Jornal O Setubalense by O Setubalense

Desporto

Cultura

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Bicicletas animaram à beira-Sado

“Setúbal é um viveiro de artistas”

Uma centena de apaixonados pelas pedaladas estiveram no V Encontro de Bicicletas Antigas de Setúbal. A iniciativa animou a cidade com verdadeiras relíquias de outros tempos.

Américo Pereira é um artista multifacetado em áreas como o canto e a pintura, ou o teatro e a poesia. Foi fundador de uma companhia de teatro e inaugurou, recentemente, a sua primeira exposição de pintura.

SEGUNDA-FEIRA 05.MAIO.2014

N.º 28 | Ano 1 | 4.ª Série

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Última Hora PÁG. 16

Despiste à entrada de Setúbal provoca um morto O despiste de um veículo ligeiro de passageiros, após as portagens da A12, à entrada de Setúbal, pelas 19 horas de sábado, no sentido Norte-Sul, provocou uma vítima mortal e dois feridos graves.

Turismo/Ambiente PÁG. 05

Peritos não reconhecem valor excepcional da Arrábida Os pareceres negativos de duas entidades internacionais, que avaliaram a candidatura da Arrábida a Património Mundial, acabaram por inviabilizar o processo, dado que não foi reconhecido o carácter único e excepcional do seu património.

Porto de Setúbal quer ser referência nacional

Entrevista PÁGS. CENTRAIS O Porto de Setúbal tem em marcha quatro projectos que permitirão posicioná-lo como um porto de referência a nível nacional, nomeadamente no segmento do “short-sea”. A melhoria das acessibilidades marítimas e a expansão do terminal “Ro-Ro”, são dois dos principais projectos. [ DR

Desporto PÁG. 13

Cidade PÁG. 07

Sapadores recebem novas viaturas até 2015 A Câmara Municipal de Setúbal vai atribuir, com a ajuda de fundos comunitários, à Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal quatro novas viaturas para optimizar ainda mais o socorro no concelho de Setúbal, onde existem três pontos fulcrais de perigo, a zona da Arrábida, o centro histórico e a península industrial da Mitrena.

Vitória da união e humildade deixa marca verde na Luz

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BLOCO CLÍNICO

SEGUNDA-FEIRA 05.MAIO.2014

Iridologia: o que os olhos dizem sobre a sua saúde H

oje vamos falar um pouco de Iridologia! O que é? Como surgiu e como nos pode ajudar? A Iridologia é uma ciência que tem por objectivo estudar a relação existente entre as diferentes marcas que são observadas na íris com as alterações que ocorrem no nosso organismo, quer sejam orgânicas, metabólicas, nutricionais, hormonais, imunológicas, nervosas, psíquicas ou emocionais. Tem por objectivo uma avaliação geral da nossa Saúde, servindo como forma complementar, auxiliar do diagnóstico, de forma não invasiva e de baixo custo quando comparado com exames imagiológicos e sanguíneos tradicionais. A Iridologia pode revelar: a herança genética e a predisposição a doenças;

a constituição orgânica e emocional; a toxicidade e debilidades do sistema digestivo e urinário; as condições do funcionamento dos sistemas: circulatório, endócrino, imunológico e esquelético; a capacidade do sistema nervoso; a psique do indivíduo. O pai da Iridologia Moderna foi Ignatz Von Péczely, médico húngaro nascido em Egerver, perto de Budapeste, a 26 de Janeiro de 1826. Ficou conhecido através da publicação de uma carta iridológica, ou seja, um mapa da relação da íris ocular com o nosso organismo. Existe uma história que explica que Péczely, aos 10 anos de idade, descobriu a Iridologia acidentalmente. Ao tentar libertar uma coruja que tinha ficado presa no seu jardim, quebrou-lhe uma das patas e notou de

imediato que em seus grandes olhos surgiu um sinal, que corresponderia às 6h00 de um relógio. Imobilizou a pata fracturada do animal com uma tala e passou a cuidar dele. Durante o processo curativo da ave, Péczley observou que ocorriam alterações no sinal da íris, que hoje sabemos ser a indicação da cura. Já na fase adulta, o jovem médico, motivado por ter observado na sua infância as alterações na íris da coruja, passou a estudar os olhos dos seus pacientes, estabelecendo correlações entre as suas doenças e as marcas que observava. Ao longo do século XX, outros nomes importantes na história da iridologia foram aparecendo, como o germânico Felke, que descreveu novos sinais iridológicos, desenvolveu

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uma forma de homeopatia para doenças específicas e fundou o Instituto Felke. Também Bernard Jensen, um quiropata norte-americano que defendia o uso de alimentos naturais para desintoxicação do organismo e dava aulas sobre iridologia. P. Johannes Thiel e Eduard Lahn também se destacaram na área. Ainda o norte-americano Denny Johnson (Escola Rayid), o espanhol Adrian Vander, o italiano Daniele Lo Rito, o inglês Jonh Andrews (Orla PupilarInterna), o brasileiro Celso Batello (Escola Brasileira), entre outros.

O que é avaliado na consulta de Iridologia? Uma íris de boa textura ou densidade tem fibras bem compactadas, próximas e finas.

As cores das íris podem ser o azul, o castanho ou mistas. Enquanto a cor da íris é indicativa de tendências hereditárias e do grau de pureza do sangue e dos tecidos, a densidade indica o grau de vitalidade, a capacidade de resistência e o poder de recuperação do indivíduo. A densidade, ou seja a textura das estruturas que compõem a íris, dá-nos informações sobre a vitalidade, firmeza e tónus geral dos tecidos do corpo.

Sinais na Íris Lacunas, pontos, arcos de círculos, manchas. Pequenas manchas de coloração densa castanha, de formato variado podem estar localizadas em qualquer ponto da íris, podendo ser únicas ou múltiplas. Indicam áreas de extrema fraqueza tecidual, devido à acumulação

de toxinas, geralmente associadas a drogas depositadas, quer hereditariamente ou não. Geralmente, a caracterização, quanto menor e mais escura, maior a concentração tóxica e fragilidade do tecido. Esta fantástica forma complementar de avaliação deve ser realizada por profissionais devidamente credenciados, de forma a garantir a segurança e fiabilidade das informações obtidas e transmitidas ao paciente. Experimente a avaliação iridológica e surpreenda-se. Custódia de Sousa Filipe Estrada Médica especialista de Medicina Familiar e Clinica Geral, Acupunctura, Homeopatia, Iridologia, Hipnose Clinica, Radiestesia e Cura Quântica, Mestre de Reiki. iClinics

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OPINIÃO

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Politica

O Nosso Mundo

Para quem não sabia e para quem não quis saber

ais uma Assembleia Municipal aconteceu em Setúbal, mais precisamente no dia 30 de abril e quero aproveitar para vos dar algumas notas do que considerei mais relevante. Os trabalhos tiveram início pelas 21H30 e terminaram pelas 3H30 da madrugada, já do dia do trabalhador, o 1º de Maio. No período destinado à intervenção do público estiveram presentes representantes do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas, que por ausência de resposta aos ofícios enviados à câmara, foram questionar o Executivo acerca do problema que as Escolas do 1º Ciclo do agrupamento estão a viver. Há cinco meses que a manutenção das fotocopiadoras não é feita e encontram-se desligadas, impedindo assim que sejam tiradas fotocópias. Imediatamente se pensa que será por falta de pagamento à empresa que presta esses serviço, mas o Executivo respondeu airosamente, que haveria novos contratos. Lembro que num passado

recente já outros problemas existiram com as escolas do 1º Ciclo da nossa cidade, ora relacionados com os transportes, ora com o fornecimento de refeições, todos provocados por falta de pagamentos a fornecedores. Depois apareceram para discussão, como não poderia deixar de ser, as tão afamadas moções apresentadas pelas diversas forças politicas, neste caso relacionadas com o 25 de Abril e com o 1º de Maio. Do lado da CDU e do Bloco de Esquerda e até do Partido Socialista, a repetida cassete da desgraça e os repetidos ataques aos partidos do governo e à sua governação, contra a “Troika”… Recorrendo inclusivamente a poemas de poetas do saudosismo utópico completamente divorciado da realidade que o país e os portugueses estão hoje a viver. Do meu lado, do CDS e do PSD a recordámos aquilo que foi o 25 de Abril e os seus valores, o acabar de um passado autoritário e de isolamento internacional que deram acesso à Paz, à Liberdade e à Democracia. Lembrar que a conquista da cidadania democrática trouxe responsabilidades, a De-

mocracia implica que todos, em todos os momentos, com consciência, de corpo inteiro assumamos as consequências das nossas ações como cidadãos, de eleitos e responsáveis políticos na Assembleia da República, nos Municípios, nas Freguesias, nos Governos e na Presidência da República. Quanto ao 1º de Maio referimos que este foi um dos mais problemáticos que os trabalhadores enfrentaram nos últimos anos, refletindo as dificuldades do mundo laboral, num País que quase foi levado à falência por políticos irresponsáveis. Para aqueles que acreditaram, foram solidários e não desistiram, apesar de todas dificuldades impostas, demos uma saudação especial. Por fim dar-vos nota que foi nesta assembleia que foi aprovada a Prestação de Contas do Município com os votos contra da Coligação PSD/CDS, isto porque discordamos das escolhas e das politicas financeiras do executivo comunista e da situação “explosiva” a que estamos a chegar, com o aumento das dividas a fornecedores, despesas e obras que consideramos evitáveis e desnecessárias, mas

Eduardo Pinto Presidente da Concelhia do CDS de Setúbal e Deputado Municipal

principalmente porque desde que a Câmara assinou o Contrato de Reequilíbrio Financeiro, nada foi feito no sentido de normalizar as contas, pelo contrário têm vindo a agravar-se de forma descontrolada. Mas como foi dito por um Deputado desta assembleia, os Setubalenses renovaram a confiança em nós (CDU) depositada e assim iremos continuar. Meus amigos, muitos de vós também depositaram a vossa confiança em nós PSD/CDS e continuaremos a lutar pelo que vos prometemos. Sempre!

Antes do pronto a vestir

ainda hoj e se reco rdam de sse evento , uma fe sta p ara eles e uma ave ntura para mim. Mas há se mpre imp r e v istos, aco ntecime ntos ine sperado s, como o fal ecimento de um fami liar. O se nhor até tinha u m fato ade q uado, mas hav ia muito tempo q ue não o usava e já não l he se r v i a, e a sua p osição n ão lhe p e r mitia q ue fo sse ve stido de for ma descuidada. O e sp írito de sacr ifício do alfaiate, a amizade e a co nside r ação r e so lviam e ste s p r ob l e mas freq ue nte me nte . Vítor Gaspar

Salgueiro Maia A essência do 25 de Abril.

“

Memórias de um alfaiate

e úna a f amíl ia e r e c o r de com o s m a i s ve l hos c o m o e r a m a s idas ao a l f a i a t e , e e xp l iq ue a o s m a i s novos a impo r t â nc i a desta p r of i s s ã o , da m oda e do m o do de ve s tir . C omo a l f a i a t e e u posso r e c o r da r o s p r ime ir os f a t o s q ue f i z , isto foi h á m ui t o s a n os e ant e s de i ni c i ar a p r of i s s ã o de a l f aiate . U m c o nv i t e p a r a um cas a m e nt o l e vou um p ai e do i s f i l h o s à minha c a s a . O p a i e ra p e ssoa de po uc o s re cur sos, m a s f a z i a um e sfor ço pa r a s e a p r e se ntar e m b e m na que l a ocasião, j á q ue e r a uma fe sta de f a m í l i a . O s j ove ns

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Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!”. Salgueiro Maia, madrugada de 25 de Abril de 1974, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém. Cada um de nós, que vivenciou o 25 de Abril de 1974, tem no seu álbum de recordações, as suas personagens preferidas. A minha é Salgueiro Maia. Como aliás, a de muita gente. Fernando José Salgueiro Maia nasceu em Castelo de Vide a 1 de Julho de 1944. Frequentou a Escola Primária em São Torcato, Coruche, mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria. Em Outubro de 1964, ingressou na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresentou-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial. No dia 25 de Abril de 1974, foi Salgueiro Maia quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcello Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil. Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Supe-

Giovanni Licciardello rior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa. Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, e a Medalha de Ouro de Santarém. Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas a que foi submetido, o vitimaria a 4 de Abril de 1992. Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981 e, posteriormente, a Tenente-Coronel. Tal como afirmei na crónica da semana passada, Salgueiro Maia representa o lado romântico do 25 de Abril, tendo sido uma das figuras mais determinantes e historicamente representativas desse dia. A sua coragem física e força psicológica foram decisivas para o sucesso de toda a operação. Sou daqueles que entendem que os restos mortais de Salgueiro Maia deveriam ser transladados para o Panteão Nacional. Contudo, ele assim não entendeu, em vida, bem como actualmente, a sua viúva. Decisão essa que temos todos de saber respeitar. Salgueiro Maia continuará sempre a representar para mim, o 25 de Abril no seu estado mais nobre, puro e desinteressado.

