O sesimbrense - Edição 1196 - Março 2015

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Fundador: Abel Gomes Pólvora

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Edição Online: www.osesimbrense.com.pt

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Diretor: Félix Rapaz

ANO LXXXIX • N.º 1196 de 1 de abril de 2015 • 1,00 € • Taxa Paga • Sesimbra - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. • DE00592015RL/CCMS)

Memorial no Meco gera polémica Página 13

Sesimbra despovoada

Páginas Centrais

Política: Iniciativas partidárias Página 10

Santa Casa da Misericórdia

McDonald’s em Sesimbra

Página 5

Página 3 Projeto da Maçã


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nBombeiros Voluntários de Sesimbra Piquete de Sesimbra: 21 228 84 50 Piquete da Quinta do Conde: 21 210 61 74 nGNR Sesimbra: 21 228 95 10 Alfarim: 21 268 88 10 Quinta do Conde: 21 210 07 18 nPolícia Marítima 21 228 07 78 nProtecção Civil (CMS) 21 228 05 21 nCentros de Saúde Sesimbra: 21 228 96 00 Santana: 21 268 92 80 Quinta do Conde: 21 211 09 40 nHospital Garcia d’Orta Almada 21 294 02 94 nComissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Sesimbra 21 268 73 45 nPiquete de Águas (CMS) 21 223 23 21 / 93 998 06 24 nEDP (avarias) 800 50 65 06 nSegurança Social (VIA) 808 266 266 nServiço de Finanças de Sesimbra 212 289 300 nNúmero Europeu de Emergência 112 (Grátis) nLinha Nacional de Emergência Social 144 (Grátis) nSaúde 24 808 24 24 24 nIntoxicações - INEM 808 250 143 nAssembleia Municipal 21 228 85 51 nCâmara Municipal de Sesimbra 21 228 85 00 (geral) 800 22 88 50 (reclamações) nJunta de Freguesia do Castelo 21 268 92 10 nJunta de Freguesia de Santiago 21 228 84 10 nJunta de Freguesia da Quinta do Conde 21 210 83 70 nCTT Sesimbra: 21 223 21 69 Santana: 21 268 45 74 nAnulação de cartões SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços) 808 201 251 Caixa Geral de Depósitos 707 24 24 24 Santander Totta 707 21 24 24 Millennium BCP 707 50 24 24 BPI 21 720 77 00 Montepio Geral 808 20 26 26 Banif 808 200 200 BES 707 24 73 65 Crédito Agrícola 808 20 60 60 Banco Popular 808 20 16 16 Barclays 707 30 30 30

Farmácias de Serviço

EDITORIAL

Felix Rapaz

Contatos uteis

O Futuro nas nossas mãos Maria Luis Albuquerque, ministra início de outubro, elegerão também de Estado e das Finanças, diz “que uma Assembleia da República. o País tem uma almofada financeira No entanto, os portugueses são para o caso de alguma coisa acontemuito dados a pensar, a ponderar; cer e que os cofres do Estado estão voltamos a pensar e a ponderar e não cheios”. Também Salazar deixou o saímos para a ação. banco de Portugal cheio de ouro, mas Só quando as pessoas transformaa sua herança inclui ainda um país rem a indulgência em ação e utilizaisolado, repleto de analfabetos, uma rem o seu voto como verdadeira arma guerra colonial sem sentido, uma sode mudança conseguirão ter o futuro ciedade atávica. Era uma época cinnas suas mãos. zenta e vil! Portugal prepara-se para entrar numa muA verdadeira medida de um dança de ciclo político. Homem não se vê na forma como Em janeiro, os eleitores portugueses vão eleger se comporta em momentos de conum novo Presidente da forto e conveniência, mas como se república, uma vez que mantém em tempo de controvérsia e o atual atingiu o limite de desafio. dois mandatos. Antes, Martin Luther King em final de setembro ou

Com o apoio:

Farmácia da Cotovia

Opinião

Avenida João Paulo II, 52-C, Cotovia

212 681 685

Farmácia de Santana Estrada Nacional 378, Santana

Mãos que falam Por: Maria João Inocêncio

212 688 370

Farmácia Leão Avenida da Liberdade, 13, Sesimbra

212 288 078

Farmácia Lopes

Rua Cândido dos Reis, 21, Sesimbra

212 233 028

Edição publicada segundo o novo acordo ortográfico

Honestamente, nunca pensei em entrar num Mundo sem som. Nunca pensei que me fosse acontecer algo assim (não é o que todos pensamos??). Em contrapartida, lembrome de no 8º ano querer aprender uma língua. A Língua Gestual Portuguesa (de forma abreviada, LGP), só porque sim. A ideia adormeceu em mim, mas a vida, mestre das surpresas boas e menos boas, tirou-me do mundo dos sons, no entanto deu-me a oportunidade de aprender Língua Gestual Portuguesa. A LGP é uma língua visual expressa através da configuração das mãos e da expressão facial e corporal. Diz-se língua gestual (de determinado País) e não linguagem gestual. Esta é utilizada não só por surdos, como por ouvintes. Nas aulas

de LGP, insisto em levar o caderno para tirar apontamentos dos gestos que aprendo, Porque é preciso treinar, são trabalhos de casa que não me importo nada de fazer. No entanto, mesmo com treino, existem gestos que caem no esquecimento. Até agora já aprendi o abecedário, os números, as cores, os dias da semana e meses do ano, os verbos e a construção de frases simples. Com muita pena minha, a língua gestual não é a minha primeira língua pois no meu dia a dia raramente a uso, até porque existem poucas pessoas (que fazem parte da minha vida) que sabem LGP. Se eu tivesse tido aulas de língua gestual portuguesa desde pequena, mesmo ouvindo, terme-ia sido muito útil. No meu passado recente e no agora. A adaptação a este mundo do silêncio teria sido diferente. Provavelmente se as pessoas ouvintes soubessem comunicar em LGP, a minha vida seria mais fácil. A minha e a de todos os surdos de Portugal. Mais do que uma língua, trata-se de inclusão. São gestos que levam o som a quem não o tem.


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ATUALIDADE

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Programa Floresta Comum

No âmbito de uma candidatura ao programa Floresta Comum, foram plantados em vários locais do concelho de Sesimbra, durante o mês de março, 4600 árvores e arbustos, tais como sobreiros, pinheiros mansos, carvalhos, murtas e loureiros.

McDonald’s em Sesimbra

Obras de requalificação do Mercado Municipal de Sesimbra

Está previsto para o mês de Maio o início das obras de requalificação do Mercado Municipal de Sesimbra. Das alterações previstas, destaque para a transferência do mercado do peixe para o piso térreo e para construção de uma nova câmara frigorífica na cave.

Sesimbra é Peixe e Arte na Rua

O sucesso das edições anteriores levou a que o júri anunciasse o lançamento da 3ª fase do concurso, que deverá acontecer ainda no primeiro semestre do ano. Além das portas e janelas a nova edição conta com a inclusão de muros.

Sesimbra na Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis

Sesimbra vai aderir à rede Portuguesa de Cidades Saudáveis, associação constituída em 1997. A adesão a esta rede facilitará as parcerias institucionais, a implementação de ações inovadoras e a troca de experiências e de conhecimentos.

Mostra de Doces da Páscoa

A Fortaleza de Santiago foi, no passado dia 29, palco da Mostra de Doces da Páscoa. Esta iniciativa organizada pela Academia de Música do Bota Big Band com o apoio da CMS, teve como principal objetivo angariar verbas para a aquisição e novos instrumentos.

A cadeia de fast food norte-americana McDonald’s está a analisar a possibilidade de implementação de um restaurante no concelho de Sesimbra. Encontra-se ainda em fase de estudo a localização do restaurante, sendo várias as possibilidades. Ao que O Sesimbrense conseguiu apurar, a opção pela localidade da Venda Nova, ganha cada vez mais força, uma vez que se encontra perto de grandes superfícies comerciais. O surgimento desta unidade poderá fazer parte do plano de expansão da empresa, que em 2015 prevê a abertura de novos restaurantes, numa média de cinco por ano, até 2018.

O Melhor Arroz de Portugal 2015

Snack Onda Bar

entre os melhores do país

Arrancou no passado dia 2 Março a primeira fase do concurso O Melhor Arroz de Portugal 2015, promovido pela Unilever Jerónimo Martins, Lda. De entre os 251 estabelecimentos a concurso, encontra-se o Snack Onda Bar, que atualmente ocupa 1º lugar a nível distrital. No dia 3 Maio serão apurados os 20 semifinalistas (1ºs classificados de cada distrito e ilhas) que disputarão a final, no dia 18 de Maio. Arroz à Pescador com Marisco é o prato apresentado pelo Snack Onda Bar. A base da sua confeção é simples. “Começa-se por fazer um refogado com cebola, alhos, tomate, azeite, caldo Knorr de peixe e ervas aromáticas. Reduz-se a caldo e voltase a colocar ao lume. Quando ferver, adiciona-se o arroz e logo de seguida o peixe e o marisco. Retifica-se os temperos, envolve-se e polvilha-se com coentros picados e um raminho de hortelã”, explica-nos a D. Manuela, cozinheira e proprietária do estabelecimento.

