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alteração do sistema tarifário na Área Metropolitana de Lisboa, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), constitui um forte incentivo à utilização dos transportes públicos.OPINIÃO
Fernanda Velez
A título de exemplo, na carreira 4701, que faz o percurso entre Lisboa (Oriente) e Vale da Amoreira, no concelho da Moita, continuam a verificar-se falhas e deficiências na prestação do serviço, nomeadamente, quanto à frequência dos autocarros e ao incumprimento dos horários.
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Por outro lado, e apesar de sucessivas promessas, nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, a rede da Carris Metropolitana ainda não está a funcionar a 100%, verificando-se que existem dezenas de linhas que continuam por operacionalizar.
Tendo em conta os problemas que se verificam sistematicamente, esta opção está a resultar em enormes
A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA Carris Metropolitana reforça
REDACÇÃO - 265 092 633 redaccao@osetubalense.com
O administrador da Transportes Metropolitanos de Lisboa, empresa que gere a Carris Metropolitana, já admitiu que tem havido complicações, mas tardam soluções para os problemas que continuam a verificar-se.
Reconhecendo a importância desta opção da gestão pública em matéria de transportes coletivos na Área Metropolitana de Lisboa, uma via que permitiu reduzir significativamente o custo dos transportes, não podemos, porém, esquecer que os utentes da Carris Metropolitana têm direito a usufruir de um serviço público de transportes de qualidade. Por isso, urge encontrar soluções, que passam pela aplicação de medidas concretas com vista à urgente normalização do sistema de transportes públicos rodoviários nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal, Almada, Seixal e Sesimbra. No que concerne a uma oferta credível de transporte público rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa, o sinal continua amarelo … Até quando?
Deputada do PSD
Concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra vão contar com cinco novas linhas, das quais duas vão até à capital
A Carris Metropolitana vai aumentar a oferta de autocarros a partir de segunda-feira, com cinco novas linhas nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, das quais duas vão até Lisboa.
Em comunicado, a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) destaca a criação da primeira linha “a ligar a zona ocidental de Lisboa e Oeiras com um município da margem sul”, através da carreira 3701 entre Almada e Algés.
Também com ligação à capital, surge a linha 3705, entre a Charneca da Caparica, no concelho de Almada, e o terminal de Sete Rios.
Além destas ligações com Lisboa, vai ser reforçada a oferta de autocarros dentro do Distrito de Setúbal, com a criação da linha 3006 (circular da Aroeira), da linha 3505 (entre Paio Pires e o terminal fluvial de Cacilhas, num percurso semelhante da antiga carreira 108) e da linha 3540 (entre Alfarim e Meco e a estação de comboios de Coina).
A linha 3001, entre Almada (Cristo Rei) e o terminal de Cacilhas, passará a contar “com mais 20 circulações diárias”, informou ainda a empresa pública.
Estas operações da Carris Metropolitana entram em vigor na segunda-feira. Na mesma nota, a TML indica que as linhas 3710 (a partir da Costa
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Os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) na margem sul do Tejo têm, desde o Verão de 2022, os serviços da Carris Metropolitana, marca que agregou os operadores privados de autocarros na AML.
Os Transportes Sul do Tejo (TST) exploram a “área 3” (Almada, Seixal e Sesimbra) e a Alsa Todi opera na “área 4” (Alcochete, Moita, Montijo, Palmela, Barreiro e Setúbal). A operação no Distrito de Setúbal foi durante meses alvo de críticas de autarquias, sindicatos e utilizadores por problemas no funcionamento das linhas, devido sobretudo à falta de motoristas, mas a oferta tem vindo a ser reforçada. Autarcas de Setúbal, Moita e Palmela já reconheceram melhorias do serviço da Alsa Todi, embora esperem “acertos” na oferta para melhorar questões como atrasos, percursos e horários. Lusa
Autarcas de Setúbal, Moita e Palmela já reconheceram melhorias do serviço da Alsa Todi
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AGRUPAMENTO BARBOSA DU BOCAGE
Crianças e jovens apresentam sugestões de melhorias a realizar nas escolas
Propostas, “sobretudo ao nível de infra-estruturas”, partilhadas em encontro com vice-presidente da Câmara Municipal
Em reunião com a vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, realizada na manhã desta quarta-feira, perto de duas dezenas de crianças e jovens do Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage apresentaram sugestões de melhorias que gostavam de ver implementadas nos estabelecimentos de ensino.
Na sessão, organizada pela autarquia sadina, os 19 estudantes, entre os 8 e os 17 anos de idade, partilharam com Carla Guerreiro “algumas propostas de melhoria para as suas escolas, sobretudo ao nível de infra-estruturas”, explica o município em comunicado.
Além disso, os alunos, no encontro realizado na Sala de Sessões dos Paços do Concelho, pediram igualmente “estabelecimentos de ensino com um maior número de assistentes operacionais, mais visitas de estudo, melhores condições para a prática desportiva e maior qualidade das refeições escolares”.
