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MOITA Biblioteca reabre após dois meses de obras
Abertura
A Segunda Grande Guerra (Parte III)
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Em 1 de setembro de 1939, o exército alemão invadiu a Polónia. Dois dias depois, Inglaterra e França, de acordo com o compromisso que tinham assumido publicamente, declararam guerra à Alemanha. A Itália mantinha-se neutra e o Japão lutava na China. A 6 de outubro, a Polónia rendeu-se. Entrou-se, então, num período de guerra de contrainformação até abril de 1940, quando o exército alemão iniciou a Blitzkrieg, ou guerra-relâmpago
A fase da guerra-relâmpago correspondeu a avanços militares fulminantes do exército nazi, por terra - panzers, veículos blindados -, ar - bombardeiros da Luftwaffe - e água-navios de guerra. Dinamarca, Noruega (o rei fugiu para Londres, tendo o poder sido entregue pelos alemães ao chefe do partido nazi norueguês), Países Baixos (a família real holandesa fugiu para Londres, onde formou um governo que passou a coordenar a resistência holandesa) e Bélgica foram ocupados. A Grã-duquesa Charlotte do Luxemburgo, neta de D. Miguel I, recusou render-se aos alemães e chegou a Portugal com visto de Aristides de Sousa Mendes, depois exilou-se nos EUA, comunicando por rádio com os luxemburgueses. Os exércitos francês, inglês e belga, levados pelo turbilhão nazi até à cidade francesa de Dunquerque, abandonaram o palco do conflito, deixando para trás grande parte do equipamento militar e milhares de militares franceses feitos prisioneiros. Em junho de 1940, os Alemães, contornando a linha defensiva Maginot, ocuparam a França. Com «Paris a arder», deu-se a rendição aos nazis. Formou-se o governo do marechal Pétain, herói da primeira guerra mundial e agora colaboracionista dos alemães, com sede na cidade de Vichy. Dias antes da rendição francesa, a 14 de junho, a Itália entrara no conflito ao lado da Alemanha.
Nos céus da Inglaterra travava-se um épico duelo aéreo entre a Royal Air Force e a Luftwaffe. No Norte de África, a Itália desejava apoderar-se do canal do Suez, dominado pelos Ingleses, de modo a isolar Inglaterra
OPINIÃO
Francisco Cantanhede
das suas colónias. Alemães e Italianos atacaram também a Grécia e a Jugoslávia, passando a controlar os Balcãs. Em 1942, contando com a neutralidade colaborante de Salazar e Franco, a Alemanha nazi dominava quase toda a Europa ocidental.
Nos territórios ocupados organizaram-se diversas formas de resistência aos nazis. Destacaram-se os Partizans na Jugoslávia, e a ação do general de Gaulle que, a partir de Londres e através da BBC, incitava os Franceses que viviam na França ocupada a resistirem.
A segunda fase da guerra (19421945) foi marcada pela entrada da União Soviética e dos E.U.A no conflito. Estas intervenções mudaram o rumo do conflito e também a sua dimensão. Foi no dia 22 de junho de 1941 que Hitler, não respeitando o acordo que fez com Estaline, invadiu a União Soviética. A Alemanha precisava de acesso aos minérios, cereais e petróleo soviéticos para manter a sua máquina de guerra. Graças a um ataque surpresa, tipo guerra-relâmpago, os alemães obtiveram várias vitórias nas primeiras batalhas. Dirigiram-se, então, em direção a Moscovo, convencidos de que não encontrariam grande resistência. Já nos arredores da capital soviética, sofreram pesadas derrotas. Os generais alemães subestimaram a grandeza territorial da União Soviética, o elevado número de militares do seu exército e a resiliência de militares e de civis. O ano de 1942 assistiu já a grandes vitórias soviéticas. A batalha de Estalinegrado marcaria o ponto de inversão da evolução das hostilidades.
No Oceano Pacífico, crescia a tensão entre os EUA e o Japão, especialmente após o ataque japonês à Indochina. Enquanto diplomatas norte-americanos e japoneses discutiam em Washington a retirada do Japão da Indochina, de modo a estabilizar a situação no Pacífico, a aviação japonesa atacava Pearl Harbor, a maior base militar norte-americana nesse oceano. No dia seguinte, o Congresso dos EUA declarou guerra ao Japão. A batalha de Midway representou a primeira grande derrota da marinha japonesa. A inversão da situação na União Soviética e no Pacífico foi o início da derrocada dos países do eixo Berlim-Roma-Tóquio.
Durante as comemorações será apresentada a obra 'A Canção do Rio', criada pelo ilustrador Paulo Galindro naquele espaço da vila moitense
APÓS DOIS MESES DE OBRAS
Luís Geirinhas
A Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, na Moita, reabre ao público na próxima segunda-feira, após dois meses de obras de “remodelação e eficiência energética”. A abertura coincide com a data das comemorações do 25.º aniversário deste equipamento, estando previstos encontros com o escritor João Tordo e com o músico Carlão. A data será celebrada ainda com a apresentação do livro “Histórias de 5.ª Dimensão”, da autoria de João Carlos Silva, na noite de 12 de Maio, entre outros eventos que vão estender-se até ao próximo dia 15. O encontro com João Tordo, galardoado com o prémio literário José Saramago, está agendado para dia 10, pelas 21h00, sendo que na data seguinte terá lugar, às 16h00, uma actuação do Grupo de Cante Alentejano da Universidade Sénior da Moita (UniseM) para cantar os parabéns a este equipamento municipal.
No dia 12, o cantor Carlão irá divulgar junto de alunos do 3.º ciclo do ensino básico e secundário, o projecto “Livres Iguais”, que pretende promover a interculturalidade, numa iniciativa realizada em parceria com a Betweien Lda.
As celebrações, segundo a autarquia moitense, prosseguem na manhã do próximo dia 14, com uma conversa com o ilustrador Paulo Galindro, autor da ilustração criada na sala da hora daquele espaço. No mesmo dia, das 15h00 às 18h00, terá lugar a oficina de construção de livros “Atrás da Porta”, por Andreia Gomes, e a hora do conto “Quem está aí?”.
Para a mesma faixa etária, aquela biblioteca irá proporcionar o espectáculo de teatro “Abraças-me”, pela Boutique da Cultura, construído a partir do livro de João Borges de Oliveira, com ilustrações de Sérgio Condeço, num encontro que promete ser emotivo e visa “explicar às crianças a importância dos abraços, dos afectos, da necessidade de saber acolher refugiados”.