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David Leonardo categórico sobre A.G. de amanhã

Desporto

MAIS DE UMA CENTENA DE SÓCIOS PARTICIPARAM NA SESSÃO DE ESCLARECIMENTO “Esta Assembleia Geral será seguramente a mais importante dos quase 111 anos do Vitória”

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Ponto 2 (alienação de 41 lotes de terrenos pertencentes ao clube, por doação da Câmara Municipal de Setúbal) foi retirado da Ordem de Trabalhos

Ricardo Lopes Pereira

Mais ma centena de sócios do Vitória FC estiveram ontem à noite presentes na Sala do Bingo do clube, no Estádio do Bonfim, para participarem na sessão de esclarecimento que antecede a Assembleia Geral (AG) extraordinária, que se realiza amanhã, pelas 18:30, no Pavilhão Antoine Velge. Consciente do momento crucial que se vive, David Leonardo, presidente da mesa da Assembleia Geral (MAG) deixou aos presentes a mesma mensagem que transmitiu ontem em entrevista ao jornal O SETUBALENSE. “Esta Assembleia Geral será seguramente a mais importante dos quase 111 anos do Vitória”.

Depois de terem sido prestados esclarecimentos por parte da Direcção sobre a actual situação do Vitória Futebol Clube/VFC SAD, a MAG, revelou o líder daquele órgão, decidiu propor a retirada do Ponto 2 – “alienação de 41 (quarenta e um) lotes de terrenos pertencentes ao clube, por doação da Câmara Municipal de Setúbal” – da Ordem de Trabalhos. “Tudo indica que este ponto será retirado da Ordem de Trabalhos, uma vez que se levantaram questões relacionadas com a identificação e com o registo dos terrenos”.

Quanto ao Ponto 3 – “alienação a terceiros de parte da participação do VFC e da VITORIAPART SGPS, SA no capital social da VFC SAD” –, David Leonardo escusou-se a adiantar pormenores. “Como compreenderá, os sócios terão de tomar conhecimento destas questões em primeira mão”. Independentemente da decisão que venha ser tomada pelos sócios, o presidente da AG elogiou o trabalho

Sessão de esclarecimento decorreu a noite passada. Assembleia Geral está agendada para amanhã

realizado pelos dirigentes e pelo sócio investidor Hugo Pinto. “O trabalho desenvolvido pelos actuais órgãos sociais trouxe a estabilidade, confiança e credibilidade necessárias para que um sócio do VFC, imbuído do mesmo espírito de missão, decidisse apresentar uma proposta para aquisição de parte do capital da SAD e para desenvolver um projecto de excelência, ao nível da grandeza do Vitória”.

À semelhança do que tem acontecido na história recente do clube, as Assembleias Gerais e sessões de esclarecimento como a de ontem, que terminou para além da hora do fecho da presente edição, são vedadas aos órgãos de comunicação social. O SETUBALENSE dará conta das conclusões da sessão de esclarecimento na edição de amanhã.

Qual a importância da Assembleia Geral (AG) Extraordinária que se vai realizar sexta-feira? O que está em causa?

É de extrema importância. Absolutamente crucial para o futuro do clube. Esta AG será, seguramente, a mais importante dos quase 111 anos do Vitória.

Depois de um período de interregno, devido à situação pandémica, esta é a primeira reunião magna presencial que os sócios do Vitória vão ter. Enquanto líder da MAG, qual o significado deste momento?

É certo que os avanços tenológicos proporcionam melhorias significativas em todos os aspectos das nossas vidas mas nunca poderão substituir o contacto directo, pessoal. As Assembleias Gerais presenciais são e serão sempre a forma mais adequada para a discussão dos assuntos do clube, na reserva de privacidade que pertence aos sócios. É por termos esta consciência que certos temas, menos prementes dos que constam da Ordem de Trabalhos da próxima AG, ainda não puderam ser discutidos. Ora, um assunto tão sensível como este nunca poderia ser discutido numa AG não presencial. A pandemia veio inclusivamente atrasar o cumprimento de normas estatutárias mas, felizmente, já poderemos discutir este assunto tão importante como este num registo de proximidade. É, sem dúvida, um momento muito marcante, o da reunião dos sócios do Vitória.

De forma a esclarecer os sócios, o que pode adiantar sobre o Ponto 2 da ordem de trabalhos – Alienação de 41 (quarenta e um) lotes de terreno pertencentes ao Clube, por doação da Câmara Municipal de Setúbal?