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CULTURA

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Américo Pereira

Uma paixão chamada cultura [ DR

POR JOAQUIM GOUVEIA

mérico Pereira é um homem apaixonado pelas artes e pela cultura. Multifacetado tem intervindo em áreas tão importantes como o canto e a pintura, ou o teatro e a poesia, todas, afinal se confinando num só propósito de partilha e participação. Foi fundador de uma companhia de teatro, canta autores portugueses como Zeca Afonso ou Adriano Correia de Oliveira, declama poesia em saraus e inaugurou, recentemente, a sua primeira exposição de pintura. A cultura da cidade agradece.

"A maior recompensa que se pode ter é sentirmos o agrado das pessoas" Você é um homem das artes e da cultura, multifacetado. Sente-se, de alguma forma recompensado pelo esforço e dedicação? Ao longo da minha vida tenho efectivamente desenvolvido diversas actividades na área cultural. Faço sempre tudo com muita dedicação, e como gosto do que faço, não sinto esforço mas sim prazer nas iniciativas em que participo ou que me proponho concretizar. Quanto a recompensas a maior que se pode ter é sentirmos o agrado das pessoas e termos a sensação de que

valeram a pena os projectos que realizámos. Foi um dos fundadores, director e actor do Grupo de Teatro Presença. Tem saudades de pisar os palcos e conviver com o teatro? Fui animador cultural do INATEL durante 20 anos, e como nesse período Setúbal tinha pouca actividade teatral, decidi fundar um grupo de teatro amador que pudesse, não só realizar projectos na nossa cidade, mas efectuar um trabalho de descentralização cultural junto de populações do interior do nosso distrito. Pelo Grupo de Teatro Presença passaram actores que posteriormente alcançaram grande projecção, como Luís Aleluia e Álvaro Félix. Sobre o trabalho deste grupo haveria muito a dizer, o que poderá ficar para outra altura. O “bichinho” do teatro há-de permanecer para sempre e a convivência com o teatro tem-se mantido, no contacto com os grupos que actualmente desenvolvem a sua actividade. Como cantor tem escolhido um repertório entre a música popular e a de intervenção interpretando cantores de reconhecida nomeada. Sente-se um mensageiro da palavra cantada? Cantar foi sempre para mim um acto impulsivo. Canto quando estou alegre mas também quando estou triste. Canto até em silêncio de uma forma interior. Escolhi sempre temas de cantores que me tocaram, não só pela riqueza das suas

Américo Pereira estreou recentemente em Setúbal a sua primeira exposição de pintura

mensagens, como também pelas músicas, que de tão belas se tornaram clássicas no panorama da música portuguesa. Na poesia é um declamador. Costuma reunir amigos e realiza saraus de leitura e declamação. Alguma vez se sentiu poeta? A poesia é outra área que me apaixona. Transmitir aos outros as emoções que a poesia nos revela é uma actividade que me ocupa regularmente. É também uma maneira de reunir os amigos e estarmos juntos. Escrevo alguma poesia, mas isso de me considerar poeta é coisa que não me passa pela cabeça.

Há em si a faceta de pintor tendo inaugurado, recentemente, uma exposição que recolheu os maiores elogios. A pintura é uma arte que define a sua sensibilidade? A magia das cores, das formas e dos movimentos que a pintura nos proporciona, também sempre me atraiu. No entanto, só comecei a pintar em 1990 e de uma forma pouco contínua. Fiz agora a primeira exposição individual em Setúbal, e senti através dela, que valeu a pena pegar nos pinceis e dar asas à minha sensibilidade. Concorda que a cidade de Setúbal tem conhecido um crescente desenvolvimento cultural con-

tando com equipamentos muito interessantes como a Casa da Cultura, o Fórum Municipal ou a Casa da Baía, onde existe uma multiplicidade de actividades? Há um convite à participação? É por demais evidente, que Setúbal tem tido, nestes últimos anos, uma grande evolução no que diz respeito às condições para o desenvolvimento de eventos culturais na cidade. Não nos podemos queixar da falta de actividades nas mais diversas áreas. Só temos que estar atentos, o que nem sempre acontece. Setúbal é uma terra com arte e com artistas. Partilha desta opinião? Perfeitamente. Setúbal tem sido um grande viveiro,

onde têm nascido artistas de elevada grandeza, nem sempre reconhecidos localmente. E isso acontece em todas as áreas culturais, quer no teatro, no canto, na pintura etc. Que projectos futuros o aguardam? Actualmente dou aulas de “História da Pintura” e “Pintura Contemporânea” na Universidade Sénior de Setúbal. Integro também o “Centro de Iniciativas Manuel Medeiros”, departamento da UNISETI , que tem como principal objectivo desenvolver actividades ligadas à História e à cultura da Cidade. Publicar um livro de crónicas da minha juventude é também um projecto que gostaria de concretizar.

Poemas de carácter social são tema de ciclo de poesia no Politécnico

Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTSetúbal/ IPS) dá continuidade à iniciativa ciclo de poesia, quarta-feira, pelas

18h15, com a segunda sessão da palestra “Poesia de Revolta”, na Mediateca da ESTSetúbal/IPS, campus do IPS em Setúbal. Esta segunda sessão da palestra será dedica-

da à poesia de carácter social, que aborda diferentes temáticas relacionadas com a revolta, a intervenção e crítica social, assim como com a denúncia de injustiças, mas sem esquecer

a poesia que deixa as portas abertas à esperança. A sessão será conduzida por António Galrinho, professor do 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundá-

rio e autor de diversas obras literárias e por Rui Lino, engenheiro electrotécnico e docente na ESTSetúbal/IPS. O ciclo de poesia tem como principal objectivo a promoção da cul-

tura portuguesa, em especial da região de Setúbal, e do trabalho realizado por vários artistas portugueses, junto da comunidade interna do IPS e da população em geral.

TURISMO/ AMBIENTE

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Peritos não reconhecem valor excepcional da Arrábida

Os pareceres negativos do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) e da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) inviabilizaram a candidatura da Arrábida a Património Mundial por não reconhecerem o seu valor excepcional e único.

AMRS está convicta de que a Arrábida tem valores excepcionais que merecem reconhecimento

POR VERA GOMES

pós uma visita à Arrábida, em Outubro de 2013, os peritos da UNESCO, emitiram um parecer negativo, com base em relatórios do ICOMOS e da IUCN, sobre a candidatura da Arrábida a Património Mundial, que indicam que “os valores presentes na

Arrábida não são únicos e excepcionais”, esclarece João Afonso. Em declarações a O Setubalense, o coordenador técnico da Associação de Municípios da região de Setúbal, revela que os peritos internacionais consideraram que existem outros locais, na Península Ibérica, com valores semelhantes aos da Arrábida,

nomeadamente na bacia do Mediterrâneo. Desta forma, os argumentos presentes no ‘dossier’ da candidatura, entregue à UNESCO em Fevereiro de 2013, não foram suficientes para convencer os peritos de que a Arrábida é única. Ao tomar conhecimento deste parecer negativo, o estado português deci-

diu retirar a candidatura, “para não sujeitá-la a uma rejeição”, explicou João Afonso, para quem o trabalho técnico e científico já realizado deve ser valorizado, uma vez que “vale por si só, independentemente do resultado da candidatura”. O responsável da AMRS adianta que a comissão executiva da candidatura

vai reunir nas próximas semanas para “apreciar mais profundamente os relatórios, avaliar as etapas seguintes e procurar outros mecanismos de classificação do património” que possam reconhecer, a nível internacional, o valor da Arrábida. Reiterando com “profunda convicção” que “na Arrábida coexistem va-

lores naturais e culturais únicos e excepcionais, que merecem ser conhecidos, preservados e divulgados”, a AMRS garante que vai continuar a desenvolver o trabalho que já está no terreno, como, por exemplo, a definição de roteiros geológicos, arqueológicos, de fauna e flora; e o estudo de avaliação da capacidade de carga da serra.

Praia da Figueirinha vai Cruzeiros enoturísticos hastear bandeira azul pelo no Sado regressam entre sexto ano consecutivo Maio e Setembro

Praia da Figueirinha vai ostentar nesta época balnear, pelo sexto ano consecutivo, a Bandeira Azul, anunciou na Quinta-feira a ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa. A entidade atribuiu este ano o galardão a um total de 298 praias portuguesas, marítimas e fluviais. A Figueirinha será a única praia do concelho de Setúbal a ostentar o galardão, já que é a única, por enquanto, que reúne as condições necessárias para se candidatar à bandeira Azul. A habitual cerimónia de entrega do galardão e hastear da Bandeira Azul no areal da Praia da Figueirinha está prevista para o dia 5 de Junho. “Poluição dos Oceanos” dá tema à edição de 2014, temática sobre a qual são desenvolvidas, ao longo da época balnear, acções de

[ DR

Figueirinha vai ostentar novamente a Bandeira Azul

sensibilização nas praias, marinas e embarcações recreativas. A Bandeira Azul tem como objectivo elevar o grau de consciencialização dos cidadãos para a necessidade de protecção do ambiente marinho e costeiro e incentivar a realização de acções conducentes à resolução de

problemas existentes. A distinção é atribuída anualmente mediante a avaliação de 32 critérios, 28 dos quais de cumprimento obrigatório, repartidos pelos grupos “Informação e Educação Ambiental”, “Qualidade da Água”, “Gestão Ambiental e Equipamentos” e “Segurança e Serviços”.

rovas de vinhos e degustações de produtos regionais em passeios de barco ao pôr do sol é a proposta do Wine Sunset Party, programa que será dinamizado entre Maio e Setembro. Em cada cruzeiro enoturístico, com a duração aproximada de três horas, realizam-se provas de vinhos comentadas por enólogos ou produtores vinícolas de uma de um total de 21 adegas participantes da região de Setúbal. Os passeios, que se realizam pelo segundo ano consecutivo, resultado de uma parceria entre a Câmara de Setúbal, a Rota dos Vinhos da Península de Setúbal e o operador turístico Sado Arrábida, incluem igualmente degustações de produtos da região. No decurso do cruzeiro ao longo da foz do rio

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Cruzeiros enoturísticos no Sado reúnem o melhor vinho da região

Sado, a bordo da embarcação Mil Andanças, os participantes desfrutam de um cenário com o pôr do sol na Serra da Arrábida e ainda poderão observar os golfinhos, se as condições naturais o permitirem. Os passeios enoturísticos estão agendados para os dias 10, 17, 24 e 31 de Maio, 7, 14, 21 e 28 de Junho, 5, 12, 19 e 26 de

Julho, 2, 9, 16, 23 e 30 de Agosto e 6, 13, 20 e 27 de Setembro. Os cruzeiros, realizados sempre ao final das tardes de Sábado, com saídas do cais das Fontainhas, em Setúbal, às 18h30, e da Marina de Tróia, às 18h45, custam 25 euros por pessoa. A iniciativa é gratuita até aos quatro anos, enquanto as crianças até aos 12 pagam 15 euros.

