Importantes conquistas
O ano que chega ao fim foi marcado por uma série de desafios. No entanto, com muito trabalho, paixão e união conseguimos fazer frente a todas as adversidades que surgiram em nossa jornada, conseguindo assim acumular importantes conquistas para a nossa Associação.
Contando com o fundamental apoio dos núcleos regionais, o circuito de exposições registrou número recorde de expositores e animais inscritos, levando as qualidades do nosso cavalo a um enorme público em cidades de diversos estados brasileiros e em algumas das mais importantes feiras agropecuárias do país. Em muitos casos, aliás, distribuindo atraentes premiações aos participantes.
Sucesso semelhante teve a Copa de Marcha e Função, cujas etapas reuniram um grande número de expositores, animais e competidores, que puderam contar com uma ótima estrutura, graças ao apoio dos núcleos e à parceria de empresas como Cobasi e Ypê, por intermédio da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte.
Também é preciso lembrar do grande êxito da Mangalargada 2022. Afinal, essa diferenciada modalidade, já consagrada na raça e responsável por unir cavalgada, adrenalina e competição, atraiu novamente uma grande quantidade de participantes, unindo a família em torno do nosso cavalo, incentivando o uso dos nossos animais e possibilitando que todos vivenciassem o verdadeiro espírito mangalarguista.
Espírito esse que também está vivo em nossas cavalgadas, que aconteceram em grande número por todo o país e foram responsáveis por estreitar os laços de muitas pessoas em torno do cavalo Mangalarga, em um ambiente de muita amizade, descontração e confraternização, marcado pela presença de apaixonados pela
raça das mais diferentes idades.
Ponto alto da temporada, a 44ª Exposição Nacional foi uma festa incrível, com grande adesão dos criadores, julgamentos muito concorridos, expressivo desempenho das pelagens, participação de uma tropa de altíssimo nível, além de uma transmissão com ótimos índices de audiência e grande repercussão na imprensa e nas redes sociais.
As boas notícias, entretanto, não pararam por aí. Este ano vimos a marcha do nosso cavalo encantar a todos nos poeirões realizados em diversos pontos do país, merecendo entusiasmados elogios inclusive de técnicos e criadores de outras raças. Também fechamos um acordo de parceria com a CBH (Confederação Brasileira de Hipismo), com o intuito de viabilizar a participação do mangalarguista em um maior número de modalidades hípicas, em especial nas provas de enduro promovidas pela entidade. Além disso, vale ressaltar que o mercado da raça demonstrou novamente muita força, com número recorde de leilões, elevado índice de liquidez e expressiva valorização dos animais.
Vitalidade equivalente pôde ser vista ainda em nossa área de comunicação e marketing, com uma série de ações ampliando a presença da raça na mídia e nas redes sociais. Entre elas, o lançamento do programa Mundo Mangalarga e a retomada do Prosa Mangalarga em seu tradicional formato presencial.
Ressalte-se ainda que, através de uma bem-sucedida parceria com a Ride2Play, todas as nossas exposições tiveram transmissão ao vivo, alcançando elevados índices de audiência. Isso sem falar no enorme número de vídeos institucionais e promocionais que foram produzidos e veiculados no Facebook, Instagram e YouTube, levando o nome da raça aos quatro can-
tos do país e ganhando abrangência internacional, pois como todos sabem a internet não tem fronteiras.
No campo do fomento, lançamos o programa Gerando Campeões, ousado projeto que busca democratizar o acesso à melhor genética da raça, e realizamos o curso Universo Mangalarga, responsável por proporcionar conhecimento e informação para 50 interessados em nosso cavalo.
Já no campo da Tecnologia da Informação, implementamos uma série de melhorias, visando aprimorar a prestação de serviços ao associado, possibilitar um acesso mais ágil dos criadores ao nosso portal e modernizar a estrutura da ABCCRM.
Agora a expectativa é grande para o próximo ano. O circuito de exposições deve ter a adesão de novas mostras, assim como o retorno de antigos eventos. Já a Copa de Marcha e Função deverá reforçar sua estrutura e ter uma temporada ainda melhor, com o Grupo Braido se unindo a Cobasi e Ypê entre seus patrocinadores.
Agradecemos a todos que nos auxiliaram nessa trajetória e convidamos os apaixonados pela raça a estarem conosco na próxima temporada em busca de novos objetivos para engrandecer cada vez mais a nossa Associação.
Por fim, em nome da Diretoria da ABCCRM, desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero 2023!
Eduardo Rabinovich Presidente da ABCCRM44ª EXPO NACIONAL
Momento de Celebração 08 Função em foco 14 Impacto Positivo 18 INFORME INSTITUCIONAL Explosão de Cores 24
EXPOSIÇÕES, COPAS & PROVAS
DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2021/2023
DIRETORIA EXECUTIVA
EDUARDO RABINOVICH - Diretor Presidente
FERNANDO RAUCCI NETTO Vice-Presidente Administrativo e Financeiro
ANTONIO CARLOS TINOCO CABRAL NETO Vice-Presidente de Marketing
CARLOS CESAR PEREZ IEMBO Vice-Presidente de Exposições e Esportes
JOÃO PACHECO GALVÃO DE FRANÇA Vice-Presidente Técnico
CONSELHO SUPERIOR ADMINISTRATIVO MEMBROS ELEITOS
EMILIANO ABRAÃO SAMPAIO NOVAIS DECIO RUPOLO
EDUARDO FIGUEIREDO AUGUSTO - SECRETÁRIO
EDUARDO HENRIQUE SOUZA DE FRANÇA - PRESIDENTE VINICIUS JOÃO CURI
MEMBROS EFETIVOS CÉLIO ASHCAR CLODOALDO ANTONÂNGELO ÉLIO SACCO
FELIPPE DE PAULA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE LACERDA FILHO
FLÁVIO DINIZ JUNQUEIRA
FRANCISCO MARCOLINO DINIZ JUNQUEIRA
IVAN ANTÔNIO AIDAR LUIS AUGUSTO DE CAMARGO OPICE
LUIZ EDUARDO BATALHA MÁRIO A. BARBOSA NETO RENATO DINIZ JUNQUEIRA SERGIO LUIZ DOBARRIO DE PAIVA
DIRETORIA ADJUNTA ALMIR JOSÉ LOPES CAMPOSDIRETOR ADJUNTO DE NÚCLEOS CAUÊ COSTA HUESO - DIRETOR ADJUNTO DE NÚCLEOS
CRISTIANO REGO BENZOTA DE CARVALHO - DIRETOR ADJUNTO JURÍDICO
EDUARDO SILVESTRI RIBEIRODIRETOR ADJUNTO DE PELAGEM E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
TERRITÓRIO CAVALGADA
Cavalgada do Haras Germana 60 25ª Cavalgada da Cidade de Goiás ...........................63
MERCADO & FINANÇAS
Rumo ao Congo 68
HARAS EM DESTAQUE
Haras Gadu 74
ESPAÇO TÉCNICO
Pesquisa de Melhoramento Genético .......................80
PAINEL DE RESULTADOS
