DIÁRIOS DE OTSOGA - Press Kit [PT]

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O SOM E A FÚRIA & UMA PEDRA NO SAPATO apresentam um filme de

MAUREEN FAZENDEIRO & MIGUEL GOMES

DIÁRIOS DE O T S O G A



SINOPSE Crista, Carloto e João constroem juntos um borboletário. Partilham o quotidiano na casa, dia após dia. Não são os únicos.

16mm | cor | 5.1 | 2K F-166 | 102’ © 2021 O Som e a Fúria, Uma Pedra no Sapato


Diários de Otsoga por Cyril Neyrat & Jean-Pierre Rehm Render-se, mãos e pés atados, ao longo do tempo, render-se com deleite ao poder majestoso do Rio Chronos, essa é a força incomparável, inigualável, do cinema. Aumentemos a fasquia: regressar no tempo é também um dos grandes desafios da sétima arte. Vimos isso há pouco tempo. Do curso invertido do tempo no Ciné-olho de Vertov à famosa invenção do flashback de Welles, o poder do cinema mediu-se nessa altura ao incomensurável: ignorar a inevitabilidade do fluxo consecutivo da cronologia. Poder divino, caminhar para trás à vontade, percorrer os arcanos temporais em ambas as direções, é libertar-se do destino fatal de ir, em sentido único, em direção a um fim, em direção ao fim: é fazer do sinistro THE END uma anedota. Melhor ainda, é transformar a conclusão num boomerang extremamente eficaz.

Obrigado pela lição de história. E então? E então: cá está um filme simples, com um orçamento ainda mais simples, que se aventura por essas luxuosas terras do futuro que se tornou passado e ontem transformado em dia seguinte. Eis um filme incrível de sofisticação, eis um filme incrível de simplicidade. Diário, contra-diário de confinamento, Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes inventam uma nova utilização dessa fantasia de ficção científica (veja-se o homem de fato de cosmonauta improvisado no final): é o meio para uma pura alegria de filmar, de fazer planos, de viver juntos fazendo um filme. Voltar atrás no tempo, aqui, é voltar a passar pela experiência desastrosa da COVID através da invenção


de um Paraíso para, durante uma filmagem, devolver o seu lugar a todos, de atrizes e atores a trabalhadores moldavos, aos trabalhadores domésticos, à equipa técnica, sem esquecer os animais. Contar um diário de confinamento ao contrário é inverter a reclusão exercendo uma liberdade coletiva paradoxal, uma partilha de despreocupação e beleza.

entre quatro paredes: as de uma grande quinta, algures no campo, onde uma equipa de cinema se isola para, em três semanas, fazer um filme. O método? O das 1001 Noites, em modelo reduzido, ou aquela que Maureen Fazendeiro já tinha usado no fabuloso Motu Maeva, a sua primeira média-metragem: aproveitar o que vier, o que está aí ou que acontece.

Que o huis-clos, a reclusão suportada ou voluntária seja um contexto mais desejável do que temido e favorável ao desabrochar do cinema, Miguel Gomes demonstrou-o desde o seu primeiro filme, A Cara que Mereces. Que sujeite o mês de agosto à sensualidade e às aventuras coletivas livre de preocupações com o mundo, Aquele Querido Mês de Agosto já o tinha estabelecidode maneira brilhante.

Aqui, será numa quinta isolada do mundo, no jardim, entre os membros da irmandade cinematográfica; fazer dessas coisas encontradas, escolhidas, o material de um artesanato quotidiano; improvisar planos, cenas, dia após dia, como para manter em efemérides as coisas fugazes mas marcantes da vida. Essas coisas, aqui, são somente açtos de cuidado e gestos de atenção: cuidado com plantas e animais, atenção às emoções, às perguntas, dúvidas e desejos de cada um e de todos. Raramente um filme terá conseguido partilhar com seu espectador o cuidado e a atenção dados - e o prazer que encontrou - na criação de cada plano.