Tudo indica que este ponto será retirado da Ordem de Trabalhos, uma vez que se levantaram questões relacionadas com a identificação e com o registo dos terrenos. Por conseguinte, pelo que nos foi dado a conhecer, não estando ainda reunidas as condições para este negócio ser celebrado neste momento, não faz sentido deliberar sobre algo que não possa ser cumprido. No momento oportuno, e depois dos esclarecimentos necessários, voltaremos à presença dos sócios para que estes decidam que destino dar aos terrenos que a Câmara Municipal de Setúbal muito gentilmente nos doou.

O ponto 3 – “alienação a terceiros de parte da participação do VFC e da VITORIAPART SGPS, SA no capital social da VFC SAD” – deverá ser o mais ‘quente’ entre os que vai ser discutido na AG. De forma a inteirarem-se do que está em causa, é essencial para os vitorianos saberem o que está em causa antes de sexta-feira?

Claro, daí a marcação de uma sessão de esclarecimentos para o dia 20.10.2021 [ontem]. É extremamente importante que os sócios estejam absolutamente envolvidos na decisão e, portanto, totalmente inteirados sobre a matéria em causa e sobre as suas consequências.

O que pode adiantar aos seus consócios sobre este Ponto 3?

Desde há muitos anos, face ao estado a que o Vitória chegou, que se ouve no Bonfim que o clube precisa de um investidor. Até hoje nunca tinha aparecido. O trabalho desenvolvido pelos actuais órgãos sociais trouxe a estabilidade, confiança e credibilidade necessárias para que um sócio do VFC, imbuído do mesmo espírito de missão, decidisse apresentar uma proposta para aquisição de parte do capital da SAD e para desenvolver um projecto de excelência, ao nível da grandeza do Vitória. Agora, é necessário que os sócios do Vitória se pronunciem sobre o projecto e, se o pretenderem aceitar, que discutam os cuidados que devem ser tomados para que o futuro do clube esteja devidamente acautelado. Mas, como compreenderá, os sócios terão de tomar conhecimento destas questões em primeira mão.

Acção de sensibilização sobre valores desportivos, em Alhos Vedros

O Clube Recreio e Instrução convidou todos os pais e encarregados de educação dos atletas, que vestem a camisola do clube, para uma “Acção de Sensibilização online sobre Valores Desportivos”. Ao convite responderam positivamente cerca de três dezenas de participantes, alguns online e outros presentes na sala multifunções do Parque Desportivo Artur Gouveia. Esta acção de sensibilização, que decorreu no dia 13 de Outubro, foi apresentada pela professora Manuela Gonçalves, embaixadora do PNED, e nela foram debatidas “reflexões sobre as maneiras e modos de acompanhamento nas actividades desportivas dos seus filhos” com o objectivo de “aproveitar o potencial educativo que o desporto confere enquanto ferramenta essencial de educação para os valores e para a ética”.

MOITENSE E O JOGO DA TAÇA COM O SC BRAGA

“Vamos lembrar-nos deste dia para o resto das nossas vidas”

ANDEBOL

Alto do Moinho vence Almada no Pavilhão Adelino Moura

Foi um verdadeiro dia de festa para o clube, para os jogadores, equipa técnica e para os adeptos que compareceram em grande número no Estádio Alfredo da Silva

José Pina

O Moitense, que no passado domingo defrontou o SC Braga para a Taça de Portugal, viveu um dos dias mais importantes da sua história, um dia que por certo não irá ser esquecido nos tempos mais próximos, por razões óbvias.

Porque o jogo não se podia realizar no Juncal Desportos devido à transmissão em directo pela Sport TV, a direcção do clube entrou em conversações com o Desportivo Fabril para que fosse realizado no Estádio Alfredo da Silva, como de resto veio a acontecer.

Pela primeira vez no seu historial a equipa da Moita tinha oportunidade de defrontar uma equipa da 1.ª divisão do futebol nacional, ainda que se tratasse de um jogo a contar para a Taça de Portugal, e os adeptos não indiferentes à importância do momento resolveram comparecer em massa no estádio para apoiarem os seus jogadores.

Uma hora antes de o jogo começar a azáfama já era grande no espaço envolvente com adeptos muito ruidosos a ensaiarem os cânticos para colocarem em prática lá dentro, e os automobilistas a procurarem espaço para estacionar porque a polícia, por questões de segurança, havia colocado fortes restrições no acesso à volta do recinto desportivo.

Formaram-se então enormes filas, com o público a ter de percorrer cerca de 600 metros para entrar no estádio. A bancada central foi-se compondo, o ambiente era de grande festa e havia mesmo alguém a recordar os velhos tempos da CUF.

DR

Galeno e Chainho travaram muitos duelos

Quando as equipas entraram em campo foi o delírio, muitos aplausos, muitas bandeiras a serem agitadas e muita expectativa por parte dos adeptos da Moitense para ver como a sua equipa se iria bater perante o actual detentor do troféu.