Galeria dos Grandes Campeões ...............................84
PAINEL DE NEGÓCIOS
Fidelidade Mangalarga
JOÃO CARLOS TEIXEIRA JUNIOR - DIRETOR ADJUNTO DE NÚCLEOS
JOSUÉ EDUARDO CABRAL DE VASCONCELOS GRESPAN - DIRETOR ADJUNTO DE MARKETING
LUIS FERNANDO SIANGA - DIRETOR ADJUNTO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO MARCELO CERQUEIRA DIRETOR ADJUNTO DE FOMENTO
NELSON ANTONIO BRAIDODIRETOR ADJUNTO FINANCEIRO NELSON BRAIDO JUNIORDIRETOR ADJUNTO DE PELAGEM RODRIGO BERTI DE MELO SILVADIRETOR ADJUNTO JURÍDICO
BRUNO NOVAES FIGUEIREDO AUGUSTO – DIRETOR ADJUNTO DE PELAGENS
JORGE EUSTÁQUIO DE MIRANDA ARAÚJO – DIRETOR ADJUNTO DE NÚCLEOS
RODRIGO SOUZA AIRES FLEURY DE LEMOS – DIRETOR ADJUNTO DE NÚCLEOS
SAMUEL PEREIRA TAVARES –DIRETOR ADJUNTO DE NÚCLEOS
YOUSSEF HADDAD - DIRETOR ADJUNTO DE PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
RODRIGO PEDROSA SAMPAIO NOVAIS - DIRETOR ADJUNTO DE EXPOSIÇÕES
Conselho Deliberativo Técnico - CDT Técnicos
JOSÉ ROBERTO PIRES DE CAMPOS FILHO – PRESIDENTE FERNANDO TOBIAS NECHAR PERLA DAGHER CASSOLI FLEURY
MARCOS SAMPAIO DE ALMEIDA PRADO
IVAN ROGÉRIO COSTA ANDRÉ FLEURY AZEVEDO COSTA CRIADORES
FELIPE ANGELIN – SECRETÁRIO ISRAEL IRAIDES DA COSTA FABIO TARPINIAN
LUIS FERNANDO SIANGA JOSÉ URBANO JUNQUEIRA DE ANDRADE FILHO Superintendente do Serviço de Registro Genealógico
HENRIQUE FONSECA DE MORAES JUNIOR
REVISTA MANGALARGA
EDIÇÃO E REDAÇÃO
Pedro Camargo Rebouças (MTB 31427) pereboucas@hotmail.com
DIAGRAMAÇÃO
Marcelo de Brito 11 94726.81476 dbritosign@gmail.com
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO
Danielle Buschhausen (Gerente) danielle.buschhausen@abccrm.com.br
Sara Feliciano sara.feliciano@abccrm.com.br
DEPARTAMENTO DE EXPOSIÇÃO
Francisco Bezerra francisco.bezerra@abccrm.com.br
Lucas Diniz lucas.diniz@abccrm.com.br
JOIA NEGRA DO GADU
A capa desta edição apresenta um belo registro, capturado pela lente do fotógrafo Julio Oliveira, que mostra toda a beleza da jovem fêmea de pelagem pampa de preto Joia Negra do Gadu (T.E.).
Produto do cruzamento entre o garanhão chefe do Haras Gadu, Diamante do Gadu (T.E.), e a matriz Guitarra OJ, Joia Negra do Gadu brilhou no mês de setembro na pista de julgamento da 44ª Exposição Nacional, a mais importante
mostra da raça Mangalarga, onde sagrou-se Grande Campeã Nacional Potra Pampa.
A bela potranca de pelagem colorida é um dos destaques da seleção do Haras Gadu, comandado pelo criador Guilherme Pompeu Piza Saad, no município paulista de Itapetininga. Para conhecer melhor o trabalho deste premiado criatório, confira a matéria especial publicada na seção “Haras em Destaque” da presente edição da Revista Mangalarga.
44ª EXPO NACIONAL
A Revista Mangalarga traz nesta edição uma ampla cobertura sobre a 44ª Exposição Nacional, cujo conteúdo inclui a Galeria dos Grandes Campeões, na qual são apresentados os animais que alcançaram as mais altas premiações do evento.
A publicação oficial da raça abre espaço ainda para mostrar como foram os demais eventos que movimentaram o cenário da raça nos últimos me-
ses de 2022. Entre eles, o destaque fica para as reportagens sobre a 45ª Expointer, a 59ª Expo Rio Preto e a 1ª Exposição de Jaguariúna. Além disso, o leitor poderá conferir matérias sobre o bom desempenho da raça na Equitação de Trabalho e uma inédita exportação de animais da raça para o continente africano.
Boa leitura e um Feliz 2022!
A 44ª Exposição Nacional, realizada de 7 a 17 de setembro, no Centro Hípico de Tatuí (SP), foi um evento de números e resultados superlativos, à altura de toda a história e tradição da raça Mangalarga.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), passaram pela pista de julgamento do evento 450 animais, expostos por 180 conceituados criatórios, provenientes de oito estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal.
O evento movimentou ainda a significativa cifra de R$ 3 mi-
lhões na cidade-sede do evento, foi visitado por 130 crianças de escolas públicas de Tatuí e registrou a venda de mais de mil peças na Loja Mangalarga.
Os números positivos, entretanto, não pararam por aí. Afinal, ao logo das 130 horas de transmissão ao vivo via internet, distribuídas em onze dias de atividades, foram registradas cerca de 80 mil visualizações das mais diferentes partes do Brasil e de todo o mundo, confirmando o grande interesse do público, que também compareceu em quantidade expressiva para acompanhar presencialmente os julgamentos realizados no Centro Hípico de Tatuí.
Balanço positivo
Na avaliação de Eduardo Rabinovich, presidente da ABCCRM, o balanço do evento foi bastante positivo. “Nós tivemos uma festa muito legal, uma festa muito bem organizada, com o nível dos animais excepcional. A gente pôde ver toda a evolução que vem acontecendo, ano a ano, dentro da raça Mangalarga. Este, afinal, é um momento muito bom, em que é notável o avanço que o nosso cavalo vêm tendo, o que nos deixa realmente muito felizes”, destacou o dirigente em entrevista à Horse TV.
A exposição mereceu também elogios do diretor adjunto técnico da ABCCRM, Alessandro Mo-
O público pôde conferir toda a qualidade da marcha da raça.
A homogeneidade e qualidade da tropa foram o ponto alto do evento.
reira Procópio. “Esse foi um evento fantástico com quase quinhentos animais, quase duzentos expositores e criadores e, como não poderia deixar de ser, com uma tropa de uma qualidade incrível, então eu estou muito satisfeito com o que vi nesta Nacional. Esse é o resultado de um trabalho longo, pois a organização da Nacional é sempre muito tensa e envolve muito
planejamento, mas estamos com a sensação de ter sido um sucesso total, com julgamentos ótimos, animais fantásticos, profissionais maravilhosos, muita participação dos criadores, então com certeza esse foi um mega evento”, destacou o diretor também em entrevista à Horse TV.
Procópio, além disso, ressaltou o bom momento vivido pela
raça. “O Mangalarga está no ápice, mostrando para todos o alto nível que alcançou. Ele vem crescendo ano a ano tanto na dinâmica, no galope e na marcha como na morfologia, que está fantástica, demonstrando homogeneidade em todo o plantel. A gente vê os animais em pista e identifica uma caracterização racial, uma definição em um alto padrão, sendo coroado ainda com um brilhante julgamento feito pelos nossos jurados.”
