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Director desportivo quer subida rápida mas segura
Desporto
BRUNO SOUSA DIRECTOR DESPORTIVO DO VITÓRIA
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“Vitória é gigante e tem todas as possibilidades para poder estar noutros patamares”, afirma o dirigente de 37 anos
Ricardo Lopes Pereira
Para quem não o conhece, quem é Bruno Sousa, o novo director desportivo do Vitória?
Estou ligado ao futebol desde os sete anos, primeiro como jogador, não profissional, até aos 20 anos. A partir daí comecei a tirar cursos de treinador, aos 22 comecei a treinar equipas de formação, aos 25 convidaram-me para pertencer a uma estrutura directiva e foi aí que comecei a perceber que tinha muito mais gosto na parte da direcção desportiva do que no treino. Começaram a surgir algumas propostas nessa área e as coisas começaram a correr bem.
Como por exemplo?
Tive uma passagem pelo Salgueiros, clube onde fiz a minha formação como jogador. Convidaram-me para um projecto aliciante num momento muito difícil que o clube atravessava. Dentro das limitações que o Salgueiros tinha, as coisas correram bem. Depois convidam-me para a AD Oliveirense, do Campeonato de Portugal. Quando entrei em Janeiro a equipa estava a 16 pontos da linha de água, num ano em que desciam seis equipas, e tinha quatro meses de salários em atraso. Quando cheguei reestruturei o clube e conseguimos salvar-nos da descida. Foi um projecto que me deu imensa luta e em que conseguimos os objectivos. Depois surgiu a possibilidade de ir para o Marinhense, clube que lutava pela manutenção no Campeonato de Portugal, e acabou por marcar presença na fase de subida.
FOTÓGRAFO
"A relação com o treinador Micael Sequeira (à esquerda) tem sido excelente", assegura o director Bruno Sousa (à direita)
E agora segue-se o Vitória…
Sim. É até ao momento o maior desafio que tenho como director desportivo. Aceitei vir para um clube gigante que tem todas as possibilidades para poder estar noutros patamares. Estou determinado a fazer parte dessa caminhada.
O que o levou a aceitar o cargo de director do futebol profissional do Vitória?
Quero estar sempre nos melhores. Pela história e dimensão que tem, o Vitória é aliciante para qualquer pessoa. O clube tem todas as condições para estar em patamares de outra dimensão. O passado recente é difícil e levou o clube a estar nesta Liga 3. Dentro das nossas possibilidades e sem loucuras, queremos sair rapidamente da Liga 3. Vamos trabalhar para isso e tenho a certeza de que o vamos conseguir.
O objectivo do clube em 2022/23 passa claramente pela subida de divisão?
O Vitória não é um clube qualquer e todos aqui querem ganhar os jogos todos. Não há ninguém que faça um plantel que não seja para ganhar. Num clube com a dimensão do Vitória é impossível não dizer que se quer subir de divisão ou que não se vai lutar para o fazer. O Vitória neste momento está na Liga 3, mas se estivesse na II Liga o pensamento seria, com certeza, igual. Queremos ganhar os jogos todos para chegarmos rapidamente ao patamar que queremos. Toda a direcção vai fazer tudo para o Vitória subir de divisão.
O que está a ser feito para alcançar essa meta?
Quando cheguei ao Vitória havia 19 jogadores com contrato da época passada. Além destes, havia outros que estavam em final de contrato e com os quais decidimos não renovar, uns por nossa opção e outros por opção dos jogadores. Falamos de um total de cerca de 30 jogadores. Temos de preparar a próxima época e estamos a fazê-lo já há bastante tempo. Temos as nossas escolhas praticamente definidas e temos identificado o que queremos. Trabalhamos para arranjar soluções dentro do que tínhamos e procurando fora. Estamos a reestruturar tudo. Dos 19 jogadores que têm contrato vamos ver o que acontece. Tem de estar toda a gente envolvida nos
Teremos o plantel fechado no primeiro dia de trabalho
objectivos que temos para o clube.
Foi apresentado como sendo “especializado na identificação e valorização de jogadores”. Grande parte do sucesso vem desse trabalho?
