REVISTA NA TELA - Edição Especial Terrorismo

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NA TELA Edição 01 - Nº 01 - Ano 01 Junho de 2013

Edição especial

terrorismo

Os bastidores das produções norteamericanas após o 11 de setembro.




Índice

Review Personagens Os heróis americanos Quando a religião tenta mudar o mundo Herói ou Vilão? O patriotismo nas entrelinhas de Kathryn Ficha técnica Terror que vem de dentro Você sabia? Curiosidades Osama Bin Laden Outros filmes Verdade ou mito?

10, 11, 15, 20 e 27 9, 14, 21, 26, 30 e 35 6 12 16 18 22 24 28 31 32 34


Editorial Depois do dia 11 de setembro de 2001, o terrorismo, mesmo já existindo muito antes da data, entrou em pauta na mídia e nas produções cinematográficas. A proposta desta revista é, justamente, discutir como depois dos atentados terroristas ao EUA o assunto foi retratado no cinema e nos seriados TVs produzidos pelos próprios norte-americanos. Com as matérias presentes nesta edição fictícia, queremos levantar, por meio dos filmes Argo, Guerra ao Terror, Invasão à Casa Branca, A hora mais escura, As torres gêmeas, e também com a série Homeland, uma discussão sobre a imagem do país retratado nas produções, a ideia dos heróis e vilões dos filmes, a influência da religião nos ataques e, também, o terrorismo interno que existe dentro do próprio Estados Unidos. A revista foi produzida para a disciplina TIG – V do curso de Jornalismo do Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH.

Expediente Nome:

Na Tela

Editor:

Anita Andreoni

Equipe editorial:

Bruna Tavares (revisora) Karla Lopes Guilherme Scarpelinni Felipe Paz (repórteres)

Diagramador:

Leonardo Lopes Braga

Frequencia:

Mensal

Professor(a) Orientador(a):

Tacyana Arce

Semestre:

1/2013

Período:

Disciplina:

TIG V/Jornalismo Especializado

Instituição:

UniBH

Categoria:

Terrorismo

País:

Brasil

Idioma:

Português

Edição:

Nº 1 Junho de 2013

Gênero:

Ação

Crédito: Divulgação


Os heróis americanos Os diretores norte-americanos trazem em seus filmes personagens heróicos com características homogêneas: em sua maioria, são brancos, americanos, heterossexuais, fortes, ricos e estão aptos a salvarem a nação.

O

estereótipo do herói nas produções hollywoodianas diz respeito aquele cidadão de bem, que preza pela sua família, pela a integridade do próximo e pela nação. Os filmes norte-americanos se desenvolvem em função desses heróis, marcados pela cultura ocidental, onde o poder está no masculino, no branco, no heterossexual, e nas demais formas hegemônicas de integrar no meio social não dispensando até a violência física. De acordo com o artigo da Hilda Gomes Dutra Magalhães da Universidade Federal de Tocantins, publicado na revista Ciências & Cognição Vol 12, antes de analisarmos os heróis como produtos de cultura de massa, é necessário lembrar que o herói está presente no imaginário desde os primórdios da história humana, quando, em meio a condição precária em que a própria existência se revestia em mistérios, os homens passaram a explicar os fenômenos naturais a partir das divindades. Observa-se então a necessidade do homem de eleger heróis como refúgio para os males do mundo, assim como a distinção da figura do bem e do mal. A partir do século XX, surgem novos produtos culturais que ratificam e intensificam a figura do bem e do mal. O herói americano passa estar mais presente nos filmes, e cada vez mais inerente a um determinado padrão. 6

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Crédito: Divulgação

Para o jornalista e crítico de cinema Fábio Leite, os heróis retratados ao longo da história do cinema americano possuem o mesmo perfil, enaltecendo o posicionamento do país perante o resto do mundo. “Há muito tempo, desde a adolescência, tenho implicância com esse tipo de filme onde o americano é sempre o herói. Mesmo em filmes bacanas e divertidos como Indiana Jones, há a propaganda da supremacia branca (outras raças e povos são sempre inferiores, ou engraçados ou maus). O que é isso? Apenas a repetição, em cores, de velhos filmes-propagandas, como Tarzan,


Jim das Selvas etc. Por causa desses filmes, durante um século os americanos se acreditavam semideuses e faziam o Terceiro Mundo acreditar nisso também. Pessoalmente, não acredito em quem não consiga olhar o outro como um igual. Então, esses filmes, por mais divertidos, são também preconceituosos. Ou seja, posso gostar, mas com ressalvas” comenta o crítico. Nas produções cinematográficas que analisamos os personagens heróicos não saem desse padrão estabelecido pelas produções ocidentais. Em Argo (2012), por exemplo, Tony Mendez (Ben Affleck) é um policial da CIA, que tem a responsabilidade de resgatar seis norte-americanos refugiados na casa de um embaixador canadense durante a revolução do Terãa. Mendez, através de um plano mirabolante, forja a produção de um filme em terras iranianas com o intuito de resgatar os refugiados. O filme, baseado em fatos reais, retrata a invasão contra a embaixada americana, por estudantes iranianos fundamentalistas, em protesto à retomada ao poder do ditador Xá Reza Pahlevi - através da intervenção americana, que visava os interesses na