Por sua vez, o coordenador do colégio de jurados da ABCCRM, Benedito Carlos da Silva, ressaltou durante sua recente participação no programa Prosa Mangalarga que a exposição deste ano mostrou que a tropa da raça está em franca evolução. “Se você pegar por exemplo um páreo de potras mirins e observar a primeira colocada e a décima colocada, vai notar que elas são muito parecidas, a morfologia delas está muito próxima. Além dis-
so, no tocante à marcha, os nossos animais estão com muito bom equilíbrio, muito boa maciez e uma qualidade de movimento muito grande. Eu posso dizer inclusive que os colegas jurados que estiveram em Tatuí e que têm participação como juízes em outras raças constataram um crescimento muito grande da nossa raça, principalmente nesse aspecto da uniformidade da tropa.”
O coordenador destacou ainda que a preparação para esta Nacional começou logo no primeiro dia após a edição do ano passado. “Nós trouxemos os ensinamentos adquiridos naquele evento e passamos o ano todo preparando, estudando e realizando reuniões com os nossos técnicos e com a diretoria. Também fomos estudando a sistemática de julgamento, acompanhando os jurados, para que quando chegasse a Nacional nós chegássemos o mais bem preparados possível. Então, nós ficamos muito satisfeitos com os resultados
técnicos que a gente alcançou dentro da proposta apresentada para a diretoria para esta Nacional.”
Responsável por quase 40% das inscrições da Nacional 2022, o segmento de animais “coloridos” também mostrou muita força dentro da pista de julgamento. Na avaliação de Alessandro Procópio, a subdivisão de pelagens foi outro destaque desta exposição. “Ela, aliás, vem tendo nos últimos tempos sempre uma participação muito boa, com um nível crescente, homogeneidade crescente e também mostrando o momento especial da raça.”
Conforto e boa estrutura
O Centro Hípico de Tatuí, que pelo terceiro ano consecutivo recepcionou a grande festa mangalarguista, também foi novamente alvo de elogios, como o do diretor adjunto financeiro da ABCCRM, Nelson Antonio Braido. “O recinto de Tatuí é um local maravilhoso, acolhedor, pode estar chovendo, com sol, fazendo frio ou calor que
A prova do patrão teve grande adesão dos criadores.
ele oferece todas as condições para a exposição acontecer. Se tudo der certo, a gente pretende continuar aqui, pois trata-se de um recinto que acolhe todo mundo.”
Por sua vez, o presidente Eduardo Rabinovich lembrou que a diretoria vem procurando aprimorar de forma constante a principal mostra da Família Mangalarga do Brasil. “A ideia é a cada ano melhorar um pouco, para isso a gente conta com a contribuição, com os comentários de todo mundo pra que a gente possa evoluir a cada edição. A gente sabe que correções são sempre necessárias e a gente vem sempre procurando fazer isso para termos a cada novo ano a melhor Nacional de todos os tempos.”
Já o vice-presidente de exposições da ABCCRM, Carlos Cezar Perez Iembo, que encabeçou a organização desta 44ª edição, destacou que o êxito do evento deveu-se em grande parte a todos que contribuíram para a sua realização. Em seu pronunciamento durante a cerimônia oficial de abertura da 44ª Nacional, realizada na tarde do
sábado 10 de setembro, o dirigente registrou sua gratidão: “Eu gostaria de agradecer a prefeitura por mais um ano dando todo apoio pra gente. Queria agradecer também a toda a equipe da Mangalarga, em especial o departamento de exposições, que trabalhou pesado para que acontecesse esse evento, feito para todos os mangalarguistas e em prol do nosso cavalo Mangalarga.”
Também durante a solenidade de abertura da exposição, o prefeito de Tatuí, Miguel Lopes Cardoso Júnior, salientou sua sa-
tisfação por mais uma vez receber a Família Mangalarga. “Para nós é um orgulho imenso pelo terceiro ano consecutivo poder contar com um evento dessa magnitude e grandeza, reiterando aqui o nosso discurso de que a cidade está de portas abertas e somos avalistas hoje de todos os eventos que o Centro Hípico de Tatuí nos propõe, dando sempre total apoio.”
A 44ª Exposição Nacional foi palco ainda da celebração do aniversário de 88 anos da ABCCRM, entidade promotora do even-
to e uma das mais tradicionais associações de criadores da equinos do país, além de responsável por um legado de muito pioneirismo e trabalho em prol do setor agropecuário brasileiro.
Entre os patrocinadores do evento estavam BTG Pactual, Guabi Equinos e Ride2Play, empresa que também ficou a cargo da transmissão ao vivo dos julgamentos e atividades acontecidos na pista tatuiana. Já a lista de apoiadores incluiu empresas como Lavizoo, Hotel Delfiol, Ibis Hotéis, Centro Hípico de Tatuí, Oppa Café e Plus Wine, além da Prefeitura de Tatuí.
Confira na Galeria de Grandes Campeões, publicada nesta edição da Revista Mangalarga, os animais que mais se destacaram na Nacional 2022. Já para conferir os resultados completos do evento, que teve Cassiano Terra Simon como Melhor Criador Geral e Almiro Esteves Junior como Melhor Expositor Geral, acesse o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalarga.com.br.
Função em foco
Competição colocou a funcionalidade da raça em destaque na programação da mais importante mostra do cavalo Mangalarga
As provas funcionais movimentaram a 44ª Exposição Nacional na tarde do sábado 10 de setembro, garantindo uma dose
extra de adrenalina e emoção ao público que vibrou com as apresentações na pista do Centro Hípico de Tatuí (SP).
As disputas aconteceram na modalidade de maneabilidade, cujo percurso simula os obstáculos do dia a dia na lida na fazenda, contando com duas categorias: a prova de “Tempo Ideal”, na qual os competidores devem cumprir o circuito no tempo mais próximo possível do pré-estabelecido pelos organizadores, e a prova “Contra o Cronômetro”, em que a velocidade para concluir o circuito é o mais importante.
Os conjuntos mostraram habilidade na pista da Nacional.
Primeiros colocados
Na disputa de “Tempo Ideal”, que reuniu nove conjuntos e tinha como referência o tempo de 76s, a vitória foi do conjunto formado pela amazona Angela Maria Sorati e o alazão Rodes do Vassoural, com a marca de 77s357. Além disso, também se destacaram os conjuntos Lucas Paiva Garcia e Batalhão do Mont Serrat (2º colocado com o tempo de 74s006), Daniel Gonçalves e Amada do Ranchinho (3º colocado com o tempo de 72s636), Adriano
Ruella e Holanda Cedro Alto (4º colocado com a marca de 79s585) e Juliano Baiocchi e Generoso 42 (5º colocado com a marca de 71s410).
Com um tempo final de 52s319, o conjunto composto pelo cavaleiro José Luís Viana e o alazão Quatar VJC foi o mais rápido na disputa “Contra o Cronômetro”, garantindo assim o título da categoria, cujo catálogo reuniu um total de 17 participantes. O pódio da competição contou ainda com os conjuntos Adriano Ruella e Holanda Cedro Alto, que ficou com a segunda colocação ao marcar o tempo de 54s685, José Luís Viana e Olinda do Vassoural, cuja marca de 54s827 garantiu a terceira posição, Arthur Passos e Bisneto da Sinhá Maria, que obteve a quarta colocação ao concluir o circuito em 55s324, e ainda Lucas Paiva Garcia e Batalhão do Mont Serrat, cujo tempo de 55s605 garantiu a quinta posição.
