O Setubalense, o seu diário da região nº 770 de 21 de Janeiro de 2022

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Segunda fase das obras na encosta do Forte de São Filipe adjudicada Setúbal Empreitada de 4,2 milhões de euros tem prazo de execução de quase ano e meio p4 O SETUBALENSE

“Tem havido muito investimento público em Setúbal”

EDIÇÃO FIM-DE-SEMANA

Entrevista Ana Catarina Mendes cabeça-de-lista do PS p12 e 13

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEXTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2022 PREÇO 0,80€ | N.º 770 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Olímpico Montijo Cleiton Mendonça com estreia de sonho

SINES Sindicato exige reabertura da central para baixar preço da electricidade p3 FUTEBOL Vitória vence União de Santarém no Bonfim e sobe ao segundo lugar da Liga 3 p14

MONTIJO Centro de vacinas ultrapassou as 100 mil p6

ALCOCHETE Restauração do concelho assinalada com medalhas p8 PUBLICIDADE


2 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2022

Abertura

Honrem-se os mortos em Montijo O direito de culto é inviolável

A

Administração Pública Municipal, na sua atuação, prossegue o interesse público, no respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos. Os cemitérios municipais são bens do domínio público, porquanto são objeto de propriedade de uma autarquia local e são destinados à inumação dos cadáveres de todos os indivíduos que falecerem na circunscrição, não sendo lícita a recusa da sepultura fora dos casos especiais previstos na lei e é livre o acesso de todos ao campo santo. Em Montijo são Cemitérios Municipais o Cemitério de S. Sebastião que se destina à inumação de cadáveres de indivíduos, que à data do falecimento, eram recenseados na freguesia de Montijo ou nesta residiam e o Cemitério do Pinhal do Fidalgo que se destina, preferencialmente, à inumação de todos os cadáveres de indivíduos, falecidos nas áreas das freguesias que não disponham de cemitério próprio. O Regulamento dos cemitérios municipais, em Montijo, foi aprovado no ano de 2000. A remoção, transporte, inumação, exumação, trasladação e cremação de cadáveres, de cidadãos nacionais ou estrangeiros, bem como de alguns atos relativos a ossadas, cinzas, fetos mortos e peças anatómicas estão legislados e regulamentados, tendo vindo a intensificar-se as competências das autarquias locais. São movimentos mortuários a Exumação, e Cremação, a Inumação e a Trasladação. Numa Exumação, os coveiros se constatarem que o esqueleto está devidamente desligado das partes moles, retiram a ossada da sepultura, colocam-na em recipiente apropriado e depois transportam a ossada para as instalações de apoio onde procedem à sua lavagem e desinfeção. Após a lavagem, a ossada é colocada num tabuleiro próprio para enxugar e transita para uma estufa de secagem. O ossário municipal consiste na edificação compartimentada onde são depositadas as urnas que con-

OPINIÃO Fernando Coelho

Nos cemitérios de Montijo, a cremação, que consiste na transformação, por ação do calor, do cadáver ou das ossadas, em cinzas, não existe

têm os restos mortais (ossadas) resultantes de uma exumação. Se o destino for um crematório a ossada é colocada no saco interior da urna, sem esquecer de juntar a chapa do número do coval e o Cartão de Identificação. As ossadas aguardam em armazém até que os serviços administrativos autorizem a sua saída

para os destinos finais (colocação em ossários municipais ou jazigos particulares ou a trasladação para outros cemitérios e crematórios). A cremação consiste na transformação, por ação do calor, do cadáver ou das ossadas em cinzas, sendo feita em cemitério que disponha de equipamento que obedeça às regras definidas em portaria conjunta dos Ministros do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território, da Saúde e do Ambiente. As cinzas resultantes da cremação podem ser colocadas em cendrário, sepultura, jazigo, ossário ou columbário, dentro de urnas cinerárias hermeticamente fechadas. Ora, nos Cemitérios Municipais de Montijo não existem nem recipientes apropriados, nem instalações de apoio apropriadas onde os assistentes operacionais possam proceder à lavagem e desinfeção das ossadas, nem, após a lavagem, a ossada poder ser colocada em tabuleiro próprio para enxugar (sempre acompanhada da chapa de identificação) e transitar para uma estufa de secagem que também não existe em qualquer dos dois cemitérios. Nos cemitérios de Montijo, a cremação que consiste na transformação, por ação do calor, do cadáver ou das ossadas, em cinzas, não existe. Os cemitérios não dispõem de equipamento de cremação que obedeça às regras. As cinzas resultantes da cremação podem ser colocadas em cendrário, sepultura, jazigo, ossário ou columbário, dentro de urnas cinerárias hermeticamente fechadas, mas no Montijo isso também não é possível por inexistência de equipamentos. Por fim, lembramos que as taxas devidas pela prestação de serviços relativos aos cemitérios, pela concessão de ossários ou pela concessão de terrenos destinados a jazigos e sepulturas perpétuas constam da tabela de taxas e licenças da Câmara Municipal. Por isso, dizemos: Honrem-se os mortos em Montijo. Economista e Jurista

SESIMBRA

Assembleia Municipal aprova orçamento de 64 M€ para 2022 Segundo a Câmara de Sesimbra, as Grandes Opções do Plano atingem os 37 milhões de euros, dos quais 22 milhões para investimento A Assembleia Municipal de Sesimbra aprovou, por maioria, o orçamento para 2022 no valor de 64 milhões de euros, com um aumento de quatro milhões de euros face ao do ano passado, anunciou ontem a Câmara de Sesimbra. De acordo com a autarquia sesimbrense, o orçamento para 2022 é “o maior de sempre do município” e prevê dotações orçamentais de 4,6 milhões de euros para Habitação e Urbanização, 4,5 milhões de euros para a Educação, 2,9 milhões de euros para Comunicações e Transportes e 1,8 milhões de euros para a Defesa do Meio Ambiente. O documento foi aprovado na sessão pública de terça-feira da Assembleia Municipal de Sesimbra com 10 votos a favor (CDU), 11 abstenções (oito do PS, uma do Chega e duas do PSD), e dois votos contra (um do BE e outro de uma deputada municipal independente). Segundo a Câmara de Sesimbra, as

Grandes Opções do Plano atingem os 37 milhões de euros, dos quais 22 milhões para investimento, que é também o maior valor de sempre, e permitem “dar continuidade a vários projectos em curso ou já planeados, bem como avançar com novos projectos e desafios para valorizar o território e aumentar a qualidade de vida dos cidadãos”. Na área da Saúde, as Grandes Opções do Plano da Câmara de Sesimbra, no distrito de Setúbal, prevêem uma verba de 1,3 milhões para apoiar a construção da nova unidade de saúde de Sesimbra, o que, segundo o município, “reflecte a preocupação e o envolvimento da autarquia na concretização de um equipamento da responsabilidade da Administração Central”. Para a Acção Social está prevista uma verba de 627 mil euros, para “consolidar as parcerias com as três juntas de freguesia e com as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), tendo em vista o apoio a cidadãos em situação de maior vulnerabilidade, incluindo aqueles que se vêm forçados a recorrer aos cabazes alimentares. A Protecção Civil tem uma dotação prevista de 500 mil euros que, em grande parte, deverá ser absorvida pela Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sesimbra.

GR / Lusa

DR

O orçamento, que é o maior de sempre, foi aprovado com os votos da CDU


21 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 3

Falta de chuva está a preocupar agricultores por pastagens e sementeiras

A falta de chuva no litoral alentejano está a deixar os agricultores preocupados para garantirem pastagem para a alimentação dos animais e água para as sementeiras. Ana Matias, da Associação de Agricultores do Litoral Alentejano, explica que os associados são

sobretudo “produtores de animais”, que “precisam de pastagem para a alimentação do gado”. Este ano “está muito complicado porque não chove”. A maioria das explorações pecuárias da zona é em regime extensivo e os “animais alimentamse do que têm nas terras”, explicou

a responsável, admitindo que, se não chover até ao Verão, “vai ser muito complicado”. Também “as sementeiras precisam de água” e “os preços de todos os produtos que os agricultores precisam para a actividade estão a aumentar drasticamente”, alertou.

ENERGIA

Sindicato exige que Governo reabra termoeléctricas de Sines e Pego e trave preço da electricidade Os preços da energia eléctrica praticados são incomportáveis para a população e muitas empresas, afirma Rogério Silva líder da Fiequimetal A Federação sindical das indústrias transformadoras (Fiequimetal) exigiu ontem ao Governo a reabertura das centrais termoeléctricas de Sines e do Pego, e ainda que tome medidas urgentes para impedir a escalada dos

preços da energia eléctrica. "É urgente que o Governo intervenha para impedir a escalada dos preços da electricidade, por isso exigimos que tome medidas rapidamente nesse sentido e apelamos a que pondere a reabertura das centrais termoeléctricas de Sines e do Pego", disse à agência Lusa o coordenador da Fiequimetal, Rogério Silva, após uma conferência de imprensa. A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), filiada na CGTP, apresentou ontem em conferência de imprensa algumas medidas e orienta-

ções que considera que permitiriam controlar os custos da energia eléctrica e corrigir os prejuízos da política de transição energética para os trabalhadores e para o País. Rogério Silva explicou à agência Lusa que a intenção não é a reabertura definitiva das centrais a carvão, mas sim temporária, até ser encontrada uma alternativa para o fornecimento de energia eléctrica a preços razoáveis. "Os preços da energia eléctrica actualmente praticados são incomportáveis para a população e para muitas empresas, com repercussões negativas na vida dos seus trabalhadores", disse o coordenador da Fiequimetal, acrescentando

que continua a ser mais barato produzir electricidade a partir do carvão. O sindicalista salientou que, face ao elevado aumento da energia eléctrica, Espanha reabriu em Novembro duas centrais termoeléctricas e Portugal devia seguir o exemplo, pois "as centrais a carvão podem interferir nos preços, sobretudo quando o preço do gás natural também está a subir muito. O líder da Fiequimetal lembrou que Portugal importa muita energia eléctrica produzida noutros países a partir do carvão e considerou que "isso não faz qualquer sentido, pois prejudica a economia nacional e o emprego". Rogério Silva referiu, a propósito,

o despedimento colectivo em curso de 45 trabalhadores da metalúrgica Cifial, que alegou não conseguir suportar os custos da energia. Algumas empresas do parque industrial da Autoeuropa estão a pressionar os seus trabalhadores para adaptarem o tempo de trabalho aos períodos em que a energia eléctrica é mais barata, ou seja, ao fim-de-semana, o que considerou mais um prejuízo para os trabalhadores. A Fiequimetal já pediu uma reunião ao Presidente da República e aos ministros da Economia e do Ambiente para lhes expor as suas reivindicações e ideias. RRA / Lusa PUBLICIDADE