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exploração de petróleo. Tony Mendez é um homem que ama o seu filho e preza pela nação americana, condizendo com o padrão heroico do mundo ocidental. Já para o jornalista e crítico de cinema Fernando Tiburcio, os produtores de Argo tiveram uma postura neutra em relação aos protagonistas. “Em Argo, eles não são vistos nem como heróis, nem como vítimas e nem como vilões. Eles, no caso, apresentam uma situação. Tanto que no começo do filme, eles mostram um pouco dessa participação negativa dos EUA em outros países. Talvez você, telespectador, pode entender os EUA como vítimas, mas, pelo menos em Argo, eles não se aprofundam muito sobre isso. É uma situação apresentada” defende o crítico. Em A Hora Mais Escura (2012), a protagonista Maya (Jessica Chastain) faz o papel de uma agente recrutada pela CIA logo que terminou o ensino médio. Relutante na prática de torturas aplicadas a suspeitos de atuarem nos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, Maya esteve imersa em uma investigação que durou mais de dez anos. Ela foi responsável por encontrar Osama Bin Laden e orquestrar sua execução. A personagem, apesar de ser mulher, é decidida, persuasiva, competitiva e direta atende as expectativas dos consumidores de heróis americanos. Logo na primeira cena, impressionada com a tortura, ela age de forma extremamente profissional. Aos poucos, vai se tornando mais fria e obcecada, com nada mais sendo capaz de chocá-la. Os homens do alto escalão da CIA passam então a temê-la e respeitá-la. Observa-se que o grande achado da diretora Kathryn Bigelow está no ato final, quando chega a tal hora mais escura. Por trás do herói americano, com o estereótipo belo, forte e reluzente, há sempre uma grande mulher. O herói de ação apenas cumpre ordens. Bigelow faz o telespectador pensar Na Tela - Edição 01

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Mackie) enfrenta diversas vezes o novo líder da equipe, pois o considera insensato e pela proximidade da data de seu retorno aos EUA. O especialista Owen Eldridge (Brian Geraghty), aterrorizado pelo erro que ocasionou a morte de seu parceiro,se submete mais facilmente ao personagem de Jeremy Jenner, pela necessidade de se sentir acolhido por uma figura de liderança. O grupo heroico consiste em soldados comuns, que fazem falta paras suas famílias e por isso a população norte-americana se identifica. Na série de TV americana Homeland, a protagonista Carrie Mathison (Claire Danes) rompe com esse estereótipo Crédito: Divulgação clássico de herói hollywoodiano. Com uma personalidade abalada por sérios problemas sobre quem é o verdadeiro herói: seria psicológicos (bipolar), passível de erros, Maya, uma profissional cheirosa, de banho perdas e fragilidade, a obsessiva agente tomado, vestindo terninho? Ou um guerreiro da CIA passa bater de frente com seus sujo, suado e sem camisa como John Rambo, superiores quando se encontra obstinada que executou o terrorista? em conseguir provas de seu suspeito Brody (Damian Lewis) ser um terrorista. Mais do que isso, Carrie se complica mais ainda ao Em Guerra ao Terror (2008), o herói é um começar a se relacionar com quem, antes, agente especialista no desarmamento de era o seu maior inimigo. bombas, Sargento William James (Jeremy Crédito: Divulgação Renner). O personagem, contrariamente ao seu antecedente, é dado a impulsividade, bravado e a correr riscos, aspectos pouco expectáveis num desarmador de bombas. O personagem, um tanto quanto arrogante, parece não gostar muito de trabalhar em equipe, o que angustia principalmente o Sargento JT Sanborn (Anthony Mackie), que se sente descontentado e troca ofensas com o oficial. Neste filme, não há somente um herói, mas sim, uma equipe de heróis com características distintas. O sargento Willian James (Jeremy Renner), veterano de guerras, diz não querer substituir o líder passado e age de forma não acolhedora e até com uma atitude não coerente com os princípios do exército, de trabalho em equipe. O sargento JT Sanborn (Anthony Jornalista: Guilherme Scarpelinni

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Personagens

TONY MENDEZ - ARGO

É

um especialista em exfiltrações que sugere que uma produção de Hollywood seja utilizada como fachada para a operação de resgate de diplomatas americanos do refúgio na casa do embaixador canadense, onde vivem durante meses, sob sigilo absoluto, enquanto a CIA busca um meio de retirá-los do país em segurança.

