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BARREIRO PJ investiga do Seixalinho

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Assembleia Municipal reúne no Barreiro em quatro sessões

A Assembleia Municipal do Barreiro reúne hoje, a partir das 21h00, no Auditório Manuel Cabanas, nas instalações da biblioteca situada na urbanização do Palácio de Coimbra, naquela que será a primeira de um conjunto de quatro sessões ordinárias dos deputados barreirenses. Previstos estão ainda três outros encontros daquele órgão, o segundo dos quais amanhã e nos próximos dias 15 e 17 deste mês, à mesma hora, que vão contar com a participação da população no período de intervenção do público, que volta a ser presencial.

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BARREIRO PJ investiga homicídio no Alto Seixalinho que terá sido um acerto de contas

Na noite de sexta-feira, o Barreiro foi palco do homicídio de um homem, à queima-roupa. Os suspeitos continuam a monte

Ana Martins Ventura

O homem assassinado dia 4 de Dezembro na Rua Doutor António Pacheco Nobre, zona do Alto do Seixalinho, concelho do Barreiro, terá sido vítima de um acerto de contas. Segundo testemunhas e comerciantes, que exercem a sua actividade próximo do local do crime, relataram a O SETUBALENSE que foram disparados dois tiros que provocaram a morte deste homem. Os disparos foram, alegadamente, efectuados por um homem que esteve, várias horas, dentro de um automóvel marca Peugeot, de cor escura, estacionado nas imediações do local do crime. Mas, há um mês, a vítima já tinha sido esfaqueada no Barreiro.

“Pelas 20h10, eu já tinha encerrado a loja, estava a fazer limpeza e ouvi um primeiro estrondo, mas pensei que tivesse sido um acidente ou alguma coisa a cair, numa casa próxima. Logo a seguir outro estrondo e gritos. Da porta da loja vi então um homem de gorro e luvas a segurar a arma, uma caçadeira, ao que parecia, e outro homem dentro de um Peugeot. Depois arrancaram”, relata esta testemunha que trabalha num estabelecimento de estética próximo do local do crime, mas prefere manter o anonimato por temer represálias.

A mesma testemunha recorda ainda que “há um mês o rapaz já tinha sido atacado e ferido com facadas, também numa rua do Barreiro”. Quantos às razões do crime, a testemunha afirma que pouco se sabe sobre a vítima e as suas ligações no Barreiro ou fora da cidade. “Era de Matosinhos. Namorava há um ano

Testemunha diz que o rapaz, vitima de homicídio, já tinha sido atacado e ferido à facada noutra rua da cidade

com uma rapariga que mora aqui perto [na Rua Pedro Nunes]. Era reservado. Agora fala-se em assuntos de tráfico e que tudo isto foi um acerto de contas”.

Uma mulher que reside próximo da Rua Pedro Nunes, perpendicular da Rua Doutor António Pacheco Nobre, também refere “tráfico de droga e talvez mais”. E recorda que é do conhecimento público que o rapaz fazia muitas viagens a Espanha. Mas ninguém quer falar abertamente o que pensa por medo de represálias”.

Resposta Intervenção policial e assistência médica foi imediata

Na passada sexta-feira a Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou à agência Lusa que a vítima foi baleada com dois tiros de caçadeira e o atirador estaria em fuga. Ontem, em declarações a O SETUBALENSE, o comissário Domingos da Direcção Nacional da PSP, indicou que “o caso prosseguiu para investigação pela Polícia Judiciária, não havendo mais informações disponíveis no momento”.

Já o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal confirmou a O SETUBALENSE que o alerta sobre a ocorrência no Alto do Seixalinho chegou aos Bombeiros do Barreiro, efectivamente, pelas 20h15.

“Além dos bombeiros, para o local foi mobilizada uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Centro Hospitalar Barreiro Montijo. No local verificouse que a vítima havia sido baleada no maxilar e estava em paragem cardiorrespiratória. Foram realizadas manobras de reanimação, mas o óbito acabou por ser declarado no local”.

Também estiveram presentes no local 14 operacionais da Divisão Policial do Barreiro, apoiados por cinco veículos.

A funcionária de um café próximo ao local do crime, que também opta pelo anonimato, confirma que se tratava de “um jovem reservado, sem o hábito de convívio entre os vizinhos”.

Esta testemunha, que accionou o pedido de socorro para o INEM, “pelas 20h10”, recorda que, no momento, não percebeu “a real situação”.

Minutos antes tinha escutado na rua “vozes alteradas e uma mulher a dizer: ‘não o mates’”. Mas, afirma, considerou que fosse “uma briga por causa de namoros”. Depois, escutou os “estrondos” e quando chegou à porta viu “um homem no chão e uma mulher a pedir socorro”. A assistência, “médica e da polícia, chegou poucos minutos depois”.

A Polícia Judiciária já esteve no local “a examinar tudo e. até agora, nós, vizinhos, comerciantes, não sabemos mais nada. Mataram um homem à nossa porta e temos medo”, conclui.

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