O Sesimbrense - Edição 1194 - Janeiro 2015

Page 1

Fundador: Abel Gomes Pólvora

|

Edição Online: www.osesimbrense.com.pt

|

Diretor: Félix Rapaz

ANO LXXXIX • N.º 1194 de 1 de Fevereiro de 2015 • 1,00 € • Taxa Paga • Sesimbra - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. • DE00592015RL/CCMS)

Externato Santa Joana

Página 12

Liderança no Feminino

Junta de Freguesia de Santiago: Novas Instalações Página 3

Nova espécie de peixe no mar de Sesimbra Página 4

Carnaval 2015: Grupos e Escolas de Samba Página 9


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

Contatos uteis nBombeiros Voluntários de Sesimbra Piquete de Sesimbra: 21 228 84 50 Piquete da Quinta do Conde: 21 210 61 74 nGNR Sesimbra: 21 228 95 10 Alfarim: 21 268 88 10 Quinta do Conde: 21 210 07 18 nPolícia Marítima 21 228 07 78 nProtecção Civil (CMS) 21 228 05 21 nCentros de Saúde Sesimbra: 21 228 96 00 Santana: 21 268 92 80 Quinta do Conde: 21 211 09 40 nHospital Garcia d’Orta Almada 21 294 02 94 nComissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Sesimbra 21 268 73 45 nPiquete de Águas (CMS) 21 223 23 21 / 93 998 06 24 nEDP (avarias) 800 50 65 06 nSegurança Social (VIA) 808 266 266 nServiço de Finanças de Sesimbra 212 289 300 nNúmero Europeu de Emergência 112 (Grátis) nLinha Nacional de Emergência Social 144 (Grátis) nSaúde 24 808 24 24 24 nIntoxicações - INEM 808 250 143 nAssembleia Municipal 21 228 85 51 nCâmara Municipal de Sesimbra 21 228 85 00 (geral) 800 22 88 50 (reclamações) nJunta de Freguesia do Castelo 21 268 92 10 nJunta de Freguesia de Santiago 21 228 84 10 nJunta de Freguesia da Quinta do Conde 21 210 83 70 nCTT Sesimbra: 21 223 21 69 Santana: 21 268 45 74 nAnulação de cartões SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços) 808 201 251 Caixa Geral de Depósitos 707 24 24 24 Santander Totta 707 21 24 24 Millennium BCP 707 50 24 24 BPI 21 720 77 00 Montepio Geral 808 20 26 26 Banif 808 200 200 BES 707 24 73 65 Crédito Agrícola 808 20 60 60 Banco Popular 808 20 16 16 Barclays 707 30 30 30

Farmácias de Serviço

EDITORIAL

Felix Rapaz

2

“A estupidez nega a liberdade” Espinosa A civilização ocidental está a passar um momento difícil, os últimos acontecimentos em França são o suporte desta argumentação. A nossa civilização tem como referência a Razão crítica. Ora a Razão crítica é muito limitada. É necessário dizê-lo com clareza: por conseguinte tem de ser construída e reconstruida a cada instante. A crença e a fé, só por si, não faz o Homem um ser melhor. Sempre que se faz acreditar no absoluto e outros alegados fatos sobrenaturais, abre-se a porta ao fanatismo, à ação cega, ao

terror. Aduba-se a terra onde germina o mal. A essência da crise em que naufragamos não é só financeira é também de primado da vida. A ausência deste valor espelha a ofensiva da barbárie. Por isso, a resposta necessária à barbárie é essencialmente cultural/ formativa; Aprofundar a liberdade, desenvolver as artes e o conhecimento científico, harmonizar as relações interpessoais… (numa única frase) é semear o amor à vida.

A Liberdade não tem fé Com o apoio:

Farmácia da Cotovia Avenida João Paulo II, 52-C, Cotovia

212 681 685

Farmácia de Santana Estrada Nacional 378, Santana

212 688 370

Farmácia Leão Avenida da Liberdade, 13, Sesimbra

212 288 078

Farmácia Lopes

Rua Cândido dos Reis, 21, Sesimbra

212 233 028

Edição publicada segundo o novo acordo ortográfico

Eu sou jornalista logo sou fã da Liberdade de Expressão. Defendo o direito ao pensamento e ao Humor, rio com os Gato Fedorento, defendo todos os tipos de humor e considero que, o que aconteceu em Paris foi intolerável, porém, uma tragédia há muito anunciada. O Humor e a crítica arrasadora de Charlie Hebdo era conhecida e criticada em todos os ramos da fé e da política, muitas foram as ameaças ao longo dos anos, desde 2001 que a vida destes criadores era ameaçada e este mês a tragédia aconteceu. Um grupo de cartunistas e jornalistas que, há muitos anos, desafiava e satirizava em total liberdade autoral os poderes políticos e religiosos, bem como a moral sexual burguesa, morreu em nome da liberdade de expressão. Vozes, politicas e do mundo levantaram-se em seu nome mas na verdade muitas dessas vozes, presentes na manifestação em Paris, temem a comunicação e anseiam pelo seu silêncio incomodativo. O choque espantado no rosto dos franceses e do mundo fez-se sentir quando viram sair à rua, milhão e meio só em Paris, de todos os credos e cores, na manifestação de 11 de Janeiro. Uma homenagem aos cartunistas mortos em combate pela liberdade, o direito ao humor e à existência do Estado laico, contra o terrorismo e a ditadura em nome de Deus. O que aconteceu deixa-nos a pensar! Então aqueles que não são da religião Islâmica terão que viver acuados de cabeça baixa, ou os fanáti-

cos vão colocar em cada esquina de todas as cidades do mundo, um encapuçado de arma na mão a vigiar-nos, para conferir se os infiéis não estão desrespeitando a sua religião. Receio que este tipo de investidas e todas as suas réplicas que foram acontecendo no decorrer do mês, um pouco por toda a europa e não só, sejam um indicativo de que as ceitas islâmicas, que sabemos terem células em vários países aumentam a sua força. Nós não temos medo, gritavam os franceses gritou o mundo. Será? Ou não temos medo enquanto não nos toca a nossa casa? Na nossa família? Charlie Hebdo sempre seguiu completamente o credo de Spinoza, o qual acreditava que Deus era a engrenagem que movia o Universo, e que os textos bíblicos nada mais eram que símbolos, os quais dispensam qualquer abordagem racional. O preço que pagou é deplorável, porque este atentado ocorreu depois de anos de ameaças islâmicas por um lado e acusações de incentivar as posturas racistas da Frente Nacional. O que foi lamentavelmente esquecido é que a Liberdade de Expressão morreu às mãos de fanáticos e que Charlie Hebdo, dirigia as suas sátiras contra todas as religiões. Os Islâmicos não são seres superiores ou intocáveis, apenas o serão, se nós permitirmos que o sejam, porque a nossa liberdade começa no nosso pensamento, na nossa coragem e isso ninguém nos rouba… Fátima Rodrigues


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

3

ATUALIDADE

Associação dos Pupilos do Novas Instalações Exercito visita Sesimbra Junta de Freguesia de Santiago

Se tudo correr como planeado, será já no próximo mês de Março, que a Junta de Freguesia de Santiago se mudará para uma nova localização, situada a poucos metros das actuais instalações, localizadas na Rua Capitão Leitão. Situadas no Largo da Marinha, no antigo Posto de Turismo, as novas instalações resultaram de uma proposta de permuta de imóveis, sugerida pela Junta de Freguesia de Santiago à Câmara Municipal de Sesimbra, considerando os baixos recursos financeiros, por parte da junta. No novo espaço, serão sediados os serviços administrativos e atendimento ao público e um espaço de exposição. Para a presidente da Junta, esta mudança “para além de fazer parte das propostas eleitorais, é sem sombra de dúvida uma necessidade da população de Santiago, uma vez que o atual espaço, não reúne as condições necessárias de trabalho, nem permite o acesso de fregueses com mobilidade reduzida, estando há muitos anos em incumprimento, uma vez que os serviços públicos deverão ser de acesso a todos.”

Decorreu no passado dia 22 de Janeiro, em Sesimbra, mais um convívio da Associação dos Pupilos do Exército. Cerca de três dezenas de convivas, tiveram como anfitrião David Sequerra, do núcleo de organização dos convívios mensais da associação. João Ventura, técnico superior da divisão de cultura e bibliotecas, elucidou todos os presentes numa visita guiada à Fortaleza de Santiago. A grandiosidade da edificação foi sem dúvida uma surpresa para todos, “De fora, não temos a perceção da dimensão da Fortaleza” refere o Almirante Nunes da Cruz. Mas se para uns esta foi a primeira visita, para outros foi uma oportunidade para matar saudades de tempos vividos, que o diga Maria Alcina Marques, esposa de um ex-pupilo, que há 55 anos frequentou uma colónia de férias, no local. Após a visita, seguiu-me um momento de maior descontração, num almoço convivo liderado pelo Almirante Nunes da Cruz, “líder” da Assembleia Geral da Associação, ladeado por Augusto Pólvora, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, e David Sequerra. No final desta animada reunião, Ribeiro da Silva ofertou o livro-estudo de