SOCIEDADE DE NOTÁRIOS NO BARREIRO

MUNICÍPIO DE MONTIJO CÂMARA MUNICIPAL

EDITAL N. º 04/2022 NUNO MIGUEL CARAMUJO RIBEIRO CANTA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MONTIJO ---------------------------------------------------------------------- TORNA PÚBLICO que nos termos do artigo 13.º do Regulamento e Tabela de Tarifas, em vigor nesta Câmara Municipal, as tarifas constantes na Tabela anexa ao referido Regulamento foram objeto de atualização anual automática, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2022, de acordo com a taxa de inflação correspondente à variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC), exceto habitação, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística, com referência ao mês de novembro, com arredondamento dos resultados obtidos para a unidade monetária imediatamente superior e que se fixou em 0,98 % (0,0098). --------------------------------------------------MAIS FAZ SABER que as tarifas devidas pela prestação do serviço de gestão de resíduos urbanos apuradas no «Estudo Económico e Financeiro de Apuramento das Tarifas do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos», previstas nos artigos 2°. e 4°. da Tabela de Tarifas, entram em vigor no dia 1 de janeiro de 2022, nos termos definidos no artigo 71 º. do Regulamento Municipal de Gestão de Resíduos Urbanos do Montijo (RMGRU), conforme Tarifário, revisto de acordo com as recomendações da ERSAR. --O referido documento, em anexo ao presente Edital para afixação, poderá ser consultado na Divisão de Administração Organizacional, sita no edifício dos Paços do Concelho e ainda na página da Internet em www. mun-montijo.pt.---------------------------------------PARA CONSTAR se publica o presente e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. ---------------------------------------------------------------------Município de Montijo, 10 de janeiro de 2022. -------------------------------------------------O PRESIDENTE DA CÂMARA

Nuno Ribeiro Canta

EXTRACTO ------Certifico, para efeitos de publicação que, no dia dezanove de janeiro de dois mil e vinte e dois, foi lavrada, no Cartório Notarial no Barreiro do Dr. Carlos José Albardeiro Barradas, a folhas dezassete, do livro oitenta e três- C, de escrituras diversas, uma escritura de justificação, tendo por justificante:-------------José Manuel Almeida Teixeira Palaio, NIF 194169839, divorciado, natural da freguesia de São Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, com residência habitual e domicílio fiscal na Avenida Almirante Reis, n.º 17, 3º andar, em Lisboa, portador do cartão do cidadão número 09091608 válido até 24/01/2030, emitido pela República Portuguesa. -------------------------------------Que, o justificante declarou---------------------------------------------------------------------------------Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel: --------------------Fração autónoma, designada pela letra "D", correspondente ao primeiro andar direito, destinado a habitação, com duas arrecadações no sótão, do prédio urbano, em regime de propriedade horizontal, sito na Rua Comandante Francisco da Silva Júnior, número 50 e Praceta Aldegalega, números 1 e 2, freguesia e concelho de Montijo, descrito na Conservatória do Registo Predial do Montijo sob o número cinco mil novecentos e doze, da citada freguesia de Montijo, afeto ao regime da propriedade horizontal pela apresentação um, de seis de junho de mil novecentos e oitenta, com aquisição a favor de Maria Elisa da Silva Barreto pela apresentação dez, de onze de junho de mil novecentos e noventa e dois, inscrito na matriz sob o artigo 4490, da união das freguesias de Montijo e Afonsoeiro, com o valor patrimonial tributário correspondente de € 142.912,00. ----------------Que atribui a este imóvel o respetivo valor patrimonial.-------------------------------------------------Que o aqui justificante, adquiriu o referido imóvel, já no estado de divorciado, através de compra verbal efetuada no ano de mil novecentos e noventa e nove, à referida Maria Elisa da Silva Barreto, solteira, maior, residente no Montijo, sem que no entanto ficasse a dispor de titu1o formal que lhe permita o respetivo registo na Conservatória do Registo Predial mas, desde logo, entrou na posse e fruição do referido imóvel, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente, utilizando-o para habitação, quer usufruindo como tal o imóvel, quer suportando os respetivos encargos. -------Que o aqui justificante está na posse do identificado imóvel há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua, pelo que adquiriu o referido imóvel por usucapião e nos termos atrás mencionados, não tendo assim, documentos que lhe permita fazer prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. ----------------------------------------Está conforme.------------------------------------------------------------------------------------------Barreiro, dezanove de janeiro de dois mil e vinte e dois. A Notaria em substituição,

Conta registada sob o nº 1/303/202


4 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2022

Setúbal

Músico brasileiro Alceu Valença actua dia 28 no Fórum Luísa Todi

O músico brasileiro Alceu Valença prepara-se para subir ao palco do Fórum Municipal Luísa Todi no próximo dia 28, pelas 21 horas, “num concerto que alia a voz ao violão para recriar temas de sucesso de 50 anos de carreira”. Em comunicado, a autarquia

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sadina explica que o espectáculo será “inspirado na série de álbuns acústicos lançados pelo cantor em 2021 e que chegam a Portugal este ano”. “De salientar que a primeira parte está a cargo da cantora e compositora colombianamexicana Mari Segura”.

CENTRO HOSPITALAR DE SETÚBAL

PS acusa André Martins de “intromissão” por promover vigília durante campanha eleitoral Presidente do município justificou escolha da data, assegurando que o que “está em causa é a defesa da saúde das pessoas” Maria Carolina Coelho

SEGUNDA FASE

Intervenção de reforço da encosta do Forte de São Filipe adjudicada por quase 4,2 milhões de euros Empreitada com um prazo de execução de 480 dias contempla melhoramento da durabilidade das muralhas Maria Carolina Coelho A segunda fase da intervenção de reforço da encosta do Forte de São Filipe foi adjudicada à empresa DST – Domingos da Silva Teixeira por perto de 4,2 milhões de euros, etapa em que vão ser executados “trabalhos de reforço estrutural do torreão, do caneiro localizado na zona Oeste e de melhoramento da durabilidade das muralhas com o preenchimento das fendas existentes”. A adjudicação da empreitada “Intervenção de Natureza Estrutural para evitar derrocadas na encosta do Forte de São Filipe em Setúbal – Fase 2” foi aprovada na reunião de câmara da passada quarta-feira, sendo que a obra tem um prazo de execução de

480 dias. A segunda etapa dos trabalhos de reforço da encosta do Forte de São Filipe dá seguimento “aos resultados da primeira fase da obra, durante a qual, até Janeiro de 2019, foram realizados ensaios prévios de ancoragens que determinaram a necessidade de efectuar a revisão da solução de estabilização proposta no projecto de execução”. A empreitada “tem candidatura no âmbito do POSEUR – Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, cujo financiamento é de 75% e a comparticipação do Estado de 25%, nos termos constantes do protocolo firmado com o município de Setúbal, a ENATUR – Empresa Nacional de Turismo e o LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil”, refere a proposta aprovada. O concurso público para a realização da segunda fase havia sido aberto em Novembro de 2020, uma vez que não foram “atingidos os objectivos em causa” na primeira etapa da intervenção”, tendo também em conta a “impossibilidade de satisfação da necessidade por via de recursos pró-

prios da autarquia”. “As alterações dizem essencialmente respeito, entre outros, à carga de tracção a instalar nas ancoragens definitivas, que, por incapacidade geológica-geotécnica do maciço, terão forçosamente de acomodar valores inferiores aos inicialmente previstos”, esclareceu a autarquia em comunicado. Devem igualmente ser considerados “indícios da existência de superfícies de deslizamento mais profundas na informação dos inclinómetros instalados recentemente”. Além disso, no projecto “foi ainda contemplado quanto à definição ao nível da estimativa de quantidades da eventual solução de estabilização a implementar para as muralhas do pátio, localizado na zona poente e a inclusão de instrumentação na zona poente da muralha, no seguimento do parecer do LNEC de Julho de 2019”. Incluída foi também “a alteração da descrição do faseamento construtivo”, assim como passou a estar incluída “informação geotécnica referente à execução de trabalhos relativos à primeira fase da intervenção”.

A realização da vigília “em defesa do Serviço Nacional de Saúde [SNS] e do Centro Hospitalar de Setúbal” na passada terça-feira, dia 18, junto à entrada do Hospital de São Bernardo, levou a bancada socialista a acusar André Martins, presidente da Câmara Municipal sadina, com gestão CDU, de “intromissão” por promover a acção no decorrer da campanha para as eleições legislativas de 30 de Janeiro. Para Fernando José, eleito do Partido Socialista, que garantia na reunião de câmara de quarta-feira, no período antes da ordem do dia, estar “de acordo de que é preciso reforçar o SNS”, “não se percebe a oportunidade da iniciativa, cuja decisão foi tomada sem que os vereadores do executivo se tenham pronunciado e que acabou por arrastar a autarquia para uma acção política durante uma campanha eleitoral”. “Dizemos que não se percebe a oportunidade porque não conhecemos nenhum facto novo que tenha surgido e que consubstancie esta urgência de realizar esta vigília. Qual é a diferença entre fazer ontem [dia 18] e fazê-la dia 31?”, questionou. No entanto, no entender do presidente da edilidade, “quem teve DR

uma manifestação significativa de campanha eleitoral foi o vereador Fernando José na sua intervenção e no desenvolvimento que fez [na reunião de câmara]”. “Com ou sem campanhas eleitorais, o que está em causa é a defesa da saúde das pessoas. A iniciativa contou com a participação de muitas pessoas, que não têm nada a ver com questões partidárias”, garantiu o autarca. Contrariamente, Fernando José disse considerar que “a manifestação encerrou em si três dimensões”. “A primeira relacionada com a decisão, a segunda com a oportunidade e a terceira com o fundamento. Atentemos aos seguintes factos: o director clínico que estava demissionário já não está, foram recrutados os médicos que tinham sido assumidos e o concurso de ampliação do hospital está a decorrer, ou seja, não existem factos novos”, justificou. Já André Martins atirou: “Alguém vir dizer que nós marcámos [a vigília] para esta data porque era a campanha eleitoral, senhor vereador, esse é que é o aproveitamento”. “No Fórum [Intermunicipal da Saúde, composto pelos autarcas de Setúbal, Palmela e Sesimbra] ficou decidido que é necessário continuar a tomar iniciativas, já que da parte do Governo não havia resposta às solicitações colocadas. A vigília foi agendada para 11 de Janeiro, mas nos primeiros dias do mês verificámos a tendência da covid-19 e entendemos protelar uma semana a iniciativa”, esclareceu. A concluir, o presidente da autarquia explicou ainda que a acção acabou também por ter o objectivo de “alertar os candidatos do Distrito de Setúbal, para que nos primeiros dias da sua eleição possam tomar medidas para que a situação seja ultrapassada”. Por seu turno, o eleito socialista vincou que se se quer “efectivamente tomar uma posição, deve ser tomada depois de dia 30, depois dos deputados tomarem posse”. “Então aí as câmaras municipais e nós, do lado do Partido Socialista, cá estaremos para ser parte da solução”, afirmou.


