Jornal O Setubalense

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Desporto

Região

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Canoagem de Setúbal reforça formação

Queijo, Pão e Vinho anima Quinta do Anjo

O Clube de Canoagem de Setúbal aumentou o número de praticantes. O líder do clube sadino gostaria de reforçar apoios.

A freguesia de Quinta do Anjo recebe no próximo fim de semana a vigésima edição do Festival do Queijo, Pão e Vinho.

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SEGUNDA-FEIRA 31.MARÇO.2014

N.º 15 | Ano I | 4.ª Série

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Inspector da Judiciária em prisão preventiva Última Hora PÁG. 16 O Inspector da Policia Judiciária de Setúbal suspeito de corrupção no âmbito de uma investigação a crimes relacionados com o negócio do ouro foi uma das cinco pessoas que ficou em prisão preventiva no sábado [a-gosto.com

Cidade

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“Quem meeerca pássaros!” Com 91 anos, Vicente Martins é o menino de nove anos que está representado no mural com 20 metros de altura, na empena sul do Auditório José Afonso.

Entrevista

PÁGS. CENTRAIS

“Ninguém beneficiou com a união de freguesias” Desporto

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Vitória combativo viu empate bater no poste

Derrota em Arouca, por uma bola zero, deixa o Vitória mais comedido no que às contas da Europa diz respeito. Pedro Coronas ganhou a confiança de José Couceiro para entrar a titular, mas não foi uma estreia feliz já que viu vermelho directo e deixou, mais de uma hora, a equipa sadina a jogar com menos um jogador em campo.

Em entrevista a O Setubalense, o presidente da União de Freguesias de Setúbal, Rui Canas, considera que a agregação das antigas freguesias de Anunciada, Santa Maria da Graça e São Julião em nada beneficiou as populações, nem a actividade da Junta que tem cada vez menos transferências do Estado

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BLOCO CLÍNICO

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“Trombose” – Acidente Vascular Cerebral (AVC) [ DR

Subitamente ela desequilibrou-se, começou a balbuciar umas palavras, mas não conseguíamos perceber o que dizia. Notamos que tinha a boca torta e que não mexia um dos braços.” – Esta pode ser uma descrição possível de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) conhecido de forma popular como “Trombose”. O que é o acidente vascular cerebral (AVC)? É uma situação em que nas artérias cerebrais ocorre uma anomalia, podendo ser uma obstrução ou uma hemorragia, causando a falta de oxigenação de uma zona do cérebro. De facto, a trombose é uma das causas de um AVC, em que uma artéria é obstruída. Independente da causa, na prática as suas manifestações são praticamente iguais e as consequências graves,

correndo a vítima perigo de vida. Como suspeitar de um acidente vascular cerebral (AVC)? As manifestações podem ser de instalação súbita ou mais progressivas no tempo, sendo os sinais de alerta: Perda de força de um dos lados do corpo; Desequilíbrio; Dificuldade em articular palavras; Confusão e desorientação; O que fazer? Tentar identificar se ocorre uma das seguintes alterações: Mandar levantar as duas mãos em simultâneo: Uma das mãos tem menos força. Observar se a boca da vítima está torta. Pedir para repetir uma frase simples e verificar se tem dificuldade

Com a presença de um destes sinais, não atrasar o pedido de ajuda, ligando para o número nacional de emergência – 112. Pedir à pessoa para não fazer esforços, senta-la com o tronco recostado. Pessoas com formação em primeiros socorros podem prestar outros cuidados não mencionados. Quando ligar 112 deve dar a seguinte informação: Indicar a morada do local; Descrever brevemente o que aconteceu; Identificar o número de vítimas e o seu estado; Colaborar e seguir as instruções do operador; Desligar só quando o operador da central de emergência mandar. Como prevenir o acidente vascular cerebral (AVC)? O depósito de placas de gorduras nas artérias é

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OPINIÃO

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População entusiasmada com o andamento das obras do Alegro Setúbal O

Setubalense foi tentar perceber como a população vê a construção do novo Centro Comercial Alegro, bem como averiguar as possíveis melhorias que esta infra estrutura

João Palma, 54 anos, Aposentado da Função Pública Há muito tempo que Setúbal precisava de um centro comercial com os serviços que o Alegro vai disponibilizar à população e apesar de as obras que estão a decorrer serem incómodas hoje para a população, servem para um objectivo que passa por melhorar as condições de vida de Setúbal. Como morador no Bairro da Azeda, estou a jogar em casa e o espaço vai beneficiar em muito a minha vida.

vai trazer para Setúbal. As questões do emprego para os mais jovens, a melhoria das condições de vida com a introdução de novos serviços antes inexistentes no concelho e a eventual morte anun-

ciada no comércio local na baixa setubalense são as mais enunciadas pela população contactada. O investimento total da Immochan ronda os 110 milhões de euros. O Alegro Setúbal terá uma

O novo Centro Comercial Alegro vai trazer muito mais movimento para Setúbal, apesar de a questão do trânsito no Bairro da Azeda vir ser um pouco prejudicial para os moradores face ao que se vê actualmente. Os jovens são os que mais vão beneficiar da nova estrutura, com mais emprego e locais de lazer. Maria da Graça, 64 anos, reformada

Maria Fátima Rebelo 63 anos desempregada

Quem viu aquela zona antes e quem a vê agora. O que era antes um terreno descampado com Oliveiras que em nada servia as pessoas vai ser agora um centro comercial com muita animação e emprego para a população de Setúbal. Hoje apenas há uma sala de cinema para todas as pessoas mas isso vai mudar a partir de Novembro.

área bruta de 137 mil metros quadrados com 115 lojas. O centro comercial inclui duas dezenas de restaurantes, alguns temáticos, dez salas de cinema totalmente digitais e três pisos de área O Centro Comercial Alegro Setúbal vai empregar muita gente e servir a população com serviços hoje disponíveis apenas em Almada ou Montijo. Em relação ao comércio local, apesar de a baixa setubalense estar praticamente deserta, o novo espaço vai aumentar a qualidade do comércio em Setúbal, com mais lojas e oportunidades de negócio.

comercial, dispondo ainda de 2600 lugares de estacionamento, todos em níveis subterrâneos. O arranque das obras teve início formal no passado mês de Janeiro e tem fim anunciado para daqui a

oito meses, em Novembro. No passado dia 19, foi inaugurado o parque de estacionamento deste espaço comercial que com 80 mil metros quadrados e capacidade para 2.600 lugares.

António Costa, 70 anos, reformado

O grande movimento no novo centro comercial, com as novas lojas e serviços disponibilizados à população é capaz de servir como machadada final no comércio local na baixa setubalense. Hoje em dia este já está muito fraco e é evidente para quem passa no local mas o novo Alegro será uma alegria para Setúbal. Passo todos os dias junto às obras e admira-me ver a sua evolução bastante rápida.

Isabel Fernandres, 52 anos, cozinheira

Pensar Setúbal

O Presidente Jorge Fonseca no Vaticano e a Concordata.

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urante o mês de Junho de 2013, o Presidente da República de Cabo Verde, Dr. Jorge Fonseca, foi recebido pelo Papa Francisco, na visita que efectuou ao Vaticano. O presidente de Cabo Verde, que se deslocou ao Vaticano acompanhado pela mulher, a Dr.ª Lígia Fonseca e por uma das filhas, ficou muito impressionado com a simplicidade e informalidade do Papa Francisco. Disse ainda ter lembrado ao Papa que a Igreja Católica cabo-verdiana é uma das mais antigas em África e que teve a primeira diocese (Ribeira

Grande de Santiago - também conhecida por Cidade Velha) a ser estabelecida na África sub-sahariana, facto que era do completo desconhecimento do Papa. O Dr. Jorge Fonseca aproveitou a ocasião para convidar o Papa Francisco a visitar Cabo Verde, quando Sua Santidade se deslocar ao continente africano. Como corolário e parte mais importante da sua visita, foi assinada uma Concordata entre o Estado de Cabo Verde e a Santa Sé, que constitui um importante acordo para o reconhecimento jurídico da Igreja Católica cabo-

-verdiana e que reforça as relações entre Cabo Verde e o Vaticano, sabendo-se que a religião católica predomina em todo o Arquipélago de Cabo Verde. Com estas acções e iniciativas que culminaram com a assinatura da Concordata, o Presidente Jorge Fonseca assume-se como um verdadeiro Estadista, não só no âmbito mais restrito de Cabo Verde, mas também e sobretudo de espectro mais largo, como um dos mais importantes, prestigiados e categorizados representantes da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).

A natureza do discurso que efectuou nas Nações Unidas, em Setembro de 2012, onde tecia algumas reflexões importantes sobre o papel de África no mundo, e agora este encontro com o Papa, são prova disso mesmo. Por outro lado, o Dr. Jorge Fonseca é um intelectual reputado, constituindo uma inegável mais-valia para a CPLP. Todos estes factos parecem-me de importância política fulcral, quando tentamos analisar o percurso do nosso Presidente Vitoriano, como o mais alto magistrado da

nação cabo-verdiana. Como católico que me orgulho de ser, tenho também uma simpatia muito especial pelo Papa Francisco. Parece-me um Papa muito inteligente, simples, humano, despretencioso e informal, procurando levar a Igreja por caminhos mais consentâneos com o seu papel no mundo. Aliás, a escolha do seu nome de pontificado, foi claramente uma mensagem muito forte a todo o universo católico. Francisco. O de Assis. O trilhar de caminhos mais consentâneos com o papel

Giovanni Licciardello na Igreja no Mundo. Para concluir, não sei se o Presidente Jorge Fonseca terá sido o único adepto e sócio do Vitória Futebol Clube a ser recebido pelo Papa (eu, o máximo que consegui, foi estar a cerca de 20 metros de João Paulo II, na Praça de S.Pedro), mas estou convencido que sim. Portanto, muitos parabéns senhor Presidente Jorge Fonseca, pela Concordata estabelecida entre o Vaticano e a República de Cabo Verde.


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CIDADE

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Oitenta anos depois…

“Rapaz dos pássaros” homenageado em mural [ CMS

O rapaz que vendia pássaros, imortalizado pela objectiva de Américo Ribeiro, foi homenageado, na passada sexta-feira, durante a inauguração do mural pintado na empena do Auditório José Afonso, baseado nesse retrato. POR VERA GOMES

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ctualmente com 91 anos de idade, Vicente Inácio Martins, que ficou conhecido com “o rapaz que vendia pássaros”, esteve presente na inauguração do mural tridimensional pintado na parede lateral do auditório sito no Largo José Afonso. Apesar da chuva e da mobilidade reduzida, o nonagenário subiu as escadas do auditório e descerrou a placa que acompanha a obra de arte, pintada pelo street artista Sérgio Odeith, inspirado num retrato antigo do Arquivo Fotográfico Municipal Américo Augusto Ribeiro. Mais de oitenta anos separam as duas obras, mas Vicente Martins, que estava visivelmente satisfeito, ainda se recorda do pregão: “Quem meeeerca pássaros” que gritava quando tentava vender as pequenas aves a cinco tostões

cada uma. Segundo conta, os passarinhos eram-lhe dados para vender, no entanto, ele não resistia e acabava por ficar com alguns para proveito próprio. Acompanhado pela esposa e pela família, Vicente Martins, lembrou-se instantaneamente daquela sua imagem, agora pintada no enorme mural, com 20 metros de altura. “Ainda me recordava porque tenho uma igual no meu quarto!”, revelou. A esposa, Júlia Cruz, explicou que “a fotografia estava na Câmara Municipal e uma pessoa amiga deu-me para eu fazer uma cópia”. A companheira do “rapaz dos pássaros”, que só o conheceu depois de adulto, indicou que “a primeira coisa que ele viu, assim que chegou, foi a ligadura na perna”, referindo-se a uma ferida que tinha na perna. A presidente da Câmara Municipal de Setúbal fez questão de agradecer à Immochan “por esta iniciativa

Vicente Martins ladeado pela esposa e pelo artista Odeith, que pintou o mural do menino dos pássaros, em memória de Américo Ribeiro

atípica de alguém que está a construir um equipamento que cria desenvolvimento económico e em, simultâneo, está a dar ao espaço que localiza esse equipamento, arte e cultura”. Já Mário Costa, director-geral da Immochan, retribuiu o agradecimento, referindo que “a Câmara tem dado um acolhimento integral, e é um incentivo enorme para continuar nesta via, que iniciámos quase há um ano em Setúbal, e que queremos continuar”. Para o dirigente, o projecto “Arte em Toda a Parte” é “original e inovador”, sendo que, para a empresa “é importantíssimo parti-

Feira do Livro anima avenida Luísa Todi até 27 de Abril

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ilhares de livros de várias editoras, do romance ao técnico, passando pela literatura infanto-juvenil, estão à venda até ao dia 27 de Abril na Feira do Livro de Setúbal, na placa central da Avenida Luísa Todi. Além das promoções, novidades e preços convidativos em todos os livros, alguns vendidos a um euro, a Feira do Livro, a decorrer entre as 10h00 e as 22h00 e, às sextas e sábados, até às 23h00, proporciona sessões de autógrafos, conversas com escritores e animações para crianças.