Diretor Adjunto de Fomento da ABCCRM e um dos locu -
tores oficiais da transmissão via internet da exposição, o mangalarguista Marcelo Luis Cerqueira fez questão de elogiar os competidores da animada competição realizada na pista da 44ª Expo Nacional. “Eu queria parabenizar a todos os participantes da prova funcional e aos criatórios que acreditaram, acreditam e são adeptos das disputas de função. Esta foi uma tarde bem gostosa, com uma festa brilhante, tenho
“Contra
As mulheres fizeram bonito na pista da competição.
A disputa funcional garantiu uma dose extra de emoção ao evento.
certeza que o público que acompanhou de casa gostou muito e o pessoal aqui do recinto vibrou bastante. Foi realmente bem legal ver a funcional.”
Promovidas pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), as provas funcionais contaram ainda com a distribuição de R$ 10 mil em prêmios entre os melhores colocados das duas categorias em disputa.
IMPACTO POSITIVO
44ª Nacional Mangalarga movimenta R$ 3 milhões na cidade-sede do evento e deixa um importante legado às crianças tatuianas
Importante apoiadora da 44ª Exposição Nacional, a Prefeitura de Tatuí (SP) divulgou um balanço bastante positivo do impacto econômico, turístico e social do evento deste ano no município, que pela terceira vez consecutiva sediou a principal mostra do Cavalo Mangalarga do Brasil.
Segunda a prefeitura, a mostra da raça movimentou uma receita de cerca de R$ 3 milhões em negócios na cidade de Tatuí. Além dos hotéis e restaurantes, responsáveis pela parte mais expressiva dessa movimentação, o setor de serviços também foi positi-
vamente impactado com a presença da comunidade mangalarguista no decorrer do evento.
PROJETO
CRIANÇA
A prefeitura também destacou como grande novidade desta edição o Projeto Criança, uma parceria entre a administração municipal e a ABCCRM que possibilitou a 130 crianças da Escola Municipal de Ensino Fundamental Teresinha Vieira de Camargo Barros a participação em um minicurso - ministrado pelo médico veterinário e técnico da raça Marcos Sampaio de
Almeida Prado (Kiko) - sobre a história da Mangalarga, os cuidados com os cavalos e as curiosidades sobre o animal.
Por sua vez, a Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer marcou presença na 44ª Nacional Mangalarga com um estande, onde foi novamente realizada a “Pesquisa de Demanda Turística”, respondida por mais de uma centena de turistas e expositores que passaram pelo Centro Hípico de Tatuí ao longo dos onze dias de atividades. Os entrevistados eram oriundos do Estado de São
Paulo e também de diversas partes do Brasil, como Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Paraná.
Deles, 69,5% são maiores de 41 anos de idade – faixa etária dominante no evento; além disso, 80% das pessoas estiveram no município em virtude, unicamente, da 44ª Nacional Mangalarga, dos quais cerca de 50% permaneceram mais de três dias em Tatuí, gastando mais de R$ 300 por dia. Por fim, 99,1% das respostas indicam que os turistas da Exposição retornarão à Tatuí no futuro.
ESTÍMULO AO TURISMO
Segundo o secretário de Turismo, Cassiano Sinisgalli, o estande turístico teve também o objetivo de promover o nome do município, além de orientar os visitantes sobre os atrativos locais, os meios de alimentação e de hospedagem existentes na cidade. “São eventos como este que alavancam o turismo de negócios e estimulam a geração de emprego e renda para Tatuí”, destacou o secretário.
Já o prefeito Miguel Lopes Cardoso Junior lembrou em seu depoimento durante a abertura oficial da Nacional que Tatuí, já conhecida por ser a terra dos doces caseiros e em especial a capital da música, está cada vez mais integrada ao circuito de eventos equestres. “Para nós é um orgulho imenso pelo terceiro ano consecutivo poder contar com um evento dessa magnitude e grandeza, reiterando aqui o nosso discurso de que a cidade está de portas abertas e somos avalistas hoje de todos os eventos que o Centro Hípico de Tatuí nos propõe, dando sempre total apoio.”
Explosão de cores na Nacional Mangalarga
Foi com grande satisfação, e para a surpresa de muitos, que a exposição Nacional Mangalarga de 2022, trouxe com grande destaque, a participação das diferentes pelagens, nos inúmeros páreos para elas criados
A pelagem preta é muito valorizada.
O INÍCIO
Isso ocorreu desde a gestão do saudoso Reginaldo Bertholino, quando se deu início aos
O pampa tem diferentes cores. .
O amarilho já tem muitos novos criadores.
A pelagem rosilha é rara e muito procurada.
campeonatos de pelagem Pampa, precursor de uma nova tendência, ao se expandir e diferenciar, trazendo um universo alternativo, para os criadores da raça Mangalarga.
Nesse caminho, a ABCCRM
foi a primeira Associação a agregar a pelagem Pampa, em categoria única e, na sequência, vieram as categorias das pelagens Amarilha, Preta ou Zaina, Rosilha, Castanha, Tordilha e Baia, e para tanto, criou a diretoria de pelagens, hoje dirigida pelos criadores Eduardo Silvestri Ribeiro, Bruno Novaes Figueiredo Augusto e Nelson Antonio Braido Junior.
A CONSOLIDAÇÃO
Importante dizer, que de todas as raças de cavalos existentes no Brasil, somos a única que tem sete pelagens (além da pelagem Alazã), divididas em campeonatos separados
(logicamente dependente do número mínimo de animais inscritos), e com grande presença nas Nacionais.
E foi na Nacional de 2022, que essa decisão se consolidou, como sendo altamente acertada, ao termos 289 animais inscritos no Geral e 171 animais inscritos nas Pelagens, num total de 460 animais, sendo cerca de 40% deles nas pelagens.
MAIOR NÚMERO DE CRIATÓRIOS
Neles o destaque absoluto foi da pelagem pampa, com 73 animais, seguida da Alazã Amarilha com 35.
O que mais surpreendeu a todos, além da quantidade acompanhada de qualidade, foi verificarmos a presença de 82 expositores com animais inscritos nas pelagens, e muito
mais ainda, vários deles grandes criadores, que também passaram a criar, além da pelagem alazã, também as diversas pelagens diferenciadas.
AS TORCIDAS E AS PREFERÊNCIAS
O mais gratificante foi verificar que o mesmo entusiasmo do campeonato geral passou a ocorrer nas pelagens, com as famílias dos expositores e seus amigos e convidados vibrando nas cercas das pistas, torcendo a cada avanço na posição e comemorando cada vitória.
Já há alguns anos se percebe que a presença das pelagens, principalmente a pelagem pampa, trazem grande interesse nas exposições, pois a figura vistosa das cores, atraem muito o público presente, principalmente as mulheres e crianças.
DESTAQUES
Na pelagem pampa, o destaque maior, e que se repete a mais de uma década, e desde o início, foi o Haras Lagoinha, marca PEC, que conquistou os dois principais grandes campeonatos pampas, com a GRANDE ÉGUA, A Hípica do PEC, e o GRANDE CAVALO, o Jaú do PEC, além de inúmeros 1º e 2º Grandes Reservados.