O permanente desafio da Liberdade Na perspectiva dos ocidentais, o ataque dos jihadistas ao orgão de comunicação Charlie Hebdo, ocorrido no dia 7 de Janeiro 2015 em Paris, tem um significado especial, pois coloca em questão não só a liberdade de imprensa mas a liberdade de expressão dos cidadãos, não só em França, como em toda a Europa e no mundo. Estes acontecimentos trouxeram para o espaço público a discussão sobre a liberdade de opinião, (individual e colectiva) enquanto valor máximo no qual se encontra construída a cultura ocidental, nas sociedades contemporâneas. Logo, nunca é demais voltar a reflectir sobre o valor e a importância que a liberdade tem para todos nós cidadãos universais. E, de um modo particular para nós portugueses, porque a liberdade reconquistada é um facto recente, recuperada com o 25 de Abril de 1974. Mas centremo-nos sobre o conceito “liberdade” inserido no mundo real das relações entre os seres, entre um passado e o futuro. A liberdade significa “o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém”(1). Ainda nesta perspectiva, a Liberdade encontra-se também associada a um conjunto de ideais liberais, oriundos da revolução francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. E, se recuarmos um pouco mais na história, ainda para o filósofo inglês, “a liberdade é, como na Grécia de Socrates e de Aristóteles, a mais harmoniosa integração do indivíduo numa sociedade em que a escravatura abrangia a maior parte dos homens”(2) . Ao longo da evolução dos tempos, a liberdade tem sido concebida como um conceito utópico, uma vez que é ques-

tionável se realmente os indivíduos usufruem da liberdade que dizem ter, ou se alguma vez chegaremos a este nível de compreenção e de aplicabilidade por todos os cidadãos. Assim, para Stuart Mill a liberdade “aparece como o que, tão depressa se alcança, como se perde”(3) . Pelo que a liberdade é um conceito não adquirido para todo o sempre, mas uma noção de luta continua através dos tempos, numa interacção intergeracional. Nas sociedades contemporrâneas parece-nos que os cidadãos se encontram cada vez mais controlados pelos diferentes instrumentos associados às novas tecnologias da comunicação: telemóveis, multibancos, internet, redes sociais, como que prisionieros das técnicas que não nos deixam ver o que se passa no quotidiano. Neste sentido, torna-se imperioso parar, reflectir e agir conjuntamente, para que a pretexto da luta contra o terrorismo, os poderes instituídos, não cerciem os direitos, as liberdades e as grantias da nossa vida colectiva. Nesta luta contínua do nosso viver em colectivo, tem de haver uma grande dose de tolerância, um profundo respeito pela dignidade da pessoa humana, independentemente da sua ligação religiosa, política, ideológica, ou da adesão aos valores culturais, sejam eles ocidentais ou orientais. Todos nós temos uma grande responsabilidade na tomada de consciência da cidadania activa, em prol de uma sociedade mais justa e fraterna. José Manuel Vieira (1) Retirado da Wikipedia. (2) MILL, Stuar “Ensaio sobre a Liberdade”, Editora Arcádia, SARL, Lisboa, Abril 1973, P. 10 (3) Idem, P. 10.

sua autoria “Os Cursos Superiores nos Pupilos do Exército”, sendo este ato precedido pela típica saudação do “Salvé, salvé” pelos ex-alunos.

40º Aniversário Jornal Raio de Luz

O Jornal Raio de Luz, fundado a 1 de Janeiro de 1975, celebrou no passado dia 31 de Janeiro a primeira iniciativa comemorativa do seu 40º aniversário. A cerimónia de abertura contou com a conferência “Arrábida: Um Santuário entre duas memórias”, proferida pelo Dr. Ruy Ventura, e com a actuação do Grupo de Canto e Expressão Cénica Vocálise.

Novo Balcão Único

Abriu no dia 16 de Janeiro, nos Paços do Concelho, o primeiro balcão único de serviços. Para a autarquia, este serviço vem facilitar o acesso do munícipe a vários serviços. Com horário alargado, entre as 08h00 e as 19h00 em dias úteis, este novo balcão, possibilita tratar de assuntos relacionados com serviços urbanos, obras municipais, educação – como os transportes escolares ou refeições de senhas, comércio local, toponímia ou atendimento geral. A autarquia tem como objetivo alargar este projeto às freguesias do Castelo e da Quinta do Conde.

Atropelamento Mortal

João Gomes, de 22 anos, natural de Sesimbra, foi atropelado mortalmente a 27 de Dezembro, por um veículo que se pôs em fuga, perto do Centro Comercial do Rio Sul Shopping, na Torre da Marinha. De acordo com familiares, o caso encontra-se em segredo de justiça. No entanto, prevê-se que no final de março, sejam conhecidos os resultados das perícias e autopsia. Sabe-se também que o individuo que atropelou o jovem Sesimbrense reside na zona do Seixal e terá confessado o crime.


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

Nova espécie de peixe no mar de Sesimbra

Sesimbra é peixe e eles continuam a aparecer. No passado outubro foi descoberta uma nova espécie para as

águas de Sesimbra, o caboz Gobius buchichii (na foto). O peixe foi detectado durante a campanha de prospecção da

Carina Reis

PESCAS

4

através da pesca. A razão é sobretudo pelo fato de as aiolas terem apenas como arte de pesca a toneira (raros têm redes), e por isso ser difícil obter rendimento suficiente para sustentar uma família. Este ano foi publicada uma nova legislação, DL 149-2014 de 10 de Outubro, que torna possível todas as embarcações de pesca, em todo o país, serem utilizadas como operadoras marítimo turísticas. Esta legislação ainda carece de publicação de portaria para funcionar mas já é uma realidade. Se permite abrir novos negócios por todos os armadores que assim o entendam, em relação a Sesimbra dános especialmente a esperança de manter as nossas aiolas típicas de madeira. Dá-nos esperança de que uma nova geração de pescadores, possam usar as aiolas como um atrativo para o turista conhecer a baía de Sesimbra e os seus segredos via mar, obtendo de verão um rendimento cativante que compense os fracos preços em leilão e as muitas restrições de pesca. Mesmo falando de Sesimbra, que é uma vila turística, a pesca-turismo em todas as suas variantes, obviamente que não é uma ideia atrativa para todos os pescadores e muito menos para todas as embarcações. Nem sequer é uma ideia que pretenda substituir a pesca. Mas a verdade é que é uma boa ideia para quem puder e quiser diversificar as suas fontes de rendimento e souber aproveitá-la. Fica a sugestão.

A Pesca e o Turismo A ideia das embarcações de pesca poderem ser utilizadas para turismo, tem vindo a ter cada vez mais interesse e interessados, principalmente em Sesimbra. É uma ideia simples, útil para o concelho e que na verdade não tem nada de inovador. É uma ideia antiga, que já aconteceu noutros tempos, em que os banhistas do “hotel do mar” passeavam nos barcos de pesca até às praias sossegadas só acessíveis pelo mar. Hoje a nova procura turística quer muito mais, o novo turista, que procura este serviço também quer participar na pesca. E está disposto a pagar para fazer parte dessa atividade, ou pelo menos, assisti-la o mais perto possível. Quer conhecer os pescadores, ouvir as suas histórias, as suas vivências. E ir para casa com memórias de umas férias únicas em Sesimbra. Este conceito não só aumenta a oferta turística da vila, como pode manter a caraterização da mesma, em especial se falarmos nas aiolas. As aiolas têm tido grande dificuldade em obter rendimentos exclusivamente

biodiversidade da costa da Arrábida no âmbito do projecto M@rbis (EMEPC). Depois de tantas décadas de estudos ictiológicos, alguns anteriores ao próprio Rei Dom Carlos, este registo revela a importância da monitorização dos recursos por biólogos e naturalistas. Em particular, trata-se do registo mais a norte conhecido para a espécie, revelando uma gradual e lenta “tropicalização” dos oceanos. Sesimbra tem testemunhado, de um modo cada vez mais assíduo

e frequente, a ocorrência de espécies originalmente de zonas mais quentes, como o peixe-porco, o pargo-sêmola, a castanheta e até um peixecirurgião, este último típico de águas tropicais. O caboz atinge cerca de 10 cm e pode ser visto dos 2 aos 10 metros, por entre as pedras, em apneia ou mergulho, ou quem sabe morder um anzol mais encostado às pedras. José Gomes Pereira e Nuno Vasco Rodrigues

Opinião A montanha pariu um carapau Por: Carlos Alexandre Macedo

varamessaiola.blogspot.com

Como é habitual desde a entrada de Portugal na antiga CEE (actual UE) que Dezembro é o mês em que outros – leia-se mesmo os que não tem frota de pesca - decidem aquilo que podemos pescar nas nossas águas. Já agora, convém não esquecer, que temos a maior zona económica exclusiva de todos os países da união. Desde o famigerado tratado de Lisboa, que esta situação de perda de autonomia é ainda mais gritante, pois o mar passou a ser competência exclusiva da União (e não do estadomembro). A ministra Assunção Cristas gritou aos 7 ventos que se tinha concretizado um acordo histórico, com um acréscimo em 18% das possibilidades de pesca para 2015, face a 2014. Independentemente de alguns ligeiros acréscimos de quota serem uma mais valia para o sector (tamboril, lagostim), existiram outras onde existiram cortes (pescada, bacalhau). Contudo, a verdade é que este acréscimo das possibilidades de pesca decorre quase em exclusivo do aumento em 67% da quota do carapau.

Observatório para a Cooperação na Economia do Mar

Esta foi a verdadeira vitória de Pirro, só saudada pelos representantes da pesca de arrasto, mas que deixou indiferente todos os representantes da pesca artesanal, largamente maioritária em Portugal. Apenas para esclarecer e desmistificar esta façanha do governo português, convém lembrar que a quota de carapau, para Portugal em 2014, foi de 25 mil toneladas, que ficaram longe de ser capturadas. Some-se a isso o facto, conhecido de todos os que estão no meio, mas ignorado pelos governantes, que os preços de comercialização do carapau chegam a ser tão baixos que as embarcações de pesca mesmo que o encontrem, em determinados momentos, evitam pescá-lo. São vários os períodos do ano em que o preço de comercialização do carapau em lota não chega aos 10 cêntimos, ou pior, não existam compradores interessados em comprar o peixe. Infelizmente os ecos da comunicação social nacional foram do grande feito deste governo na negociação das quotas, no entanto e tal como penso ficar claro neste meu texto a montanha pariu um carapau, e tão pequeno e frágil que ele é.