Se Diários de Otsoga se reconecta com o espírito de infância e malícia desses dois filmes, está fora de questão, para essa ficção do confinamento, de dançar na praça da aldeia ao som de bandas locais. A partilha da existência e do cinema só terá lugar


A trama de Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro é como a da estufa tropical construída pelos três atores: leve e resplandecente, mas cerrada o suficiente para reter as borboletas e todas as belezas efémeras secretadas pela vida partilhada. Realiza-se assim nada menos que a utopia dos anos 70: que a vida comanda a arte, que a arte muda a vida de quem a pratica. Como viver e fazer cinema juntos? É ser capaz de abanar, também com delicadeza, a questão da produção. Liberta dos imperativos da história e da consistência psicológica pela inversão do curso dos dias, encontra aqui a sua plenitude, a sua luz plena. A utopia torna-se realidade, mas como versão lúdica e feliz. Porque aqui a vida é a da comunidade de amigos - cineastas, produtores, técnicos, atores. Acima de tudo, dos cineastas, que fazem o seu primeiro filme juntos durante a gravidez de Maureen. E se num dia o casal tiver que ir à cidade para uma ecografia, que os atores e a equipa se desenvencilhem,

que façam cinema sem eles. E se o estado de saúde exigir afastamento e conversas à distância, cá está um grande plano de um talkie-walkie que transforma Maureen numa divindade olímpica reclinada, dialogando com a doçura infinita talvez emprestada por Pavese com o resto da equipa. Mas a vida também é feita de impulsos e caprichos: que Miguel acha bonito o trator azul parado no celeiro é suficiente para criar um dos mais belos planos do filme: atriz atrás do volante, numa volta pelo jardim, cineasta, membros da equipa e espectadores a bordo na parte de trás, de alegria intensificada por uma câmara lenta vinda dos tempos aventureiros de Epstein e Vigo. Cyril Neyrat Crítico, programador culturar e professor de Cinema, foi editor-chefe da Vertigo e escritor para os Cahiers du Cinéma. Jean-Pierre Rehm Teórico do cinema francês, crítico e director do FIDMarseille – International Documentary Film Festival.



Entrevista a Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes por Cyril Neyrat & Jean-Pierre Rehm, no início de junho de 2021 Estamos encantados por ter notícias do cinema português – notícias tão brilhantes. Sabíamos que depois da impressionante trilogia das Mil e Uma Noites, impressionante pela sua escala cinematográfica e também pelo seu designio político (relatar em detalhe os efeitos do desastre económico em todo o país, sem nunca descurar a fantasia), Miguel Gomes tinha vários projetos em curso, sobre um burlão, um filme épico no Brasil... Em vez desses projetos ambiciosos e pesados em termos de produção, este é quase um filme familiar. E também, é importante sublinhar, um primeiro filme no fundo, uma vez que é co-assinado com Maureen Fazendeiro, cujas curtas-metragens têm circulado amplamente e sido regularmente premiadas. Filme de família (também voltamos a encontrar Isabel Cardoso e Carloto Cotta, de Tabu),

será o confinamento a única razão que vos levou a fazer um filme feito com uma economia claramente modesta? Podem descrever-nos as condições de filmagens neste contexto tão particular? Sim. Este filme nasceu da impossibilidade de fazer os outros filmes em que estávamos a trabalhar. Nasceu também de uma conversa com a Crista Alfaiate, que interpreta Scheherazade nas Mil e Uma Noites, e o seu companheiro Rui Monteiro, técnico de iluminação para o teatro. Foram as primeiras pessoas que visitámos quando finalmente pudemos sair de casa, em maio de 2020. Nessa noite, comentámos a forma lamentável como o Ministério da Cultura português estava a gerir a crise pela qual estava a passar o sector artístico.


Decidimos que tínhamos de fazer um filme juntos para sairmos do nosso isolamento, o mais rapidamente possível. A economia do filme tem a ver com esta espontaneidade, com esse imediatismo até: os nossos produtores apoiaram-nos, sem guião, sem história, sem personagens, não havia tempo para procurar financiamento. Ainda assim, convenceram a RTP a envolver-se no projeto. Assim, menos de dois meses depois fizemos um teste PCR e trancamo-nos em Sintra, a poucas dezenas de quilómetros de Lisboa, numa propriedade que já tinha sido uma exploração avícola. Eramos 16 humanos – incluindo 3 atores – e 5 cães, e ficámos lá durante 6 semanas – 4 delas a filmar. A produção tinha que nos deixar ao portão comida e pelicula todos os dias, mas não foi assim tão idílico... Diários de Otsoga: A essência de um diário é geralmente seguir a passagem do tempo, o fio da vida. É uma ideia estranha rebobinar este fio, dar a ler este jornal ao contrário. Como tiveram essa ideia?

