O Sesimbrense - Edição 1201 Agosto 2015 by Jornal O Sesimbrense

Fundador: Abel Gomes Pólvora

Edição Online: www.osesimbrense.com.pt

Diretor: Félix Rapaz

ANO LXXXIX • N.º 1201 de 1 de setembro de 2015 • 1,00 € • Taxa Paga • Sesimbra - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. • DE00592015RL/CCMS) ARQUIVO

A última sardinha

Um artigo de Carlos Macedo sobre a polémica em torno dos limites à pesca da sardinha.

Pepita

Conheça os pormenores de um nome que ficou ligado à história das gentes de Sesimbra. Página 4

Páginas centrais

Tragédia na Quinta do Conde

Coasteering em Sesimbra

Novas soluções na área da Saúde

Fim de agosto marcado pela morte de três quintacondenses, abatidos a tiro, devido a conflitos entre vizinhos. Saiba os contornos deste caso.

Percorra o mar e as escarpas rochosas da baía de Sesimbra. Entre na aventura desta atividade radical, desenvolvida pela Vertente Natural.

Presidente da ARSLVT e diretor do ACES Arrábida visitam Sesimbra e avaliam as eventuais soluções na área da Saúde.

Página 3

Página 5

Página 6 PUB

Atualidade Contatos úteis

Farmácias de Serviço

Editorial

Félix Rapaz

nBombeiros V. de Sesimbra Piquete Sesimbra: 21 228 84 50 Piquete Qt. Conde: 21 210 61 74 nGNR Sesimbra: 265 242 676 Alfarim: 265 242 670 Quinta do Conde: 21 210 07 18 nPolícia Marítima 21 228 07 78 nProtecção Civil (CMS) 21 228 05 21 nCentros de Saúde Sesimbra: 21 228 96 00 Santana: 21 268 92 80 Quinta do Conde: 265 242 674 nHospital São Bernardo 265 549 000 nComissão Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Sesimbra 21 268 73 45 nPiquete de Águas (CMS) Sesimbra: 21 223 23 21 / 93 998 06 24 Qt. Conde: 21 21 095 06/ 93 998 06 04 nEDP (avarias) 800 50 65 06 nSegurança Social (VIA) 808 266 266 nServiço de Finanças de Sesimbra 212 289 300 nNúmero Europeu de Emergência 112 (Grátis) nLinha Nacional de Emergência Social 144 (Grátis) nSaúde 24 808 24 24 24 nIntoxicações - INEM 808 250 143 nAssembleia Municipal 21 228 85 51 nCâmara Municipal de Sesimbra 21 228 85 00 (Geral) nJ.F. do Castelo 21 268 92 10 nJ.F. de Santiago 21 228 84 10 nJ.F. da Quinta do Conde 21 210 83 70 nCTT Sesimbra: 21 223 21 69 Santana: 21 268 45 74 Quinta do Conde: 21 210 4745

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

Brevemente iremos ter eleições legislativas. Os principais partidos já contrataram empresas de comunicação para ajudar a conquistar votos e ganhar as eleições. No entanto, diversos eleitores consideram que o discurso político não se ajusta à realidade e não espelha a vida do cidadão comum, centrando-se cada vez mais em dados estatísticos e económicos que muitos não compreendem. Nem no tempo do fascismo a manipulação dos números atingiu tal grau de indignidade. Parece que o país está manietado com medo e espanto. “Uma falsidade repetida mil vezes fica com configuração da verdade” (Paul Joseph Goebbels) Resta-me acreditar que hoje o tempo tecno histórico é outro e nem sempre esta frase do Ministro da Propaganda do Reich, na Alemanha Nazi, tem sentido. Apesar das dificuldades a escolha do voto tem uma forte componente emocional. E o cidadão, na hora, reconhece que o poder, além de embriagador, castiga quem de ele abusa. Sem ironia: Tocqueville fala nisso em “O Antigo Regime e a Revolução (1856)” cuja leitura recomendo vivamente.

Farmácias de Serviço com o apoio de:

Farmácia da Cotovia Avenida João Paulo II, 52-C, Cotovia

212 681 685

Farmácia de Santana

nAnulação de cartões SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços) 808 201 251; CGD 707 24 24 24 Santander Totta 707 21 24 24 Millennium BCP 707 50 24 24; BPI 21 720 77 00 Montepio Geral 808 20 26 26 Banif 808 200 200 Novo Banco 707 24 73 65 Crédito Agrícola 808 20 60 60 Banco Popular 808 20 16 16 Barclays 707 30 30 30

Estrada Nacional 378, Santana

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Farmácia Leão Avenida da Liberdade, 13, Sesimbra

212 288 078

Farmácia Lopes

Rua Cândido dos Reis, 21, Sesimbra

212 233 028

Setembro em agenda... Igreja do Castelo Exposição Há Peixe e Não Há Caixas de Geminiano Cruz | de 1 a 12 de setembro Átrio da Biblioteca Municipal de Sesimbra Recital de Canto | 2 de setembro Fortaleza de Santiago Arte Xávega |3 de setembro | das 18 às 20 horas Junto à Fortaleza de Santiago

Sesimbra é Peixe e Arte na Rua - Divulgação do vencedor da 3ª fase do projeto |4 de setembro Junto à Praia do Ouro Lords of the Boards – Sea Edition I Torneio de Surf, Skimming e Bodyboard | 5 de setembro Praia da Lagoa de Albufeira Festas em Honra da Nossa Senhora da Consolação | 5 e 6 de setembro

Pesca Desportiva no Alto Mar Troféu 85º. Aniversário |9 de setembro Sesimbra 85.º Aniversário do Clube Naval de Sesimbra |12 de setembro Clube Naval de Sesimbra Festa da Luz |de 11 a 13 de setembro Quinta de São Payo 2ª Etapa do Circuito Elétrico 2015

|12 e 13 de setembro Surf Club de Sesimbra 3ª Légua Nudista Internacional da Praia do Meco |19 de setembro | 10h00 Praia do Meco Inscrições: legua.nudista@gmail.com 3ª Etapa do Circuito Elétrico 2015 |19 e 20 de setembro Surf Club de Sesimbra Sesimbra Praia Limpa |19 de setembro Praia do Ribeiro do Cavalo

Semana do Mar |20 a 27 de setembro Org.: Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra Espetáculo Poético de Largo Espectro | 26 de setembro Biblioteca Municipal Regata de Aiolas | 27 de setembro Praia da Califórnia Festas da Nossa Senhora do Cabo Espichel |26 e 27 de setembro Cabo Espichel

Atualidade

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

Fim de agosto marcado pela morte de três quintacondenses, abatidos a tiro, devido a desacatos entre vizinhos

Ask Me Arrábida Região conta com novo espaço de informação turística

Tragédia na Quinta do Conde

João Silva No passado sábado, dia 29 de agosto, um tiroteio provocou uma tragédia na freguesia da Quinta do Conde, no concelho de Sesimbra. Do tiroteio resultaram dois mortos e dois feridos, um dos quais ac-

homem de 77 anos, que segundo relato do tenente-coronel Jorge Goulão, à Lusa, terá acabado “por tentar o suicídio, com um tiro de caçadeira nele próprio”, ficando ferido e sendo detido e transportado para o Hospital de Setúbal. O septuagenário era vizinho de José e Diogo Pereira (pai e

na Igreja Paroquial da Boa Água, enquanto o corpo do malogrado militar esteve em câmara ardente na Igreja da Nossa Senhora da Esperança, ambas na Quinta do Conde. Presentes estiveram o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, assim como a ministra da Administração Interna,

As três vítimas mortais do trágico acidente ocorrido na Quinta do Conde. José Pereira e Diogo Pereira, pai e filho (foto à esquerda) e Nuno Anes (foto em cima).

