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MÊS DA MÚSICA Quinta do Anjo entra em modo folk este fim-de-semana
Palmela
DR
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João Afonso é um dos nomes que integram o cartaz do "Méee, Festival Folk"
ESTE FIM-DE-SEMANA Quinta do Anjo entra em modo folk
Estreia de festival integra o “Outubro - Mês da Música”, que apresenta vários espectáculos no concelho
A aldeia da Quinta do Anjo vai entrar em modo folk no próximo fim-de-semana (sábado e domingo). A 1.ª edição do “Méee, Festival Folk” já está em contagem decrescente e apresenta em cartaz várias iniciativas de acesso gratuito, que vão ter lugar em três espaços distintos da freguesia.
A Sociedade de Instrução Musical (SIM), o Mercado Municipal e o Largo do Antigo Ovil vão servir de palco às diversas actividades que compõem o programa, na estreia de um festival que, lembra a Câmara Municipal de Palmela, “conta com um forte envolvimento da comunidade local”.
Entre outras acções, o evento integra “espectáculos e animação musical com o Coral Infantil do Bairro Alentejano, Sebastião Antunes e Quadrilha, Kalimotxo Orkestar, Celina da Piedade com o Grupo Coral 1.º de Maio - Bairro Alentejano, UXIA com João Afonso e Agarrat`Obrass; bailes orientados por Leónia de Oliveira com Foki Bal´Boa e Ahkorda; conversas à volta do folk; oficinas de Cante Alentejano (com Celina da Piedade) e de Danças Tradicionais (com Leónia de Oliveira)”, resume a autarquia.
E o objectivo está traçado: o 'Méee, Festival Folk' pretende “afirmar-se como uma casa da multiculturalidade, com base na música tradicional e popular, nacional e internacional, ou como ponto de partida para novas propostas no domínio da música e dança folk”, adianta a edilidade.
Enquadrado pelo 'Palmela é Música', o festival integra-se no “programa 'Outubro - Mês da Música', promovido pelo município de Palmela com o movimento associativo, com espectáculos em todo o concelho, ao longo do mês”, sublinha a autarquia.
Outubro cheio de música No âmbito do “Outubro - Mês da Música” destacam-se também três outras iniciativas. No sábado, 15, dia em que arranca o festival de folk na aldeia de Quinta do Anjo, o Cine-Teatro S. João, em Palmela, acolhe o espectáculo “Notas Soltas” da Orquestra Nova de Guitarras. Agendado para as 21h30, o espectáculo assenta num reportório composto “pelos temas mais marcantes interpretados ao longo dos 16 anos de existência” da Orquestra Nova de Guitarras, sob a batuta do maestro Miguel Madaleno, revela o município. As entradas têm um custo de 7,50€ (os sócios Associação dos Amigos Juntos pela Orquestra Nova de Guitarras pagam 5€).
Para o próximo dia 22, também no Cine-Teatro S. João a partir das 21h30, está marcada a actuação da Orquestra Clássica Metropolitana, dirigida pelo maestro João Malha. Os ingressos para assistir a este espectáculo, organizado pela Câmara Municipal de Palmela, custam 2€.
Ainda englobado no “Outubro - Mês da Música” está o concerto e a sessão solene de celebração do 170.º aniversário da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”, a ter lugar a partir das 21h30 do dia 25 na sede da colectividade. Em palco vão mostrar-se a banda e o coral dos “Loureiros”.
Antes, a 22 deste mês, a Sociedade Filarmónica Palmelense “Os Loureiros” dá início ao XVII Festival Internacional de Música – Palmela “Terra de Cultura”, que promove até 19 de Novembro.
MUSEU DE PALMELA
Nova estratégia museológica para a próxima década prestes a ser publicada
O novo programa museológico do Museu Municipal de Palmela – cuja revisão está em curso – deve ser publicado a 1 de Novembro próximo no boletim +Museu.
Esta é, pelo menos, a expectativa da Câmara Municipal de Palmela, que deu a conhecer “as principais alterações” que o documento vai contemplar, numa sessão promovida na Biblioteca Municipal de Palmela, no passado dia 30. A sessão visou ainda “reunir contributos” das entidades locais ligadas ao património e à cultura tendo em vista o processo de revisão.
Certo, para já, é que “o actual conceito de Museu Polinucleado é substituído pelo de Museu Território, tendo por base o pressuposto de que o património deve estar ao serviço do desenvolvimento local e de que a prática museológica é feita no terreno e com as populações”, revela a autarquia, que sublinha o serviço educativo como “a valência mais reveladora da relação entre o museu e o território”.
De acordo com a edilidade, “ a nova versão do programa [a actual vigora desde 2004] aponta ainda para a necessidade de construção de um espaço-mãe do museu”, que englobe “uma reserva museológica, uma área para exposições de longa duração, exposições temporárias, oficinas para o serviço educativo, para a realização de encontros e formações, e uma loja”. No entanto, o município, adverte para a possibilidade de este objectivo não ser concretizável “no tempo de vigência do programa”, o qual voltará a ser revisto ao fim de “10 anos”.
O trabalho em parceria com outros municípios – “como estratégia partilhada de desenvolvimento regional”, lembra a edilidade – assim como a acção em matérias globais, “como as alterações climáticas”, são vertentes a que a nova estratégia museológica propõe abertura. “Cabe ao museu não só o papel de traduzir o conhecimento que existe como o de sensibilizar e promover uma alteração urgente e efectiva de comportamentos”, justifica o município.
Durante a sessão de apresentação, que contou com a participação de dezenas de entidades locais, Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, salientou a importância do novo programa com o envolvimento de todos. “Este documento fundamental e estratégico só fará sentido se houver uma participação e visão crítica, que acrescente e valide este trabalho”, defendeu o líder do executivo municipal, sem deixar de destacar o alargamento da reflexão sobre o papel do Museu Municipal de Palmela à população.
O autarca assumiu ainda que a autarquia tem em perspectiva, após a conclusão do processo, a apresentação de uma candidatura à Rede Portuguesa de Museus “para acesso a outros encontros, formações, recursos, contactos mais regulares com outros museus, partilha de experiências e de soluções”.