Um dos segredos deste prato é a utilização de peixe fresco na sua confeção. “Garoupa, corvina ou filetes de peixe-espada preto, são os únicos peixes que utilizamos”, reforça o Sr. Virgílio, também proprietário. Relembramos que em 2014, o Snack Onda Bar ficou em 8.º lugar num total de 1515 inscritos. Para votar basta aceder ao site http://www.melhorarrozdeportugal.pt


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PESCAS

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Economia do Mar representa 3% do PIB Segundo a Agência Lusa, a ministra do Mar, Assunção Cristas, avançou que o peso do mar na economia nacional aumentou de 2,7% para 3% e impulsionou a criação de emprego, sobretudo nas indústrias de conservas e transformação de pescado. Para a ministra, os novos usos do mar, nomeadamente biotecnologias, algas e ener-

Opinião Fundo de Compensação Salarial Por: Carina Reis O Inverno de 2013, foi um inverno duro para a pesca, com muitos dias em que a barra esteve fechada em vários portos, e no caso de Sesimbra, que não temos barra, foram muitos os dias em que as embarcações não puderam sair e consequentemente armadores e tripulantes ficaram sem ganhar. O governo foi sensível às dificuldades que a pesca por todo o país passava e abriu um fundo de compensação salarial, que permitiria uma pequena ajuda financeira a cada tripulante e armador. Essa ajuda teria um valor diário igual ao valor diário do salário mínimo nacional, ou seja, cerca de 16€ por dia e seria atribuído sempre que houvesse 3 dias consecutivos de mau tempo ou 7 dias interpolados em cada 30 dias. As Capitanias teriam de atestar quais os dias que consideraram de “mau tempo”, e seria validado pela Docapesca se as embarcações tinham realizado vendas nesses dias ou não. Os valores não eram muito, as condições eram restritas, mas “era alguma coisa”. A existência deste fundo não foi isenta de polémica dentro do próprio setor, principalmente porque 60% deste fundo provém das coimas aplicadas ao regime geral da pesca. Os que não concordavam com estes fundos defendiam que isso só iria fa-

zer incidir mais fiscalização para obter receitas suficientes para cobrir os pedidos dos fundos, no típico “uma mão dá, a outra tira”. Mais justo ou menos justo, a verdade é que todos os que se enquadravam nos critérios definidos podiam candidatar-se e muitas embarcações e respetivos trabalhadores o fizeram. Em Junho as candidaturas estavam enviadas, e apesar do inverno já ter passado, muitos vinham perguntar quando é que recebiam o subsídio, e eu na brincadeira respondia que só no Natal, como prenda! No entanto deu tempo de chegar o Outono de 2014, veio o mau tempo de Novembro e Dezembro, o Natal chegou e passou, o inverno 2014 acabou, iniciámos a primavera, e os ditos apoios continuam sem chegar! Apesar de em tempo útil a legislação ter sido logo publicada para se beneficiar do apoio quando ele fazia falta, e ser tão publicitado nos media que o governo deu apoios à pesca, a verdade é que mais uma vez os técnicos disponíveis para tratar dos assuntos das pescas são tão poucos que ficam meses sem conseguirem dar resposta, e os apoios não cumpriram o seu objetivo. Podemos esperar receber os subsídios no Natal, não sabemos é de que ano.

MAR7

gias renováveis, serão também “áreas de forte expansão”. Também a aquacultura “tem muitos projetos em marcha e a serem executados”, envolvendo investimentos da ordem dos 40 milhões de euros, nomeadamente em projetos ‘offshore’. No que diz respeito aos portos de pesca, deverão contar com um investimento de 28,3

milhões de euros entre 2013 e 2017 (10,3 milhões entre 2014 e 2015 mais 18 milhões entre 2016 e 2017). Quanto ao PROMAR, o programa de apoios comunitários direcionado para as pescas, cuja execução ronda atualmente os 66%, a ministra acredita que ainda pode ser executado na totalidade até ao final do ano.

Associação para o Desenvolvimento da Economia do Mar no Distrito de Setúbal

MAR7 é o nome da mais recente associação, sediada no distrito de Setúbal, orientada para os assuntos do mar. Tem como sócios fundadores Paulo Ribeiro, Vitor Caldeirinha, Pedro Dominguinhos, Fernanda Nunes, Fátima Évora, João Paulo Almeida, Bartolomeu Lança e Miguel Menezes. Para estes dirigentes é importante ver concretizado o desígnio do MAR na região, com investimentos e iniciativas que resultem da conjugação de esforços de empresários empreendedores, empresas estabelecidas e entidades da região, com o apoio dos novos Fundos Comunitários que foram cria-

dos para o efeito. Num distrito rodeado por mar, estuários e rios, a MAR7 assume-se como fórum, com o intuito de coordenar esforços e estratégias potenciadoras de sinergias, de forma a criar valor e dar dimensão à economia marítima e à afirmação interna e externa do distrito. No âmbito da sua atuação, a MAR7 pretende potêncializar e dinamizar as seguintes áreas:

pesca, aquicultura, salicultura e indústria de transformação do pescado e distribuição; portos, transportes marítimos e logística; construção naval e reparação naval; áreas ribeirinhas, lazer e desportos náuticos; náutica de recreio e atividades de apoio; marítimo-turísticas e turismo/cruzeiros; formação; energias marinhas; biotecnologias marinhas; exploração do solo e do subsolo marinho.

Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra

Novo Provedor do Cliente pelos interesses e salvaguarda dos direitos que, legalmente, lhes assistem. Constitui um importante contributo para a transparência da atividade sendo considerada mais uma ferramenta para a melhoria do seu desempenho.

João Almeida Provedor do Cliente dos Portos de Setúbal e Sesimbra

João Almeida é o novo Provedor do Cliente do Transporte Marítimo dos Portos de Setúbal e Sesimbra, por três anos, com efeitos a 1 de dezembro de 2014. Este é um órgão autónomo cuja missão é a defesa dos clientes dos portos, zelando

João Almeida é licenciado em Direito e pós-graduado em Direito Comunitário e em Direito dos Contratos Públicos pela Universidade Católica Portuguesa. Advogado desde 1990, a sua ligação ao setor marítimo e portuário começou quando serviu como Oficial da Reserva Naval da Armada Portuguesa (1989-1990) na então Direção-Geral de Marinha (atual Direção-Geral da Autoridade Marítima) e inten-

sificou-se com o exercício de funções de Assessor Jurídico dos Serviços de Marinha de Macau e docente de Gestão das Atividades Marítimas e Portuárias na Escola de Pilotagem de Macau (1990 – 1994). Integrou o Grupo para a Implementação de uma Estratégia Nacional para os Oceanos (GIENO) da Associação dos Oficiais da Reserva Naval (AORN) responsável pela conceção e execução do projeto de sensibilização da sociedade civil sobre a necessidade de organizar e desenvolver um Hypercluster da Economia do Mar (2004- 2009). Natural de Aveiro, vive em Setúbal desde os dez anos, idade com que começou a velejar no estuário do Sado.

Email: provedordocliente@portodesetubal.pt Telefone: 265 542 090


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ASSOCIATIVISMO

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Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra Novos Projetos

Envolta nas suas catorze obras , sete espirituais e sete corporais, pelo Catecismo de São Pio X, a Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra (SCMS) encontra-se intrinsecamente enraizada na identidade do concelho. Com um património ímpar, ao longo dos anos a instituição construiu um legado de mérito, desde a sua génese, através da promoção da melhoria das condições de vida de toda a população, principalmente dos mais desprotegidos. Enquanto associação de referência do concelho, a Santa Casa está hoje empenhada em transformar-se numa instituição do século XXI, atuando estrategicamente em diferentes domínios, nomeadamente na Saúde, Ação Social, Educação e Património. Em entrevista a O Sesimbrense, Manuel Adelino Bernardino e Ana Sílvia Cruz, Provedor e Vice Provedora da Santa Casa, apresentam as estratégias delineadas e os projetos em curso, que permitem que a SCMS encontre respostas diversificadas para enfrentar os desafios atuais e futuros. Quando é que esta Mesa Administrativa tomou posse? Ana Sílvia Cruz: Esta nova Mesa tomou posse no dia 7 de Janeiro de 2015, para um mandato de 4 anos. No entanto estamos a prosseguir com o trabalho da Mesa anterior, da qual já fazíamos parte. Um dos fatores que tem gerado alguma controvérsia foi a atribuição remuneratória do provedor e vice-provedor, na última Assembleia Geral. Podem falar-nos um pouco disso? Manuel Adelino Bernardino: A lei e Compromisso da Santa Casa ( estatutos) permitem que o provedor ou qualquer outro elemento da mesa administrativa seja remunerado. Chegámos a um momento em que os membros da mesa administrativa acharam que é já demasiado complexa a gestão da Santa Casa e não se compadece com amadorismos. No ano 2000, quando pela primeira vez fui eleito, tínhamos um diretor gerente, que mais tarde foi substituído. Certo é que, quer com um ou com outro, as coisas não correram bem. Demo-nos muito mal com essas experiências. Entretanto vem para a SCMS uma outra mesa administrativa, e como vinha com outras inten-

ções, nunca também contratou ninguém, a ideia era a de entregar a gestão a uma empresa. Não chegaram a concretizar a ideia, por razões sobejamente conhecidas dos irmãos. Quando viemos para cá a seguir foi com um compromisso perante a Irmandade, o de fazer a gestão. Foi particularmente penoso. Depressa começámos a perceber que passamos imenso tempo aqui. As solicitações são tremendas. Esta era todavia uma decisão que competia à mesa administrativa, ninguém tem dúvidas a cerca disso, pedimos um parecer jurídico e pedimos à nossa jurista para explicar às pessoas por uma questão de total transparência, clareza e seriedade. Sem o termos de fazer convocamos uma assembleia e os irmãos pronunciaram-se. Ana Sílvia Cruz: Quisemos deixar as coisas muito claras com toda a gente. Foi uma decisão esmagadora das pessoas que representam e constituem a irmandade. Até porque não são pioneiros, certo? Ana Sílvia Cruz: Sim, na grande maioria, ou são remunerados ou têm outro tipo de regalias, que por cá nunca aconteceu, bem pelo contrário, pagamos para ser mesários.

Isto acaba por não ser novidade, porque nós estamos a fazer este papel há 3 anos. O que acontece é que isso se tornou insustentável para as nossas próprias vidas profissionais. E as exigências hoje em dia são cada vez maiores. Estamos aqui numa encruzilhada que ou crescemos ou desaparecemos. Infelizmente é assim, a concorrência nesta área é cada vez maior e nós como uma instituição legalizada temos muita coisa para cumprir, que infelizmente os lares ilegais não têm. Mas houve recentemente duas demissões, certo? Manuel Adelino Bernardino: Temos três suplementes para três vagas que hajam. As demissões foram de dois elementos efetivos da mesa. Uma das pessoas disse desde o princípio que concordava que o provedor fosse remunerado mas não concordava com o vice-provedor. Eu tentei desde o inicio explicar que o provedor é a mesma coisa que o vice-provedor, porque até estatutariamente o substitui. E como é que pode substituir se não estiver a par de tudo o que acontece na Misericordia e se não participar activamente no processo decisório?! A pessoa disse que se iria demitir depois da assembleia respectiva e foi o que fez.