A pandemia e o confinamento alteraram a nossa perceção do tempo. Ao sair dessa experiência, tínhamos de fazer um filme que desafiasse a linearidade e que trabalhasse a repetição, a suspensão, a descontinuidade... sem, no entanto, embarcar numa estrutura complexa e barroca. Com um diário invertido, podíamos conseguir essa sensação de alteração do tempo da forma mais simples possível. É mesmo um filme muito simples. Sabíamos desde o início que íamos filmar por ordem cronológica “normal” e depois montar ao contrário, do último dia para o primeiro. E terminar a rodagem com uma cena de beijo, numa altura em que estávamos isolados há tempo suficiente para que o risco de contaminação fosse muito baixo... Um beijo é uma cena banal no cinema, mas que, com a pandemia, se tornou um tabu nas rodagens. Montando o filme ao contrário, começava-se com esse famoso beijo. Esse beijo é o esboço de uma ficção que nunca chega de facto a existir. O filme inverte a cronologia para passar dessa promessa de ficção para a ficção da nossa estadia


nesta casa. Este é o “crescente” dramático do nosso filme. Finalmente, durante o confinamento, resolvemos a impossibilidade de ir à cinemateca organizando retrospetivas na nossa sala, começando com o último filme de um realizador até ao seu primeiro. Com John Ford, por exemplo, vimos John Wayne rejuvenescer dia após dia. Ficou-nos na cabeça. Não tínhamos o John Wayne connosco, mas tínhamos um marmelo... Otsoga em português, Tûoa em francês: o nome d”aquele querido mês de agosto”, ao contrário, soa muito exótico. O lugar, a decoração, a ação: construir um borboletário. Mas também nas escolhas visuais, jogos de luz e cores, tudo contribui, especialmente nas primeiras sequências, para criar essa atmosfera exótica. Pensa-se no “Paraíso” de Tabu. Porquê esta cor, este tom? Um paraíso no âmago do desastre? Será uma forma de adaptar o conto de Pavese do qual fala a Maureen?

A cor veio do Rui Monteiro, o companheiro da Crista. É técnico de iluminação para o teatro: tivemos de inventar um posto para ele. Foi assim que decidimos filmar noites com iluminação muito artificial e dias com luz natural, jogando com os contrastes entre sombra e luz em 16mm, graças ao delicado trabalho do diretor de fotografia, Mário Castanheira. Mas não é o paraíso, é o cinema! E o cinema inventa territórios com as suas próprias regras. No nosso mundo “Otsoga”, havia dia e noite, e o que vemos pode ser tão exótico como banal, artificial ou natural. É tanto o paraíso como o inferno, porque era um espaço de coabitação e criação coletiva, mas também um espaço de reclusão... tudo depende da perspetiva. Tal como nos filmes anteriores, um “comité central” é responsável pela escrita do filme. Como trabalhou, como se escreve um filme assim? Na primeira semana, exploramos o nosso décor com Mariana Ricardo, a argumentista com quem trabalhámos para não escrever um guião.


Num grande quadro branco, estabelecemos as bases de uma estrutura em duas partes, composta por repetições e variações. Na segunda semana, os atores juntaram-se a nós e trabalhámos improvisações com eles. Na terceira semana, a equipa técnica estava completa e começámos a filmar. No “fim” do filme, vemos esse quadro apresentando o plano de trabalho, com as sequências a filmar, dia após dia, sinal de preparação, de uma escrita anterior, que contradiz a narrativa, a ficção de uma improvisação quotidiana. Esta forma de fazer cinema, esta liberdade de improvisar, de jogar com o que aparece, da qual o filme faz o elogio, será apenas um sonho? Como, concretamente, se articularam planeamento e improvisação na realização do filme? Concretamente? Com esse quadro. Permitiu-nos ver a progressão das cenas para diante: na ordem pela qual foram filmadas; e para trás: na ordem de montagem. Quando surgia uma ideia nova ou quando acontecia algo que tinha de ser incluido no filme,