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Sarau poético e conferência animam programação para este mês

DE 1799 A 1871 Breve Cronologia Bocagiana 1799 – Começa a trabalhar como redactor e tradutor na Tipografia do Arco do Cego, dirigida por frei Mariano Veloso, onde permaneceria até 1801. Publica o segundo tomo das “Rimas”. 1800 – Republica o primeiro volume das “Rimas”. É vendida, em hasta pública, a casa de família onde Bocage nascera, sita no Largo de Santa Maria, no âmbito do processo judicial movido, três décadas antes, contra seu pai. 1802 – Denunciado à Inquisição como pedreiro-livre (maçom) por Maria Teodora Severiana Lobo, filha de uma pessoa do seu círculo de relações pessoais. O processo movido contra o poeta viria, contudo, a ser arquivado. Falecimento de seu pai e de sua tiaavó Anne-Marie Fiquet du Bocage, mais conhecida por Madame du Bocage, cujo talento literário foi muito elogiado por Voltaire. Bocage viria a traduzir para português o canto primeiro do seu poema épico “Colombíada ou a fé levada ao Novo Mundo”. 1804 – Publica o terceiro volume das “Rimas”. Começam a manifestar-se os sintomas da doença que o haveria de vitimar. 1805 – Adoece gravemente, devido a um aneurisma na carótida. Nos últimos meses de vida escreve freneticamente, traduzindo e publicando várias obras. Morre a 21 de Dezembro, com apenas 40 anos, na Travessa André Valente, em Lisboa, tendo sido sepultado no cemitério da Igreja de Nossa Senhora das Mercês. 1871 – No dia 21 de Dezembro de 1871, no âmbito das comemorações do primeiro centenário do seu nascimento, é-lhe erigida uma estátua, em Setúbal, a segunda dedicada a um poeta em Portugal.

O programa cultural “Bocage, o poeta da liberdade - a construção da memória nos 150 anos do monumento a Bocage” começa, neste mês de Janeiro, com o Sarau Poético, com José Fanha, já amanhã, 22, pelas 18h00, no Auditório Bocage. Segue com a conferência “Ao

encontro de Bocage entre públicas liberdades e privadas amizades”, por Fátima Ribeiro de Medeiros, a 29, pelas 16h00, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS). Esta última iniciativa conta ainda com leitura de poemas por Maria Alice Silva.

Bocage, o poeta da liberdade

PROGRAMA ESTENDE-SE ATÉ FEVEREIRO

Comissão organizadora defende regresso de Bocage aos programas de ensino DR

Comunidade educativa envolvida e elementos organizadores fazem balanço do projecto até ao momento

“Temos de insistir junto do ministério da Educação para que Bocage esteja nos programas escolares”

Inês Antunes Malta Janeiro traz a continuidade da programação cultural “Bocage, o poeta da liberdade - a construção da memória nos 150 anos do monumento a Bocage”, que pretende honrar o poeta e manter viva a sua memória. Neste arranque de ano, duas professoras partilham o seu testemunho sobre a participação da comunidade educativa nesta iniciativa e a comissão organizadora faz um balanço deste ciclo, cujo término será em Fevereiro, projectando o que ainda está por acontecer. “A minha participação neste projecto surge de um desafio do professor António Chitas. Sou coordenadora do Departamento de Ciências Sociais e Humanas da escola onde lecciono e devo dizer que tenho a sorte de ter colegas de departamento extraordinários que aderem muito bem a desafios”, começa por contar Maria José Alves, professora de História e Português na Escola Básica Barbosa du Bocage, que realizou parte do trabalho patente na mostra “Bocage visto pela comunidade educativa de Setúbal”, que marcou o arranque do projecto. “Sendo também professores de Português, achámos por bem trabalhar alguma poesia bocagiana, adequada à idade dos alunos, que foram ainda convidados a produzir um trabalho sobre a era em que o poeta viveu”, continua, partilhando que “alguns alunos sugeriram ainda desenhar retratos de Bocage, também estes apresentados na exposição”. No seu entender, “Bocage é uma figura de relevo, infelizmente arredada dos programas escolares. Independentemente de ser um poeta de Setúbal e fazer parte da comunidade onde nos integramos, também a nível nacional merecia ser trabalhado, lido e conhecido. Bocage é um homem que pode atra-

grama e o trabalho nele realizado ficará para quem queira estudar ou aprofundar o tema. Há muito por onde continuar”.

Colectânea de registos das várias actividades desenvolvidas desde Setembro

vés da sua obra despertar consciências”. Por seu turno, Luzia Chitas, professora de Inglês e Oferta Complementar na Escola Básica Luísa Todi, explica que no âmbito da disciplina de Oferta Complementar, cujo tema aglutinador é ‘Cruzar olhares sobre Setúbal’, trabalhou em articulação com Sílvia Macedo, colega de Português, o poeta Bocage: “Foi lido e analisado o poema ‘Auto-retrato’ e os alunos, de duas turmas de 5.º ano, pintaram uma imagem icónica deste autor, que integrou a primeira exposição patente ao público, no âmbito deste projecto”. Nas suas palavras, os alunos revelaram “interesse pela actividade, na qual tiveram a liberdade de pôr à prova a sua criatividade na expressão do poeta. Foi um trabalho que, embora simples, se revelou gratificante por despertar o gosto nos alunos pelo estudo de uma das figuras cimeiras da nossa literatura, muito falada mas infelizmente pouco conhecida”.

“Estamos a incutir nas gerações mais novas os valores da liberdade e da democracia”

Para António Chitas, professor e membro da comissão organizadora do programa cultural, “até ao momento o balanço da iniciativa é positivo, sobretudo porque estamos a chegar às escolas, à comunidade. As escolas, enquanto espaço educativo, têm um papel muito importante e os professores estão sensibilizados para esta mensagem que pretendemos transmitir através de Bocage. Todos os valores veiculados na sua obra,

como liberdade, igualdade, tolerância e livre pensamento, são essenciais e extremamente actuais”. António Chitas lembra ainda que este ano assinalam-se “48 anos de democracia em contraposição a 48 anos de ditadura. Talleva-nosareflectireacontribuirparaque estasociedadenova,resultantedeAbril,se mantenha, afirme e aprofunde nos seus ideais e propósitos reformistas” e é neste sentido que “Bocage é importante e a sua mensagem actual. Estamos a incutir nas geraçõesmaisnovasosvaloresdaliberdade e da democracia e sobretudo a vontade de osconservar”.Nasuaopinião,paraalémdas exposiçõeseexibiçõesdecinema,ociclode conferências foi “notável. Cada uma delas foi um contributo muito importante e esclarecedorsobreaspectosdavidaeobrade Bocage, justamente no sentido de difundir estes ideais que nortearam a sua vida”. Para a comissão organizadora, “é um imperativo de cidadania utilizar a figura de Bocage para continuar a lutar pela conservação da democracia, pela sua dignificação e sobretudo para a proteger de alguns ataques que vão surgindo”. No entender de José Madureira Lopes, igualmente membro da comissão organizadora e um dos responsáveis pela exposição documental “Bocage, o poeta da liberdade - a construção da memória nos 150 anos do monumento a Bocage”, a inaugurar em breve, tudo tem acontecido “de acordo com o que estava perspectivado. As pessoas têm aderido às actividades e até para os vindouros será uma mais valia. Este pro-

A luta para que Bocage volte a constar nos programas de ensino deve, de acordo com Joaquina Soares, directora do MAEDS e membro da comissão organizadora do projecto “Bocage, o poeta da liberdade”, continuar. “Não podemos deixar Bocage perdido no século XVIII, temos de o trazer para a vida actual e retirar desse património imaterial extraordinário que Setúbal tem todas as possibilidades que oferece à melhoria da nossa forma de vida e de estar”, refere, para depois acrescentar: “temos de insistir junto do ministério da Educação para que Bocage esteja nos programas escolares, a bem da sua obra, da ideologia bocagiana e da língua portuguesa, que é a nossa pátria. Incluir Bocage, um génio da língua portuguesa, nos programas escolares é um acto muito importante e positivo. Os seus sonetos são realmente do melhor que temos na poesia, e não só na portuguesa. Não se compreende que não faça parte dos programas escolares”. Programaçõesculturaiscomoesta,adecorreraolongodeváriosmeses,têmavantagem“depermitirqueseváaprofundando e mostrando as diversas facetas do poeta, homem,lutadoreideólogoquefoiBocage. É isso que temos vindo a fazer nesse amor pela liberdade que no fundo a todos nos move”, assegura, não esquecendo que “só tem sido possível por termos o apoio do poder autárquico, nomeadamente da Junta de Freguesia de São Sebastião, da União das Freguesias de Setúbal e da Câmara Municipal de Setúbal”. No MAEDS, para além das exposições patentes, encontra-se a decorrer, até 12 de Fevereiro, o atelier “É possível desenhar a liberdade?”, dinamizado por Ana Isa Férias do serviço educativo do museu. A exposição de artes visuais “Bocage e eu - a procura da liberdade” serve de ponto de partida para explorar o conceito de liberdade, numa actividade adaptável às diversas faixas etárias.

Organização: Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal/Associação de Municípios da Região de Setúbal (MAEDS/AMRS), Junta de Freguesia de São Sebastião e Escola Básica Hermenegildo Capelo.