Foi inaugurado, no início do mês de agosto, o espaço de informação turística Ask Me Arrábida, que agrega informação turística e produtos da centralidade, definida pela Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa no seu Plano Estratégico 2015-2019, englobando os municípios de Palmela, Sesimbra e Setúbal. A candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera, enquadrada pelo programa da UNESCO “O Homem e a Biosfera” e em preparação pelos três municípios, pela Associação de Municípios

da Região de Setúbal e pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, foi lembrada por Augusto Pólvora, Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra que interveio, na ocasião, enquanto membro da Comissão Executiva da ERT-RL. Na sua opinião, o Plano Estratégico veio confirmar as potencialidades da Arrábida, já amplamente reconhecidas pelas instituições da região, e espera que estas potencialidades sejam alvo de novos investimentos, que permitam continuar a qualificar o destino e a oferta.

17ª Edição da Zimbra’Mel DR

abou por falecer no Hospital de São Bernardo em Setúbal, devido aos ferimentos que sofreu quando tentava socorrer o seu pai atingido mortalmente, pelo seu vizinho. A GNR alertada por populares, fez deslocar várias patrulhas ao local e um dos primeiros militares a chegar, Nuno Anes de 25 anos, no momento em que prestava auxilio às vítimas, e ao inteirar-se da ocorrência, criando o perímetro de segurança, acabou por ser atingido mortalmente por um tiro de caçadeira. Gerou-se o pânico entre os transeuntes e vizinhos em virtude dos vários tiros ecoados que sobressaltaram as imediações do local da tragédia. O homicida, Rogério Coelho, é um

filho) e o suposto motivo do homicídio foi um desentendimento por causa de uma cadela de raça Rottweiler. José Pereira, de 52 anos, primeira vítima mortal fazia parte do Corpo da Segurança Pessoal da PSP e prestou serviço no gabinete do primeiro-ministro. O seu filho Diogo Pereira dirigiu-se ao local em socorro do seu pai acabando também por ser atingido nas costas e no abdómen. Gravemente ferido foi transportado para o hospital de São Bernardo, onde acabou por falecer, não resistindo aos ferimentos sofridos. As cerimónias fúnebres tiveram lugar hoje, dia 1, os corpos do pai e filho estiveram em câmara ardente

Anabela Rodrigues, que se fez acompanhar pelo secretário de Estado adjunto da administração interna, João Pinho de Almeida e as mais altas figuras da Policia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana, bem como camaradas de armas, conterrâneos e centenas de anónimos, que quiseram prestar a devida homenagem às vítimas deste trágico acontecimento que assombrou o concelho de Sesimbra. Posteriormente os cortejos fúnebres rumaram ao cemitério da Quinta do Conde para o último adeus às vítimas. Está prevista uma manifestação silenciosa nas ruas da Quinta do Conde, no próximo dia 5 de setembro.

Vários foram os produtores de mel, produtos naturais e alimentares e artesãos locais que marcaram presença na ZimbraMel, entre os dias 28 e 30 de agosto, numa das mais importantes feiras do género realizadas em Portugal. Este ano, pela primeira vez, o certame realizou-se

no renovado recinto da Mãe d’Água do Cabo Espichel, atraindo centenas de visitantes, que além de procurarem produtos derivados da atividade apícola, como a cera, o propólis ou os favos, aproveitaram para participar nas diversas iniciativas promovidas no local e visitar o Santuário do Cabo Espichel.

Pesca

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

Tripulante capturado na costa de Sesimbra

Novo regime legal em caso de morte presumida de um pescador

Assalto em alto mar

Dez anos são agora noventa dias

A polícia marítima deteve, no passado dia 19, um tripulante que tentou tomar de assalto o navio no qual embarcava. A embarcação com 10 tripulantes turcos, de nome “Celine”, tinha 60 metros de carga e seguia viagem para Ceuta. Por volta das 11h00 daquele dia, a Polícia Marítima recebeu o pedido de socorro vindo da embarcação, que se encontrava a 52 milhas a Sudoeste de Setúbal. O homem com cerca de 30 anos terá sido detido por volta das 15h00, a 6 milhas da costa Sesimbrense. Segundo algumas testemunhas, o marinheiro ameaçava incendiar o navio, tendo ain-

Momento da detenção do tripulante, no Porto de Sesimbra

da em sua posse um machado, uma lâmina e uma faca. Durante algumas investidas, terá ainda tentado agredir o comandante. Não há indícios de que o indivíduo tenha agido com cúmplices, uma vez que a restante tripulação prosseguiu viagem até Ceuta.

Entrou em vigor, este mês, a lei n.º 90/2015 de 12 de agosto que permite que a morte de um pescador desaparecido possa ser declarada ao fim de 90 dias. Esta Lei altera os artigos 207º e 208º do Código de Registo Civil. Assim, diz o novo artigo 208º, “no caso de naufrágio em que pereça toda ou parte da tripulação ou dos passageiros da embarcação, não sendo encontrados os cadáveres, ou não sendo possível individualizá-los, compete ao magistrado do Ministério Público (…) promover, no prazo máximo de 30 dias a contar da receção do auto referido no número seguinte, a justificação judicial

dos óbitos”. O auto a que se refere o novo artigo é o auto da investigação sobre a ocorrência e identificação dos náufragos desaparecidos que deverá, de acordo com a nova redação da lei, ser remetido ao Ministério Público no prazo máximo de 60 dias, a contar da data do naufrágio. A justificação judicial de óbito que sair do Ministério Publico passa ainda a ter os mesmos efeitos legais do que a declaração de óbito. Com esta alteração esperase, que os procedimentos de declaração de morte presumida dos pescadores sejam agora mais céleres, em casos de desaparecimento no mar. Até agora, recorde-se, a

atual lei obrigava as famílias a esperarem dez anos para poderem declarar a morte presumida do pescador desaparecido, ou cinco anos, se entretanto o ausente houver completado oitenta anos de idade. A situação impedia as viúvas de resolver problemas simples como a mudança do seguro do carro, a prestação da casa ou o acesso a prestações sociais, já que, durante os dez anos, legalmente, o cônjuge continuava vivo. Com a entrada em vigor da nova Lei as famílias podem, tanto quanto possível, retomar as suas vidas, sem constrangimentos legais ou patrimoniais.

Opinião

A última sardinha Carlos Alexandre Macedo varamessaiola.blogspot.com

Neste ano de 2015 a sardinha tem sido um tema recorrente nesta minha coluna, mas pela sua importância para a comunidade piscatória nacional, não podia ser de outra maneira. Até porque a forma como o assunto tem sido tratado é sintomático da forma como a pesca tem sido tratada pela actual tutela do Mar. Por estes dias têm vindo a ser encerrada a possibilidade de pesca de sardinha nos principais portos de pesca do país. No momento em que vos escrevo já “fecharam” no centro, Peniche e Nazaré, e no Algarve, Portimão. Como uma gangrena, este mal irá estender-se por todo o país. Por habilidade dos governantes e falta de visão de uma parte dos representantes do sector a responsabilidade e o ónus deste, inevitável (dada a reduzida quota), encerramento da possibilidade de pescar sardinha, tem recaído sobre as Organizações de Produtores. A habilidade do governo e a ganância das or-

ganizações com maiores históricos, em guardar a sua fatia da mísera quota, fez com que os representantes do sector se colocassem numa posição muito frágil no debate desta questão. Só assim se explica que a Ministra Assunção Crista se permita acusar as OP’s que viram encerradas as suas pescarias de falta de cautela na gestão das pescarias. A habilidade politica desta tutela é uma realidade, sobretudo porque entenderam com que mecanismos podem dividir o sector, governandoo a seu bel-prazer sem o ouvir nem debater o que quer que seja. O desígnio de mar deste governo, nada tem que ver com a exploração dos recursos feita pelos pescadores. Está inclusive nas antípodas desta actividade. Como já escrevi aqui, a pesca é inclusive um empecilho, que durante estes 4 anos tem sido posto no seu lugar, o canto escuro da sala (exemplo cabal foi a Lei n.º 17/2014 que Estabelece as Bases da Política de Ordenamento e de Gestão do Espaço Marítimo Nacional).

