O Setubalense, o seu diário da região nº 786 de 14 de Fevereiro de 2022

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Vitória exige “momento de viragem” após derrota com Torreense p14 DR

Não foi a pandemia que alterou a fraca dinâmica de gestão dos anteriores ou actuais órgãos sociais, de serviços mínimos

que atacaram fortemente elementos da outra lista. Isso foi feito com o seu aval? Sobre essa questão, já em devido tempo e em sede própria disse o que tinha a dizer sobre a mesma. Tudo o que eu e a minha candidatura transmitimos, foi dito na nossa página oficial. De forma pública e frontal colocámos as nossas propostas sem beliscar a

honra de ninguém! Os últimos tempos não têm sido fáceis de gerir devido à pandemia. Se tivesse sido eleito teria feito algo diferente? Não foi a pandemia que alterou a fraca dinâmica de gestão dos anteriores ou actuais órgãos sociais. O registo mantém-se e, na minha opinião, um registo de serviços mínimos. Uma Associação não pode ter como “core business“ os Cursos de Treinadores e sustentar a sua actuação a organizar jogos e nomear árbitros. Numa Associação, um Conselho Técnico tem de ser um órgão activo. Aquele que foi o nosso candidato a presidente desse órgão é médico especializado em saúde pública, teria sido uma maisvalia para todos. Existe alguma estratégia para enfrentar a pandemia ou sobre a orgânica das competições. O que podemos esperar? Naturalmente, se tivéssemos vencido tudo teria sido diferente. Por exemplo, teria previsto no regulamento de competições, tal como enviei por email para os clubes, uma informação de como decidir no caso dos campeonatos não poderem ser concluídos, e nunca iria propor um campeonato com 38 jornadas, mas os clubes aprovaram. Veja-se o exemplo da AF Porto, que já se encontra na fase de apurar o campeão. Ainda faltam três anos para novas eleições. De qualquer forma, fica a pergunta. Nos seus horizontes está uma possível recandidatura? Obtivemos mais de 46% da votação, 499 votos contra 551 daquele que era na altura o presidente em exercício e com

o poder executivo de emitir e publicar comunicados na véspera. O facto da lista que encabecei ter conseguido ir a votos, foi o início dum processo de mudança que, muitos ou mesmo já a grande maioria consideram certa. Essa será uma vontade dos sócios ordinários da AFS e, se no futuro for vontade dos mesmos, essa possibilidade será ponderada. Para finalizar, há algo mais que queira acrescentar? Sim, gostaria de dizer a todos que é possível termos uma melhor AF Setúbal, com uma nova visão e uma nova liderança, reorganizando os serviços e a organização de competições, melhorar os serviços prestados na área da arbitragem, tornar as seleções distritais competitivas, criar um regulamento eleitoral, atualizar os estatutos, por exemplo os clubes que têm equipas de futebol 9, não tiveram direito a esse voto, porque tal não está previsto nos estatutos. Por outro lado os clubes com equipas do género feminino tem direito a menos votos que os masculinos, tal norma contraria o artigo 13 da Constituição da República (Igualdade), numa Instituição de Utilidade Pública, na nossa opinião, esta não é uma boa prática. Uma AF Setúbal, que apoie os clubes na certificação de competências, e que baixe os preços das formações através de protocolo com as autarquias. Uma AF Setúbal, que tendo em Sesimbra o único campo de Futebol de Praia, reconhecido pela FIFA, e em Setúbal o selecionador Nacional, Campeão Europeu e Mundial, tenha a dinâmica de organizar o Primeiro Curso de Treinadores de Futebol de Praia. Uma AF Setúbal, que perceba o crescimento exponencial do número de praticantes na região do Litoral Alentejano, criando medidas concretas de apoio, como por exemplo, descentralizando alguns dos treinos das suas seleções distritais, para essa região. Um dia a AF Setúbal vai mudar, é possível fazer mais e melhor. Por fim, deixar o meu elogio público, a todos os dirigentes dos clubes do Distrito, sem exceção! Pela sua coragem e determinação, superando dificuldade sobre dificuldade, os constrangimentos e provações que a pandemia vem impondo quase há dois anos. É ao lado deles que sempre estivemos e contamos estar no futuro. Pelo Futebol, pelo Futsal, pelo Futebol de Praia e Arbitragem do nosso Distrito. Contem connosco!

Contigo todos os dias

OPINIÃO Paula Santos

A

questão central que se coloca no imediato é dar resposta aos problemas mais prementes que afetam os trabalhadores, o povo, a região o País, em matéria de salários, pensões, saúde e habitação. Estas são as prioridades de ação e intervenção do PCP. Não há desenvolvimento, nem progresso assente numa política de baixos salários. A valorização do trabalho, dos trabalhadores e dos salários é o caminho. É emergente o aumento de todos os salários, incluindo do salário mínimo nacional e dos salários médios, bem como a revogação da caducidade da contratação coletiva. Aumentar os salários é a solução para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e das duas famílias, para fazer face ao aumento de preços de bens essenciais, para combater a pobreza e para dinamizar a atividade económica, em particular para apoiar as micro, pequenas e médias empresas. A recuperação do poder de compra dos pensionistas e reformados é fundamental para garantir-lhes condições de vida e dignidade. As baixas pensões de reforma são reflexo dos baixos salários. É justo que depois de uma vida de trabalho, as pensões de reforma dos idosos sejam aumentadas e valorizadas. Ficou comprovado que o Serviço Nacional de Saúde é a solução para assegurar o direito à saúde a todos os utentes. Reforçar a sua capacidade, seja através da adoção de soluções para contratar e fixar profissionais de saúde, da valorização das suas carreiras e remunerações, seja pelo investimento na modernização de equipamentos e na requalificação/construção de instalações, é o que permite assegurar a atribuição de médico e enfermeiro de família

a todos os utentes e a realização de consultas, cirurgias, exames e tratamentos a tempo e horas. Na nossa região, a falta de investimento na saúde está patente no elevado número de utentes sem médico de família, no sucessivo adiamento da construção do Hospital no Seixal, na necessidade de construção de inúmeros centros de saúde. As dificuldades no acesso à habitação têm-se vindo a agravar. Os custos com a habitação são exorbitantes face aos baixos rendimentos auferidos pelas famílias. É cada vez mais difícil para os jovens autonomizarem-se e prosseguirem a sua vida. Garantir o direito à habitação exige uma intervenção do Governo, na construção e disponibilização de habitações públicas e na garantia de estabilidade no arrendamento e preços compatíveis com os rendimentos das famílias. Sabemos bem porque o PS não queria soluções e queria eleições. Queria ficar de mãos livres para concretizar as suas opções de subordinação aos interesses do grande capital e de submissão à União Europeia. Quem não escondeu a satisfação com a maioria absoluta do PS, foram os patrões, deixando bem claro os interesses que o PS serve. O PCP não vira as costas à luta. Assume o compromisso da defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo. Os trabalhadores e o povo contam com o PCP, na denúncia dos problemas concretos e na apresentação de soluções para a sua resolução. Contam com a intervenção do PCP, todos os dias ao lado dos trabalhadores e do povo, pela melhoria das condições de vida e pelo reforço dos direitos. Deputada do PCP


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