Este texto não obedece ao novo acordo ortográfico por opção do autor

No passado dia 15 realizou-se no Pavilhão do Conhecimento a 5ª edição do LEME – Barómetro PWC para a Economia do Mar, que consiste numa avaliação independente de um conjunto de indicadores para medir a evolução dos índices das variáveis dos subsetores da economia do mar, evento que esgotou a lotação daquela sala. Nesta jornada foram também apresentados os resultados de um inquérito realizado aos gestores de topo, no qual foi evidenciada a Cooperação como o fator de maior importância entre os agentes económicos para o desenvolvimento da Economia do Mar. Em função da principal conclusão deste inquérito residir na falta de cooperação entre as partes interessadas da economia do mar, foi dada a conhecer a constituição de um Observatório para a Cooperação na Economia do Mar, presidido por António Saraiva (Presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal), cujo tema mereceu uma reflexão e análise no sentido da introdução de fatores de correção do rumo e introdução de dinâmicas passiveis de valorizar o mar em todas as suas componentes. Para melhor compreensão dos temas abordados, os documentos enunciados estão disponíveis no website: http://www.pwc.pt/ pt/publicacoes/economiamar.jhtml


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

5

EDUCAÇÃO

Sesimbra, no caminho da sustentabilidade

O processo de implementação do Sistema de Sustentabilidade Local – Agenda 21 Local - envolve, entre outros aspetos, a dinamização e operacionalização de ações em várias áreas, das quais destacamos, pela sua importância e repercussão, as relacionadas com a formação e a educação ambiental, em prol de um desenvolvimento mais sustentável e de uma atuação mais amiga do ambiente. O Programa ECOXXI, ao qual a Camara Municipal se tem vindo a associar desde 2011, constitui uma excelente ferramenta de diagnóstico e de monitorização. Dos vários indicadores que integram o Programa referido, salienta-se o Indicador 2 – Educação Ambiental – Programas FEE – Federation for Environment Education (Federação para a Educação Ambiental), cujo objetivo assenta na implementação dos Programas Eco Escolas em todas as escolas do pré-escolar, ensino básico e secundário do Concelho, e

JRA, Sr. Vitor Antunes e Sr. Carlos Pólvora na AUGI da Ribeira do Marchante junto ao terreno da futura Escola Secundária da Quinta do Conde

do Programa Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA), na maioria das escolas do ensino secundário e profissional, também do Concelho. O programa preconiza ainda a atribuição do Galardão Eco Escolas que atesta a existência na escola de um programa de educação ambiental coerente, seguindo a metodologia e os critérios previstos pela FEE para o mesmo. Considerando a importância e repercussão dos projetos no tecido local e o facto de existirem alguns estabelecimentos de ensino do Concelho que já aderiram ao programa, designadamente a Escola EB 2,3, Navegador Rodrigues Soromenho, a Escola Básica do Castelo, a Escola EBI da Boa Água e a Escola Secundária de Sampaio, a Câmara Municipal tem vindo a reforçar junto de todos os estabelecimentos de ensino a promoção e a implementação destes programas, com vista ao seu incremento. A sua ação não se esgota nos programas referidos, acrescendo outros projetos com idênticos objetivos e cuja ação em matéria de educação para a proteção e preservação

ambiental, deve ser promovida e divulgada. Além disso, constituem uma oportunidade para que cada cidadão, individualmente ou em grupo, contribua, na sua esfera de atuação, para a redução da pegada ecológica. Nessa perspetiva, reunimos com os meios de comunicação social locais no sentido de dar a conhecer estes projetos e ações, e de obter a sua colaboração e envolvimento na promoção do trabalho desenvolvido em prol da educação e da formação ambiental, através da publicitação de reportagens e noticias sobre a matéria. Como as preocupações com o ambiente e o desenvolvimento sustentável estão cada vez mais presentes nos nossos dias, todos somos chamados a participar contribuindo para a criação de uma sociedade mais sustentável e justa, pelo que todas as parcerias são bem-vindas. Gostaríamos, por isso, de realçar e agradecer o empenho e a colaboração de todos os envolvidos. O vereador do Pelouro, Francisco Luís

Uma filha da nossa terra em Cambridge

Atualmente, trabalha no TWI, em Cambridge, a filha do conhecido sesimbrense, Orlando Correia Vidal, que muito orgulho teria no percurso académico e profissional da sua filha, Catarina Silva Vidal, que ao fim de cinco anos de dedicação, concluiu com distinção o Doutoramento em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico – Universidade de Lisboa.

Mini Missão JRA na Quinta do Conde

Todo o trajeto escolar da Catarina foi feito na escola pública, em Sesimbra, para a qual a sua mãe, Maria Adelina Vidal, também tem dado o seu contributo, como professora, igualmente orgulhosa no rumo traçado pela sua filha. Seguiuse o Mestrado Integrado em Engenharia Aeroespacial, no Instituto Superior Técnico, concluído em 2009. Depois, a Catarina lançou-se no mundo da

investigação científica tendo em 2010 iniciado o seu Doutoramento sob a orientação da Professora Virgínia Infante, etapa que terminou no passado mês de dezembro. Posteriormente, a oportunidade surgiu, e, hoje em dia, a Catarina vive e trabalha em Cambridge, desempenhando a função de Project Leader na conceituada empresa TWI, vocacionada para o desenvolvimento de projetos inovadores para a indústria em diversas áreas de engenharia. Sendo esta empresa também conhecida pela formação e pelas condições para a investigação que proporciona aos seus colaboradores. A memória do seu progenitor continuará a ser honrada.

No dia 14 de Janeiro ocorreu a primeira Mini-Missão JRA na Quinta do Conde e teve como principal obetivo dar a conhecer dois espaços importantes para os habitantes da vila, as Hortas Solidárias e a AUGI da Ribeira do Marchante. O nosso grupo de Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA) foi acompanhado pela professora Alexandra Figueiredo e teve o apoio dos Srs Vítor Antunes e Carlos Pólvora, respectivamente Presidente e Secretário da Junta de Freguesia da Quinta do Conde. A primeira paragem foi nas Hortas Solidárias, que foram inauguradas no dia 7 de Junho de 2014 e situam-se junto à ETAR da Quinta do Conde. Estas hortas têm como principal objetivo ajudar as famílias mais carenciadas e as Associações locais, promovendo uma agricultura tradicional e tendencialmente biológica. A maioria dos talhões estão cultivados, já existem duas colmeias. Um dos agricultores, o Sr António, mostrou-nos de que maneira fazia a compostagem e como aprendeu a trabalhar a terra. Ficámos a saber que este espaço é muito rico em biodiversidade havendo provas inequívocas de que existem lontras, muitas espécies de aves, plantas autóctones, etc. Na Área Urbana de Génese Ilegal (AUGI) da Ribeira do Marchante, ficámos a conhecer o espaço onde já devia estar a ser construída a Escola Secundária da Quinta do Conde. Como toda esta área semi-urbanizada, esteve muito tempo ao abandono foi vandalizada e as espécies vegetais tomaram conta do espaço, principalmente o pinheiro bravo e os “chorões das dunas”. Também verificámos a presença de algumas espécies invasoras consideradas muito perigosas pois são altamente infestantes, com o apoio da equipa das “Plantas Invasoras em Portugal” (http://invasoras. pt/), estamos a ponderar atuar neste espaço travando o avanço destas espécies. Esta foi a primeira de muitas Missões JRA. Obrigado a todos que tornaram possível este projeto. Alexandre Rodrigues, Daniel Tomásio e Inês Prates

A Escola em Fotografias Um grupo de alunas do 12º ano do Curso Profissional de Técnico de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade, da Escola Secundária de Sampaio, promoveram um concurso de fotografias, que decorreu no passado mês de novembro. O tema do concurso, que decorreu ao longo de seis dias, foi “O-dia-a-dia escolar”. Durante este período, os alunos da escola secundária puderam dispor de um pequeno estúdio de fotografia, gentilmente cedido pelo fotógrafo Valdemar Capítulo e montado pelo grupo organizador do evento, composto pelas alunas Ana Borges, Inês Martins, Marta Paiva e Patrícia Oliveira, bem como de equipamento fotográfico para o efeito. As vencedoras deste concurso, a Elisabete Rocha e a Andreia Carvalho, do 12º ano de Artes, deixaram-se fotografar no estúdio, daí tendo resultado uma fotografia que apaixonou o painel de jurados, devido às simetrias e assimetrias desta.


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

6

CULTURA

Paulo Pitôrra e O Triângulo do Crime

A Fortaleza de Santiago foi o lugar escolhido, por Paulo Pitôrra, para o lançamento do seu primeiro livro “a solo”, O Triângulo do Crime. A sessão ocorreu no dia 17 de Janeiro, com a presença na mesa de honra de Agusto Pólvora e Felícia Costa, presidente e vice-presidente da Câmara Muncipal de Sesimbra, respectivamente e Rui Ceia, representante da Chiado Editora. Perante sala cheia, Paulo Pitôrra inicou a sessão mencionando o nome do seu avô Sebastião, escritor e poeta, para definir a origem do seu gosto pela escrita. Após três anos de edição, este foi o culminar de muita dedicação e persistência, pois segundo o autor “Várias foram as vezes que a estrutura do livro foi alterada. O romance foi-se escrevendo por ele próprio, sendo o desfecho do livro decidido mesmo perto do final.”

Sinopse: Na noite de terçafeira, 6 de Outubro de 1970, Gabriel Espírito Santo, inspector-chefe da brigada de homicídios da Polícia Judiciária, é destacado para investigar, com o seu colega Carlos Marques, o homicídio de um guarda-nocturno, ocorrido no Largo Trindade Coelho, em Lisboa. Gabriel vem a apurar que o guardanocturno fora vítima das circunstâncias: estava à hora errada, no local errado. Quem o matou? Por que motivo? O que estava por detrás do assassínio?

Julio Panão lança o seu primeiro livro Sinopse: “O campeão voltou” No passado dia 9 de janeiro o artista sesimbrense Júlio Panão lançou o seu primeiro livro de poesia. O palco escolhido para a apresentação de “O campeão voltou!”, publicado pela Chiado Editora, foi a Casa do Benfica, onde estiveram presentes alguns fãs, amigos e familiares. No final da sessão, o autor entoou alguns cânticos benfiquistas, levando ao rubro as dezenas de pessoas que puderam assistir ao lançamento do livro, deste poeta cantor Sesimbrense. Para Júlio Panão, benfiquista ferrenho, foi sem dúvida um prazer poder contribuir para a história, do clube do seu coração.

Era este o desafio que se lhe colocava. Durante a investigação policial – que ocorre cerca de quatro anos antes da Revolução dos Cravos –, os leitores poderão (re)viver os tempos da ditadura: a oposição ao regime, a polícia política e a guerra colonial; visitar os locais emblemáticos de Lisboa; conhecer o bairro de Alfama, com as suas casas de fados e os seus tascos; entrar nos bares nocturnos do Cais do Sodré, frequentados por marinheiros, putas e gatunos; bem como conhecer os “pintas” alfacinhas. Mas, acima de tudo, “O Triângulo do Crime” é um romance empolgante com um final surpreendente, que nos alicia a lê-lo num só fôlego.