Um exemplo dessa habilidade foi a publicação durante o fim-de-semana, e sem ouvir o sector, de uma portaria (nº260-A/2015) definindo os apoios/subsídios a prestar aos pescadores e armadores que se viram entretanto proibidos de pescar sardinha. Aparte os erros resultantes da pressa na publicação (discordância de datas, etc), conseguiram com o documento contentar/calar uma franja da frota que estaria em vias de se manifestar de forma mais evidente perante a opinião pública. Um quarto desta habilidade teria sido útil à tutela na defesa dos interesses nacionais perante a nossa congénere do país vizinho. Como já aqui fiz referência em textos anteriores, a forma como o governo espanhol tem olhado para os pareceres científicos do ICES/CIEM e para a crise da sardinha tem sido substancialmente diferente do português. Se os nossos vizinhos definiram uma possibilidade de pesca mensal de mil toneladas (Boletín Oficial del Estado de 9 de Janeiro de 2015), o governo português optou por colocar pescadores contra pescadores, dividindo a quota nacional em quintais com base no histórico das embarcações. Enquanto uns (nuestros hermanos), vão capturando sardinha ao sabor do tempo, outros (os portugueses) vão-se inibindo de capturar sardinha, assumindo limites ridículos, de forma

a estenderem a sua diminuta possibilidade de pesca no tempo. Tudo isto obviamente, acaba por deitar por terra um pressuposto, não aceite pelos espanhóis, de que a quota ibérica deveria ser distribuída na proporção de cerca 67% para Portugal e de 33% para a Espanha, com base nas capturas históricas dos 2 países. O repúdio de “nuestros hermanos” a esta chave de repartição ganha outra dimensão se olharmos para a evolução desta proporção da captura de sardinha desde que foram instituídas restrições à pesca. Abaixo o quadro com essa evolução com base nos dados apresentados pelo ICES/ CIEM no seu último relatório de 16 de Julho, que aconselha que em 2016 se capture menos de um décimo do que se capturou este ano.

a crise da sardinha pode até ser vista como uma oportunidade de ouro para que a “Armada Espanhola” virasse a seu favor uma batalha que sempre lhe foi desfavorável, a da captura da sardinha. Politicamente a gestão deste problema é um absoluto desastre que ficará na história do sector. Assim de forma pacífica e despudorada se caminha a passos largos para a dissecação de um dos principais subsectores da frota nacional. Transformar a sardinha numa pesca sazonal é o princípio do fim dessa frota, é um forte revés à retoma da indústria conserveira baseada em produto nacional é o fim da indústria transformadora que congela sardinha portuguesa. Nos casos da indústria conserveira e transformadora, não desaparecerão, “apenas”

Da simples observação do quadro se percebe que a limitação de pesca não tem sido igualmente dolorosa nos 2 países. Bem vistas as coisas,

passarão a trabalhar peixe importado. Agora vou ali comer umas sardinhas, que podem bem ser as últimas deste ano…

Este texto não obedece ao novo acordo ortográfico por opção do autor

Ambiente

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

Fonte ICNF

Entre na aventura e conheça o Coasteering, uma atividade radical que permite percorrer a linha da Costa, ultrapassar obstáculos e disfrutar do meio ambiente e de paisagens magníficas. Em Sesimbra esta dinâmica existe desde 2009, quando a empresa Vertente Natural decidiu entrar no mercado do turismo ativo e de aventura.

Jovita Lopes Entre o azul do mar e o verde da serra, o Parque Natural da Serra da Arrábida é um excelente lugar para a prática de desportos radicais e de aventura. O coasteering tem vindo a ganhar força enquanto atividade ao ar livre, devido às inúmeras particularidades

oferecidas pelo Parque Natural e pelo Parque Marinho, através da combinação entre a envolvência das áreas protegidas, das águas translúcidas e das escarpas magníficas rochosas que se precipitam sobre as baías e enseadas.

Localizado ao longo da costa sul da Península de Setúbal, entre a serra da Arrábida e o cabo Espichel, foi criado, em 1998, um Parque Marinho com uma área de 52 km2. Recebeu a designação de “Parque Marinho Professor Luiz Saldanha” em homenagem a este biólogo que dedicou parte da sua carreira científica ao estudo daquelas costas. Fazendo parte integrante do Parque Natural da Arrábida, trata-se de uma área protegida do sistema nacional, gerido pelo ICNF, I.P.. Para além deste reconhecimento nacional, toda a sua área está também integrada na rede europeia de conservação – Rede Natura 2000. O Parque Marinho inclui o segmento de costa rochosa entre as praias da Figueirinha e da Foz. É uma porção da costa portuguesa com características particulares, nomeadamente com fundo rochoso, de natureza muito específica já que resulta, essencialmente, da fragmentação da própria arriba, destacando-se grandemente de toda a envolvente, já que a costa portuguesa, para norte do cabo de Sines, é maioritariamente arenosa. Fonte ICNF

O Coasteeering divide-se em quatro níveis possíveis, resultando em diferentes condições da prática e os diferentes estados do mar: Blue Line - Boas condições para a prática da atividade com águas e vento calmo White Line - Ondas entre um metro e dois metros, com “carneiros” e muita espuma Red Line - Ondulação superior a dois metros, com necessidade de reações rápidas e nadar bastante. Condições limites para se comercializar a atividade Flat Line - Percursos mais longos com condições calmas

Esta atividade desportiva relativamente recente em Portugal, consiste em progredir ao longo da zona entre-marés da costa rochosa, recorrendo à natação, escalada, rappel, saltos para a água e caminhada, permitindo descobrir cenários e recantos que de outra forma são impossíveis de deslumbrar. Em Sesimbra o Coasteering é dinamizado pela empresa de animação turística Vertente Natural, pioneira e responsável pela montagem de vários percursos ao longo da costa, incluindo a sua manutenção e realização de atividades regulares, nomeadamente durante o período da primavera e do verão, quando o público adepto de atividades de ar livre procura o fresco e a calma proporcionada pelas inúmeras paisagens de perder a respiração. No entanto os mais aventureiros poderão realizar a atividade em qualquer altura do ano.

Segundo José Saleiro, gerente da Vertente Natural, para prática da atividade são necessárias uma série de medidas e materiais de segurança como o uso de capacete,

colete flutuador, fato térmico e ténis. Uma vez que alguns percursos admitem ainda rappel, é imprescindível o uso de arnês e todo o equipamento de descida como o “oito”, cordas e kit de salvamento em caso de emergência. Com todas as questões de logística e segurança garantidas, é só seguir viagem, atravessar conteúdos, cultura, beleza e calma. num convite ao descanso, criado no contacto direto com a Natureza. No final do dia, depois da aventura terminada, a certeza de que o hipotético receio inicial deu lugar à certeza de que testar os limites da costa sesimbrense sabe a pouco e dá vontade de repetir.

Vertente Natural |21 084 89 19 | info@vertentenatural.com

Saúde

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

Presidente da ARSLVT e diretor do ACES Arrábida visitam e avaliam instalações da UCSP de Sesimbra

Novas soluções em cima da mesa O Presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Cunha Ribeiro e o director executivo do Agrupamento de Centro de Saúde (ACES) da Arrábida, Pedro Lopes, acompanhados pelo Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto Pólvora, e pela Vereadora do Pelouro da Saúde, Cláudia Mata, visitaram no dia 14 de agosto, as instalações da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Sesimbra, o Atendimento Complementar (AC) da freguesia de Santiago e os locais apontados pela autarquia como os mais indi-

cados para a construção/remodelação de uma nova unidade de saúde. Esta visita de trabalho, realizada a convite da CMS, teve como objectivo avaliar as alternativas e soluções apresentadas, pela Câmara, para a localização das novas instalações. “A necessidade do investimento é clara para todos e o pelouro da saúde não deixa de pressionar”, informou Cláudia Mata. Sabe-se que, em cima da mesa, está a possibilidade da deslocação da UCSP e do AC, para o edifício localizado na Rua Aníbal Esmoriz, ficando o edifício do antigo Dispensário,

destinado aos serviços de Saúde Pública, Unidade de Cuidados Continuados e Unidade de Recursos de Assistência Partilhada. Segundo a vereadora com o pelouro da saúde “estamos nas intervenções. a pressionar Tudo vai depenpara que as der dos financiaCláudia Mata obras iniciem mentos vindos da Vereadora com o ainda durante Administração Pelouro da Saúde este mandato Central” autárquico, Várias têm sido conforme planeamento da AR- as diversas reuniões de trabaSLVT, divulgado pela AML. lho realizadas entre a autarTemos vindo a identificar quia e os responsáveis pela várias soluções e demonstra- ARS de Lisboa e Vale do Tejo, do a necessidade de urgência sobre os equipamentos de saú-

de do concelho de Sesimbra. Sabe-se igualmente que para a freguesia da Quinta do Conde está previsto o alargamento da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, ao nível do piso térreo. Recorde-se que já em 2012, ano de inauguração, esta unidade era considerada insuficiente para os quase 30 mil habitantes da freguesia.