arranjávamos espaço no quadro. Ou não fazíamos batota e integrávamos a cena no dia seguinte (o 16º dia quando tínhamos acabado de filmar o 15º dia, por exemplo). Ou aldrabávamos um pouco e integrávamos a cena num dia que já tínhamos filmado (neste caso, para além de filmarmos o 16º dia, filmaríamos uma cena a ser acrescentada na montagem do 7º dia, por exemplo). O quadro estava cheio de ideias para cenas, depois tínhamos de descobrir como concretizá-las, trabalhando com os atores e filmando-as. Algumas foram escritas, mas muito poucas, e na maioria das vezes contêm frases ou situações vindas de improvisações com os atores. A pequena comunidade do filme é composta por rostos familiares da obra do Miguel. Não só a equipa de produção, a equipa técnica - Vasco Pimentel que, tal como em Aquele Querido Mês de Agosto, tem a sua cena final - mas também os atores: Carloto Cotta, Crista Alfaiate... como foram escolhidos os membros desta comunidade confinada?


É o lado filme de família, não é? Tratava-se de viver, mas também de encenar, uma experiência de intimidade. Começa com a decisão de realizar um filme juntos. Nenhum de nós tinha feito isso antes. Convidámos pessoas das quais nos sentimos próximos, cúmplices. Mas também alguns outros com quem nunca tínhamos trabalhado antes. É flagrante, e muito comunicativo, um imenso prazer em observar seres, animais, cães e borboletas, frutas e plantas, coisas (o magnifico trator, a piscina), no espaço e sob várias luzes. Como o comité central explica aos atores numa reunião de equipa, estes seres, estas coisas, e o próprio filme, estão liberto de qualquer forma de evolução dramatúrgica ou de construção psicológica pela inversão do tempo. Será este, em última análise, o projeto do filme: uma utopia concretizada? Na verdade, achamos que os realizadores estão algo enganados, porque mesmo que o filme volte para trás, o espectador tem um sentimento de progressão narrativa.

Apesar de não termos atribuído papéis aos atores, eles tornaram-se personagens, com personalidades distintas... portanto o que os realizadores dizem nesta cena tem que ser colocado em perspetiva. Quisemos filmar os elementos da casa, humanos e não-humanos, vivos e inanimados, e capturar a sua graça e beleza. É o trabalho do realizador, neste filme e em todos os outros. Por exemplo, a beleza de um trator, antes que este tenha uma história (neste filme, retroativa). Durante uma reunião de trabalho, os três actores confessam ao “comité central” a sua perplexidade, a sua desorientação em relação à organização das filmagens, e ao que se espera deles. O que esperam do espectador de Diários de Otsoga? Que não fique muito angustiado quando perceber que o filme é montado ao contrário e que não pense que é preciso ser muito inteligente para ver um filme assim. Não é preciso ser-se muito inteligente. Basta ser um pouco sensível...


O filme começa e termina com uma festa, ao som de The Night, a maravilhosa canção de Frankie Valli and the Four Seasons. Podem comentar a escolha desta música, que fala do fim de um amor? A música vem da Maureen, imediatamente adotada por Miguel e pelo resto da equipa. Há dois grandes géneros de canções, aquelas que falam do início de um amor e aquelas que falam do fim. Acontece que esta fala do fim, mas podia ter sido o oposto. Nesta estrutura minimalista que joga com repetições variações, optámos por usar apenas duas músicas, The Night, que se ouve duas vezes, e Legionella de Norberto Lobo que se ouve quatro vezes. Escolher como marcador da passagem invertida do tempo um marmelo que, de um estado avançado de podridão, gradualmente recupera a sua frescura. O vosso filme será um remake invertido, irónico, de El sol del membrillo de Victor Erice?