Na quarta-feira, às 16h30, Margarida Pereira-Muller, autora de “Contos da Lusofonia”, conversa com leitores numa sessão de autógrafos e no dia 5, às 16h00, marca presença o promotor de Gerónimo Stilton, figura popular de literatura infanto-juvenil. Estão ainda programadas sessões com Francisco Lobo, nos dias 12 e 24, com Cristina Costa e Teresa Baião Lopes, a 13, e Eduardo Raposo, a 26. A 23 de Abril, Dia Internacional do Livro, o poeta Joaquim Pessoa está à conversa com leitores, havendo espaço para a leitura

de poemas da sua autoria e para autógrafos. Ao longo da realização da Feira do Livro está patente uma exposição subordinada aos marcos biográficos e literários de Eça de Queirós. Pelo quinto ano, a Página a Página – Divulgação do Livro, em colaboração com as editoras e numa parceria com a Câmara Municipal, promove esta iniciativa, que decorre no interior de uma tenda, montada na placa central da Avenida Luísa Todi, em frente ao Comando da PSP, dispondo de pagamento por multibanco.

cipar na vida da comunidade”. Considerando que a obra de arte inaugurada é “um exemplo da valorização do passado de Setúbal”, Mário Costa demonstrou a vontade de “ajudar a construir o futuro de Setúbal mas também valorizar o passado e respeitá-lo. Estamos muito satisfeitos com este rumo!”, concluiu. O artista, Sérgio Odeith, que tem já 20 anos de experiência em pinturas com técnica de graffiti, também esteve presente na cerimónia e revelou que aquele retrato foi eleito de entre mais de meia dúzia de fotos de Américo Ribeiro. “Sugeriram-me que eu

pintasse algo que tivesse a ver com Setúbal. Fiz uma pesquisa, escolhi 7 ou 8 fotografias, fiz os projectos baseados nessas fotos e este foi o escolhido”, explicou o ‘street artist’ com diversos trabalhos patentes em Portugal (no túnel do Estádio da Luz, IC19, Av. Almirante Reis…), mas também noutros países como Brasil, Panamá, Estado Unidos, entre outros. A obra tridimensional “demorou oito dias a fazer, a trabalhar bastantes horas por dia”, indicou Odeith que, não querendo revelar os “truques” do seu trabalho, revelou que acrescentou adornos que

transmitem a sensação de profundidade. O projecto "Arte em Toda a Parte" tem a finalidade de, durante mais de um ano, apoiar a realização de intervenções artísticas no concelho de Setúbal, assim como a concepção e exposição de obras de arte em espaços públicos, entre outras iniciativas. Trabalhos produzidos no âmbito do "Arte em Toda a Parte", que conta com a participação de artistas portugueses consagrados e de outros da região da Setúbal, serão integrados na arquitectura do futuro centro comercial, actualmente em construção.

Programa Nacional da Saúde Mental é apresentado hoje em Setúbal

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Programa Nacional para a Saúde Mental vai ser apresentado hoje, em Setúbal, pelo director do programa, Álvaro de Carvalho, num encontro a realizar na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal, pelas 14h30. Este será um ponto alto do encontro “Saúde Mental em Foco”, organizado pela Escola Superior de Saúde e o Centro Regional de Segurança Social de Setúbal. Para além das duas instituições organizadoras,

a iniciativa conta com a participação de diferentes entidades da região que atuam na área da saúde mental, como os Departamentos de Psiquiatria do CH Setúbal, do CH Barreiro-Montijo e do Hospital Garcia de Orta, a Associação de Saúde Mental Dr. Fernando Ilharco, a Persona - Associação para a Promoção da Saúde Mental, o GIRA - Grupo de Intervenção e Reabilitação Activa e o IP em Community Mental Health – ESS/IPS. A apresentação do Pro-

grama Nacional para a Saúde Mental, contará, também com a presença da presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, e da directora de Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, Ana Clara Birrento. De referir ainda, que entre 31 de Março e 8 de Abril estarão expostas no átrio do edifício algumas obras plásticas que integraram a exposição “Saúde Mental e Arte – Formas de Expressão”, da autoria de Jorge Tarouca e João Mendão.


MUSICA

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Artur Jordão é o mais galardoado músico setubalense POR JOAQUIM GOUVEIA

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rtur Jordão é o mais galardoado músico e compositor setubalense. Ao nível dos festivais da canção infanto-juvenil é mesmo o compositor mais premiado a nível nacional. No que toca a marchas populares venceu por catorze vezes o grande prémio em Setúbal, duas em Lisboa (onde se inclui o do presente ano), e uma em Almada. Para além destes troféus colecciona uma longa vitrine onde expõe outros prémios conquistados pela inspiração e profissionalismo com que encara cada desafio. No entanto este artista começou tarde na arte da música. Oriundo de Beja tem sido na nossa cidade, para onde veio morar quando casou, que tem alcançado os maiores patamares de uma carreira pejada de sucesso. “Comecei apenas quando já tinha dezassete anos, ainda em Beja, no antigo FAOJ (Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis), que me deu a possibilidade de aprender música e a dominar o piano que é o instrumento da minha eleição”, recorda Artur Jordão. A vida nem sempre lhe sorriu e a sua infância e juventude conheceram dias complicados numa família a contas com algumas dificuldades. Mas Artur Jordão tinha a força de vontade e o ânimo para dar a volta aos acontecimentos e lutar pela sua maior ambição que era a de se formar na música e tornar-se um profissional competente. Fez parte de alguns conjuntos musicais tanto em Beja, como em Setúbal e já acompanhou vários artistas como Toy, António Calvário, Quim Gouveia, Susana Jordão e Sérgio Rossi. “Gosto mais da composição do que tocar ao vivo. – explica – Tem

“A minha vida é a música. Quero continuar a compôr, a executar e a ensinar. Tenho muita obra feita, muitos prémios conquistados e já fiz representar Setúbal, internacionalmente e por diversas vezes.

Artur Jordão é o compositor mais premiado a nível nacional em festivais da canção infanto-juvenis

outro sabor, inspiração, tem a ver com o momento, com o ambiente. As coisas devem fluir naturalmente e nunca por obrigação”.

“Amor my love” com os “euro” Em 2001 liderou um projecto denominado “Euro”, que concorreu ao Festival RTP da Canção, com o tema “Amor my love”, tendo vencido a eliminatória realizada em Setúbal, obtendo, depois, o quinto lugar na final conquistada pela dupla Marco Quelhas/Tony Jackson. “Valeu pela experiência. – relembra – Tínhamos um tema forte e depois de vencermos a eliminatória de Setúbal pensámos que era possível chegar mais longe”. Artur Jordão gosta muito de festivais da canção mas reconhece que a qualidade tem vindo a baixar “sobretudo no Festival RTP da Canção, onde hoje o interesse económico fala mais alto . critíca – Era um festival que fazia parar o país. Tinha muito interesse. Boas músicas e letras e grandes intérpretes”.

A cultura, os karaokes e mário regalado Mas para este compositor a música portuguesa continua a contar com bons valores “como Pedro Abrunhosa, Paulo Gonzo, Camané, Ana Moura, ou António Zambujo, por exemplo” – diagnostica para justificar –A indústria discográfica e a própria internet, tal como a pirataria limitam bastante a nossa actividade. Por outro lado devemos perguntar como é que um país que não dispensa um por cento do seu orçamento de Estado, para a cultura pode ter melhores valores e resultados”... Artur Jordão, numa vertente mais comercial já produziu mais de quinhentos temas de música portuguesa para os karaoke “Kantatu”, que são conhecidos do grande público. “Foi um trabalho muito exigente mas gratificante. – sublinha – A partir de determinado momento comecei a trabalhar os karaokes integralmente no meu estúdio onde produzia os temas e gravava os coros”. Noutra vertente, Artur Jordão acredita que

Mário Regalado, antigo músico e compositor popular criou um estilo musical característico de Setúbal, com temas como “Onde é que existe um rio azul igual ao meu”, que caracterizam a própria região, ou como nos explica: “O Mário criou uma harmonia vocal e ao nível das guitarras que é único e genuíno da nossa cidade. Pode afirmar-se que há um estilo musical de Setúbal, que é peculiar e diferente de todos os outros. O Xico da Cana deu-lhe continuação com a introdução da cana para marcar os compassos e andamentos. A forma como se canta é única. Hoje grupos como “Os alcorrazes”, ou “Os salmonetes” e outros, continuam a obra cantando as nossas canções que fazem parte da cidade”.

a música. Quero continuar a compôr, a executar e a ensinar. Tenho muita obra feita, muitos prémios conquistados e já fiz representar Setúbal, internacionalmente e por diversas vezes. – afirma - Não sei porque é que o meu trabalho e a minha obra ainda não foram reconhecidos. Já vi gente

ser agraciada nesta cidade por muito menos. Mas, enfim... vou continuar a minha vida como até aqui”. Fica pois ao entendimento e à consideração de quem de direito o reconhecimento público de um artista que, na verdade, o merece tal a dimensão da sua obra.

O reconhecimento que ainda não chegou Artur Jordão é, pois, um músico experimentado com provas dadas. Mas o reconhecimento oficial ainda não chegou. E isso é um contraponto que o músico estranha bastante. “A minha vida é

“O reconhecimento da minha obra ainda não chegou”


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OPINIÃO/ CLASSIFICADOS

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À luz da verdade de novo, n’O Setubalense A

pós várias décadas de presença n’O SETUBALENSE e ainda no Lubango, recebi com tristeza a notícia do desaparecimento deste jornal. Tinha sido um amigo que partira até data incerta. Mas esse amigo regressou e novamente vamos reatar tardes soalheiras e cavaqueiras amenas com os seus leitores. A Comunicação Social sempre foi para mim – já lá vão quase 50 anos – oxigénio vivificante muito importante no meu respirar quotidiano. Para além de alguns ensaios, sendo ainda seminarista, em revistas e num jornal de Penafiel, ordenado sacerdote, em 1967, parti para S. Tomé e Príncipe onde, no espaço de 4 anos, partilhei com a população do Arquipélago muitíssimos programas radiofónicos semanais, no “Rádio Clube” local; e, na imprensa, dei voz à Diocese santomense. Terminada essa faina africana, parti para Roma a fim de preparar a licenciatura em Pastoral. Também lá pude dar continuidade a este meu “bichinho” na Rádio Vaticano, como voluntário, ávido de novas experiências na Comunicação e com um programa semanal dirigido aos emigrantes de todos os quadrantes onde houvesse um português. Era a “A antena do emigrante”. E foram várias as oportunidades de integrar a equipa da emissão da bênção “Urbi et Orbi” de Paulo VI para a Rádio Nacional Portuguesa”. No decurso dessa licenciatura, tive a

Classificados

feliz oportunidade de fazer bastantes cadeiras de Comunicação Social com outros tantos professores mestres na arte. Chegado a Setúbal, em 1977, tive a felicidade de trabalhar lado a lado com D. Manuel Martins, nos primórdios desta Diocese sadina e fui-me enriquecendo com as pessoas, os factos e as realidades locais. Por tal razão, quando, depois de uma breve experiência na Pastoral Universitária em Lisboa, em 1986, regressei a Setúbal, desta vez, como Pároco de S. Sebastião, integrei no meu programa pessoal de vida horas e horas, no teclado e aos microfones das rádios desta urbe, centrando a minha atenção nas colunas d’O SETUBALENSE, jornal a que fiquei a dever uma preciosa colaboração a quando do restauro da igreja de S. Sebastião, do órgão de tubos, do telhado, etc. Foram 11 anos de partilha mútua e de diálogo fecundo com esta capital do Sado. Em 1997, rumei ao Lubango, Angola, na minha incumbência de Missionário. Continuando a escrever n’O Setubalense e na imprensa de Penafiel, fui aí nomeado Delegado da Arquidiocese para a Comunicação Social. Com os jornalistas da cidade, lancei a Associação dos Profissionais Católicos da Comunicação Social e estive na proa de muitos acontecimentos importantes da Igreja lado a lado com a Comunicação local. Nessa vertente, tive a feliz dita de contactar com todos os

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Bispos de Angola e com alguns Núncios Apostólicos. Um programa semanal, na “Rádio 2000”, com dois padres e três leigos, dirigido a milhares de catequistas das muitíssimas Missões de várias Dioceses, esteve em onda 11 anos e só morreu por asfixia económica da Arquidiocese. Mas a minha grande e nova experiência foi a Televisão, a “TPA”. Gravei e emiti dezenas de programas e tive no ar, por três anos, um programa de língua portuguesa com cobertura nacional e internacional. Como professor desta mesma língua de mais de 800 Noviças, foi ainda minha preocupação proporcionar-lhes formação na Comunicação Social, com visitas de estudos à Rádio e à Televisão, tendo como fito preparar aquelas futuras Religiosas para um futuro apostolado aos microfones e nas câmaras dos Mass Media. Durou 16 anos esta estadia em Angola e regressei de lá em Setembro de 2013 cheio de saudades

do mundo jornalístico africano. Agora, de novo em Setúbal, novamente como pároco de S. Sebastião, quando tomei conhecimento da reaparição d’OSETUBALENSE, tomei a decisão de reatar, nas suas colunas, o contacto com as gentes sadinas. Com um abraço a todos os meus caros leitores, reafirmo que a minha maneira de estar na Comunicação Social sempre foi e continuará a ser a atitude de SERVIR.