Locais Regulamento da Náutica de Recreio na base da retirada de embarcações

Fundeio na baía DR

Mário Chagas No passado domingo, 23 de agosto, a Polícia Marítima (PM) retirou todas as embar-

cações de recreio fundeadas ao longo da baía: os motivos desconhecem-se, porém o fundamento baseou-se no Regulamento da Náutica de Recreio (RNR) caduco e de-

sajustado da realidade, do qual os nautas aguardam a sua simplificação e modernização aos tempos presentes. Independentemente dos planos de ordenamento da orla costeira (POOC) determinarem que a zona de banhos se estende até aos 100 metros da linha de costa, o RNR desajustado da realidade define a distância de 300 metros para fundeio das embarcações. Com esta atitude da PM, a baía ficou despida da presença da náutica de recreio e a beleza da baía perdeu algum do seu glamour. Uma certeza fica para o futuro: os veleiros da náutica de recreio mandados retirar da baía, uma parte deles de nacionalidade estrangeira, não

voltarão a Sesimbra e, a imagem do Portugal Náutico, que tantos fóruns de debate tem conhecido, fica imensamente prejudicada. Ao invés dos fundamentos, que não existiram por parte da PM, constata-se porém a existência de um fundeadouro para pequenas embarcações de recreio a menos de 100 metros da linha de Costa, autorizado pela mesma autoridade marítima que proíbe o fundeio dos veleiros da Náutica de Recreio, respeitando a distância referenciada nos POOC. Não se conhecem motivos de segurança da navegação para que fossem mandadas retirar as embarcações fundeadas ao longo da baía, posto que, o fundeio na batimétrica

dos 300 metros é que poderia trazer insegurança aos respetivos tripulantes, não só por se tratar duma zona de navegação como pela profundidade da batimétrica para fundeio. Tal zelo e preciosismo da Polícia Marítima de Sesimbra, não se regista em mais nenhum porto, pelo menos, desde o Porto de Lisboa, passando por Oeiras, Cascais, Tróia, Sines e a toda a costa algarvia, cujo fundeio na batimétrica para além dos 100 metros da linha de costa não é questionado. Seria bom que a Autoridade Marítima, a Câmara Municipal de Sesimbra e as partes interessadas da Náutica de Recreio, em particular, o Clube Naval de Sesimbra e a Associação Nacional de Cruzeiros, pudessem ajustar um procedimento local para o fundeio das embarcações de recreio, respeitando a distância da linha de costa em consonância com o Plano de Ordenamento da Orla Costeira.

Cultura

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

Muito obrigado! Nestes últimos tempos a saúde atraiçoou-me e passei por maus momentos, hospitalizado em Setúbal. Falhei contatos festivos com “O Sesimbrense” e tenho recebido inestimáveis testemunhos de amizade através de telefonemas e incitamentos à minha nada fácil recuperação. Tenho sido bem apoiado pelas “equipas” da “CASCUZ” e pelo competentíssimo engenheiro Júlio Gomes, um “velho” conhecido de notável prestígio pessoal. A quantos me têm desejado melhoras aqui deixo expresso, com indisfarçável emoção, o meu muito obrigado.

Carta aberta a... Carmo Batalha

David Sequerra Boa (e “menos nova…”) Amiga Não gosto da palavra velha(o) e evito-a sempre que posso. O recurso à expressão menos nova pareceme bem e é assim que a trato, aos 90 anos, completados no passado dia 28. Estimo-a bastante e

quando a saúdo carinhosamente, vem-me à memória a figura notável do senhor seu pai, um flagrante exemplo da dignidade contida na força do trabalho. Em tempos idos, há uns bons 70 anos, o senhor Ba-

talha era o mais conceituado estafeta ao serviço de Sesimbra e arredores, como bem me lembro. Pai de 5 filhas, de esmerada educação, de uma simpatia excecional, o Senhor Batalha era bem conhecido da grande maioria dos seus conterrâneos, muitos deles seus clientes do vai-vem constante do zeloso estafeta-mor, rumo a Lisboa ou Setúbal, de sol a sol, em infatigável labor que fez época. Amiga Carmo – sei bem quanto se orgulha de seu pai, tal qual a mana Alice, que é mais da minha idade e com quem convivi mais de perto por mor das récitas da Vila Amália em que o “Zeca” Simplício e a Alice Batalha eram as principais “vedetas”,

cabendo-me a mim e ao meu irmão Henrique (Quito) papeis secundários, mas de plena convicção a esses intentos teatrais. A Carmo era só assistente, como as demais irmãs e confesso que me faz impressão fazer as contas quanto ao tempo a que isso já foi… Decerto que se lembrará bem da boa voz da “menina” Alice a cantar “As Carvoeiras” (“que bonitos olhos dela, que ternura têm no olhar…”). E é também por isso, pelo comum exercício de memória que ambos podemos fazer, que a saúdo todos os domingos, no adro da Matriz, elogiando o seu espírito jovem e a simpatia própria do “Clã Batalha”. Um terno abraço!

Opinião De igual modo

Do rotary à natação dos mais jovens

Pena é que o efetivo de membros tenha vindo a diminuir. Se esta referência elogiosa ajudar a uma maior adesão, dou-me por feliz. ** *

David Sequerra Muito recentemente o Rotary Club de Sesimbra mudou de “líder”, após um elogiável período de gestão, sob égide feminina. Agora é o engenheiro Carlos Vidinha quem conduz a valiosa “equipa” rotária, após transmissão pacífica e digna de elogios centrados

no labor da Dra. Argentina. Nas comemorações de mais um aniversário, em julho p.p., o jantar convívio foi valorizado – e muito! – com a participação do Prof. Dr. Marcelo de Sousa (que também é rotário, no Ciclo de Lisboa) e com o colóquio sobre temas pedagógicos/desportivos, falando-se

de iniciação, de pedagogia de pais e também de olimpismo, versus 2016, de nossa lavra e gosto! Foi uma boa sessão, na “sala polivalente” da biblioteca, com casa cheia e boas perspetivas de continuidade deste tipo de iniciativas que prestigiam a “família” Rotary.

Cumprindo as normas básicas desta rúbrica, passamos da atividade “rotária” a uma não muito agradável reflexão sobre a natação dos mais jovens sob a égide do G. D. Sesimbra, que treinam e deveriam evoluir bastante mais na bem cuidada piscina do clube. As classes de iniciação deviam ter mais gente a fre-

quentá-las e na competição organizada pela federação da modalidade, pode falarse em deceção de resultados, em especial, quanto à muito jovem Maria Oliveira Paulo, que tinha sido vicecampeã regional (piscina longa) e que não esteve inspirada “Nacional de Clubes”. A Maria vai progredir, de certeza. Mas no mês passado não atingiu registos positivos. Uma espécie de contraste com as razões de elogios que tecemos quanto ao Rotary Club. Daí que, de igual modo, registamos o que julho testemunhou.

