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“As contas da câmara estão bem, o que tem permitido avançar com vários projectos”

Paulo Silva fala de um concelho dinâmico e com forte índice de atractividade, sendo muitas as empresas, de vários sectores de actividade, que se pretendem instalar no município. Aponta projectos estruturantes que, vão avançar mesmo quando a crise bate à porta do País

Mês e meio depois e ter assumido a gestão da Câmara do Seixal, substituindo o seu camarada Joaquim Santos, Paulo Silva assume que o novo cargo implica muita responsabilidade política, mas garante estar pronto para conduzir o projecto da CDU que afirma, desde a primeira hora do poder local, tem alavancado o desenvolvimento do concelho.

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Fala de uma autarquia financeiramente saudável e com capacidade de investimento. No alinhamento estratégico, conta com o PRR para avançar com projectos na área da educação, desporto, equipamentos sociais e culturais. Qual o peso político, e pessoal, de substituir o seu camarada

Joaquim Santos na presidência da Câmara do Seixal, apenas um ano depois das autárquicas de 2021?

Não é uma questão de peso político, mas sim de responsabilidade política, porque temos um projecto autárquico que tem transformado para melhor a vida da população do concelho do Seixal; um concelho que tem tido uma progressão acentuada ao longo destes anos em que o PCP e a CDU têm governado a câmara municipal. Falo com o à-vontade de quem nasceu aqui e sabe o que era o concelho do Seixal antes do poder local democrático; antes dos meus camaradas terem assumido a condução dos destinos deste concelho. Lembro-me da Baía do Seixal para onde corriam todos os esgotos do concelho e onde não se conseguia estar nas suas imediações por causa dos cheiros nauseabundos, hoje temos uma Baía que é o nosso ex-libris.

Lembro-me do que eram as condições das nossas escolas, e o que são hoje, principalmente as do primeiro ciclo. Hoje, temos também uma grande oferta cultural, e também em outros sectores, como o social. Isto deve-se ao muito trabalho desenvolvido pelos eleitos da CDU, não só por Joaquim Santos, mas também pelos ex-presidentes Eufrásio Filipe e Alfredo Monteiro, e tantos vereadores que deram o melhor de si em prol deste concelho. É uma grande responsabilidade coordenar agora este projecto, mas, com a colaboração dos meus camaradas na vereação, e das instituições do concelho, tenho a certeza de que iremos conseguir levar a nau a bom porto e continuarmos na rota do sucesso e progresso económico do concelho do Seixal, desenvolvendo a qualidade de vida da população. O PS tem vindo a conquistar câmaras à CDU no Distrito de Setúbal. Actualmente governa seis dos treze concelhos e a CDU em sete. O Seixal é um dos últimos baluartes comunistas neste território. Sente que isto lhe dá uma responsabilidade política maior? Baluartes são todas as câmaras governadas pela CDU. As câmaras do Seixal e Palmela são as únicas do Distrito de Setúbal foram sempre geridas pela CDU. É sem dúvida uma responsabilidade, mas também um estímulo e um desafio para conseguirmos todos os dias superar dificuldades, transformando em obra e melhores condições de vida. É isso que fazemos com a criação de projectos inovadores que irão melhorar a qualidade de vida da população. É o caso do recente projecto Seixal Criativo, um projecto único na região que vai permitir aumentar a capacitação dos nossos jovens para os tornar mais capazes e triunfarem em mercados cada vez mais competitivos. Para quando a construção da escola secundária em Fernão Ferro?

A maior necessidade é um novo estabelecimento de ensino de segundo e terceiro ciclo e secundário em Fernão Ferro. É uma reivindicação que as populações têm apresentado, assim como a Câmara Municipal do Seixal, é pena que a Junta de Freguesia de Fernão Ferro não se esteja a envolver nessa reivindicação, mas nós vamos continuar a lutar.

Não temos nenhuma indicação para quando este estabelecimento de ensino, embora tenham sido aprovadas na Assembleia da República várias resoluções a recomendar a sua construção, mas até ao momento não se vê qualquer movimentação por parte do Governo, único responsável pela construção da escola.

Da parte da Câmara Municipal, e persecução das suas competências, já disponibilizámos o terreno para a construção da escola. Agora tem de haver vontade política do Governo para construir a escola.

Está à frente do executivo municipal há cerca de mês e meio. Como encontrou as finanças da Câmara do Seixal?

Desde 2012 que a Câmara Municipal do Seixal tem tido exercícios com resultados positivos. As contas estão bem, o que tem permitido avançar com vários projectos mesmo numa altura de dificuldades.

Por exemplo, com o aumento do custo da energia iniciámos um projecto de substituição de todas a luminárias do concelho por sistema led, que é mais eficiente e vai proporcionar uma poupança na ordem dos 70% dos custos com a energia na iluminação pública, isto só é possível por termos uma boa condição financeira.

Que estratégia destaca na sua governança do concelho para os próximos três anos, até às autárquicas de 2025?

A estratégia vai ser aquela com que nos apresentámos às eleições autárquicas em 2021, onde estão as bases fundamentais do nosso trabalho autárquico, que passam por vários vectores.

A nível social, estamos com uma forte dinâmica na construção de equipamentos aproveitando a janela de oportunidade do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], mas também porque fizemos um trabalho de casa com as instituições na preparação das candidaturas, assim, vamos arrancar em 2023 com a construção de oito equipamentos sociais no âmbito do PRR e PARES.

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