O livro de poesia, relata ao pormenor todos os jogos oficiais disputados pelo Sport Lisboa e Benfica, durante a época 2013/14. Cada jogador que fez parte desta campanha gloriosa, tem também lugar de destaque, tendo cada jogador direito a um poema sobre si, assim como o técnico Jorge Jesus e o Presidente Luís Filipe Vieira. O restante staff técnico e diretivo também não foi esquecido, merecendo o devido realce, com um poema elucidativo. Dois dos maiores futebolistas da história do clube, Eusébio da Silva Ferreira e Mário Esteves Coluna, desaparecidos durante a época, possuem também neste livro, uma menção honrosa, pelos feitos alcançados. No final, um poema dedicado ao Sport Lisboa e Benfica, que na realidade foi o grande estímulo desta obra. O título deste livro vem, da frase mais ouvida após o apito final do árbitro, no jogo disputado entre o Sport Lisboa e Benfica e o Sporting Clube Olhanense, onde todo o estádio gritou a uma só voz, “O campeão voltou”.

LOCAIS

Rua Professor Joaquim Marques Pólvora

Perpendicular à “Cândido dos Reis”, de intenso tráfico, a bem antiga Rua Professor Marques Pólvora homenageia a memória de um ilustre sesimbrense do século transacto, pedagogo idealista que tem estátua alusiva, em artístico busto, no topo do jardim, frente à “Conde Ferreira”. Começa após a esquina, no bem conhecido estabelecimento da Casa Zimbra (coats), de sugestiva montra e prolonga-se até à zona da Fonte Nova, do pitoresco Largo 1º Dezembro. As suas habitações têm a traça bem característica de uma Sesimbra não moderna, por assim dizer. Ao

longo de uns 100 metros somam-se evocações de tempos idos tais como o saudoso “Refugo”, o prédio da padaria do Manuel Henriques (Forno de Sesimbra) e o Arco da Rua de Entre Muros. De assinalar, nos tempos modernos a Casa do Sporting (por baixo do histórico “Refugo”) e o pequeno mas tão simpático Restaurante do Paulo Pitorra. No seu términus, já próximo da orla marítima, situase o alegre Largo chamado da Fonte Nova, sempre disposto a celebrar a quadra dos Santos Populares. Merecedores de referência no percurso desta Rua, de sentido único, perfilam-se o Cabeleireiro Benvinda, uma parte do vistoso prédio de azulejos castanhos, à esquina da Rua da Fé, habitação clássica do Dr.

Costa e sua família, a Papelaria Bazar da Gracinda e a Papelaria Suzete Lagos a anunciar o típico “Fonte Nova”, com o seu castiço chafariz bem antigo no centro da área empedrada. Já em situação de limite urbano pode citar-se o café “Macedos”, de esplanada nas “costas” da Fonte Nova e bom ambiente “pexito”. Ao percorrer a rua à que ter bastante cuidado. O trânsito, num só sentido, é intenso e os passeios são minúsculos. Vão longe os tempos mais calmos dos complicados percursos da burra do Frederico de constante azáfama mas a “10 à hora”. Bem sesimbrense, a Rua Professor Marques Pólvora continua a ser das mais castiças da “piscosa”.


De Igual Modo

O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

7

Do Cabo Espichel ao acabar do “Albatroz” David Sequerra

Ao fim da tarde de 18 de Dezembro p.p., na magnífica sala principal do Museu dos Coches, indiscutivelmente o melhor de todo o mundo, o Município de Sesimbra reforçou o seu prestígio através da bem cuidada apresentação de um livro e de um filme, de 48 minutos, sobre essa joia rara do nosso património cultural, o Cabo Espichel. A iniciativa, a todos os títulos louvável, coube a Carlos Sargedas e à sua muito categorizada “equipa” e constitui um assinalável evento cultural a que nos pudemos associar reforçando a panóplia de motivos para esta elogiosa notícia publicada na edição de Dezembro. O livro, de rara qualidade gráfica, vai chegar às mãos de todos os deputados da A.R. e membros do governo, visando uma maior e mais produtiva sensibilidade quanto ao que deverá ser, a curto prazo, o magnífico Cabo Espichel. Há também algumas diligências quanto ao aproveitamento cinematográfico de todas as extraordinárias condições e belezas naturais da região. Esperemos, pois, que 2015 se afirme como um bom ano sobre tais expectativas de sucessos. E renovados parabéns à “equipa” sob liderança apaixonada do Carlos Sargedas.

De igual modo, conforme o nome da rubrica sugere e exige, aludimos ao contraste da boa notícia do Cabo Espichel através do registo do encerramento do bem conhecido Restaurante Albatroz, no “coração” de Sesimbra. O seu proprietário, Sr. Fonseca, após mais de 40 anos de laboriosa actividade, achou por bem descansar, mantendo hábitos e amigos, em feliz descontracção. O “Albatroz”, excelentemente situado, deixa saudades, muito em especial ao meu “velho” amigo e sesimbrense “de gema”, José Manuel Giro, seu cliente habitual. Naquele local, ao que consta, vai aparecer uma residencial, de módicos preços, que tanta falta faz a Sesimbra. O projecto existe, o capital também e – quem sabe? – Talvez no próximo verão haja novidades de vulto no local do ex-“Albatroz”. Por agora, apoiando embora o Sr. Fonseca no seu merecido descanso profissional, lamentamos o acabar do “Albatroz” formulando votos de assinalável rendição através da tal “residencial” de que muito se tem falado. Bye bye – “Albatroz”. E venha a residencial, de sugestivo nome.

Carta Aberta a Geny Braz Estimada Amiga Talvez a surpreenda com esta mensagem escrita mas também a Geny me tem surpreendido, repetidas vezes, pelo seu apego a Sesimbra pela perene memória para com o senhor seu Pai e pela invulgar genica de todas as suas acções, cá por casa e bem mais longe, na Ilha da Madeira. Neta do Fundador deste Jornal habituada a tirar bom proveito das personalidades fortes de seus pais, a Geny tem sabido perfilar-se como uma convicta sesimbrense, de rara qualidade. Fui bom amigo e atento discípulo de José Braz, seu saudoso pai, nos meandros do Clube Naval e quando convivo consigo reconheço a força da herança conseguida, desde há 3 décadas. Por caprichos do destino, a linha genealógica dos “Braz” não vai ter continuidade via Geny. Mas tal não impede, nem pouco mais ou menos, de citar o seu belo exemplo de plena cidadania e constante amor a Sesimbra. São atributos da maior valia que constato cada vez que conversamos, muito amigavelmente. Nos periódicos jantares-convívio de Clube Naval, da Liga de Amigos ou de “O Sesimbrense” a Geny habituou-se a pedir-me que lhe fizesse uns versos adequados aos eventos acontecidos. A seu gosto aqui fica uma bem-intencionada quintilha que lhe diz respeito: Em Sesimbra ou no Funchal Francamente, tanto faz, O que é primordial É zelar pela moral Da “pêxita” Geny Braz Eis a razão-mor desta missiva – levantar-lhe o moral após a triste perda da sua companheira de tantos anos, a Senhora sua Mãe. Força Geny, como já é habitual verificar-se em si! Se esta carta aberta ajudar sinto-me feliz. Forte abraço do David Sequerra


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

SOCIEDADE

8

“Consolidar o Passado, Planear o futuro”

Sesimbrenses pelo Mundo Nome: Ana Rasteiro Idade: 45 anos Local: Dilsen, Belgica Profissão? Estufadora de sofás

Qual o principal motivo que te levou a partir? O motivo da minha partida foi a tragédia que aconteceu, como toda a gente sabe, o naufrágio do barco Menino de Deus, onde perdi pelo menos duas pessoas importantes da minha vida. Exceptuando a família, claro, de que sentes mais saudades? Sinto saudades do clima e do mar. De que forma te manténs atenta ao que se passa em Sesimbra? Tento manter me informada através da família e amigos. De que forma olhas agora para a tua terra a partir daí? Da mesma forma que sempre olhei, continuo a achar que a minha terra linda! Como matas as saudades? Mato as saudades através de fotografias. Com a internet a comunicação tornou-se fácil,

aproveito também para matar as saudades quando telefono aos meus familiares. O projecto é voltar? Não. A ideia não é voltar. O que te fará voltar? Não existem grandes motivos para voltar. Talvez só mesmo a família me faria regressar a Portugal. O que dirias ou que conselho darias a quem hoje está de partida? A quem está de partida diria que não é fácil viver noutro país. Costumo dizer por brincadeira que só a água que cai do céu é que é de graça. E a quem fica e vê alguém próximo partir? Quem fica sobrevive e quem vai também. O que custa mais? O que mais custa é estar sozinha, sem família e sem apoio, mas penso que tudo se

Há quanto tempo? Desde 1995 resolve. O que te atrai mais e menos nesse país? O que mais me atrai é a cultura social. Ninguém se importa com a vida que cada pessoa leva, seja ela boa ou má. O que menos me atrai é o clima, que é horrível. O que custou mais no processo de adaptação? O que mais me custou no processo de adaptação foi a língua e o clima. Onde levas quem te vai visitar aí? Levo as minhas visitas à Holanda, pois vivo mesmo junto às fronteiras desses dois países. Quando regressas a Sesimbra, o que te apetece logo fazer? Quando regresso a Sesimbra, apetece-me logo ir à praia e ao banho.

“Zambra” revivem os anos 60 com um jantar convívio

1968

2015

Foi no dia 24 de janeiro que os “Zambra”, grupo musical formado em Sesimbra em 1965, promoveu um jantar convívio. O Casal de Santa Filomena, na Aldeia do Meco, foi o palco escolhido por Valdemar Capítulo, Hélder Chagas, Eliseu Pólvora e Serra Biscaia (em substituição do falecido, José Manuel Pité Costa). Os artistas sesimbrenses desafiaram os cerca de 300 participantes, sob o mote “Antes que seja tarde”, a trajar a rigor sob o espírito dos “sixties”. Além dos “Zambra” estiveram presentes, outros músicos convidados, de entre os quais Luis Taklim, Grupo Nova Galé, “Old Band” e Duo “Imprevistus”. No local estiveram à venda fotografias do evento, cujo valor de 630 euros reverteu a favor de Catarina Santos, uma jovem sesimbrense que ficou paraplégica após um salto de trampolim.