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OPINIÃO/CLASSIFICADOS

SEGUNDA-FEIRA 05.MAIO.2014

À luz da verdade

Casamentos a menos, divórcios a mais N

o dia 27 de Abril, chamou-me à atenção um artigo do “Expresso”, da autoria de Margarida Vaqueiro Lopes, intitulado “O casamento já não se usa”. Se a autora desta local me vier a ler, aqui lhe deixo os parabéns pelo texto publicado. Eis o primeiro parágrafo: ”Estamos a casar menos. Em 1960, houve cerca de 69.000 casamentos no país. Em 2012, houve cerca de 34.000. Quanto a divórcios, seguem exactamente a tendência inversa. Em 1975, foram registados 1.552 divórcios. Em 2012, foram 25.380” Mais abaixo, escreve: “Se é tão bom amar - que é! – porque casamos me-

nos e nos divorciamos mais?”. Bem escreveu o maior poeta deste rectângulo lusitano, Camões: Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É um cuidar que se ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos

mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? E, ao falar de casamentos, não estou a referir-me a casamentos pela Igreja ou, simplesmente, pelo civil. É necessário saber que os primeiros também exigem registo civil. Com efeito, contra factos não há argumentos: as pessoas, ao casarem-se menos e ao divorciarem-se mais estão a pôr em jogo toda a força da psicologia da idade evolutiva e toda a força interior que mais vida dá à pessoa, o amor. É verdade que o casamento, bem entendido

Associação Sobreviver promove caminhada solidária

ara comemorar 11 anos de actividade dedicados ao apoio, frequente e continuado, aos animais de rua da região e também àqueles recolhidos pelo Canil Municipal de Setúbal, a Associação Sobreviver realiza, esta quinta-feira, uma caminhada solidária, cujo valor da inscrição (3€) reverte directamente para a associação. O percurso será apro-

ximadamente de 2,5 quilómetros e terá como ponto de partida o separador central da Avenida Luísa Todi (frente ao Pingo Doce) onde está presente uma banca com alguns artigos para venda e onde poderão ser entregues outros donativos. A Associação Sobreviver é uma associação de defesa animal, sem fins lucrativos, que promove uma adopção responsá-

vel dos animais que acolhe, prestando cuidados veterinários e garantindo o seu bem-estar. Fundada a 8 de Maio de 2003, a associação acolhe actualmente no seu abrigo cerca de 200 animais, contando exclusivamente com a ajuda de associados, voluntários, donativos e iniciativas que frequentemente desenvolvem para angariação de fundos.

e bem aceite, é sempre um compromisso mútuo entre um homem e uma mulher, fruto do amor de ambos. E o amor, como qualquer moeda, tem necessariamente a outra face, ou seja a do perdão e da aceitação das fraquezas alheias. Ora, perante o facto do aumento do número de divórcios, teremos de ser tentados a afirmar que hoje a educação já não se debruça sobre o amor como a força mais poderosa da evolução afectiva das crianças e dos jovens? Relativamente ao facto de diminuírem os casamentos e aumentarem as uniões de facto, certamente que algo se está a passar, a todos os ní-

veis da sociedade. Quanto aos casamentos pela Igreja, é muito natural que parte do mal esteja nas Paróquias sem uma catequese conjugal bem levada. Pelo que à sociedade diz respeito, seria necessário fazer-se uma leitura profunda de tudo aquilo que tem movido os cordelinhos mais sagrados da mesma. Será uma acentuada falta de sentido de compromisso dos jovens ou uma nota procedente das mutuações culturais do Continente europeu? E digo europeu porque, noutros continentes, esta lamentação seria descabida. Seria ainda necessária uma reflexão profunda sobre a incidência de tudo isto sobre as crian-

Pe. Álvaro Teixeira ças, nomeadamente na diversas fases da sua idade evolutiva. As massas lamentam a quebra económica dos indivíduos, dos lares e das instituições. Será que o dinheiro tem mais força no exercício da cidadania que o amor?

Campanha do Pirilampo Mágico já está nas ruas

APPACDM de Setúbal juntou-se, uma vez mais, à Fenacerci e à Antena 1 e encontra-se já a dinamizar a Campanha do Pirilampo Mágico 2014, que irá decorrer até 25 de Maio. Para que tal aconteça, a APPACDM apela ao “habitual envolvimento e contributo de toda a co-

munidade” para “ todos juntos, transformarmos esta iniciativa num grande sucesso”. Os preços mantém-se nos mesmos valores, ou seja, dois euros cada pirilampo e um euro cada pin, podendo os mesmos ser requisitados através do telefone 265 541160 (Secretaria dos Serviços Centrais da APPACDM).

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CIDADE

SEGUNDA-FEIRA 05.MAIO.2014

Novas viaturas disponíveis ainda este ano No âmbito do antigo programa de fundos comunitários QREN, a Câmara Municipal de Setúbal vai poder fornecer à Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal quatro novas viaturas para optimizar ainda mais o socorro no concelho de Setúbal, onde existem três pontos fulcrais de perigo, a zona da Arrábida, o centro histórico e a península industrial da Mitrena.

partir do segundo semestre deste ano e em 2015, a CBSS pode contar com uma nova viatura de socorro e assistência especial para desencarceramento de veículos pesados, uma viatura de combate a incêndios com maior capacidade de armazenamento de água, cerca de nove mil litros de água e mil litros de esporíferos que, de acordo com Paulo Lamego, “serve perfeitamente para combater fogos de maiores dimensões na área industrial”. “Esta tem ainda a característica de descarregar o tanque todo em apenas quinze minutos, o que demonstra a sua grande eficácia. Na candidatura lançada em 2010 pela autarquia para a compra de viaturas e melhoria de serviços disponíveis aos socorro em Setúbal, eram disponíveis 2,5 milhões de euros comparticipados em 85 por cento por fundos comunitários porém, devido à concorrência nos concursos públicos lançados para a obtenção dos

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equipamentos, hoje pode-se adquirir outras duas viaturas sem ter que gastar mais verbas. Em Junho chega um novo carro para combater incêndios florestais vem substituir aquele que já tem 20 anos e era inicialmente destinado para acção em cenários rurais. Já para a intervenção no meio urbano, a CBSS vai poder contar ainda com uma viatura plataforma com uma autoescada articulada de 45 metros que vai permitir o acesso a ângulos negativos no socorro a um prédio, bem como equipamento para busca em espaços colapsados sem colocar em causa a vida de elementos da companhia de bombeiros sapadores. Carlos Rabaçal admite que “estas novas viaturas podem entregar à protecção civil de Setúbal uma nova e melhorada forma de assistência e socorro às populações”. No futuro pode ainda haver a deslocalização do quartel dos bombeiros sapadores, actualmente instalada no Monte Belo Nor-

Frota dos Sapadores vai poder contar com novas viaturas

te, para a zona industrial da Mitrena o que faz com que haja uma melhoria significativa nos tempos de chegada a qualquer ponto do concelho. O tempo limite para a chegada de meios de socorro ao local é de nove minutos desde a chamada telefónica a alarmar para o evento e devido ao concelho de Setúbal ser mais extenso de nascente a poente que de norte a sul, é fulcral um novo quartel “entre a zona das Manteigadas e a Estrada da Mi-

trena”, frisa o comandante dos sapadores. “Dos três pontos quentes do concelho, Arrábida, centro histórico e Mitrena, este último deve ter maior atenção através da instalação de um quartel no local”, admite Paulo Lamego. Para além do quartel dos sapadores, a área industrial da Mitrena terá o Centro Internacional de Gestão de Emergência (CIGE), dedicado à formação e treino para bombeiros e outros agentes de Protecção Civil.

Câmara Municipal transfere 2,8 milhões para Juntas de Freguesia A

Câmara Municipal de Setúbal e as juntas de freguesia do concelho celebram amanhã, às 18h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, protocolos de colaboração, acordos de execução e contratos interadministrativos com vigência para o actual mandato autárquico. A medida, que implica a transferência da câmara municipal para as juntas de freguesia de um montante anual superior a 2,8 milhões de euros, decorre da reorganização administrativa territorial autárquica e das alterações introduzidas pela Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro, que estabelece as possibilidades e formas de delegação nas juntas de diversas competências, muitas das quais já descentralizadas pelo muni-

3 Reparos

Pescadores celebram festa do Senhor do Bonfim E

ste fim-de-semana comemora-se a tradicional Festa do Senhor do Bonfim que marcava o início da época da faina e na qual os pescadores e marítimos pediam protecção contra os perigos e a benção para boas pescarias. Iminentemente religiosa, a festividade inicia-se no

dia 10 de Maio (Sábado), com a oração do Terço às 21h00 no Largo do Convento de Jesus. No Domingo, no mesmo local, é celebrada a missa solene, às 11h00, seguindo-se o ponto alto das comemorações com a procissão que sai, às 16h00, do Convento de Jesus, com as imagens do Senhor do

Bonfim, de Nossa Senhora da Arrábida e de Nossa Senhora do Rosário de Tróia, as santas protectoras das duas antigas comunidades de pescadores de Setúbal (Fontainhas e Troino). A procissão passa pela Av. 22 de Dezembro, Av. Luísa Todi e Jardim da Beira Mar em direcção ao nicho de N.ª S.ª

do Cais. Aí são abençoadas as embarcações de pesca, momento que culmina com os pescadores a atirarem centenas de flores ao rio. O regresso à Igreja do Convento de Jesus faz-se pelo mesmo percurso anterior. Todas as tardes, até sábado, reza-se o Terço na Igreja da Anunciada, às 18h00.

Antigos alunos da Escola Conde de Ferreira celebram 31.º encontro O

s “meninos da bata branca” realizam, no dia 10 de Maio, o 31.º encontro dos antigos alunos da Escola Primária Conde de Ferreira, com o intuito de “não deixarmos apagar a chama da nossa escola que recordamos sempre com muitas saudades”, expressa a comissão, impulsionada

por Custódio Pinto, que organiza o convívio anual. A confraternização terá início às 11h00 com uma missa celebrada pelo Padre Manuel Martins Silva, antigo aluno da escola, na Capela da Nª Srª do Carmo. Uma hora depois, está prevista uma visita à exposição permanente na

escola, actual sede da Junta de Freguesia de S. Julião (que agora integra a União de Freguesias), seguida de um Moscatel de Honra, oferecido pela União das Freguesias de Setúbal. Após o almoço, marcado para as 13h00, será servido o bolo de aniversário, acompanhado por uma

taça de espumante. O encontro será ainda pautado pela entrega dos títulos de recordação escolar aos colegas que fazem 60 anos de idade, ao som do Hino da escola, com música de Carlos Pinto e letra de Carlos Rodrigues, mais conhecido por Manel Bola, ambos alunos daquela escola.

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cípio desde 2002. Devido às alterações impostas e de forma a continuar a assegurar os índices de eficácia na prestação do serviço público, a descentralização de competências iniciada há mais de dez anos é agora substituída, para o mandato 20132017, pela assinatura de acordos de execução e de contratos interadministrativos pela câmara municipal com as cinco juntas de freguesia e ainda de protocolos de colaboração com duas delas. Caso não se verifiquem alterações decorrentes de ajustes ao programado, a Câmara Municipal de Setúbal vai transferir para as juntas de freguesia mais de 11 milhões de euros no decurso do actual mandato, que termina em 2017.



Reparámos que durante o fim-de-semana, a circulação na EN 379-1, que percorre as praias da Arrábida, foi caótica, dado que, numa falta de civismo atroz, os automobilistas estacionaram as suas viaturas nas duas bermas da via, condicionando assim o trânsito que, até 7 de junho, continua a ser feito em ambos os sentidos. Apelamos ao bom senso dos automobilistas para que façam um estacionamento ordenado, caso contrário, a ida à praia torna-se num inferno de congestionamento de trânsito.

Reparámos que na Avenida Antero de Quental a estrada, na zona das obras do Allegro, junto à rotunda, está demasiado estreita e mal iluminada à noite, o que está a causar alguns sustos aos automobilistas que circulam naquela via. É importante aumentar a iluminação no local para evitar que haja acidentes.

