O FILME DO BRUNO ALEIXO - Dossier de Imprensa

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em co-produção com a sic radical

o som e a fúria apresenta

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escrito e realizado por joão moreira e pedro santo



Portugal, 2019, 91’, 2K, DCP ~

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Uma produçaõ Uma Obra financiada pelo

EM CO-PRODUÇÃO COM COM O APOIO ~ À PRODUÇÃO DE


SINOPSE

Bruno Aleixo foi convidado a escrever um biopic sobre a sua própria vida. Carecendo de ideias, foi pedi-las aos amigos mais próximos. Reunidos num café, cada um sugere uma ideia diferente, mais ou menos biográfica.


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Acção parada e uma dose de leitão ~

Meia tarde com joão moreira e pedro santo por EDUARDO BRITO

João Moreira e Pedro Santo, humoristas, realizadores de O Filme do Bruno Aleixo, chegam com quase uma hora de atraso ao almoço combinado no Homero dos Leitões, mítico restaurante bairradino nas cercanias da N1. Justificam-se com umas obras na estrada e um problema no gps, que os estava a enviar para a Grécia. Tudo parecia começar da pior forma: já não bastava o atraso quando Pedro Santo decide prescindir do leitão em prol de uma dose de frango assado, opção que adensou o mal estar já instalado. Usando o solilóquio como ferramenta de acalmia, João Moreira tergiversou longamente sobre o ponto óptimo de assadura do leitão, seguido de uma teoria sobre a laminação

ideal da batata frita que o acompanha — o segredo está no ângulo do primeiro corte —, bem como da necessidade imperativa da rodela de laranja. A deriva de Moreira demorou bastante tempo e foi já nos finais do almoço que abordámos a questão que nos trouxera ali: de que falamos quando falamos de O Filme do Bruno Aleixo? O tema foi suficiente para libertar Pedro Santo do tédio que por regra costuma sentir nestas ocasiões: ‘é um filme de acção parado’, começou por dizer, peremptório, ingerindo de imediato uma garfada de arroz que o impediu de justificar a asserção. João Moreira acrescentou: ‘passa-me o espumante’. Em certa medida, ambos tinham razão — não fossem eles


os realizadores do filme e não soubessem o que andam a fazer. O Filme do Bruno Aleixo é, de facto, um elogio a algumas das ferramentas do cinema. Elencam-se três: a referida acção parada, o valor expressivo do silêncio e a importância do fora de campo. Com uma agravante: o uso destes recursos pela dupla tem imensa piada, serve o humor que se propõe. Que dizer da cena — alerta de revelação! — do envenenamento de um mau chamado Mau? Que dizer da secura com que decorre, do ritmo em que se desenvolve, e da natural vénia a centenas de filmes de série B que relembra? Ou da extensão temporal do fora de campo de Ribeiro na República — uma cena exaustiva, como há muito o cinema português precisava — ou do silêncio de Renato Alexandre quando perguntado pelo Homem do Bussaco se o carro mal estacionado é de sua pertença? O Filme do Bruno Aleixo é, também por isso, um filme resistente: resiste à voragem da

câmara irrequieta, resiste ao gag ditado pelo ritmo acelerado, propondo um humor que acontece num campo praticamente imóvel. Coisa rara nos dias que correm. Moreira fala do tempo no cinema de Manoel de Oliveira e de John McTernian, Santo refere a montagem nos filmes de Eugène Green e de Joe d’Amato, abrindo a porta a uma conversa que mais para a frente desembocará na defesa da pornografia como única arte verdadeiramente livre. Mas, como dizia René em Irma La Douce, that’s another story. O Filme do Bruno Aleixo é também uma resposta a uma questão imediata: como passar de uma série de animação televisiva para um exercício de cinema? Santo e Moreira sabem o que fazem: pagam a conta da refeição, pedem factura em nome do Som e da Fúria — Moreira não esconde algum mal estar: ‘o Urbano disse que este era o melhor leitão de sempre mas está redondamente enganado’ — escrevem as suas críticas nas redes


sociais próprias e convidam-me para um passeio no Parque das Termas da Curia, décor de uma das mais emblemáticas sequências do filme, Crime nas Termas. O Filme do Bruno Aleixo, como conjunto de histórias soltas sobre várias possibilidades de um filme sobre a figura e façanhas de Bruno Aleixo é, portanto, aquilo que se pode chamar uma miseen-abîme. Pedro Santo concorda, depois de ir à internet ver o que isso quer dizer. ‘A começar pelo título: escolhemos este porque assim as pessoas podem de imediato começar a encravar logo ali: quer ver O Filme do Bruno Aleixo? Que filme do Bruno Aleixo? O Filme do Bruno Aleixo.’ Depois, Moreira prossegue: ‘este filme é uma espécie de fix-up novel feita para a tela: um conjunto de histórias distintas — nas quais a representação de Aleixo, Ribeiro, Bussaco, Renato e Busto salta entre animações e figuras humanas, todos com mais de um rosto — unidas por uma linha narrativa que lhes dá um sentido coerente desta forma. Só assim, com as histórias, as versões das histórias, os actores,

as vozes, as camadas de representação, isto deixa de ser uma versão grande de um episódio da série’. Eu concordo, depois de ir à net ver o que era uma fix-up novel. ‘É um pouco como se fosse possível conjugar o Aurora com o Starship Troopers ou o Júlio Iglésias com os Current 93’, acrescenta Pedro Santo, melancólico e confuso: ‘não sei bem, já não tenho distância para perceber’. O fim de tarde estava a chegar, e com ele a hora de ir aos Pranxudos lanchar uma sandes de leitão, cumprindo parte de um velho ritual aleixista de almoçar, lanchar e jantar leitão no mesmo dia. Pedro Santo ficou no carro a fazer apostas no telemóvel ou a cuscar perfis nas redes sociais, mas passado algum tempo juntou-se a nós e também malhou uma sandes.


