 4º lugar, o Grupo Desportivo de Alfarim está já a preparar a temporada 2015/2016 de futebol sénior e para isso contratou o jovem treinador sesimbrense Alfredo Almeida, que com todo o orgulho aceitou o convite endereçado.

Alfredo Almeida terá à sua disponibilidade cerca de 80% dos jogadores que transitam da época anterior, sendo o restante composto por novas aquisições. Relativamente aos objetivos propostos serão de tentar igualar ou melhorar a classificação obtida na temporada passada.

Grupo Desportivo Sesimbra mantém treinador no Futebol Sénior

Ricardo Pardal renova com novos objetivos Após só ter conseguido a manutenção nos últimos jogos do campeonato, Sebastião Patrício e seus pares não perderam tempo e começaram tal como no hóquei em patins a preparar a época 2015/2016. Renovou o contrato ao jovem técnico Ricardo Pardal que se mostrou ambicioso em alcan-

çar uma classificação melhor relativamente às últimas duas temporadas. Para a nova época, o nosso jornal teve conhecimento que, o plantel está a ser construído a bom ritmo com renovações e aquisições onde se destaca alguns regressos de atletas que foram formados no clube.

Competição Internacional de Futebol ganha peso de ano para ano

Sesimbra Summer Cup em alta O Sesimbra Summer Cup 2015 arrancou, no final do mês de maio, na Federação Portuguesa de Futebol, em Lisboa, com a Cerimónia de Apresentação do Torneio. Na sessão foram dados a conhecer alguns pormenores deste evento internacional, que vai já na 5ª edição. Para Francisco Jesus, Presidente da Junta de Freguesia do Castelo e Membro da Comissão Organizadora, este evento tem um peso preponderante em várias vertentes, nomeadamente na formação dos jovens, no que ao fair play diz respeito. No dia 20 de Junho, no Espaço Zambujal realizou-se uma formação intitulada “Educação para valores e ética pela prática desportiva” organizada pelo P.N.E.D. Esta ação que contou com di-

versos treinadores de diversas modalidades e de diversos clubes do distrito. Numa primeira fase, o formador Rui Carvalho, abordou a importância dos valores e ética no desporto. Posteriormente, já com os convidados presentes, entre eles, Bruno Paixão – Arbitro profissional de futebol, Hélio Sousa – Selecionador Nacional de Sub-20, que recentemente disputou o Mundial na Nova Zelândia, e Sousa Marques – Presidente da Associação Futebol Setúbal foram debatidos e com a intervenção da maioria dos treinadores presentes em sala formas de como a ética, os valores, o fair play, a relação entre os vários agentes do desporto, o papel dos pais na formação desportiva dos seus filhos, são cada vez mais importantes para melhorar a educação pela práti-

ca desportiva. No dia 23 de junho, a Fortaleza de Santiago foi palco da Cerimónia de Abertura, onde estiveram presentes centenas de pessoas, incluindo atletas e dirigentes dos clubes em competição. Durante este evento as equipas presentes foram apresentadas, sendo-lhes entregue algumas lembranças e ofertas. No final da cerimónia houve muita animação, com musica ao vivo pela Banda NRS. O apito inicial para o início das competições, deste Torneio Internacional de Futebol Infantil e Futebol de Praia, deu-se no dia 24 de junho com jogos na fase de grupos. O Torneio termina a 28 de junho, com a disputa das finais e com a Cerimónia de Encerramento, no Estádio Vila Amália em Sesimbra.

Futebol da ACRUTZambujalense destaca-se em Tábua

Juvenis vencem torneio A equipa de juvenis da ACRUTZ foi a vencedora do Torneio Internacional de Tábua que se realizou nos dias

20 e 21 de Junho. O triunfo por 6-5 foi obtido no jogo disputado com o Grupo Desportivo Arouce

Praia, da Lousã em grandes penalidades, após empate a zero bolas, aos noventa minutos.


Desporto

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Campeonato Regional Absoluto de Setúbal

Fábio Rocha sai vencedor Realizou-se na cidade do Sado, nas instalações do Clube de Ténis local, o Campeonato Regional Absoluto da Associação de Ténis de Setúbal. Este torneio faz parte integrante do Calendário Oficial da Federação da modalidade, sendo a prova mais importante da área de jurisdição daquela Associação, uma vez que atribui o título de Campeão Absoluto. A defender o

título alcançado em 2014, o jogador do Clube Escola de Ténis de Sesimbra, Fábio Rocha, renovou o êxito do ano transato, saindo vencedor na final em que bateu Gonçalo Mareco (C.T. Setúbal) pelos parciais de 6/3 e 6/2. Registese ainda que o jogador sesimbrense renovou também o título de Pares Mistos, fazendo dupla com Bárbara Alonso, do Clube de Ténis de Setúbal.