6 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2022

Montijo

DIRECTOR EXECUTIVO DO ACES ARCO RIBEIRINHO REALÇA MARCA

Centro de vacinação contra a covid-19 ultrapassa barreira das cem mil inoculações em 11 meses DR

Miguel Lemos elogia trabalho dos profissionais de saúde e do município. Realça exemplo de consciência social na comunidade Mário Rui Sobral Ao fim de apenas 11 meses o centro de vacinação em massa contra a covid-19, instalado no Pavilhão Municipal do Esteval, ultrapassou a barreira das cem mil inoculações. Entre 18 de Fevereiro do ano passado e 16 deste mês já tinha sido administrado um total de 112 mil doses da vacina. O número foi revelado pela Câmara Municipal do Montijo e merece o aplauso de Miguel Lemos, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arco Ribeirinho. “É exemplo de um esforço colectivo digno de ser realçado e louvado. Houve um movimento colectivo global, a nível nacional, que se conjugou e permitiu colocar no terreno todas as estruturas [centros de vacinação em massa] a funcionar. O mérito deste desempenho está todo nos profissionais de saúde e nos enfermeiros, que continuam a ser uma linha de frente activa e muito presente”, diz Miguel Lemos, sem deixar de destacar outros contributos. “Naturalmente, não seria possível sem o apoio do poder local, das câmaras municipais que, através dos serviços de protecção civil, nos deram um apoio excelente na montagem das estruturas em poucos dias”, sublinha, para reforçar de seguida a acção pronta dos municípios: “Uma grande parte dos centros de vacinação em massa foram criados e só depois vieram as orientações [das autoridades de saúde].” Os créditos pela marca alcançada devem ainda ser repartidos “pelas forças de segurança e bombeiros”. Mas não só. “Deve ser enaltecida a adesão das pessoas à vacinação”, adianta o director executivo do ACES Arco Ribeirinho, ao mesmo tempo que classifica as mais de cem mil

A vacinação continua a decorrer na máxima força no pavilhão do Esteval

doses já administradas em Montijo como “um reflexo directo da tomada de consciência, de cidadania, que a população montijense teve”. “Somos um dos poucos povos no mundo que demonstrou essa maturidade, essa consciência social, essa responsabilidade, aqui traduzida pela população do Montijo, do arco ribeirinho [sul]”, frisa. A vacinação em massa acabou por se revelar “um processo exemplar”, já que, além dos resultados ob-

tidos, constituiu uma acção inédita. “Nunca tinha acontecido quer a nível local quer nacional quer até mesmo mundial”. A vacinação contra a covid-19 é, de resto, uma “senda que deve continuar”. “Ao que tudo indica, olhando para o que são os outros vírus respiratórios, como a gripe, e sem ter alguma segurança científica, estou convicto de que esta vacina deverá vir a integrar o menu da vacinação periódica.

Há uma forte probabilidade de que se torne uma rotina”, acredita Miguel Lemos.

Enfermeiros estão cansados mas satisfeitos por ajudar

Um dos rostos do sucesso registado em Montijo é Rute Ribeiro. A enfermeira é responsável pelo centro de vacinação instalado no Pavilhão do Esteval e não esconde que os profissionais de saúde têm estado sujeitos

Dos 5 aos 11 anos Mais de duas mil crianças vacinadas desde Dezembro passado Desde Outubro passado, com o início da administração da terceira dose, já “foram vacinados 32 mil adultos” no centro de vacinação do Montijo, avança a autarquia. Segundo os dados revelados pela edilidade, foram também inoculadas “2 350 crianças entre os 5 e os 11 anos desde Dezembro último”, altura em que arrancou o processo para

estas faixas etárias. Actualmente, o centro de vacinação no Pavilhão do Esteval “encontra-se em modalidade Casa Aberta para maiores de 30 anos vacinados com a Janssen, há pelo menos 90 dias, e para a administração da dose de reforço a utentes com idade igual ou superior a 55 anos”, faz notar o município. Já

o agendamento da vacina “está agora disponível para utentes com 60 ou mais anos para dose de reforço contra a covid-19 e/ou gripe, para utentes com 40 ou mais anos para dose de reforço contra a covid-19 e para utentes com 18 ou mais anos vacinados com Janssen há 90 ou mais dias”, indica a autarquia, a finalizar.

a um esforço suplementar. “Cansados? Claro! Acusamos um grau muito satisfatório de cansaço”, confessa, com o sentido claro de quem está embrenhado numa missão, pelo bem comum. Rute Ribeiro fazia naquele momento mais uma triagem, num espaço que nos últimos tempos tem sido uma verdadeira segunda casa. A conversa é recuperada mais à frente, depois de cumprida a tarefa que desempenhava, e Rute concretiza sobre o estado de alma dos que têm trabalhado pela saúde de todos nós. “As pessoas fazem um esforço enorme, fazem das tripas coração”, admite. Até porque, reconhece, existem dificuldades difíceis de ultrapassar. “Trabalhamos com enfermeiros das unidades de saúde – as quais ficam desfalcadas – e outros de empresas [de trabalho temporário] que prestam também serviço em hospitais. Nunca sabemos com que número de funcionários vamos contar, o que é um pouco constrangedor”, revela. “A capacidade máxima instalada está sempre a ser utilizada. Nunca paramos e vacinas não têm faltado”, junta. O esforço, porém, teve de ser aumentado recentemente. “Até ao arranque do reforço com a terceira dose de vacinação, o centro funcionava de segunda a sexta-feira e, esporadicamente, aos fins-de-semana. Agora passou a funcionar de segunda-feira a domingo, mas mantendo o mesmo número de funcionários, o que causa dificuldade na gestão das folgas do pessoal”, justifica a enfermeira que, ainda assim, consegue empregar dose assinalável de simpatia no discurso. E quando fala dos utentes, a empatia é contagiante. “Episódios caricatos? Não faltam. Desde aqueles que chegam à porta a tremer que nem varas verdes com receio até outros que se sentam e pedem tempo para respirar antes de serem inoculados”, lembra, por entre risos. “Já me perguntaram: 'Não vou morrer, pois não?' E respondi: 'Vai, algum dia. Mas com a vacina não”, recorda a concluir, em tom afável, com a mesma dose de boa-disposição e tranquilidade e um apelo para que todos se vacinem.


21 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 7

Costura criativa de Rute Neto pode ser apreciada em mostra no mercado

O Mercado Municipal do Montijo tem, a partir de hoje e até ao próximo dia 20 de Março, patente ao público uma exposição de costura criativa. A mostra é composta por artigos da marca NoítaDesign, criada por Rute Neto, residente no concelho montijense.

Influenciada pelas suas raízes africanas, Rute Neto apresenta várias confecções tradicionais, como as “capulanas, de motivos diversos e cores vibrantes, panos que normalmente são usados pelas mulheres africanas para cingir o corpo”, salienta a

NO PARQUE MUNICIPAL

BREVES

Espaço infantil renovado com gerberas gigantes como elemento temático

NO PRÓXIMO DIA 28

Mascarenhas-Martins apresenta 'O Tempo e o Modo' no Ateneu Popular DR

Intervenção, com a colocação de novos brinquedos, visa afirmar o espaço como “um modelo de inclusão social”

A companhia Mascarenhas-Martins vai apresentar no próximo dia 28, a partir das 21h30, nas instalações do Ateneu Popular do Montijo a iniciativa audiovisual “O Tempo e o Modo”, com o autor uruguaio Eduardo Galeano e a artista norte-americana Laurie Anderson. O documentário “O Tempo e o Modo” foi

transmitido há uma década na RTP2 e assenta em conversas de meia-hora com personalidades oriundas de diferentes quadrantes geográficos, de forma a ser discutido, através de diversos prismas, o mundo em que vivemos. O preço dos bilhetes é de 2€. Os sócios da colectividade têm entrada gratuita.

MÚSICA E DANÇA

Mário Rui Sobral Ao longe, as gigantes e multicoloridas flores artificiais enchem o olho e despertam as atenções. São elementos do espaço infantil localizado no Parque Municipal Carlos Hidalgo Gomes de Loureiro, que está a ser reabilitado e que adoptará, doravante, a gerbera como tema. A intervenção no parque infantil – que a Câmara Municipal do Montijo caracteriza como um equipamento “temático, original e inovador” – deverá estar concluída em breve apesar de o prazo de execução já ter expirado e depois de em 2018 o espaço ter recebido brinquedos novos e inclusivos a pensar também nas crianças com necessidades especiais. Agora, o espaço de jogo e recreio volta a ganhar novos equipamentos para, segundo a autarquia, se afirmar

Câmara Municipal, que promove a exposição. Segundo a autarquia, os visitantes vão poder apreciar “desde peças de roupa variada a múltiplos acessórios de moda e decoração, de cores vibrantes e trabalhados de uma forma criativa e original”.

Cinema Teatro recebe concerto do CRAM e estreia da United Visionary Arts Um novo equipamento já está instalado no parque infantil

como “um modelo de inclusão social, educativo e de exercício” e permitirá “diferentes experiências lúdicas e didácticas, de forma apelativa, divertida e moderna”. Para o efeito, a edilidade destaca a aposta feita na escolha de brinquedos de acordo com o que considera “os melhores padrões de qualidade pelo alto valor recreativo e variedade de actividades que oferece”. Além disso, realça também a temática adoptada para o renovado parque, tendo em conta a “estética inspirada num dos símbolos mais icónicos do Montijo, a gerbera”, o

que poderá contribuir para “uma excepcional interactividade do público em geral”, uma vez que é “adaptado a crianças de várias idades”. Para já, a observar pelo exterior, sobressai à vista um dos brinquedos composto por dois vasos decorados com gerberas artificiais, interligados por uma estrutura tubular que visa o uso de um pequeno escorrega. O novo espaço “pretende marcar a diferença com oportunidade de brincadeira, diversão, exercício e convívio num ambiente muito familiar”, sublinha a autarquia, a concluir.

A música vai estar em destaque no final deste mês e no arranque de Fevereiro no Cinema Teatro Joaquim d' Almeida. O palco da principal sala de espectáculos do concelho montijense vai receber, já no próximo dia 29, a partir das 18 horas, o “Concerto de Inverno” da Orquestra Sinfónica do Conservatório Regional de Artes do Montijo

(CRAM). O espectáculo é dirigido a maiores de seis anos e os bilhetes têm um custo de 5€. E para 5 (21h30) e 6 (16h30) de Fevereiro está agendada a estreia de “Meu Fado Meu”, projecto de música e dança da United Visionary Arts. Os ingressos custam 12,50€ (plateia), 10€ (1º balcão) e 8€ (2.º e 3.º balcões). DR

MUNICÍPIO REFORÇA REDE DE ATM

Multibanco na Atalaia com conclusão prevista para Abril A partir de Abril próximo a população da freguesia de Atalaia vai passar a ter disponível um novo serviço de multibanco. A Câmara Municipal do Montijo já tem em curso a empreitada do bunker que vai albergar o equipamento, localizado na principal artéria que atravessa a localidade. A obra, iniciada no passado dia 12 e com um prazo de execução de 90 dias, está orçada em 54 mil 732 euros. Além do investimento na Atalaia, a autarquia vai avançar ainda com a

ACÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO

DR

construção de equipamentos idênticos em mais duas localidades do concelho: Alto Estanqueiro-Jardia, perto do cruzamento da Estrada do

Peixe, e Pegões, nas proximidades das instalações da academia sénior, também vão passar a ter multibanco instalado em bunker.