Na pelagem alazã amarilha, o destaque ficou com a HIC Agropecuária de Israel Iraides Costa que fez a GRANDE ÉGUA Princesa do HIC e o GRANDE CAVALO Que Barulho do HIC.
Nas demais pelagens diferenciadas, a forte participação de entusiasmados expositores da pelagem Preta/Zaina e Baio, como Alexandre de Oliveira Ribeiro, Milton José de Lima, Leandro Pasqualine de Carvalho e Dirk Helge Kalitzki, todos destaques, além da criadora Stella Corrêa Dias Junqueira, com a pelagem Rosilha.
Importante dizer que também estiveram presentes inúmeros expositores que antes só inscreviam animais alazões.
DEPOIMENTOS
Para melhor darmos subsídios a essa nossa reportagem, fomos procurar Paulo Eduardo Corrêa da Costa e Marisa Iório, proprietários do Haras Lagoinha e precursores do início das pelagens, quando Marisa assumiu a diretoria de pelagens da ABCCRM (e lá ficou por 15 anos), na gestão de Reginaldo Bertholino.
E foi desde aquela época, no ano de 1999, que o Haras Lagoinha vem investindo forte, no segmento da pelagem pampa, e não só na seleção, mas também no marketing, o que também ajuda a alavancar o crescimento do mercado mangalarguista, na medida em que a pelagem diferenciada também colabora, significativamente, para o aumento do interesse pelo cavalo Mangalarga.
Nessa seleção, a base do Haras Lagoinha, foi o garanhão Monteblanco do PEC, e posteriormente Zagros do PEC, ambos falecidos, mas permanentes em quase todos os “pedigrees” dos animais pampas que participaram das Nacionais.
Na sucessão, destaque para o garanhão Fasano do PEC, já com inúmeros filhos campeões, inclusive na exposição Nacional, deixando demonstrado o pioneirismo do Haras Lagoinha, que desde cedo enxergou, o grande potencial da pelagem pampa.
Sobre isso Paulo fala entusiasmadamente, ressaltando a grande procura na Nacional pelas coberturas do Fasano do PEC, o que depois se repetiu nas visitas diárias que recebem no Haras, onde o interesse dos pequenos criadores, e dos inúmeros usuários, se concentra na
pelagem pampa.
Como nos disse Marisa, são inúmeros os novos associados que trouxeram para a raça Mangalarga, todos ávidos em ter um cavalo Mangalarga com marcha e beleza, seja para passear com a família, seja para se destacar em cavalgadas, onde certamente a pelagem pampa, como eles nos dizem, logo se destaca no grupo de cavaleiros e amazonas.
E ainda completa dizendo “Somos criadores há 38 anos, e sempre participamos ativamente das exposições, tendo inúmeros títulos no Geral (em 1990 ficaram no Ranking Geral apenas atrás de Olinto Marques de Paula) mas, com a aquisição de LILI JL, égua pampa de tordilho, e mãe do pilar Monteblanco do PEC, passamos a focar na pelagem pampa, o que se tornou a decisão mais acertada que fizemos, pois praticamente demos início em fase contemporânea, à retomada dessa pelagem, que desde então, não parou de crescer.
criadores tradicionais, bem como aumentando exponencialmente, a participação de novos pequenos criadores e usuários, que nas diversas exposições nacionais, disputam acirradamente as melhores colocações, trazendo qualidade e brilho, para todo o público presente.
Trata-se de uma tendência já solidificada, que cada vez participa mais, no total de inscrições das Nacionais, praticamente as viabilizando e, propiciando recursos para a ABCCRM, que sabendo aproveitar a tendência, obteve novas alternativas de receita, e novos sócios para o corpo associativo.
Este é um caminho que vem se consolidando cada vez mais, pois existe um grande potencial, pelo grande espaço que existe nas tropas dos criadores tradicionais, e pelo crescente interesse que desperta, a todos os admiradores, muitos se tornando sócios, e criadores de cavalos Mangalarga.
É crescente a satisfação de se acompanhar a multiplicidade de pelagens diferenciadas, que passaram a participar do plantel de inúmeros criadores, sempre oferecendo muita qualidade, mas também aumentando as alternativas e opções, para o grande público, interessado na raça Mangalarga.
O FUTURO DAS PELAGENS
Embora o Haras Lagoinha seja hoje a referência da pelagem pampa, a qual deu início ao crescimento das outras pelagens diferenciadas, também vem hoje aumentando, e cada vez mais, o interesse dos
Equitação de Trabalho
Representantes da raça tiveram ótimo desempenho na principal competição da modalidade em território nacional
celo) sagrou-se campeão da categoria Aberta Amadores da Copa Brasil após demonstrar muita habilidade e superar outros dez competidores.
O cavalo Mangalarga obteve importantes resultados durante o Campeonato Brasileiro e a Copa Brasil de Equitação de Trabalho 2022. Realizadas no sábado 5 de novembro, no Haras das Mangueiras, na cidade paulista de Itapira, as competições encerraram a temporada da modalidade
contando com um total de 68 cavaleiros inscritos, que montaram equinos de sete diferentes raças.
Principal destaque entre os representantes da comunidade mangalarguista, o conjunto formado por Marcelo dos Santos Chagas e o pampa de preto Forrest do PEC (Chácara Santo Mar-
O êxito se repetiu na categoria Aberta Amadores do Campeonato Brasileiro, com Marcelo Chagas e Forrest do PEC conquistando o título depois de superarem outros quatro conjuntos. Ao contrário da Copa Brasil, que não exigia classificação prévia, o Brasileiro exigia que todos os concorrentes tivessem disputado ao menos duas etapas do Campeonato Paulista ou do Campeonato Mineiro no decorrer da temporada.
Outro conjunto que se destacou representando a raça foi formado por Kether Van Prehn Arruda e Garoa Mangabaia (Conexão Equestre), que conquistou a terceira colocação da categoria Cavalos
Exposições,
COPAS & PROVAS
Novos B do Campeonato Brasileiro, repetindo esse mesmo resultado na categoria Cavalos Novos B da Copa Brasil, cuja disputa envolveu um total de oito conjuntos.
A participação da raça na dupla competição de equitação de trabalho incluiu ainda outros dois conjuntos. Na categoria Cavalos Novos A da Copa Brasil, Guilherme Guimarães e Lancelot do Corumbau (Villa Hippus) ficaram com a quinta colocação, enquanto Aluisio Marins e Tamoio do Vassoural (Fazenda Vassoural) obtiveram a sétima colocação. Já na classe Cavalos Novos A do Campeonato Brasileiro, Guilherme Guimarães e Lancelot do Corumbau (Villa Hippus) voltaram a ficar com a quinta colocação.
Grande satisfação
“Foi uma grande satisfação participar do Campeonato Brasileiro e da Copa Brasil de Equitação de Trabalho. Afinal, nós tivemos este ano o recorde de inscrições para a realização da prova completa, que consiste na disputa de três diferentes fases: Ensino (Adestramento), Maneabilidade e Velocidade. Além disso,
tivemos vários competidores que fizeram belas apresentações e foi muito gratificante conseguir esses ótimos resultados”, comemorou Marcelo Chagas.
