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Aprovada suspensão parcial do PDM contra especulação imobiliária
Abertura
OPINIÃO
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Teresa Teles
A escada da riqueza
Muitos empresários esquecem que um negócio deve permitir-lhes receber pelo menos duas vezes: pelo trabalho feito (salário), pelo lucro do negócio e (se venderem) pelo valor do ativo criado. Já pensaste como seria fazer parte da lista dos empresários que vendem as empresas que desenvolveram por um valor interessante, podendo aplicar ou simplesmente gozar de uma reforma em pleno?
Com isto em mente, reflitamos sobre os 7 níveis da escada da riqueza que temos identificados: 1. Todos começamos como estudantes. Olhando para o ensino, facilmente percebemos que o objetivo da escola é preparar para um trabalho. Isso implica que os estudantes invistam tempo, dinheiro e energia neste processo. 2. Depois passamos a funcionários. Ganhamos para viver. Para quem quer o seu próprio negócio, esta é a melhor fase pois permite aprender o que fazer e o que não fazer sem lhe “sair do bolso”. Há que aproveitar a oportunidade para desenvolver várias competências, pois para vir a ser um empresário de sucesso, é preciso compreender as nuances de um negócio em temas como operações, marketing, vendas ou dinheiro. 3. Quando crias o teu emprego, tornas-te um autoempregado e tens de assumir TODAS as funções de uma empresa. Produção, vendas, finanças ou a simples manutenção do dia a dia, tudo depende de ti e a característica comum de quem me procura a este nível é a proporção inversa entre tempo e dinheiro. 4. Ao reunir condições (e coragem) para contratar, atinge-se o patamar de gerente. Frequentemente chegam-me empresários neste nível que manifestam ter mais trabalho do que tinham antes, passando a vida a “apagar fogos”. O foco nesta fase tem de
O caminho pode não ser fácil, mas é simples!
ser sistematizar processos para simplificar as funções, um bom sistema de recrutamento e formação para ter as pessoas certas no lugar certo e a aposta no aprofundar das competências de gestão e planeamento. Sem isto, os empresários estão sujeitos a passar o resto da vida a “apagar fogos” e a sofrer pela má gestão de recursos como tempo, dinheiro e energia. 5. Passar para o nível seguinte não é fácil, mas é recompensador. Ao colocar alguém com boas capacidades de liderança e planeamento como diretor geral, o empresário torna-se dono de um ativo que lhe oferece um rendimento passivo, isto é, sem ter de intervir no dia a dia da empresa. 6. Chegado a este nível com as competências, o dinheiro e o tempo, porque não assumir o papel de investidor? Esta é a fase de pegar em ideias ou empresas que com pequenos ajustes possam gerar retornos elevados. 7. Chegados ao topo encontramos os empreendedores que são pagos para partilhar experiência (por exemplo como oradores convidados).
Então, vamos refletir: Onde estás hoje? Onde queres chegar? O que vais fazer a partir de hoje?
Lembra-te: O caminho pode não ser fácil, mas é simples!
OPERAÇÃO
A PSP deteve 15 pessoas e apreendeu 15 toneladas de catalisadores, no âmbito da operação que desenvolveu na manhã de ontem em Setúbal, Lisboa e Porto com o objectivo de desmantelar uma rede que se dedicava ao roubo daquele material.
A informação foi dada à agência Lusa pela subcomissária Laura Bicheiro.
“Foram feitas 15 detenções e apreendidas 15 toneladas de catalisadores, 17 mil euros em dinheiro, uma arma de fogo, 30 peças de ouro, 11 viaturas de gama média/alta, telemóveis e material de corte de catalisadores”, enumerou a subcomissária, frisando que estes são ainda números provisórios.
De acordo com a responsável, a PSP irá dar informação mais detalhada sobre a operação nos próximos dias.
Ontem, pelas 07h00, a PSP iniciou uma operação em Lisboa, Setúbal e Porto, no âmbito de uma investigação a uma rede responsável pelo furto de catalisadores, com 21 mandados de busca domiciliária e não domiciliária e 17 mandados de detenção.