Locais

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Pepita

A Traineira Pepita, assim designada por sugestão de Maria da Arrábida Polido, sua sogra, foi mandada construir ao Carpinteiro Naval A. Esteves num estaleiro em Setúbal, no dia 24 de junho de 1961. Ainda nesse ano, perante despacho ministerial, foi cedida a arte da pesca da sardinha, da traineira Transportadora, da propriedade da família Martelo, para Traineira Pepita. Ao longo dos anos, vários foram os tripulantes da traineira, que tinha como “enviada” a embarcação Pepe e mais tarde

Jovita Lopes Considera-se uma cidadã do mundo, de espirito aberto e muito frontal. Josefa AlgansTaboada Martelo, mais conhecida por Pepita (diminutivo espanhol de Josefa), chegou a Portugal no ano de 1957 quando o seu pai, engenheiro de profissão, veio trabalhar para Lisboa. Nesse ano, a família Algans apaixonada por Portugal instalou-se no país e por aqui ficou durante largos anos. Hoje, com 81 anos, recorda que conheceu o seu marido Mário Martelo, numa ida ao cinema Império, em Lisboa. Durante o filme “Querido Joy” trocaram algumas palavras e sem darem por isso passados seis meses contraíram matrimónio, no dia 11 de Abril de 1959. Os anos seguintes foram vividos entre Sesimbra e Lisboa, mas foi na capital que decidiram residir, mais precisamente na Travessa Conceição da à Lapa, com os seus três filhos, Eduardo, Maria José e Gustavo. Atualmente reformados, Mário Martelo e Pepita, vivem em Sesimbra e contam com a presença constante dos seus três filhos e sete netos, que lhes enche a alma.

Mais do que u uma história li

Mário Martelo e Pepita na sua casa em Sesimbra

a embarcação Martelo. Nos registos destaca-se Olímpio Bastos Ribeiro, mestre, Artur dos Santos Marcelo, contra-mestre, Albino Rocha da Paixão, mestre de terra, José António Pinto Mendes, ajudante de mestre de terra e João Duarte Polido, motorista. Em 19 de agosto de 1973, a Traineira de registo número SB-766C, foi vendida por trezentos e cinquenta mil escudos, a José Cândido David e Albino José Barata, residentes em Sesimbra.

Locais

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um nome, igada às gentes de Sesimbra

Traineira Pepita

O Café Martelo, da propriedade da família Martelo, era a par do Ribolé e do Ribamar,

um dos locais onde habitualmente Os Galés, conjunto orientado por Mário Regalado, exibiam os seus dotes musicais e artísticos. Naquele tempo, a Rua Capitão Leitão era o local de eleição de muitos sesimbrenses e turistas que visitavam Sesimbra. “Como sabes a minha mãe tinha o café na Rua Capitão Leitão (conhecido pela Galé). Como nós passávamos muito tempo por lá, criamos laços de amizade com o Mário Regalado, que era amigo do Armindo Pinhal, funcionário do café. Entretanto o Mário fez-nos esta surpresa de escrever uma letra para Os Galés, intitulada a Traineira Pepita”, relembra emocionado Mário Martelo. É certo, o tempo passa mas grande parte das músicas escritas por Mário Regalado, para Os Galés, têm passado de geração em geração e ainda hoje se ecoa pelas ruas de Sesimbra Traineira Pepita…. E já lá vão quase cinquenta anos. Meio século!

Letra e música de Mário Regalado

Traineira Pepita (bis - coro) Princesa do mar (bis - coro) Tu és tão bonita (bis - coro) Rainha a pescar (bis - coro)

Domingos Martelo, pai de Mário Martelo, proprietário da Traineira Exportadora e da enviada Pepe

Tu és a primeira modesta ligeira Na faina do alar Traineira Pepita, tu és tão bonita Princesa do mar

“Os Galés”, nome de grandes tradições locais.

Na pesca à sardinha (bis - coro) À luz do luar (bis - coro) Até as estrelas me parecem velas P’ra te alumiar Pescadores valentes regressam contentes À praia a cantar Traineira Pepita, tu és tão bonita Princesa do mar Olímpio Bastos Ribeiro, no ano de 1969, primeiro mestre da Traineira Pepita

Mário Martelo, Maria da Arrábida Polido e Pepita com a mãe Josefa e os seus três filhos, na esplanada do Café Martelo, na Rua Capitão Leitão

Educação

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Opinião

Moinhos de Sesimbra t Sopa de Letras

No regresso às aulas

t Palavras Cruzadas

José Manuel Vieira

rAçorda rAreia rBacalhau rBatista rCabeços rCabreira rCães rCanino rCasalão

rChocolate rElisário rGuilhermino rLage rMacaco rMoleira rRalaço rSantana

Referência: Engenhos de moagem de cereais, Sesimbra - Memória e Identidade

Horizontal 4-Foi propriedade da Casa de Calhariz; 7-Também designado como Moinho do “Pinga-Azeite”; 9-Localiza-se no Casal dos Ladrões, na Apostiça; 15Também conhecido por Moinho do Maltês; 17- Também conhecido por Moinho Caldeira; Vertical 1-Aproveitava a força da água da Ribeira dos Torrões; Nome do sítio onde terá estado situado o cadafalso da Sesimbra medieval; 3-Nome de uma localidade perto de Alfarim; 5- A sua origem remonta aos séculos XVI ou XVII; 7- Também conhecido como Moinho do Ralaço; Também conhecido como Moinho do Chocolate; 9-Nele trabalhou uma família conhecida por “Cocheiras”.

O novo ano escolar não tarda a iniciar-se. Trata-se de um acontecimento marcante na sociedade portuguesa, para os alunos, pais, professores e comunidades locais. Embora constitua um tema amplamente batido, nunca é demais refleti-lo e repensálo. O sistema educativo em Portugal, tal como se encontra, carece de uma profunda reflexão, de uma revisão de conteúdos e métodos, pois pouco contribui para a formação integral do cidadão na sociedade. A escola, que por um lado, desempenha um papel social importante, tem por principal missão: ensinar, transmitir conhecimentos e saberes. Por outro, compete às famílias, aos encarregados de educação, aos meios de comunicação social, a tarefa de educar. Mas, educar que significa conduzir, tem um sentido mais amplo, porque envolve todos os agentes na formação integral do homem. Frequentemente ouve-se

dizer que as jovens famílias não estão preparadas para absorverem os novos métodos de ensino. Porém, um relatório da OCDE afirma que Portugal, no espaço europeu são as famílias que menos tempo dedicam aos filhos. Pensamos que as razões se situam: no excesso de horas de trabalho, na desregulação da contratação coletiva, no ambiente de medo que se vive nas empresas, na sobrecarga horária dos alunos, na própria cultura do êxito e no pensamento único. Assim, alguns pais, comissões de pais, alguns sindicatos e professores ao serem interpelados sobre o funcionamento das escolas, o rumo da educação e do ensino em Portugal, chegaram a diversas conclusões. Ei-las: A escola necessita de um corpo docente estável, porque ele dá segurança e confiança, é essencial para a formação dos alunos e dos formandos; Os professores precisam ser acarinhados socialmente e pelo Ministério da Educação, em vez de hostilizá-los e desmotivá-los, considerando-

os os responsáveis pelo mau funcionamento da escola e do insucesso escolar; Privilegiar as relações professores-alunos, entre professores, entre estes e encarregados de educação; em suma, entre toda a comunidade educativa, pois o ensino e a educação são processos relacionais, não apenas administrativos, em que o que conta são os números; As turmas deveriam ser de 15 a 17 alunos e não de 25 a 30 ou mais; A escola carece de uma boa organização, ser inovadora numa aprendizagem saudável e integral de todos os intervenientes, com menor carga horária semanal, (e uma tarde livre por semana, como existe hoje em muitos países europeus) permitindo os alunos atividades lúdicas, de lazer, de artes e de música, etc.; A comunidade precisa gerar a coresponsabilização de todos, a confiança, a disciplina, a equidade e harmonia entre todos os agentes. Assim, quando todos assumirem as suas responsabilidades, nesta tarefa difícil de ensinar e educar, teremos uma sociedade mais digna, mais honesta, mais culta e respeitadora dos seus direitos e deveres. A sociedade ganhará outra mentalidade e cultura.

