Há 5 filmes que vão representar o cinema português no Festival de Berlim [pt]

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Há 5 filmes que vão representar o cinema português no Festival de Berlim comunidadeculturaearte.com/ha-5-filmes-que-vao-representar-o-cinema-portugues-no-festival-de-berlim ​February​ ​13​, ​2018

'Russa', de João Salaviza e Ricardo Alves Jr. Uma vez mais, o Festival de Berlim terá uma forte presença do cinema português. Algo que se manifesta não só em filmes, como também em talento para avaliar os projetos dos outros. É o que sucede com o cineasta Diogo Costa Amarante convidado para júri das Curtas e a programadora Cíntia Gil, diretora do Doc Lisboa, no júri que atribui o prémio de Melhor Documentário. Para além disso, temos ainda três filmes em competição na Berlinale Shorts e ainda outros tantos na secção Fórum. Sim, o cinema português deixará a sua pegada na 68ª edição do Festival de Berlim. Mesmo sem filmes na competição oficial, ao contrário do que sucedeu o ano transato com Colo, de Teresa Villaverde – um filme que chegará finalmente às nossas salas apenas no próximo dia 15 de março -, o nosso país conta este ano com uma representação robusta na Berlinale Shorts, com nada menos que três filmes. Desde logo com Madness, o novo trabalho de João Viana, cineasta residente em Berlim e repetente na Berlinale, uma co-produção entre Portugal, França, Guiné-Bissau e Moçambique, sobre a realidade de Moçambique. O estreante David Pinheiro Vicente concorre também com um filme distribuído pela Portugal Film, Onde o Verão Vai – Episódios da Juventude), um filme sobre o desejo da descoberta juvenil realizado em contexto escolar e produzido pela ESTC (Escola Superior de Teatro e Cinema). Por fim, João Salaviza (vencedor do Urso de Ouro em 2012, com Rafa) apresenta Russa, em parceria com o brasileiro Ricardo Alves Jr. um filme sobre uma moradora do Bairro do Aleixo, concebido durante uma residência artística integrada num 1/2


projeto de da autarquia Cultura em Expansão. Há quem diga que é no Fórum, a secção dedicada aos projetos mais experimentais, que se descobre parte do melhor cinema da Berlinale. Nesse sentido, tanto Sandro Aguilar, como André Gil Mata e João Viana desejam confirmar essa realidade com os seus novos projetos. Na sua segunda lona metragem, Sandro Aguilar propõe em Mariphasa uma reflexão e procura que se serve do cinema enquanto género; já André Gil Mata regressou à BósniaHerzegovina, onde já filmara How I Fall In Love With Eva Ras, para semear A Árvore. Tal como fizera em 2013, com A Batalha do Tabatô, João Viana leva de novo a Berlim um novo projeto duplo, com Our Madness – para além da curta Madness –, relatando a deriva de um jovem em plena crise política em Maputo, que procura retirar a mãe de um hospital psiquiátrico para a levar para junto do pai que se encontra numa zona de confrontos militares. Registe-se que já três cineastas portugueses conquistaram o cobiçado Urso de Ouro: João Salaviza, em 2012, com Rafa, ele que regressa este ano, com Russa; sucedendo-lhe depois Leonor Teles, em 2016, com Balada de um Batráquio, e o ano passado, com Diogo Costa Amarante a reptir o feito com Cidade Pequena, ele que foi convidado precisamente para o júri da Berlinale Shorts. É o cinema português em movimento no festival de Berlim. Artigo escrito por Paulo Portugal em parceria com Insider.pt

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