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SESIMBRA Sociedade Santanense ganha terreno para sede

Sesimbra

Arquivo Municipal recebe novos fundos documentais

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Os fundos documentais do Grémio - Clube Sesimbrense e do professor Amável de Sousa estão agora à guarda do Arquivo Municipal de Sesimbra. Os protocolos, que dão continuidade a um trabalho de recolha de documentos fundamental “na preservação e disponibilização à comunidade, meio científico e académico”, foram assinados por Francisco Jesus, presidente da Câmara, João Cruz, vicepresidente da direcção do Grémio, e Maria Gomes, presidente da Junta de Freguesia do Castelo, à qual foi cedido o espólio pela família do antigo docente em 2019.

“BOM ANFITRIÃO”

Espectáculo trabalha alterações climáticas com enfoque no legado a deixar às gerações futuras

Novo projecto de Filipa Francisco conta com Nuno Reis, artista de Sesimbra, como co-criador Espaço onde irá nascer a futura casa da colectividade tem 567 m2 e localiza-se na Corredoura

Inês Antunes Malta (Texto) Bruno Simão (Fotografia)

Com estreia marcada para dia 2, em Montemor-o-Novo, e ainda uma passagem por Palmela no próximo dia 8, o espectáculo “Bom anfitrião” chega a Sesimbra, ao Cineteatro Municipal João Mota, no próximo dia 15, pelas 21h30.

Coreografado por Filipa Francisco, este projecto sobre as alterações alterações conta com a co-criação de quatro artistas de vários pontos do País, com “distintas experiências e formações, ligados à dança, ao teatro, à música e também às causas sociais”: Ana Vaz, de Montemor-o-Novo, Iza da Costa, de Palmela, Nuno Reis, de Sesimbra, e Luís Coelho Graça, de Santarém.

A O SETUBALENSE, Filipa Francisco começa por dizer que “o espectáculo surge de um convite da associação Artemrede para criar algo com o tema das alterações climáticas, trabalhando com quatro artistas de quatro diferentes territórios” e contar que em Sesimbra foram “muito bem recebidos”.

A ideia de bom anfitrião, que dá nome à criação, “tem a ver com o facto de cada um dos artistas ser o anfitrião do seu território e Nuno Reis, que toca acordeão no espectáculo, cuja música é também bastante potente e bonita, tem esse papel em Sesimbra”, explica.

Deste processo criativo fizeram igualmente parte residências artísticas, realizadas em cada um dos territórios de onde são provenientes os artistas e co-criadores. “Pudemos falar com associações e activistas que nos deram informações sobre as problemáticas referentes a cada um dos territórios e depois os próprios co-criadores trouxeram consigo estas malas que criámos, com os vários materiais lá dentro, para podermos

DR

Peça estreia dia 15 de Outubro no Cineteatro Municipal João Mota

trabalhar essas questões relacionadas com o seu território”, refere.

O anfitrião de Sesimbra trouxe, como seu contributo, “a questão das lixeiras, o problema ambiental que existe no concelho. Mostrou-nos palavras usadas só em Sesimbra, toda a vida do território, passeou connosco de barco, dando-nos a conhecer em contraste zonas paradisíacas e zonas transformadas pelo homem”.

Acção participativa abre espaço de diálogo com o público A peça divide-se em três objectos: o espectáculo em si, seguido de um vídeo-documentário sobre o processo de criação e uma conversa com o público, “uma acção mais participativa que pretende fazer com que o público vá para casa a pensar, e na qual esperamos que em cada sessão os activistas estejam presentes na plateia para fazerem ouvir a sua importante voz”.

Nas palavras de Filipa Francisco, no documentário, “temos imagens muito bonitas de Sesimbra, realmente de uma beleza incrível, do poder da natureza, e por outro lado da construção e destruição que o homem vai fazendo para poder afirmar-se e ganhar espaço. Há outra forma possivelmente de o fazer ou pelo menos tem de ser repensada”.

Esta criação teve como ponto de partida a leitura e a consulta de diversos materiais relacionados com o tema, sem esquecer visitas realizadas a locais paradisíacos e a locais em risco ambiental. “O primeiro acto criativo passou pela leitura da obra ‘O bom ancestral’ de Roman Krznaric, filósofo que fala muito sobre a questão de nos focarmos num pensamento a longo prazo”, partilha, explicando que “é isso mesmo que aqui fazemos: em vez de nos focarmos no passado e no presente pensarmos as alterações climáticas a longo prazo, pensando muito nas próximas gerações”.

Em simultâneo, a leitura de um outro livro de um chefe índio da Amazónia sobre a importância da natureza contribuiu para o resultado que será apresentado a partir deste mês de Outubro, e até ao dia 4 de Dezembro, em vários locais de Portugal. “A partir destas duas ideias, ponto de partida, começámos a improvisar, com o corpo, porque é um espectáculo de dança. Tudo o que falámos e aprendemos sobre estas questões das alterações climáticas relacionadas com estes livros são colocados no corpo de uma forma bastante abstracta”, remata.

SOCIEDADE SANTANENSE

Câmara Municipal cede direito de superfície de terreno para construção de sede

Inês Antunes Malta

A Câmara Municipal de Sesimbra e a Sociedade Santanense Instrução e Recreio assinaram recentemente um contrato de constituição de direito de superfície de um terreno do domínio público municipal, com 567 metros quadrados, situado na Corredoura, para a construção da futura sede social desta colectividade.

O acordo reflecte, segundo com a autarquia, o seu “compromisso para com a ‘Santanense’, que há muito aspira à construção de um espaço com condições para o desenvolvimento de projectos que promovam a participação dos cidadãos na vida da comunidade e a salvaguarda e valorização da identidade da freguesia do Castelo” enquanto “colectividade marcante” na sua história e que agora ganhou “uma nova dinâmica”.

De acordo com Francisco Jesus, presidente da Câmara Municipal, “agora é lançar mãos à obra e olhar para o futuro, com a garantia de que o município estará presente para vos acompanhar neste projecto”.

A Sociedade Santanense, representada por vários membros, incluindo pelo presidente da direcção, António José Manta, expressou o agradecimento pelo apoio prestado pela autarquia e partilhou a importância do momento “na vida desta associação” por significar “o concretizar de um sonho para os seus sócios. Vamos partir com vontade de levar este objectivo por diante”.

Presente esteve ainda Maria Gomes, presidente da Junta de Freguesia do Castelo, que define o percurso da colectividade fundada a 1 de Junho de 1932 e por isso uma das mais antigas da freguesia como “admirável, apesar dos recursos limitados” e elogia “a resiliência e determinação” dos seus dirigentes.

Ao longo de 90 anos de existência, dinamizou acções de promoção do convívio e do gosto pela leitura e pelas artes e associou-se a iniciativas como os 30 anos da Associação Internacional de Cidades Educadoras, os Santos Populares e a Festa em Honra de Nossa Senhora da Consolação do Castelo.

António José Manta diz que acção foi o concretizar de um sonho para os sócios

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