Política Sesimbrenses englobam listas do círculo eleitoral por Setúbal

Movimento independente de cidadãos comemora segundo ano de existência

Candidatos à Assembleia da República

Movimento Sesimbra Unida JN

No dia 4 de outubro de 2015 realizar-se-ão as eleições legislativas para a composição do novo assento no parlamento português (230 deputados). Relativamente ao círculo eleitoral de Setúbal, as DR

listas de candidatos a Deputados à Assembleia da República, que chegaram até à redação d’O Sesimbrense, contam com a presença dos seguintes elementos, pertencentes ao concelho de Sesimbra: Francisco Jesus

Sérgio Faias

patizantes do MSU celebraram mais um ano de vida, do movimento independente de cidadãos, que conseguiu alcançar consideráveis resultados nas eleições autárquicas de 2013.

Sandra Cunha (BE)

(PCPPEV) 21.º Efetivo

(PS) 15.º Efetivo

Passaram dois anos da entrega oficial da candidatura, do Movimento Sesimbra Unida, às eleições autárquicas no concelho de Sesimbra. Simbolicamente no dia 4 de agosto, amigos e sim-

Pedro Mota (Nós, Cidadãos!) 12.º Efetivo DR

Graciete Carvalho

Carlos Trindade

(Col. PSD/ CDS-PP)

(PS) Suplente

11.º Efetivo

2.º Efetivo DR

Júlia Pereira (BE) 7.º Efetivo

Associativismo

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Bombeiros Voluntários de Sesimbra celebram aniversário

JOAQUIM DIOGO

112 anos ao serviço da população O hastear da bandeira iniciou a programação do aniversário na manhã do dia 12 de agosto. No período da tarde, depois da formatura geral seguiram-se a receção às entidades convidadas e a sessão solene com promoções, condecorações e atribuição de diplomas aos sócios com 25 e

50 anos de filiação. O dia ficou marcado pelas várias referências a Fernando Gato, figura incontornável nos Bombeiros pela sua elevada determinação e espírito de entrega. Ausência notada também de Maria Eugénia Braz, filha do saudoso comandante Abel Gomes Pól-

vora, presença assidua nas cerimónias. Foi perante um elevado número de pessoas que se iniciou a sessão solene de comemoração do 112.º aniversário dos BVS. Fidelino Pereira, Vice-Presidente da Direção da Associação, no seu discurso relembrou os homens

Formatura dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra

e mulheres falecidos que em vida dedicaram-se em prol do bem comum, ao serviço dos bombeiros. Na sessão destaque para a

atribuição da medalha grau ouro, a Ana Patricia da Silva Costa, por 15 anos de assiduidade e bons serviços prestados à corporação.

Sala cheia no 68.º aniversário do Grupo Desportivo de Sesimbra

“Estrelas do Sesimbra” abrilhantaram a noite No passado dia 10 de Agosto, o Grupo Desportivo de Sesimbra celebrou o seu 68.º aniversário. Na cerimónia estiveram presentes dirigentes, funcionários, representantes de diversas coletividades, sócios, atletas, patrocinadores e amigos do clube. A presidir a sessão esteve o Presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube, Félix Rapaz, acompanhado na mesa por Arnaldo Paredes, Adjunto do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Augusto Pólvora,

Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Ana Cruz, Francisco de Jesus e Vitor Nunes, presidentes das Juntas de Freguesias do conselho, João Narciso, Secretário da Assembleia Municipal de Sesimbra, Sebastião Patrício, Presidente da Direção do Clube e Joaquim Carapinha, Presidente do Concelho Fiscal. Dos vários discursos proferidos destaque para o importante papel que o Grupo Desportivo de Sesimbra tem prestado à comunidade, a nível regional e

Homenagem à equipa sénior feminina de voleibol do GDS

nacional. Na cerimónia foram também entregues diplomas e medalhas aos sócios com 25 e 50 anos de filiação ao clube

e reconhecidos atletas de diversas modalidades. Catarina Rapaz, Maria Oliveira Paulo e Susana Chanoca Narciso em natação e Rodrigo e Gon-

çalo Ribeiro no badminton, foram distinguidos pelos bons resultados alcançados durante a época desportiva. No voleibol, foram homenageadas as atletas seniores femininas, que marcaram presença entre as quatro melhores equipas nacionais da 3ªdivisão, e individualmente, a cadete Gonçala Gonçalves, que representou a seleção regional, na época transata. Ainda nesta modalidade, foram reconhecidos os préstimos de Francisco Gonçalves e Helena Martins, pela sua dedicação ao voleibol.

Sociedade Faleceu Dr. Manuel Torres

D. José Ornelas Carvalho sucede a D. Gilberto Reis

Novo Bispo de Setúbal DR

David Sequerra

Sesimbra e os seus muitos amigos lamentam que o convicto cidadão “pexito”, por bem antiga adesão sentimental nos tenha deixado – o sempre alegre e activo Dr. Manuel Torres que foi dirigente da Liga e um valioso colaborador de “O Sesimbrense” até há pouco mais de meia dúzia de anos. Com casa no alto do Moínho, veraneante de qualidade, Chefe de Família exemplar, o Dr. Manuel Torres orgulhavase, justamente, da sua carreira profissional em elevados cargos nos domínios da educação.

O Papa nomeou, no passado dia 24, D. José Ornelas Carvalho, madeirense, de 61 anos, como novo bispo da Diocese de Setúbal. O bispo eleito nasceu a 5 de janeiro de 1954, tendo feito a sua formação religiosa na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos). A 9 de agosto de 1981 foi ordenado padre na sua terra natal. Na Estamos – e somos muitos! – mais pobres com o seu falecimento. À sua esposa, filhos e netos apresentamos as mais sentidas condolências. Até sempre, “Manecas”!

Espaço ocupado pelo estaleiro de obras do Mercado Municipal desagrada turistas e munícipes

Falta de segurança na via pública

Maria Eugénia Alvim Pólvora Braz Fez no passado dia 4 de agosto, um ano que Maria Eugénia Alvim Pólvora Braz faleceu. A filha de Abel Gomes Pólvora, fundador d’ O Sesimbrense, teria completado 94 anos no passado dia 13 de abril. Sempre muito afável, Maria Eugénia Braz deixou saudade, a todos aqueles que com ela conviveram.

sua Congregação, o novo bispo foi superior da Província Portuguesa, cargo que assumiu a 1 de julho de 2000, foi eleito Superior Geral dos Dehonianos a 27 de maio de 2003, cargo que ocupou até 6 de junho de 2015. D. José Ornelas sucede assim D. Gilberto Reis, que renunciou o cargo por motivos de idade.

Obras no Mercado Muncipal condicionam passagem aos transeuntes

Várias são as queixas que têm chegado à redação d O Sesimbrense relativamente ao espaço ocupado pelas obras

de requalificação do Mercado Municipal. Os transeuntes queixamse sobretudo da ocupação do

passeio, junto à porta principal, levando-os a circular obrigatoriamente na faixa de rodagem, tornando esta zona propicia a acidentes. Alguns comerciantes queixam-se igualmente do uso arbitrário e sem nexo do espaço ocupado pelo estaleiro de apoio às obras, que além de ocupar alguns lugares de estacionamento, torna a passagem inacessível. Esta situação poderá estender-se até meados de setembro ou outubro, altura prevista para a conclusão da obra.

sociedade

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

12.ª Edição do Trio Elétrico enche a marginal

Verão eletrizante NUNO MONTEIRO

Sesimbrenses pelo Mundo Pedro Conceição

Idade: 26 anos Pós coloridos “pintaram” o âmbiente da iniciativa

Local: Londres

Promovido pela Tripa Associação, decorreu no dia 8 de agosto a 12.ª edição do Tripa Trio. Um Trio elétrico que atrai à vila de Sesimbra centenas de foliões, que de forma animada e descontraída percorrem a avenida marginal,

Profissão? Marketer Digital Há quanto tempo? 2 anos Qual o principal motivo que te levou a partir? Por razões pessoais e por querer estar no centro do mundo da tecnologia e das startups. Londres é a cidade europeia que me pode proporcionar isso. Exceptuando a família, claro, de que sentes mais saudades? Da cultura Portuguesa que tende a ser mais calorosa que a Inglesa. De que forma te manténs atento ao que se passa em Sesimbra? Através do Sesimbrense, claro! Redes sociais facilitam também imenso o contato com as pessoas que ficaram por Sesimbra. De que forma olhas agora para a tua terra a partir daí? Após vários anos fora do país, é natural que comece a apreciar mais o que a nossa terra tem para oferecer. Desde a beleza natural que agora vejo com outros olhos, tal como a comida assim como o calor das pessoas. Como matas as saudades? Tento voltar sempre que possível e manter-me em contato com as pessoas que ainda vivem em Sesimbra. O projecto é voltar? Sim, irei voltar quando se proporcionar. Neste momento não consigo apontar uma data mas espero voltar.