Nesta altura, já não cabia mais ninguém na bancada mas o público continuava a entrar. E, quando estavam decorridos 30 minutos de jogo, teve que ser aberto o acesso à bancada do topo sul.

Ficámos a saber que todos os bilhetes disponibilizados foram vendidos e numa estimativa muito aproximada da realidade tudo apontava para a presença de cinco mil espectadores; ou seja, uma das maiores enchentes dos últimos tempos.

Sobre o jogo já muito se disse nas televisões, nas rádios e nos jornais mas há ainda uma ou outra situação que importa salientar, o pontapé de canto conquistado aos 26 minutos e a boa organização defensiva da equipa orientada por David Nogueira que foi resistindo ao assédio dos bracarenses até aos 40 minutos, altura em que sofreu o primeiro golo.

Na segunda parte entrou com o objectivo de surpreender e logo no primeiro minuto esteve à beira de marcar num remate de Leonardo Leiro que foi travado por Tiago Sá. Aos 55 minutos, na sequência de um canto, Bruno Rodrigues faz o 2-0 mas o Moitense não baixou os braços e aos 71 minutos voltou a ganhar um pontapé de canto. Depois, o desgaste físico começou a acentuar-se e os guerreiros do Minho acabaram por elevar o marcador, que no final registava 5-0.

“Foi um dia histórico” No final do encontro o treinador do Moitense, David Nogueira, apesar da derrota, não escondia a sua satisfação.

“Acabou o sonho, mas por tudo o que se passou em campo, nas bancadas e por aquilo que os jogadores fizeram, foi um dia histórico. Durante muitos anos vamos lembrar-nos dele para o resto das nossas vidas”.

Sobre o andamento do jogo e o avolumar do resultado nos últimos minutos, o técnico reconheceu que “a condição física do adversário é completamente diferente e o andamento é outro. Nós sentimos isso mas aguentámos bem e continuámos com as forças que tínhamos a batalhar até ao fim”.

“Em termos motivacionais este jogo por si só foi extremamente motivante, nesse capítulo não tivemos grande trabalho. Os jogadores estão na lua mas agora para os trazemos para terra vai ser mais difícil”, referindo-se à sua participação no campeonato distrital.

Vantagem obtida na primeira parte foi determinante para a conquista da vitória

José Pina

O Alto do Moinho foi ao Pavilhão Adelino Moura vencer o Almada por 30-25, em jogo a contar para a quarta jornada da Série 3 do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Andebol.

Na primeira parte o Alto do Moinho esteve melhor, superiorizou-se ao adversário e foi para o intervalo a ganhar por seis golos de diferença (9-15), margem que lhe deu algum conforto para a etapa complementar que decorreu de forma bastante equilibrada e com um parcial de 1615, que foi insuficiente para evitar a derrota.

No Alto do Moinho os jogadores que mais se destacaram foram Francisco Felício, que marcou sete golos, Diogo Abadia e Rui Gonçalves, cada um com seis golos.

No Almada não houve grandes destaques individuais. Ainda assim, João Mimoso com cinco golos foi o seu melhor marcador, seguido de André Lourenço e João Salavessa, com quatro golos e João Guerreiro e Diogo Carocho, ambos com três.

Na próxima jornada o Almada viaja até ao Algarve para defrontar o Vela de Tavira, às 17 horas, e o Alto do Moinho recebe o Lagoa, às 20h30m.

Resultados da 4.ª jornada: Évora 30 Camões 28; Serpa 17 Sporting B 26; 1.º Dezembro 26 Sassoeiros 27; Almada 25 Alto do Moinho 30; Benavente 35 Vela de Tavira 29; Lagoa 24 Belenenses B 26.

Classificação: 1.º lugar, Sassoeiros, 12 pontos; 2.º lugar, Alto do Moinho, 11 pontos; 3.º lugar, 1.º Dezembro e Sporting B, 9 pontos; 5.º lugar, Benavente, Almada, Belenenses B e Vela de Tavira, 8 pontos; 9.º lugar, Serpa, 7 pontos; 10.º lugar, Évora AC, 6 pontos; 11.º lagos e Camões, 5 pontos.

Andebol Feminino em Almada Após algumas décadas sem competir na categoria de juniores femininos, o Almada Atlético Clube está de volta com o objectivo de proporcionar a prática desportiva das jovens que gostam da modalidade.

A equipa almadense, apesar de ter ainda poucas semanas de treino e andar ainda à procura de consolidar o seu jogo, iniciou a sua caminhada no passado domingo em Pinhal de Frades onde defrontou a equipa local em jogo a contar para o campeonato nacional que terminou com a vitória da equipa do concelho do Seixal, por 28-19.

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