Pe. Álvaro Teixeira

ANÚNCIO DO CONCURSO A APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, S.A., com sede na Praça da República, 2904-508 Setúbal, telefone: +351 265 542 000, telefax: +351 265 230 992, endereço eletrónico: geral@portodesetubal.pt, no uso de competências próprias, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 3º do decreto-lei n.º 338/98, de 3 de novembro, e delegadas nos termos do n.º 1 do artigo 13º da lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada pelo decreto–lei n.º 245/2009, de 22 de setembro e decreto-lei n.º 130/2012, de 22 de junho, e em conformidade e para os efeitos do disposto no artigo 21.º e nº 3 do art. 38º do decreto-lei nº 226-A/2007, de 31 de maio, alterado pelo decreto-lei nº 93/2008, de 4 de junho e retificado pela declaração de retificação nº 32/2008, de 11 de junho, pelo decreto-lei nº 107/2009, de 15 de maio, pelo decreto-lei nº 245/2009, de 22 de setembro, pelo decreto-lei nº 82/2010, de 2 de julho e lei nº 44/2012, de 29 de agosto, convida os interessados a apresentar propostas para atribuição de licenças de utilização privativa de um armazém e duas parcelas de terreno, sitos no Porto de abrigo de Sesimbra, sendo o armazém destinado à atividade de venda de artigos de pesca, bem como atividades complementares, subsidiárias ou acessórias como tal reconhecidas pela APSS, S.A., e as parcelas de terreno destinadas à atividade do setor terciário direcionadas para o apoio, promoção e desenvolvimento das atividades náuticas, comerciais e recreativas do Porto de Sesimbra. As condições de elaboração das propostas, incluindo a data-limite para a sua apresentação, constam nos Editais n.ºs 1, 2 e 3, respetivamente, os quais podem ser consultados no site da APSS, S.A., ou através de cópia solicitada através do fax n.º + 351 212 233 566, dirigido à Direção de Gestão Dominial e Porto de Sesimbra. Sesimbra, 25 de Março de 2014 O Presidente do Conselho de Administração Vítor Caldeirinha OP/ 0074

O paradigma dos centros comerciais

Francisco Carriço Presidente da Direcção da ACISTDS

F

alar em comércio tradicional local é sinónimo de falar nas zonas históricas das localidades, no seu futuro, na sua envolvente, nos seus lugares e nas suas gentes. É também focar e debater duas dualidades: escolher entre o que é personalizado e o que é massificado. A implementação de grandes superfícies comerciais deve obrigar os responsáveis locais a uma avaliação, à escala regional, das consequências das mesmas para as empresas locais, para os níveis de desemprego, para a vida e beleza dos centros urbanos, bem como para a qualidade de vida das populações das cidades. É notório que o caminho habitualmente escolhido é o da aprovação e licenciamento de novas áreas comerciais, uma vez que as receitas extraordinárias obtidas através dos licenciamentos são fundamentais para os orçamentos municipais. E não esqueçamos, também, as restantes contrapartidas, em obras que acabam por servir, preferencialmente, essas mesmas novas grandes superfícies, colmatando-se, desse modo, a falta de capacidade para realizar

obra pública. Daí que o nosso país seja conhecido por “bater” vários recordes por construir os maiores centros comerciais da Europa. Será por falta de verbas de países como a Alemanha, França, Itália, Holanda, etc., ou por estes países já terem percebido que a evolução do comércio e das localidades não será nunca por essa via? Infelizmente, em Portugal, impera a ideia errónea de que os centros comerciais correspondem a um conceito de desenvolvimento, o que é absolutamente falso. Contrariamente, significam a descapitalização de uma região e o fim do empreendedorismo de muitos comerciantes que, ao lançarem-se ou mesmo já existindo há décadas no mercado empresarial, são confrontados com uma concorrência quase sempre desleal. É necessário ter consciência e não esquecer que os erros de hoje, cometidos em virtude da vontade incessante em apresentar soluções “instantâneas”, de aplicação imediata, vão colocar em causa o futuro das cidades, das suas populações e das novas gerações, que são o pulsar do país.

Os nossos contactos:

Serviços Administrativos Tel. 265 094 354 • Telem. 912 277 601 e-mail: geral@osetubalense.com


CIDADE

SEGUNDA-FEIRA 31.MARÇO.2014

Escultura embeleza rotunda do Monte Belo A

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Uniseti agradece apoio da câmara com placa comemorativa

Uma obra escultórica de grandes dimensões está a ser instalada na rotunda do Monte Belo, localizada na Avenida Álvaro Cunhal. Esta operação de embelezamento inclui a requalificação urbanística daquele elemento rodoviário. [ CMS

"

Zéfiro", a denominação da obra de arte, simboliza, de acordo com a mitologia grega, o vento de oeste. A escultura, com vários elementos em ferro, é da autoria do escultor plástico Sérgio Vicente. A peça é doada à cidade pela Fundação Buehler-Brockhaus, instituição que financia, com um montante até 10 mil euros, as operações necessárias para a instalação da obra no local. Os trabalhos, em execução desde o dia 21, incluem a construção de um maciço em betão armado para acolher a obra de arte e a construção de infraestruturas para o fornecimento de água e electricidade. Os trabalhos, com conclusão prevista para meados de Abril, envolvem a ornamentação do espaço envolvente, com a definição de pequenas áreas ajardinadas.

Uniseti – Universidade Senior de Setúbal homenageou na quinta-feira a presidente da câmara, Maria das Dores Meira, com uma placa comemorativa pelo apoio prestado pela autarquia no desenvolvimento académico da instituição. Um dos principais contributos foi a cedência da autarquia de um novo espaço para as actividades da UNISETI, no Parque do Bonfim. “É uma honra, em nome da Câmara Municipal de Setúbal, receber esta distinção”, destacou Maria da

Dores Meira, no momento simbólico que se realizou nos Paços do Concelho. As instalações cedidas contribuíram para melhorara “as capacidades de trabalho” da Uniseti, uma instituição que, tem perto de quatro centenas de alunos e mais de meia centena de docentes. “É uma mudança fantástica na vida desta instituição. Neste espaço, temos a oportunidade de potenciar as vertentes curriculares e de dinamizar mais actividades didácticas”, frisou o novo presidente da Uniseti, Armando Sacramento.

A universidade pode, agora, concentrar todas as valências num só espaço, o que “favorece o funcionamento e proporciona aos alunos melhores condições de ensino”, adianta. No encontro com a presidente da Câmara de Setúbal, os dirigentes debateram ainda formas de aperfeiçoamento dos canais de comunicação entre as duas instituições e novas possibilidades de colaboração e apresentaram o programa da Uniseti para as comemorações dos 40 anos do 25 de Abril. [ CMS

A escultura Zéfiro ocupa agora a rotunda do Monte Belo

A escultura "Zéfiro" é instalada no âmbito de um protocolo de colaboração celebrado entre a Câmara Municipal de Setúbal e a Fundação Buehler-Brockhaus, vigente deste 16 de Março de 2011,que já permitiu beneficiar a cidade com diversas obras de arte. As esculturas evocativas de várias profissões instaladas no Mercado do Livramento e um conjunto

escultórico patente no Fórum Municipal Luísa Todi são exemplos de obras de arte comparticipadas no âmbito do protocolo. A Fundação Buehler-Brockhaus apoiou também, financeiramente, a requalificação urbanística da zona ribeirinha da cidade, na Rua da Saúde, na frente urbana da Doca dos Pescadores, e o embelezamento da rotunda da zona das Fontainhas.

Armando Sacramento entregou uma placa comemorativa a Maria das Dores Meira

3 Reparos

Alunos da Escola do Sousa realizam mais um encontro de convívio anual [ DR

Reparámos que algumas campas do cemitério da Paz (Algeruz) estão muito sujas e mal tratadas, também com várias ervas daninhas a precisarem de ser arrancadas. Além disso, algumas pessoas têm-se queixado de que nem sempre os sinos tocam, como é habitual acontecer, quando os funerais dão entrada no cemitério, o que consideram ser um “desrespeito pelos mortos”. Reparámos que são retiradas, constantemente, as tampas dos moloks sitos no Largo de Santa Maria, na Baixa da cidade. Existem pessoas que reviram o lixo que está dentro daqueles contentores e, para tal, retiram as tampas e não as voltam a colocar no sítio. Esta situação faz com que, muitas vezes, os odores dos desperdícios infestem aquela zona.

Foto tirada em 1983, no Parque do Bonfim, em Setúbal, no final do quarto encontro- convívio dos antigos alunos da Escola do Sousa

O

s alunos da classe de 1941 a 1944 da antiga “Escola do Sousa”, em Setúbal, reúnem no próximo sábado em mais um almoço convívio, que terá lugar num restaurante em Vale do Cobro. A ideia dos convívios nasceu em 1980, pela mão de António Pires e dois colegas, que quiseram juntar os ex

alunos da Escola do Sousa para “recordar memórias de outros tempos”. António Pires recordou a O Setubalense que na altura trabalhava num banco quando pensou, 36 anos depois da realização do exame da quarta classe, que seria engraçado reunir os antigos colegas. “Penso que somos o único

grupo de antigos alunos de uma escola primária a dar início aos encontros 36 anos depois do fim das aulas. Em 1980, contactei todos os antigos colegas e a ideia foi tão bem aceite que vieram pessoas de outros pontos de país de propósito para o encontro”. Alguns já faleceram, entretanto, e hoje em dia

são cerca de 50 os que ainda se sentam à mesa de um restaurante, uma vez por ano, para lembrar os tempos da escola primária. Todos os anos, uma pessoa diferente fica encarregada de organizar o almoço, escolha que é feita sempre no final de cada almoço.

Reparámos que parte do muro da Escola Secundária Sebastião da Gama está completamente descaracterizado com pseudo-graffitis, nomeadamente no lado que dá para a Avenida Mariano de Carvalho, o que dá um ar de desmazelo àquele edifício que foi requalificado há poucos anos.


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ENTREVISTA

SEGUNDA FEIRA 31.MARÇO.2014

“A agregação não beneficiou em nada a população da União das Freguesias de Setúbal" Rui Canas, 51 anos, militante comunista, é desde Outubro passado presidente da União das Freguesias de Setúbal, resultante da agregação das juntas de Anunciada, Santa Maria da Graça e São Julião e, para já, faz um balanço negativo da aplicação prática da lei da reorganização administrativa. Garante que só não prejudicou ainda mais as populações porque e a União decidiu manter abertos todos os pólos de atendimento. POR VERA MARIANO

Rui Canas garante que três presidentes era o adequado para esta zona da cidade e que a agregação das freguesias de Anunci

C

andidatou-se pela primeira vez à presidência de uma junta de freguesia nas autárquicas de 2013, pela CDU, e logo a uma que resultou da agregação de três freguesias do concelho (Anunciada, Santa Maria da Graça e São Julião). Como encarou este desafio? Encarei o desafio como uma prova de serviço público. É um desafio difícil, mas acho que eu e a minha equipa podemos dar um importante contributo. Desde o início que luto contra a ideia da fusão de freguesias que, no fundo, é extinção das juntas de freguesias. O poder local é para estar perto das populações e a junta de freguesia é o órgão que tem o papel de maior proximidade. Haver três juntas de freguesia e três presidentes nesta área da cidade não é demais, é o adequado. Nestes primeiros meses de mandato, sente que se perdeu essa proximidade com a população? Eu tenho procurado que não se perca, tenho desenvolvido um esforço grande para estar perto das populações, das as

