Quem planta cacau sou eu, sou eu que colhe ligeiro… Minha cor é do cacau, mulato de querer bem.
Chi pianta il cacao sono io, sono io che lo colgo lesto… Ho colore del cacao, sono un mulatto amoroso.
São Jorge dos Ilhéus
11
Cocos de tamanho nunca visto antes, a melhor terra do mundo para o plantio do cacau, aquela terra adubada com sangue. Terras do sem fim
Noci di cacao di proporzioni mai viste prima, la migliore terra del mondo per coltivare il cacao, quella terra concimata col sangue.
15
O cacau, que veio dos cochos, seca, revirado, pelos pés dos homens que dançam sobre ele uma dança inventada, que cantam uma canção ali igualmente inventada. A dança lembra outro baile que outros negros, noutros tempos, bailaram sobre a coberta dos navios negreiros. São Jorge dos Ilhéus
Il cacao, venuto dalle vasche, asciuga rivoltato dai piedi degli uomini che ci ballano sopra una danza inventata e cantano una canzone anche quella inventata. La danza ricorda un altro ballo che altri negri, in altri tempi, avevano ballato sul ponte di coperta delle navi negriere. 25
Os trabalhadores nas roças tinham o visgo do cacau mole preso aos pÊs, virava uma casca grossa que nenhuma ågua jamais tirava. Terras do sem fim
30
I lavoratori delle piantagioni avevano il vischio del cacao molle attaccato alla pianta dei piedi, come una spessa scorza che nessuna acqua avrebbe mai potuto togliere.
Quanto mais quente seja o sol melhor será, melhor sairá o cacau. Ficará mulato como o rosto dos homens, dele virá um cheiro de chocolate. São Jorge dos Ilhéus
Quanto più caldo il sole tanto meglio sarà, migliore riuscirà il cacao. Diventerà mulatto come il volto degli uomini, da esso verrà un profumo di cioccolata.
31
Era uma vez três irmãs: Maria, Lúcia, Violeta, unidas nas correrias, unidas nas gargalhadas. Terras do sem fim
48
C’erano una volta tre sorelle: Maria, Lúcia e Violeta, che giocavano sempre insieme, che ridevano sempre insieme.
Os cabelos duros de poeira, a cara encardida, a inhaca forte, o corpo pedindo banho. Tocaia Grande
I capelli impastati di polvere, la faccia sporca, l’odore acre, il corpo che reclamava un bagno.
49