O premiado cavaleiro fez ainda questão de elogiar sua montaria. “O Forrest vem evoluindo a cada prova que realizamos, ficando cada vez mais familiarizado com os obstáculos e com a forma de passar por eles. Posso dizer, aliás, que as principais qualidades do Forrest são a seriedade, a coragem para transpor os obstáculos e a boa resposta aos comandos e ajudas.”
Agora, o atual campeão brasileiro, paulista e da Copa Brasil começa a pensar em seus próximos desafios. “Para a temporada de 2023 ainda não definimos em que categoria iremos participar, a intenção é buscar maiores desafios, vamos ver como iremos evoluir nos treinos até lá para podermos definir qual categoria será a ideal para participarmos. Aliás, fica o convite para os mangalarguistas que ainda não conhecem a modalidade virem participar das provas. A equitação de trabalho é uma competição aberta para a
participação de todas as raças, assim como para pessoas de todas as idades, desde cavaleiros iniciantes até os mais experientes. Basta entrar em contato com a ABET (Associação Brasileira de Equitação de Trabalho) e se informar sobre os eventos da próxima temporada.”
Chave de ouro
Na avaliação de Ney Messi, presidente da ABET, o evento em Itapira foi um sucesso. “Podemos dizer com toda segurança que a temporada da Equitação de Trabalho 2022 se encerrou com chave de ouro. O crescimento foi surpreendente, nós começamos o ano com 36 inscritos e terminamos com 68”, resumiu o dirigente da modalidade.
Empolgação semelhante demonstrou o anfitrião do dia e vice-presidente da ABET Geraldo Lefosse. “Fazia muito tempo que não víamos as pistas de Equitação de Trabalho tão cheias e o público tão presente como vimos no dia de hoje, isso é maravilhoso.”
Mais informações sobre a modalidade podem ser obtidas no portal www.abetbrasil.com.br.
59ª Expo Rio Preto
Mostra da raça na tradicional feira pecuária do noroeste paulista registrou crescimento de 60% e encantou o público da região
A Exposição Regional de São José do Rio Preto colocou as qualidades da raça Mangalarga em destaque dentro da programação da Expo Rio Preto, evento apontado como um dos maiores do setor pecuário do Estado de São Paulo e cuja 59ª edição recebeu 2.499 animais, entre bovinos, equinos e ovinos.
A mostra mangalarguista, cujos julgamentos aconteceram nas dependências do Recinto de Exposições Alberto Bertelli Lucatto, no período de 21 a 23 de outubro, contou com organização do Núcleo Mangalarga de São José do Rio Preto e com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e da Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto.
Em pista, cerca de cem
animais, expostos por 22 conceituados criatórios dos estados de São Paulo e Minas Gerais, passaram pela análise dos jurados Fernando Tobias Nechar, responsável pela avaliação dos quesitos Marcha e Dinâmica, e Luiz Roberto Domingues Ramos Filho, a quem coube a tarefa de avaliar o item Morfologia.
Segundo Adib Ismael Júnior, presidente do núcleo rio-pretense, a exposição da raça foi excepcional. “Nós tivemos este ano um crescimento de 60% no número de animais participantes na comparação com a edição de 2021. Já o número de expositores também cresceu de forma significativa, pois, além da participação
Exposições, COPAS & PROVAS
dos criadores da nossa região, nós fomos prestigiados por criadores ‘tops’ de diversos núcleos do nosso estado, como o do Vale do Paraíba, da Alta Mogiana, do Oeste Paulista e da região de Amparo.”
Adib destaca ainda que a qualidade da tropa da raça impressionou a todos durante o evento. “A Expo Rio Preto tem esse mérito de ser uma grande vitrine para o nosso cavalo. Além do público em geral, que lotou o entorno da pista para assistir aos nossos julgamentos, nós tivemos muitos amigos fazendeiros da região acompanhando tudo e muitos deles vieram nos dizer como ficaram impressionados com a evolução dos nossos animais, destacando que eles estão muito fortes, bonitos e com uma marcha incrível.”
A exposição rio-pretense possibilitou também um primeiro contato com o cavalo Mangalarga a um número expressivo de crianças. “Nossos amigos do Haras Malagueta disponibilizaram um cavalo para a realização do ‘test-ride’ com a criançada. O resultado foi muito legal, tivemos até fila para o pessoal montar, com os meninos e meninas que participaram ficando encantados com o nosso cavalo, tanto é que já estamos considerando ampliar o número de animais e a estrutura para conseguir atender um número maior de pessoas na próxima exposição.”
Marcas expressivas
Organizada pela Prefeitura de Rio Preto por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a Expo Rio Preto alcançou marcas expressivas em sua 59ª edição. Afinal, a feira pecuária rio-pretense contabilizou um público de 40.000 pessoas ao longo de cinco dias de atividades, recebeu 2.499 animais (sendo que 1.032 participaram dos
julgamentos) e movimentou uma receita total de R$ 8.177.500,00 (montante que superou em ao menos um milhão a previsão dos organizadores).
A Expo Rio Preto 2022 contou ainda com a chancela e apoio técnico da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), recebendo na pista de julgamentos nove raças: Simental, Tabapuã, Guzerá, Nelore, Nelore Mocho, Indubrasil, Sindi, Giro -
lando e Gir Leiteiro. Além disso, o recinto também acolheu bovinos Senepol, exclusivamente em exposição, e julgamento de cavalos Mangalarga.
Segundo o coordenador-geral e secretário de Agricultura Pedro Pezzuto, os ótimos resultados alcançados demonstram que o setor da pecuária reconhece cada vez mais essa feira e por isso investe em trazer seus animais. A confiança aumenta a competitividade e a importância dos julgamentos, dando ainda mais prestígio aos pecuaristas com animais premiados na feira rio-pretense.
“Estamos colhendo frutos de um trabalho iniciado em 2017, quando defendemos fazer uma exposição técnica e desde então reunimos vários parceiros para transformá-la num polo de excelência para a pecuária nacional”, destacou o secretário.
Para o prefeito Edinho Araújo, que há cinco anos mobili -
Exposições, COPAS & PROVAS
zou inúmeros parceiros para resgatar a força da Expo Rio Preto, a satisfação é enorme. “Ano que vem completaremos 60 edições e vamos inovar com uma programação de 15 dias, que dará mais espaço ao pecuarista de leite e de corte, além de envolver equinos e ovinos. Para isso, continuaremos investindo em infraestrutura com a construção dos alojamentos para os tratadores.”
Por sua vez, o mangalarguista Adib Ismael Junior destaca que já tiveram início os preparativos para a próxima edição da mostra da raça. “Nossa ideia é aumentar o número de participantes em cerca de 30% no ano que vem, para isso a gente pretende melhorar a estrutura para poder receber mais gente e também quer definir a data com a prefeitura o quanto antes, pois dessa maneira não há conflito de agenda com outros eventos e os expositores podem se organizar melhor para vir pra cá.”
O organizador da mostra da raça Mangalarga ressalta ainda a boa parceria com a Prefei -
tura de Rio Preto. “Eles têm nos apoiado bastante e nós também temos nos dedicado muito para o sucesso da exposição. Tanto é que o secretário de Agricultura agradeceu o núcleo por todo o empenho e por ter conseguido reunir um grupo tão expressivo de criadores.”
Para conferir os resultados completos da Exposição de São José do Rio Preto, acesse o portal oficial da ABCCRM: www. cavalomangalarga.com.br.