Reparámos que na Avenida de Moçambique, numa zona de terra batida, no acesso à Escola Básica do Bocage, existem buracos com uma dimensão e profundidade consideráveis, que colocam alguns problemas de circulação quer aos automobilistas, quer aos peões.

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ENTREVISTA

SEGUNDA FEIRA 05.MAIO.2014

Presidente do Conselho de Administração da APSS, Vítor Caldeirinha

O Porto de Setúbal atravessa um momento de grande dinâmica, tendo sido escolhido pelo Governo para receber quatro investimentos prioritários que permitirão aumentar as suas potencialidades. Em entrevista ao jornal O Setubalense, o presidente do Conselho de Administração da APSS, S.A., Vítor Caldeirinha, no cargo há pouco mais de um ano, sublinha a importância da melhoria das acessibilidades marítimas e ferroviárias, bem como a expansão do terminal Ro-Ro, para posicionar o Porto de Setúbal como “um porto de excelência” no domínio do short-sea e aumentar a capacidade instalada no terminal de contentores.

POR VERA MARIANO

O Governo incluiu, recentemente, quatro investimentos no Porto de Setúbal numa lista de 21 projectos prioritários a nível nacional. Em que consistem e qual a importância desses projectos? O mais importante, o que está considerado em quarto lugar na lista, é a melhoria das acessibilidades marítimas que vai permitir manter o Porto de Setúbal na categoria de short-sea Panamax. Com um investimento previsto de 25 milhões de euros, visa dotar o porto para receber navios de linha regular de média dimensão Panamax com 13 metros de calado em qualquer maré. Uma necessidade que resulta do aumento de tamanho e calado dos navios modernos. Hoje em dia, recebemos navios Panamax, mas com o aumento do Panamá deixamos de receber e queremos manter-nos neste nível de pequena e média dimensão, deixando o deep-sea para outros portos. O objectivo é que o Porto de Setúbal se posicione como um porto de excelência no short-sea, ou seja, no pequeno e médio calado. Além disso, este projecto permitirá aproveitar a capacidade já instalada no porto, como o Terminal Multiusos Zona 2,predominantemente um terminal de contentores de shortsea em termos de infraestruturas e equipamentos. Este terminal , um dos maiores de Portugal,tem um terrapleno com 20 hectares e uma capacidade actual para movimentar 250 mil TEUs por ano, a qual é utilizada em apenas 25%, mas pode chegar aos 600 mil TEUs por ano se for devidamen-

te aproveitada, bastando para tal investimentos reduzidos. Outro projecto importante é a expansão do terrapleno do terminal Ro-Ro para mais cinco hectares e, assim, melhorar as condições para o serviço de exportação e importação de automóveis, acrescentando valor. Alguns serviços que são prestados actualmente em parques de segunda linha, passam a ser prestados internamente, tal como acontece em terminais de outros portos ro-ro europeus. O objectivo é potenciar o porto de Setúbal enquanto “Hub” Ro-Ro na ligação entre as rotas do Atlântico, África, América, Ásia e as linhas do Mediterrâneo. É também potenciar a distribuição de automóveis para Portugal e Espanha, até Madrid, sem envolver custos adicionais de parqueamento intermédios. Depois há os dois projectos da ferrovia, nomeadamente a requaliﬁcação do acesso ferroviário do

Porto com preocupações ambientais “Somos o único porto pertencente à rede europeia Ecoport e estamos muito bem classificados nessa matéria. Somos o porto em Portugal com maior preocupação na área ambiental, tendo em conta a baía onde estamos inseridos, que integra o Clube das Mais Belas Baías do Mundo. Além disso, criamos o Green Award Port, uma distinção que serve como incentivo para os navios que têm melhores práticas ambientais”.

porto às Praias do Sado e a ligação ferroviária ao Terminal da Termitrena. Somos um dos melhores portos do país em ferrovia, mas precisamos ainda de crescer nessa área, pois actualmente temos a ferrovia já no limite. Na ligação ferroviária à Termitrena é possível movimentar mais 10 a 20 por cento do movimento nacional de cargas. Ou seja, só com quatro quilómetros de linhas podemos movimentar mais um a dois milhões, em relação aos dez milhões que se movimentam em Portugal. Qual o investimento previsto para estes projectos? A melhoria das acessibilidades marítimas tem um investimento previsto de 25 milhões de euros, mas deve ficar muito mais baixo, pois estamos a realizar estudos nessa vertente que já permitiram concluir que deverá ficar muito mais barato. Quanto à expansão do terminal ro-ro deverá custar 3,5 milhões de euros e a ligação à Eurominas tem um custo estimado de 17 milhões. Quanto à ligação de ferrovia às Praias do Sado deverá custar 20 milhões de euros, num total de cerca de 65 milhões de euros até 2020 a investir no porto de Setúbal. O que representou para a APSS o reconhecimento destes projectos como prioritários a nível nacional? Demonstra que o Porto de Setúbal é importante e tem um futuro importante neste mercado específico do short-sea. É uma aposta fundamental também para a região, para criar mais emprego. Embora o porto tenha um âmbito regional alargado e até in-

“Queremos que o Port seja um porto de exce no short-sea”

Impacto económico na região 10,7 mil milhões de euros de volume de negócios 1,57% do VAB nacional 5% do VAB da região de Lisboa 33,3 mil postos de trabalho Porto de Setúbal é o único porto português inserido na rede Ecoport, o que espelha, segundo Vitor Caldeirinha, a preocupação

ternacional, porque chega à Extremadura e ao norte de Espanha, os principais efeitos positivos que se podem sentir podem ser locais, com a dinâmica criada em volta do porto. A APSS está, assim, numa grande dinâmica com projectos importantes na forja. Como encara o futuro do Porto de Setúbal? Trabalho no porto de Setúbal desde 1994 e tenho a vindo a trabalhar em alguns desses projectos desde essa altura, nomeadamente o terminal de contentores, pois sei que pode trazer um valor acrescentado muito grande e criação de emprego na região. Por isso, ﬁco muito satisfeito de ver o projecto avançar e, principalmente, de sentir a grande possibilidade que tem para se desenvolver, quer na parte da carga, quer na relação com a Câmara de Setúbal. A melhoria da relação com a Câmara de Setúbal tem sido muito importante para a APSS? Esta relação é fundamental. Andava a Câmara, por um lado, a fazer coisas sem falar connosco, e nós, por outro, sem falar com a Câmara. Isto não fazia sentido nenhum. Agora estamos a trabalhar em conjunto, porque todos juntos

somos poucos. O Porto de Setúbal e o turismo podem ser potenciados e se trabalharmos juntos poderá ser mais fácil do que se cada um remar para um lado. Se queremos ter uma re-

dia, há uma grande proximidade entre a APSS e a Câmara de Setúbal e foi criado um grupo de trabalho que reúne regularmente. A APSS vai passar parte da jurisdição para a gestão

Centro de formação em crescimento Não havia um centro de formação e criamos um sem custos, quando chegámos, num edifício já existente. Assinámos protocolos com empresas de formação que agora estão a dar cursos ligados às profissões mais básicas dos portos: condutores de embarcações, estivadores, aquacultura, ou seja, tudo o que é a parte técnica”, refere Vítor Caldeirinha. O Centro de Formação Portuário de Setúbal ergue-se norteado pelo lema “Capacitar para Competir” e identificou conjuntamente com as empresas da comunidade portuária oportunidades de melhoria e necessidades formativas específicas que vão sendo programadas e executadas. Assim, há poucos dias, foi concluída a acção “Comunicações radiotelefónicas na área local – aperfeiçoamento”, tendo envolvido 16 tripulantes, oriundos de todas as empresas prestadoras de serviço de reboque no Porto de Setúbal. As componentes teóricas e práticas estiveram a cargo dos formadores do FOR-MAR, assessorados por elementos da Direcção de Pilotagem da APSS, SA. Estão agendadas para breve outras formações dirigidas a diferentes grupos profissionais da actividade portuária, da logística e dos transportes marítimos.

gião mais bonita e atractiva, com melhor qualidade de vida, mais emprego e riqueza, o mínimo que se exige a quem ocupa cargos públicos é que se entendam e trabalhem no mesmo sentido. Hoje em

camarária, para além de que estamos a elaborar um plano em conjunto para a restante área e vamos elaborar um dossier de investidor para a Marina de Setúbal. Vai demorar algum tempo, mas sem

ENTREVISTA

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[ FOTOS: DR

rto de Setúbal elência

Porto de Setúbal, um pólo de potencialidades O Porto de Setúbal é um pólo logístico e portuário com uma área de jurisdição de 17 mil hectares, 300 hectares de infraestruturas com vocação portuária, 12 terminais especializados (cinco de utilização pública e sete de uso privativo). Tem muitas potencialidades que podem ser ainda melhor aproveitadas, como o Terminal da Zona 2 que utiliza apenas actualmente 25 por cento da sua capacidade. Ao contrário de outros portos, tem uma grande área de expansão natural e tem na Mitrena uma área industrial com fortes possibilidades de expansão. O Porto de Setúbal tem navegabilidade todo o ano, com uma barra sempre aberta, e, actualmente, pode receber navios até 12 metros de calado. Tem também “excelentes” acessibilidades rodoferroviárias, com ligação rodoviária directa aos terminais portuários e ligação directa e desnivelada à rede nacional de auto-estradas, para além de ter uma localização privilegiada fora do perímetro urbano, sem congestionamentos de trânsito. É, a par de Sines, um dos maiores portos do país em ferrovia, com um movimento diário de 15 a 21 comboios.

ção ambiental da empresa

tentarmos e trabalharmos não conseguimos. A Câmara trata da área urbana e nós tratamos da área marítima para captar potenciais investidores. Já há localização definida para a Marina? Em princípio, será na zona do Clube Naval de Setúbal, com ampliação da doca. O custo dessa obra será elevado. A ideia é captar investimentos imobiliários que ajudem a custear a obra. Há um conjunto de edifícios junto à área do porto que estão degradados e que poderão ser reabilitados, para aproveitamento imobiliário. Em relação ao terminal de contentores, qual a potencialidade de desenvolvimento? Em 2018, queremos chegar às 200 mil TEU por ano e, a médio-longo prazo, o objectivo é chegar às 600 mil, sem necessidade de grande investimento, aproveitando a capacidade instalada no terminal. Existe capacidade instalada disponível para servir a região de Lisboa e até a nível Ibérico, mas está um pouco escondida das pessoas, porque estamos entre dois grandes portos – Lisboa e Sines. No entanto, vamos fazendo o nosso trabalho e as pessoas da área já utilizam

cada vez mais. Se temos essa capacidade no terminal de contentores do Porto de Setúbal, então há que aproveitá-la mais. Se-

cerca 25 por cento no primeiro trimestre deste ano. Não podemos adiantar já números, mas espero chegar aos 90 mil TEUS este