Exposição da Simarsul com monstros de lixo patente na Casa do Ambiente “Seja um superamigo. Lixo no esgoto, não” é o título da exposição itinerante, dinamizada pela Simarsul, que está patente ao público até Fevereiro na Casa do Ambiente, no Montijo. Trata-se de uma campanha de sensibilização promovida pela empresa responsável pelo tratamento de águas residuais da Península

de Setúbal a que o município montijense aderiu. A mostra apresenta imagens e amostras de “monstros feitos de resíduos indevidamente lançados pelo cano abaixo, provocando entupimentos nas redes de saneamento”. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10 às 12h30 e entre as 14 e as 17 horas.


8 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2022

Alcochete

Instalação da Loja do Cidadão na vila ainda sem acordo das entidades que decidem

A instalação da Loja do Cidadão na Vila de Alcochete ainda não tem luz verde das entidades que a decidem. Um impasse que não está a agradar ao presidente da Câmara Municipal, Fernando Pinto. “De acordo com a Agência para a Modernização

Administrativa, duas entidades entre a Segurança Social, Finanças e Registo e Notariado têm de dar a sua concordância”, para a instalação da Loja do Cidadão no município, disse o autarca. “Neste momento, apenas uma está disponível para esse efeito”.

FINANCIAMENTOS

PANDEMIA

Município aprova 30 mil euros para apoio a atletas, idosos e Sociedade Imparcial

Número de casos de infecção covid estão a subir no concelho

Este ano o Sector Social da autarquia quer chegar a 100 idosos. As candidaturas estão a decorrer até 28 de Fevereiro

Câmara continua a assegurar transporte a quem tem problemas de mobilidade, para o centro de vacinação no Fórum Cultural

Humberto Lameiras

A Academia Unlimited/APCC – Associação Portuguesa de Ciências de Combate vai receber um apoio financeiro de 1 500 euros, da Câmara Municipal de Alcochete, como ajuda aos custos da participação dos atletas Rui Morgado e José Machado no campeonato do mundo de MMA – Artes Marciais Mistas, que vai decorrer entre 24 e 29 de Janeiro em Abu Dhabi, nos

Emirados Árabes Unidos. Este apoio financeiro, aprovado por unanimidade na reunião de Câmara de 19 de Janeiro, teve em consideração que os dois atletas “são exemplos de abnegação, disciplina, rigor, vontade e determinação, valores que devem ser reconhecidos e apoiados, no sentido de estimular a sua disseminação para outros sectores da sociedade, servindo

FOTOLEGENDA DR

Restauração do Concelho assinalada com entrega de medalhas

Alcochete comemorou a 16 de Janeiro os 124 anos da Restauração do Concelho (15 de Janeiro de 1898) em que o momento alto foi a atribuição de Medalhas de distinção e reconhecimento. Os distinguidos foram Manuel Ferreira Cardoso e António José Silva Soares, profissionais do Pólo de Alcochete da Unidade de Saúde Pública, Arnaldo Sampaio do ACES Arco Ribeirinho, Destacamento Territorial da GNR do Montijo – Posto Territorial de Alcochete, Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcochete e Serviço Municipal de Protecção Civil. Quanto à Medalha de Mérito Desportivo, foi atribuída a José Luís Peralez da Silva Peres e Rita Ramalho Rodrigues.

de estímulo principalmente para os mais jovens”, refere a autarquia em nota de Imprensa. Os atletas Rui Morgado, de 23 anos, e José Machado, 22 anos, foram convocados pela Federação Portuguesa de Lutas Amadoras, entidade que tutela o desporto MMA em Portugal, para representarem Portugal no Campeonato do Mundo. Na mesma reunião pública, o executivo socialista e os eleitos comunistas aprovaram a afectação de 25 mil euros ao Programa para Comparticipar Despesas de Idosos Carenciados (PCMIC) para ajudar nas despesas com a medicação, na parte não coberta pelo Estado. Em 2021 foram aprovadas 41 candidaturas a este programa, e em 2022 o executivo pretende chegar a 100 idosos. “A verba de 25 mil euros que afectamos ao PCMIC pretende chegar a 100 idosos, o que dá uma média de 250 euros por idoso”, sublinhou o presidente da Câmara de Alcochete, Fernando Pinto. As candidaturas para apoio via PCMIC estão a decorrer até 28 de Fevereiro, junto o Sector de Desenvolvimento Social da autarquia na Rua do Mercado, em Alcochete, ou através do 212 348 646. Este programa consiste em apoiar a compra de medicamentos com receita médica do Serviço Nacional de Saúde, aos munícipes residentes no concelho de Alcochete, “com idade igual ou superior a 65 anos e que se encontrem em situação de comprovada carência económica, isto é, cujos rendimentos mensais per capita não ultrapassem 80% da Retribuição Mínima Mensal do ano civil”, explica a autarquia. Os eleitos aprovaram ainda um apoio financeiro de 3 mil euros à Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 para a compra de dois trompetes no âmbito do 124.º aniversário desta colectividade, fundada na mesma data da Restauração do Concelho de Alcochete.

Humberto Lameiras O número de pessoas com covid-19 tem vindo em crescendo no concelho de Alcochete, a par do que está a acontecer no resto do País. A 19 de Janeiro, existiam 832 casos activos num acumulado relativo aos últimos 14 dias, indicou o presidente da Câmara de Alcochete, Fernando Pinto, na reunião pública que decorreu no mesmo dia. Dando nota deste aumento de casos, e mostrando preocupação, o autarca apontou que neste mesmo período foi registado mais um óbito, a 18 de Janeiro, o que perfaz “26 óbitos no concelho” desde o início da pandemia. O autarca avançou ainda que “2 425 pessoas recuperaram da infecção”, e que, à mesma data, 19 de Janeiro, desde o início da pandemia, Alcochete tinha o registo de “um total de 3 283 pessoas” que foram infectadas com o novo coronavírus SARS-CoV-2. Entretanto, desde 5 de Janeiro, aquando da abertura do Centro de Vacinação Covid-19 no Fórum Cultural de Alcochete, os dados na posse de Fernando Pinto, no dia 19, indicam que “já foram inoculadas 2 938 pessoas”. Disse ainda o autarca, que a Câmara Municipal através dos Bombeiros Voluntário de Alcochete vai “continuar a assegurar o transporte de munícipes para o centro de vacinação”, serviço este que funciona em articulação com a Acção Social do município, e de acordo com os critérios estabelecidos quando à mobilidade. Os munícipes que necessitarem deste transporte entre casa e o centro de vacinação, devem contactar através do telefone 212 348 626.


21 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 9


10 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2022

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MUNICÍPIO DE MONTIJO CÂMARA MUNICIPAL

MUNICÍPIO DE MONTIJO CÂMARA MUNICIPAL

EDITAL N. º 223/2021

EDITAL N. º 227/2021

NUNO MIGUEL CARAMUJO RIBEIRO CANTA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MONTIJO

NUNO MIGUEL CARAMUJO RIBEIRO CANTA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MONTIJO ---------------------------------------------------------------------------------- TORNA PÚBLICO que, de acordo com o estabelecido no nº 1 do artigo 40º do Anexo I à Lei º n 75/2013, de 12 de setembro (Estabelece o regime jurídico das autarquias locais, aprova o estatuto das entidades intermunicipais, estabelece o regime jurídico da transferência de competências do Estado para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais e aprova o regime jurídico do associativismo autárquico), na sua redação atual, a Câmara Municipal terá uma reunião ordinária semanal, ou quinzenal, se o julgar conveniente, e reuniões extraordinárias sempre que necessário. Dispõe ainda o nº 2 do referido preceito legal que as reuniões ordinárias da Câmara Municipal devem ter lugar em dias e hora certos, nestes termos,

TORNA PÚBLICO que por Despacho de 16 de dezembro de 2021, ao abrigo da competência constante na alínea ss) do nº . 1 do artº. 33º. do Anexo I à Lei nº. 75/2013, de 12 de setembro, delegada no Presidente de Câmara por deliberação de 21 de outubro de 2021, titulada pela Proposta n.º 9/2021, e de harmonia com a deliberação tomada pela Comissão de Toponímia em sua reunião realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho em 16 de dezembro de 2021, foi aprovado o seguinte:-----------------------------------------------------UNIÃO DE FREGUESIAS DO MONTIJO E AFONSOEIRO -- Aprovação de designação para um arruamento: --------------------------------------------------------------------1. Largo da Inclusão ---------------------------------------------------------------------------------------------------Confluência da Rua Ivone Silva e da Rua Irene Lisboa ----------------------------------------------------------- Aprovação da alteração do início e fim dos seguintes arruamentos:----------------------------------------------1. Rua da Boa Esperança --------------------------------------------------------------------------------------------Início: Rua do Charqueirão ------------------------------------------------------------------------------------------Fim: Rua da Boa Hora-------------------------------------------------------------------------------------------------

MAIS FAZ SABER QUE o Executivo Municipal em reunião de 29 de dezembro de 2021, deliberou: 1.

2. Rua do Bom Sucesso -----------------------------------------------------------------------------------------------Início: Rua do Charqueirão ------------------------------------------------------------------------------------------Fim: Rua da Boa Hora ------------------------------------------------------------------------------------------------

Fixar, nos termos dos nºs 1 e 2 do artigo 40º do Anexo I à Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, as reuniões públicas com uma periodicidade quinzenal, sendo realizadas às Quartas-Feiras, pelas 20H00 nos termos da calendarização anexa.

2.

3. Rua da Saudade -----------------------------------------------------------------------------------------------------Início: Rua do Charqueirão -----------------------------------------------------------------------------------------Fim: Rua da Boa Hora ------------------------------------------------------------------------------------------------

Fixar a intervenção do público nas respetivas reuniões para as 21H00, interrompendo-se para o efeito os assuntos que se encontrem em discussão, em conformidade com o disposto no n. º 1 do artigo 49.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.

3.

Convocar sempre que necessário a realização de reuniões extraordinárias que serão igualmente públicas, obedecendo-se ao previsto no artigo 41.º da mesma lei, sem prejuízo, quando a matéria o justifique, da sua natureza privada sendo feita a respetiva menção na convocatória aos membros do executivo.

4.

Publicar a presente deliberação em edital afixado nos lugares de estilo durante 5 dos 10 dias subsequentes à tomada da deliberação, e fazê-la constar em permanência no sítio da internet do município em conformidade com o disposto no n.º 3 do artigo 40. º e n.ºs 1 e 2 do artigo 56.º do Anexo I à Lei n. º 75/2013, de 12 de setembro.