Como tivemos uns problemas muito sérios há uns anos atrás e por uma questão de salvaguarda de todos nós, temos as nossas contas auditadas, isso apesar de não termos essa obrigação nem legal nem outra. Ora o outro mesário, até a auditoria põe em causa. Contestou o dinheiro em caixa, a 31 de Dezembro achou demasiado ( como se pudéssemos impedir as pessoas de pagarem nesse dia); a forma de lançamento do donativo que serviu ao restauro do tecto do altar mor da Capela (quando devia estar contente pela dimensão da obra) e até as reavaliações de activos ,situação bem explicada pela nossa auditora. Demitiu-se com base neste tipo de coisas. Qual o projeto para o Lar de Santiago? Manuel Adelino Bernardino: Com o 25 de abril, e nos tempos do PREC, o Estado ocupounos o hospital. Pode-se dizer que nos pôs na rua. A Misericórdia ficou reduzida na altura, à capela do culto. Teve que alugar um edifício antigo, que era da casa dos pescadores, o palacete dos Ruminas que ainda hoje é o nosso Lar de Santiago, que há muito está referenciado para ser substituído. Hoje há uma exigência maior como é evidente. A Segurança Social elogia-nos pelo assinalável aumento da qualidade mas estão-nos sempre a relembrar a situação do Lar de Santiago. Hoje fazer um lar custa uns 2 ou 3 milhões de euros e a Santa Casa não tem esse dinheiro. No entanto só na altura de avançarmos com a obra do novo Lar na Maça é que vamos deixar o Lar de Santiago. Obras de ampliação no Lar Senhor Jesus das Chagas e CATL, o que está previsto? Manuel Adelino Bernardino: Melhoramos em qualidade e aumentamos a capacidade. O projeto já esta aprovado pela Segurança Social e temos um parecer com algumas alterações, por parte da autarquia. Já só vamos ter o projeto pronto para meados do mês de abril, entretanto simultaneamente estamos à espera do quadro comunitário de apoio para efetuarmos a candidatura. O grande objetivo para este mandato. É sem dúvida o alargamento, a remodelação, requalificação e redimensionamento de todas as valências. Este lar inicialmente foi dimensionado para 12 pessoas atualmente temos 38. Quais as valências previstas para as Instalações na Maçã? Para quando? Ana Sílvia Cruz:

O acordo que temos com o nosso arquiteto é ter o projeto num grau de prontidão que demore um mês, que é o período que normalmente nos dão quando abrem as candidaturas. Assim que os programas surgirem, avançamos. Já contratamos uma empresa especializada nestes processos. O terreno foi doado por parte da Câmara Municipal. O projeto tem área em comum central e depois tem duas alas, uma das alas seria para o lar novo que vai ficar à espera que haja financiamento do estado, eventualmente a médio prazo, a outra será para a unidade de cuidados continuados – na vertente das demências. Estamos a todo o momento à espera que esses fundos sejam libertados para fazermos essa candidatura, que esperamos vir a ser contemplados. Ao espaço do hospital qual é o futuro destas instalações? Ana Sílvia Cruz: Isso gostávamos nós de saber. Temos atualmente um processo em tribunal, fruto da recente legislação sobre atualização das rendas. O Ministério ocupa presentemente o SAP sem pagar . . Está apenas a pagar renda do espaço onde estacionam os carros e do espaço novo localizado nas traseiras. Manuel Adelino Bernardino: Recentemente mandaramnos uma carta a dizer que estavam a considerar a possibilidade de mudar para as instalações do antigo dispensário. Quando entrei para a CMS, em 1993, havia um projeto para um centro de saúde naquele local, com dinheiro até no PIDAC, alguém responsável chegou e disse: “mas quem é que quer fazer aqui esta obra? Os acessos são péssimos e poderão por em causa todo o projeto!” O assunto foi posto dentro da gaveta. Mais de 20 anos depois estão a recuperar exatamente a mesma ideia para o mesmo local, quando parece que até estamos em situação mais complicada em termos de trânsito. Vamos lá entender estas pessoas …! Na eventualidade de saírem, tem algum projeto em mente? Manuel Adelino Bernardino: Já não íamos construir o lar na Maça e adaptávamos todo o espaço aqui. Seria a melhor localização - o centro da vila. Aliás esse era o quadro ideal para nós, era o UCC na Maçã e o lar a funcionar só aqui, com evidentes economias de escala. Temos potencial e quem nos financie, mas queremos avançar com os pés bem assentes no chão. Jovita Lopes


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LOCAIS

Azoia e Cotovia com BTT e Corrida em Junho

O Grupo Desportivo União da Azoia está a organizar a sua primeira Maratona em BTT – Trilhos do Espichel. Esta iniciativa está prevista para o dia 7 de Junho e contará com duas provas de 35 e 70 km. Para mais informações poderá contatar o secretariado através do email gduazoia2015@gmail.com No âmbito das comemorações do seu 25º aniversário, a Associação Cultural e Desportiva da Cotovia está a organizar, para o dia 10 de Junho, a 11ª Corrida Cabo Espichel – Cotovia. Esta prova, criada desde a fundação da Associação, surge este ano como que a revitalizar a dinâmica do atletismo, no concelho de Sesimbra e na ACDC. Mais informações da corrida e/ou caminhada, deverão ser solicitadas por email (acdcotovia@gmail. com) ou através do contato 212687252.

Lagoa de Albufeira Obras de pavimentação Já arrancaram as obras de pavimentação na freguesia do Castelo, previstas para 2015. As obras na Lagoa de Albufeira já tiveram início, nomeadamente na Avenida do Alcaide, que ficará ligada à zona nascente da Lagoa de Albufeira com obras de urbanização já realizadas. É certo de que os moradores desta avenida e zonas contiguas, na Lagoa de Albufeira, já aguardavam por esta obra há cerca de 20 anos.

Carta aberta a Lino Cheis Meu caro e “velho” amigo Sei bem quanto te interessas e te emocionas com tudo o que se passa em Sesimbra, apesar da distância da tua residência, bem longe, em Canas de Senhorim. A tua carreira profissional, a par do Raul Rodrigues, levou-te até às instâncias mineiras das Beiras e daí serem episódicas as tas vindas à “Piscosa”, o burgo que nos une há perto de 70 anos. A gente mais nova de Sesimbra já não te conhece mas o apelido Cheis, de amplas tradições, não engana. És mesmo “pexito”, da rapaziada fixe dos tempos de adolescência como o Urbino, o António Augusto, o Filipe Mesquita ou o Fernando Barral. És sócio de meia dúzia de instituições sesimbrenses, recebes e lês de um folego o nosso Jornal, manténs animadores contactos telefónicos comigo e com os irmãos Reis Marques, tens Sesimbra no coração – eu sei! Deves saber que muito estimo a nossa amizade, desde os meus tempos de assíduo banhista, se bem que tu nunca foste um frequentador de praias, de bailes no “Grémio” ou de passeatas na Traineira do Mário Martelo. Mas foi muito bom este aproximar de há quase 20 anos, tu na falésia a ver o mar e eu na Cotovia, remirando a Serra da arrábida. És um bom cidadão de Sesimbra e mereces ser mais conhecido e apreciado. Por isso decidi endereçar-te esta carta aberta tocada de um profundo sentimento de apreço e de amizade. Que vás respirando com saúde q.b., os menos poluídos ares de Canas de Senhorim! E por cá, de tempos a tempos, tens braços abertos da “rapaziada” amiga, de longa data, para o abraço de boas vindas. D.S.

De Igual Modo

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Dos “Segredos” aos desleixos... David Sequerra

Quem, como nós, tenha conhecido a pacífica Cotovia dos meados do século XX, tem pleno direito de se admirar com a azáfama e movimento rodoviário dos nossos dias. Que diferença! Como polo habitacional, com casas, vivendas e condomínios, a Cotovia tem vindo a ter uma evolução talvez impensável há uma dúzia de anos. Atravessada, da Quintinha a Santana, pela Avenida João Paulo II, a Cotovia assume foro de autêntica Vila, a pedir meças a Sesimbra. Tem farmácia de qualidade, restaurantes, pastelarias com esplanadas, minimercado, lojas, cabeleireiros e até uma casa de antiguidades, a relembrar a Cotovia de há 60 anos. De qualidade apreciada são também o “Forninho” e “Os Segredos da Terra”, de excelente localização e bons serviços. Nos “Segredos da Terra”(ex“Açúcar Pilé”) surgiu recentemente um expediente muito imaginativo, digno de elogios. Este: ao fazer-se despesa e com o aviso de pagamento, as solícitas empregadas entregam a cada utente uma chapa retangular, policromada e com número de referência tendo cada qual estampada uma vista de Sesimbra, de bom gosto e utilidade turística – a Doca, o Castelo, o Cabo espichel, a Fortaleza de Santiago, a Igreja Matriz quinhentista, etc. Até pagarem, os clientes apreciam bons aspetos da “Piscosa. Quem pensou nisso, acertou e merece os parabéns.

*** Cumprindo a intenção básica desta rubrica, de diversos contrastes regionais, em opinião própria, “voltemos à carga” (por assim dizer…) quanto à incúria/desleixo que perduram na zona da doca, no términus de Sesimbra, dando aso a que lhe chamemos um “cemitério de embarcações”. Assim sendo, conforme elogiamos o bom espírito dos “Segredos”, de igual modo lamentamos o que continua a ver-se nesse intolerável “cemitério” que se estende desde a “Artesanalpesca” até à rampa frontal à sede do Clube Naval onde se pode ver, com mágoa, o “cadáver” da célebre traineira “Tainha”, em abandono total. Nessa sapata que dá acesso a parte da controversa marina é notório, nos fins de semana, um significativo “vai e vem” de praticantes de mergulho, de proprietários de barcos ancorados e de turistas curiosos, de máquinas fotográficas em punho, todos eles a testemunhar a triste cena da carcaça da “Tainha”. Já não é a primeira vez que lamentamos esta questão com apelo de entendimento e ação da Câmara Municipal, a Capitania e a APSS, anulando burocracias que prejudicam a solução. A época estival já não tarda e bom seria que se encetasse com a “Tainha” desaparecida de tão insólita situação. Então sim, de igual modo que elogiamos os “Segredos da Terra”, da Cotovia, aplaudiríamos a remoção da cadavérica “Tainha” . Vamos a isso! D. S.