Além de uma equipa supercompetitiva e que pense sempre na vitória, temos de ter activos que valorizem o clube. Como todos sabem, nesta Liga o clube tem receitas muito reduzidas. A única receita que podemos ter é através da valorização dos activos. Quando se constrói um plantel, temos de pensar nisso tudo. Para mim, é fundamental descobrir alguns jogadores que possam trazer retorno financeiro.
Como está a ser trabalhar com o treinador Micael Sequeira e com o investidor da SAD Hugo Pinto?
É muito fácil. Quando abraço qualquer projecto tenho de saber exactamente com quem estou a trabalhar e o que as pessoas pretendem. Sei perfeitamente o que o Hugo (Pinto) quer. Quando contratei o Micael (Sequeira) também fiquei a saber o que pretende de carreira, os jogadores que precisa e como gosta de trabalhar. Como é óbvio, tento fazer o possível para lhe dar esses jogadores para ter as armas que necessita para estarmos mais fortes. A relação com o treinador tem sido excelente.
Quando pensam poder fechar as primeiras contratações? O que nos pode adiantar?
Posso adiantar que vamos começar os exames médicos a 7, 8 e 9 de Julho e nessa data quero ter o plantel encerrado. Quero que toda a gente se apresente no primeiro dia. Percebo que os adeptos estejam ansiosos, é normal que assim seja e ainda bem porque é sinal que se interessam pelo clube. No entanto, primeiro quisemos resolver a situação dos jogadores que estavam cá. Os adeptos podem ficar totalmente sossegados porque vamos começar no primeiro dia com o plantel fechado.
Futsal do Barreirense (sub-19) vence Taça e sobe ao Campeonato Nacional
O Futebol Clube Barreirense venceu a Taça Nacional Sub-19 de Futsal ao derrotar, na final, por 5-2, o Matosinhos Futsal Clube. O encontro, disputado no Pavilhão Municipal do Luso, acabou por consagrar a equipa da margem sul do Tejo que foi promovida ao campeonato nacional da respectiva categoria. A vitória obtida pela equipa da nossa região é indiscutível. Adiantou-se no marcador ainda antes de concluído o primeiro minuto com um golo de Joaquim Gasalho, o adversário empatou aos três minutos mas depois Guilherme Demétrio e Gonçalo Viçoso colocaram o marcador em 3-1, o Matosinhos logo a seguir reduziu para 3-2, resultado que se manteve até ao intervalo. Na segunda parte Gonçalo Viçoso (penalti) e Guilherme Demétrio voltaram a marcar e fixaram o resultado em 5-2.
CLUBE ESTÁ DESCONTENTE
Alfarim pede esclarecimentos à Associação de Futebol de Setúbal mas a resposta é evasiva
Em causa está o pedido de cópias das actas da aprovação dos campeonatos, contas da associação, conta corrente de cada clube e requisitos das equipas B, entre outras questões
José Pina
O Grupo Desportivo de Alfarim enviou a 6 de Junho, à Associação de Futebol de Setúbal, um requerimento, em carta registada, que foi recebida pelos serviços associativos no dia 9, ao qual, só ontem, terça-feira, 28 de Junho, obteve resposta que não satisfez de forma nenhuma as suas pretensões, por ser evasiva.
No requerimento enviado o GD Alfarim pedia “cópia de toda a documentação relacionada com o cumprimento do requisito de existência e entrega do seguro de responsabilidade civil por parte dos clubes que participaram na 1.ª Divisão da AF Setúbal na época de 2021/22; cumprimento do requisito a ter sido cumprido, exclusivamente, pelas equipas “B” participantes na 1.ª Divisão da AF Setúbal para a época de 2021/22 quanto à inscrição de jogadores com categoria superior a sub 23, com categoria sub 23 e 13 jogadores formados localmente para efeitos dos regulamentos da FPF”.
Também no mesmo dia (6 de Junho) o clube solicitou com a máxima urgência, cópia das actas da aprovação dos campeonatos da época desportiva de 2021/2022, conforme artigo 30 e alíneas, artigo 40 e alíneas e artigo 68 e alíneas, do Conselho Técnico.
Relativamente à cópia das actas, a resposta da AF Setúbal foi a seguinte: “Solicita-se, muito respeitosamente, que o sócio Grupo Desportivo de Alfarim se digne a esclarecer
DR
a (s) acta (s) de que pretende cópia, nomeadamente, identificando a respectiva data ou, pelo menos, qual a que órgão da AFS se refere”. Mas, sobre o seguro de responsabilidade civil e os requisitos sobre as equipas “B”, nada disse.