4. Rua Passas Manuel -------------------------------------------------------------------------------------------------Início: Rua do Charqueirão-------------------------------------------------------------------------------------------Fim: Rua da Boa Hora -----------------------------------------------------------------------------------------------5. Rua Pinheiro Chagas -----------------------------------------------------------------------------------------------Início: Rua do Charqueirão -----------------------------------------------------------------------------------------Fim: Rua da Boa Hora ------------------------------------------------------------------------------------------------- Aprovação da alteração do início do seguinte arruamento: -------------------------------------------------------1. Caminho Vale Charqueirão ---------------------------------------------------------------------------------------Início: Rua do Charqueirão-------------------------------------------------------------------------------------------Fim: Estrada da Adega Cooperativa do Montijo ------------------------------------------------------------------UNIÃO DE FREGUESIAS DE ATALAIA E ALTO ESTANQUEIRO/JARDIA -- Aprovação de designação para dois arruamentos: -----------------------------------------------------------------1. Rua do Charqueirão -----------------------------------------------------------------------------------------------Troço do Caminho Municipal 1007 ---------------------------------------------------------------------------------­ Início: Estrada do Peixe ----------------------------------------------------------------------------------------------Fim: Impasse ----------------------------------------------------------------------------------------------------------2. Estrada de Vale Porrim-------------------------------------------------------------------------------------------Topónimo do atual Caminho Municipal 1123 ---------------------------------------------------------------­-----Início: Rotunda junto à Estrada do Peixe --------------------------------------------------------------------------Fim: Limite do Concelho ---------------------------------------------------------------------------------------------- Aprovação do prolongamento de dois arruamentos: ---------------------------------------------------------------1. Caminho da Vasa Borracha --------------------------------------------------------------------------------------Início: Estrada do Peixe ----------------------------------------------------------------------------------------------Fim: Estrada de Vale Porrim ----------------------------------------------------------------------------------------2. Estrada Ramal das Flores -----------------------------------------------------------------------------------------Início: Caminho da Escola Velha -----------------------------------------------------------------------------------Fim: Estrada de Vale Porrim ------------------------------------------------------------------------------------------ Aprovação da alteração do início do seguinte arruamento: --------------------------------------------------------1. Rua da Água ---------------------------------------------------------------------------------------------------------Início: Rua do Charqueirão ------------------------------------------------------------------------------------------Fim: Campo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Aprovação da alteração do início do seguinte arruamento: --------------------------------------------------------1. Avenida da Indústria -----------------------------------------------------------------------------------------------Início: Rua Corte do Elói --------------------------------------------------------------------------------------------Fim: Rua do Charqueirão -------------------------------------------------------------------------------------------Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Paços do Município de Montijo, 21 de dezembro de 2021 O PRESIDENTE DA CÂMARA

Nuno Ribeiro Canta

Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. ------------------------------------------------------------------------------------------Paços do Município de Montijo, 30 de dezembro de 2021 O PRESIDENTE DA CÂMARA

Nuno Ribeiro Canta REUNIÕES DO EXECUTIVO MUNICIPAL - ANO DE 2022 ORDINÁRIAS PÚBLICAS

JANEIRO Dia 12 Dia 26

JULHO Dia 13 Dia 27

FEVEREIRO Dia 09 Dia 23

AGOSTO Dia 10 Dia 24

MARÇO Dia 09 Dia 23

SETEMBRO Dia 07 Dia 21

ABRIL Dia 06 Dia 20

OUTUBRO Dia 06** Dia 19

MAIO Dia 04 Dia 18

NOVEMBRO Dia 02 Dia 16 Dia 30

JUNHO Dia 01 Dia 15 Dia 30*

DEZEMBRO Dia 14 Dia 28

* A reunião de 30 de junho irá realizar-se a uma quinta-feira em virtude do dia 29 (quarta-feira) ser feriado municipal ** A reunião de 6 de outubro irá realizar-se a uma quinta-feira em virtude do dia 5 (quarta-feira) ser feriado nacional


21 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE

JOAQUIM COELHO RAPÔZO (1927 – 2022) Participação, Agradecimento

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Joaquim Coelho Rapôzo. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

Você sabia?

Você sabia?

... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência funerária?

... que um funeral de

cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?

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MUNICÍPIO DE MONTIJO CÂMARA MUNICIPAL EDITAL N. º 03/2022

NUNO MIGUEL CARAMUJO RIBEIRO CANTA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MONTIJO ------------------------------------------------------------------TORNA PÚBLICO que nos termos do n.º 1 do artigo 23°. do Regulamento e Tabela de Taxas, publicado no Diário da República, 2ª Série - N.º 11 - de 16 de janeiro de 2018, em vigor nesta Câmara Municipal, as taxas constantes na Tabela anexa ao referido Regulamento foram objeto de atualização anual automática, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2022, de acordo com a taxa de variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC), exceto habitação, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística, com referência ao mês de novembro, com arredondamento para o cêntimo mais próximo por excesso se o terceiro algarismo depois da virgula for igual ou superior a 5 e por defeito se for inferior, e que se fixou em 0,98 % (0,0098). ------------------------MAIS FAZ SABER que nos termos do supracitado Regulamento foram objeto de atualização extraordinária, que antecede a aplicação da atualização ordinária, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2022, as taxas assinaladas com a sigla AD (Aplicação Diferida) correspondendo o seu valor a 25% da diferença entre o valor da taxa obtido por via do estudo económico-­financeiro e a taxa que vigorou no ano 0 (zero) correspondente ao ano de aprovação da Tabela, de acordo com a fórmula prevista no n.º 3 do artigo 23°. do Regulamento. ------------------------------------------------------------------------------------

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Nuno Ribeiro Canta


12 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2022

Legislativas ANA CATARINA MENDES CABEÇA-DE-LISTA DO PS

“Tem havido muito investimento público em Setúbal” Candidata defende que o governo socialista tem sido bom para o distrito Francisco Alves Rito Líder parlamentar do PS e deputada há 26 anos, sempre eleita por Setúbal, Catarina Mendes, de 49 anos, volta a ser cabeça-de-lista pelo distrito. Sobre a regionalização, não se compromete com o mapa. Esta é a terceira vez consecutiva que é cabeça-de-lista por Setúbal. Não é falta de renovação? Não, é empenho e determinação com o desenvolvimento do distrito de Setúbal. O trabalho não está concluído, começamos este projecto há seis anos e temos ainda muito para dar, e continuar a trazer boas novidades para o distrito e melhores condições de vida para as pessoas. Revelou, na semana passada, que António Costa disse que vai fazer o pedido a Bruxelas para a criação da NUTS II da Península de Setúbal. Quando vai ser feito esse pedido? Não fiz nenhuma revelação e deixe-me enquadrar esse assunto nos seguintes termos. Infelizmente, para todos os portugueses, foi interrompida esta legislatura no meio de uma crise pandémica, que nunca sonhámos que pudesse acontecer, e onde os parceiros, que apoiaram o PS nestes seis anos, decidiram dizer que não queriam mais. Isso afectou um conjunto de coisas, desde logo o aumento das pensões e dos salários, continuar o apoio ao SNS, ou baixar os impostos para a classe média, porque é disso que se trata neste Orçamento do Estado que propusemos ao Parlamento. Coincidentemente,

a candidatura para NUTS II e III para o distrito teve de ser feita até ao dia 1 de Fevereiro, portanto, não podemos, mesmo, perder tempo sobre isto. As eleições são a 30 de Janeiro, e aquilo que eu tenho como afirmação e como compromisso do governo, e que António Costa já disse quando veio ao distrito, é que até ao final de Janeiro, data em que termina o prazo, será entregue a Bruxelas esta candidatura, que espero que seja bem-sucedida. Mas não sabe concretamente em que semana será? As indicações que tenho é que está a ser tudo feito para ser enviado para Bruxelas. Se é a 26, se é a 30 ou a 31, não lhe posso dizer. Sei que é até dia 1 de Fevereiro, e não é eleitoralismo, é mesmo cumprir o prazo, sob pena de perdermos, outra vez, o comboio desta oportunidade que, se abre, de Setúbal voltar a poder negociar os fundos comunitários como já beneficiou do passado, e sabemos que fazem falta aqui. Afirma que não há eleitoralismo, mas o primeiro-ministro nunca falou no tema a não ser agora. O que é certo é que o prazo termina agora, a 1 de Fevereiro de 2022, sabíamos todos que estávamos com esta data em cima da nossa cabeça, portanto, o primeiroministro anunciou isto no final do ano passado. Não é eleitoralismo. Feliz ou infelizmente estas eleições coincidem com esta questão. O mais importante é se nós vamos cumprir e acho que o PS tem dado provas muito fortes do que quando promete uma coisa, cumpre. Nós prometemos em 2019, quando fui cabeça de lista.

Os deputados do PS eleitos por Setúbal lutaram por esta alteração… Deixe-me acrescentar: não era possível colocar isto ao mesmo tempo que estávamos a negociar o Quadro Comunitário de APOIO (QCA), que está em vigor, porque já nem dependia de nós. Ainda vamos ser penalizados com este QCA, por não termos a NUTS. Por isso, é que foram encontrados outros mecanismos e estão a ser estudados outros, mesmo na Área Metropolitana de Lisboa, de forma que, até ao próximo QCA, o investimento aqui não seja penalizado. Eu estava a dizer que os deputados do PS iniciaram essa missão em 2019 e chegamos ao final do período da legislatura, que foi interrompida, sem o problema resolvido. Não fica frustrada por isso? É evidente que todos queríamos que fosse amanhã. Desde 2019 que estamos a pedir que se faça, mas é evidente que as coisas também têm o seu tempo. Porque é que demora mais tempo? Primeiro, porque o Governo está concentrado em negociar o actual QCA; segundo, porque ninguém imaginava, em 2019, quando nos comprometemos com isto, que íamos passar por uma crise como a que estamos a viver; terceiro, para combater esta crise, foi preciso, externamente, negociar o maior pacote financeiro que há memória de fundos comunitários, não em função da região A ou B, mas para todo o território, do qual Setúbal, felizmente, vai beneficiar. Por exemplo, está inscrito no PRR, a questão da nova escola de saúde pública aqui para Setúbal, o

próprio Hospital do Seixal, que é uma reivindicação há tanto tempo que gostava que já estivesse feito. Felizmente foi desbloqueado e já está o projecto a concurso. Numa fase em que ainda não podemos beneficiar, como queremos, dos fundos comunitários, este PRR é absolutamente vital para este território, também. Há pouco estava a falar da necessidade de se encontrarem formas de financiamento alternativas, até 2030. Mas que passam também pelo PRR, que tem estado ausente desta campanha. assistimos a 30 debates, na televisão, e não ouvi os líderes partidários, à excepção de António Costa, que sabe o que quer para o país, falarem das agendas mobilizadoras. Os deputados e candidatos do PS tiveram oportunidade de irem ao Instituto Politécnico de Setúbal, para ver como é que estas agendas

mobilizadoras vão dinamizar o tecido económico, juntando as energias do Politécnico, da Faculdade de Ciências, com as empresas para o conseguirmos mais desenvolvimento, mais emprego e melhores salários. Nós sabemos o que Rui Rio quer com o PRR, e que o distrito será,