EDUCAÇÃO

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O Jardim de Infância do Pinhal do General junta-se à família Eco-Escolas

O jardim-de-infância do Pinhal do General, que faz parte do Agrupamento de Escolas da Boa Água, este ano, juntou-se à família EcoEscolas.

Cecília Ascenção, a coordenadora do programa EcoEscolas no JI Pinhal do General afirma que não foi uma decisão tomada de ânimo leve, toda a comunidade se

empenhou. Ainda estão a dar os primeiros passos embora o JI sempre tenha assumido uma postura ecológica. O Plano de Ação ainda está em construção, mas já se re-

alizaram muitas atividades e aderiram a diversas campanhas das quais destacamos o “ECO-ESCOVINHAS” e o PAPEL POR ALIMENTOS. A MOMS (Miúdos Optimistas, Miúdos Saudáveis) promove os projetos “Sorrir é bom e dá Saúde”, onde são transmitidos os hábitos da alimentação saudável, e o “EcoEscovinha” que sensibiliza as crianças para a higiene oral, para a troca das escovas de dentes de 3/3 meses e a entrega da escova usada para reciclar. As escovas recicladas são incorporadas no fabrico de mobiliário urbano – como bancos de jardim, mesas e cadeiras, papeleiras e contentores, pavimento, entre outros. O Eco-Escovinha conta com o

apoio da Quercus – ANCN, da SPEM – Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária, da Clínica Especial Dente e do reciclador Extruplás. Há um prémio para a escola que conseguir entregar o maior número de escovas por aluno, esse prémio é um banco de jardim feito na Extruplás. No projeto “Papel por alimentos” o objetivo é entregar papel para reciclar e por cada tonelada de papel são doados ao Banco Alimentar Contra a Fome, o equivalente a 100 euros de alimentos. Com o apoio da Comunidade Educativa seguramente que o JI irá conseguir conquistar a sua primeira Bandeira Verde. JRA da EBIBA

Rotary Club de Sesimbra/Rotact Club de Sesimbra

Educação em Sesimbra em debate No dia 21 de Março de 2015, realizou-se a conferência subordinada ao tema “Educação em Sesimbra” organizada pelo Rotary Club de Sesimbra/ Rotact Club de Sesimbra, na sala Polivalente da Biblioteca Municipal de Sesimbra, com a moderação da professora Luísa Carvalho. A vice-presidente e vereadora da Educação da Câmara Muncipal de Sesimbra, Felícia Costa, fez uma retrospetiva global/regional sobre o estado da educação. Alertou para a questão premente e urgente, da construção da Escola Secundária da Quinta do Conde, que obriga centenas de jovens do nosso concelho, a deslocações diárias para as escolas de outros concelhos limítrofes, com enormes custos sociais, financeiros e com uma diminuição do rendimento escolar. Referiu também a degradação e a diminuta utilização do edifício FORPESCAS, no qual a CMS tinha proposto a criação de uma escola profissional ligada ao turismo, mas que nunca chegou a ser concretizada pela administração central. Eduardo Cruz, diretor do agrupamento de Escolas Michel Giacometti, focou o seu discurso, na motivação dos vários intervenientes, sejam eles internos e/ ou externos às escolas. Alertou para o uso das novas tecnologias, nos riscos que acarretam no desenvolvimento dos alunos mais jovens, e uma diminuição da atenção dos encarregados de educação relati-

vamente ao percurso escolar dos alunos após o 2º ciclo. O tema “Participação da família na vida escolar” teve a particularidade de ser explanado por três elementos representantes dos encarregados de educação do 1º, 2º e 3º ciclo que mostraram o empenho e a dedicação, na tarefa que desempenham, referindo a falta de apoio existente nas questões ligadas à Educação. Na segunda parte do debate, o tema “Escola Inclusiva” ficou a cargo de Ana Van Krieken (Cercizimbra), que apresentou o trabalho desenvolvido pela instituição no ensino especial em Sesimbra. Alertou também para o problema dramático que os progenitores têm quando se encontram no desemprego de longa duração e para as interrupções escolares (Natal, Páscoa e Verão), alturas essas em que as famílias ficam em situações de grande fragilidade. Por fim, Luís Pacheco apresentou o livro infantil

“Gesto Certo”, refira-se que é o primeiro livro infantil de sensibilização ao Suporte Básico de Vida (SBV) em Portugal. O professor, demonstrou também como socorrer uma vítima em paragem cardiorrespiratória e contou com a colaboração do vereador Luís Rodrigues (Câmara Municipal de Setúbal) que efetuou as manobras de reanimação. João Silva


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Sesimbra Despovoada De acordo com alguns estudos realizados as regiões do Sul e do interior de Portugal são aquelas onde se verifica um maior despovoamento, consequência de condições de vida mais difíceis e menores oportunidades de desenvolvimento. Este fenómeno origina uma grande perda de população jovem e adulta, com a consequente origem de uma taxa de crescimento natural negativa. Sem saldos migratórios positivos, estas regiões acabam por cair num profundo envelhecimento. Em Portugal o concelho mais envelhecido é o de Vila Velha de Rodão, no distrito de Castelo Branco onde para cada 100 jovens existem 536 idosos. Sesimbra não se encontra propriamente nestas regiões identificadas como problemáticas, mas o despovoamento da vila de Sesimbra não precisa de estudos muito aprofundados. É notório nas longas noites de Inverno e nas casas onde, cada vez mais, se encontram placas de imobiliárias com o “vende-se” ou “aluga-se”. A especulação imobiliária e os preços das casas que subiram exponencialmente até 2008 tornaram a compra de casa ou aluguer impraticáveis para os filhos de Sesimbra. A opção foi a deslocação para aldeias limítrofes como Santana e Cotovia que cresceram em número de população e construção de fogos. Voltando às casas de Sesimbra, no casco histórico da vila, as que se encontram nas mãos das imobiliárias estão a ser compradas para férias. No Verão, dá-se então um aumento da população que chega a triplicar, principalmente no mês de Agosto. O desemprego, com o setor das pescas em queda, também é um motivo para a saída de população de Sesimbra. A grande “empresa” do concelho é a autarquia local mas, como é óbvio, insuficiente. O Turismo é um sector em ascendência mas a sazonalidade não o torna, ainda, um empregador por excelência. Trabalhar dois meses num ano não dá para pagar contas. Como consequências do despovoamento temos a degradação de prédios, a insuficiência de equipamentos escolares, de saúde e outros de apoios à população. O despovoamento é, sem dúvida, um problema de resolução difícil, mas que se constitui como um desafio importante para todos, principalmente para os governos.

Conseguimos observar em Sesimbra inúmeras placas de imobiliárias com a palavra “Vende-se” ou “Aluga-se”. Aliás, as imobiliárias têm vindo a crescer de número o que mostra que o setor ainda se encontra próspero.

A Century 21 em Sesimbra tem neste momento 16 casas para vender em Sesimbra e apenas 2 para alugar. Segundo o responsável “o valor dos imóveis tem estabilizado, sendo que com o aproximar do verão os clientes têm tendência em aumentar o valor cerca de 5%”. O grande mercado que tem vindo a comprar casa em Sesimbra são o francês e o belga, no entanto “ao contrário do que muitos pensam estes novos compradores são emigrantes”. Pelo que conseguem apurar no relacionamento vendedor / comprador “os portugueses que compram estas casas pretendem fazer um investimento seguro. Preferem comprar casa a ter o dinheiro no banco. Quanto aos estrangeiros são para não terem de pagar ao estado do país onde descontam e terem dedução fiscal durante 10 anos” Em sesimbra o mercado de venda possui apartamentos com o máximo de 10 anos. “Na zona do campo vendemos quase todo o tipo de moradias, desde novas, a estrear ou para remodelar”. Consideram também que “em Sesimbra o mercado de luxo ainda não esta bem explorado, o nosso próprio concelho não é visto como tal. Aqui as pessoas apontam para Cascais”.

Sendo que é um mercado apetecível, o responsável da Century 21 salienta “ eu proprio tenho estado a fazer parcerias com grandes empresas mundias de promoção imobilairia afim de poder mostrar ao mundo as potencialidades do nosso concelho, mas não há vendas em Sesimbra para os chamados golden visa”. No entanto, se realizarmos uma rápida pesquisa pela internet várias são as moradias que se situam acima do meio milhão de euros, um pouco por todo o concelho. Outra das imobiliárias que questionamos foi a Côte d’Azur. O responsável pela imobiliária informa que “o nosso mercado, tendencialmente tem uma oscilação na entrada e saída de casas no nosso sistema. Os imóveis que temos em venda e em arrendamento rondam os 400”. Em termos de arrendamento os números desta empresa são bem expressivos. Quanto ao preço das casas “com a abertura da banca ao crédito, e estimando um crescimento na procura, timidamente nota-se uma valorização residual no imobiliário. Estima-se em média um valor de 1.5 pontos percentuais de crescimento, que ainda não se vêem refletidos no valor final das casas”. Esta valorização em Sesimbra é sempre vista para o comprador local como preços que colocam

Nada melhor que saber junto destas empresas alguns pormenores sobre estas casas de Sesimbra.