A primeira vez que fomos visitar a casa, reparámos numa maçã pousada num muro baixo perto da porta da frente. Quando regressámos algumas semanas mais tarde para filmar, a maçã ainda lá estava, completamente podre. O nosso marmelo era um marcador do tempo muito honesto. Não fizemos batota, as suas aparições correspondem mais ou menos ao seu estado na realidade. Mas foi o destino que nos levou ao fruto de Erice: na cena do guarda-chuva onde o realizador tenta convencer a realizadora a filmar o trator, e onde a realizadora tenta convencer o realizador e a argumentista a ler um livro de Cesare Pavese, encontrámos o marmeleiro. Aconteceu durante o plano, não tínhamos reparado nele antes. A ideia de filmar o marmelo ne teve tempo de integrar o quadro: foi imediatamente posta em prática. E o marmelo tomou o lugar da maçã podre que tínhamos visto no muro baixo perto da porta na nossa primeira visita à casa.



Matthew Zazu / Pasco & Co. para “Le Monde”, em Quinzena dos Realizadores


REALIZADORES MAUREEN FAZENDEIRO

MIGUEL GOMES

Maureen Fazendeiro (1989) é realizadora e argumentista radicada em Lisboa. Estudou literatura, arte e cinema na Universidade Paris VII. Os seus filmes “Motu Maeva” (2014) e “Sol Negro” (2019) estrearam em festivais internacionais como o FID Marseille, Toronto, Mar Del Plata, Viennale, Valdivia, DocLisboa, Vila do Conde, Torino, Gijon... e foram projectados em cinematecas, museus e exposições (MoMa, Biennale di Veneza, Aichi Triennale, FIAC Paris...).

Miguel Gomes nasce em Lisboa, em 1972. Estuda na Escola Superior de Teatro e Cinema e trabalha como crítico de cinema entre 1996 e 2000.

Trabalha em película e é membro do laboratório artesanal L’Abominable em Paris. Colaborou com Miguel Gomes como argumentista dos seus próximos filmes “Selvajaria” e “Grand Tour”. Em 2021 corealizam “Diários de Otsoga”.

Realiza várias curtas e estreia-se na realização de longametragem com “A Cara que Mereces“ (2004). “Aquele Querido Mês de Agosto” (2008) e “Tabu” (2012) vêm confirmar o seu sucesso e projecção internacional. TABU estreia em cerca de 50 países e vence mais de uma dezena de prémios. Retrospectivas da sua obra tiveram lugar na Viennale, BAFICI, Turim, Alemanha e EUA. O seu projeto seguinte, “As Mil e Uma Noites” (2015), um filme em três volumes, estreia na edição de 2015 da Quinzena dos Realizadores.



ATORES CARLOTO COTTA

CRISTA ALFAIATE

Carloto Cotta, nasce em 1984 em Paris, França. Estudou na EPTC em Cascais (2000-2004) e no Lee Strasberg Theatre and Film Institute em Los Angeles (2014). Recentemente, participou em “You Won’t be Alone” (Focus Features) de Goran Stolevski e em “Diários de Otsoga”, realizado por Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro. Também protagonizou o filme “Diamantino”, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt (vencedor do prémio de melhor ator nos Globos de Ouro em Portugal, em 2019, e Grand Prix da Semana Crítica em Cannes) e “Frankie”, de Ira Sachs (Seleção Oficial de Cannes), bem como “Tabu”, de Miguel Gomes (Venceder do Silver Bear e Fipresci na Berlinale), e “Arena” de João Salaviza (Palma de Ouro em Cannes).

Nascida em Lisboa, em 1981, Crista Alfaiate começou a sua carreira artística no Teatro da Comuna. Em 2004, termina o curso de Teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema e completa os estudos na Stella Adler Studio of Acting, em Nova Iorque. Ganha uma bolsa Inov-Art em 2011, em Nova Iorque, com a companhia de Teatro Elevator Repair Service. Em 2013, entra no programa internacional da École des Maîtres, com Constanza Mackras. Em cinema, é de realçar a sua participação nos filmes “A Espada e a Rosa” e “Technoboss”, de João Nicolau; “4 Copas”, de Manuel Mozos; “As Mil e Uma Noites”, de Miguel Gomes; “A Fábrica de Nada”, de Pedro Pinho. Recentemente, participou no filme de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, “Diários de Otsoga”, e “Um Filme em Forma de Assim”, por João Botelho.