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Review

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As Torres Gêmeas

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de setembro de 2001. Will Jimeno (Michael Pena), integrante do Departamento da Polícia Portuária, parte para mais um dia de trabalho. O sargento John McLoughlin (Nicolas Cage), veterano do 10

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Departamento, já estava acordado há algumas horas, em decorrência de sua ronda diária de uma hora e meia até a cidade. Jimeno, McLoughlin e seus colegas partem para o centro de Manhattan, como se fosse um dia qualquer. Até que um

ataque terrorista ao World Trade Center muda completamente a situação, fazendo com que toda a equipe do Departamento seja convocada com urgência ao local do ataque. A 1ª equipe a entrar na torre nãoatingida é composta por 5 homens,

entre eles Jimeno e McLoughlin. Porém enquanto eles estão dentro do prédio, tentando ajudar os sobreviventes da torre em chamas, um 2º ataque terrorista atinge o World Trade Center, exatamente no prédio que ainda não tinha sido atingido.


Review

O

A Hora Mais Escura

s ataques terroristas sofridos pelos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001 deram início a uma época de medo e paranoia

do povo americano em relação ao inimigo, onde todos os esforços foram realizados na busca pelo líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Maya (Jessica

Chastain) é uma agente da CIA que está por trás dos principais esforços em capturar Laden, por ter descoberto os interlocutores do líder do grupo

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terrorista. Com isso ela participa da operação que levou militares americanos a invadir o território paquistanês, com o objetivo de capturar e matar Bin Laden. Na Tela - Edição 01

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Reportagem

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Quando a tenta mudar

L

evar a vida de acordo com livros sagrados, de forma literal, seguindo todos os passos ditados pela religião. É disso que se trata o falado fundamentalismo religioso, tão criticado na sociedade contemporânea, principalmente pela cultura ocidental. Se por um lado os fiéis são radicais ao serem contra quaisquer modificações das tradições religiosas e defenderem a manutenção dos ritos, preceitos e valores descritos nos textos sagrados, pelo outro, a cultura que se diz moderna e desprendida dessas práticas também é radical ao retratar o fundamentalismo como um retrocesso da humanidade, relacionando-o à violência, mortes e terrorismo. Essa é uma discussão complicada a ser feita. Depois então do 11 de setembro, esse impasse se intensificou ainda mais. Se antes o radicalismo nas práticas religiosas era feito em todas

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as crenças, com os atentados às torres gêmeas dos EUA e a identificação dos causadores e motivos de todo o terror, jornais, produções cinematográficas e televisão passaram a retratar o fundamentalismo islã como os inimigos do mundo ocidental. Resumindo: o fundamentalismo religioso, em si, após os atentados terroristas contra a América, passou a ser vinculado, essencialmente, ao islamismo. Mesmo que seja feita essa relação entre a religião e as práticas extremistas, o historiador Leandro Karnal explica que o fundamentalismo é um princípio comum a todas as manifestações religiosas. “Há fundamentalismo hindu, judeu, católico, islâmico e budista. O que difere é que em um determinado período, algumas religiões se tornaram mais tolerantes do que outras”, diz.


a religiao r o mundo Poucos sabem, mas, a origem do fundamentalismo ocorre no próprio Estados Unidos, no começo do século XIX, quando a sociedade norte-americana passava por um rápido processo de modernização e consequente mudança de valores, hábitos e costumes. Com isso, a expansão da modernidade, do liberalismo e da democracia proporcionou um afrouxamento dos costumes tradicionais religiosos e, assim, muitas pessoas não fazem a ligação dessas práticas radicais dentro do próprio país, e sim fora dele. As novas ideias – e ideais - romperam com o pensamento disseminado pela igreja e abriu as portas para o campo científico sobrepor ao teológico. Mesmo assim, ainda hoje, mesmo com todos os desprendimentos religiosos de grande parte da sociedade, os que ainda seguem, à risca, os ensinamentos de seus livros sagrados, querem fazer

deles uma forma de separar o bem do mal, o certo do errado e, a partir disso, tentar, sendo extremo ou não, mudar a forma do mundo pensar. No caso dos atendados ao World Trade Center, o foto dos ativistas islâmicos não concordarem com o chamado “america way of life” foi um dos principais motivos para o ataque. Depois do 11 de setembro, o islamismo ganhou seguidores e também causa medo e desconfiança na população que o segue. Mas, assim como eles não devem ser extremos ao condenar o mundo ocidental, também não é certo que todos eles sejam rotulados pelo feito de um grupo isolado. “A crença no islamismo é a que mais cresce no mundo, então, se todo islã fosse teorista não haveria mais planeta terra”, brinca Karnal. Jornalista: Guilherme Scarpelinni e Karla Lopes

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Personagens Crédito: Divulgação

AGENTE MAYA A HORA MAIS ESCURA

É

uma jovem funcionária da CIA que dedicou toda a sua carreira à caça ao Sheik Osama Bin Laden. Diferente de outros personagens femininos do cinema norte-americano, que precisam se mostrar tão fortes, fisicamente falando, quanto os homens numa zona de guerra, ela não se esforça para provar isso. Sua força de vontade, a feroz determinação e o intelecto aguçado de Maya são suas armas e punhos para a morte do homem mais procurado do planeta.