a possibilidade de viver em Sesimbra cada vez mais distante. Quem compra as casas da Côte d’Azur “são tendencialmente estrangeiros que nos procuram, tanto pela nossa posição de mercado, bem como toda a formação que a equipa Côte d´Azur possui no acompanhamento financeiro e jurídico”. Em relação ao mercado Português “a abertura ao crédito, denota também um forte crescimento na procura de investimento, e em alguns casos, uma segunda habitação, devido também à proximidade que Sesimbra tem com Lisboa. A proporção é de 50/50”. Em relação à finalidade da compra, assegura o responsável pela imobiliária que “na qualificação de cliente, conseguimos aferir a finalidade da compra, deste modo percebemos a necessidade de quem nos procura. Basicamente temos um mercado que se divide nas três variantes: residência, 2ª habitação e negócio. No mercado residencial nota-se uma procura cada vez maior por habitação na Vila, fruto de um reajuste de preços. Na procura por 2ª habitação, sente-se que os proprietários de habitações no Algarve sentem-se impelidos a trocarem por um local mais próximo de Lisboa, com características únicas tanto ambientais como gastronómicas. No mercado de

investimento/negócio, tem crescido a procura substancial por edifícios para remodelação e reconstrução, mais no centro da Vila por força da procura de imóveis junto à praia. Com a crise na construção devido à situação económica do país “a procura por casas usadas é o nosso maior mercado. A reconstrução veio dar lugar claramente a construções de raiz, no entanto, o grosso das transações é feito no mercado de 2ª mão e/ou usado”. No que respeita a moradias de luxo “noutros mercados são vistas, a preços comparativos, como oportunidades de negócio. Com Acordo de Schengen, verifica-se uma acentuada procura de estrangeiros pelo nosso país, devido a todos os benefícios fiscais que Portugal oferece”. Neste nicho especial de mercado a Côte d´Azur “ajuda em todo o processo de transição, jurídico, financeiro e social”. A boa formação dos seus profissionais, faz com que “sejamos muito procurados por estrangeiros que têm como objetivo encontrar moradias com características únicas, a preços mais elevados, denotando-se claramente uma tendência de crescimento acentuado”


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A Câmara Municipal de Sesimbra tem tomado algumas medidas numa tentativa de continuar a ter na vila os chamados “pêxitos”. A construção de casas para venda a custos controlados tem sido uma opção, assim como continua a haver a comum habitação social para os mais carenciados. Para esclarecer alguns pontos, “O Sesimbrense” entrevistou Augusto Pólvora, presidente da autarquia.

A vila de Sesimbra cada vez tem menos população fixa. Que medidas tem vindo a autarquia a tomar de forma a combater esta tendência? A desertificação dos núcleos antigos das Vilas e Cidades não é um problema exclusivo de Sesimbra. A autarquia tem desenvolvido ações diretas e indiretas de fixação da população. Nas ações diretas encaixam a construção de habitação social como os 58 fogos do Bairro Infante D. Henrique, concluídos em 2013 ou a construção de 30 fogos para venda a custos controlados na Rua Conselheiro Ramada Curto, também em 2013. Quanto às ações indiretas diria que a mais relevante é a recente delimitação duma ARU (Área de Reabilitação Urbana) na Vila de Sesimbra, que cria um conjunto de incentivos importantes à reabilitação urbana, que passam pela isenção de IMI durante pelo menos 5 anos dos fogos reabilitados e pela aplicação de IVA reduzido (6%), às obras de reabilitação. A Câmara Municipal aprovará ainda este ano um conjunto de regras para acesso a estes incentivos que procurarão privi-

legiar os fogos que se destinem a habitação permanente da população. O preço das casas é uma condicionante para a fixação da população. Quais as possibilidade que existem

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para a compra ou arrendamento de casas a custos controlados na Vila? A compra a custos controlados depende do lançamento de programas como o que fizemos na Rua Conselheiro Ramada Curto, mas com as atuais dificuldades colocadas pela banca ao empréstimo à habitação não há empresas interessadas em promover a construção deste tipo de fogos como havia no passado recente. Os bancos fazem inclusive concorrência “desleal” a estes programas procurando vender os fogos que têm em “stock” aos clientes que os procuram para financiamento. Quanto ao arrendamento a custos controlados é uma figura que desconhecemos. O que existe é arrendamento apoiado e esse só se aplica a casas da autarquia ou do Estado que como se sabe estão todos ocupados e com enormes listas de espera. Esse arrendamento apoiado é calculado em função do rendimento do agregado familiar. O que fizemos ainda no passado recente foi aprovar um regulamento para atribuição dessas casas com regras claras e transparentes que implica a publicação trimestral de uma lista com o ordenamento dos candidatos. Apesar de tudo temos de reconhecer que neste momento o preço das casas poderá não ser o principal fator inibidor da fixação de população porque existem hoje em sesimbra mais casas no mercado de habitação a preços que não são muito superiores aos de outros núcleos urbanos. Há autarquias que dão incentivos à compra de casa em Sesimbra e consequente fixação de residência. Sesimbra tem alguma medida pensada neste sentido? Desconhecemos que haja autarquias que deem incentivos à compra de casa para além daquilo que a Câmara de Sesimbra já faz e já referi ou seja o lançamento de concursos para construção de casas a custos controlados em terrenos cedidos pelo Município como fizemos em Sesimbra e na Cotovia, além disso a política de

habitação em termos constitucionais é uma obrigação da administração central e não das autarquias. O falta de oportunidade de emprego é outra questão pertinente, que incentivos dá a autarquia à criação de emprego? Os incentivos que damos às empresas que se instalem no concelho refletem-se essencialmente na política de taxas urbanísticas. As construções destinadas à indústria ou ao setor das pescas estão isentas de taxas urbanísticas e os hotéis também têm taxa 0. A contrastar com uma Sesimbra deserta de Inverno, temos um Verão com o triplo da população. Os equipamentos como os de saúde dão resposta a este aumento? Como já tive ocasião de explicar numa entrevista recente ao Sesimbrense sobre essa temática consideramos que os equipamentos de saúde são manifestamente insuficientes quer para a população residente quer para a população turística e flutuante. A maioria das casas de Sesimbra estão a ser vendidas ou para alojamento local ou para 2.ª habitação. Como pode Sesimbra beneficiar com esta situação? O alojamento local principalmente pode ser altamente benéfico para a atividade económica local e os exemplos que conhecemos são muito promissores com taxas de ocupação muito interessantes mesmo na época baixa. É uma oferta turística complementar das unidades hoteleiras, muito interessante e que responde a uma nova procura dos turistas que também está associada aos voos low-cost e ao turismo fora do quadro das agências de viagem, que tem tido um crescimento enorme nos últimos anos. A 2.ª habitação é claramente uma opção menos interessante e por isso não incentivada pela autarquia em termos fiscais. V.P.

Exemplos de Incentivo de compra de casa e fixação de residência: Os jovens que queiram comprar casa ou recuperar uma habitação no concelho serrano de Monchique vão, a partir de Fevereiro, poder beneficiar de um apoio de 10 mil euros, atribuído pela Câmara Municipal desta vila serrana do Algarve. (Notícia do Sul Informação de 27 de dezembro de 2013) Apoio à Habitação – são abrangidas por esta medida todas as famílias que residam e estejam recenseadas no concelho de Oleiros há, pelo menos, 2 anos e que um dos cônjuges tenha idade até 35 anos (inclusive). A medida destinase à criação de habitação própria no concelho e será instituída nos seguintes apoios: a) No caso de compra (em fração ou em edifício), a comparticipação será de 2.500 euros de uma só vez; b) No caso de construção (quando o terreno for propriedade dos beneficiários), a comparticipação será de 2.500 euros dividido em duas tranches: 1.250 euros por altura da emissão da licença de construção e a segunda, por altura da emissão da licença de habitabilidade. (Município de Oleiros). Nota: Embora os casos apontados sejam referentes a Câmaras do interior, o certo é que as medidas para que a população jovem se fixe numa região, começam a surgir. Não se fala de casas a custos controlados mas sim de outros apoios que tentam colmatar a crescente desertificação das regiões.


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POLÍTICA

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PS Sesimbra - Convenção Autárquica 2015

Teve lugar no passado dia 14 de março, no Espaço Zambujal, a Convenção Autárquica 2015 do PS de Sesimbra, sob o lema “Mobilizar Sesimbra” e dedicada ao tema central “Estratégia para o Desenvolvimento do Município”. Ao longo do dia participaram nos trabalhos cerca de 80 pessoas, entre militantes, simpatizantes e convidados.

O 1º painel, “Apreciação do Mandato Autárquico nos Órgãos Municipais”, teve como Moderador Pedro Caetano, como Relator Sérgio Faias e as intervenções dos primeiros eleitos na Câmara, Américo Gegaloto, e na Assembleia Municipal, Manuel José Pereira, que caraterizaram o ambiente geral de grande intransigência por parte da maioria CDU/PSD. No 2º painel, relativo aos “Órgãos das Freguesias”, com Pedro Mesquita como Moderador e Alda Gago como Relatora, os destaques foram para a “apática indiferença da Câmara pelo executivo da Junta”, segundo Genoveva Purifica-

Opinião Liberdade, Igualdade, Fraternidade Por: José Manuel Vieira O 25 de Abril volta a ser acontecimento em 2015, quarenta e um anos depois da Revolução dos cravos. Data feliz pela ruptura produzida na sociedade portuguesa, particularmente, pelas transformações que ocorreram, pela Liberdade reconquistada, pela expressão de Igualdade entre as pessoas, pelos felizes dias de Fraternidade e pelas manifestações do povo nas ruas de Portugal, de Norte a Sul. A Revolução dos cravos feita pelo movimento dos capitães repôs a democracia no país, aboliu o fascismo, proclamou os direitos fundamentais da carta dos direitos do homem, pôs fim à guerra colonial, trouxe de volta os refugiados, libertou os presos políticos, reintroduziu a alegria e a confiança entre as pessoas. Foi muito…mas falta muito! Nestes 41 anos de democracia, Portugal e o mundo mudaram radicalmente, sendo difícil descrever o que era o país antes deste marco histórico. No pós 25 de Abril muito se ergueu, muito se construiu, embora com erros e atropelos à vida democrática do país. Os partidos políticos em geral, e os que governaram o país, pensaram mais nos seus interesses de clã ou de família, em ganhar as eleições, manter o poder, controlar os aparelhos, do que em criar melhores condições de vida para os portugueses. Hoje festeja-se o 25 de Abril num clima totalmente diferente, quase no oposto aos ideais e valores de Abril. As condições de vida são radicalmente contrárias às legítimas aspirações dos cidadãos. Andamos de crise em crise, há décadas, até à actual crise política, económica, financeira, de depressão social, cultural e de valores. Entretanto, apesar da profunda insatisfação do povo português face ao estado do país, temos de encontrar outras formas de organização e de luta, pela melhoria das situações de vida, pela resolução dos problemas. Se esperarmos que seja o poder político a resolver as gravosas situações estaremos “feitos”. Impõe-se que participemos - nós - na causa pública, como cidadãos, interventivos, exigentes, a agir face às adversidades. Além do voto de quatro em quatro anos, para que a sociedade melhore, o nosso empenho, esforço pessoal e colectivo são decisivos. Ao agirmos assim, conscientemente, as situações hão-de alterar-se. Mãos à obra. Eu e tu, nós e vós.