Não há eleitoralismo sobre as NUTS. As eleições é que coincidem com o prazo


21 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 13

Veja a entrevista completa, em vídeo, no site e nas redes sociais d'O Setubalense O SETUBALENSE

Foi uma tremendíssima irresponsabilidade, o PCP e o BE terem-nos colocado nestas eleições que ninguém desejava

novamente, penalizado com o PSD: É rever os projectos, que já estão a andar, assinados e concretizados. E porque diz que o PSD tem essa intenção? Porque Rui Rio já disse que tem que rever aquilo que está inscrito no PRR. Não falou do distrito de Setúbal, mas é evidente, conhecendo o PSD, que, se ganhar as eleições, vai pôr tudo em causa. O PRR é absolutamente vital no distrito. Visitámos o Vale da Amoreira, onde se vê o orgulho das pessoas com o elevador social da escola, que fez milagres, em doutorados, mestres e licenciados, mas não é possível continuar a pedir que a escola seja um elevador social, se a habitação não for uma alavanca. Isso implica que o PRR seja rapidamente colocado em marcha, para as estratégias locais de habitação poderem funcionar, para que o Primeiro

Direito possa funcionar, para que a habitação não seja o drama que estamos a viver, porque é muito cara, porque há falta dela, ou porque durante anos, este distrito, foi vítima da inércia dos poderes executivos autárquicos que se contentavam em protestar e a dizer que a culpa era do governo. Neste momento, não só com a descentralização, mas com o PRR e a estratégia local de habitação, é possível fazer as sinergias entre as autarquias e o governo central para resolvermos este problema, que é dramático no nosso distrito. Não podemos continuar a assistir a Torrão 1 e a Torrão 2, na Trafaria ou a olhar para a Bela Vista e não dizer que precisa de uma intervenção, para que as pessoas se sintam minimamente bem nas suas casas. Concorda, como tem sido dito por alguns candidatos, de que deveria ser criada uma compensação para a Península

de Setúbal, tendo em conta o que perdeu nestes seis anos? Acho extraordinário que se digam essas coisas, porque é fácil ao PSD, que em 2013 provocou esta situação, agora dizer que quer investimento e uma compensação. Até ridicularizam os 15 milhões que em 2019 se atribuíram especificamente para a região. Acho extraordinário que o PCP e o BE agora venham dizer “nós apresentámos uma resolução”. Claro, é fácil apresentar resoluções na AR, o problema depois é executa-las. Se é preciso uma compensação? Acho que era possível, dentro da AML, encontrar um fundo empresarial que garantisse mais apoio aqui. O governo tem estado atento porque, independentemente, desta injustiça provocada pelo CDS e pelo PSD em 2013, tem investido no distrito. Fora do quadro comunitário, tem havido muito investimento público aqui, a remoção do amianto, a construção de novas unidades de saúde, a melhoria do Hospital de São Bernardo. Não sei se é preciso uma compensação, e não sei como é que se faz essa compensação, sei que no seio da AML, e no governo, com o senhor ministro do planeamento e o senhor ministro da economia, tem havido uma atenção especial, de que é exemplo o concurso de 2019, dos 15 milhões. No fundo é uma compensação, e julgo que não podemos excluir que, até 2030, possa haver outros mecanismos de compensação. No acordo que está a ser fechado com a União Europeia, para o PT2030, a Área Metropolitana de Lisboa sofre um corte de quase 50% nos

fundos. Não se vislumbra que, por aí, possa existir disponibilidade de recursos qualquer compensação. Tenho tendência de tentar olhar, também, para o lado positivo. E porque é que há um decréscimo? Porque há índices de qualidade, sobretudo na Margem Norte da AML. O problema é o interior da Área Metropolitana de Lisboa. Voltamos à mesma questão. É como se fosse uma pescadinha de rabo na boca. Sobre a regionalização, António Costa diz que o mapa tem de ser o das cinco regiões plano. Achas que Setúbal fica bem assim, integrado na AML? Daqui até haver um referendo é preciso pensar. Sou, aliás, adepta de que primeiro devíamos ter a descentralização a funcionar a todo o vapor, o reforço do poder autárquico e, depois, passar para a regionalização. Está inscrito no programa do PS que haja referendo há regionalização em 2024, aquilo que eu espero é que Setúbal seja bem tratado nisto e é para isso que os deputados do PS também aqui estão, para serem vigilantes nesse bom tratamento. O aeroporto acabou por não avançar, tendo em conta o veto político de duas autarquias comunistas. A decisão deve ser tomada e iniciada a obra na próxima legislatura? O aeroporto é decisivo, não apenas no todo nacional, mas no distrito de Setúbal, pelo que pode representar de atracção de investimento, emprego, melhores infraestruturas de ligação, quer ao sul do país quer para Lisboa. Na próxima legislatura não podemos continuar à espera de mais um estudo, de mais uma decisão, ou de mais um bloqueio de quem não quer o desenvolvimento para o distrito. Setúbal continua a ser o distrito “mais vermelho” do país e António Costa disse muito claramente que a geringonça não tem hipóteses nesta conjuntura. Não receia que essa afirmação possa penalizar o PS no distrito? Acho que os setubalenses e o conjunto dos portugueses percebem bem o que está em causa. Foi desumano, até, para com os portugueses, criar esta crise política. Nós tínhamos, um orçamento que não justificava este desfecho, onde fomos ao encontro de um conjunto de matérias que o PCP e o BE tinham colocado. Um conjunto de matérias que para o

PS são absolutamente essenciais, desde o aumento dos salários e das pensões, a progressividade das creches gratuitas, o alivio fiscal da classe média, com a criação de mais dois escalões, o reforço do subsidio social e de desemprego, o reforço do Estado social, designadamente na área da saúde. A culpa foi dos parceiros e não do PS? Foi uma tremendíssima irresponsabilidade, o PCP e o BE terem-nos colocado nesta situação e nestas eleições que ninguém desejava. Não estou a ver como não quiseram continuar um caminho de francas e boas conquistas, nos direitos sociais, na economia, olhando para o crescimento económico, para a nossa credibilidade internacional. De resto, o BE desistiu deste caminho para o Orçamento de 2021, e eu tive a oportunidade de dizer, na altura, que o BE não só tinha voltado as costas ao país, como tinha desistido de partilhar com o PS a gestão de risco desta pandemia. Porque, para o BE, o que ia acontecer na gestão desta crise é que íamos cortar salários, aumentar impostos, fechar empresas, aumentar a taxa de desemprego. Isso não aconteceu. A taxa de desemprego é inferior aos números de antes da pandemia, felizmente o crescimento económico começa a dar sinais. O Bloco desistiu. O PCP queria um aumento do salário mínimo nacional, de 685 para 800 euros, que é um esforço incomportável de pedir, neste momento, às empresas, que, depois dos confinamentos, tiveram uma redução da actividade económica. Isso fez com que o governo desse, entre programas a fundo perdido ou empréstimos e moratórias, mais de 7 mil milhões de euros directamente para a economia. Espero mesmo que os portugueses que querem estabilidade, que querem continuar este processo - com PSD, sabe-se lá com que muletas irá governar -, deem uma maioria absoluta ao PS. Em 2019, o PS já teve uma maioria absoluta, elegeu 9 deputados em 18. Acredita que esse resultado é repetível? Estamos de consciência tranquila quanto ao trabalho que fizemos e muito determinados em continuar a fazer mais por este distrito. Por isso, aquilo que espero é que tenhamos uma grande vitória, e que continuemos a merecer a confiança, que hoje já se sente em muitas autarquias deste distrito.


14 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2022

Desporto

VITÓRIA SOFREU NO SEGUNDO TEMPO PARA SUSTER REACÇÃO DOS RIBATEJANOS

Entrada de luxo dos sadinos foi segredo para vencer U. Santarém e subir ao 2.º lugar O SETUBALENSE

Varela (bisou) e Zequinha fizeram os golos de ontem no Bonfim Ricardo Lopes Pereira O Vitória venceu ontem, no Estádio do Bonfim, o U. Santarém, por 3-1, em partida em atraso da 5.ª jornada da série B da Liga 3. Com os três pontos alcançados, os setubalenses, que conquistaram o seu terceiro êxito consecutivo na prova, ascenderam ao 2.º lugar, com 26 pontos, os mesmos do Torreense, que tem mais uma partida realizada. Varela, autor de um ‘bis’, e Zequinha, que voltou quatro meses e meio depois a ser titular, foram os marcadores de serviço no conjunto treinado por Pedro Gandaio numa partida que os verdes e brancos já venciam por 2-0 antes dos 10 minutos de jogo. Yago Cariello, no tempo de compensação do primeiro tempo, fez o golo dos escalabitanos. Após uma ausência de nove meses devido a lesão, o defesa Miguel Lourenço regressou à competição. O central, de 29 anos, ex-Mafra, tinha actuado pela última vez a 18 de Abril de 2021, dia em que o clube da II Liga empatou (0-0) no reduto da Oliveirense. Desde 2015/16, época em que se mudou para os azeris do Zira, que o atleta não envergava a camisola verde e branca num jogo oficial. Entretanto, depois de na sexta-feira ter ido a jogo na segunda parte, Zequinha voltou ontem a ser titular. Ausente das partidas oficiais nos últimos quatro meses e meio, o avançado, que recuperou de uma artroscopia ao joelho direito a que foi submetido em Outubro, capitaneou os sadinos na ausência de Semedo que habitualmente usa a braçadeira. Em relação ao jogo, os sadinos tiveram uma entrada de sonho no Bonfim ao chegarem ao 2-0 ainda antes dos 10 minutos. O marcador começou por ser inaugurado logos

ao segundo minuto, momento em que Varela, melhor marcador da equipa (com 5 golos), rematou colocado em zona frontal, finalizando uma boa jogada colectiva d ataque. A vencer por 1-0, o Vitória, já depois de um remate de Zequinha aos quatro minutos, ampliou para 2-0 com um golo do atacante de 35 anos, aos nove minutos. Um cruzamento de Nuno Pinto na esquerda possibilitou a Zequinha uma entrada fulgurante de cabeça que pôs o placar em 2-0. Os ribatejanos responderam pela primeira vez aos 17 minutos, quase chegando ao golo numa excelente oportunidade. Na cara de João Valido, Motty viu o guardião sadino evitar o golo com uma excelente defesa. Volvidos dois minutos, os verdes e brancos ficaram perto do golo num cabeceamento de Bruno Almeida que foi travado por Wilson.