No passado dia 7 de Janeiro de 2015, realizou-se a conferência “Consolidar o Passado, Planear o futuro”, na Fortaleza de Santiago. Na sessão de abertura usaram da palavra a Presidente da ADREPES (Ass. de Desenvolvimento Regional Península de Setúbal) Sra. Dra. Isabel Conceição e também o Presidente da CMS Sr. Arq. Augusto Pólvora. A presidente da ADREPES, salientou a importância dos objectivos do PRODER (Prog. de Desenvolvimento Rural), como instrumento estratégico e financeiro de apoio ao desenvolvimento rural e do PROVE (cabaz Prove) no período entre 2007 a 2013. Convidou os presentes a visitarem a exposição itinerante sobre projectos e apoios relativos à aplicação de fundos comunitários na Península de Setúbal e chamou a atenção para o programa 2014-2020 de projectos desenvolvimento de base comunitária (DLBC) nas áreas urbanas, costeiras e rurais. Referiu também que a ADREPES contribuiu em Sesimbra para o desenvolvimento de 23 projectos, com um investimento de 2,7 milhões de euros e a criação de 28 postos de trabalho. O presidente da CMS congratulou-se de Sesimbra ser o principal porto de pesca da AML e manifestou a importância do programa PROMAR, relativamente às áreas costeiras e nomeadamente às rurais que foram alvo de projectos de preservação: Pedreira do Avelino, Moagem de Sampaio e a Mãe de Água. Destacou a candidatura aprovada, para a instalação do Museu do Mar/Pesca. O município garantiu 50% dos recursos financeiros para aquisição de equipamento, instalação na fortaleza e a remodelação do mercado municipal de Sesimbra. De seguida usou da palavra a coordenadora da ADREPES, Sra. Dra. Manuela Sampaio, mencionou dois exemplos de projectos apoiados: ANTHIA Diving center e Vertente Natural. Elencou os beneficiários do programa PRODER: 64% as empresas, 15% as associações, 7% as autarquias, 5% partilhado pelas IPSS e por particulares. Referiu dois projectos inovadores no concelho: uma empresa de Viveiros com uma unidade depuradora Mecomar e a criação de uma empresa com o site http://loja. peixefresco.com.pt/ Sesimbra teve o maior apoio de financiamento ao PROMAR, com 11 projectos aprovados, com a criação de 14 postos de trabalho. Apresentação do projecto apoiado pela Ass. Armadores pesca local e artesanal do Centro/Sul e a LPN, com a parceria da CMS, DocaPesca, Mútua dos Pescadores e Adrepes, com um cabaz de 4 kg peixe arranjado, composto por espécies menos conhecidas e com preço de 20€. O Sr. Sabino Rodrigues, esclareceu o desenvolvimento da sua queijaria ao longo dos anos, e recordou o tempo em que tinham 40 a 50 ovelhas e faziam o pastoreio até ao Cabo Espichel. Na conclusão dos trabalhos o Sr. Rui Marques (CMS) exemplificou vários projectos: a Moagem de Sampaio, Pedreira do Avelino, Memória/identidade e a requalificação da mãe de água. João Silva

Gotas de Esperança Estava no computador e, por curiosidade, abri um documento e comecei a ler. Nele vinham gotas de esperança. Foi aí, nesse momento, que a minha esperança voltou a acordar. A esperança que procurei durante tantos anos. Por quem chorei, sonhei, rezei e desesperei tantas vezes, estava agora naquelas palavras que acabara de ler. Á minha frente e ao mesmo tempo tão distante. No meu íntimo, estava aos saltos, a chorar de felicidade e com muita vontade de lutar por aquela luz ao fundo do túnel. Lutar pela esperança. Se esta luta, que quero (preciso) de enfrentar, pode trazer mais dor e sofrimento à minha vida? Pode mas e então? Só assim poderei crescer e aprender com a Vida. Só assim poderei dizer: ‘eu tentei’. No entanto, é uma luta que também pode trazer felicidade. A minha. E é nisso que me vou focar. Só posso desistir da batalha depois de me dizerem ‘não podes fazer mais nada’. Portanto, se a esperança existe, eu vou atrás dela. E não vou parar de acreditar. Até agora, escrevi na primeira pessoa. Aconteceu comigo. Embora tudo isto possa ser aplicado a qualquer ser humano. Existem dias menos bons, mas o amanhã trará dias bons com inesperadas gotas de luz, amor e esperança. Porque viver, também é isto. Acreditar no que não se vê mas sente-se. No coração. Maria João Inocêncio


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

C

9

ARNAVAL 2015 Grupos e Escolas de Samba A.C.R.U.T.Z. Saltaricos do Castelo

Sesimbra é Peixe... Uma Giga de Tradições Elementos:120 Autor enredo e Carnavalesco: Flávio Lopes Autor samba de enredo: António Carlos e Reinaldo Silva Os Saltaricos do Castelo saem à rua com o tema, Sesimbra é Peixe... Uma Giga de Tradições, baseados nos usos, costumes e tradições de Sesimbra. Também os marcos históricos e acontecimentos que de certa forma foram ligando Sesimbra ao mar, estarão em destaque.

Associação Recreativa Bigodes de Rato Sesimbra é Peixe Elementos: 80 Autor do Enredo: A.R. Bigodes de Rato Autor música e letra: Hugo Custódio, Ricardo Custódio e Raul Custódio Carnavalesco: A.R. Bigodes de Rato Autor fantasias: A. R. Bigodes de Rato A ARBR acolheu o desafio da CM Sesimbra e começou logo a “amanhar” o tema – Sesimbra é Peixe, inspirada não só no bom peixe de Sesimbra mas em tudo o que está associado a esta vila piscatória. Cante connosco e faça parte desta “nossa” vila de portas abertas e virada para o mar!

G.R.E.S. Batuque do Conde “A Portuguesa” caíu no Samba Elementos: 100 Autor do Enredo: Bruno Peixito Carnavalesco: Mário Dionísio Autores samba de enredo: Bruno Peixito e Ivo Borges Entre o estertor da Monarquia e o advento da Republica, a “BATUQUE” homenageia os mais altos símbolos Portugueses - a Bandeira e o Hino - exaltando os nobres valores da letra e a emotiva musica de Alfredo Keil.

G.R.E.S. Bota no Rego Na arte de imitar a vida… seja quem você quiser Elementos: 150 Autores enredo e Carnavalescos: Marta Andrade, Leandro Martins, Débora Samagaio, Raquel Correia, Paulo Correia e Carlos Gomes Autor samba enredo: Ricardo Alves (chora), Bruno Soares e Marco Fransciso As máscaras desempenham um papel essencial na perceção do significado do “ser humano”, ao permitirem a experiência da imaginação. Segundo o escritor e poeta mexicano Otavio: “Enquanto estamos vivos não podemos escapar de máscaras e nomes. Somos inseparáveis de nossas ficções – nossas feições.”

G.R.E.S. Corvo de Prata

G.R.E.S. Unidos de Vila Zimbra “Se Zimbra é Peixe... A Vila conta sua década de cor e alegria” Elementos: 120 Autor do enredo: Ana Cruz Carnavalesco: Unidos de Vila Zimbra Autor samba enredo: Hugo Pinto, Ricardo Custódio e Raul Custódio Considerando o desafio lançado pela autarquia na promoção da marca “Sesimbra é Peixe”, desenvolvemos este enredo, uma vez que a lenda que sustenta a criação da nossa escola é a de “Se Zimbra quiser”. Pretendemos dar uma nova dinâmica à promoção da marca, espelhando o património natural e edificado, as tradições, os produtos regionais, as principais atrações turísticas, a praia, o Carnaval e o Reveillon com toda a simbologia dos 10 anos da Vila Zimbra.

Tripa Associação

Sesimbra é Peixe-Maravilhas da Vila Elementos: 80 Autor enredo e carnavalesco: João Marquês Autor samba de enredo: Reinaldo Silva O tema reflete a luta dos pescadores na captura do Espadarte que simboliza Sesimbra. O Castelo, fortaleza e os barcos na captura da sardinha, também estarão representados no nosso desfile.

G.R.E.S. Trepa no Coqueiro Rio de Janeiro! 450 anos da Cidade Maravilhosa

Elementos:150 Autor do enredo: Direção do GRES Trepa no Coqueiro Carnavalesco: João Gatinho e Patrícia Zegre Autores samba Enredo: Hugo Pinto, Raul Custódio e Ricardo Custódio O Trepa no Coqueiro irá homenagear o Rio de Janeiro no ano em que a cidade maravilhosa completa os seus 450 anos de existência. Iremos abordar vários temas comuns na vida dos cariocas, que ilustram a razão da expressão Cidade Maravilhosa. Esperem por nós nos dias 15 e 17 para mais dois desfiles cheios de vida e alegria como é característica desta escola.

Tripa Cagueira Olodum 35 anos de Samba Reggae e Cidadania! Elementos: 70 Autor do tema, música, letra, fantasias e carnavalesco: Tripa Associação Após 19 anos de trabalho desta Associação, desde as primeiras ideias do nosso mágico, que agora é a nossa estrela mais brilhante das constelações, está na hora de dar voz à nossa Associação fazendo a justa homenagem aos 35 anos do Movimento Olodum que serviu de base à criação da Tripa.

Tripa Mijona Nem toda a Rainha usa coroa! Elementos:45 Autor do tema, música, letra, fantasias e carnavalesco: Tripa Associação A Tripa Mijona vem mostrar e cantar com emoção que ninguém deve ser julgado pela aparência mas sim pelo coração. Não precisa usar coroa pois em todas as mulheres já existe uma Rainha.


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

POLÍTICA XII Assembleia de Organização Concelhia de Sesimbra do PCP No passado dia 25 de janeiro, o auditório Conde Ferreira recebeu a XII Assembleia de Organização Concelhia de Sesimbra do PCP. A Assembleia contou com a presença de cerca de 100 pessoas, entre simpatizantes e apoiantes, que aprovaram por unanimidade uma Moção contendo as suas principais reivindicações e exigências ao Poder Central, no sentido do desenvolvimento e melhoria das condições de vida dos trabalhadores e populações do concelho de Sesimbra e uma Resolução Politica, onde são abordadas questões como a caracterização do Concelho, a Organização do PCP em Sesimbra e o seu reforço, a atividade e intervenção do Partido, a situação política e social nacional e local, a situação económica e social regional e local, as autarquias locais e as propostas do PCP para o concelho e o país. Vários foram os intervenientes desta assembleia, de entre os quais Odete Graça e Augusto Pólvora, Presidentes da Assembleia Municipal e Câmara Municipal de Sesimbra, respetivamente. A sessão contou ainda com a presença de Margarida Botelho, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP. A nova Comissão Concelhia de Sesimbra do PCP, composta por 30 membros, foi também aprovada por unanimidade, ficando Mário Peixoto como seu responsável.