Reordenamento da Doca Pesca está em curso Em que consiste o plano de reordenamento da Doca dos Pescadores, actualmente em cursos? Foram os próprios pescadores que nos pediram para organizar a Doca, pois se é da pesca tem de ser utilizada para as embarcações dos pescadores profissionais e não pela náutica. Assim, estamos a retirar dali as embarcações que são utilizadas para a náutica de recreio e a coloca-las noutro local, onde terão de pagar um determinado valor, que não é muito elevado. Além disso, recentemente, foram entregues caixas de aprestos aos pescadores, de forma a ficar tudo mais organizado. Como está a correr o processo? Tem havido uma boa aceitação das novas normas, apesar de algumas resistências normais em processos de mudança. As próprias pessoas vão tirando os barcos aos poucos. túbal é um porto complementar a Lisboa e Sines, em segmentos específicos, na área do short-sea. O ano passado foi o melhor de sempre para o porto de Setúbal e 2014 já segue a bom ritmo. Poderá voltar a bater recordes? Em 2013, chegámos quase aos 7,01 milhões de toneladas, ou seja, foi um recorde, e este ano devemos bater novamente o recorde, porque crescemos

ano, com as nossas linhas para Angola, Moçambique, Norte da Europa e, sobretudo, para o Mediterrâneo, e ultrapassar novamente os sete milhões de toneladas de carga movimentada. Tudo isto para consolidar a vocação exportadora do porto… Sim. As exportações cifram-se em 64 por cento do que é movimentado no porto, em tonelagem. Primeiro, porque temos muitas indústrias que es-

tão a exportar pelo porto e também porque na área dos contentores temos uma forte componente de exportação. Em relação à conferência que se realizou em Novembro, organizada pela Comunidade Portuária, sobre a solução ibérica disponível no porto de Setúbal, já alguma consequência para os objectivos do porto de se posicionar como uma solução interessante? Nessa conferência foi logo anunciado pelo Secretário de Estado das Infra-estruturas e Transportes a expansão do terminal Ro Ro (veículos) e, a partir dessa conferência, penso que o Porto de Setúbal ganhou muita importância no próprio plano de investimentos realizado pelo Governo. Este ano teremos de fazer mais acções com a Comunidade Portuária e com a Câmara de Setúbal, que são os nossos parceiros. Quanto ao seu novo cargo na Associação dos Portos de Portugal, como está a correr esse novo desafio? É um desaﬁo novo que pesa, não só em mim, mas também nos colaboradores da APSS. Temos dinamizado grupos de trabalho entre as administrações

portuárias na área dos sistemas de informação. Queremos estender a Janela Única Logística a todos os portos nacionais e juntar as janelas portuárias e logísticas, bem como estender este bom exemplo a outros portos da Europa. Por outro lado, temos um grupo de trabalho para reduzir custos, fazer compras em conjunto e harmonizar procedimentos, e outro grupo para trabalhar nas vertentes técnicas, para trocar impressões sobre concessões de terminais, acessibilidades e segurança, no sentido de harmo-

nizar procedimentos também nessas áreas. Estamos em várias frentes. Também participamos na Associação de Portos de Língua Portuguesa e vamos passar agora de uma fase de troca de conhecimentos administrativos para uma fase de colocar as empresas a falar umas com as outras e a concretizarem negócios. Também estamos na ESPO, uma associação europeia de portos, a participar mais activamente em todas as vertentes com a Comissão Europeia nos regulamentos que existem para os portos.

Visão e estratégia para aproveitar capacidade instalada A APSS quer tornar Setúbal a solução portuária shortsea e panamax de excelência da grande região de Lisboa, mais competitiva para as cadeias logísticas de elevado valor com a Europa, o Mediterrâneo e a África Ocidental. Quer ainda incrementar a importância como porta atlântica principal de exportação industrial pesada da região de Lisboa, importante ainda será a criação de um Hub roll-on roll-off intercontinental atlântico, com hinterland até Madrid. Assim, foi desenvolvimento o Plano 3 + 2 que inclui os projectos prioritários referidos por Vítor Caldeirinha: criar um pólo logístico portuário shortsea e panamax na região; criar um Hub Roll-on Roll-off de cross trade intercontinental atlântico e melhorar os acessos marítimos e ferroviários; mais o reforço da ligação cidade-rio através do desenvolvimento da náutica de recreio e marítimo-turística e o reflorescimento da aquacultura e da pesca.

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CULTURA

SEGUNDA-FEIRA 05.MAIO.2014

Tertúlia do Fado Sadino [ DR

PIEDADE FERNANDES

“O fado está dentro de nós” POR JOAQUIM GOUVEIA

iedade Fernandes é uma presença incontornável do fado setubalense. O seu gabarito já ultrapassou as fronteiras da cidade e a sua voz é conhecida aquém e além margens nacionais através de uma carreira conquistada ao longo de vários anos com a qualidade que o público reconhece e aplaude. Diz que se nasce fadista e que o fado está dentro de todos nós e que o futuro da canção nacional está entregue aos talentosos jovens que nos últimos tempos têm despontado um pouco por todo o lado. Eis Piedade Fernandes, numa entrevista que fala de si, do fado e, afinal, de todos nós.

Porque se tornou fadista? Porque no Fado encontrei uma maior identificação, quer ao nível musical, bem como ao nível da poesia e de entrega interpretativa. O fado tem um não sei quê de magia pela simplicidade de elementos intervenientes que possibilita a cada um protagonismo muito

especial, muito único, resultando no seu todo uma expressão musical riquíssima em sons e palavra conseguindo traduzir na perfeição a nossa alma, criatividade, poesia e cultura…enfim é arte, conseguida de uma forma extremamente abrangente e imediata. O fado é paixão ou um estado de alma? Tem que ser as duas coisas. Uma não funciona sem a outra. Completam-se, coexistem e recriam-se mutuamente. É fadista quem quer ou já se nasce fadista? Nasce-se. Isto tanto para os intérpretes como pra os músicos. O fado está dentro de todos nós. Alguns conseguem transmiti-lo, deixá-lo transparecer cá para fora,…outros não. É preciso ter algo, que não se aprende nos livros, não existe nas pautas, para que ele aconteça… É um improviso, um certo virtuosismo, um requebro de voz num lamento, um trinar gemido da guitarra, um acorde dramático e marcante da viola que trazem ao fado momentos sempre diferentes conforme o tal “estado de alma”, mas sempre com

Exposição “Cores e Técnica” na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal

aquela “paixão”, que só o fado tem e que lhe confere aquela magia…que faz com que seja “entendido”, “sentido”, até por aqueles que não entendem a língua, mas se deixam embalar por ele. Há uma tertúlia do fado setubalense? Existem muitas pessoas ligadas ao fado, que partilham experiências e trabalhos, sim. Sei que existem diversos sítios, pontos de encontro, onde o fado acontece, quer a nível de música, bem como de poesia e de vozes, de conhecedores e de amantes do Fado. Sempre existiu uma grande vertente fadista em Setúbal, e com grande tradição. Quem são as suas referências no fado? Tenho várias. E todas elas me inspiraram. Desde o Alfredo Marceneiro, Hermínia Silva, Amália Rodrigues, Deolinda Rodrigues, Carlos do Carmo…e tantos outros até à nova geração do fado com o Pedro Moutinho, ou a Carminho, no género mais purista e tradicional ou a Marisa, a Ana Moura, a Gisela João ou o Camané, António Zambujo, em géneros mais arrojados.

Como define a actualidade em termos do fado nacional? Neste momento, temos um leque de vozes, já para não falar no surto de grandes e jovens músicos ,incrivelmente competentes e muito talentosos que apareceram, todos eles diferentes e muito abrangentes, que trazem ao fado uma maior amplitude de publico, pela sua diversidade, e apresentação, conseguindo chegar a todas

as gerações e gostos. Que projectos tem para a sua carreira e que caminhos tem trilhado? Gostava muito de concretizar um sonho que tenho e que tem a ver com a produção de um espectáculo, com temas escritos por mim, introduzidos nalguns fados tradicionais e outros musicados por mim e talvez por alguns amigos. Espectáculo este, concebido, para fa-

ncontra-se patente na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), até 23 de Maio, a exposição “Cores e Técnicas”, da autoria de Antónia Calixto. A exposição dá a conhecer diferentes trabalhos realizados através da utilização de vários materiais e técnicas como pergamano (trabalhos executados em papel vegetal de elevada gramagem), pintura a óleo, aguarela, pastel, encáustica (trabalhos realizados com ceras e ferros de engomar). São diversos os temas abordados, que levaram à produ-

zer estrada. Talvez fazer deste espectáculo um registo de CD, ao vivo. A par disso, pretendo continuar a cantar no Hotel Sana Malhoa, onde canto desde há três anos, todas as sextas feiras. Continuar a fazer Teatro de Revista itinerante, com o Luís Aleluia. E fazer as minhas actuações pontuais, sempre que solicitada, de fado, ou por vezes também, de música ligeira, dependendo das circunstâncias do projecto.

ção de obras mais abstractas ou referentes a paisagens. Antónia Calixto esteve desde sempre ligada ao mundo das artes, frequentou o primeiro curso de “Artes Decorativas” em 1970, dando continuidade à sua formação em 1985 com o curso de “Pintura em Porcelana”, entre outros dedicados a diferentes técnicas, bem como através do contacto com vários pintores. A mostra encontra-se acessível ao público às segundas, quartas e sextas (09h15 - 18h00), terças e quintas (09h15 – 20h30) e no sábado dia 17 de Maio (13h00-18h00). A entrada é livre.

REGIÃO

SEGUNDA FEIRA 05.MAIO.2014

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Liga de Pinhal Novo ergue monumento aos militares da Grande Guerra

Núcleo da Liga dos Combatentes de Pinhal Novo inaugurou um monumento de homenagem aos militares da freguesia que morreram na Primeira Grande Guerra. O monumento foi colocado, no cemitério do Terrim contando com o apoio da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, que também cedeu terreno para diversos nichos, que já se encontram implementados. A inauguração inseriu-se nas comemorações do Centenário da Grande Guerra, que decorreu entre 1914/1918, na Europa. Para o presidente do Núcleo, António Isaías, este “foi o início de uma acção que pretendemos estender a todas as freguesias de Palmela e

onde serão recordados todos os combatentes do concelho”. A iniciativa, revela, “aponta para a colocação de diversos marcos históricos e transformados em locais de forte densidade espiritual”, porque “é a História que nos honra, que deve fortalecer os espíritos e inspirar as gerações vindouras”, sublinha. O Núcleo da Liga dos Combatentes deixa um apelo: “não podemos obstaculizar, mas sim permitir e auxiliar todas as homenagens aos antigos e novos combatentes”. O Núcleo da Liga dos Combatentes foi criado há dois anos, assinalando o seu 2º aniversário no próximo dia 18 de Maio, na sua sede.

Trabalhadores da Parmalat sem acordo marcam nova ronda negocial

administração da Parmalat, em Águas de Moura e os trabalhadores ainda não chegaram a acordo sobre o reforço das escalas do pessoal. Os trabalhadores já realizaram uma greve que contou com 100 por cento de adesão. Uma nova reunião está marcada para dia 8 de Maio para se analisar novamente a proposta, mas até essa data os trabalhadores irão continuar com greves ao trabalho suplementar e aos feriados. Se não se chegar a nenhuma conclusão nessa reunião, os trabalhadores irão continuar a desenvolver acções de luta, nomeadamente com uma semana de greve. A primeira parte da proposta já se encontra acordada, nomeadamente

a actualização salarial de um por cento, acrescida de um prémio extraordinário de 0,5 por cento referente a 14 meses e que será pago no ﬁnal de cada ano. A administração da Parmalat aceitou também a concessão de mais um dia de férias, passando para um total de 24 dias e aumentou o montante do subsídio de refeição diário para mais 27 cêntimos. Os trabalhadores mostraram-se disponíveis para aceitar esta parte da proposta, que contempla o aumento salarial e o subsídio de refeição, bem como o prémio extraordinário e o número de dias de férias. Na reunião de dia 8 de Maio irá ser negociado o reforço das escalas e os trabalhadores garantem que não irão fazer cedências nesta vertente.

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Escola Secundária de Azeitão envolvida em mistério

As obras da Escola Secundária de Azeitão, que foram consideradas como uma prioridade das prioridades pela DREL, acabaram por não se concretizar e o estabelecimento de ensino continua com as antigas instalações, sem que haja previsão para que as alterações sejam feitas.

s escolas com amianto continuam a estar na ordem do dia, apesar do Governo considerar que o problema não é grave e será resolvido a seu tempo. Uma das escolas, que foi alvo de queixa é a Secundária de Azeitão. Celestina Neves, presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, lembra “trata-se de uma daquelas escolas provisórias, que foram feitas e que se tornaram deﬁnitivas”. Para a autarca um dos grandes problemas deste estabelecimento “é a falta de um pavilhão desportivo”, mas não deixa de lembrar que “será importante substituir as estruturas e necessita de outras intervenções”. A presidente da Junta de Freguesia faz questão de recordar “aquela es-

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A Escola Secundária de Azeitão continua a ser provisória há algumas dezenas de anos

cola continua a ser um mistério” e esclarece “foi considerada pela DREL como uma prioridade das prioridades para sofrer intervenção”. E não deixa de revelar “Durante o Governo de José Sócrates, quando houve dinheiro para o Parque Escolar, confesso que não me preocupei porque pensei que as obras da

escola iam arrancar, mas nada aconteceu e a escola continuou sem qualquer tipo de intervenção”. Mas a edil de Azeitão confessa a sua admiração, “foi com espanto e sem saber a razão porque é que as obras na Escola Secundária de Azeitão deixaram de ser uma prioridade” e reaﬁrmou “desconheço as razões

que retiraram a prioridade a esta escola, pois não fui alertada, nem esclarecida sobre tal situação”. Celestina Neves não deixa de mostrar o seu desagrado perante a alteração das coisas, pois “agora não há dinheiro e a escola continua sem pavilhão e sem que se procedesse à substituição das coberturas”.