ção, na Quinta do Conde, enquanto no Castelo, de acordo com António Amiano Marques, também as áreas da solidariedade social e do apoio à excelência de alguns produtos são tidas como prioritárias, a par de uma maior atenção à valorização do património. Quanto ao 3º painel, “Estratégia para o Desenvolvimento do Município”, cujo Moderador foi Cordeiro Batista e Relator Cristóvão Rodrigues, as abordagens / destaques foram: Grandes problemas da sociedade portuguesa atual – Cordeiro Batista; Economia Local – João Aldeia; Estraté-

gias para um concelho empreendedor. Uma proposta aberta – Luísa Carvalho; A família na transformação comunitária; as oportunidades na crise – Jorge Souto; Política de saúde pública e o papel das autarquias – Rui Novo; Vida saudável – Lucas Pinto; Ordenamento do território e ambiente – Paulo Caetano. No Encerramento, estiveram João Capítulo, que presidiu, Vítor Ramalho, Presidente do Conselho Estratégico Distrital do PS, em representação da Presidente da Federação, Ana Catarina Mendes, e João Tiago da Silveira, Diretor do Gabinete de Estudos Nacional do PS.

1ª Jornada Autárquica MSU O Movimento Sesimbra Unida (MSU), organizou no dia 7 de Março, na ACDC, Cotovia, a sua 1ª jornada autárquica com os painéis: “Cidadania Activa: Como mobilizar os cidadãos para mais participação e melhores decisões nos Municípios/Freguesias” e “Movimentos Independentes, requisitos, objetivos, dificuldades, papel na sociedade, perspectivas de futuro.” Esta sessão contou com a participação de Jorge Santos e Miguel Ribeiro, como moderadores e como principais intervenientes Odete Graça, presidente da AMS, Luís Rodrigues, vereador do município de Setúbal, Joel Hasse Ferreira, ex-presidente da AMS, Argentina Marques (PSD) e António Capucho. A presidente da AMS salien-

tou a importância em participar nesta jornada, colocando ênfase na troca de conhecimentos e partilha de opiniões e lamentando a falta de cultura politica na sociedade portuguesa. “Tem havido por parte da AMS uma atitude de aproximação junto dos cidadãos”, reforçou. Luís Rodrigues sublinhou o mérito do MSU, em concorrer nas últimas eleições autárquicas e a descrença dos cidadãos nos partidos tradicionais. Para Hasse Ferreira a sigla MSU, fê-lo recordar a criação do Movimento Socialista Unificado 1976/78, do qual foi fundador. Considera que, a base para uma cidadania ativa passa por uma transmissão correta da informação, através do debate com os cidadãos. O discurso de Argentina

Marques centrou-se nas candidaturas independentes, nomeadamente em Sesimbra, que tendencialmente se extinguem logo após os atos eleitorais. António Capucho, eleito para a AM de Sintra, pela lista “Sintrenses com Marco Almeida”, referiu que os “Partidos são as traves mestras da democracia”, considerando de muito importante a constituição como associação, dos Movimentos Independentes. Carlos Sargedas líder do MSU, no seu discurso de encerramento relembrou que o Movimento pode contribuir para a mudança, visto que “são sempre as mesmas pessoas a cometer os mesmos erros”. Na responsabilização dos eleitos, terminou dizendo “Deem espaço aos novos!”.

Deputados da CDU no Espichel

Bruno Dias e Paula Santos, deputados do PCP na AR estiveram no dia 30 de Março, no Cabo Espichel. No local realizaram um ponto de situação relativo às diversas intervenções e diligências já

efetuadas pela Câmara Municipal, bem como das propostas efetuadas no sentido da recuperação e requalificação deste património. Para os deputados a resolução deste problema é urgente.

A solução poderá passar por uma permuta de terrenos, ficando a autarquia na posse do Santuário. Esta proposta foi entregue ao Governo no verão do ano passado, sem ainda qualquer resposta.

Deputados do PSD visitam UCSP Deputados do PSD do distrito de Setúbal, visitaram a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Sesimbra, acompanhados pelo presidente da concelhia, Lobo da Silva. Segundo o deputado Pau-

lo Ribeiro, as instalações não reúnem as condições necessárias para os utentes e para os profissionais médicos. “Não podemos estar a adiar a solução para este problema. É preciso um novo equipamento, que permita que os utentes

possam ser atendidos com qualidade...”, acrescenta. O social-democrata acredita que o Governo vai dar “especial atenção” a este caso, na sequência do investimento que tem vindo a ser feito na área da saúde no distrito de Setúbal.


CULTURA

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Coro Infantil do Grupo Coral de Sesimbra

O Grupo Coral de Sesimbra está a recrutar crianças, dos 6 aos 12 anos, para integrar um Coro Infantil. Mariana Fernandes, Renata Alexandra Fernandes, Catarina Isabel Silva, Manuel

Maria Fernandes, Tiago Rebolo, e Maria Castro, são os primeiros meninos que, sob a coordenação do maestro João Branco, irão frequentar aulas de canto, na Casa do Bispo.

O aumento da sensibilidade efectiva e musical, a amplificação da capacidade de concentração, o desenvolvimento do raciocínio e da memória e o despertar para a disciplina, organização e capacidade de trabalho em grupo, são apenas alguns exemplos referenciados pelo Grupo Coral de Sesimbra, como vantagens para a participação. As inscrições continuam abertas e poderão ser realizadas através dos seguintes contactos: gcoraldesesimbra@sapo.pt | 968438136

A abertura oficial da 4ª edição do Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival, será no dia 6 de Maio na Fundação Portuguesa das Comunicações em Lisboa. Para esta edição já está confirmada a presença de Kirill Neiezhmakov da Ucrânia,

40º Aniversário do Jornal Raio de Luz No âmbito das comemorações do 40º aniversário do Jornal Raio de Luz, o Centro de Estudos Culturais e de Ação Social Raio de Luz, apresentou no passado dia 28 de março, no seu auditório, a conferência “O Cerco Invisível às Liberdades Fundamentais”, proferida pelo Professor Fernando Rosas. A finalizar a sessão, seguiu-se um apontamento musical, em homenagem ao Cante Alentejano – Património Imaterial da Humanidade, pelas vozes do Grupo Coral A Voz do Alentejo, da Quinta do Conde.

O 25 de Abril Que recordo com saudade Acabou com a ditadura E ao povo deu liberdade Foram teus bravos capitães Que a gesta lusa ressalta Que deram novos Mundos o Mundo E libertaram a malta É este o estado Português Que trago no coração Que se une de quando em vez E forma a grande nação Somos celtas ou iberos Gregos ou cartagineses Fenícios, árabes e romanos Visigodos ou Portugueses

Este é o povo Português De metamorfoses e raças Que recordo o mestre de Aviz E os heróis das nossas praças O Abril é uma canção Que nos faz lembrar saudade De quem cantou vila morena Terra da fraternidade Esta é uma data de valor Da nossa já longa história Em que os cravos rebentaram em flor E o povo cantou vitória J. Povinho

Audioguias em Sesimbra Foi lançado no passado dia 25 de março, o serviço audioguia. Este serviço, que pode ser requisitado no Posto de Turismo, está disponível em português, espanhol, inglês e francês e tem como objetivo orientar o visitante, prestar informações históricas sobre vários locais emblemáticos na vila de Sesimbra e divulgar os

4ª edição do Finisterra responsável pela Timelapse de Lisboa e Sesimbra que se tornou viral em todo o mundo com milhões de visualizações, da italiana Liliana Navarra "Lisbon Movie Tours", do português Astro fotógrafo Miguel Claro e de Francesco Cerruti da Timelapse.pt. Este ano, além dos 178 filmes de 48 países, o festival contará com exposições de pintura e fotografia e com o 1º ciclo de cinema extra festival, no Cineteatro Municipal João Mota, onde serão exibidas duas estreias mundiais. Relembramos que no passado dia 17 de Março, Carlos Sargedas, promotor do Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival, recebeu a informação de que contaria com o Alto Patrocínio da Presidência da República.

25 de Abril de 1974

produtos da região. Este projeto foi desenvolvido pela empresa M Vision, em parceria com as Câmaras Municipal de Sesimbra, Palmela e Setúbal, e as adegas de Alcube e José Maria da Fonseca, e foi comparticipado pelo Programa de Desenvolvimento Rural, com o apoio da ADREPES.

Temporada de Música da Casa de Ópera do Cabo Espichel Arrancou no dia 7 de março a oitava Temporada de Música, da Casa de Ópera do Cabo Espichel. A abertura desta iniciativa, este a cargo do Grupo de Metais do Seixal com um Concerto de Música Barroca e Clássica, na Fortaleza de Santiago. No dia seguinte, a Noite de Ópera trouxe a Sesimbra a peça Don Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa e Coro de Câmara Lisboa Cantat. No dia 14, os alunos da Orquestra Geração, estiveram presentes no Cineteatro Municipal João Mota, onde interpretaram vários temas, entre os quais a Grande Porta de Kiev, Modest Mussorgsky, Te Deum, Preludio, Marc-Antoine Charpentier e Toreadores (da Suíte n.º 1 da Carmen), Georges Bizet. Outra novida-

de desse fim de semana foi o concerto comentado Música Religiosa do séc. XIX, com o maestro João Paulo Santos, piano, e Ana Ferro, soprano. A Igreja de Nossa Senhora da Consolação do Castelo acolheu nos dias 21 e 22 o recital de piano A Valsa, com João Lucena e Vale, e o concerto Oratória Pascal, com Carla Simões, soprano, e Armando Vidal, piano.