Uma mensagem helénica…

Pedro Mesquita

10

A recente eleição do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras assenta sob a base de um partido de extrema-esquerda ou esquerda radical, situação que dirão alguns, surpreendente e que veio fazer soar as campainhas de alerta por toda a Europa moderada. Não obrigatoriamente pelas linhas ideológicas seguidas pelo Syriza, mas sim, pela preocupação crescente que poderá advir de uma ou outra medida eventualmente menos ponderada. Por outro lado, leva a que muitos atores políticos tenham a necessidade de rever as suas estratégias e simultaneamente os seus programas, procurando ir de encontro às verdadeiras necessidades das suas populações, tentando minimizar a crescente desmotivação e interesse pelas questões políticas que possam levar a estados extremos que resultem em viragens políticas inesperadas. A Europa e o poder político europeu aliado ao poder económico devem reflectir sobre o verdadeiro caminho a seguir, considerando o interesse geral das populações. Importará fazer também, uma boa reflexão sobre a avaliação das verdadeiras diferenças de cada Estado inserido no seio da União Europeia, sejam as questões económicas, sejam as condições propícias ao desenvolvimento de cada Estado. Estas diferenças exigem medidas e compromissos naturalmente diferentes que permitam não acentuar cada vez mais o fosso entre os mais poderosos e os “remediados”. O modelo europeu tal como o conhecemos actualmente, foi pensado numa lógica de igualdade e protecção dos Estados-membros. E essa máxima, parece ainda não ter sido assimilada por alguns… Pedro Mesquita


ASSOCIATISMO

O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

11

Centro Cultural, Social e Recreativo a Voz do Alentejo - Quinta do Conde

Cante Alentejano

Fundado a 10 de fevereiro de 1996, o Centro Cultural Social e Recreativo a Voz do Alentejo, sediado na Quinta do Conde, possui diferentes atividades desportivas, lúdicas e recreativas, sendo o Cante Alentejano a principal dinâmica da associação. Declarado Património Imaterial em 27 de Novembro de 2014, este género musical, definido por um tom polifónico executado em grupo e sem instrumentos, divide-se entre o Ponto, o Alto e o Coro, e é caracterizado pela lentidão e moderação das acentuações. Segundo João Favinha, o presidente e porta-voz do grupo, “o Centro Cultural Social e Recreativo a Voz do Alentejo tem recebido, desde a data da atribuição, inúmeras felicitações e os convites para atuações também têm aumentado. Esta foi sem dúvida uma boa notícia para todos nós.” Actualmente o grupo é constituído por 20 elementos que se dividem pelos três naipes: Pontos – Dinis Basílio, António Pestana e Luís Caldeira Altos – Joaquim Correia, Martins e João Pinto Coro – João Carreta, Acácio Gonçalves, Pestana, Aníbal José, Libório Borralho, João Calado, Ricardo, António Borges, Luis, Manuel Vinha, Manuel Lucas, Francisco Baranita, Francisco Lucas, Leonel Guerreiro, Borges, Leonel Palma e João Favinha

Vicentinos da Paróquia de Santiago

Escolas solidárias com os mais pobres No passado mês de dezembro o agrupamento de Escolas Navegador Rodrigues Soromenho, angariou junto das várias turmas de alunos cerca de trezentos e cinquenta quilos de alimentos e fez a entrega dos mesmos aos Vicentinos da Paróquia de Santiago para serem distribuídos aos carenciados, 36 famílias e 18 monoparentais. Sem quaisquer subsídios do estado ou de outras entidades oficias, os vicentinos contam habitualmente com a ajuda da população e outras entidades que anualmente entregam alimentos, agasalhos e brinquedos e que colaboram voluntariamente, com

é o exemplo do GRES Bota no Rego, GRES Unidos de Vila Zimbra e Associação Recreativa Bigodes de Rato, o Grupo Motard Sempre Juntos, Maxi Loja Sesimbra, Associação de Socorros Mútuos e Terrestres da Vila de Sesimbra, Centro de estudos Labirinto Mágico, Câmara Municipal de Sesimbra, Juntas de Freguesia, Grupo de Teatro de Vez Em Quando, mas sobretudo com a Paróquia de Santiago, onde recolhem semanalmente os alimentos e donativos dos grupos e paroquianos. Para os Vicentinos de Santiago (Conferência de S. Vicente Paulo), o espírito de partilha do concelho, deve manifestar-se de forma discreta. “Somos apenas o intermediário que recebe e distribui os bens que nos são entregues. Não esperamos a visita do

pobre, mas ao contrário vamos ao encontro dele. Ajudamos em medicamentos, óculos, fraldas, renda de casa, água, luz, consultas, alimentação, etc. Por vezes, apenas um sorriso faz a diferença a quem está só”, referem.

Tomada de Posse

Associação dos Socorros Mútuos de Sesimbra No passado dia 20 de dezembro de 2014 tomaram posse os novos órgãos associativos da Associação de Socorros Mútuos Marítima e Terrestre da Vila de Sesimbra. A tomada de posse foi precedida de Missa, realizada na Igreja Matriz de Sesimbra, celebrada pelo Padre Manuel José Martins da Silva, em intenção de todos os atuais Associados e dos já falecidos e ainda pelos novos Órgãos Associativos para que tenham um mandato pleno de sucessos mutualistas. De seguida, realizou-se um jantar-convívio entre os elementos dos novos órgãos associativos e muitos associados que quiseram assim, na época natalícia, conviver e dar corpo aos objetivos do plano de atividades para 2015. Manuel Nabais, presidente cessante da Direção, historiou o funcionamento da Associação desde 2006, salientando o esforço inicial para sobrevivência da instituição, a publicação do livro Há uma Luz,

a legalização e atualização do património, as regalias e benefícios conseguidos para os Associados, a reformulação e atualização dos Estatutos e do Regulamento de Benefícios e, por fim, agradeceu a colaboração e participação de todos. Ricardo Covas, presidente da atual Direção, salientou com base nos novos Estatutos, os principais objetivos para o futuro próximo – melhorar os equipamentos informáticos da Associação, estudar a possibilidade de criação de serviços de enfermagem ao domicílio e de acompanhamento jurídico, consolidar as fontes de receita da Associação – por fim, prometeu empenho e trabalho! Foram momentos muito ricos de mensagens e de partilhas, em que se procurou dar ênfase ao lema que a Associação tem prosseguido nos últimos anos: O mutualista pratica a entreajuda e promove a solidariedade. Jorge Pinto


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

12

Externato Santa Joana

Liderança no Feminino

O Externato Santa Joana tem desde o passado dia 15, data em que tomou posse, uma nova direção, com a particularidade de ser constituída apenas por elementos do sexo feminino. Fernanda Chaves (presidente), Alda Pólvora (vice-presidente), Lídia Pacheco (secretária), Maria de Lurdes Pereira (tesoureira) e Diana Rosa (Vogal), são os cinco elementos que a compõem. Manter a salvo uma instituição educativa que faz parte da história de Sesimbra é o mote do programa de ação desta direção, que pretende, com base numa gestão clara e aberta, focar-se nos pontos fortes e fracos do Externato. O Sesimbrense esteve à conversa com as novas diretoras que, em entrevista, divulgaram alguns pormenores deste novo desafio. Como e em que circunstancias surgiu esta candidatura? Esta candidatura surgiu como um basta a todas as decisões que foram tomadas e que só estavam a conduzir a um destino cada vez mais negro. Foi uma decisão ponderada, pensando na segurança, estabilidade e principalmente na mudança. Têm pela frente um compromisso de 4 anos de mandato, devido ao novo estatuto das IPSS. Em que medida poderá isso influenciar a gestão do externato? O aumento do tempo de duração do mandato de 3 para 4 anos, dará tempo a mostrar o resultado de um esforço conjunto. Haverá mais tempo para se conseguir ultrapassar as grandes dificuldades existentes e equilibrar a gestão dentro da medida do possível.

A dimensão do problema é grave, muito grave...

Quais os principais problemas e dificuldades encontradas? A dimensão do problema é grave, muito grave, com dívidas à banca, finanças, segurança social, trabalhadoras, fornecedores e outros prestadores de serviços. Após a tomada de posse foram caindo vários incumprimentos, que se não fossem pagos podiam fazer cair a instituição, o que é realmente gravoso. E como os vão resolver? Com muito esforço, dedicação e trabalho da parte de todos que se têm disponibilizado para nos apoiar e ajudar (colegas, pais, sócios, familiares, amigos, população e comércio local), só assim será possível. Quais as principais medidas a serem tomadas ainda para este ano letivo? Adequar os custos à atual realidade da instituição, estabelecer parcerias e fornecer serviços que podem gerar alguma receita, dar utilidade às instalações junto aos Bombeiros, recuperar dívidas das famílias devedoras. A nova direção tem feito todos os esforços para cumprir os pagamentos de todos os serviços e bens contratualiza-

dos desde a sua tomada de posse, temos também tido iniciativas pontuais para pagar as dívidas de fornecedores em atraso.

