Prémio Autores da SPA distingue 21 criadores em oito áreas culturais
publico.pt/2023/03/24/culturaipsilon/noticia/premio-autores-spa-distingue-21-criadores-oito-areas-culturais2043758
Cultura-Ípsilon
Prémios
O filme A Metamorfose dos Pássaros, da cineasta Catarina Vasconcelos, e a peça Limbo, do dramaturgo, encenador e actor Vítor Oliveira, foram premiados em duas categorias.
Foto
A cineasta Catarina Vasconcelos venceu os prémios de Melhor Filme e Melhor Argumento com A Metamorfose dos Pássaros Nuno Ferreira Santos
A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) distinguiu 21 criadores nas oito áreas culturais previstas no Prémio Autores – literatura, teatro, cinema, televisão, rádio, música, dança, literatura e artes visuais –, que por sua vez se desdobram num total de 23 categorias, divulgou esta sexta-feira a cooperativa, sublinhando que o objectivo deste prémio, criado em 2010, é "prestigiar o trabalho" dos criadores e "promover as suas obras junto do público".
Na literatura, a obra A Mulher sem Pálpebras, de Ana Marques Gastão, recebeu o Prémio para o Melhor Livro de Ficção Narrativa, e Coração Lento, de Frederico Pedreira, o de Melhor Livro de Poesia. O prémio para o Melhor Livro para a Infância e Juventude foi para O Meu Cavalo Indomável, de David Machado, com ilustrações de Ricardo Ladeira, e a peça Limbo, de Vítor Oliveira, que também a encenou e interpretou, foi duplamente distinguida com os prémios para Melhor Espectáculo de Teatro e Melhor Texto Português Representado.
Ainda na área do teatro, Rita Rocha recebeu o prémio de Melhor Actriz pelo desempenho na peça Lua Amarela, de David Greig, com encenação de Pedro Carraca, levada à cena pelos Artistas Unidos; e João Pedro Mamede recebeu o Prémio de Melhor Actor pelo seu trabalho em Birdland, de Simon Stephens, com encenação de Jorge Silva Melo (19482022), também pela companhia Artistas Unidos.
Na música, Estaleiro, de Pedro Mafama, foi distinguido com o prémio Autores para o Melhor Tema de Música Popular, e o Melhor Trabalho de Música Popular foi para Cosmorama, de Beautify Junkyards, enquanto o prémio para o Melhor Trabalho de Música Erudita distinguiu Retratos, de João Madureira.
Na área da rádio, o Programa da Manhã, de Pedro Ribeiro, na Rádio Comercial, foi considerado o Melhor Programa.
No cinema, a longa-metragem A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos, foi duplamente distinguida com o prémio de Melhor Filme e o de Melhor Argumento.
O desempenho de Anabela Moreira em O Último Banho, de David Bonneville, valeu-lhe o prémio de Melhor Actriz em Cinema, e Carloto Cotta recebeu o de Melhor Actor pela sua interpretação em Diários de Otsoga, de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes.
Em televisão, o prémio para o Melhor Programa foi para Deus Cérebro, de António José de Almeida, exibido na RTP1, que arrecadou também o prémio para o Melhor Programa de Ficção, ex aequo com Até que a Vida nos Separe, da autoria de João Tordo, Tiago Santos e Hugo Gonçalves, e realizado por Manuel Pureza.
Cá Por Casa, de Herman José, com realização de Eduardo Rodil, exibido também na RTP1, venceu na categoria de Melhor Programa de Entretenimento.
Nas artes visuais, a mostra Morder o Pó, de Fernão Cruz, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, foi distinguida com o prémio de Melhor Exposição, e o fotojornalista Leonel de Castro recebeu o prémio de Melhor Trabalho em Fotografia por Despojos de Guerra, apresentado no seu site pessoal.
O arquitecto e cenógrafo João Mendes Ribeiro foi distinguido com o prémio de Melhor
Trabalho Cenográfico pelo seu trabalho para O Sonho, de August Strindberg, encenado por António Pires para um conjunto de 12 actores e apresentado nas ruínas da antiga Igreja do Carmo, em Lisboa.
Na área da dança, Diana Niepce foi distinguida com o prémio para a Melhor Coreografia por Anda Diana, e Sara Garcia recebeu o de Melhor Bailarina pela sua actuação em Fecundação e Alívio neste Chão Irredutível onde com Gozo me Insurjo, de Hugo Calhim
Cristóvão e Joana von Mayer Trindade.
Cada categoria teve um júri constituído por três personalidades, a saber: Rita Pimenta, Teresa Carvalho e Luísa Mellid Franco, na literatura; no teatro, Rui Monteiro, Helena Simões e Gonçalo Frota; na rádio, João David Nunes, Henrique Amaro e António Sala; na
música, Miguel Ângelo, Paulo Furtado e Eurico Carrapatoso; nas artes visuais, Aida Sousa Dias, Alfredo Cunha e Luísa Ferreira; no cinema, Rui Tendinha, Jorge Leitão Ramos e Inês Lourenço; na televisão, Isabel Medina, Paulo Sérgio Santos e Jorge Paixão da Costa; e na dança, finalmente, Paula Varanda, Pedro Mendes e Maria João Guardão.