O que te fará voltar? Apesar de ter passado imensos anos fora de Portugal, continuo a sentir que a minha casa situa-se aí. A experiência de viver noutros lugares e conhecer novas culturas tem sido fantástica mas a longo prazo quero estar mais perto da minha família e amigos. O que dirias ou que conselho darias a quem hoje está de partida? Que estudem o sítio para onde vão e falem com pessoas que estejam no mesmo local e, de preferência, a praticar uma atividade semelhante. Tentem visitar a cidade para onde planeiam ir antes de se mudarem. Por vezes há a ilusão que tudo é melhor fora de Portugal, quando isso não é necessariamente verdade e conhecer essa realidade antes da mudança poupa bastantes dores de cabeça. E a quem fica e vê alguém próximo partir? Com a internet e voos (relativamente) baratos, a distância atenuou-se imenso. Não é de todo o fim do mundo ver alguém a partir mas, provavelmente, apenas uma situação temporária. O que custa mais? Para quem se muda pela primeira vez para um novo sítio, a adaptação. Aprender a língua, conhecer pessoas diferentes com uma cultura por vezes oposta à nossa pode ser um choque. Viajar antes de se mudar para um novo lugar atenua imenso esse sentimento.

O que te atrai mais e menos nesse país? O que me atrai mais em Inglaterra (Londres em particular) é o aspeto cosmopolita da cidade e a variedade que tem para oferecer. Aspetos menos positivos, não necessariamente o país, mas o tamanho da cidade por vezes faz com que seja complicado ver amigos. Visitar amigos que vivem noutras partes da cidade normalmente requer um tempo de viagem bastante longo. O que custou mais no processo de adaptação? Não é o primeiro país fora de Portugal em que vivo, pelo que a adaptação não foi complicada. Também já conhecia Londres, o que facilitou além de ter amigos ca. Tudo isso facilita imenso. Onde levas quem te vai visitar aí? Um misto de zonas turísticas como Trafalgar Square ou Convent Garden, e zonas mais locais. Londres tem imenso para oferecer, desde restaurantes a salas de espetáculos (Royal Albert Hall, Opera House, etc), assim como zonas menos turísticas como Hampstead, pelo que tento mostrar o melhor dos dois mundos. Quando regressas a Sesimbra, o que te apetece logo fazer? Além de ver família e amigos, e não necessariamente nesta ordem, visitar o cabo espichel, comer um bom peixe e ir ao Modesto.

ao som de ritmos brasileiros. Apesar de alguns incidentes verificados durante o desfile, os organizadores são unanimes relativamente ao sucesso desta 12.ª edição que, nas suas opiniões, superou todas as espectativas.

Receitas de evento realizado na Praia do Ouro, revertem a favor de Catarina Santos

Beach Color Party JOÃO SILVA

Pós coloridos “pintaram” o âmbiente, da iniciativa

Foi no passado dia 23 de agosto que se realizou o evento primeiro evento Beach Color Party em Sesimbra. Esta iniciativa promovida e desenvolvida por cerca de duas dezenas de voluntários, contou com o apoio da Câmara Municipal de Sesimbra, Juntas de Freguesia, Dagol e BP da Venda Nova. Cor, alegria, música e boa disposição, marcaram o ritmo a todos aqueles que participaram na iniciativa e que em simultâneo se associaram à causa da Catarina Santos. Recorde-se do acidente sofrido no dia 15 de Julho de 2014, num treino de Trampolins, onde a Catarina, uma jovem sesimbrense, sofreu uma queda aparatosa na sequência de um salto comum naquela modalidade de ginástica. No rescaldo dessa

queda, a Catarina ficou tetraplégica (sem mobilidade do pescoço para baixo), devido à fratura de 2 vértebras do pescoço. Desde então vários têm sido os progressos e “vitórias” alcançadas, apesar da constante necessidade de tratamentos clínicos e de recursos financeiros, sem os quais a impossibilitam de manter a extraordinária recuperação. Várias têm sido as “ondas” de solidariedade nacional e local, promovidas através de demonstrações desportivas e de eventos, que de certa forma apoiam a Catarina Santos e que contribuem para fazer face aos avultados custos económicos da sua reabilitação. Desta vez, a “onda” chegou à Praia do Ouro, em Sesimbra, através do Beach Color Party, e trouxe com ela uma maré cheia de animação.

Cultura

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

Nossa Senhora da Boa Viagem, Nossa Senhora De El Carmen e Círio da Azoia, três tradições populares, de terra e mar, que persistem em Sesimbra

Procissões e romarias de agosto DR

Procissão da Nossa Senhora da Boa Viagem (Foto 1), Procissão da Nossa Senhora De El Carmen (foto 2) e Círio da Azoia rumo à Atalaia(Foto 3)

Símbolos da participação coletiva, as procissões e romarias populares são um elemento característico das seculares tradições de Sesimbra, tornando-se distintas e com uma identidade muito própria. No dia 15 de agosto realizou-se a procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem. Esta manifestação de

culto levou muitos peregrinos a percorrer algumas ruas de Sesimbra, em direção ao cais da Praia do Ouro. Pelo segundo ano consecutivo, a imagem percorreu a baía de Sesimbra, na embarcação Nossa Senhora da Aparecida, acompanhada de dezenas de embarcações para a tradicional Benção aos Barcos.

No penúltimo fim de semana de agosto, realizaramse igualmente os festejos em honra de Nossa Senhora de El Carmen. No domingo, o Círio das Pedreiras partiu em procissão para o Monte do Carmo (até à escola primária) prosseguindo em direção à Capela do Palácio de El Carmen, na Serra da Arrábida. Logo

após a celebração da missa, tal como manda a tradição, os devotos reuniram-se em pequenos grupos familiares num almoço convívio na Serra da Arrábida. Com a chegada do final do mês, precisamente no último fim-de-semana de agosto, realizou-se a habitual peregrinação do Círio da Azoia rumo à

Atalaia, no Montijo. Esta peregrinação remonta a meados do século XVII, estando o Círio na localidade da Azoia desde 1657. O ponto alto das festividades aconteceu no domingo quando a procissão saiu à rua, acompanhada pelos Círios da Novo da Jardia, da Azóia, da Carregueira, da Quinta do Anjo e Olhos de Água.

Forteleza de Santiago acolhe, pelo segundo ano consecutivo, encontro de grupos e ranchos folclóricos, numa organização do Grupo Folclórico e Humanitário do Concelho de Sesimbra

Lançamento da Revista

III Festival Internacional de Folclore

Sesimbra, Cultura e Património

As atuações do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aguçadoura, da Póvoa do Varzim (foto da esquerda) e do Grupo Folclórico e Humanitário do Concelho de Sesimbra (foto da direita)

A Fortaleza de Santiago foi o palco escolhido para a realização do III Festival de Folclore. Esta iniciativa, organizada pelo Grupo Folclórico e Humanitário do Concelho de Sesimbra, fundado em 23 de outubro de 1993, ocorreu no primeiro dia do mês de agosto com a participação do

Rancho Folclórico Vicentino de São Vicente da Beira, de Castelo Branco, do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aguçadoura, da Póvoa do Varzim, do Rancho Folclórico e Etnográfico da Carregueira, da Chamusca, e do Grupo de Coros Y Danzas San Isidro Labrador, de Calamonte, Mé-

Akra Barbarion

rida. Foram várias as centenas de pessoas, que puderam apreciar os conjuntos que, através da música, dança e trajes, representaram as suas tradições constituídas por lendas, mitos, provérbios e costumes passados de geração em geração.

