Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos talisandrade.blogs.sapo.pt/chuva-e-cantoria-na-aldeia-dos-mortos-262515
O CORRESPONDENTE 17 Mai18 Talis Andrade
Iniciada com um protesto nas escadarias do Palais des Festival em prol da demarcação das terras indígenas e do fim dos etnocídios, a sessão da coprodução lusobrasileira Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, na mostra Un Certain Regard do 71º Festival de Cannes, terminou com um desabafo de um veterano crítico francês: “Não há razão de um filme bonito como esse não estar concorrendo, sobretudo diante de tanta bobagem que foi indicada este ano por aqui”. Metros adiante, um resenhista espanhol disse o mesmo ao Omelete: “Em 30 anos de carreira, eu nunca vi uma abordagem da realidade dos índios tão íntima e tão poética”. O aplauso vigoroso no fim da exibição já era indício de algo positivo para este ensaio metafísico sobre o virtude e o fardo de tradições e
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rituais entre o povo Krahô, rodado pela paulista Renée Nader Messora e pelo lisboeta João Salaviza em terras do Tocantins, em película 16mm. Texto de Rodrigo Fonseca. Leia mais O filme "Chuva e cantoria na aldeia dos mortos" foi apresentado nesta quarta-feira (16) no Festival de Cinema de Cannes. Realizado por Renée Nader Messora e João Salaviza, a obra, uma das poucas produções brasileiras no evento, conta a história dos indígenas Krahô. "O Brasil negado no Brasil é o que interessa em Cannes", disse nesta quarta-feira (16) a cineasta Renée Nader Messora, ao apresentar seu filme "Chuva e cantoria na aldeia dos mortos", sobre os indígenas Krahô. Junto com João Salaviza (Palma de Ouro de melhor curta-metragem em 2009 por "Arena"), esta brasileira gravou o filme durante nove meses, depois de ter passado longas temporadas com esta comunidade de 3.500 pessoas, no estado do Tocantins. O filme, que fica entre o documentário e a ficção e está em competição na seção Um Certo Olhar, contou com os membros da comunidade interpretando eles mesmos e falando em seu próprio idioma, o que fez das gravações uma façanha, dado que "ambos só entendiam 5%" do que diziam, contaram à AFP. Texto de Eric Gaillard. Leia mais
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