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Review

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A

Homeland

agente da CIA Carrie Mathison, especialista em terrorismo no Oriente Médio, recebe de um informante a dica de que um soldado americano vai começar a trabalhar para uma organização

terrorista. Pouco meses depois, o sargento Nicholas Brody é encontrado, após oito anos desaparecido em território inimigo, e é recebido com um herói por toda a nação — menos pela brilhante, mas instável Carrie, que tem certeza de

que ele é o inimigo infiltrado. Enquanto Brody tenta se reintegrar à sua vida antiga, Carrie corre contra o tempo para provar que ele é um terrorista — no entanto, as suas tentativas são frustradas e quem a apoiava começa a duvidar seriamente

de sua estabilidade emocional. A CIA está com um pé atrás em relação às deduções da agente, afinal suas últimas ações no Oriente Médio foram fracassadas e ninguém quer acusar um herói nacional de terrorismo sem provas suficientes. Na Tela - Edição 01

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Herói ou

“Meu nome é Nicholas Brody. Sou Sa dos EUA. Tenho esposa, dois filhos, os terão lido várias coisas sob

P

or isso quero me explicar para que saibam a verdade. Em 19 de maio de 2003, como parte da equipe de atiradores, na Operação Iraque Livre, fui feito prisioneiro por forças leais a Saddam Hussein. Essas forças me venderam para o Abu Nazir, da Al-Qaeda, que operava uma célula terrorista na fronteira da Síria, onde estive aprisionado por mais de oito anos. Fui espancado, torturado, submetido a longos períodos de total isolamento. As pessoas vão dizer que fui afetado, que sofri lavagem cerebral. Dirão que virei terrorista, que fui ensinado a odiar meu país. Eu amo meu país. O que sou é um fuzileiro, como meu pai e meu avô foram. E como fuzileiro naval, eu jurei defender os EUA, contra inimigos externos e internos. Meu ato nesse dia é contra um inimigo interno: o vice-presidente e membros da segurança nacional, que são mentirosos e criminosos de guerra, mandantes de atrocidades pelas quais nunca foram responsabilizados. Meu ato é por justiça a 82 crianças cujas mortes não foram reconhecidas; mortes que são uma mancha na alma dessa nação.” Essas foram as palavras ditas em gravação feita por Nicholas Brody, no último episódio da primeira temporada de Homeland. Apesar da fita nunca ter sido divulgada, afinal, a tentativa de Brody de virar homem bomba e explodir perto do vice presidente e das forças especiais que mencionou, não ter funcionado, fica a grande questão que envolve o seriado da HBO. Nicholas Brody é Herói ou Vilão?

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u Vilão?

argento do Corpo de Fuzileiros Navais quais amo. Quando assistirem isso, já bre mim. Sobre o que eu fiz. Segundo Fernando Tibúrcio, jornalista e crítico de cinema, em Homeland, esse é o grande impasse. “Você sabe que o Brody foi corrompido, mas, de alguma forma, fica em dúvida sobre o caráter dele, se ele vai mesmo trair o seu país ou não. A série é um ponta pé para essa análise. Os personagens são desiquilibrados, portanto, é uma produção em que você bota em cheque o tempo todo o caráter dos personagens”. Para Tibúrcio, a figura do anti-herói é mais forte do que a do vilão, pelo menos no início. Porém, isso vai se descontruindo, mas, como a série apresenta vários impasses, fica difícil identificar, com certeza, quem é quem na produção. Com a sequência da segunda temporada, Brody continua convivendo com o seguinte dilema; seguir as orientações terroristas, principalmente para honrar a morte do filho de Abu Nazir, Issa, de quem Brody ficou muito próximo quando foi libertado da prisão e foi incluído na “família Nazir”, ou se rompe com esse movimento contra a própria pátria. O que o sargento Brody não esperava era se render novamente aos encantos da bipolar Carrie Mathison (agente da CIA). Ainda segundo Fernando Tibúrcio, o envolvimento intensificado entre os dois personagens contribui para confundir o próprio Brody. “Ele já não se vê em posição de terrorista e, juntamente com Carrie, começam a trabalhar juntos em prol dos EUA”, finaliza Tibúrcio. Jornalista: Bruna Tavares

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O PATRIOT ENTRELINHA

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athryn Bigelow, contestada e polêmica, apresenta como uma de suas características principais a discussão, com eficiência reconhecida, de temas que ultrapassam o limite das salas de cinema. Não é à toa que em 2011 levou 6 Oscars para casa com o longa The Hurt Locker (Guerra ao terror, 2008).