1ª EXPOSIÇÃO DE JAGUARIÚNA
O circuito de exposições da raça Mangalarga ganhou recentemente mais um evento, a Exposição Regional de Jaguariúna (SP), cuja primeira edição aconteceu nos dias 26 e 27 de agosto, nas dependências da Fazenda Nossa Senhora de Lourdes.
Segundo Ivan Rogério Costa, idealizador e organizador da exposição, que contou também com os apoios do Núcleo Mangalarga de Amparo (SP) e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a primeira edição da mostra jaguariunense superou as expectativas.
“Minha avaliação foi mui-
Evento chega para fortalecer a presença da raça em região que é considerada um importante polo da equinocultura paulista
to positiva, afinal nós tivemos julgamentos muito concorridos e o nível dos animais, como sempre acontece nas exposições da raça, foi de altíssimo nível de morfologia
Evento recebeu 72 animais de 25 expositores.
e principalmente de marcha. Além disso, boa parte dos animais que esteve na nossa exposição marcou presença poucos dias depois na Nacional conquistando ótimos resultados, o que evidencia ainda mais a qualidade da tropa que esteve aqui em Jaguariúna.”
Ivan explica também que a organização da exposição precisou limitar o número de inscrições a setenta animais. “No entanto, acabamos tendo um total de setenta e dois animais, superando nossa meta e expectativa, pois estávamos a pouco menos de dez dias para a Exposição Nacional. Já o número de expositores foi o que me deixou mais contente. Tivemos vinte e cinco expositores trazendo seus animais para abrilhantar ainda mais nossa exposição.”
Potencial de crescimento
O organizador revela ainda que o que o motivou a realizar a exposição foi justamente a intenção de fomentar a raça na região de Jaguariúna. “Este é um novo palco para nosso cavalo, em uma região muito rica e próspera, onde o Mangalarga encontra um ótimo potencial de crescimento. Afinal, trata-se também de um polo muito forte na criação de equinos dentro do estado de São Paulo.”
A partir de agora a Exposição de Jaguariúna deve se tornar um destino frequente dentro do circuito de exposições promovido anualmente pela ABCCRM. “A próxima edição já está confirmada e estará no calendário de 2023 no período de 28 de março a 2 de abril. Além disso, se depender de mim e dos mangalarguistas da região, Jaguariúna deve se consolidar no cenário da raça, pois pensamos em trazer outros grandes eventos para o município, como a Exposição Brasileira, copas de marcha e função. Afinal, é preciso trabalhar para expandir a raça não só na região como em todo território nacional”, afirma o organizador da mostra jaguariunense.
Após os dois dias de julgamentos, o Ranking de Expositores da Exposição de Jaguariúna terminou com Fernando Tardioli Lúcio de Lima na primeira colocação com 336,40 pontos, seguido pelo Haras São Bento (2º com 141,00 pontos), por Eduardo Figueiredo Augusto (3º com 77,00
pontos), Leoci Roberto Garcia (4º com 62,00 pontos) e Haras Morro Grande (5º com 40,00 pontos).
Fernando Tardioli Lúcio de Lima liderou também o Ranking de Criadores da mostra jaguariunense somando 328,40 pontos e sendo seguido por Guilherme Pompeu Piza Saad (2º com 183,20 pontos), Antonio Carlos Ferreira (3º com 143,00 pontos), Haras São Bento (4º com 52,00 pontos) e empatados na quinta colocação com 40,00 pontos Raul Sampaio de Almeida Prado, Cesar Henrique Dias Longo, Vinicius João Curi, Josiane C. M. Vidotti e Haras Morro Grande.
Para conferir os resultados completos da Exposição Regional de Jaguariúna, cujos julgamentos de marcha e morfologia foram comandados pelo jurado André Fleury Azevedo Costa, acesse o portal oficial da ABCCRM: www. cavalomangalarga.com.br.
Copa de Marcha e Função 2023
Além de contar com o apoio renovado das empresas Cobasi e Ypê, a competição ganhará um novo apoiador, o Grupo Braido
larga e o Campeonato Aberto de Função.
A primeira delas tem como objetivo valorizar e evidenciar a principal característica do cavalo Mangalarga, justamente sua marcha progressiva, equilibrada e cômoda, além de promover a participação e a integração entre criadores e proprietários de animais da raça e estimular a participação esportiva de crianças e jovens.
O Campeonato de Função, por sua vez, é uma competição hípica realizada na modalidade de maneabilidade, na qual os conjuntos participantes precisam mostrar habilidade, agilidade, técnica e coragem para superar um circuito com obstáculos que simulam o trabalho do dia a dia na fazenda.
Depois de uma edição de grande sucesso em 2022 - com etapas movimentadas e um expressivo reforço em sua estrutura graças à parceria com as marcas Cobasi e Ypê, viabilizada por meio da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte (LPIE) -, a Copa de Marcha e Função Mangalarga segue se fortalecendo e promete ter uma temporada ainda melhor no ano de 2023.
Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), os recursos para a próxi -
Amparo recebeu uma das etapas da competição em 2022. ma temporada já estão captados. A competição, afinal, conseguiu renovar os apoios da Cobasi, uma das maiores redes de pet shops do país, e da Ypê, marca líder em diversas categorias no segmento de higiene e limpeza no Brasil. Além disso, ganhará o reforço de um novo e importante patrocinador, o Grupo Braido Indústria Química. Promovida pela ABCCRM, com o objetivo fomentar e incentivar a prática esportiva na raça Mangalarga, a Copa Mangalarga é dividida em duas competições: a Copa de Marcha da Raça Manga -
Exposições, COPAS & PROVAS
45ª EXPOINTER
Rodrigo Farias.
A Exposição Mangalarga de Esteio (RS) esteve entre as principais atrações da programação da 45ª Expointer. Apontada como a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a tradicional festividade gaúcha aconteceu este ano entre os dias 27 de agosto e 04 de setembro, nas dependências do Parque de Exposições Assis Brasil, recebendo um público superior a 740 mil pessoas e reunindo um total de 6.378 animais, entre equinos, bovinos, ovinos e caprinos.
Já a exposição mangalarguista, organizada pelo Núcleo Riograndense dos Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (NRCCRM) com o apoio da Associação Brasileira de criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), contou com uma diversificada programação que in -
As provas funcionais despertaram a atenção do público.
cluiu julgamentos de marcha e morfologia válidos para o Ranking Mangalarga, além das tradicionais disputas sociais e concorridas competições funcionais com premiações em dinheiro.
Segundo Hugo Anélio Lipp Farias, vice-presidente do núcleo gaúcho, as atrações da raça despertaram grande interesse entre o público presente no Parque Assis Brasil. “As provas funcionais foram muito movimentadas, com a participação de uma cavalhada muito boa de função e com muita gente ao redor da pista acompanhando as disputas. Tivemos provas de três tambores, cinco tambores e seis balizas, além da prova cavalo contra moto, que foi novamente um show à parte, despertando o entusiasmo e admiração da plateia. Nas disputas profissionais
Rio Grande do Sul
foram distribuídos R$ 12 mil em prêmios e tivemos sempre de 12 a 15 animais participando dessas provas. Além disso, tivemos provas femininas, provas infantis e provas amadoras de três tambores.”