ATORES JOÃO NUNES MONTEIRO João Nunes Monteiro nasceu no Porto, em 1993. Estuda teatro na Academia Contemporânea do Espetáculo e licencia-se em Teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em teatro, já trabalhou com diversos encenadores como Victor Hugo Pontes, Nuno Carinhas, Maria Duarte, Sónia Baptista e Miguel Fragata. Em cinema, estreia-se, aos 16 anos, em “Aristedes de Sousa Mendes”, realizado por Frederico Manso. Desde então, já trabalhou com Dennis Berry, Ivo M. Ferreira, João Nicolau, Zara Dwinger e Vasco Saltão. Foi protagonista do filme “Mosquito”, de João Nuno Pinto, que foi distinguido com o Nico Award, pela Academia Portuguesa de Cinema.


Argumento Assistente de Realização Direção de Fotografia Iluminação 1º Assistente de Imagem Direção de Som Decoração e Guarda Roupa Cozinha Anotação e Montagem Montagem de Som e Mistura Correção de Cor Direção de Produção Produtores Realização

MARIANA RICARDO, MAUREEN FAZENDEIRO, MIGUEL GOMES PATRICK MENDES MÁRIO CASTANHEIRA RUI MONTEIRO RICARDO SIMÕES VASCO PIMENTEL, MIGUEL MARTINS ANDRESA SOARES ISABEL CARDOSO, ADILSA PEDRO FILIPE MARQUES MIGUEL MARTINS ANDREIA BERTINI JOAQUIM CARVALHO LUÍS URBANO, FILIPA REIS, SANDRO AGUILAR, JOÃO MILLER GUERRA MAUREEN FAZENDEIRO, MIGUEL GOMES

Com o apoio financeiro

Com a participação de

Apoio à promoção

Uma produção

Distribuição



PRODUTORAS

O Som e a Fúria foi criada em Setembro de 1998. Dedica-se em exclusivo à produção cinematográfica, procurando estabelecer um vínculo com o cinema de autor e independente. A qualidade das propostas cinematográficas, associadas ao desenvolvimento do universo singular dos seus autores, são as traves mestras desta Produtora.

CRÍTICAS

As suas longas metragens conheceram estreias comerciais em, entre outros, França, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Suíça, Brasil, Argentina, Chile, México, Estados Unidos e Japão. Desde 2006, filmes como A Cara que Mereces, Aquele Querido Mês de Agosto, A Zona, Ruínas, A Religiosa Portuguesa, Tabu, O Gebo e a Sombra e As Mil e Uma Noites, marcam presença habitual nas listas de melhores filmes do ano em publicações internacionais como “Cahiers du Cinema”, “Sight & Sound”, “The Guardian”, “New Yorker” e “New York Times” Em 2003, O Som e a Fúria iniciou-se na distribuição das obras que produz.

Produtora independente sediada em Lisboa, fundada em 2008 pela realizadora Filipa Reis, investe em filmes de ficção e documentários criativos, com o objetivo de produzir obras com impacto além-fronteiras, com estreias mundiais nos principais festivais internacionais (Cannes, Berlim, Veneza, Locarno, Roterdão, IDFA, Cinema du Réel, FIDMarseille, IDFA, DOKLeipzig, Clérmont- Ferrand), distribuição comercial nacional e internacional, difusão em TV e distribuição mundial através de VOD. A Uma Pedra no Sapato está a desenvolver as novas co-produções internacionais de longa-metragem dos realizadores Miguel Gomes, Marco Martins, Margarida Cardoso, Filipa Reis e João Miller Guerra, Leonor Teles, Paulo Abreu, José Filipe Costa e dos talentos emergentes Sofia Bost, Duarte Coimbra e Mónica Lima. Filipa Reis faz parte das redes de produção EAVE, Eurodoc e Emerging Producers e foi Presidente da Associação Portuguesa de Realizadores.



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