No último fim de semana do mês, a assinalar o Dia Mundial do Teatro, a Temporada da Música apresentou, no Cineteatro Municipal, o espetáculo Trovas & Canções, Atores, Poetas e Cantores, com Ruy de Carvalho, a conferência concerto Música e Teatro, com o maestro António Victorino de Almeida, e a atividade infantil Tictacteando, de Teresa Gentil.


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Traços de união - Duas observações autoria de Vítor Sousa Lopes. Elisabete Raimundo considerou esta exposição fotográfica, como um tributo aos valores da história que se têm perdido ao longo do tempo e aos pormenores que passam despercebidos. Este trabalho fotográfico pretendeu

Vítor Sousa Lopes

Azulejos estampilhados de concepção geométrica que denotam alguma influência dos padrões enxaquetados dos finais do século XVI, princípios do século XVII. Estampilhagem em dois tons de castanho sobre fundo branco. Pintura aplicada sobre chacota e recoberta por vidrado transparente.

dar a conhecer um legado muito importante; as fechaduras, batentes e aldrabas antigas existentes no concelho, que contêm inúmeros exemplos do espólio de tempos idos, que perduraram até aos nossos dias. Para a autora, a realização de um catálogo, seria “fechar

com chave de ouro” toda esta pesquisa, que muito embora, se mantém em constante atualização. Relativamente à exposição “Azulejos de fachada em Sesimbra-Um inventário”, na qual Vítor Sousa Lopes expôs também alguns trabalhos de fotografia alusivos aos

azulejos existentes dos edifícios centenários de Sesimbra. Autodidacta, tem dedicado parte da sua vida ao estudo e à divulgação de temas de azulejaria, sua grande paixão, tendo inclusive já publicado vários estudos sobre a temática a nível local e nacional.

O curioso neste apontamento, é o facto de dois desconhecidos, terem optado por fotografar o mesmo edifício, que remonta ao século XIX, sito na Rua Rainha D. Leonor nº 15/17 em Sesimbra, mas sob diferentes formas de observação.

A linguagem das portas e respetivas aldrabas e batentes tem vindo a ser perdida ao longo dos tempos. Desde a década de 70, do séc. XX, que o alumínio substituiu a madeira nas portas e janelas e os batentes deram lugar à campainha elétrica. Porém, ainda existem algumas casas que mantêm estas peças.

Elisabete Raimundo

O átrio da Biblioteca Municipal de Sesimbra, recebeu no mês de Março de 3 a 14 e de 17 a 28 respectivamente, duas exposições, a primeira intitulada “Detalhes de Elisabete Raimundo” e a segunda com o tema “Os azulejos de fachada em Sesimbra-Um inventário”, de

João Silva e Jovita Lopes


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SOCIEDADE

Memorial no Meco gera polémica

O memorial aos seis jovens que morreram na praia do Moinho de Baixo, no Meco, da autoria de João Cutileiro, está a gerar polémica. Inaugurada pelos familiares, amigos, escultor e presidente da Câmara de Sesimbra, a 15 de Março, a escultura em forma de cruz, feita de mármore e granito, tem suscitado uma onda de revolta junto da população, sendo mesmo criada uma petição na internet, pedindo a sua remoção do local. Os mais de 1500 subscritores do documento, reivindicam esta opção “Trata-se duma praia, local de lazer. A praia do Meco não pode carregar este peso, não é justo nem o local apropriado para colocar esculturas ou nomes, como tributo a quem aqui partiu. Vivemos num país de pescadores, onde tantos deles já partiram para o mar, sem volta. Até agora nenhuma duna tem os seus nomes gravados ou existe alguma estátua em sua homenagem, colocada na praia.” O Sesimbrense sabe, que paralelamente está a decorrer um abaixo-assinado, entre os moradores das zonas limítrofes e os frequentadores da praia, onde se solicita igualmente a remoção da escultura. No terreno é notório do descontentamento da população, que se sente indignada perante esta situação. “A praia do Meco não tem culpa e não tem que carregar este peso!” Reforçam. Perante estas críticas, a autarquia fez saber através da Sesimbra Município, que a Câmara Municipal, a pedido dos familiares e amigos, apenas apoiou em termos logísticos a instalação da peça, com parecer prévio favorável das entidades que gerem a área do ponto de vista ambiental (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e Agência Portuguesa do Ambiente).

Faleceu José Inácio Embaixador Elisbão

Sesimbra, de um modo geral, a Liga dos Amigos e o nosso jornal ficaram mais pobres com o falecimento de uma das mais populares e estonadas personalidades da “Piscosa”: José Inácio Embaixador, empresário, dirigente associativo, cidadão de qualidade. Tinha 90 anos de idade e toda uma vida preenchida por acções de “sinal mais”, na Família, nos Rotários, na nossa LAS e noutras das mais típicas associações sesimbrenses como a “Musical”, os Bombeiros e no âmbito religioso da Matriz de Santiago. Orgulhoso da sua Família e do seu extenso rol de amigos que soube cativar, José Inácio era agora o Tesoureiro da “Liga”, prestando-lhe significativo apoio nos seus persistentes percursos pedestres pelo “coração” da Vila. É uma perda significativa e por isso as suas exéquias chamaram à Igreja da Misericórdia, no passado dia 23, um grande número dos apreciadores da personagem ímpar que foi o José Inácio, sepultado no Cemitério Municipal da muito sua Sesimbra. Recentemente casado, em segundas núpcias, com a Dra. Maria Silvina Palmeirim, de intensa memória dos “manos” Palmeirim, de há mais de 60 anos, José Inácio Embaixador manteve o seu espírito jovem, o seu gosto de viver e de conviver, mesmo em sacrifício, resultante da sua quebra de saúde, dos últimos tempos. Não faltava aos convívios sociais nem às cerimónias religiosas nem tampouco à convivência amistosa no “Caseiro”, no “Grémio” ou na sede de “O Sesimbrense”. De facto, Sesimbra ficou mais pobre para mágoa intensa dos seus familiares e amigos. Os nossos mais sentidos pêsames, em especial à sua esposa, filhos e netos. DS

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Sesimbrenses pelo Mundo Nome: Renato Garrau Idade: 30 anos Local: Londres (Reino Unido) Profissão? Gestor de Marketing Internacional Qual o principal motivo que te levou a partir? 1 Palavra - Ambição. Tinha um bom cargo em Portugal, mas senti que o meu país era pequeno demais para onde queria chegar a nível profissional (tive o convite para gerir uma marca a nível global, algo impensável anteriormente). Queria também abrir horizontes e lidar com novas culturas e métodos de trabalhar. Excetuando a família, claro, de que sentes mais saudades? SOL SOL SOL (se bem que em London não é tao mau como as pessoas pensam). Da nossa fantástica comida (especialmente a da minha mãe). Da nossa fantástica cultura e hospitalidade, da Praia de Sesimbra e dos pastéis de nata. De que forma te manténs atento ao que se passa em Sesimbra? Além de vir a Sesimbra/Portugal com frequência (em media de 3 em 3 meses), leio/vejo o noticiário português todo os dias (incluindo o local, como O SESIMBRENSE). Além disso falo com amigos meus que ainda vivem cá, e claro com a família. De que forma olhas agora para a tua terra a partir daí? Como expatriado e alguém que está há já algum tempo fora. Sinto por vezes alguma revolta por não se aproveitar a potencialidade do concelho de Sesimbra. Acho que por estamos habituados a olhar para a imensa beleza natural e para os recursos de Sesimbra e não entendemos o quanto eles são

valiosos e apreciados lá fora. Acho que estamos a fazer um trabalho muito limitado/básico a nível de promoção do concelho, e tenho imensa pena, porque as vantagens económicas que Sesimbra pode ter como destino são imensas. Espero, dado a minha experiência em gerir marcas globais em cargos de topo, poder um dia contribuir para uma estratégia de marketing de turismo local certeira. Estou disponível para ajudar. O projeto é voltar? Quem sabe um dia. Nos próximos anos será bastante difícil devido à minha ambição, de cada vez querer crescer mais, a nível profissional num panorama mundial. O que te fará voltar? Estar num estado da minha vida pessoal onde fará sentido voltar. Obviamente teria também de ter um desafio profissional que fizesse sentido. O que dirias ou que conselho darias a quem hoje está de partida? Aproveitem cada momento. Todos os dias são uma aventura. Sem medo, com olhos e ouvidos abertos e vontade de aprender. Ir para fora provavelmente será uma das melhores decisões da vossa vida. E a quem fica e vê alguém próximo partir? Para ficarem orgulhosos. Nos somos um país de descobridores, e fomos o primeiro povo a ter uma verdadeira visão global. Temos todas as possibilidades para ter portugueses a

12ª Assembleia Municipal de Jovens Sob o tema “O Mar de Sesimbra na Europa e no Mundo”, arrancou no passado dia 20 de março a 12ª edição da Assembleia Municipal de Jovens. Para este projeto foram eleitos alunos dos cinco agrupamentos das escolas do concelho: Inês Mendes, Escola Básica 2,3/S Michel Giacometti (presidente), Simão Amigo, do Agrupamento de Escolas de Sampaio (1º secretário) e João Vidal, da Escola Básica 2,3 de Sesimbra, Navegador Rodrigues Soromenho (2º secretário). Antes da votação para escolha dos representantes, realizada no Comité Olímpico Nacional, os alunos visitaram o Porto de Setúbal, a APSS, e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, onde ficaram a par das competências e importância destas entidades. As propostas das várias bancadas, serão apresentadas e discutidas na Assembleia Municipal de Jovens, no dia 9 de maio, na Escola Básica de Sampaio.