Já sem Allan Peixoto, defesa que saiu lesionado e foi substituído por Miguel Rodrigues (34 minutos), o U. Santarém voltou a ameaçar num canto cobrado na esquerda, aos 36 minutos. Apesar dos protestos dos forasteiros, o árbitro entendeu que João Valido defendeu a bola sem que esta ultrapasse totalmente a linha de golo. O lance foi o prelúdio para o golo que os escalabitanos viriam a alcançar já em tempo de compensação no primeiro tempo. Aos 45+1 minutos, o avançado Yago Cariello materializou a reação dos ribatejanos com um golo (2-1) que finalizou um lance rápido de ataque, que beneficiou de uma falha do defesa Miguel Lourenço. Após o intervalo, o U. Santarém, ainda motivado pelo golo alcançado antes de as equipas recolherem aos balneários, teve o domínio no terreno nos minutos iniciais. Aos 50

minutos, Motty num remate de meia distância à figura de João Valido, deu o primeiro sinal de perigo da segunda parte. Já depois de o Vitória ter protestado por ume eventual mão na bola de um adversário na área contrária, os ribatejanos voltaram a ameaçar num contra-ataque finalizado com um remate de Yago Cariello sobre a trave da baliza sadina. Aos 59, o mesmo jogador só não empatou porque o defesa Bruno Almeida e o guardião João Valido perturbaram a acção do atacante. Aos 69 minutos, João Valido fez uma defesa extraordinária para evitar o cabeceamento vitorioso de Miguel Rodrigues. Volvido um minuto, os sadinos foram eficazes num lance rápido de contra-ataque concluído por Varela. Lançado num passe de ruptura por André Mesquita, o extremo rematou com êxito para o 3-1.

Até ao final, nota para mais uma defesa estrondosa do guarda-redes João Valido a evitar que André Dias, num remate na zona frontal à baliza, marcasse para os ribatejanos, que voltam a defrontar o Vitória, desta vez no seu reduto, na segunda-feira, em partida da 16.ª jornada da Liga 3, os comandados de Pedro Gandaio.

CLASSIFICAÇÃO III LIGA J 1 UD Leiria 2 Vitória FC 3 Torreense 4 Real SC 5 Caldas SC 6 FC Alverca 7 Amora FC 8 Sporting B 9 CD Cova Piedade 10 UD Santarém 11 Oriental Dragon FC 12 FC Oliveira Hospital

V

E

D M-S

14 10 14 8 15 8 14 6 15 5 13 6 13 5 15 4 15 4 15 3 13 2 14 1

3 2 2 4 5 2 3 4 2 4 7 8

1 4 5 4 5 5 5 7 9 8 4 5

29-12 21-14 18-15 18-18 14-13 17-18 17-12 15-19 15-26 16-24 14-16 19-26

P 33 26 26 22 20 20 18 16 14 13 13 11


21 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 15

Pinhalnovense e Barreirense com vida complicada no Campeonato de Portugal

No Campeonato de Portugal está programada para domingo a 13.ª jornada que inclui o Barreirense – Serpa e o Imortal – Pinhalnovense, que não se realizará devido aos problemas existentes no clube de Pinhal Novo que está sem jogadores e sem treinador que rescindiu

unilateralmente o seu contrato e até já tem novo clube. Pelo que sabemos o processo não evoluiu de forma positiva e, por essa razão o clube será obrigado a dar nova falta de comparência que o deixará à beira da desclassificação. Sombrio é também o panorama no Barreirense

OLÍMPICO DO MONTIJO

LIGA 3

Cleiton Mendonça teve uma estreia de sonho DR

Jovem cabo-verdiano entrou ao intervalo do jogo com o Alfarim, marcou dois golos e revelou muita qualidade. Tudo indica que vai ser um jogador a ter em conta no futuro José Pina O Clube Olímpico do Montijo, terceiro classificado no Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal, procedeu a um pequeno ajustamento no seu plantel, com a saída de um jogador e a entrada de dois. O objectivo passa naturalmente pelo reforço da equipa com vista à sua aproximação ao líder que dispõe de uma vantagem considerável mas não irrecuperável porque há entre eles uma diferença de três jogos, que valem nove pontos. No que respeita a reforços che-

Cleiton Mendonça

gou ao Montijo o guarda-redes Tim Van Gelderen, de 21 anos, nascido nos Países Baixos mas também com nacionalidade canadiana. Na época

União de Leiria recebe Amora no Estádio Nacional de 2019 / 2020 jogou no Algeciras B (Espanha) e no ano de 2021 representou o Pickering (Canadá). No passado domingo já esteve no banco mas não foi utilizado por Marco Bicho que continua a dar a titularidade a Diogo Arreigota. Novidade é também o cabo-verdiano Cleiton Mendonça, avançado de 20 anos, que em Cabo Verde representou o Esperança da Calheta. O jogador fez a sua estreia no passado domingo na recepção ao Alfarim. Entrou ao intervalo, em substituição de um companheiro de equipa, mostrou muita qualidade e revelou uma apetência especial pelo golo, tendo marcado exactamente dois na goleada da sua equipa por 4-0. As expectativas são grandes em relação a este jogador que parece ser bastante promissor. Quem já não faz parte do plantel é Micael Pereira, médio de 25 anos que regressou às origens depois de ter sido utilizado em 12 jogos pelo clube montijense. Por aquilo que sabemos, Micael Pereira já foi utilizado no passado domingo pelo Palmelense no jogo que disputou com o Moitense.

IPDJ VAI INVESTIR DOIS MILHÕES DE EUROS

Abertas candidaturas para reabilitação de instalações desportivas O Instituto Português do Desporto e Juventude abre até 28 de Fevereiro, a fase de candidaturas à 6.ª edição do Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas (PRID), com um investimento de dois milhões de euros. O PRID é direccionado a clubes e associações desportivas de Portugal Continental e destina-se a promover a requalificação das instalações desportivas ao serviço das comunidades, com o principal objectivo de melhorar as condições de prática desportiva. As despesas elegíveis abrangem intervenções diversificadas, relacionadas com a renovação, reabilitação e conservação de instalações dos clu-

bes, designadamente: Pavimentos desportivos, coberturas e paredes; vestiários - balneários e valências neles existentes; instalações sanitárias; construção ou reparação de redes e equipamentos de gás, água e electricidade; reparação de sistemas de tratamento de água de piscinas; construção ou reparação de vedações; adaptação da instalação existente, assegurando a acessibilidade de indivíduos com mobilidade condicionada; melhorias que tenham como fim a eficiência energética das instalações existentes; obras de ampliação das valências existentes; substituição de elementos construti-

que prescindiu dos serviços de nove jogadores - João Varela, Diogo Balau, Martim Galvão, Davy Medvedchuk, Eze, Diogo Marques, Ricardo Almeida, João Pendão e Pedro Fonseca. Para colmatar estas dispensas o clube está a preparar a entrada de outros jogadores.

vos que contenham poeiras/ fibras de amianto e outras obras que venham a ser consideradas pertinentes ao desenvolvimento das actividades desportivas da entidade candidata. Desde 2017, através do PRID, o Governo já apoiou mais de 500 clubes e associações, num investimento de cerca de 10 milhões de euros na reabilitação de infra-estruturas desportivas, financiados pelo IPDJ, os quais correspondem a um investimento global de cerca de 30 milhões de euros. As candidaturas são realizadas exclusivamente online na plataforma SIEC. J.P

A 16.ª jornada da Série Sul da Liga 3, onde estão envolvidas as equipas da nossa região, começa esta sexta-feira com o Oliveira do Hospital – Alverca e só termina na segunda com a realização do U. Santarém – Vitória FC. No sábado, às 17 horas, joga-se no Estádio Aurélio Pereira, em Alcochete, o Sporting B – Cova da Piedade, duas equipas que estão a atravessar uma fase menos boa porque vêm ambas de uma derrota a competição; o Sporting com o Vitória Futebol Clube no Bonfim e o Cova da Piedade em casa com o Oliveira do Hospital. Na tabela classificativa há apenas dois pontos a separar as duas equipas, com vantagem para o Sporting, que, neste caso, parece ter também mais

argumentos que o adversário. No domingo, pelas 15 horas, a União de Leiria recebe o Amora no Estádio Nacional. Isto acontece porque o relvado do Estádio Dr. Magalhães Pessoa, onde se vai realizar a final four da Taça da Liga, entre os dias 25 e 29 deste mês, está a ser alvo de um tratamento específico devido aos problemas que apresentava. Porque a equipa leiriense é líder destacado do grupo e porque o Amora está sem competir há mais de um mês não se espera tarefa fácil para os pupilos de Sandro Mendes. Devido aos problemas de Covid existentes no plantel do Oriental Dragon o jogo que deveria realizar com o Caldas foi cancelado. J.P.

FUTEBOL DISTRITAL

Na primeira divisão há acerto de calendário De acordo com o calendário previamente definido este fim-de-semana estava reservado para a transição da primeira para a segunda volta do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, só que a pandemia trocou as voltas e em consequência disso vai ter que ser aproveitado para acerto de calendário. Assim, se a Covid-19 deixar, irão realizar-se os seguintes encontros: Fabril – Moitense, que se encontra em atraso da 9.ª jornada; C. Piedade B – Pescadores (15.ª jornada); Seixal – U. Santiago (16.ª jornada); Palmelense – FC Setúbal (17.ª jornada); Sesimbra – Águas de Moura e Vasco da Gama – Olímpico do Montijo (18.ª

jornada) e Vitória FC – Grandolense (19.ª jornada).

II Divisão

Na 2.ª Divisão Distrital está agendada a 16.ª jornada, onde sobressai a recepção do Almada à Quinta do Conde, o confronto entre as equipas B do Barreirense e Amora e a deslocação do Banheirense ao reduto dos Pelezinhos. Arrentela – Zambujalense; Almada – Quinta do Conde; Alcochetense B – Santoantoniense; Lagameças – Samouquense; Santo André – Botafogo; Brejos de Azeitão – Corroios; Pelezinhos – Banheirense e Barreirense B – Amora B. J.P. DR


00:09 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 06:22 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 12:28 ~ 2.7 m ~ Preia-mar 18:33 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar

ALMADA

00:08 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 06:23 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 12:31 ~ 2.7 m ~ Preia-mar 18:35 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar

SESIMBRA

00:22 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 06:32 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 12:46 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 18:47 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

00:42 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 06:42 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 13:03 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 18:56 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Maria Coelho; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Luís Bandadas IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@ tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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