O poder local é para estar perto das populações e a junta de freguesia é o órgão que tem o papel de maior proximidade. Haver três juntas de freguesia e três presidentes nesta área da cidade não é demais sociações e das escolas. Estou a realizar atendimentos descentralizados, ou seja, todas as semanas atendo numa das sedes de freguesia e procuro fazer o máximo de deslocações possível à rua, aos acontecimentos e aos problemas. Mas não consigo chegar a tudo. Como tem sido a reacção dos fregueses, que estavam habituados a ter um presidente em cada sede de freguesia? As pessoas e as instituições abordam-me e pedem para falar comigo. Eu sei que há essa necessidade por parte das

pessoas, mas o problema é que a carga administrativa que nos foi imposta pela lei da fusão de freguesias, no sentido de termos prazos curtos para dar resposta de procedimentos administrativos, nos últimos quatro meses e meio, não nos deixou muito espaço para fazer outras coisas. No fundo é uma freguesia completamente nova em que tudo é novo. Tivemos de fazer registos de tudo, fechar orçamentos das anteriores juntas e fazer um novo orçamento. Tem sido uma grande carga para os nossos trabalhadores. Além disso, a lei tem algumas lacunas que nos colocam problemas e não tem sido fácil. Este tem sido o grande desafio dos últimos meses, mas agora, finalmente, estamos a respirar um pouco melhor e já podemos olhar mais para a nossa intervenção no concreto de uma forma mais organizada e planeada, de acordo com os objectivos que temos de trabalho em parceria com as associações e com as populações, para sermos um espaço aberto de envolvimento de todos. Esta freguesia tem uma área extensa, cerca de 40 mil habitantes e realidades dis-

tintas. Como tem sido conciliar estas diferentes realidades? Temos feito uma avaliação muito séria das realidades, falando com as pessoas que estão no terreno e procurando perceber o que acham que está bem e o que está mal. Um exemplo disso é em relação ao mercado da Lota. Tivemos, recentemente, uma reunião com a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) na qual nos foram dadas garantias de que, finalmente, haverá obras de infraestrutura no telhado, nos algerozes e no isolamento do edifício. Não é competência nossa, é da APSS, mas a Junta de Freguesia da Anunciada gastou muito dinheiro para dar condições mínimas ao equipamento quer para os vendedores, quer para os consumidores. Além disso, conseguimos reunir com os vendedores do mercado da Lota, para criarem uma comissão que os representa e conseguimos definir um plano de trabalho do que queremos para o mercado. Há um esforço conjunto para que venhamos a ter um espaço digno, um mercado de qualidade. Outra questão que me

têm colocado ultimamente está relacionada com as festas que se realizavam nas três freguesias, como a SetFesta e a São Julião em festa. Temos pensado nisso, mas não vamos decidir nada sem reunir antes com as associações e colectividades que participavam nos projectos. Já temos algumas ideias de como as coisas poderão acontecer, mas vamos ouvir as opiniões de todos e conjugar esforços para realizarmos festas condignas, com a participação das pessoas, com os mesmos objectivos de angariação de fundos para as colectividades. Em jeito de balanço, verificam-se as vantagens que o Governo avançava como justificações para a agregação de freguesias? A realidade é o que já antevíamos: que ninguém iria beneficiar com isto. O Governo beneficiou porque, no caso da União de Freguesias de Setúbal, cortou-nos 2,5% no orçamento, em relação ao que as juntas de Anunciada, São Julião e Santa Maria recebiam. Poupou também nos salários de dois presidentes de junta e senhas de presença

dos executivos e isso é um valor insignificante. A junta não ficou com nada desse dinheiro, não beneficiou nada, antes pelo contrário porque um presidente sozinho não consegue trabalhar e precisa de ter pessoas para ajudar. Às populações também nada beneficiou e ainda não prejudicou mais porque mantivemos os pólos abertos em Anunciada em São Julião, para minorar o impacto negativo. A proximidade dos eleitos é outra questão importante, pois antes eram 20 pessoas nas três juntas e hoje são apenas sete a trabalhar para o mesmo número de habitantes.

“Descentralização de competências é essencial” Qual a importância dos protocolos de descentralização de competências para o trabalho da freguesia? A importância desse instrumento é quase total, pois essas verbas representam mais de 70% do orçamento da junta de freguesia. Estamos falar


ENTREVISTA

SEGUNDA FEIRA 31.MARÇO.2014

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[ LUÍS CRUJEIRA

“A situação da baixa da cidade é uma grande preocupação” E

sta freguesia tem uma zona fulcral da cidade, a baixa de Setúbal, que está a atravessar alguns problemas… Temos uma preocupação muito grande com a baixa. Há que criar um conjunto de pequenos pólos para atrair visitantes e moradores. Enquanto não tivermos pessoas a morar na zona histórica da cidade, dificilmente alteramos o actual panorama. Em breve, teremos uma reunião com a associação de proprietários para procurar soluções, no sentido de chamar jovens para esta zona. Te-

mos de tentar preservar o comércio e melhorá-lo, mas os próprios comerciantes têm de repensar a sua própria estratégia. Além disso, há que fazer uma gestão integrada do espaço, tendo em conta o património, a actividade comercial, o espaço habitacional e o espaço público. Estamos a participar num conjunto de reuniões para tentarmos encontrar várias entidades que se associem num projecto de revitalização da baixa. A União das Freguesias de Setúbal irá tentar também realizar algumas iniciativas para

atrair pessoas, no âmbito das suas competências. Vamos criar pequenas rotas, como a rota dos azulejos da baixa e a rota das artes e ofícios em extinção, como as barbearias e as tabernas. Os nichos dos Paços também são importantes. Temos cinco nichos na baixa e alguns estão em mau estado, pelo que seria importante recuperá-los, por exemplo, para celebrações religiosas e também atracção turística. Queremos ajudar a criar políticas que resolvam este problema da baixa. [ LUÍS CRUJEIRA

unciada, Santa Maria da Graça e S. Julião em nada beneficiou o funcionamento do órgão autarquico

entre termos uma junta de freguesia que apenas faz atestados, ouve as pessoas e se faz representar, que é o que o dinheiro do financiamento do Estado nos permite fazer, ou ter efectivamente uma participação activa na solução de problemas das nossas freguesias. O protocolo na área da educação é fundamental, pois está provado que conseguimos fazer manutenção das escolas melhor do que a câmara conseguiria com aquele dinheiro. Vamos aumentar a nossa área de intervenção nesta matéria, por isso vamos montar uma estrutura operacional para dar a melhor resposta. Estamos a pensar criar um piquete para responder às situações mais imediatas. Vamos também fazer um levantamento exaustivo dos problemas existentes nas escolas e construir um cadastro, para definir depois o que é prioritário em termos de obras, falando também com os pais e as escolas. Vamos esperar que até ao final do mandato, os problemas que forem descobertos sejam entretanto resolvidos. É muito importante a descentralização porque

é ela que nos permite fazer a limpeza urbana, limpeza da zona rural, reposição de calçadas, manutenção as escolas, toponímia, entre outros. Tudo isto exige também da nossa parte uma grande máquina operativa e vamos fazer um grande investimento para reestruturar em função da nova realidade. Vamos investir em adaptar as instalações, para termos dois pólos operacionais, um na Anunciada e outro em São Julião, para que os trabalhadores possam ter condições mínimas e possamos ter um conjunto de serviços de apoio à nossa actividade. Além disso, temos uma frota diminuta face às nossas necessidades e temos de renovar o equipamento. Vamos fazer um grande investimento em dotar a freguesia destes meios para que depois possamos ir para o terreno trabalhar. Outra área muito importante para nós na qual vamos investir é a criação e manutenção de espaços verdes. Vamos tentar criar zonas verdes, equipamentos para a crianças e dotar algumas áreas de mais mobiliário urbano, bem como substituir equipamentos velhos. Também teremos

um grande desafio nas calçadas. A calçada portuguesa é muito bonita mas exige manutenção. Qual é a situação financeira da União das Freguesias de Setúbal? Não podemos dizer que está mal, está controlada. Temos uma almofada financeira razoável que nos vai permitir fazer os investimentos que já referi e outros para equipar melhor a junta e poder servir melhor as pessoas. Que outras situações preocupam a junta que não sejam da sua área de competência? A freguesia necessita de muita coisa, por exemplo, temos cada vez mais preocupações ao nível da saúde. Temos três centros de saúde na área da freguesia e estamos preocupados com a diminuição dos serviços que estão a ser prestados às pessoas. Outra questão que nos preocupa muito é o desemprego, pois 80% das pessoas que recebo vêm desesperadamente pedir ajuda para comer, para pagar contas, comprar uma botija de gás ou arranjar um lugar para viver porque estão a ser despejadas. São casos gritantes e vêm pedir

Círio da Arrábida pelo rio regressa ao fim de 40 anos

Estamos a desenvolver esforços para termos novamente, este ano, a realização do tradicional Círio da Arrábida pelo rio que é algo que não se faz há quase 40 anos. É algo parecido às Festas da Tróia: as pessoas acampavam e havia festa e convívio. Aliás, até era mais concorrida do que as Festas da Tróia. Este ano conseguimos entender-nos com a comissão do círio,

estamos a diligenciar com Instituto da Conservação da Natureza e também vamos negociar com a Capitania do Porto de Setúbal para que haja excepções para que se possa, durante esses dois dias, deslocar a comunidade para a zona do Creiro com os barcos enfeitados. Não haverá acampamento, pois hoje em dia devido a várias restrições não é possível, mas encontraremos uma so-

lução para a participação dos pescadores e das suas famílias para retomarmos a tradição. Será um domingo em família com um piquenique e animação. Levaremos a Senhora da Arrábida no Sábado, depois há as festividades no Convento, como é habitual, e no domingo a Senhora da Arrábida regressa no círio com os barcos enfeitados. A festa realiza-se a 12 e 13 de Julho”.

coisas que a junta não lhes pode dar, apenas podemos encaminhar as situações para quem possa ajudar. Há uma funcionária da junta destacada para acompanhar mais de perto este trabalho de encaminhamento

para os serviços da segurança social e outros. Também temos um protocolo com a ordem dos advogados para que, em cada sede de freguesia, haja um advogado que atende gratuitamente as pessoas que pedem ajuda

para situações de dívidas e falências. Tentamos ajudar as instituições da freguesia, na medida do que nos é possível, para que possam dar as respostas sociais. Este é um problema para o qual não temos solução.


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CULTURA

SEGUNDA-FEIRA 31.MARÇO.2014

Dia Mundial do Teatro

A memória presente de Carlos César

Clemente lançou best-off de 41 anos de carreira

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[ RUI MINDERICO

cantor setubalense Clemente lançou no início deste ano um trabalho que reúne os sucessos de uma carreira que já conta com mais de 40 anos. O CD “Clemente Essencial”, editado pela discográfica Ovação, com a qual Clemente assinou recentemente um contrato de três anos, tem música que estão ainda na memória e nos ouvidos de todos, como “Vais Partir”, “Canção dos teus cabelos”, “Marinheiro”, “Bolero”, “Colmeia do Amor”, entre outras. Tendo conquistado vários Discos de Prata, Ouro e Platina durante a sua já longa carreira, recheada

de inúmeros sucessos, Clemente é certamente um dos nomes mais respeitados e aplaudidos do panorama musical português. O novo trabalho surge, não só porque “é essencial reunir num único CD” alguns dos seus maiores sucessos, mas também para “atender aos inúmeros pedidos de fãs na procura constante das suas canções”. Clemente já tinha confessado, recentemente, que a assinatura do novo contrato com a editora Ovação é uma "mais-valia" para a sua carreira, sobretudo no actual momento difícil da música portuguesa. Vera Mariano

Casa do Elefante aproxima teatro da baixa sadina

O

Os actores do TAS leram poemas inéditos de Carlos César, em homenagem ao falecido fundador da companhia setubalense

POR JOAQUIM GOUVEIA

O

Teatro de Animação de Setúbal assinalou, sexta-feira, o Dia Mundial do Teatro, com uma homenagem ao seu fundador Carlos César, em sessão realizada no Teatro de Bolso e que contou com a presença de cerca de três dezenas de espectadores que aplaudiram de pé a memória do antigo director do TAS, falecido em 2001.

passagem por Paris deu origem á publicação de uma pequena brochura, em parceria com a empresa DDLX, com o título “Não vou”. Alguns actores do TAS leram os poemas que, na verdade, surpreenderam os presentes pela escrita amorosa e contemporânea imprimida por um actor que muito contribuiu para a descentralização do teatro no nosso país. Célia David leu a mensagem de Brad Bailey,

Carlos César faleceu no hospital da Universidade de Coimbra em Janeiro de 2001 A cerimónia decorreu curta e singela. Carlos Curto, director da companhia falou sobre a importância do nome e da figura de Carlos César admitindo “que mais importante que uma rua com o seu nome perdida entre muitas ruas, ou uma placa evocativa colocada numa parede qualquer do Forum Luisa Tódi, è recordar a sua obra e o homem que ele foi. Aliás, ele é o grande responsável por hoje termos um Forum Municipal”. A recolha de alguns poemas inéditos escritos por Carlos César, na sua

para o Dia Mundial do Teatro. Depois de um moscatel de honra os presentes foram convidados, ainda, a assistir ao filme “Afirma Pereira”, de Antonio Tabucchi, onde Carlos César interpretou um dos personagens. Carlos Curto explicou que “gostaríamos de exibir um filme em que o César tivesse uma maior participação mas isso não foi possível porque os registos não são em formato digital como este que vamos exibir. Contudo fica a nossa homenagem”.