Acontece que, mesmo com seu trabalho reconhecido pelo prêmio mais importante do cinema mundial, a diretora é questionada por apresentar roteiros que colocam em cheque o posicionamento dos Estados Unidos perante os conflitos que envolver o país e a questão do terrorismo. O incômodo que Zero Dark Thirty (A hora mais escura, 2012) causou à população americana é uma prova disso. O filme leva este título pois a captura do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, foi feita às 0h30 da madrugada. 18

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Artigo

TISMO NAS AS DE KATHRYN Na produção, a diretora mostra como foi a caçada ao terrorista sem se preocupar em esconder os métodos de crueldade utilizados pelos norte-americanos, independentemente de expor de forma negativa o estado. Bigelow procura não buscar uma posição confortável, que é, quase sempre, a escolhida por outros diretores, que não se posicionam diante de um assunto polêmico. Segundo Fábio Leite, jornalista e crítico de cinema, nos filmes Guerra do terror e a A hora mais escura, a cineasta apresenta uma situação quase documental. “Kathryn não se preocupa em tentar mostrar se aquilo é negativo ou positivo. No caso do filme Guerra ao terror, ela está simplesmente virando a câmera dela para aquele lado e mostrando o que acontece ali, o que aqueles homens passam, a pressão psicológica que eles vivem. É a visão dela expondo o que realmente acontece em uma situação de guerra”, explica. “Acho que a A hora mais escura também tem isso. Ela também tem uma visão contestada, uma estética abordada somente por ela”, comenta o também crítico de cinema Fernando Tibúrcio. Mesmo que a diretora mostra em A hora

mais escura um pouco das gravações, do que aconteceu nos atentados de 11 de setembro, ela encontrou uma forma de contextualizar para introduzir o que iria acontecer depois da data. No longa, os EUA não são apresentados como vilões, mas a produção mostra situações que revelam certa crueldade do país na condução do que seria a morte do Bin Laden. Desta forma, os norte-americanos vão ver o filme de um jeito e o resto do mundo de outro. A hora mais escura foi uma produção contestada nos EUA por mostra a tortura, o lado cruel dos EUA, algo que o governo quis esconder. Bigelow tem essa forma de produzir. Sem pudor, ela mostrou o que aconteceu e a forma como eles chegaram a Bin Laden. Da forma como Kathryn abordou o tema, mesmo sendo uma produção norteamericana, mostra que o governo derruba a ideia de “somos um pouco vítimas disso tudo”. Apresenta as maneiras utilizadas por eles para resolver os seus problemas, sendo elas legais ou não. Parace que, dessa forma, a ideia da diretora é deixar nas mãos do público a decisão de identificar os EUA como vítimas, vilões ou uma mistura dos dois. Jornalista: Anita Andreoni e Karla Lopes Na Tela - Edição 01

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Review

JT

Guerra ao Terror

Sanborn (Anthony Mackie), Brian Geraghty (Owen Eldridge) e Matt Thompson (Guy Pearce) integram o esquadrão antibombas do exército 20

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americano, em ação em pleno Iraque. Eles trabalham na destruição de um explosivo, fazendo com que seja detonado sem que atinja alguém. Entretanto, um erro faz com que

o artefato exploda e mate Thompson. Em seu lugar é enviado o sargento William James (Jeremy Renner), que possui grande sangue frio em ação. Isto gera alguns desentendimentos

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com Sanborn, que o considera irresponsável. Apesar disto, o trio segue na ativa, tendo consciência de que cada dia concluído de trabalho é um dia a mais de vida


Personagens

MIKE BANNING – INVASÃO À CASA BRANCA

M

ike Banning é um funcionário do serviço secreto norte-americano que cuidava da segurança pessoal do Presidente. Isso até ser afastado do cargo depois da morte de uma pessoa da família do presidente. A partir de então, Mike é deslocado para um serviço burocrático de escritório em Washington, detestado por ele. Porém, durante um ataque à Casa Branca, Mike poderá ser a única esperança para a resolução do conflito.

Crédito: Divulgação Na Tela - Edição 01

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Ficha ARGO Gênero: Drama, suspense, histórico Direção: Ben Affleck Roteiro: Chris Terrio Lançamento: 9 de novembro de 2012 Duração: 2h Atores: Ben Affleck, Bryan Cranston, John Goodman Bilheteria no Brasil: 396.015 ingressos Orçamento: 44.5 milhões de dólares Distribuidor: Warner Bros Crédito: Divulgação

INVASÃO A CASA BRANCA Gênero: Ação Direção: Antoine Fuqua Roteiro: Creighton Rothenberger, Katrin Benedikt Lançamento: 5 de Abril de 2013 Duração: 119 min Bilheteria no Brasil: 518.594 ingressos Orçamento: 80 000 000 milhões de dólares Distribuidor: paris filmes Crédito: Divulgação

HOMELAND Gênero: Thriller psicológico Criadores: Howard Gordon, Alex Gansa Roteiro: Chris Terrio Lançamento: 9 de novembro de 2012 Duração: 50 minutos Atores: Claire Danes, Damian Lewis, Morena Baccarin, David Harewood, Diego Klattenhoff, Jamey Sheridan, David Marciano, Navid Negahban, Jackson Pace, Morgan Saylor, Mandy Patinkin Crédito: Divulgação 22

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Técnica A HORA MAIS ESCURA Gênero: Suspense/Ação Direção: Kathryn Bigelow Duração: 127 min Atores: Joel Edgerton, Jessica Chastain, Chris Pratt, Jason Clarke Orçamento: 30 milhões de dólares Distribuidor: Imagem Filmes