Centro Municipal de Ténis de Sesimbra recebe sétima edição de Torneio da modalidade

VII Open do Castelo João P. Aldeia Dando continuidade a uma frutuosa parceria com a Junta de Freguesia do Castelo, o Clube Escola de Ténis de Sesimbra, levou a efeito no Centro Municipal de Ténis de Sesimbra, sito na Maçã, durante os dias 9 e 10 de Maio, a sétima edição do Open do Castelo, um torneio integrado

no calendário oficial da Federação de Ténis e portanto dirigido apenas a atletas federados. Num quadro de trinta e dois jogadores, Fábio Rocha (CETSesimbra), foi “cavalgando” até à final onde bateu Renato Santos (G.D. CTT), pelos parciais de 7/5 – 6/2. O clube sesimbrense esteve ainda representado pelos jogadores Jorge Ponte e André Aldeia, tendo este último atingido os quartos de final.

Grupo Desportivo de Sesimbra mantém treinador da equipa sénior de Hóquei em Patins

Continua a aposta em Artur Pereira e na prata da casa Com vista à preparação da época 2015/2016 o Grupo Desportivo de Sesimbra renovou por mais uma época com o treinador Artur Pereira assim como com os seguintes jogadores: Paulo Carapinha, Alexandre Maricato, João Patrício, Gonçalo Marcelino, Diogo Dias, Luís Pinhal, Bruno Fuzeta, Bernardo Pinhal, Daniel Marques e Jorge Coelho. Com todas estas renovações a turma sesimbrense tem o plantel praticamente fecha-

do sendo possível a entrada de mais dois hoquistas, onde um deles e segundo informações recolhidas pelo nosso jornal será o antigo atleta do União Entroncamento Carlos Fonseca mais conhecido no mundo do hóquei em patins por Pica. Os objetivos para a próxima época passam por melhorar a classificação feita na época passada, continuando a tentar chamar mais pessoas ao pavilhão de modo a haver um maior apoio à equipa.

Mundial de hóquei em patins

Luis Sénica em terceiro lugar Filipe Carvalho A seleção portuguesa, orientada por Luis Sénica, conquistou o terceiro lugar no Mundial de hóquei em patins, que decorreu em La Roche Sur Yon, em França. Depois de ter sido derrotada pela Argentina, nas meiasfinais, a equipa portuguesa

goleou a Alemanha por 7-3, alcançando assim o pódio na competição. A final deste campeonato, foi disputada entre Espanha e Argentina. A equipa sul-americana sagrou-se pela quinta vez campeã do mundo, ao golear a equipa espanhola por 6-1. Recorde-se que Portugal ganhou esta competição por 15 vezes, obtendo 9 medalhas de prata e 14 de bronze.

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Patinagem Artística do Grupo Desportivo de Alfarim com bons resultados na modalidade

Campeões em Santiago do Cacém

Catarina Conceição O Patinagem Artística do Grupo Desportivo de Alfarim continua a somar pontos em competições da modalidade. No passado dia 14 de Junho, os patinadores do Grupo Desportivo de Alfarim, Carolina Alexandra Alipio Mourata Cabo e Diogo Fernando Carvalho Ferreira, sagraram-se campeões distritais no Campeonato de Séniores de Patinagem Artística, sob a orientação da treinadora Joana Cabo. Com esta classificação o Clube conseguiu obter o título de Campeão Distrital em Patinagem Livre no escalão Sénior. Esta competição que ocorreu em Santiago do Cacém incluiu também o Torneio Jovem com a participação da patinadora iniciada, Matilde Gomes, que alcançou a segunda posição no pódio no desginado Torneio Jovem APS 2015.


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A fechar

O SESIMBRENSE | 27 DE JUNHO DE 2015

Liga dos Amigos de Sesimbra recebe alunos da Escola Secundária de Sampaio e IEFP do Seixal

Estágios Curriculares 2015

A Liga dos Amigos de Sesimbra acolheu, uma vez mais, alunos de cursos profissionais, para a realização de estágios curriculares. André Duarte (12º.), André Pila (11º.) e Alexandre Coelho (11º.) do Curso de Gestão e Programação de Sistemas Operativos, Filipe Carvalho (11º.), Catarina Conceição (11º.), Maria Santos (12º.) e Mariana Rodrigues (12º.) do Curso Profissional Técnico de Comunicação, Marketing, Relacões Públicas e Publicidade, foram os

alunos selecionados pela Escola Secundária de Sampaio. Os protocolos de estágio foram também estendidos ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) do Seixal, que disponibilizou a aluna, Rita Reis, do Curso Técnico de Redes. Todos os anos a Liga dos Amigos de Sesimbra estabelece este tipo de protocolos, que considera ser uma mais valia para a associação e para os jovens, que no futuro poderão ter um papel importante no associativismo.


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