Sobre as contas da AF Setúbal, com as respectivas dívidas, à data de 31 de Maio, ou à data mais próxima, que estejam realizadas e a conta corrente de cada clube, é referido que “os Relatórios de Contas, sucessivamente aprovados nas suas Assembleias Gerais são publicadas no seu site e salienta que as informações e elementos solicitados vão para além das contas de gerência, que não detalham os pormenores pretendidos. Apesar disso, a AFS permitirá ao sócio requerente a consulta das informações na sede da Associação, durante o respectivo horário de expediente, em data a designar para o efeito”.
Quanto às contas correntes de cada clube “deverão os legais representantes do sócio requerente subscrever declaração e entregá-la previamente junto da AFS declarando expressamente que se responsabilizam institucional e pessoalmente por todas as consequências decorrentes pela eventual divulgação das informações consultadas”.
Por responder ficou também a informação solicitada sobre a candidatura ao Fundo "Crescer 2024" que outras associações já divulgaram e abriram as respectivas candidaturas e a AFS não divulgou nada, quando está em causa um orçamento de 655 359,91 €, que pode ser utilizado pelos clubes em várias áreas: aumento de praticantes, aposta no feminino, melhoria de infra-estruturas, qualificação de recursos e transformação digital.
AD QUINTA DO CONDE
António Mendes foi chamado para orientar a equipa perto do final do campeonato mas o bom trabalho realizado levou a direcção a apostar nele para a nova época
José Pina
A Associação para o Desenvolvimento da Quinta do Conde, também conhecida por ADQC, terminou o Campeonato Distrital de Seniores da 2.ª Divisão em quarto lugar. Não foi o lugar desejado mas sim o lugar possível numa época algo atribulada que levou inclusivamente à mudança de treinador no início do mês de Março, quando Rui Fonseca saiu e António Mendes [que treinava uma equipa dos escalões de formação] foi chamado para desempenhar as funções de treinador principal da equipa sénior.
O trabalho realizado foi positivo e daí o convite para continuar como treinador da equipa, na próxima temporada, onde vai querer certamente fazer melhor.
António Mendes, que na época
DR anterior havia promovido o Monte de Caparica à 1.ª Divisão Distrital de Seniores, sem derrotas, sobre a classificação final obtida pela equipa da Quinta do Conde considera que foi a possível a classificação possível.
“Nos 13 jogos que fizemos obtivemos nove vitórias, um empate e três derrotas, mantivemos o quarto lugar e aproximámo-nos do terceiro classificado, que foi o Botafogo. Quando entrámos para a equipa tínhamos os mesmos pontos do Almada e acabámos por ficar com mais 12 e com 14 de vantagem sobre o Zambujalense. Aproveito para felicitar o Amora B e o mister Rui Sá pelo título de campeão e o Banheirense e o mister Ricardo Pardal pelo segundo lugar que deu direito à subida de divisão”.
António Mendes entrou para o comando da equipa entre a 20.ª e a 21.ª jornada e estreou-se frente ao Amora quando tinha realizado apenas um treino e nem sequer sabia o nome dos jogadores. Perdeu por 2-0 mas depois as coisas foram melhorando e os bons resultados começaram a aparecer.
“O presidente pediu-me para dar seguimento ao projecto. Foi isso que fizemos, só temos que agradecer aos jogadores que deram sempre o seu melhor. Fiquei muito contente com o trabalho realizado porque tive oportunidade de orientar um grupo incrível de homens, bons jogadores e grandes seres humanos. Se não fizeram melhor foi por minha inteira responsabilidade”, referiu a propósito António Mendes que vinha trabalhando nos escalões de formação do clube.
“Surgi na ADQC a convite do coordenador da formação, Gonçalo Salgueiro, de quem sou amigo. Estava sem projecto e aceitei o convite porque o que mais gosto é potenciar jovens talentos”, salientou o técnico que antes de terminar a conversa deixou “agradecimento ao Gonçalo Salgueiro pelo convite que me fez, ao presidente Joaquim Tavares pela confiança que depositou em mim e à minha equipa técnica composta pelos misteres José Basílio, Rui Isaías e José Pedro.
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