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AS TORRES GÊMEAS Gênero: Ação/Drama Direção: Oliver Stone Elenco: Nicolas Cage, Michael Pena, Maggie Gyllenhaal, Maria Bello, William Mapother, Frank Whaley, Jon Bernthal. Lançamento: 2006 Bilheteria no Brasil: 638.973 ingressos Orçamento: 63 milhões de dólares Distribuidor: paris filmes Crédito: Divulgação

GUERRA AO TERROR Direção: Kathryn Bigelow Roteiro: Mark Boal Elenco: Anas Wellman, Anthony Mackie, Barrie Rice, Ben Thomas, Brian Geraghty, Christian Camargo,Christopher Sayegh, David Morse, Erin Gann, Ano: 2010 Orçamento: 11 bilhões de dólares Distribuidor: Imagem filmes Crédito: Divulgação Na Tela - Edição 01

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Terror que vem de dentro Não é preciso utilizar bombas para causar medo nos EUA, a cultura construída pelo país é capaz de amedrontar e mexer com a cabeça de sua própria população em atentados, nem sempre divulgados, catastróficos.

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001 foi um ano marcante para todo o mundo. Os ataques aconteceram nos EUA, mas afetaram –e ainda afetam – a segurança de todo o planeta. Apesar do ocorrido ter vindo vindo de fora do país, a própria nação norteamericana pratica, pode-se dizer, uma auto sabotagem que vai muito além de aviões com homens-bomba. O professor e coordenador do curso de Relações Internacionais do Centro Universitário de Belo Horizonte (Unibh), Rafael Ávila, em entrevista à revista Na Tela, explica que em meio a uma política externa de guerra e uma sociedade psicologicamente enfraquecida, surgiu um novo fenômeno nos Estados Unidos: o terrorismo interno. Na Tela: Rafael, como esse fenômeno surge nos Estados Unidos da América e a que você atribui a origem desse tipo terrorismo contra a própria nação? Rafael Ávila: Como ponto de partida, devemos admitir que a sociedade norteamericana é extremamente segregada no ponto de vista cultural, linguístico e étnico. O preconceito racial nos Estados

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Unidos é maior do que em qualquer outro lugar do mundo, o pobre tem as menores chances de conseguir um trabalho. O status de cidadão exemplar norte-americano (aquele que é o aceito pela sociedade americana) exige uma série de requisitos altamente complexos do indivíduo: o cidadão não deve apenas amar o seu país, mas deve ter pelo menos, uma bandeira norteamericana na janela, deve ser branco, rico, esportista e deve tomar sua budweiser assistindo ao superbowl. Nesse sentido, os indivíduos que não atendem a essas características, são cruelmente rejeitados pela sociedade e, como consequência disso, cultivam o ódio da nação que o excluiu. NT: Como a educação oferecida às crianças americanas nas escolas pode contribuir para isso? RA: A educação americana pode contribuir muito para a consolidação dessa sociedade fragmentada. No ensino médio, os alunos são condicionados a pensarem no país como o centro do universo. As crianças americanas não recebem noções


de geografia e história de outras nações, passando a temer e julgar o desconhecido. NT: O bulying é um tipo de terrorismo interno, certo? RA: Sim, e não é exclusivo dos EUA. O que acontece é que o país tem a cultura de separar as pessoas em grupos. Nas escolas, isso é ainda mais evidente. Os esportistas batem nos “fracotes”, os nerds só andam com nerds, negros não aceitam branquelos, e viceversa. Esse sentimento de exclusão e fragmentação social pode contribuir, e muito, para que o ódio pelo o que é diferente seja cultivado desde cedo na população. NT: O atentado à maratona em Boston é um dos mais recentes acontecimentos de terrorismo que temos nos EUA. Podemos analisa-lo como terrorismo interno mesmo que os seus causadores são sejam, de fato, norte-americanos?

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RA: Percebo que o atentado ocorrido em Boston, em abril deste ano, foi proporcionado pelo psicológico abalado de um estrangeiro que vai para os Estados Unidos em busca do american way of life, e se deparara com um cenário completamente hostil. Esses forasteiros não conseguem se inserir na complexa rede de relações sociais que compreende a sociedade americana. Como consequência, acabam nos guetos e subúrbios das grandes cidades cultivando o ódio, estimulado por uma sociedade de grande apelo cultural às armas de fogo e as guerras. Jornalista: Bruna Tavares e Guilherme Scarpelinni Na Tela - Edição 01

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Personagens

AGENTE CARRIE MATHISON HOMELAND

U

ma oficial de operações da CIA que passou a acreditar que um fuzileiro americano, o Sargento Nicholas Brody, que era um prisioneiro de guerra da Al-Qaeda, passou para o lado inimigo e agora representa um significativo risco a segurança nacional americana.