“Ausência” O vento bateu na janela. No escuro um vulto passou. A vida soprou com força. Era a saudade. A gritar atrás da porta. A quebrar o pensamento. A esquecer a tempestade. Ausente do pensamento Presente no coração. Ausento do coração Presente no pensamento.

Teatro do Elefante já tem novas instalações, na Rua Luís de Camões, na Baixa Comercial, onde passará a desenvolver diversas actividades culturais. A Casa do Elefante, situada no segundo piso do número 35 daquela rua, tem uma sala de produção, uma área de acolhimento para artistas convidados e um espaço destinado à realização de pequenas iniciativas de índole cultural.

O novo espaço, que foi inaugurado no Dia Mundial do Teatro, na quinta-feira passada, “permite uma maior aproximação da companhia à comunidade e possibilita a realização de um conjunto de actividades mais abrangentes”, referiu Fernando Casaca, director do Teatro do Elefante, no momento que assinalou a abertura das instalações. Debates, palestras e workshops são al[ CMS

Carlos César, Paris, 6/12/1964

Biografia

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arlos César foi um dos fundadores do Teatro Animação de Setúbal (TAS), grupo que atingiu algum prestígio e contribuiu para a descentralização do teatro português. Contudo, o actor só conseguiu ganhar notoriedade através da televisão, especialmente devido ao papel do corrupto Mariano em Vila Faia (1982). Participou em séries como Gente Fina É Outra Coisa (série - 1982) e em telenovelas como Vidas de Sal (1996), Os Lobos (1998) e Jardins Proibidos (2001). Também fez cinema, contando no seu currículo títulos como O Barão de Altamira (1986), Aqui

D'el Rei (1992) e Afirma Pereira (1996). No TAS, onde exerceu as funções de director até à sua morte, encenou e protagonizou peças como Arsénico e Rendas Velhas (1990), Falar Verdade a Mentir (1999) e Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (2000), O Pai Tirano”, “O gato” e revistas como “À coca” e “Era uma vez em Setúbal”. Morreu no Hospital da Universidade de Coimbra a 10 de janeiro de 2001, vítima de complicações cardíacas, depois de se ter sentido mal quando se deslocava de automóvel para o Porto.

É no segundo andar deste edificio que funciona a Casa do Elefante

gumas das iniciativas que terão lugar no novo espaço. O programa começa em Abril, com uma actividade de ioga para crianças, prosseguindo em Maio, mês do Dialogo Intercultural, com conferências sobre Mahatma Gandhi e um prémio Nobel. “A ideia é fomentar e dinamizar um pequeno centro cultural aberto a todos”, afirmou Fernando Casaca sobre o novo espaço, que também poderá acolher pequenas exposições temporárias. “É uma casa agradável, à qual procurámos dar um cunho especial do Teatro do Elefante.”

A Casa do Elefante reforça as condições de trabalho da companhia de teatro setubalense, que dinamiza anualmente várias produções e animações de rua, nomeadamente no âmbito de um protocolo de colaboração com a Câmara Municipal de Setúbal. A importância da criação do novo espaço é sublinhada pelo vereador da Cultura da Autarquia, Pedro Pina. “É uma mais-valia para as populações, até porque o Teatro do Elefante, com características e linguagem muito próprias, acaba por conseguir uma maior aproximação ao público.”


REGIÃO

SEGUNDA FEIRA 31.MARÇO.2014

PEV preocupado com extensão de saúde do Pinhal Novo

PSD acusa PS e CDU de violarem a lei no Montijo [ DR

O

s Verdes querem saber o porquê do atraso na construção da extensão de saúde em Pinhal Novo. O partido quer saber quando é que o Ministério da Saúde prevê lançar o concurso para a obra de construção da nova extensão de saúde de Pinhal Novo (Sul) e se pondera proceder ao reforço do número de médicos de família, para suprir as necessidades da população da freguesia. A deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República as questões sobre este processo iniciado em 2002, há 12 anos, e que ainda não está concluído, com claro prejuízo para a população da freguesia de Pinhal Novo. O partido que concorreu às legislativas coligado com o PCP, considera que “o direito ao acesso à prestação de cuidados de saúde, decorrente da Carta dos Direitos Humanos, é um princípio civilizacional e um dos valores funda-

mentais da vida humana a proteger pelos Estados. A saúde é, inequivocamente, um direito de cada cidadão e a garantia das infraestruturas e meios necessários à prestação devida dos cuidados de saúde um dever do Estado”. Recordam que a freguesia de Pinhal Novo, o maior núcleo urbano do concelho de Palmela, encontra-se em rápida expansão demográfica citando dados do dos Censos 2011 são um total de 25.000 habitantes, para os quais as duas unidades de saúde (UCSP – Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados), na vila de Pinhal Novo, são “manifestamente insuficientes para garantir a equidade do acesso aos cuidados primários de saúde dos habitantes residentes na freguesia de Pinhal Novo”. Recordam também que o processo de construção de uma nova extensão de saúde nesta freguesia foi iniciado em 2002, “através da cedência do terreno por parte da autarquia, que considera prioritário este

O processo do novo Centro de Saúde iniciou em 2002

equipamento, assim como o reforço de médicos de família no Pinhal Novo, medidas que têm reivindicado insistentemente junto do Governo”. Segundo o PEV existe uma “sobrelotação das duas extensões de saúde do Pinhal Novo”, sendo que “uma delas se encontra instalada numa habitação adaptada, não possuindo as mínimas condições de funcionamento, acessibilidade, nem os equipamentos de saúde necessários”. Além

Empresas de Excelência em Palmela

O

IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação distinguiu cinco empresas de Palmela com o Estatuto PME Excelência 2013. Este é um instrumento de reputação criado pelo IAPMEI, que visa sinalizar as pequenas e médias empresas com perfis de desempenho superiores. Foram distinguidas 1103 empresas que no seu conjunto são responsáveis por mais de 43 mil postos de trabalho directo e geraram um volume de negócios superior a 5,8 mil milhões de euros em 2012. São empresas que obtiveram os melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão no exercício de 2012, e que conseguiram manter-se competitivas num contexto económico exigente, com crescimento e consolidação de resultados. Com um activo líquido global de 4,4 mil milhões de euros, as PME Excelência 2013 apresentam uma autonomia financeira média de 52,6% e níveis de rendibilidade dos capitais próprios, do activo, e das vendas, de respectivamente 17%, 9% e 6,9%. O contributo destas empresas

para as exportações foi de 1,7 mil milhões de euros em 2012, valor que representou um crescimento de 27% relativamente ao ano anterior. São empresas que tiveram um crescimento de 31,7% nos seus resultados líquidos e que viram aumentar o seu activo em 11%. Em termos sectoriais, a Indústria, com 427 empresas (38,8%), e o Comércio, com 278 empresas (25,3%), são as actividades mais representadas no grupo das PME Excelência 2013, ocupando 64% do universo total de empresas distinguidas. O Turismo e os Serviços, cada um representando 14% das empresas, os Transportes, com 3,9%, e a Construção, com 3,7%, são a seguir as actividades mais representativas no conjunto das PME Excelência. A selecção destas PME é feita anualmente a partir de um universo das pequenas e médias empresas Leader criando um instrumento de visibilidade acrescida quando este grupo de empresas a cada ano se destaca pelos melhores resultado e o concelho de Palmela já tem 30 pequenas e médias empresas Leader em 2013 e de entre as quais

foram seleccionadas cinco empresas de Excelência são elas: A Casa Ermelinda Freitas, que repete a distinção obtida em 2012; RG Gestão de Restaurantes que gere o Mcdonald’s em Aires; Metalomecânica Três Triângulos, em Pinhal Novo ,que obtém o galardão pelo terceiro ano consecutivo; a Sogmip - Sociedade Geral de Manutenção Industrial Portuguesa, Lda. e Vítor Ganchinho Ilumina que também é seleccionada pelo quarto ano consecutivo. O presidente da Câmara Municipal de Palmela já congratulou estas empresas por terem obtido estas estas distinções acreditando que “um conjunto de medidas que já foram aprovadas nesta autarquia e que irão ser certamente validadas pela Assembleia Municipal no mês de Abril, medidas de incentivo à fixação de empresas, redução de taxas para a construção e ampliação de algumas também empresas. Esperamos que estas medidas venham a contribuir para no futuro potenciar a obtenção de idênticas distinções a mais empresas do nosso concelho”, salientou Álvaro Amaro.

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da necessidade de uma nova extensão de saúde, com melhores condições e mais especialidades, a freguesia de Pinhal Novo, para “Os Verdes” também necessita de mais médicos, pois “existem 30% de utentes inscritos, que não possuem médico de família, sendo que se forem contabilizadas as pessoas que não estão inscritas, conclui-se que cerca de 50% dos residentes no Pinhal Novo, não têm médico de família”, concluem.

O

PSD Montijo vai apresentar queixa à Inspecção-Geral de Finanças e Tribunal de Contas contra o PS e CDU. Os eleitos do PSD nos órgãos municipais do Montijo entendem que o executivo municipal da maioria PS/CDU violou a lei, no âmbito dos protocolos de descentralização de competências para as Juntas de Freguesia. Em comunicado os social-democratas tecem duras críticas às posições do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e dos vereadores do PS e da CDU por considerarem que estas “violam grosseiramente a lei” acrescentando que “Infelizmente assistimos a um noivado entre o PS e a CDU que prejudica os munícipes. Com estas decisões criam-se clivagens entre as populações das várias freguesias uns são filhos e outros enteados”. Os eleitos do PSD exigem que os protocolos assinados com as Juntas de Freguesia sejam rigorosos e transparentes uma vez que “é gritante a violação

dos princípios da igualdade e da legalidade, a coligação PS/CDU gasta o dinheiro dos Montijenses a seu belo prazer ”. Citam como exemplos Freguesia de Canha, que chegou a ter nove cantoneiros municipais, mas que actualmente tem apenas dois, sendo uma das Juntas mais penalizadas pela coligação PS/CDU, enquanto que a Junta de Montijo/Afonsoeiro” é seguramente a junta mais afectada pela impreparação e desleixo reflectido nos actuais protocolos”. Os social democratas interrogam “como pode o executivo da junta PS/BE aprovar um protocolo onde as escolas da Freguesia recebem 4 vezes menos que as das restantes freguesias? A junta logrará manter e conservar o seu parque escolar com quase menos um milhão de euros? É este o tão apregoado conceito de escola pública do PS?. Os eleitos do PSD garantem que vão fazer “tudo o que estiver ao alcance, para que a legalidade seja reposta”.

As linhas com que o repórter se cose…

Pescadora, pois então!