Simulacros de incêndio em escolas promovem cultura de segurança

romover a cultura de segurança e preparar a comunidade escolar para eventuais sinistros são os objectivos dos vários simulacros de incêndio que voltam a ter lugar por vários estabelecimentos de ensino do concelho, durante o mês de Maio. Estes simulacros fazem parte do programa do Dia Municipal do Bombeiro, em curso ao longo deste mês. As Associações de Bombeiros do concelho, em conjunto com a Câmara Municipal de Palmela organizam sete simulacros de incêndio em Escolas Básicas, com o envolvimento da comunidade educativa e de todos os agentes locais de Protecção Civil. Os simulacros enquadram-se no

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Bombeiros realizam simulacros em sete escolas básicas de Palmela

conjunto de acções desenvolvidas pelo Gabinete de Protecção Civil, Corporações de Bombeiros do Concelho, Comando Distrital de Operações de Socorro e Agrupamentos

de Escolas, e destinam-se a exercitar os planos de segurança das escolas, bem como a testar a capacidade de resposta e de organização no terreno de todos os intervenientes.

Estas acções integram a evacuação e socorro às vítimas, prevendo-se uma circulação anormal de viaturas de emergência, o que não deverá despertar qualquer alarme junto da população. Este programa arrancou com simulacro na Escola Básica António de Matos Fortuna, em Quinta do Anjo, seguindo-se a Escola Básica de João Eduardo Xavier, em Pinhal Novo. Amanhã, terça-feira, é a vez da Escola Básica de Cajados (11h); dia 8 de Maio, Escola Básica de Palhota (11h); 13 de Maio, Escola Básica de Brejos do Assa 1 (11h); 27 de Maio, Escola Básica Zeca Afonso, Pinhal Novo (11h); 29 de Maio, Escola Básica José Saramago, Poceirão (11h).

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REGIÃO

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Para o PSD Autoeuropa é exemplo de competitividade

Montijo combate as desigualdades sociais

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O PSD considera que a Autoeuropa Volkswagen é um exemplo de competitividade e inovação e que à semelhança de outras empresas tem apostado fortemente em Portugal.

pós a formalização do maior contrato de investimento dos últimos cinco anos em Portugal, 678 milhões de euros até 2019, a distrital de Setúbal social-democrata sublinha que a Autoeuropa é, “sem sombra de dúvida, um exemplo de investimento directo estrangeiro de grande sucesso no país”. O deputado, vice-presidente da distrital “laranja” e vereador na Câmara Municipal de Palmela, Paulo Ribeiro, lembra que “passados 23 anos e 3,5 mil milhões euros de investimento depois”, a Autoeuropa, teve um papel “essencial” na criação do cluster automóvel nacional e na respectiva rede de Pequenas e Médias Empresas fornecedoras de componentes automóveis. Para Paulo Ribeiro “foram estas empresas, em que cerca de

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O vereador Paulo Ribeiro realça a importância da Autoeuropa

metade delas são portuguesas, que investiram no distrito, no concelho de Palmela, criando emprego, gerando riqueza e

aumentando o consumo”. O responsável do PSD defende que este é um “efeito multiplicador muito positivo que esta unidade

produtiva tem na região de Palmela, no distrito e a nível nacional. A Autoeuropa é um exemplo de que Portugal tem todas as condições para atrair grandes investimentos estrangeiros, sendo necessário para isso continuar a melhorar as condições de competitividade que permitam que investimento e exportações possam ser cada vez mais fortes”, acrescenta. O dirigente social-democrata salienta ainda “a confiança da Autoeuropa no rumo do país e o trabalho do Governo na criação de condições para o investimento e captação de investimento estrangeiro”. A distrital de Setúbal do PSD aponta a Autoeuropa como “um caso paradigmático de competitividade e inovação, que à semelhança de outras empresas tem apostado fortemente em Portugal”.

Comissão Vitivinícola entrega prémios aos melhores vinhos da região

s melhores vinhos da região da Península de Setúbal vão ser conhecidos no concurso organizado pela CVRPS, que se realiza no dia 15 de Maio. Este ano os prémios para os melhores vinhos serão atribuídos aos brancos, tintos, generosos e rosados, que entram a concurso pela primeira vez. É já no próximo dia 15 de Maio que vão ser divulgados os vencedores do Concurso de Vinhos da Península de Setúbal. Trata-se de uma iniciativa promovida pela Comissão Vitivinícola da Região, com o apoio da Caixa de Crédito Agrícola de Entre Tejo e Sado, que visa o estímulo à produção de vinhos de qualidade que tão bons resultados têm dado no concelho de Palmela, com as dezenas de prémios obtidos pelas diversas adegas

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no mais variados concursos Mundiais. Os vencedores da edição 14 do Concurso de Vinhos da Península de Setúbal vão ser conhecidos, como vem sendo hábito nos últimos anos, na Igreja de Santiago, no Castelo de Palmela, no dia 15 de Maio a partir das 19 horas. Em prova estiveram 92 vinhos IG (Regional) Península de Setúbal e DO Palmela e 10 vinhos DO Setúbal que englobam as designações tradicionais Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo. O júri, composto por técnicos das várias regiões vitivinícolas portuguesas, Associação Portuguesa de Enologia, Associação de Escanções de Portugal e ASAE, imprensa da especialidade e representantes da restauração, num total de 22 provadores. O Concurso segue as re-

O projecto Roda Viva permite combater as desigualdades sociais

projecto social Roda Livre vai avançar no Bairro do Esteval e aposta no combate às desigualdades sociais no Montijo. Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal, realça a importância do projecto, que visa “combater as desigualdades sociais e capacitar as pessoas”. O edil explica que têm sido desenvolvidos no concelho projectos que “procuram construir uma sociedade mais equilibrada, mais coesa e mais inclusiva com iniciativas de parceria, que devem

Inscrições abertas para o 13º Curso sobre Ordens Militares

CVRPS vai premiar os melhores vinhos da região

comendações da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e obteve este ano a classificação de Concurso Oficial IVV I.P., classificação que poucos Concursos Vínicos em Portugal detêm. Para além das medalhas de

ouro e prata serão ainda atribuídas as seguintes distinções: melhor vinho branco, melhor vinho tinto, melhor vinho rosado (uma novidade no Concurso este ano), melhor vinho generoso e melhor vinho da Península de Setúbal.

ser valorizadas”. Já Catarina Marcelino, presidente do Centro Social São Pedro, conta que o projecto Roda Viva “ procura combater a pobreza e a exclusão social e tem como objectivo promover acções na área da empregabilidade, do desenvolvimento parental, das competências sociais dos jovens, da cidadania e do desenvolvimento comunitário”. O projeto Roda Viva irá contar com uma Oficina de Bicicletas e ajudará a criar uma associação de ciclismo.

Comendas urbanas das Ordens Militares" é o tema em debate no 13º Curso sobre Ordens Militares, cujas inscrições estão a decorrer até quinta-feira. A iniciativa tem lugar nos dias 10 e 11 de Maio, no Auditório da Biblioteca Municipal de Palmela, sob organização conjunta do GEsOS - Gabinete de Estudos sobre a Ordem de Santiago da Câmara Municipal de Palmela e da Universidade do Algarve, sob consultoria científica do professor Luís Filipe Oliveira (Univ. Algarve). Nesta edição, propõe-se um novo olhar sobre a implantação das ordens no espaço urbano, com as suas comunidades, para analisar o papel que cabia aos freires na vida e

na economia locais, reconstituindo as redes de vizinhança e solidariedade desse tempo. O impacto dos conventos e das sedes das comendas no ordenamento do espaço das cidades da Europa medieval e o envolvimento dos freires nos circuitos económicos locais têm sido temas pouco abordados na historiografia das ordens, uma lacuna que se pretende preencher. O programa do curso é complementado pelo lançamento da publicação "Arcebispo e Maçon. O Padre Marcos na reforma liberal do estado e da igreja (1820 - 1851)" de Francisco Carromeu, Edições Colibri, e por uma visita de estudo guiada a Setúbal e aos conventinhos de Alferrara.

DESPORTO

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Vitória foi à festa para picar o ponto

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Declarações do mister

1ª Liga Sadinos destemidos foram premiados em dia de celebração benfiquista. Pedro Tiba encheu as medidas e coloriu de verde a festa encarnada. [ DR]

RESULTADO

Benfica

VITÓRIA

Uma iniciativa individual de Pedro Tiba valeu uma grande penalidade, o empate e o 14.º golo a Rafael Martins na Liga

POR JOAQUIM GUERRA

nvolto no ambiente de festa encarnada, o verde sadino sobressaiu pela atitude competitiva descomplexada com que a equipa do Vitória encarou a partida da penúltima jornada do campeonato. Frente ao Benfica, perante os olhos de mais de 52 mil adeptos do novo campeão nacional, José Couceiro, treinador dos vitorianos, entregou a titularidade da lateral-esquerda ao paraguaio Marcos Acosta para parar as investidas de Salvio e o vitoriano deu conta do recado. A alteração técnica sadina em nada alterou a estratégia táctica do 4x3x3 e a reconhecida filosofia positiva do futebol verde e branco. De facto, nos primeiros 15 minutos, Ricardo Horta, Zéquinha e Rafael Martins mostram-se irrequietos e estiveram perto de surpreender. A atitude vitoriana, sus-

tentada pelas manobras esforçadas e eﬁcazes no meio-campo promovidas por João Mário e Pedro Tiba, permitiu aos sadinos equi-

Ra,Ra, Rafael E o avançado voltou a marcar. Não tremeu na hora de cobrar o penálti e festejou o seu 14.º golo ao serviço do Vitória no campeonato. Rafael Martins é artilheiro e deve ter deixado alguns clubes ávidos pela sua contratação. Não só pela eﬁcácia, mas pela forma como se movimenta no ataque. Tem tantos golos assinados quantos o avançado benﬁquista Lima. Atenção, ainda falta um jogo para terminar a prova! librarem a zona central do campo frente a um adversário que tem reconhecido poderio naquele sector. Na primeira metade, a toda de jogo foi morna, e só depois da meia-hora as

‘aguias’ tentaram molhar o bico, com Luisão a cabecear sobre a barra. As duas equipas foram para os balneários sem terem proporcionado festejos aos adeptos. Contudo, a boa imagem vitoriana deixava antever que o segundo tempo traria renovadas emoções.

Benfica acelerou mas Tiba travou O nulo registado ao intervalo incomodou o Benﬁca. Jorge Jesus fez entrar Lima e os ‘encarnados’ imprimiram desde cedo grande velocidade ofensiva. E o golo, chegou… Uma triangulação perfeita á entrada da área sadina rasgou a linha defensiva vitoriana e André Gomes atirou a contar. Agitaram-se os cachecóis na festa dos campeões, mas ainda havia tempo para os sadinos mostrarem as suas credenciais. Num jogo que encheu, de certeza, os olhos a muitos observadores, Pedro abriu o livro e contou dois epi-

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sódios para mais tarde recordar. Apenas seis minutos depois do golo encaixado, o médio sadino numa incursão pela esquerda, entrou na área e, num passe de letra, entregou em Paulo Tavares, que rematou forte para a defesa da tarde de Paulo Lopes. O Vitória, desinibido, voltou a chamar as atenções, e desta vez para concretizar. Aos 74 minutos, o suspeito do costume (Pedro Tiba) voltou à asa esquerda das ‘aguias’ para fazer estragos. Num trabalho individual, forçou a entrada na área, mas Maxi Pereira aplicou-lhe o sinal vermelho à margem das regras. Falta indiscutível e penálti a favor do Vitória. Na cobrança, Rafael Martins, não facilitou e atirou com força para o fundo da baliza. Por toda a entrega dos jogadores sadinos ao longo da partida, o desfecho é inteiramente merecido. Desde 1 de Dezembro de 2008 que os vitorianos não pontuavam na Luz.