Há quanto tempo? Há 9 meses ter grande sucesso por esse mundo, a ganhar uma rede de contactos e know-how imenso, que um dia, voltarão ao seu país com todas estas mais valias para contribuir para a sua Pátria. O que custa mais? Nada de especial, só situações mais chatas, como o tempo instável; o facto de levar 1 hora de metro para todo o lado, o facto de ser tudo caro ou da (às vezes demais) formalidade dos Ingleses, mas tudo faz parte de viver noutra cultura e sairmos da nossa zona de conforto. O que te atrai mais e menos nesse país? O Reino Unido, é um país brutal. A cultura inglesa é algo extraordinária. A possibilidade de crescimento profissional é imensa e o nível de exposição cultural é inigualável. Em London sinto-me no centro do mundo. Onde levas quem te vai visitar aí? Costumo fazer uma mistura entre o normal roteiro turístico e lugares que só os Londoners locais sabem que existem, e os chamados sítios da moda. Quando regressas a Sesimbra, o que te apetece logo fazer? Estar com a minha família e amigos, ver o mar. No Verão ir à praia apanhar uma cor (que bem preciso) e comer uns bons caracóis na Galé ou beber um bom Gin no Gliese Bar.

“Vamos dar as mãos” pela Catarina Santos No passado dia 29 de Março, o Cabo Espichel acolheu mais uma iniciativa em prol da Catarina Santos, com a participação de várias associações e grupos do distrito de Setúbal. Das várias atividades realizadas, destaque para a realização de um cordão humano, intitulado “vamos dar as mãos”, com o objetivo de sensibilizar a população e reunir verbas a favor da jovem sesimbrense.


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DESPORTO

Bootcamp Sesimbra no Iron Brain Race

A equipa do Bootcamp Sesimbra esteve presente na corrida de obstáculos (OCR) Iron Brain Race, no Centro de Tropas Comandos na Carregueira em Sintra. Com um total de 52 participantes (a segunda maior equipa em competição), o grupo sesimbrense alcançou o 4º lugar em equipas. Nesta prova que contemplou dois

percursos (5 e 15km), montados na Tapada Militar, o Bootcamp Sesimbra marcou presença nos primeiros quinze lugares, em todos os escalões. Destaque para as atletas Ana Lima (sub23) e Dália Rato (F50) primeiras classificadas nas suas categorias, em 15km comando.

Treino intercalado de alta intensidade à escala global

No Pinhal de Cima (Almoinha) teve lugar no passado dia 7 de Março, pelas 9 Horas, um treino organizado por três elementos independentes à organização Herbalife, que juntou um grupo de 44 participantes, uma das quais com a bonita idade de 71 anos, mas com uma agilidade e energia contagiante, o que demostra a veracidade da máxima: “Mente sã em corpo são”. É de salientar que nesta iniciativa de âmbito mundial, designada de World Record Workout, participaram os seguintes países: Portugal, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Roménia, Rússia, Brasil, México, Canadá, USA,

Singapura, Japão, China, Indonésia, Malásia, entre outros. O exercício fisico denominado de (HIIT); treino intercalado de alta intensidade, foi executado e cronometrado durante 6 minutos em silmultaneo à escala global. Além de Sesimbra, participaram também as regiões de Lisboa, Porto, Algarve, Madeira, Tomar, Peniche, Moita, Santarém, entre outras. Segundo a informação da organização, 800 participantes portugueses aderiam a este treino, enquanto que a nível mundial foram 200.000 pessoas, o que fez que fosse inscrito no livro Guiness World Records©.


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GDU AZOIA soma e Primeiro título de Natação para segue na Taça Nacional o GD Sesimbra de Orientação Pedestre

Contando apenas 37 atletas federados em orientação pedestre, o Grupo Desportivo União da Azoia (GDU Azoia) conseguiu participar, até ao momento, em todas as 13 etapas já realizadas da Taça de Portugal de Orientação Pedestre 2015 e contabilizar a soma total de 6 086,1 pontos, ocupando, assim, um honroso 10.º lugar. Embora a competir com outros 36 clubes, alguns deles com cerca de uma centena de federados e receitas e apoios significativamente superiores aos seus, o GDU Azoia tem procurado garantir uma forte presença dos seus atletas nos principais eventos desportivos dessa modalidade. Assim, também a nível individual, os atletas do GDU têm conseguido bons resultados, marcando presença nos lugares cimeiros do ranking nacional. É de destacar o desempenho dos atletas Guilherme Clímaco, em primeiro lugar no escalão H10, António Laia, terceiro lugar no escalão H70, Vasco Mendes e Gonçalo Carvalho no H14, Ana Casaca e Catarina Félix no D21B, em segundo e quatro lugares, respetivamente. Embora ainda faltem 20 etapas para o encerramento da época desportiva 2015, aquelas em que já participaram os atletas do GDU Azoia fazem parte de alguns dos mais importantes e competitivos troféus realizados no nosso país. Só o Portugal “O” Meeting 2015, comummente designado por POM, que decorreu entre os dias 13 a 17 de fevereiro, em Mira e Vagos, contou com a participação de atletas de 26 países, 489 clubes e um total de 2272 orientistas. A presença do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, na cerimónia de entrega de prémios do Portugal “O” Meeting 2015 é, por si só, revelador da importância atribuída a esse evento e à modalidade da orientação pedestre. Não obstante a forte competitividade que se fez sentir naquele Troféu, onde estiveram presentes alguns dos melhores orientistas do mundo, os atletas do GDU Azoia procuraram dar o seu melhor e o professor Jorge Baltazar conseguiu a proeza de arrecadar o troféu de 2.º classificado na prova de O-Precisão. Mais recentemente, nos dias 21 e 22 de março, os atletas do GDU Azoia tiveram a oportunidade de participar nas duas etapas da IV Costa Alentejana “O” Meeting, realizadas em Santa Margarida do Sado e na Galé, tendo subido ao pódio Ana Casaca, primeira classificada, em D21B, António Laia, segundo classificado, em H70, Guilherme Clímaco e Gabriel Laia Antunes, em H10, Vasco Mendes e Gonçalo Carvalho em H14, os quais foram segundo e terceiro classificados, respetivamente. A afirmação do GDU Azoia nesta modalidade desportiva é, sem sombra de dúvida, o resultado do intenso trabalho desenvolvido pelo professor/treinador Jorge Baltazar em parceria com o vice-presidente do Clube, Noel Cabeça. Caso os seus atletas mantenham o nível de participação, de empenho e de dinamismo revelado até aqui, o GDU Azoia arrisca-se a alcançar o melhor resultado de sempre na Taça de Portugal de Orientação Pedestre 2015. LG

A nadadora Catarina Rapaz sagrou-se campeã Regional no Escalão Infantil B, na prova de 200 metros mariposa, arrecadando o primeiro título de natação para o Grupo Desportivo de Sesimbra. Na mesma competição, realizada em Setúbal, foram ainda obtidos apuramentos para o Campeonato Zonal no escalão Infantil A Feminino para a prova de estafetas nos 4X100 livres, onde as atletas melhoraram o seu tempo em 16 segundos e conseguiram o 5º lugar na tabela geral e o 4º lugar da tabela geral de clubes.

Em comunicado, a direção do GD Sesimbra fez saber que “A conquista deste título Regional, premeia o excelente trabalho de formação efetuado desde Outubro de 2008, na modalidade de natação, onde o clube, treinador, atletas, secção e encarregados de educação, tudo têm feito para prestigiar e dignificar a modalidade e o Concelho de Sesimbra”.

GD Alfarim vence 19ª Taça da Associação de Patinagem de Setúbal

No passado dia 8 de Março, na Charneca de Caparica, o clube de Alfarim venceu a 19ª Taça da Associação de Patinagem de Setúbal. Nesta prova, participaram 9 equipas num total de 63 atletas, dos quais se incluí os atletas do GDA (escalões de benjamins, iniciados e seniores), Diogo Ferreira, Carolina Cabo, Nuno Rodrigues, Beatriz Gonçalves,

Catarina Mendes, Ana Patricia Rodrigues, Rita Rodrigues, Beatriz Lopes Viegas e Leonor Chambel, sob a orientação da professora Joana Cabo. Filiado na Federação de Patinagem, há apenas três anos, o Grupo Desportivo de Alfarim tem vindo a apresentar excelentes resultados na modalidade Artística, nomeadamente nas vertentes de Patinagem

Livre - Figuras Obrigatórias e Solo Dance, com a participação de 30 atletas, com idades compreendidas entre os 3 aos 21 anos. Relembramos que na época passada, a equipa de patinagem artística do Grupo Desportivo de Alfarim obteve vários títulos distritais e nacionais, dos quais Campeão Nacional de Infantis, através das atletas Beatriz Gonçalves e Catarina Mendes, detentor de dois pódios nacionais individuais no escalão de infantis, por Beatriz Gonçalves e júnior, por Carolina Cabo. No próximo dia 11 de Abril o GDA irá participar no Campeonato Distrital de Figuras Obrigatórias, em Santo André, com três atletas.

MGBOOS no pódio No fim de semana de 1 de Março de 2015, decorreu em Cantanhede o V Open Internacional de Cantanhede. Uma competição internacional organizada pela Federação de Ginástica de Portugal e co-organizada pela AcademiaGym de Cantanhede. O concelho de Sesimbra fez-se representar pelo clube MG-

BOOS com a presença de cinco dos seus ginastas: Renata Antunes, Diana Diogo, Carolina Serrão, Beatriz Matos e Tiago Faquinha. Destaque para o par misto elite sénior constituído por Tiago Faquinha (MGBOOS) e Ana Maçanita (FACCELP) que conquistaram o lugar mais alto do pódio consagrando-

se assim campeões internacionais nesta categoria com a brilhante classificação de 19.400 pontos. Esta é a primeira prova internacional do par que se encontra em fase de apuramento para os Jogos Europeus a decorrer em Junho de 2015 em Baku - Azerbaijão.


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