ficha artística ADRIANO LUZ

ROGÉRIO SAMORA JOSÉ NETO

JOSÉ RAPOSO

JOÃO LAGARTO

MANUEL MOZOS

FERNANDO ALVIM

GONÇALO WADDINGTON



ADRIANO LUZ

ROGÉRIO SAMORA

Adriano Luz tem a sua estreia profissional em teatro, aos 19 anos, numa peça de João Mota, em 1978. No pequeno ecrã interpreta o seu primeiro papel na série televisiva Duarte & Companhia (1985) e é com João Canijo, em Filha da Mãe (1990), ao lado Rita Blanco, que tem a sua primeira experiência em cinema.

Formado em Teatro, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Rogéria Samora estreou-se nos palcos na peça A Paixão segundo Pier Paolo Pasolini, de René Kalisky. Para além de trabalhar com encenadores como Filipe La Féria, é na televisão que tem alguns dos seus trabalhos mais conhecidos, tendo desempenhado papéis em novelas como Jura (2007), Fascínios (2008) e Amor Maior (2018).

A sua carreira desenvolveu-se entre teatro, televisão e cinema, tendo até desempenhado a função de encenador. Na televisão integrou o elenco de novelas como Ilha dos Amores (2007), Remédio Santo (2012) e, mais recentemente, Paixão (2018). Filmografia (seletiva): • Raiva (2018), de Sérgio Tréfaut • As Mil e Uma Noites (2015), de Miguel Gomes • Os Maias (2014), de João Botelho • Comboio Noturno para Lisboa (2013), de Bille August • Mistérios de Lisboa (2010), de Raoul Ruiz • Ganhar a Vida (2001), de João Canijo

Em cinema foi nomeado duas vezes para o Globo de Ouro de Melhor Ator, pela sua colaboração com o realizador Fernando Lopes, nos filmes O Defilm (2002) e 98 Octanas (2002). Filmografia (seletiva): • As Mil e Uma Noites (2015), de Miguel Gomes • A Corte do Norte (2009), de João Botelho • Singularidades de uma Rapariga Loura (2009), de Manoel de Oliveira • Capitães de Abril (2006), de Maria de Medeiros • Jaime (1999), de António-Pedro Vasconcelos


BRUNO ALEIXO Ewok coimbrão, com raízes na Bairrada e Brasil, Aleixo torna-se conhecido do grande público quando estreia o seu talk-show, em 2008. Desde então, tem apresentado magazines de rádio e televisão, destacando-se sempre pelo carácter espertalhão, de permanente manipulação de todos à sua volta. Tem um irmão chamado António e uma avó materna, que mora em Cachoeira Paulista, no Estado de São Paulo. Cumpriu serviço militar em Lamego, no Centro de Instrução de Operações Especiais e terá frequentado - e eventualmente concluído - o curso de Direito na Universidade de Coimbra. Na sua mais recente aparição televisiva, em Aleixo Psi, revelou parte do seu histórico profissional, dando a conhecer experiências em áreas diversas, como sejam a Mister Cimba (sombria empresa de excursões e televendas), rádios locais ou subarrendamento a jovens caloiros.



AGRADECIMENTOS IBERVITA - CENTRO MÉDICO E RESIDÊNCIAS SÉNIOR ASSISTIDAS CASA DE MOGOFORES HOTEL DAS TERMAS DA CURIA HOTEL DO PARQUE PARÓQUIA DE ANADIA BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ANADIA AC, ÁGUAS DE COIMBRA, E.M. REPÚBLICA DOS GALIFÕES ESTUDANTINA FEMININA DE COIMBRA MONDEGUINAS FAN-FARRA ACADÉMICA DE COIMBRA JUNTA DE FREGUESIA DA TOCHA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA PRAIA DA TOCHA



FICHA TÉCNICA Argumentistas e Realizadores JOÃO MOREIRA PEDRO SANTO Produtores O SOM E A FÚRIA

LUÍS URBANO SANDRO AGUILAR

Diretor Geral de entretenimento SIC DANIEL OLIVEIRA diretor SIC Radical PEDRO BOUCHERIE MENDES produtora SIC Radical MARIA VAZ PINTO

Animações e Montagem Imagem Som Assistente de Realização Direção de Arte Decoração e Figurinos Direção de Produção

FRANCISCO CARVALHO

MANUEL PINHO BRAGA

MIGUEL MORAES CABRAL MÁRCIO LARANJEIRA BLUE

MARGARIDA “GUIGAS” SIMÕES JOAQUIM CARVALHO


CONTACTOS O SOM E A FÚRIA geral@osomeafuria.com +351 213 582 518

ASSESORIA DE IMPRENSA Sofia Bénard sofia.benard@osomeafuria.com


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