José Couceiro, técnico do Vitória

“Penso que este empate no terreno do campeão é um prémio merecido para a minha equipa. O empate final foi justo. O Benfica está muito bem, confiante e fez tudo para ganhar o jogo. Nós não entrámos bem, não fomos pressionantes, mas depois adaptámo-nos ao relvado que é mais rápido do que o nosso e melhorámos na segunda parte”. “Aliás, o próprio jogo melhorou muito na segunda parte. Nesse aspeto acaba por ser um prémio justo para estes jovens do Vitória que não estão habituados a jogar em ambientes destes com tanta gente”. “Ainda temos um jogo muito importante na

Estádio da Luz 29.ª Jornada, Liga, 18 horas 52 345 espectadores

Benfica Paulo Lopes (GR), Maxi Pereira ■ 74 m, Luisão, Jardel, Siqueira (Enzo Perez, aos 62 m ■ 73 m), André Almeida, André Gomes, Salvio, Sulejmani (Gaitán, aos 69 m ■ aos 87 m), Djuricic (Lima, aos 46 m) e Cardozo. Treinador Jorge Jesus. VITÓRIA Kieszek (GR), Marcos Acosta, Ozéia ■ aos 89 m, Venâncio, Pedro Queirós, Dani, Pedro Tiba, João Mário, Ricardo Horta (Paulo Tavares, os 64 m ■ aos 82 m), Zéquinha (Miguel Pedro, aos 78 m) e Rafael Martins (Betinho aos 89 m). Treinador José Couceiro Árbitro Duarte Gomes (AF Lisboa)

GOLOS 1-0, por André Gomes, aos 60 m. 1-1, por Rafael Martins, aos 76 m, de Grande Penalidade.

próxima jornada, porque está em causa a classificação de terceiros e a própria classificação do Vitória, porque queremos ficar nos oito primeiro lugares. Temos de abordar esta semana de trabalho de forma séria”. “Até onde podem chegar Pedro Tiba, João Mário e Ricardo Horta? O sucesso faz-se em primeiro lugar de forma cocletiva. Depois eles podem sobressair pela qualidade que têm. O Tiba, o João Mário e Horta são jogadores de muita qualidade, mas temos mais: o Rafael Martins, por exemplo, o próprio Dani tem sido um pêndulo no meio-campo”. “Nós temos valido como equipa e a equipa tem ajudado esses jogadores a sobressaírem. Até onde podem chegar? Não sei. O futebol é muito volátil. Mas têm margem para evoluir e espero que continuem a evoluir como até aqui.”

Classificação Liga - Jornada 29 Nacional - Sporting Braga - Marítimo Benﬁca - VITÓRIA Rio ave- P. Ferreira Olhanense - F.C. Porto Arouca - Gil Vicente Académica - Guimarães Estoril - Belenenses

Benfica Sporting FC Porto Estoril Nacional Marítimo Braga VITÓRIA Académica Guimarães Rio Ave Arouca Gil Vicente Belenenses Olhanense P. Ferreira

J 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29

V 23 20 18 14 11 10 10 9 8 9 8 8 7 5 6 6

E 5 7 4 9 12 8 7 9 10 5 8 7 7 10 6 6

1-1 1-1 1-1 0-0 2-1 1-0 0-0 1-1 D 1 2 7 6 6 11 12 11 11 15 13 14 15 14 17 17

M-S 56-16 54-19 55-24 41-26 43-32 39-44 39-36 38-40 21-33 29-35 21-34 28-41 22-37 18-33 20-46 26-55

P 74 67 58 51 45 38 37 36 34 32 32 31 28 25 24 24

Próxima jornada - 11 Maio Belenenses - Arouca; P. Ferreira Académica; Sporting - Estoril; Gil Vicente - Nacional; FC Porto - Benﬁca; Maritimo Rio Ave; VITÓRIA - Olhanense; Guimarães - Braga.

Pedro Queirós desvendou o segredo dos vitorianos Olhanense no Bonfim fecha as contas da Liga

defesa-direito do Vitória, Pedro Queirós, afirmou, no final da partida, que “ficou demonstrado que temos uma excelente equipa”. O capitão de equipa do sadinos reforçou que “frente ao campeão nacional o

[ ARQUIVO]

Vitória realçou o valor da sua equipa e o porquê do registo classiﬁcativo que ocupa”. E será o 8.º lugar com que saíram da Luz que os jogadores sadinos querem terminar a época. “Queremos ﬁcar nessa posição e

vamos lutar até ao fim”. E afinal qual é o segredo deste Vitória? A resposta saiu pronta e esclarecedora: “União, espírito de sacrifício e humildade de todos”. Os três valores que fizeram somar mais um ponto.

Vitória despede-se do campeonato no próximo domingo, às 16 horas, no Estádio do Bonﬁm. A recepção ao Olhanense marca a despedida da época, mas o jogo promete ser recheado de competitividade.

Os algarvios precisam de vencer para alimentar ténues esperanças de salvação. O Vitória quer conﬁrmar a conquista do 8.º lugar da competição. Objectivo, entretanto reajustado e que será prémio merecido.

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DESPORTO

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Centena a pedalar em nome da paixão pelas bicicletas [ DR

Homenagem a “Miúdo”

POR JOAQUIM GUERRA

“

Para o ano voltem a contar connosco”. A garantia foi expressada no final da manhã de ontem, no Largo José Afonso, à beira-Sado, aos elementos da organização da V edição do Encontro de Bicicletas Antigas de Setúbal, por um dos muitos grupos de participantes oriundos de vários pontos do país, depois de concluído o evento. Dos oito aos oitenta, chegaram à concentração por volta das 9 horas com o Sol sadino a dar as boas-vindas aos apaixonados pelas bicicletas com história. Com a parceria da Associação de Ciclismo de Setúbal, o encontro arrancou com uma animada gincana para os mais jovens, num momento aproveitado para lançar sementes em nome da prática velocipédica. “Tudo o que for para promover a modalidade é sempre bem-vindo. Este é um dia de festa das bicicletas que concentra muitos adeptos e ao qual nos merece um apoio sempre especial”, elogiou a O Setubalense Eduardo Guilherme, presidente da associação regional.

I Distrital - Jornada 25 Paio Pires - Alcochetense U. Banheirense - Arrentela M. Caparica - Amora Sesimbra - Palmelense Fabril - B. M. Almada Grandolense - Alfarim Pescadores - Almada U. Santiago - C. Industria V 20 17 15 15 11 11 11 10 10 9 7 6 6 5 3 1

E 2 3 5 4 11 9 6 6 5 6 6 7 2 3 7 4

D 3 5 5 6 3 5 8 9 10 10 12 12 17 17 15 20

As bicicletas antigas passearam-se por Setúbal e proporcionaram através do encontro sadino um reviver de pedaladas com História

Passeio deu mais cor à cidade As autênticas relíquias de duas rodas embelezaram diversas artérias da baixa sadina. Muitos dos participantes trajados a rigor, os ciclistas passearam as suas beldades durante uma hora e não deixaram ninguém indi-

Classificação

J Fabril 25 Amora 25 Alcochetense 25 Grandolense 25 Almada 25 U. Banheirense 25 M. Caparica 25 Alfarim 25 U. Santiago 25 B.M. Almada 25 Palmelense 25 C. Industria 25 Sesimbra 25 Arrentela 25 Paio Pires 25 Pescadores 25

1-4 3-0 1-2 1-2 3-1 1-0 0-2 1-0 M-S 49-15 53-21 49-19 44-28 34-22 37-22 36-31 34-27 37-36 37-38 29-45 28-37 31-55 23-56 19-47 19-60

P 62 54 50 49 44 42 39 36 35 33 27 25 20 18 16 7

Próxima jornada - 11 Maio Arrentela - Alcochetense - Amora - U. Banheirense; Palmelense - M. Caparica; BM Almada - Sesimbra; Alfarim - Fabril; Almada - Grandolense - C. Industria Pescadores; U. Santiago - Paio Pires.

C.N.S. Subida Sul - Jornada 12 Loures - Pinhalnovense 2-3 Ferreira - BC Branco 1-2 U. Luiria - Sertanense 1-1 Mafra - Oriental 0-1 J V E D M-S P Benfica C.B. 12 7 2 3 24-10 23 Oriental 12 7 2 3 18-10 23 U. Leiria 12 5 3 4 13-16 18 Sertanense 12 4 5 3 17-16 17 Mafra 12 4 4 4 11-11 16 Ferreiras 12 5 1 6 20-19 16 Pinhalnovense 12 3 2 7 17-21 11 Loures 12 3 1 8 12-29 10 Próxima jornada - 11 Maio U. Leiria - Benfica CB; Pinhalnovense Ferreiras; Sertanense - Mafra Ferreiras; Oriental - Loures.

Classificação II Distrital - 2ª Fase -Jornada 7 Ch. Caparica - V. Gama 1-0 Est. Faralhão - Ol. Montijo 1-0 AD Qtª Conde - Moitense 1-1 J V E D M-S P Ol. Montijo 7 5 1 1 11-4 32 Ch. Caparica 7 3 2 2 11-9 26 AD Qtª Conde 7 4 1 2 11-7 24 V. Gama 7 4 0 3 11-6 21 Moitense 7 1 2 4 7-13 15 Est. Faralhão 7 1 0 6 8-20 14 Próxima jornada - 11 Maio Vasco da Gama - Quinta do Conde; Estrelas do Faralhão - Ch. Caparica; Moitense - Olímpico do Montijo.

ferente aquando da sua passagem. Afinal, não é todos os dias que nos fazem recuar na História e podermos ver de perto autênticas obras de arte, algumas com mais de meio século de pedaladas. A ideia de lançar a iniciativa ganhou forma há cinco anos. Joaquim Semedo, antigo ciclista

que seguiu uma ligação profissional ligada às bicicletas, foi o responsável por dar corpo ao encontro, que desde então já é tido como uma tradição sadina. “Já vi que isto não vai parar. A adesão das pessoas é muito gratificante e o espírito do encontro é ímpar. Para o ano cá estaremos para novo conví-

vio”, começou por afirmar. Assumido, “um balanço extraordinário”, Joaquim, pai do antigo campeão de BTT, David Semedo, vincou a participação da PSP de Setúbal, força policial que destacou elementos para acompanhar a caravana. “Fizeram um trabalho excelente, e de bicicleta”.

Patinagem do Sado brilhou na Holanda

exibição do conjunto do Clube de Patinagem do Sado na classe de grupos pequenos valeu o 9.º lugar no Campeonato da Europa de Show e Precisão, realizado recentemente em Almere, Holanda, naquele que foi o melhor registo da competição, conseguido por emblemas lusos naquela especialidade. Com 18 atletas, o clube sadino competiu ao lado dos melhores patinadores europeus e reforçou a sua experiência internacional. Além do resultado de grupos pequenos, o CPS obteve os seguintes resultados: 16.º lugar, em quartetos de cadetes, 14.º em

Vitória corre pelo título nacional no futebol de praia [ DR

O clube de patinagem do sado levou 18 atletas ao Europeu

quartetos e 12.º em grupos grandes. A competição vira-se agora para o plano regional. O CPS vai participar

nualmente, o encontro traz à memória antigos praticantes. A edição 2014 serviu para homenagear António ‘Miúdo’, epíteto atribuído por ser de baixa estatura, um sadino que vestiu a camisola do ciclismo do Vitória e que viveu sempre apaixonado pelas bicicletas. A convite da organização, Maria Trindade, filha de “Miúdo” agradeceu com emoção a lembrança. “Marcou-me muito esta homenagem ao meu pai. É inteiramente merecida. Ele sempre teve a paixão das bicicletas, foi ciclista n.º 1 do Vitória e esteve ligado a tudo o que estava relacionado com as duas rodas durante a sua vida”, contou ao nosso jornal a descendente do conhecido setubalense, falecido em 1995, aos 87 anos.

nos campeonatos distriais, a realizar dia 31 em Grândola, 1 de Junho em Paio Pires e 14 de Junho em Santo André.