N

a nossa vida passamos por experiências que nunca imaginámos ter e por coisas que nunca pensámos vir a fazer. Durante vários anos fui dirigente associativo num clube em Setúbal onde, em conjunto com os meus colegas realizámos diversas iniciativas, nomeadamente a nível de animação e concursos de pesca. A nossa função era facilitada pela enorme adesão dos trabalhadores e seus familiares, que nos transmitiam a força que nos dava um enorme alento para continuar, apesar de ser uma tarefa difícil, não deixava de ser uma actividade aliciante. Nas reuniões que fazíamos eram sugeridas novas actividades para cativar cada vez mais pessoas e fortalecer o espírito associativo. Um dia um dos dirigentes sugeriu que levássemos a cabo um concurso de pesca para todas as idades. De imediato distribuímos as tarefas que nos

competiam e eu, sempre muito defensora da igualdade dos sexos, sugeri, que o concurso devia também contemplar mulheres. O regulamento foi aprovado com vários prémios, desde o maior peixe ao mais pequeno, pois sabíamos que iríamos contar com vários patrocínios. No dia do concurso estavam inscritas três mulheres e mais de uma centena de homens. O pontão da Secil encheu-se de concorrentes, mas as mulheres nada de aparecerem. Os meus colegas dirigentes atiravam-me piadas “então as meninas tiveram medo”, “sabiam que não pescavam nada”, “se calhar não as avisaste que havia um prémio para o peixe mais pequenino”. Já cansada de tanta chacota virei-me para um deles e disse:”empresta-me uma cana e um anzol com isco?” Prontamente o meu colega Neves disponibilizou-me uma cana. Convém se calhar avisar, que eu nunca tinha

pegado numa cana de pesca, mas pacientemente o Neves lá me explicou, como devia lançar o anzol com o isco para o rio. Sem dar parte de fraca faço o lance e aguardo que o peixe pique. O Neves foi chamado para auxiliar outro concorrente e antes de afastar-se avisou-me: “quando sentires a linha presa puxa rapidamente para o peixe não se escapar”. E virou costas. Senti que a linha esticava e começo com toda a rapidez a dar ao carreto, enquanto dizia ao meu parceiro do lado “vem aí um peixe”. Ouviu-se então um grito aflito. Era o Neves que tinha sido apanhado pelo anzol, quando lancei a linha. Resumindo, ao fim das três horas de concurso consegui pescar um peixe, que nem sequer foi à balança, porque não tinha peso suficiente, mas a verdade é que acabei por ganhar a taça da mais pequena espécie. Coordenação Região:

Fátima Brinca


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REGIÃO

SEGUNDA-FEIRA 31.MARÇO.2014

Festival promove queijo, pão e vinho A freguesia de Quinta do Anjo vai receber o Festival do Queijo, Pão e Vinho, durante três dias, no Espaço da Arcolsa. O evento vai envolver um investimento de 30 mil euros. [ DR

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20ª edição do Festival do Queijo, Pão e Vinho foi apresentado, com os organizadores a apontarem para cerca de 15 a 20 mil visitantes, nos três dias em que decorre o Festival, 4, 5 e 6 de Abril. Francisco Macheta, presidente da Comissão Organizadora, revelou que o Festival “tem um orçamento de 30 mil euros” e daí, que para “suportar as despesas com o evento iremos ter uma entrada de um euro, a exemplo dos últimos anos”. A Câmara de Palmela, lembrou “aprovou um apoio de 4 mil euros”, para além do apoio logístico avaliado em 10 mil euros. A Junta de Freguesia de Quinta do Anjo não teve capacidade financeira para apoiar o Festival, mas, conforme revelou Francisco Mache-

ta, “contribuiu com muita ajuda logística”. Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, começou por ironizar “podíamos viver sem queijo, pão e vinho? Alguns até podiam dizer que sim, mas não era a mesma coisa”. O Festival, reconheceu o edil, “tem crescido ao longo dos 20 anos e no ano passado recebeu 16 mil visitantes, sendo a maior parte deles fora do concelho de Palmela”. O autarca lançou o desafio “temos que ter mais ovelhas pois temos território para isso” e “não podemos esquecer que aqui a ovelha é a rainha e queremos o regresso dos ovelheiros”. E defendeu “temos que consumir o que é nosso e os queijos de alta qualidade têm crescido a nível de produção, porque os consumidores têm con-

O Festival, que já é uma tradição em S. Gonçalo, Quinta do Anjo, assinala já 20 anos

fiança neste produto”. Álvaro Amaro citou ainda os vinhos, que “continuam a crescer a nível das exportações e o pão feito com métodos artesanais são riquezas deste Festival”.

E concluiu “se consumirmos o que é nosso, acrescentamos valor à economia, ao ambiente e à nossa terra”. Para o vereador do Turismo, Luís Miguel Ca-

Queijo de Ovelha “Rei” em Palmela O

s Fins-de-Semana Gastronómicos estão de volta ao concelho de Palmela. Desta vez o rei dos sabores é o Queijo de Ovelha. Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal de Palmela, Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal/ Costa Azul e restaurantes do concelho promovem. O evento dá início ao calendário "Palmela - Experiências com Sabor" 2014 e, ao longo dos dois fins-de-semana, dias 4, 5, 6, 11, 12 e 13 de Abril, 20 restaurantes que aderiram ao evento propõem menus requintados e inovadores, onde demonstram toda a qualidade e versatilidade dos queijos de ovelha produzidos no concelho - em especial, o afamado Queijo de Azeitão. A 4, 5 e 6, decorre, em si-

PCP exige 35 horas semanais na Freguesia de Azeitão

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[ DR

multâneo, o 20º Festival Queijo, Pão e Vinho, constituindo-se como uma oportunidade privilegiada para os visitantes desfrutarem do melhor que o concelho de Palmela e a região têm para oferecer. O projecto "Palmela - Experiências com Sabor!" continua a promover os produtos locais de qualidade e a nossa gastronomia, com um programa intenso em 2014, recheado de Fins-de-Semana Gastronómicos temáticos, show cookings, concursos e mostras para todos os gostos. A este propósito, o vereador Luís Miguel Calha, responsável pelas áreas do turismo e do desenvolvimento económico, manifesta a satisfação do Município “com a adesão dos restaurantes a este projecto, que é

Queijo de Ovelha é um dos ex-líbris de Palmela

um grande aliado para o turismo no concelho de Palmela” e lembra que “a riqueza gastronómica, a qualidade do nosso queijo e a criatividade apresentada pelos nossos restaurantes são os

lha, o Festival “é a maior montra de promoção dos produtos regionais de Palmela e da região” e “trata-se de um evento, que contribui para um encontro de gerações, que tro-

cam experiências e artes de bem fazer”. Pelo Festival do Queijo, Pão e Vinho, sublinha, “passam milhares de visitantes, que levam boas lembranças do melhor que este concelho tem para oferecer”. O Festival Queijo, Pão e Vinho é inaugurado na próxima sexta-feira, dia 4 de Abril, prolongando-se até ao dia 6, com diversos stands de queijos, vinhos e pão, incluindo também espaços de gastronomia, passeios de charrete, demonstração de tosquias, provas de vinhos, corrida de ovelhas, passeios a cavalo e de BTT, missa e benção de rebanhos e provas de queijos. A animação musical conta com a participação de Jorge Nice, na noite de inauguração, Grupo Coral do Bairro Alentejano, Orquestra Juvenil dos Loureiros e Sevilhanas.

ingredientes certos para o desenvolvimento de um produto turístico que tem um peso cada vez maior na economia local, justificando, claramente, a aposta da Câmara Municipal”.

s Comissões de Freguesia de S. Lourenço e S. Simão do PCP condenam o Executivo da Freguesia de Azeitão por ser a única autarquia da Península de Setúbal, que aplica o horário de 40 horas semanais. Os comunistas denunciam que esta União de Freguesias, liderada Celestina Neves, recusou-se a assinar como o sindicato representativo dos trabalhadores, STAL, o Acordo Colectivo de Entidade Empregadora Pública – ACEEP aplicando o horário de 40 horas semanais imposto pelo Governo PSD/CDS. “ 40 anos depois do 25 de Abril terem os trabalhadores de voltar a lutar por um horário que já estava estabelecido representa mais um dos múltiplos aspectos do retrocesso civilizacional a que nos tem conduzido esta política de desastre nacional levada a cabo por um governo que já deixou de ter legitimidade para governar” criticam as Comissões de

Freguesia de S. Lourenço e S. Simão do PCP. Os comunistas sublinham que vale a pena “recordar que os trabalhadores da administração pública têm visto diminuir desde há 3 anos os seus salários, redução que nalguns casos representa perdas na ordem dos 20%, para além de que o aumento da carga horária sem o respectivo aumento salarial gera ainda mais dificuldades na conciliação da vida familiar e profissional”. Por este conjunto de razões, as Comissões de Freguesia de S. Lourenço e S. Simão do PCP, condenam o Executivo União de Freguesias de Azeitão a manter-se numa posição que “a identifica com os desmandos do Governo PSD/CDS, retirando direitos aos trabalhadores, criando-lhes dificuldades na conciliação das suas vidas sem que isso melhore a produtividade e a prestação de um serviço público de qualidade à população”


DESPORTO

SEGUNDA-FEIRA 31.MARÇO.2014

Tropeço em Arouca refreia luta europeia

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[ a-gosto.com]

1ª Liga Pedro Coronas não foi feliz na estreia na titularidade. O Vitória voltou a perder três jogos depois e chegar à Europa fica mais distante. [ a-gosto.com]

RESULTADO

Declarações do mister José Couceiro, treinador do Vitória Arouca

«

Sinto-me frustrado. O resultado é injusto, tendo em conta que jogámos com menos um durante quase 70 minutos. Mesmo assim, fizemos o nosso jogo, criámos boas situações e podíamos ter marcado». «Cometemos um erro no pontapé de canto, obviamente. Mas podíamos ter marcado, acho que era merecido pelo menos um ponto».

VITÓRIA

«Quero agradecer à massa adepta que veio de Setúbal para nos apoiar. Criaram ambiente positivo à nossa equipa, num jogo fora». «Vamos continuar a encarar jogo a jogo. A minha equipa está de parabéns, está a fazer bom trabalho. Há que continuar». «Com menos um elemento, tentámos não mudar muito, mas perdemos capacidade de pressão, não pressionámos como queríamos. Houve um desgaste dos nossos jogadores a partir de certo ponto e isso prejudicou-nos». «Já tivemos várias expulsões na Liga... Não quero desculpar-me com os árbitros. Só quero critérios disciplinares iguais. De certeza que o jogador do Arouca não ficou pior que o Horta... Já ao intervalo, o Horta já estava limitado fisicamente».

Classificação A equipa do Vitória não conseguiu dar sequência aos resultados positivos e vê a Liga Europa mais longe

POR JOAQUIM GUERRA

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Vitória voltou ontem a saborear o travo amargo da derrota, quando não perdia há três jornadas – a última foi na ronda 21, em Barcelos, diante do Gil Vicente, por 1-0. Em Arouca, frente ao um adversário a lutar pela segurança na Liga, os vitorianos, com os olhos postos na primeira metade da tabela e sonhar com uma vaga na Europa, apresentaram alterações forçadas na equipa titular, facto que viria a ser determinante no desafio, uma vez que o extremo Pedro Coronas, em dia de estreia no ‘onze’ em jogos da Liga, acabou por ver o cartão

vermelho à passagem do minuto 25, na sequência de uma falta, e deixou o Vitória reduzido a dez jogadores até ao final da partida. Foi a 7ª expulsão de jogadores vitorianos na presente edição do campeonato. Na etapa inicial, se a maior posse de bola era assegurada pelos arouquenses, os sadinos não descartavam os contra-golpes, com Ricardo Horta e Rafael Martins a serem os mais activos na frente. Numa dessas situações de aproximação da baliza guardada por Cássio, registo para um lance que deixou muitas dúvidas e poderia ter servido para contar outra história desta partida. Foi logo aos 11 minutos, a bola terá sido desviada pelo

braço do defensor arouquense Nuno Coelho, dentro da área, na sequência do cabeceamento de Rafael Martins. Reclamaram penálti os sadinos, mas o árbitro não foi da mesma opinião. Jogo dividido, mesmo depois da expulsão, e até ao descanso a melhor oportunidade esteve nos pés de Ricardo Horta, que ensaiou um chapéu, mas a aba saiu ligeiramente larga e o guardião do Arouca defendeu. Por falar em gurdião, refira-se que Kieskez esteve em destaque na baliza sadina ao fazer um bom punhado de grandes intervenções. Com menos um, os comandados de Pedro Emanuel chegaram-se mais à frente na etapa comple-

André Horta estreou-se na Selecção com golo [ DR]

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ndré Horta, médio júnior do Vitória, estreou-se na última terça-feira ao serviço da Selecção Nacional Sub-18. O jogador de 17 anos, irmão de Ricardo Horta, que actua no plantel principal, foi opção do Seleccionador Edgar Borges nos dois jogos de preparação, realizados no Campo do Real Massamá, em Lisboa. No jogo de terça-feira,

André Horta de Quinas ao peito

em que Portugal venceu, por 4-2, a Bélgica, o jovem vitoriano entrou em campo aos 64 minutos. Mas foi no dia seguinte, que o nome de André Horta ganhou notoriedade acrescida, já que o júnior do Vitória assinou, aos 59 m, o segundo dos dois golos com que o conjunto nacional logrou empatar com a equipa belga.

mentar. O Vitória sentiu a pressão, mas sempre que encontrou espaço imprimiu velocidade ofensiva. Todavia, a um quarto de hora para o final do jogo, os arouquenses lograram festejar o único golo do desafio. Pontapé de canto, e Lassad Nouioui saltou mais alto e apontou de cabeça o golo que sentenciou o resultado. Combativos, os vitorianos bem tentaram anular a desvantagem e já, com dois minutos para lá dos noventa, Betinho, acabado de entrar até teve a oportunidade para que a equipa conseguisse pontuar, que apesar de tudo, até podia ser ajustada, mas a finalização do avançado bateu com violência no poste.

Jogo com Nacional dá na televisão

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próximo jogo do Vitória frente ao Nacional da Madeira, a contar para a jornada 26 do campeonato, vai ter honras de transmissão televisiva, na SportTV. O encontro, a realizar no domingo, no Estádio do Bonfim, é às 17 horas. Mais recentemente, depois dos desafios com o Sporting e Estoril, o confronto com os madeirenses será o terceiro consecutivo a ser transmitido desde o Bonfim no canal desportivo do cabo.

