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GNR já procurava família quando se deu tragédia em Sines

Homem detido em Grândola na posse de 127 doses de haxixe

Um homem, de 46 anos, foi detido pela GNR por suspeitas de tráfico de droga em Grândola, tendo os militares apreendido 127 doses de haxixe, revelou ontem a força de segurança. Em comunicado, o Comando Territorial de Setúbal da GNR explicou que a detenção foi efectuada na terça-feira, pelo Posto Territorial de Grândola, tendo o suspeito sido constituído arguido e os factos remetidos ao tribunal. Após receberem uma denúncia por furto de combustível numa oficina, os militares da Guarda localizaram o suspeito e interceptaram a sua viatura. “Na sequência da acção e durante a revista pessoal de segurança, foi detectado produto estupefaciente, culminando com a detenção do suspeito e com a apreensão” de 127 doses de haxixe, uma navalha e uma bateria de automóvel.

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SINES GNR procurava mãe e filhas em São Torpes quando tragédia se deu em Porto Covo

Menina mais velha ainda tentou salvar a irmã. Mãe agiu sozinha, sem ajuda de terceiros

Rogério Matos

A GNR de Sines procurava por Joceline e as duas filhas menores em São Torpes quando recebeu o alerta para o incêndio no carro onde a homicida se matou com a menina mais nova, em Porto Covo, incendiando o carro onde se encontravam. A mais velha conseguiu fugir, tentando ainda salvar a irmã, sem sucesso.

A mãe da homicida dirigiu-se à esquadra de Sines às 23 horas para dar conta do desaparecimento da filha com as netas e indicou São Torpes como o local mais provável para a sua localização.

Joceline tinha saído com as meninas de casa pouco tempo antes, estava perturbada devido à presença do ex-companheiro com quem as filhas tinham passado o fim-de-semana e deixou o telemóvel em casa. Joceline temia que o pai das crianças as levasse para a Bélgica, onde reside com a actual companheira e com quem já

DR

Joceline e Jane (ao colo) morreram no interior do carro; Camila conseguiu salvar-se

tem um filho.

Os sinais alarmantes levaram a GNR de Sines a procurar pela viatura nas praias de São Torpes e, quando os militares realizavam buscas nesta zona, receberam o alerta do incêndio, às 23h45 em Porto Covo, a menos de dez quilómetros.

Joceline e Jane faleceram dentro da viatura, enquanto Camila conseguiu sair sem ferimentos e foi acolhida por populares. Camila estava no banco traseiro do Opel Corsa quando a sua mãe acendeu o fósforo depois de se regar e às filhas com gasolina, simulando uma brincadeira.

A menina jogou o braço à irmã mais nova, Jane, que estava no banco do 'pendura', para a tentar tirar do carro, mas a sua mãe impediu-a. A homicida, 29 anos, colocou o braço por cima de Jane e ainda tentou agarrar Camila, mas esta separou-se e fugiu pela porta traseira.

A Polícia Judiciária de Setúbal continua a investigar o crime e já afastou a intervenção de outras pessoas que possam ter ajudado a homicida. A morte de Joceline vai levar a que o caso não chegue a tribunal, mas, ainda assim, os inspectores querem saber todo o percurso que a homicida fez e quando é que adquiriu o combustível. Sabe-se que não o fez na noite do crime, mas durante o fim-de-semana.

O trabalho está a ser dificultado pela corrida aos combustíveis, que aconteceu sábado e domingo e que levou milhares aos postos de combustível antes do aumento que teve lugar na segunda-feira.

Os corpos de homicida e vítima permanecem na morgue do Hospital do Litoral Alentejano para realização de autópsia. Só depois podem ser libertados para realização das cerimónias fúnebres. A menina sobrevivente teve alta do hospital durante a tarde de terça-feira e visitou a avó, na casa onde residia. Depois ficou com o pai.

GRÂNDOLA

Banda dá concerto contra a guerra na Ucrânia

Um grupo de 45 músicos da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense (SMFOG) vai actuar, este domingo, junto ao Mural do 25 de Abril, em Grândola, numa iniciativa solidária para com o povo ucraniano e contra a guerra.

A acção é promovida pela SMFOG, uma das colectividades mais antigas do concelho de Grândola, que explicou hoje que o objectivo passa por mostrar “repúdio pela guerra na Ucrânia” e “solidariedade para com o povo ucraniano”.

No evento, que vai ter lugar junto ao Mural do 25 de Abril, na Praça da Liberdade, na vila alentejana, os promotores pretendem juntar “45 elementos” da banda filarmónica da sociedade.

A partir das 12h00, os músicos vão tocar o hino da SMFOG, a música “Grândola, vila morena” e os hinos nacionais da Ucrânia e de Portugal.

“É uma mensagem de apelo à paz e de repúdio por esta guerra sem justificação que está a destruir um país quase por completo” e “a destruir e a separar famílias”, disse à agência Lusa o presidente da direcção da SMFOG, Luís Vital Alexandre.

O dirigente da colectividade indicou que esta guerra ‘toca’ particularmente um dos músicos da banda filarmónica, que é de nacionalidade ucraniana e “tem a filha, o neto de 10 meses e o genro” ainda naquele país, invadido pela Rússia a 24 de Fevereiro.

“Qualquer grito de revolta contra esta guerra será sempre pouco, mas, por mais insignificante que possa parecer este gesto, esperamos que a união de pequenas iniciativas tenham o seu resultado”, argumentou. O símbolo oficial da iniciativa “será o cravo”, por representar “a revolução do 25 de Abril em Portugal”, mas, neste caso, amarelo, “uma das cores da bandeira Ucraniana” e também “da fita que os combatentes ucranianos e internacionais utilizam nos braços”, referiram os promotores, em comunicado.

Segundo o responsável, além desta iniciativa, a SMOFG está a recolher “material médico para enviar para a Ucrânia”, para “acudir às centenas ou milhares de feridos desta guerra”.

Desde ontem e até domingo, inclusive no local onde vai decorrer a actuação, “as pessoas podem entregar estes bens, uma vez que qualquer ajuda é pouca”, apelou, a concluir.

Lusa

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