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Review

Invasão à Casa Branca

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ike Banning (Gerard Butler) é um dedicado funcionário do serviço secreto americano, que tem por função proteger o presidente Benjamin Asher (Aaron Eckhart) e sua família. Ao levá-los para uma festa de Natal, uma

intensa nevasca faz com que o carro em que estão o presidente e sua esposa, Margaret (Ashley Judd), sofra um acidente. Mike consegue salvar Benjamin, mas a primeira-dama morre. A partir de então, Mike é deslocado para um

serviço burocrático de escritório em Washington, que ele detesta. Dezoito meses depois, a Casa Branca é atacada por terroristas nortecoreanos. Percebendo o pânico na população e o perigo que o presidente corre,

Mike segue para a Casa Branca para ajudar no que pode. Com toda a equipe de segurança local dizimada, ele se torna a única esperança dentro da Casa Branca para combater os terroristas e salvar o presidente. Crédito: Divulgação

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A S Ê C O V

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AS TORRES GÊMEAS EVITANDO CONSPIRAÇÕES Oliver Stone pensou em escalar Kevin Costner para intepretar o sargento John McLoughlin, com quem já havia trabalhado anteriormente em JFK - A Pergunta Que Não Quer Calar (1991). A idéia não foi aceita pela Paramount Pictures, que temia que a parceria fizesse com que uma teoria conspiratória sobre os atentados fosse usada pelo diretor no filme. No mesmo ano, Costner havia narrado o documentário On Native Soil, sobre questões supostamente não esclarecidas à respeito do atentado.

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INVASÃO À CASA BRANCA A ESCOLHA DOS VILÕES O diretor Antoine Fuqua declarou em entrevista que, quando se envolveu com o projeto, descartou de imediato que os vilões viessem de algum país do Oriente Médio, por considerar que este gancho está perto do ponto de saturação. A escolha pela Coreia do Norte foi devido ao país ser bastante fechado ao resto do planeta, de forma que os demais países não tenham uma noção exata do tamanho de seu poderio militar.


? A I AB ARGO O ROTEIRO FALSO O roteiro de Argo usado pela CIA durante a operação de resgate dos diplomatas no Irã era na verdade de um filme chamado “Lord of Light”, baseado em livro homônimo de Roger Zelazny, que jamais foi feito. Crédito: Divulgação

HOMELAND

A HORA MAIS ESCURA

VOZ DO PRESIDENTE

MORTE SURPRESA

Durante a abertura da série, trechos de arquivo de vozes de cinco presidentes dos EUA são ouvidas em ordem cronológica: Ronald Reagan , George Bush, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. Com exceção de George W. Bush, todos os outros aparecem nas imagens.

A produção foi pega de surpresa com o anúncio da morte de Osama Bin Laden. A história girava em torno da caçada ao terrorista. E Mark Boal teve de reescrever o roteiro para centrar a trama diante do assassinato do terrorista.

OBAMA APROVA! Homeland é a série favorita do presidente Barack Obama. Ele gosta tanto que mandou comprar toda a primeira temporada assim que saiu em DVD.

O PAQUISTÃO NÃO É AQUI Um grupo radical indiano não gostou do fato do filme ser rodado na Índia mesmo com a história se passando no Paquistão. A diretora Kathryn Bigelow não conseguiu autorização para rodar neste país.

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Personagens

SARGENTO WILLIAM JAMES – GUERRA AO TERROR

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ergeant First Class William James é o líder de um esquadrão de Eliminação de Explosivos Americanos (EOD) no Iraque. Ele substituiu o líder original, sargento Matt Thomson, depois que ele foi morto por uma bomba.

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CURIOSIDADES OSAMA BIN LADEN

O

sama Bin Laden era o homem mais procurado do mundo e tinha 53 anos

S

e alimentava apenas de vegetais, pão afegão, sopa, leite de cabra e iogurte, nunca comia carne e sempre dormia no chão.

Q

uando morava na Arábia Saudita forçava os filhos a descansar nos fins de semana na areia do deserto e entre os animais, pois achava que eles tinham muitas mordomias.

D

esde 1984, Bin Laden vivia como eremita, uma prática que serviu para se camuflar no afeganistão ao se juntar com jihad contra os soviéticos.

P

ara tentar encontrar Bin Laden, o exército paquistanês tinha que procurar em milhares de barracos e cavernas no território controlado pelos talibãs e questionar os habitantes por alguém maior de 1,80 cm, único recurso que não conseguia esconder.

B

in Laden foi rá enterrado com base nos ensinamentos do Corão e das tradições do profeta Maomé. Segundo informações de oficiais americanos, 12 horas após ter sido morto, o corpo de Osama Bin Laden foi banhado e enrolado num lenço branco, colocado numa saco com peso e lançado ao mar.