O Externato Santa Joana continuará a apoiar as famílias, com a qualidade a que as habituámos Já existem novidades para o próximo ano? O Externato Santa Joana continuará a apoiar as famílias, com a qualidade a que as habituámos. Estamos a tentar prolongar esse apoio, criando uma ponte de transição para as crianças que entram no 1º ciclo com a criação de uma sala de atividades. Pretendemos cativar novas famílias e conseguir preencher mais uma sala de creche que se encontra encerrada no momento. Vamos ter um período de atividades em Agosto - Férias de Verão em Santa Joana. Salários muito elevados e comparticipações familia-

res muito reduzidas, foram os principais problemas apontados pela direção cessante. Esse problema persiste? Como o pretendem solucionar? Os trabalhadores têm uma tabela salarial adequada às suas funções e anos de serviço (uma tabela que não é revista desde 2009), no entanto a persistência do défice entre as receitas e as despesas da instituição não se deve a salários que já eram tabelados. As mensalidades em vigor foram calculadas pela anterior direção e poderão ser revistas se os rendimentos familiares se alterarem, mas todas as atualizações serão feitas para aplicar no próximo ano letivo, se assim se justificar. Muito se tem especulado sobre o fato de alguns elementos acumularem várias funções dentro da IPSS. Poderá isso por em causa o trabalho desenvolvido com as crianças e as relações com as colegas e pais? A existência de uma equipa alargada de apoio à direção tem permitido delegar funções em vários elementos. Os elementos que acumulam funções dentro da instituição têm-no feito com grande esforço, dividindo tarefas para

que haja cumprimento do horário, respeitando colegas, crianças e famílias. Sempre que possível as funções são assumidas fora das horas de serviço, a não ser que surjam coisas urgentes ou prioritárias. Qual o futuro do Externato Santa Joana? O futuro da Instituição é ser a referência no apoio à criança e aos órfãos de Sesimbra, em qualidade e segurança, respeitando a sua história já centenária. É certo que temos um caminho a percorrer mas esperamos que o futuro seja melhor que o presente. Lutaremos por isso…! O que é que os move enquanto diretoras desta Associação? Querer que esta instituição não encerre e continue a honrar os seus compromissos. Que possa voltar a ser aquilo que sempre foi, de forma a transmitir segurança e estabilidade para todos nós (comunidade) “Não nos podemos esquecer nunca, que aquilo que não nos destrói, torna-nos sempre mais fortes.” Jovita Lopes


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

13

Central Feminina de Lisboa (Mónicas) pelo cardeal e bispo de Lisboa, Manuel Gonçalves Cerejeira aonde, já bastante doente ficou, até à sua morte Celebrava, a 2ª Missa nos dias de preceito, enquanto binava com a 1ª Missa, na Igreja de S. Francisco, da Ordem 3ª de S. Francisco no Campo Grande e também residiu, no edifício anexo até Dezembro desse ano, quando foi hospitalizado, no Hospital de Santa Maria em Lisboa, até 26 de Janeiro de 1956 e de onde saiu, para falecer, na sua casa familiar da Rua Serpa Pinto no Montijo e sua, segunda terra em que vivera, desde 1920. No Montijo também acumulou a celebração religiosa, no seu estabelecimento prisional, na Atalaia e no Afonsoeiro. E se, aqui trago esta memória (e tão necessárias o são, para termos sempre presente quem somos, donde viemos e para onde “sabe-se lá” vamos) é porque, mais do que um clérigo, este meu familiar foi tamFoto do Padre Pólvora in Museu da Igreja da bém, um homem da Atalaia, aonde também administrou, Cultura, investigador, a celebração religiosa homem de letras, ensaísta, escritor e criador e ensaiador teatral, literário, de 1910 e adjutor, da Freguesia apaixonado por música criou do Castelo aonde celebrava, na um libreto de opereta, um proIgreja do nosso Castelo e aos fessor, mas principalmente, um domingos, na de Alfarim, para educador, um homem solidário onde se deslocava, de Sesimquer, como director do orfanato bra a pé. quer, como provedor da Santa Em 19 de Julho de 1917 foi Casa da Misericórdia quer ainalistado, no 10º Esquadrão do da também, como sindicalista. RI – Regimento de Infantaria nº No entanto e acima de tudo, o 2 em Abrantes, na I Divisão do Padre Pólvora foi um homem exército, mas imediatamente de Deus, entre os homens, proveio, com o posto de 2º sargencurando na vida e da vida ser, o to cadete para a EPOM – Esmais simples e pobre, de entre cola Preparatória de Oficiais os pobres. Milicianos da Escola do ExérEm vida deu tudo, do seu cito em Lisboa aonde recebeu ser, do seu estar e do seu sainstrução intensiva que termiber, logo em 1920 foi nomeado, nou a 31 de Agosto de 1917. director do Orfanato do Montijo Foi finalmente licenciado, em 8 aonde em Sesimbra e no Monde Janeiro de 1920, quando já, tijo recolhia, os órfãos e todos no dia 4 dera, a sua 1ª missa na aqueles que, não o sendo, para paróquia de Aldeia Galega do ele assim os tratava, como úniRibatejo e atual Montijo. Convico modo de os poder educar, dado pelo nosso Bispo, esteve para lá do abecedário primário, até aos primeiros dias Janeiro ensinava-os também depois, de 1955 depois, de em Dezemno secundário nas línguas de bro de 1954 ter sido nomealatim e francês no colégio (pardo, capelão da então Cadeia No passado dia 28 de Janeiro fez 58 anos de falecido, o nosso grande sesimbrense e meu tio-avô, António Gomes Pólvora nascido que foi, em 2407-1882: Depois de terminar, os estudos eclesiásticos no Seminário de Santarém celebrou, a sua Missa Nova na Igreja Matriz de Sesimbra em 15-08-1909, depois de ordenado Presbítero pelo Cardeal-Patriarca Mendes Belo, Bispo de Lisboa. Foi imediatamente colocado, como pároco da capela da Misericórdia de Sesimbra até final

evocação e memória do seu óbito e obra ticular) “Esperança” ou propunha-os individualmente, aos exames ao liceu de Setúbal. Foi pois, um educador e formador, de crianças a serem homens e profissionais, músicos, bancários, professores, etc. No fim da década de 1930 foi presidente distrital de Setúbal da então, “União dos Sindicatos Nacionais de Setúbal” e em 1940 homenageado em livro pelos mesmos. No entretanto, foi realizando a sua obra literária e que embora publicada em jornais, nunca chegou ao prelo, todos estes seus documentos pessoais e a sua biblioteca pessoal deixouos em legado ao Município de Sesimbra, sua terra natal e sua primeira eleição, para que tivesse, uma Biblioteca. No Montijo, deixou às suas gentes mais pobres e aos seus pescadores o seu vestuário, limitando-se a ir envolto num lençol (do que restava do enxoval de sua Mãe), para a sua última morada em 30 de Janeiro de 1956. Ora, este legado testamentário do seu espólio documental e bibliotecário, então recebido em posse não apresentava, nenhum inventário registado e quase irremediavelmente se perdeu, pelo abandono a que esteve votado durante décadas. E eu, apesar de que nunca o ter conhecido em vida, sempre com ele “convivi” contemporizando-o, nas memórias fotográficas e relatos, dos meus familiares e no trabalho de investigação, busca e levantamento do espólio da sua obra eclesiástica e profana, do seu legado. Ora, é sobre este espólio finalmente recolhido, identificado e tratado que aqui venho ao encontro dos leitores do Sesimbrense. O meu tio-avô foi também seu leitor e colabo-

rador, mas foi principalmente, causa de muitas das suas notícias publicadas em vida e infelizmente, do seu falecimento que teve, honras públicas. No Sesimbrense, também foram colaboradores, outros seus familiares – o caso maior foi, o do seu sobrinho e meu primo, Mário Vidal Pólvora. Sucede que os documentos e os livros da sua biblioteca Vista da Praça da República, com o coreto pessoal por si legade que o Padre António Gomes Pólvora foi, dos, com o decurso um impulsionador e público subscritor, já na do tempo e a má condécada de 20 do século XX e ao fundo (a sua) servação encontramIgreja Matriz com a porta lateral no Largo se, em mau estado e com o seu nome. é, uma perda irrepasalvar digitalmente e com isso rável o seu perecimento apesar depois, se poderem desenvolde, todo o trabalho desenvolviver, os estudos e divulgação do do, pelos funcionários municitrabalho deste Sesimbrense. pais da Biblioteca e do Arquivo Conseguindo o equipamento Municipal de Sesimbra seja digrelevante e tecnologicamenno, de meritório e louvor tanto te complexo permitido fica, a que o meu trabalho de estudo preservação digital do mesmo deste espólio só foi possível, espólio, sem prejuízo da guargraças a tais trabalhadores e da física do mesmo, como hoje dirigentes municipais, pelo que muito bem, já o município o também lhes deixo aqui, o meu faz. O tempo e o “mal” que os imediato apreço. mesmos livros e documentos Agora cabe a nós a exigência sofreram e sofrem, contribuem de se poder preservar e reproa prazo, para sua perda e com duzir digitalmente tal obra, para ela, a nossa memória histórica, demais estudos e futuras conpessoal e colectiva. Mas com sultas e investigação, mas para esta aquisição, a recolha digiisso, o município de Sesimbra tal deste legado e também, de por ora não tem disponíveis, os outros legados já existentes, à necessários meios para o fazer guarda e também propriedade e por isso e este fim gostaria de municipal ficará, certamente sensibilizar e apelar, a todos os mais garantida, para o manuamigos desta Liga de Sesimseamento e estudo sendo com bra, mas também a todos os isto, a melhor homenagem a faSesimbrenses e leitores deste zer, aos ilustres sesimbrenses jornal para ajudarmos, a suprir de nascimento ou de espírito e esta necessidade e assim, atraà sua grandeza de alma, pelo vés desta Liga se criasse, um fim das suas últimas vontades. fundo financeiro que iniciasse, José Carlos P. Embaixador um espaço fundacional para

A doação do amigo, Padre José Gonçalves de Carvalho Fotografia - DigitArq

História

Padre Pólvora

Na edição de “O Sesimbrense”, de 15 de Dezembro de 2012 é feita referência aos doadores de obras literárias, através de legados, dos seus espólios particulares e que um dos doadores terá sido o Padre sesimbrense, José Gonçalves de Carvalho. Ora, este sesimbrense e pároco não terá doado à Câmara de Sesimbra, mas sim ao seu colega de estudos, colega eclesiástico e grande amigo, o Padre AntóSessão solene nas bodas de ouro sacerdotais nio Gomes Pólvora que então, por sua morte incorpo- do Mto. Reverendo prior, Padre José António rou também no legado do seu património documental e Gonçalves de Carvalho, na Igreja do Santíssimo Sacramento. bibliotecário à Câmara Municipal de Sesimbra para vir a criar uma biblioteca pública. Sucede que na receção do legado do padre Pólvora não foi feito nenhum inventário do recebido e durante décadas, os livros e documentos estiveram sem a proteção devida. Em 2012, finalmente veio a lume uma caixa documental no arquivo municipal que tinha dentro toda a documentação pessoal de ambos os padres, só que a do padre Carvalho estava e está integrado numa pasta com documentos do padre Pólvora. A seção de arquivo e biblioteca já foram alertados para a devida correção do index classificativo desses fundos, como devendo ser, um subfundo autónomo, do padre Carvalho mas dentro, do fundo do Padre Pólvora, fixando apenas um único legado.