Estádio Municipal de Arouca 25.ª Jornada, Liga, 16 horas Arouca Cássio (GR), Ivan, Tinoco ■ 61 m, Nuno Coelho, Diego ■ 65 m, David Simão (Soares, aos 93m) Rui Sampaio, Bruno Amaro, Claro (Serginho, aos 67 m) Ceballos, Lassad Nouioui (Salim Cissé, aos 84m). Treinador Pedro Emanuel VITÓRIA Kieszek(GR), Ney (Paulo Tavares, aos 82 m), Venâncio ■ 85 m, François, Nélson Pedroso (Bruninho , aos 89 m), Dani, Pedro Tiba, João Mário ■ 66 m, Pedro Coronas ■ 25 m, Ricardo Horta (Betinho, aos 82 m), Rafael Martins. Treinador José Couceiro Árbitro Artur Soares Dias (AF Porto) GOLO 1-0, Lassad Nouioui, aos 73m.

Liga - Jornada 25 Belenenses-Paços Ferreira Sporting - Guimarães Arouca- VITÓRIA Académica - Olhanense Estoril - Rio Ave Gil Vicente - Marítimo Braga - Benfica Nacional - FC Porto

1-1 1-0 1-0 2-1 0-1 1-1 0-1 2-1

J V E D M-S P Benfica 25 20 4 1 48-15 64 Sporting 25 17 6 2 47-17 57 FC Porto 25 15 4 6 45-20 49 Estoril 25 12 7 6 36-24 43 Nacional 25 9 11 5 35-28 38 Braga 25 9 5 11 34-31 32 Académica 25 8 8 9 18-26 32 Guimarães 25 9 4 12 25-26 31 25 8 7 10 20-25 31 Rio Ave Marítimo 25 8 7 10 34-40 31 VITÓRIA 25 8 6 11 36-37 30 Gil Vicente 25 7 6 12 32-33 27 Arouca 25 6 7 12 24-36 25 P. Ferreira 25 6 5 14 25-46 23 Belenenses 25 3 9 13 13-30 18 Olhanense 25 4 6 15 16-40 18 Próxima jornada - 6 Abril Guimarães - Estoril (sexta-feira, às 20h00); Olhanense - Braga (sábado, às 18h00); P. Ferreira - Olhanense (sábado 20h15); Gil Vicente - Belenenses; Marítimo - Arouca; VITÓRIA - Nacional; FC Porto - Académica; Benfica - Rio Ave (Segunda às 20h00).

Conselho Vitoriano reúne na sexta-feira O

Presidente da Assembleia-Geral do Vitória, Frederico Nascimento, convocou para sexta-feira, às 18 horas, na sala de reuniões adjacente aos Serviços Administrativos, no Estádio do Bonfim a primeira reunião pós-eleições do Conselho Vitoriano.

Em cima da mesa, de acordo com a ordem de trabalhos, vão estar a eleição do Presidente do Conselho Vitoriano; Definição das linhas gerais, para o mandato 20142017, pelo presidente da Direcção e o processo de revisão dos estatutos do Vitória, pelo presidente da AG.


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DESPORTO

SEGUNDA-FEIRA 31.MARÇO.2014

Canoagem sadina rema forte com formação em crescendo [ DR

mais de uma centena de praticantes, com destaque para pessoas reformadas, estejam em contacto com o desporto de forma regular.

POR JOAQUIM GUERRA

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os últimos dois anos o Clube de Canoagem de Setúbal (CCS) ganhou um aumento significativo de atletas. O emblema setubalense, vinte vezes consecutivo campeão nacional de kayak-pólo, é cada vez mais uma referência e o seu timoneiro não hesita em apontar renovados objectivos. João Botelho, presidente da direcção do clube, lembra a O Setubalense que “após uma reestruturação interna profunda operada em 2010 e promovido um forte investimento na formação e acreditação dos nossos técnicos, começamos, desde logo, a colher os frutos dessas mudanças. Mas, foi sem dúvida devido aos excelentes resultados da canoagem lusa nos Jogos de Londres 2012 e à consequente mediatização, até hoje, do nosso desporto que a procura da canoagem disparou exponencialmente em Portugal”. Aproveitando a maré favorável, o CCS, prestes a completar 30 anos de existência, regista nesta altura 65 atletas federados, duas dezenas a praticar o

Triunfo na Taça de Portugal

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A projecção competitiva da canoagem nacional tem sido potenciada pelo emblema sadino que viu aumentar o número de praticantes

kayak-pólo e os restantes envolvidos na canoagem ‘tradicional’ nas especialidades de kayak de mar, fundo, regatas em linha e longa distância. Refira-se que no último ano, além do título nacional de kayak-pólo, o clube festejou três títulos nacionais de kayak de mar. Crescimento exige apoios João Botelho reconhece que a crescente procura

Selecção distrital feminina tem oito quintajenses [ DR

da prática da modalidade provoca exigências redobradas. “Não é fácil obter apoios adicionais para aumentar o equipamento para conseguirmos acomodar ‘mais e mais’ atletas, mas é um esforço que temos efetuado de forma sustentada e ininterruptamente uma vez que, temos consciência, será desta nova vaga que poderão nascer os novos atletas de elite sadina, à imagem do que aconteceu no passado recente”.

Hóquei do Naval joga em Sesimbra

A

E

ntre as 14 jogadoras convocadas pelo seleccionador distrital de futebol da AF Setúbal, Alexandre Santana, para a sessão dupla de treinos, a realizar amanhã, na Moita, e quarta-feira, no Barreiro, com vista ao “inter-associações”, oito representam o Quintajense FC. O responsável técnico distrital deixa, assim, antever que a convocatória final para a Fase Única do Torneio

Inter-associações de Futebol 7 Feminino Sub-16, que vai disputar-se, entre 14 e 18 de Abril, em Santarém, será maioritariamente preenchida por futebolistas quintajenses. Além do emblema da Quinta do Anjo, estão representados mais cinco clubes, entre os quais a Escola F.F. Setúbal (2), Palmelense e Pinhalnovense, ambos com uma atleta.

equipa de infantis do Clube Naval Setubalense vai marcar presença na 29ª edição do Torneio “Vilas de Sesimbra”. O prestigiado evento desportivo dedicado, há quase trinta anos à formação, vai reunir uma dezena de emblemas a competir em quatro escalões etários. No que respeita ao Naval Setubalense, a equipa vai enfrentar o Sporting Clube de Portugal no jogo de estreia. Sesimbra e Fabril são os outros concorrentes ao triunfo nos infantis. O torneio realiza-se nos dias 18 e 19 de Abril, no pavilhão do clube sesimbrense.

Todavia, o responsável do CCS confia na continuidade sustentável e na estratégia que tem vindo a ser desenvolvida no clube. “É com este espirito, empenhados em conseguir concretizar um projeto ambicioso, que a época competitiva do CCS assenta na participação em cerca de 29 competições de âmbito maioritariamente nacional, bem como na organização de algumas destas competições em Setúbal, característica também

bastante própria do clube que é, inclusive, o único em Portugal que organiza mais do que um Campeonato Nacional no decorrer de uma época desportiva”, vinca. O Clube de Canoagem de Setúbal conta 316 associados, dos quais 49 filiados em 2013, sendo que os 65 atletas federados estão enquadrados por 6 técnicos de canoagem credenciados. Além da vertente puramente competitiva, o CCS contribui para que

C. Indústria vence com dez

A

deslocação do C. Indústria a Palmela resultou num triunfo, por 2-1, e a na ultrapassagem da equipa sadina sobre o Palmelense, ainda que com os mesmos pontos, na classificação da I Distrital. Sousa e Rui Faria assi-

Classificação II Distrital - 2ª Fase -Jornada 4 V. Gama - Moitente 2-0 Est. Faralhão - AD Qta. Conde 1-2 Ch. Caparica - Ol. Montijo 2-2

Ol. Montijo C. Caparica AD Qtª Conde V. Gama Est. Faralhão Moitense

J 4 4 4 4 4 4

V 3 2 3 3 0 0

E D M-S P 1 0 8-3 26 1 1 9-7 22 0 1 9-5 20 0 1 6-3 18 0 4 5-12 11 0 4 2-9 10

Próxima jornada - 6 Abril Ol. Montijo - Vasco da Gama; Moitense - Est. Faralhão; AD Qta. do Conde - Ch. de Caparica;

naram os golos dos ‘alvi-negros’, que começaram a vencer, mas permitiram o empate ainda antes do intervalo. O C. Indústria, que actuou reduzido a 10 na segunda parte, chegou ao triunfo, aos 80 minutos.

Classificação C.N.S. Subida Sul - Jornada 7 U. Leiria - Mafra 0-0 Sertanense - Loures 3-1 Oriental - Ferreiras 0-2 Pinhalnovense - Benfica C.Branco 1-3

Oriental Sertanense Benfica C.B. Mafra U. Leiria Ferreiras Loures Pinhalnovense

J 7 7 7 7 7 7 7 7

V 4 3 3 2 3 3 2 1

E D M-S P 2 1 10-5 14 3 1 9-5 12 2 2 16-6 11 4 1 5-3 10 1 3 8-11 10 1 3 10-12 10 0 5 7-17 6 1 5 7-13 4

Próxima jornada - 6 Abril Oriental - Pinhalnovense; Sertanense Ferreiras; U. Leiria - Loures; Mafra Benfica C.Branco

o contrário das expectativas, o quarteto do CCS de veteranos A, formado por Luís Ventura, Carlos Cruz, Ernesto Gomes e Bruno Carvalho sagraram-se este domingo, vencedores da Taça de Portugal de Tripulações, K4. Na competição realizada em Melres, nas águas do Rio Douro, os canoístas sadinos mostraram ser mais fortes que a concorrência na distância de cinco quilómetros da prova. Refira-se que no fim-semana competitivo (Nacional de Fundo e Taça de Portugal de Tripulações), o CCS esteve representado por oito atletas. Entretanto, no próximo fim-de-semana realiza-se a 1ª fase do Nacional de kayak-pólo, nas piscinas municipais das Manteigadas.

Classificação I Distrital - Jornada 20 M. Caparica- Sesimbra U. Banheirense - Fabril Alcochetense - Grandolense Arrentela - Pescadores Amora - U. Santiago Palmelense - C. Indústria B. M. Almada - Almada Alfarim - Paio Pires J Fabril 20 Amora 20 Alcochetense 20 Almada 20 Grandolense 20 U. Banheirense 20 M. Caparica 20 U. Santiago 20 Alfarim 20 BM Almada 20 C. Indústria 20 Palmelense 20 Arrentela 20 Paio Pires 20 Sesimbra 20 Pescadores 20

V 15 14 13 9 11 9 8 7 6 6 6 6 5 3 4 1

E 2 2 4 10 3 7 6 5 6 6 5 5 3 5 2 3

D 3 4 3 1 6 4 6 8 8 8 9 9 12 12 14 16

2-1 0-0 0-1 2-1 2-0 1-2 1-1 0-0 M-S 37-13 44-16 40-13 26-15 32-24 27-15 24-24 27-27 20-21 28-31 24-30 24-28 21-45 17-35 22-45 15-46

Próxima jornada - 6 Abril Paio Pires - M. Caparica; Sesimbra - U. Banheirense; Fabril Alcochetense; Grandolense - Arrentela; Pescadores - Amora; U. Santiago Palmelense; C. Indústria - BM Almada; Almada - Alfarim.

P 46 43 41 36 33 33 27 26 23 23 23 20 15 14 13 6


ÚTEIS/ LAZER

SEGUNDA-FEIRA 31.MARÇO.2014

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PASSATEMPOS - SUDOKU Soluções

Cinema FÓRUM MUNICIPAL LUÍSA TODI

1 “UM ELÉCTRICO CHAMADO DESEJO” (A streetcar named desire) Hoje – 21h00

Sinopse:

U

ma mulher bonita, mas frustrada com a vida e com problemas nervosos, vai viver para a casa da irmã. O cunhado, de jeitos rudes e grosseiros, irrita-se com ela por interferir no casamento e acaba por descobrir um passado chocante. Vencedor de quatro óscares em 1952, incluindo o de Melhor Actriz, para Vivien Leigh, esta longa-metragem de Elia Kazan torna-se também ines-

quecível pelo desempenho de Marlon Brando. Nas sessões Lauro António Masterclass é revivida a História do cinema americano entre 1930 e 1960 através da selecção de 52 obras do crítico cinematográfico. Lauro António, de resto, marca presença a cada sessão para complementar as masterclass com apontamentos que enriquecem o visionamento das obras.

CASA DA CULTURA – ESPAÇO DAS ARTES

1 “ELAS SÃO MAIS FORTES” Até 10 de Abril – 3ª a Sábado das 16h00 às 19h30 e 20h30 às 23h00 Domingo das 15h00 às 20h00

A

uma viagem ao interior da mulher, aos seus sentimentos, às suas dúvidas, às suas revoltas, como forma de homenagem e reconhecimento de uma luta que é de todos, pela igualdade do género.

