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UNIÃO BANHEIRENSE Presidente atribui subida ao espírito de união
Moitense quer vencer jogo que o adversário não pode perder
Os últimos resultados da equipa de futebol sénior do Moitense não têm sido famosos, à excepção daquele que se realizou há duas jornadas atrás com o U. Santiago, que terminou com a vitória (4-0), ao contrário dos outros três, disputados nas últimas quatro jornadas, em que perdeu com o Águas de Moura, Alcochetense e Olímpico do Montijo. Independentemente disso, uma coisa é certa, ninguém pode colocar em causa a boa temporada que tem feito justificada plenamente pela posição que ocupa na tabela classificativa, o sétimo lugar mas com hipóteses de chegar ainda ao quarto que está a uma distância de três pontos. Este sábado a equipa está de volta ao Juncal Desportos onde tudo vai fazer para vencer o Comércio Indústria que não pode perder sob pena de dizer adeus ao título.
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HELENA MIRA PRESIDENTE DO UNIÃO BANHEIRENSE
A união e cumplicidade entre a direcção, sócios, equipa técnica e plantel foram determinantes para o excelente trabalho desenvolvido
José Pina
A União Desportiva e Cultural Banheirense está de volta ao Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal. O passaporte foi obtido no passado domingo, após a vitória alcançada no jogo disputado com o Estrela de Santo André que terminou com a vitória do Banheirense, por 3-0.
Os adeptos do clube compareceram em grande número no Complexo Desportivo Avelino da Costa Rodrigues, foram vibrando de forma intensa no decorrer do encontro e no final foi o delírio, com toda a gente a festejar com os jogadores e equipa técnica, que foram os grandes obreiros do brilharete conseguido.
“O nosso sentimento é de profunda alegria, de coração cheio e muito orgulho. Um trabalho fantástico, de muita união e cumplicidade, entre a direcção, os sócios, equipa técnica e plantel”, começou por dizer Helena Mira, a presidente da direcção.
“Estas pessoas ficam na história do clube, não só pela subida de divisão que conseguiram mas por serem pessoas fantásticas; a nossa amizade, o nosso carinho, a nossa atenção, o nosso apoio, a amizade deles, a entrega deles, o carinho deles, a inexistência de egos e a humildade foram os ingredientes certos para a fórmula do sucesso. Como costumamos dizer, somos feitos de união. O nosso mister, não é somente o nosso mister, é nosso amigo, não teve qualquer benefício financeiro tal como a restante equipa técnica. Há coisas que de facto são impagáveis, abraçaram o clube na sua pior fase e nós estamos muito gratos”, fez questão de realçar
DR
Helena Mira, presidente do União Banheirense, satisfeita com a época histórica que o clube conseguiu
Helena Mira recordando depois que o objectivo foi traçado há três anos.
“Sabíamos que não íamos subir logo no primeiro ano porque o mister necessitava de encontrar o caminho certo, com os poucos recursos que dispunha. Tentar preparar uma subida de divisão sem recursos financeiros não é para qualquer um, mas a nossa equipa técnica não é qualquer um, são os melhores do mundo, porque nos abraçam e sentem connosco as nossas dificuldades”, sublinhou.
Esta época ainda não terminou mas não há tempo a perder na preparação da próxima. Interrogada sobre isso, Helena Mira referiu que “naturalmente quando começámos a perceber que era possível subir de divisão, começámos também a pensar no que iriamos fazer. Mas, é muito prematuro falar nisso: Faltam três jogos para terminar a época, por isso o que todos queremos neste momento é disfrutar do que já conseguimos alcançar”.
Pedro de Andrade em destaque Uma das figuras em destaque no jogo da subida de divisão foi Pedro de Andrade, o guarda-redes, de 43 anos, que teve a oportunidade de marcar um golo, pela primeira vez na sua vasta carreira. Mas, antes de falar disso, em tom algo crítico, fez alguns reparos que acabaram por ser benéficos.
“Sentimos sempre muita confiança no trabalho efectuado dentro de portas, mesmo sabendo que não era valorizado por outras equipas, por alguns sites desportivos ou jornais do distrito. Fomos sempre vistos como os outsiders do campeonato e isso ajudou-nos imenso. Só temos que agradecer o facto de não termos sido falados ou mencionados como talvez merecêssemos ser. Não sei isso se deve ao facto de não ter as mesmas capacidades financeiras / logísticas ou mesmo visibilidade, ou nome, que grande parte dos outros clubes, mas sentimos que nunca fomos seriamente levados como um possível candidato à subida”.
Sobre o jogo que deu a subida, Pedro de Andrade diz que “foi encarado com muita seriedade e tranquilidade porque o grupo sempre teve consciência do trabalho que estava a ser feito desde a pré-época. Entrámos como fazemos sempre, com o pensamento de que era apenas mais um jogo e que valia os mesmos três pontos que os outros 28 jogos que já tínhamos disputado, e o resultado está à vista. Mais uma vitória categórica que nos levou à subida de divisão”.
Em relação ao penalti e ao golo que marcou, o guarda-redes refere que não foi chamado por ser dia de festa. “O resultado estava em 2-0, e, como sabemos, é sempre um dos resultados mais perigosos. Foi o mister Ricardo Jesus que assim entendeu. Já tínhamos falado sobre essa possibilidade, sempre mostrei total disponibilidade para marcar penaltis, fosse ao minuto um ou ao minuto noventa. Neste jogo o mister decidiu que seria eu a bater aquele penalti, apenas isso”.
Pedro de Andrade confessou a O SETUBALENSE que este foi o seu primeiro golo. “Já há muito tempo que gostava de ter esta experiência e tive-a agora, fui feliz e pude sentir a alegria que os meus companheiros têm ao fazer um golo. Já tinha feito algumas assistências mas um golo é sempre um golo, tem um gostinho especial. Tenho a plena consciência que a minha função não é essa, é exactamente oposta, evitar que os adversários sejam felizes, desta vez fui eu feliz da maneira que eles gostam de ser”.
Tendo em conta a idade, o seu futuro como jogador é, neste momento, uma incógnita, mas por aquilo que diz está preparado para fazer mais uma época.
“Tenho a noção que a minha carreira está muito perto do fim e isso deixa-me triste, custa-me imenso pensar nisso porque a este nível não é o dinheiro que nos move. No meu caso, é o sentimento de um amor enorme por este desporto que me faz abdicar de muitas horas junto das pessoas mais importantes da minha vida, como minhas filhas, minha mulher e meus pais. Mas, sinto-me preparado para mais uma época, tendo a consciência que já não tenho 20 ou 30 anos, para que isso possa acontecer tenho que me sentir útil. Mas, para ser sincero nesta altura o meu foco são os próximos três jogos que ai vêem porque o campeonato ainda não acabou”.
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