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública informou que a operação resultou de uma investigação a uma rede responsável por furto, receptação e transformação de catalisadores furtados em vários locais do território nacional.
Segundo a subcomissária, além dos elementos da PSP, colaboraram na operação militares da GNR da área de Setúbal.
MCL / Lusa
GRÂNDOLA
Aprovada suspensão parcial do Plano Director Municipal contra especulação imobiliária
A Assembleia Municipal de Grândola aprovou na passada quinta-feira a suspensão parcial do Plano Director Municipal (PDM) e a adopção de medidas preventivas para impedir a especulação imobiliária e novos projectos turísticos em três freguesias do concelho.
“A suspensão parcial do PDM e a adopção de medidas preventivas para as freguesias de Carvalhal e Melides e parte da freguesia de Grândola foram aprovadas e vão estar agora em vigor” até à sua alteração, revelou o presidente da Assembleia Municipal (AM) de Grândola, Rafael Rodrigues (CDU).
A proposta, apresentada pelo executivo camarário liderado por António Figueira Mendes (CDU), foi aprovada com os votos favoráveis da CDU e a abstenção das bancadas do PS e PSD. A aprovação surge depois de, em Fevereiro, o processo ter sido chumbado pelos partidos da oposição, que reclamaram na altura critérios “transparentes e objectivos”.
Aquando dessa primeira proposta, o presidente da câmara disse à Lusa que a intenção de suspender o PDM e criar medidas preventivas visava “pôr termo à especulação imobiliária” no concelho, relacionada com projectos turísticos.
O presidente da bancada socialista na AM, Pedro Ruas, lembrou que, nessa altura, “a câmara não tinha previsto uma audiência prévia aos investidores privados” com “projectos em curso”, submetidos “através dos Pedidos de Informação Prévia (PIP)”.
Também “não havia regras sobre a redistribuição das cerca de 4 200 camas [turísticas] sobrantes”, acrescentou o deputado, argumentando que, depois do voto contra na primeira proposta, “a câmara decidiu acompanhar as preocupações” dos socialistas nesta nova proposta.
Em Fevereiro, o autarca António Figueira Mendes disse que a intensidade turística máxima no concelho “é de 14 915 camas e a capacidade real ainda está aquém” do previsto, já que as camas turísticas “executadas, em execução ou aprovadas são actualmente 10 827”.
Na quinta-feira, o que foi submetido pela câmara à AM “foi uma proposta com critérios muito transparentes e objectivos e que permitiram, não o voto favorável do PS, mas sim a abstenção, porque a câmara cometeu uma grave irregularidade ao ter permitido a violação do PDM”, justificou Pedro Ruas.
O município “não monitorizou as camas turísticas” e surgiram projectadas “mais 30 mil camas do que aquilo que permitem o PDM e o Programa Regional de Ordenamento do Território do Alentejo (PROTA)”, criticou o eleito.
O presidente da AM, Rafael Rodrigues, argumentou que as medidas preventivas agora aprovadas estabelecem “a caducidade de um conjunto de PIP solicitados à câmara nos últimos tempos, em particular no último ano”, e que poderiam “constituir alguns direitos em termos de construção de camas turísticas”.
Para tal, indicou, a autarquia vai “avançar com o período de audiência prévia a todos os PIP que estavam ainda em vigor, para tentar avaliar o interesse de cada um dos proprietários dos terrenos e detentores desses PIP quanto à possibilidade ou não de concretizarem os investimentos previstos”.
“Os PIP têm um período de validade de um ano, ao fim do qual a câmara os poderá renovar ou não, mas, para completar o pedido, é necessário que o seu requerente apresente projectos de arquitectura e especialidade”, esclareceu.
No entanto, segundo Rafael Rodrigues, “só uma pequena percentagem” dos PIP que existiam na câmara é que “tinha investimento concretizado”. Os restantes são “pedidos que obviamente valorizavam o terreno”, mas que “não foram concretizados”, acrescentou. Lusa