Vitória é uma das quatro equipas da região que tem presença garantida no II Campeonato Nacional de futebol de praia organizado pela FPF. Além dos sadinos, Sesimbra, Alfarim e Charneca de Caparica representarão a AF Setúbal no evento, que este ano integra, pela primeira vez, a Taça de Portugal da modalidade. Dia 31 de Maio é a data agendada para o arranque do campeonato cujo sorteio será realizado no próximo dia 12. Sesimbra é o local apontado para receber uma das etapas regionais na 1.ª fase.

ÚTEIS/ LAZER

SEGUNDA-FEIRA 05.MAIO.2014

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PASSATEMPOS - SUDOKU Soluções

Cinema CASA DA CULTURA - SALA JOSÉ AFONSO

Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1 - 1º andar • 2900-389 Setúbal Serv. Adm. Tel. 265 094 354 • Telem. 912 277 601 Redacção Tel. 265 092 633 e-mail: geral@osetubalense.com

1 Nem tudo o que brilha (Tout ce qui brille) 8 de Maio, 21h30

Sinopse:

o âmbito do ciclo “O Filme Francês do Mês”, com entrada gratuita. Uma comédia de Géraldine Nakache sobre duas raparigas dos subúrbios de Paris que tentam experimentar, por uma vez, o luxo e o requinte que só o centro da cidade das luzes pode proporcionar.

Ely e Lila são as protagonistas. São como duas irmãs, partilham tudo e sonham com outra vida. De pequenas confusões a grandes mentiras, vão fazer de tudo para tentar entrar num mundo que não é o delas e onde tudo lhes parece possível. Mas nem tudo o que brilha…

4•30•31•38•42 + 2•11 Telefones Úteis

Teatro FÓRUM LUÍSA TODI

1 “Terra Fogo. Mar e Céu. E a Vontade dos Homens” Até 8 de Maio - 21h00

Grupo de Teatro Metáforas estreia a peça “Terra Fogo. Mar e Céu. E a Vontade dos Homens”, na próxima quinta-feira, às 21h00, no Fórum Municipal Luísa Todi. Uma peça que “retrata as origens da nossa identidade enquanto nação, um testemunho épico feito de tragédias e triunfos, de sacrifícios e coragem, verdade e mito, heróis e gente comum”. “No enredo há ciclos de glória e cegueira, democracia e tirania, num convite à reflexão sobre a im-

Tempo HOJE

Protecção Civil de Setúbal 800 212 216

Capitania Porto de Setúbal 265 548 270

Protecção à Floresta 177 Táxis 913 201 015 935 910 222 962 012 727

AMANHÃ

CP de Setúbal 265 526 845

TST Setúbal 265 009 721

Céu pouco nublado

Cruz Vermelha Portuguesa 265 522 578 Intoxicações 808 250 143

Revolução dos Cravos na companhia da música e poesia de José Afonso e Ary dos Santos. O espectáculo conta com coreografias de Manuel Galrinho e Sofia Rosado e a participação especial dos SemperT'unos.

12•14•34•44•47 + 9

Câmara Municipal de Setúbal 265 541 500

GNR de Setúbal 265 540 287

portância de um Portugal renascido, de uma nação que levanta voo de novo, através do sonho e da vontade”. Integrado nas comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, a peça tem momentos evocativos da

TOTOLOTO

EUROMILHÕES

Piquete Águas do Sado 265 529 800 Piquete EDP 800 506 506 Polícia de Segurança Pública 265 522 022 Polícia Marítima 265 548 275

LINHA DE EMERGÊNCIA Bombeiros Sapadores de Setúbal 265 522 122 Bombeiros Voluntários 265 523 523 Protecção Civil 265 523 223 Cruz Vermelha Portuguesa 965 394 3910

28º 16º

Céu limpo

26º 12º

Marés HOJE Hora

01:46 08:07 14:08 20:34

Altura (m)

0.91 2.91 1.12 3.01

Baixa-mar Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar

AMANHÃ Hora

02:54 09:18 15:23 21:49

Altura (m)

1.04 2.79 1.23 2.94

Baixa-Mar Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar

Título registado na ERC sob o n.º 107552; Propriedade: Carlos Bordallo-Pinheiro; Director: João Abreu - director@osetubalense.com; N.º Registo Legal 8/84; Jornalistas: (Cf. n.º 3 do art.º 14.º do Dec.-Lei n.º 56/2001 de 19/2); Redacção: Tel: 265 092 633; redaccao@osetubalense.com - Vera Mariano - C.P.J. n.º 5213 - vera.mariano@osetubalense.com; Vera Gomes - vera.gomes@osetubalense.com; Colaboradores: Joaquim Guerra (Desporto) C.P.J. 9461 - joaquim.guerra@osetubalanse.com; Fátima Brinca (Região) - C.P.J. n.º 2574 - fatimabrinca@gmail.com; Joaquim Gouveia (Cultura e Reportagem) - C.P.J.TE n.º 644 - quim.gouveia@sapo.pt; Brissos Lino; Giovanni Licciardello; Departamento Comercial: Mauro Sérgio - mauro.sergio@osetubalense.com; Departamento Administrativo: Tel: 265 094 354 • 912 277 601; Ana Almeida - ana.almeida@osetubalense.com; Branca Belchior - branca. belchior@osetubalense.com; Cessionário e Editor: Setupress - Soc. Editora, Lda. - Pessoa Colectiva com o n.º 510 965 423 com domicílio na Travessa Gaspar Agostinho n.º 1 - 1º Andar - 2900-389 Setúbal; Gerentes: Carlos Bordallo-Pinheiro; Maria Luisa Bordallo-Pinheiro; José Araujo; Proprietário com mais 10% do capital social: Bordalo Pinheiro, Lda; Tiragem: 5000 ex.; - Fotocomposição e Arte Final: Setupress - Soc. Editora, Lda. - Travessa Gaspar Agostinho n.º 1 - 1º Andar - 2900-389 Setúbal; Impressão: Tipografia Rápida de Setúbal - Travessa Jorge D'Aquino, 7 - 2900-427 Setubal - trapida@bpl.pt

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ÚLTIMA HORA

SEGUNDA-FEIRA 05.MAIO.2014

[ FOTOS: DR

Força aérea obrigada a intervir em salvamento na Arrábida

Estado de degradação do passadiço de acesso ao restaurante Farol

Desassoreamento coloca U em risco restauração no Portinho da Arrábida O desassoreamento, aliado às grandes vagas marítimas, no Portinho da Arrábida, tem feito estragos ao longo dos anos e, o acesso ao restaurante Farol está mesmo em perigo, com o iminente desabamento do passadiço que liga este aos restantes estabelecimentos e parque de estacionamento.

antiga Administração Regional Hidrográfica do Alentejo, agora Associação Portuguesa do Ambiente (APA), responsável pela zona, efectuou obras de consolidação no local há cinco anos, com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal mas hoje verifica-se que o mar, nas alturas de maré cheia, encontra forma de entrar por baixo deste acesso, fragilizando-o. O Setubalense dirigiu-se ao local para perceber o estado da situação e contactar os proprietários dos estabelecimentos de restauração. Orlando Soares, do Farol, explica que “as obras no acesso ao restaurante e às próprias casas são urgentes”, lembrando ainda o imenso areal que cobria o Portinho há quarenta anos, ligando-o ao Creiro e que hoje já não existe. Por seu lado, André Esteves, proprietário do restaurante O Galeão, verifica que a solução para o Portinho da Arrábida passa pela construção de um pontão, que trave a força do mar, e uma reposição das areias no local. Este restaurante tem sido mais prejudicado com a força do mar dado que as vigas que apoiam a esplanada

estão assentes na areia. “De dois em dois anos é necessário fazer obras de consolidação dos alicerces e cada intervenção ronda os 20 mil euros”, admite André Esteves. No mesmo sentido do que será realizado na Costa da Caparica, com a APA

te do Clube da Arrábida, explica a O Setubalense que, “ao contrário da Costa da Caparica, onde esta situação é repetida ao longo dos anos e tem de ser assim, porque há populações em risco, foi já realizado um estudo de impacto ambiental

so alguma medida para inverter o desassoreamento do Portinho da Arrábida, mas, até ao momento, não obteve resposta. “O Portinho da Arrábida é o melhor cartão de visita que Setúbal pode ter, com uma vista inigualável em

m helicóptero da Força Aérea Portuguesa foi obrigado a intervir no salvamento de um homem que na noite de sábado caiu nas escarpas, junto ao Bico dos Agulhões, em pleno parque natural na União de Freguesias de Azeitão. O alerta chegou à Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal pelas 23h15 e foi dado por um pescador que assistiu à situação. O indivíduo estrangeiro, de ascendência alemã, com 53 anos de idade, foi resgatado apenas às sete da manhã deste domingo depois de os bombeiros sapadores perceberem que o salvamento seria impossível de ser executado por

via pedestre. Os motivos pelos quais o homem se encontrava naquele sítio ou se estava acompanhado na altura do incidente são desconhecidos. A operação de socorro foi liderada pela Polícia Marítima, sendo que a vítima foi encaminhada para o Hospital do Montijo com ferimentos ligeiros, às 7h45. No local, para além dos bombeiros sapadores, duma lancha da Polícia Marítima e do helicóptero da Força Aérea Portuguesa, esteve ainda o INEM. Até ao fecho desta edição, o individuo ainda estava internado na unidade de clínica geral do Hospital do Montijo sem alta prevista.

Despiste junto às portagens de Setúbal provoca um morto e dois feridos graves

Restaurante O Galeão assenta sobre um pontão que precisa de obras

a anunciar, na passada sexta-feira, que vai levar a cabo, antes do Verão, o enchimento artificial de areia de sete praias da Costa da Caparica, intervenções orçadas em mais de seis milhões de euros, o mesmo poderia ser aplicado no Portinho da Arrábida. Pedro Vieira, presiden-

para impor um carácter definitivo na resolução do problema do desassoreamento no Portinho da Arrábida, porém a APA ainda não deu qualquer tipo de resposta”. O Setubalense entrou em contacto com a Associação Portuguesa do Ambiente para tentar perceber se está em cur-

qualquer parte do mundo, mas hoje é completamente esquecido por todas as entidades que têm jurisdição na área”, desabafa Orlando Soares, para quem “o passar de responsabilidades de uma entidade para outra apenas prejudica o turismo e toda a actividade económica que existe no Portinho da Arrábida”.

despiste de um veículo ligeiro de passageiros após as portagens da A12 à entrada de Setúbal pelas 19 horas de sábado, no sentido Norte-Sul, provocou uma vítima mortal e dois feridos graves. A viatura despistou-se sozinha e embateu contra umas árvores fora da faixa de rodagem. A vítima mortal foi transferida para a morgue do Hospital de São Bernardo. Um dos feridos graves, do sexo masculino, com 53 anos, encontra-se actualmente no Serviço de Observação desta unidade hospitalar sem data prevista para alta. O outro homem, com 27 anos, foi transferido para o Hospital Garcia de Orta em Almada. O Hos-

pital de São Bernardo não pôde avançar mais detalhes sobre o estado médico destes indivíduos a O Setubalense. De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal, no local do incidente estiveram 18 elementos das variadas forças de segurança e assistência médica, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação do INEM, Brisa, Bombeiros Voluntários de Palmela e Núcleo de Investigação Criminal da GNR, entidade que O Setubalense contactou para perceber os motivos do incidente mas até ao momento mostrou-se indisponível para prestar qualquer esclarecimento.