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

DESPORTO

14

GDU Azoia realizou 2.º Trail do Cabo Espichel/SportLife

O Grupo Desportivo União da Azoia (GDUAzoia), em parceria com a revista Sport Life, realizou no passado dia 20 de dezembro, com enorme sucesso, a 2.ª Edição do Trail do Cabo Espichel, em caminhos rurais das localidades de Azoia e do Cabo Espichel. Esta iniciativa contou, ainda, com o apoio da Junta de Freguesia do Castelo, da Câmara Municipal de Sesimbra e dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra e o patrocínio do Sana Sesimbra. O 2.º Trail do Cabo Espichel foi pensado para cativar diferentes tipos de adeptos dos desportos de natureza, desde os amantes das corridas, aos que gostam de caminhar de uma forma tranquila, dos jovens, aos menos jovens. Por isso mesmo, foram realizados, praticamente em simultâneo, um Trail Longo, de 30 Km, um Trail, de 15 Km, e uma caminhada, de 6 Km.

A escolha criteriosa do traçado para cada um daqueles percursos, a qual permitiu aos atletas desfrutar largamente das maravilhas naturais e paisagísticas dos Parques Natural da Arrábida e Marinho Professor Luiz Saldanhada, a rigorosa marcação daqueles percursos no terreno, o controlo eficaz da passagem e cronometragem efetuado pelo sistema eletrónico Sportident, o simpático e eficiente atendimento prestado aos atletas e o pontual cumprimento dos horários previamente estabelecidos, entre outros fatores positivos a destacar, fizeram deste evento um êxito. Sob a direção técnica do professor Jorge Baltazar, especialista conceituado do nosso concelho em desportos de natureza, esta iniciativa contou com a participação de cerca de 400 atletas. E, não fora os limites impostos pela organização e pelas condições

naturais da região, o número de atletas inscritos teria sido, seguramente, muitíssimo superior. Com efeito, cerca de um mês antes da sua realização já estavam encerradas as inscrições. Os três primeiros atletas a cortar a meta no Trail Longo foram Nelson Diogo, do Monsanto Running Team, com 2:39:46, Rui Narigueta da Autoeuropa, com 2:40:41 e Pedro Basso, Individual, com 2:46:14. Carla Cristina, do CN Alvito, foi a primeira senhora a terminar esta prova, totalizando 3:24:45. Consagrouse 1.ª classificada em seniores femininos. Na classificação geral do Trail, 15 Km, ficaram nos três primeiros lugares os atletas Nuno Henriques, do CCA, com 1:10:15, Pedro Amigo, do Alto do Moinho, com 1:11:34, e Luciano Correia, do Proaventuras, com 1:12:08. Susana Martins, da Animesalus, foi a primeira atleta feminina a chegar à meta, com 1:26:04. Considerando o sucesso alcançado por este evento nos dois últimos anos consecutivos, fazemos votos para que seja possível ao GDU Azoia continuar a organizar outras iniciativas deste género. Com efeito, o nosso concelho reúne todas as potencialidades para atrair, cada vez mais, um turismo vocacionado para o desporto de aventura e de natureza. LG

Taça de Portugal de Orientação

Coruche, acolheu no dia 10 de janeiro de 2015 a etapa inaugural da Taça de Portugal de Orientação Pedestre 2015, numa excelente organização conjunta do COAC e do GD4 Caminhos, o II Troféu Coruche Capital Mundial da Cortiça. O evento decorreu junto à localidade de São José da Lamarosa. O GDU Azoia participou com 15 Orientistas, em representação de vários escalões de competição que obtiveram os seguintes resultados:


O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015

Futebol

Derbie concelhio

Equipa da casa vence através de penalti No dérbi concelhio, disputado entre o Alfarim e o Sesimbra, em partida da 14ª. Jornada do Campeonato Distrital da 1ª. Divisão, levou a melhor a equipa da casa, fruto de um golo na marca de grande penalidade, por Tiago Carvalho, naos 42 minutos. O Sesimbra bem tentou alterar o rumo dos acontecimentos mas não conseguiu, muito devido à atuação do guardaredes do Alfarim que se exibiu em excelente plano. No entanto, será justo referir que o mesmo aconteceu com o Alfarim que

também numa ou outra situação poderia ter voltado a marcar. No final, o treinador do Alfarim embora tenha reconhecido alguma superioridade do Sesimbra em determinados momentos do jogo considera o resultado justo porque a sua equipa “jogou mais e teve também mais oportunidades de golo”. Opinião contrária teve o técnico do Sesimbra que em declarações ao Jornal de Desporto, considerou o resultado “uma tremenda injustiça” porque a sua equipa “foi sempre a mais perigosa e aquela que mais procurou o golo”

15

Gémeos Sesimbrenses marcam no mesmo jogo Os irmãos gémeos Marco e Flávio Paixão continuam a revelar-se na Polónia, a jogar na mesma equipa, Marco foi o melhor marcador da última edição do Campeonato polaco (22 golos). Agora e após paragem por lesão (desde Julho do ano passado) regressou e voltou aos golos, inaugurando o marcador no triunfo do Slask Wroclaw diante do GKS Belchatow, por 2-1. O Segundo golo foi marcado pelo seu irmão Flávio, de grande penalidade. Os gémeos sesimbrenses de 30 anos, fizeram história ao marcar na mesma partida e pela primeira vez na Polónia, embora não seja a primeira vez na carreira. Os irmãos já jogaram juntos

no Sesimbra, FCPorto B e no Hamilton (Escócia), antes de voltarem a estar do mesmo lado. Há mais de 4 anos que Marco e Flávio Paixão não faziam golos no mesmo jogo. Bastante compatíveis em campo, entendem-se na perfeição e têm características parecidas, cada um na sua posição. Embora marquem golos a um bom ritmo, apenas Marco é ponta de lança. Flávio é extremo e gosta de aparecer em zona de finalização. Ambos aguardam uma oportunidade para ingressar na seleção nacional, liderada pelo técnico Fernando Santos.

31ª Edição Corta-mato Escolar Concelhio Jogo interrompido no Sesimbra - Amora O Sesimbra foi derrotado no Estádio Vila Amália, por 4-0 num jogo que não chegou ao fim, devido à inferioridade numérica da equipa da casa. Durante algum tempo, o Sesimbra jogou apenas com 8 jogadores, por expulsão dos restantes. Aos 82 minutos, devido à lesão de dois jogadores, o árbitro deu o jogo por terminado, pelo fato da equipa da casa não possuir o número mínimo de sete jogadores, para que o encontro pudesse prosseguir. Num jogo de contornos muito difíceis, a arbitragem de Luís Reforço, como seria de esperar, foi muito contestada pelos sesimbrenses.

A 31ª edição do Corta-mato Escolar Concelhio, ocorreu no passado dia 28 de janeiro, na Lagoa de Albufeira. Esta iniciativa, inserida no quadro competitivo das atividades do programa do Desporto Escolar, contou com a participação de centenas de alunos do 1º, 2º e 3.º ciclo do ensino básico, secundário e profissional do concelho de Sesimbra. Os melhores classificados de cada escola irão competir no Corta-mato Distrital, a decorrer no pró¬ximo dia 11 de fevereiro no Parque Sant’Iago em Setúbal, a partir das 10h00. Estima-se a participação de cerca de 4.000 participantes, neste evento que tem a atleta olímpica e campeã europeia e mundial Naide Gomes como patrona.

Atletismo

Campeonato regional de Infantis Arrancou no dia 18 de Janeiro, na Pista Municipal de Atletismo da Sobreda, a primeira jornada do Campeonato Regional de Infantis. As equipas do MGBooos e da Associação Cultural e Desportiva da Cotovia, estiveram representadas na prova com 2 e 5 atletas, respectivamente, num total de 89 inscritos. Alice Silva obteu o 6º lugar em 60 metros planos e disco 600g e Gonçalo Carvalhais o 3º lugar em 60 metros planos, ambos atletas do MGBoos. Já os atletas da Associação Cultural e Desportiva da Cotovia (ACDC) obteram as suas melhores classificações nas seguintes especialidades:

Catarina Carmo (2ª classificada- 60 metros Barra), Nuno Carmo (2º classificado – Disco 750g), Mariana Pereira (2ª classificada – 60 metros planos), Beatriz Dionísio (5ª classificada – 60 metros planos) e Carolina Gomes (4ª classificada – 60 metros planos). A segunda jornada do campeonato está agendada para o dia 7 de fevereiro em Setúbal. Em comunicado, a ACDC fez saber que se encontram abertas inscrições para a modalidade, em todos os escalões, a partir dos 6 anos. Os treinos realizam-se no Pavilhão Municipal de Sampaio, às segundas, quartas e sextas, das 19h00 às 20h15.

Classificações Individuais

Benjamins: 1.º Pedro Roque; 2.º António Parreira; 3.º Daniel Caroi Infantil A Feminino:1.º Joana Pinto; 2.º Eva Martins; 3.º Susana Narciso Infantil A Masculino: 1.º Tomás Lopes; 2.º Marcos Santos; 3.º Luís Carvalho Infan¬til B Feminino: 1.º Beatriz Dionísio; 2.º Patrícia Bacelar; 3.º Ana Pereira Infantil B Masculino: 1.º Alexandre Parada; 2.º Tiago Patrício; 3.º 0 Gonçalo Teixeira Iniciados Femininos: 1.º Catarina Santos; 2.º Mafalda Cruz; 3.º Raquel Oliveira Ramião Iniciados Masculinos: 1.º José Barata; 2.º André Silva; 3.º Igor Correia Juvenis Femininos: 1.º Soraia Tavares; 2. Catarina Carmo; 3.º Raquel Batista Juniores Femininos: 1.º Leonor Duarte; 2.º Ana Rita Campos; 3.º Bruna Amorim Juvenis Masculinos: 1.º João Cabral; 2.º Rafael Guerreiro; 3.º Hélder Gonçalves Juniores Masculinos: 1.º Cláudio Ribeiro; 2.º Guilherme Fernandes; 3.º Nuno Joaquim


16

O SESIMBRENSE | 1 DE FEVEREIRO DE 2015


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.