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Moitense em alta para duelo com SC Braga

José Alexandre é o novo treinador do U. Santiago

José Alexandre Bruno, de 46 anos, foi a escolha do U. Santiago para substituir Pedro Duarte no comando técnico da equipa de futebol sénior que se encontra no último lugar da tabela classificativa, com apenas um ponto conquistado no empate que obteve em Grândola. O novo treinador da equipa alentejana foi coordenador da Academia Benfica Kharkiv, na Ucrânia, e adjunto de Bruno Lage na formação do Sport Lisboa e Benfica, coordenou vários projectos de formação em Portugal e no estrangeiro e na época de 2018 / 2019 foi treinador do União Futebol Clube Moitense na 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal. Para além de treinador principal da equipa sénior, José Alexandre Bruno, vai também supervisionar o futebol do União Sport Club.

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DAVID NOGUEIRA E O ESTADO DE ESPÍRITO DO MOITENSE PARA O DUELO COM O BRAGA “Os jogadores estão extremamente motivados e todos querem jogar”

O clube não pode fazer qualquer treino de adaptação ao relvado onde vai jogar mas entende que isso não é motivo de preocupação

José Pina

União Futebol Clube Moitense recebe no próximo domingo às 15 horas o Sporting Clube de Braga em jogo a contar para a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.

O jogo estava inicialmente marcado para o Juncal Desportos mas o interesse na transmissão televisiva obrigou o clube a procurar outro local e a opção foi o Estádio Alfredo da Silva, no Lavradio, que vai assim ser palco do histórico encontro que vai colocar frente a frente um dos três resistentes do futebol distrital e o actual detentor do troféu.

Será com toda a certeza um dia para mais tarde recordar, um dia histórico para o clube, para os seus adeptos, dirigentes, treinadores e para os próprios jogadores que vão ter oportunidade de defrontar uma das melhores equipas da I Liga.

O treinador David Nogueira, de 28 anos, que tem vindo a realizar um excelente trabalho no Moitense e esta época ainda não perdeu qualquer jogo, em declarações a O SETUBALENSE falou sobre a importância do encontro e a forma como os jogadores estão a encará-lo.

“O grupo de trabalho está muito entusiasmado. Para todos nós é o ponto mais alto da nossa carreira. Se me dissessem que aos 28 anos iria defrontar o Sporting Clube de Braga para a Taça de Portugal, como treinador, não acreditava. Os jogadores estão extremamente motivados e todos querem jogar este jogo, mais que qualquer outro. O facto de defrontarmos o actual detentor do troféu deixa-nos apreensivos como é óbvio, porque estamos a falar de uma

DR

Treinador David Nogueira diz que o grupo de trabalho está entusiasmado

João Soeiro “Para que o jogo fosse no Juncal teríamos que abdicar da transmissão televisiva”

“Este é um dos momentos mais marcantes não apenas da vida do clube mas também do desporto no concelho da Moita”, referiu a propósito o presidente do clube João Soeiro que chegou a equacionar a realização do jogo no Juncal Desportos. “Para que tal fosse possível teríamos que abdicar da transmissão da Sport TV, e não é todos os dias que nos podemos orgulhar de fazer chegar o nome do clube e da Moita a milhares de pessoas. O nosso último jogo da época passada foi visto por mais de 200 mil pessoas. O facto de a Moita, ser sede de concelho, com um clube quase centenário, e não dispor de um palco para receber um jogo desta natureza, é algo que merece uma justa reflexão”. Normalmente quando os clubes grandes visitam os mais pequenos costumam abdicar da receita de bilheteira, mas neste caso parece que isso não vai acontecer. “Até ao momento, não tenho qualquer indício que o Braga tenha essa gentileza para com o Moitense”, adiantou João Soeiro que não faz a mínima ideia de quanto pode vir a lucrar. “Como é sabido o jogo obriga a uma logística e despesas que acrescem também por não se realizar na Moita. Por isso, só no final pagas as despesas e feita a divisão pelas partes, se vê o que sobra, se é que vai sobrar”. A concluir, João Soeiro reclama mais apoio para o clube que tem sido o grande embaixador da Moita. “Ter chegado até aqui é um justo prémio para os homens e mulheres que diariamente, inclusive aos fins-de-semana, dedicam muito do seu tempo ao União FC Moitense, recebendo como recompensa a satisfação da crescente dinâmica e êxitos desportivos do clube. Até aqui tem sido o clube a puxar pela terra. Quando for a Moita a puxar pelo seu emblema, aproveitando o desenvolvimento visível a todos os níveis, então atingiremos objectivos mais ambiciosos”, rematou.

equipa de primeira liga, um grande do futebol português que tem presença assídua nas competições europeias e que é superfavorito”, começou por dizer o jovem e promissor treinador.

Que os jogadores se divirtam O jogo vai realizar-se num campo de relva natural, que à partida favorece o adversário, e o Moitense nem sequer vai ter oportunidade de fazer qualquer treino de adaptação, mas isso não é motivo de preocupação para David Nogueira.

“No futebol distrital, tanto nós treinadores, como os jogadores, estamos habituados a adaptar-nos constantemente. Mesmo no dia-a-dia é assim. Ou por causa do trabalho ou porque nos aconteceu alguma coisa no nosso quotidiano que condicionou o dia na hora do treino ou até mesmo por vezes nos dias dos jogos. O facto de não termos oportunidade de treinar onde vamos jogar é somente mais uma condicionante que vamos ultrapassar com naturalidade, como temos feito até aqui. Estamos a preparar-nos para tentar dar um bom espectáculo a todos aqueles que se irão deslocar ao estádio ou virem o jogo na televisão. Dentro das nossas possibilidades, vamos fazer de tudo para que os nossos jogadores saiam deste jogo com o sentimento de que deram o máximo, que se divertiram e se sintam valorizados após o apito final”.

Convidado a falar sobre aquilo que seria para si um bom resultado, David Nogueira, sem rodeios respondeu: “Temos a plena noção que a diferença entre realidades é gigante. Podia dizer que perder pela margem mínima seria um feito histórico. E que se conseguíssemos marcar um golo seria ainda mais marcante, mas enquanto tivermos nem que seja 1% de possibilidades vamos sonhar. Acredito muito nos meus jogadores, neste grupo, nesta família que juntos construímos e acredito muito na superação. Estes homens que comando estão em constante superação porque trabalham o dia inteiro e vêm treinar como se fossem autênticos profissionais. Por isso, digo, enquanto há vida, haverá esperança”.

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