O

terrorista vivia em esconderijos, provavelmente, em aldeia ou cavernas escondidas do Waziristão (Paquistão). Ninguém que vivia com ele se lembra de ter chuveiro, televisão, máquina de lavar, computadores, telefones ou satélites. Somente livros e tapetes. Crédito: Divulgação

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OUTRAS SYRIANA

H

á 21 anos, Robert Baer trabalha para a CIA investigando terroristas ao redor do planeta. À medida que os atos terroristas se tornaram mais constantes, Robert nota que a ação da CIA passa a ser deixada de lado de forma a favorecer a politicagem. Com isso vários sinais de ataque foram ignorados, devido à falta de tato dos políticos para lidar com terroristas. A situação começa a se complicar para Robert quando ele vê seus amigos Bryan Woodman (Matt Damon, de "A Identidade Bourne") e sua esposa Julie (Amanda Peet, de "Identidade") envolvidos em uma trama terrorista. - O roteiro de "Syriana" interliga várias histórias, que abragem assuntos Crédito: Divulgação como política externa, inteligência, indústria de óleo e terrorismo.

PARADISE NOW

A

migos de infância, os palestinos Khaled (Ali Suliman) e Said (Kais Nashef) são recrutados para realizar um atentado suicida em Tel Aviv. Depois de passar com suas famílias o que teoricamente seria a última noite de suas vidas, sem poder revelar a sua missão, eles são levados à fronteira. A operação não ocorre como o planejado e eles acabam se separando. Distantes um do outro, com bombas escondidas em seus corpos, Khaled e Said devem enfrentar seus destinos e defender suas convicções. Crédito: Divulgação

24 HORAS

A

série começou com Jack Bauer trabalhando na Unidade Contra Terrorista(UCT) de Los Angeles, onde ele é caracterizado como um agente muito competente, porém um que segue a filosofia do “fins justificam os meios” sem se preocupar com as implicações morais de suas ações. Através da série a maioria dos acontecimentos ocorrem como um thriller policial. Um elemento recorrente é Bauer correndo contra o relógio enquanto tenta impedir múltiplas ameaças terroristas, incluindo tentativas de assassinato ao presidente, ameaças nucleares, biológicas e químicas, ataques cibernéticos e conspirações envolvendo o governo e poderosas companhias.

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Crédito: Divulgação


PRODUÇÕES VOO UNITED 93

‘V

ôo 93’ mosta a história dos passageiros e tripulação, as suas famílias em terra e a torre de controle que presenciou o crescente terror no vôo 93 da United Airlines quando se tornou o quarto avião seqüestrado no dia do pior ataque terrorista em solo americano: 11 de Setembro de 2001. “Vôo 93” recria a viagem em tempo real, desde a decolagem até o seqüestro por alguns que faziam parte dos passageiros do vôo. Crédito: Divulgação

FAHRENHEIT 11/9

"F

Crédito: Divulgação

ahrenheit 11 de setembro" é uma dura análise da administração do governo Bush após os trágicos eventos de 11 de setembro, feita pelo cineasta ganhador do Oscar Michael Moore. Com seu humor característico e obstinado compromisso de revelar os fatos, Moore contempla a presidência de George W. Bush e onde ela está nos levando. Ele olha como - e porque - Bush e seus conhecidos evitaram associar o 11 de setembro aos Sauditas, ignorando o fato de que 15 dos 19 seqüestradores eram Sauditas e de que foi dinheiro saudita que fundou a Al Qaeda. "Fahrenheit 11 de setembro" mostra uma nação mantida em medo constante por alertas do FBI e passiva diante de uma nova legislação, o "Patriot Act" (ato patriótico), que infringe direitos civis básicos. É nesta atmosfera de confusão, suspeita e terror que a administração Bush fez sua abrupta guerra rumo ao Iraque - e "Fahrenheit 11 de setembro" nos leva dentro desta guerra, para contar histórias exclusivas, ilustrando o cruel custo de vidas de soldados norte-americanos e de suas famílias.

MUNICH

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limpíadas de Munique, 1972. Um grupo de palestinos invade o alojamento dos atletas irlandeses, dando ínicio a um sangrento atentado. Depois de muita tensão, os radicais e mais de 11 atletas judeus são mortos. A primeira ministra de Israel, Golda Meir, convoca a cúpula do seu governo para planejar uma vingança exemplar, onde seriam assassinados importantes líderes árabes. A missão - extremamente secreta e perigosa é entregue a Avner (Eric Bana), agente do Mossad e ex-segurança de Golda. Ele é encarregado de comandar uma reduzida equipe de agentes que sairá, através do planeta, à caça de onze nomes escolhidos a dedo. Crédito: Divulgação

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Verdade ou mito?

O Dólar americano preveu a tregédia?

5 dólares

10 dólares

Faça você mesmo...

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20 dólares

100 dólares


Personagens

JOHN MCLOUGHLIN – AS TORRES GÊMEAS

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sargento John McLoughlin é um veterano medroso e claustrofóbico do Departamento de Polícia Portuária dos Estados Unidos e integra a primeira equipe a entrar na torre nãoatingida do World Trade Center. Durante o salvamento das vitimas dentro do local, o sargento e seus os colegas de trabalho têm que mostrar coragem para lidar com um novo ataque justamente na torre na qual prestavam socorro.

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