No final do encontro, concretizado em parceria com o Instituto das Comunidades Educativas, no contexto do projecto de participação cidadã “Setúbal, Cidade Educadora”, Carla comunicado, a Câmara Municipal de Setúbal explica que, durante a realização da intervenção, a acontecer entre as 08 e as 12 horas, os condutores devem utilizar, “como alternativa, as ruas Vale de Choupos, do Choilo, Francisco Sá Miranda e de Timor”.
Guerreiro, que detém o pelouro da Educação, “sublinhou a importância que tem [para a edilidade] o envolvimento das crianças e dos jovens no processo educativo”.
“A opinião dos alunos é muito importante, porque são eles os utilizadores da escola. Eles é que estão lá todos os dias. A opinião deles é fundamental para continuarmos a fazer um bom trabalho”, frisou a autarca, citada na mesma nota.
Sobre o pessoal não docente, outra “das questões levantadas pelos estudantes”, “a maioria concordou com a necessidade de haver um maior número de assistentes operacionais, de forma a permitir, como apontou uma das alunas, que exista, por exemplo, um maior acompanhamento de alunos com necessidades especiais”.
Com a iniciativa, “o município pretende promover o envolvimento dos alunos na tomada de decisão de assuntos relativos à comunidade escolar, possibilitando que, no futuro, os estudantes possam ser mais interventivos e comprometidos enquanto cidadãos”.
Também presente no encontro esteve “a representante do executivo da União das Freguesias Fátima Silveirinha, o director do Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage, António Caetano, professores e encarregados de educação".
Depois de terem sido ‘autarcas por um dia’, uma vez que ocuparam o seu lugar na sessão realizada “em jeito de reunião pública”, a comitiva escolar teve oportunidade de visitar o Salão Nobre dos Paços do Concelho.
COMUNIDADE EDUCATIVA Greve nas escolas do concelho sadino continua “sem fim à vista”
Corpo de
Docentes
e assistentes operacionais em protesto junto à D. João II. Secundária du Bocage e Lima de Freitas também encerradas ontem
A greve nas escolas do concelho de Setúbal continua “sem fim à vista”, depois de a Escola Secundária D. João II ter começado a manhã desta quinta-feira com uma concentração do corpo de docentes e assistentes operacionais junto ao portão do estabelecimento de ensino, que manteve o espaço encerrado durante o resto do dia.
Durante a acção foram colocadas tarjas, cartazes e outros símbolos que caracterizam a luta e a reivindicação de direitos do sector da educação. “O mundo dos encarregados de educação e dos alunos está connosco. Estamos aqui a reiterar o respeito da carreira em termos de apelar aos seis anos, seis meses e 23 dias de carreiras congeladas”, disse Júlia Batista, professora e delegada sindical, a O SETUBALENSE.
Entre as queixas e os protestos que ali decorriam, a professora Maria José Pereira mencionou que a escola recebeu “uma turma com seis crianças com necessidades de educação especial diferentes” e que os docentes “não têm formação” para trabalhar adequadamente com estes alunos.
Além disso, Maria José Pereira acrescentou ainda que a escola “não é um armazém de crianças”, mas sim uma instituição “que tem de contribuir para o desenvolvimento dos jovens”.
“Nós fazemos tudo. Somos enfermeiras, psicólogas e assistentes operacionais. Além deste acumular de funções, ainda existe uma falta de funcionários que nos obriga a realizar, muitas vezes, horas extraordinárias para garantirmos que tudo funciona como deve de ser” disseram, em coro, as assistentes operacionais Marina Coelho, Gina Rodrigues e Carla Viegas
Colocados cartazes e outros símbolos que caracterizam luta do sector a O SETUBALENSE.
Em seguida, as funcionárias revelaram que as notas de avaliação, que permitem a subida ou manutenção de escalão, são “limitadas” no que diz respeito às classificações mais altas (4 e 5) e que mais assistentes operacionais “mereciam receber” este reconhecimento e a subida no escalão.
Já os estudantes, sem aulas, juntaram-se à iniciativa. “Ao início viemos só para ver se havia greve, mas acabámos por perceber que temos de apoiar os professores e esta causa” esclareceu um aluno da D. João II, que, de forma activa, participou no protesto.
O SETUBALENSE também apurou que outras escolas secundárias do concelho estiveram fechadas e com interrupções, nomeadamente a du Bocage (Liceu) e a Lima de Freitas, ambas encerradas desde terça-feira.
As escolas secundárias Sebastião da Gama (Comercial) e D. Manuel Martins, por sua vez, não abriram portas durante o período da manhã.
Setúbal Sindicatos reúnem-se com Comissão de Greve das Escolas
Face às várias interrupções e paragens completas no sector lectivo, os sindicatos da educação reuniram-se, na tarde desta quinta-feira, para se debruçarem sobre a situação vivida pela comunidade educativa, enquanto foram revistas formas de continuar os protestos.
Segundo avançou o delegado sindical do STOP, Hélder Abrantes, a O SETUBALENSE, as acções de protesto e a greve, que se arrastam desde Dezembro de 2022, vão “continuar nas próximas semanas, se não meses”, até que as “reivindicações dos professores e assistentes operacionais sejam resolvidas”.