Akra Barbarion – Sesimbra, Cultura e Património é título da revista editada pela Câmara Municipal, cujo lançamento se realizou no passado dia 7 de agosto, na Casa do Governador, na Fortaleza de Santiago. Caraterizada pela diversidade de especialização, de matéria, e de abordagem científica, com um cunho de natureza crítica e informativa, pretende dar a conhecer trabalhos inéditos, de novos e consagrados investigadores, que possam contribuir para a difusão do conhecimento, e promover a reflexão e discussão em torno de diferentes temáticas. No lançamento do primeiro número, Augusto Pólvora, Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra afirmou que «Esta revista reúne artigos com muita qualidade, que refletem um profundo conhecimento da história de Sesimbra por parte dos seus

autores». Esta publicação visa retomar a dinâmica do projeto editorial Sesimbra Cultural, desenvolvido na década de 90 e que ainda hoje se apresenta como referência para o conhecimento e divulgação do concelho de Sesimbra. DR

Desporto

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

Colaboradores, famíliares e amigos uniram-se na receção aos dois atletas da Cercizimbra, vindos dos EUA

Apoteose no aeroporto da Portela DR

João Silva Centenas de pessoas aguardavam em apoteose os 49 atletas e 21 técnicos, que participaram nos jogos mundiais Special Olympics. O nadador sesimbrense, António Ricardo, obteve uma medalha de ouro e outra de bronze (50 m de bruços e 50 m de mariposa) respectivamente, enquanto que o atleta Nuno Marquês conquistou um honroso 4º lugar na modalidade de basque-

tebol. Para Maria João Figueira, coordenadora técnica da Cercizimbra, estes resultados são fruto do trabalho desenvolvido pelos treinadores, atletas, parceiros e equipa da Cercizimbra. Firmina Gonçalves, mãe do António Ricardo realçou as capacidades do atleta e demonstrou como ficou orgulhosa com os resultados obtidos em Los Angeles. Já os pais do Nuno Marquês (Leopoldina e Carlos Marquês) ficaram também muito orgulhosos, pelo desempenho do filho e salientaram as saudades sentidas pela sua ausência no período em que os jogos decorreram. No final, a opinião dos familiares, dos atletas que participaram na prova, foi unânime no reconhecimento do execelente trabalho que a Cercizimbra desenvolve junto dos utentes desde há muitos anos.

O jovem treinador sesimbrense assumiu os comandos técnicos da equipa de júniores do clube do Barreiro

Pedro Macedo no Fabril Após um excelente trabalho realizado na época anterior, nos juniores do Almada Atlético Club, o treinador sesimbrense aceitou o convite endereçado pela direção do Fabril para assumir o comando técnico dos juniores do clube do Barreiro, em futebol. Pedro Macedo terá nesta nova aventura a colaboração de Nuno Barbosa, Miguel Ângelo e David Barata. Os treinos arrancaram no passado dia 24 de agosto, com muita motivação, espírito de camaradagem e vontade de atingir os lugares cimeiros.

Desporto

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015

G.D. Sesimbra e G.D. Alfarim divulgam planteis, das equipas séniores de futebol, para a época 2015/2016

Novos técnicos, no futebol infantil, ao serviço do G. D. Sesimbra e G. D. Alfarim

Muitas mexidas em Sesimbra e poucas em Alfarim

Novas aquisições

Tal como noticiámos, o Grupo Desportivo de Sesimbra promoveu muitas mudanças no futebol sénior, transitando apenas nove atletas para a nova época. Além

dos contratados jogadores, o treinador Ricardo Pardal conta como adjuntos Luís Dias e João Parreira e como treinador de guarda-redes Ricardo Barata.

Já o Grupo Desportivo de Alfarim será orientado pelo jovem sesimbrense Alfredo Almeida que terá como seus adjuntos Hélder e João Grácio.

Planteis Guarda Redes - Ricardo Melo (Ex. Júnior), Pedro Andrade (Ex. União Banheirense) e Marco Nunes (Ex. Olímpico do Montijo). Defesas - Fábio Freitas, Sandro Neves, Quissém d’Alva, Leonardo Maricato (Ex. Júnior), Bruno Pólvora, Miguel Gomes (Ex. F.C. Barreirense), Bertrand Correia (Ex. União Banheirense) e Hernâni Oliveira (Ex. União Banheirense). Médios - Bruno Casaca, Hugo Loureiro, Tiago Neto, Gonçalo Brazinha (Ex. Júnior), Rodrigo Pereira (Ex. Júnior), Gonçalo Honório (Ex. União Banheirense), Tiago Carvalho (Ex. G.D. Alfarim), Hoyeon Yu (Ex. Beira Mar de Almada), Bruno Mendes “Ramirez” (Ex. União Sport-Santiago do Cacém) e Miguel Pereira (Ex. G.D. Alfarim). Avançados - Luís Marques (Ex. G.D. Alfarim), Miguel Correia, Celestino Mendes (Ex. União Sport - Santiago do Cacém), Nicolau Gomes (Ex. União Banheirense) e Nuno Dias. Guarda Redes - Sérgio Mata, Dani e Gonçalo Defesas - Tiago Veríssimo, Tiago Dias, Elson, João Fonseca, António Pires e André Valentim (ex-Sesimbra) Médios - Paulo Vítor, Dinis, Luís Carlos, André Pinto, Adrien, Caretas, Bruno Correia (ex-Fátima), Bernardo Mata (ex-Sesimbra) e Bolacha Avançados - Ivo, Fábio Nunes, Folques, Miguel Mendonça, Gonçalo Quinta-Feira (ex-C. Piedade) e Júlio (ex-Pescadores)

O Grupo Desportivo Sesimbra prepara uma grande mudança ao nível do futebol juvenil. Assim nos juniores o treinador Pedro Silva é o que se mantem relativamente a época transata. Os juvenis serão orientados pelo treinador Ricardo Rodrigues que subiu dos Iniciados. Nos iniciados o treinador escolhido pela direção e pelo coordenador do futebol 11, Carlos Faneca, foi o jovem Durval Pinto que pela primeira vez irá ter a oportunidade de treinar esta categoria. Relativamente ao futebol 7 é aqui que reside a grande mudança a coordenação ficará a cargo do sesimbrense Nuno Vieira regressado de uma grande época a treinar os Infantis “B” do Amora Futebol Clube, neste caso o treinador irá acumular as funções de coordenador com as de treinador no escalão de Infantis “B”. Nos Infantis “A” o treinador vai ser o jovem que sobe juntamente com os atletas do escalão B para os A. Os benjamins “A” continuam a ser orientados por Hugo Loureiro depois do trabalho positivo realizado na época 2014/2015.Nos benjamins “B” surge também um novo treinador, Carlos Sebastião ou mais conhecido pelas

lides sesimbrenses como o “Pelé” iniciará esta temporada um novo ciclo ao nível futebolista nesta feita como treinador. No Grupo Desportivo de Alfarim também se procedeu a muitas alterações na estrutura técnica. Assim os juniores para a nova temporada serão comandados pelo jovem treinador João Ribeiro. Os juvenis após o regresso ao primeiro escalão do distrital serão novamente treinados pelo treinador campeão Marco Dias. No escalão de iniciados este ano com uma novidade, o treinador António Almeida terá um novo desafio na sua ainda curta carreira de treinador. Nos Infantis “A” o treinador será Ricardo Dias, após um magnífico trabalho no escalão sénior, o técnico continua assim o bom trabalho na formação. No escalão de Infantis “B” os treinadores serão os atletas da equipa sénior Bernardo Mata e Daniel Marcelino. Nos benjamins “A” os treinadores serão Tiago Dias e David Rodrigues. Por último nos benjamins “B” o treinador será o jovem Rui Marquês que também iniciará a sua primeira experiência após a conclusão do curso treinador.

A fechar

O SESIMBRENSE | 1 DE SETEMBRO DE 2015