TOTOLOTO

EUROMILHÕES

3•4•19•28•43 + 3•7 Telefones Úteis

3•15•20•26•39 + 9 Tempo HOJE

Câmara Municipal de Setúbal 265 541 500

Protecção Civil de Setúbal 800 212 216

Capitania Porto de Setúbal 265 548 270

Protecção à Floresta 177 Táxis 913 201 015 935 910 222 962 012 727

AMANHÃ

CP de Setúbal 265 526 845

TST Setúbal 265 009 721

Trovoada

GNR de Setúbal 265 540 287

Exposição

Artiset – Associação de Artistas Plásticos de Setúbal promove a exposição colectiva de artes plásticas “Elas são mais fortes”, no âmbito do programa Março Mulher 2014. Esta mostra propõe

Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1 - 1º andar • 2900-389 Setúbal Serv. Adm. Tel. 265 094 354 • 265 048 405 - Telem. 912 277 601 Redacção Tel. 265 092 633 e-mail: geral@osetubalense.com

Cruz Vermelha Portuguesa 265 522 578 Intoxicações 808 250 143 Piquete Águas do Sado 265 529 800 Piquete EDP 800 506 506 Polícia de Segurança Pública 265 522 022 Polícia Marítima 265 548 275

17º 12º

Chuva Moderada

14º 13º

Marés LINHA DE EMERGÊNCIA Bombeiros Sapadores de Setúbal 265 522 122 Bombeiros Voluntários 265 523 523 Protecção Civil 265 523 223 Cruz Vermelha Portuguesa 965 394 3910

HOJE Hora

Altura (m)

Hora

Altura (m)

04:04 3.74 10:13 0.32 16:24 3.64 22:31 0.33 AMANHÃ 04:45 10:51 17:04 23:10

3.68 0.39 3.59 0.40

Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar Baixa-Mar

Título registado na ERC sob o n.º 107552; Propriedade: Carlos Bordallo-Pinheiro; Director: João Abreu - director@osetubalense.com; N.º Registo Legal 8/84; Jornalistas: (Cf. n.º 3 do art.º 14.º do Dec.-Lei n.º 56/2001 de 19/2); Redacção: Tel: 265 092 633; redaccao@osetubalense.com - Vera Mariano - C.P.J. n.º 5213 - vera.mariano@osetubalense.com; Vera Gomes - vera.gomes@osetubalense.com; Colaboradores: Joaquim Guerra (Desporto) C.P.J. 9461 - joaquim.guerra@osetubalanse.com; Fátima Brinca (Região) - C.P.J. n.º 2574 - fatimabrinca@gmail.com; Joaquim Gouveia (Cultura e Reportagem) - C.P.J.TE n.º 644 - quim.gouveia@sapo.pt; Rogério Matos - matosrogerio@ live.com.pt Brissos Lino; Giovanni Licciardello; Departamento Comercial: Mauro Sérgio - mauro.sergio@osetubalense.com; Departamento Administrativo: Tel: 265 094 354 • 912 277 601; Ana Almeida - ana.almeida@ osetubalense.com; Branca Belchior - branca.belchior@osetubalense.com; Cessionário e Editor: Setupress - Soc. Editora, Lda. - Pessoa Colectiva com o n.º 510 965 423 com domicílio na Travessa Gaspar Agostinho n.º 1 - 1º Andar - 2900-389 Setúbal; Gerentes: Carlos Bordallo-Pinheiro; Maria Luisa Bordallo-Pinheiro; José Araujo; Proprietário com mais 10% do capital social: Bordalo Pinheiro, Lda; Tiragem: 5000 ex.; - Fotocomposição e Arte Final: Setupress - Soc. Editora, Lda. - Travessa Gaspar Agostinho n.º 1 - 1º Andar - 2900-389 Setúbal; Impressão: Tipografia Rápida de Setúbal - Travessa Jorge D'Aquino, 7 - 2900-427 Setubal - trapida@bpl.pt


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ÚLTIMA HORA

SEGUNDA-FEIRA 31.MARÇO.2014

Inspector da PJ de Setúbal em prisão preventiva

U

m inspector da Política Judiciária de Setúbal é uma das cinco pessoas que ficaram em prisão preventiva, no sábado, no âmbito de uma investigação a crimes relacionados com o negócio do ouro. O grupo inclui ainda mais duas pessoas que ficaram sujeitas à medida de coacção de Termo de Identidade e Residência, com apresentações periódicas às autoridades. Os sete detidos foram ouvidos no sábado à tarde, no Tribunal de Almada, sendo que, para além do inspector João Sousa da PJ de Setúbal, ficaram ainda em prisão preventiva dois empresários do ramo do negócio do ouro, sendo um deles o presidente da Associação de Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul, Paulo Martinho, a sócia de um desses empresários e a mulher de um outro. O inspector da Judiciária de Setúbal foi um dos sete detidos na semana passada, no âmbito de uma investigação que de-

As detenções foram o culminar de meses de investigação

corre há mais de um ano. É suspeito de corrupção, por alegadamente passar informações aos empresários envolvidos no caso. Ao que O Setubalense apurou, o inspector da Polícia Judiciária de Setúbal tem carreira ligada à investigação de homicídios, e estaria, actualmente, a trabalhar na área dos crimes sexuais da PJ de Setúbal. O inspector é suspeito de fornecer informações a comerciantes de ouro sobre investigações e operações da Judiciária em curso. De acordo com a PJ, a investigação, que culminou na detenção destas

sete pessoas, nos distritos de Lisboa e Setúbal, permitiu “a desarticulação deste grupo que se vem dedicando ao cometimento destes ilícitos graves e altamente lesivos da economia nacional”. Os sete são suspeitos da prática de “crimes de fraude fiscal qualificada, corrupção, receptação e branqueamento de capitais”. Estará em causa uma fraude fiscal de 12 milhões de euros em movimentos de ouro não declarados. Muito desse ouro pode ter vindo de roubos a residências, era depois refinado numa empresa de Paulo Marti-

nho e seguia para lojas. No decurso das diligências efectuadas foram apreendidos “mais de setenta quilogramas de ouro e de cento e setenta de prata, cerca de um milhão de euros em dinheiro, várias dezenas de diamantes, cinco viaturas automóveis, uma embarcação e duas motos, bem como inúmera documentação”. Ainda de acordo com a PJ, “parte dos materiais preciosos apreendidos será provenientes da prática de crimes contra o património, bem como de transacções não declaradas e efectuadas por particulares”. Entretanto, durante o interrogatório no Tribunal de Almada, o procurador do Ministério Público emitiu um mandado de detenção para o familiar de um dos empresários. Isto porque, alegadamente, terá tentado obter alguns valores que estavam num cofre, desconhecendo que os mesmos já tinham sido apreendidos pela PJ durante as buscas, constituindo elemento de prova no processo.

Francisco Assis encontra na Europa soluções para Setúbal

O

cabeça de lista do Partido Socialista às eleições europeias do próximo dia 25 de Maio considera que as instituições europeias possuem ferramentas para resolver grande parte dos problemas por que todo o distrito sofre, como a desindustrialização, a pobreza e as redes de transportes. “Os problemas em Setúbal não se afastam dos sentidos em todo o país, mas alguns colocam-se com maior gravidade na região, sendo então necessário que a Europa encare estes com o maior sentido de responsabilidade possível”, frisa Francisco Assis, lado a lado com a ex presidente da Câmara Municipal do Montijo, Maria Amélia Antunes, com o décimo lugar na lista socialista. A reindustrialização do país é encarada pelo cabeça de lista do PS como

urgente e tal passa necessariamente pela ajuda de instâncias europeias em áreas como a qualificação do território, recursos humanos e instituições portuguesas. Para Francisco Assis, a mudança da maioria social democrata no Parlamento Europeu para uma socialista significa “uma alteração de paradigma na resolução dos problemas, bem como uma maior preocupação face à destruição do social”. A existência de países mais fortes e mais fracos dentro da União Europeia, criando uma Europa a duas velocidades, é uma realidade que o PS quer mudar a partir do próximo dia 25 de Maio. “A União Europeia foi criada essencialmente para garantir a paz entre os países membros mas não tem acompanhado a evolução dos paradigmas sociais nas várias nações, principal-

mente na forma como enfrenta as sucessivas crises”, prossegue o cabeça de lista do PS. A questão do euro também foi salientada por Francisco Assis aquando da sua presença em Setúbal, no passado sábado, em pré-campanha. “O euro deve servir os interesses do país e não o contrário, como se tem verificado ao longo do tempo”. Esta eleição, apesar de não contar para os órgãos de soberania nacional, deve ser entendida como “uma avaliação do povo português ao seu Governo”. “No momento em que vivemos, as dimensões interna e a externa estão intrinsecamente ligadas e o povo deve revelar no acto eleitoral o seu desagrado com a política que o PSD e CDS estão a incrementar em território nacional. Com um discurso orientado para a vitória do PS nas urnas, Francisco Assis

vai para além deste acto eleitoral, afirmando que “depois das europeias, é preciso preparar a vitória socialista nas próximas legislativas para mudar os destinos do país”. Nas passadas eleições europeias de 2009, a CDU venceu no distrito com 25,6 por cento dos votos contra 24,24 por cento do PS e 16,45 por cento do PSD. Porém, a abstenção foi a verdadeira vencedora com 60 por cento, ou seja, menos de 27 mil pessoas participaram no acto eleitoral dum universo superior a 70 mil. Este factor é salientado por Madalena Alves Pereira, líder da distrital do PS. “A população tem de perceber que estas eleições também têm reflexos na sua vida e por isso deve ir às urnas no próximo dia 25 de Maio para dar a entender ao actual Governo a sua insatisfação”. Rogério Matos

Reformados em Setúbal dizem-se enganados pelo Governo POR ROGÉRIO MATOS

A

s notícias que têm saído na passada semana relativas à imposição do carácter definitivo nos cortes das pensões e reformas fazem com que a população abrangida por estes direitos se sinta revoltada e enganada pelo Governo. O Setubalense contactou alguns reformados do concelho e o sentimento é mútuo, engano, fraude e confusão pelo diz que não diz na administração central sobre este assunto. “O ministério das Finanças avança com a imposição definitiva dos cortes sobre as reformas, o Primeiro-ministro diz que se trata de uma especulação e o líder da bancada parlamentar do PSD refere serem necessários mais cortes”, reflete Júlio Vieira, de 70 anos. Esta falta de informação por parte da administração central faz com que os reformados sintam grande desconfiança e descrédito em relação ao futuro, devido à “desacreditação da palavra dos governantes”. “Hoje em dia já não dá para viver com dignidade, apenas sobreviver com desconfiança”, prossegue Júlio Vieira. Já Laurentino Araújo, de 61 anos, admite que os cortes impostos à população são necessários “porque todos temos de fazer sacrifícios em prol do desenvolvimento do país”, mas nega a possibilidade de estes serem definitivos. “As rendas sobem, o custo de vida aumenta, não é possível que um reformado que viu a sua reforma cortada continue a viver assim”. Laurentino Araújo vai mais longe, afirmando até que “o Governo devia cortar nos subsídios que dá a quem nunca trabalhou um dia na vida, em vez de prejudi-

car os honestos”. José e Olga Costa, de 70 e 69 anos respectivamente, receberam muito mal estas notícias. “As pessoas andam muito transtornadas e desiludidas com este Governo e a forma como trata os mais velhos e mais jovens. Um reformado tem ali a sua subsistência mas o que preocupa mais é o facto de muitos jovens não conseguirem encontrar qualquer forma de garantir uma vida digna neste país”, adianta Olga Costa. Apesar de não serem abrangidos pelos cortes por possuírem uma reforma baixa, o casal setubalense não deixa de criticar o Governo pelas “mentiras que dizem a todos os portugueses”. O Conselho de Ministros reúne-se hoje e daqui pode sair a decisão sobre o carácter definitivo dos cortes nas pensões mas, até ao momento, o falatório sobre o assunto entra no dia a dia dos reformados sem qualquer confirmação oficial pelas entidades competentes. Este ponto é salientado por um popular que escolheu não dar a cara ao Setubalense. “Vivemos num estado de direito e democrático onde cada um diz o que lhe apetece. Num Governo tal não devia acontecer pelo bem da nação e pelo respeito exigido aos reformados deste país”. Luís Leitão, dirigente sindical na USS da CGTP, revela ao Setubalense que a população não pode aceitar esta austeridade sem qualquer forma de protesto e entende que “se estes cortes forem definitivos, o Governo está a agir contra a decisão do Tribunal Constitucional, que apenas aceitou o carácter temporário dos cortes nas reformas e pensões por estarmos em pleno resgate financeiro”.


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