O dirigente mangalarguista ressalta ainda que a região concentra muitos apaixonados pela funcionalidade da raça Mangalarga. “Hoje há muita gente se dedicando às provas e à função, inclusive já existem alguns criatórios aqui do Rio Grande do Sul que estão procurando fazer uma linhagem voltada especificamente a animais de competição. Para isso, eles vêm usando na reprodução animais já premiados e tentando fazer com que se fixe no plantel a característica de uma linhagem de trabalho.”
“Outro aspecto impor-
Provas funcionais e disputa cavalo versus moto foram o ponto alto da mostra da raça na mais tradicional feira agropecuária do
Exposições, COPAS & PROVAS
tante é que as provas ajudam a envolver toda a família no convívio com a raça. Eu próprio tive o prazer de ter ao meu lado nesta exposição minha filha Bruna, meu genro Vanderlei, meu filho Rodrigo e minha Neta Lara Elena, de 13 anos, que ganhou a prova infantil, a feminina e a amadora, além de ter ficado com o quarto lugar entre os 12 concorrentes da profissional. Fatos como esse nos proporcionam uma grande satisfação, responsável por renovar nossa vontade de trabalhar pela raça Mangalarga aqui no Rio Grande do Sul.”
Melhores expositores
Comandados pelo jurado Fernando Tobias Nechar, os julgamentos de marcha e morfologia da Exposição Regional de Esteio contaram com a participação dos principais criatórios da região sul do país. O Ranking de Expo -
sitores foi liderado por Laércio Leismann (397,50 pontos), seguido por Rancho Pé no Estribo (300,00), Vanderlei Josué Freitas Koboldt (280,00), Hugo Anélio Lipp Farias (252,50) e Renato Romeu Renck (190,00).
Por sua vez, o Ranking de Criadores da mostra riograndense foi liderado pelo paranaense Vinicius João Curi (1.020,00 pontos), tendo na sequência das primeiras colocações Laercio Leismann (397,50), Hugo Anélio
Exposições, COPAS & PROVAS
Lipp Farias (162,50), Jean Carlos Ferreira (100,00) e Natasha Scheeffer Konarzewski (100,00).
Na opinião de Hugo Farias, a mostra deste ano recebeu um plantel de boa qualidade, mas cujo padrão ainda está distante do existente nos principais centros de seleção da raça. “Em relação ao nível da tropa, existe atualmente um degrau de qualidade na comparação dos animais aqui do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina com os animais de São Paulo. Além disso, como a Exposição Nacional aconteceu este ano em uma data muito próxima da Expointer, nós acabamos não recebendo aqui em Esteio os principais animais da raça, cujos criadores estavam focados na Nacional.”
“Espero que no próximo ano o calendário contribua e nós consigamos atrair mais criadores de outras regiões para recebermos uma tropa com um padrão ainda mais elevado de qualidade, assim como um número superior de animais, pois nós não podemos perder a oportunidade que temos aqui de mostrar nosso
cavalo na maior feira da América Latina e terceira maior do mundo, por onde passam mais de 700 mil pessoas ao longo da semana.
Em todo caso, nós do Núcleo Riograndense e os amigos do Paraná e Santa Catarina estaremos sempre por aqui fomentando e apresentando a raça a quem quiser conhecê-la.”
Por fim, o dirigente gaúcho destacou o ambiente de amizade e congraçamento que marcou o evento. “Nós sempre procuramos dar uma atenção especial para as confraternizações.
O pessoal chega aqui e é sempre bem recebido, a sede do núcleo
está sempre repleta de gente. Este ano, aliás, nós mantivemos durante os julgamentos um espaço, um ‘lounge’, que sempre tinha frutas geladas, água mineral e cafezinho, então o pessoal ficou bem confortável e se sentindo bem acolhido. Além disso, tivemos uma confraternização especial com churrasco e música ao vivo para a entrega das premiações, foi até altas horas e estava tudo muito bom.”
Para obter mais informações sobre as atividades do NRCCRM, visite o portal oficial da entidade: www.nucleomangalargars.com.br.
CAVALGADA DO HARAS GERMANA
Passeio proporcionou um dia muito especial de convívio com a natureza e o cavalo Mangalarga em meio às belas paisagens do Vale do Paraíba
A cavalgada contou com a participação de setenta conjuntos.
O Haras Germana, situado no município de Caçapava (SP), no Vale do Paraíba, foi palco de uma gostosa cavalgada no dia 27 de agosto. Com apoio do Núcleo do Vale do Paraíba, o evento teve como objetivo promover um agradável dia de convivência e confraternização entre criadores da raça, usuários do cavalo Mangalarga, seus familiares e amigos.
A ideia de fazer uma cavalgada pelos arredores do criatório já vinha sendo trabalhada pelos proprietários do Haras Germana, Alexandre Ribeiro e Andrea Mon-
teiro, principalmente depois de terem participado este ano da cavalgada de Cruzília (MG), organizada pelo Núcleo da Alta Mogiana, e da cavalgada Zero Grau, realizada na descida de Campos do Jordão (SP) até Guaratinguetá (SP) pelos amigos Dirk e Ilda Kalitzki do Haras Forsteck.
“Esses passeios foram nos motivando e toda vez que saíamos
com nossos cavalos e olhávamos a paisagem, pensávamos a respeito e nos sentíamos ainda mais motivados. Acreditamos que a modalidade da cavalgada além de ser uma prática esportiva muito agradável, atende de crianças aos mais velhos da forma mais democrática possível, permitindo que famílias inteiras se reúnam em torno dos amigos e dos cavalos, que é o prazer maior para quem é amante do cavalo”, ressaltam os anfitriões.
Ainda de acordo com os titulares do Haras Germana, com o amadurecimento da ideia uma data foi escolhida e anunciada nas redes sociais. “A princípio pensávamos em fechar com 40 conjuntos, mas, em menos de 48 horas, mais de 70 conjuntos cavalo-
-cavaleiro e 20 pessoas de apoio já tinham feito inscrição para a cavalgada. Tivemos então que encerrar as inscrições para a participação. Para nossa surpresa vieram pessoas de cidades mais distantes como Bragança Paulista, São Paulo e Itu.”
Vista maravilhosa
Os participantes foram recepcionados logo cedo, às 8h, por um delicioso café da manhã. Depois de todos os cavalos selados e todos a postos a cavalgada começou por volta das 9h30. O trajeto foi de aproximadamente vinte quilômetros por trilhas e estradas rurais. Com um percurso relativamente fácil, os primeiros sete quilômetros foram de subida com uma vista maravilhosa entre vales e montanhas. O restante do trajeto foi de uma leve descida e com grande parte sombreada por uma plantação de eucalipto que protegia cavalos e cavaleiros do sol. Na metade do percurso aconteceu uma parada grande de aproximadamente uma hora numa clareira, com direito a muita conversa, brincadeiras e descanso para os cavalos, tudo isso regado a bebidas, frutas e lanches.
“Tivemos mais outros dois pontos de paradas de água para os animais, sempre acompanhados pelos carros de apoio que durante todo o trajeto levaram frutas e lanches e muita bebida para ajudar na hidratação. A chegada foi no próprio Haras Germana, onde já estava preparado um belo e delicioso churrasco. A duração da cavalgada foi de aproximadamente
modalidade democrática e prazerosa que é a cavalgada, imaginar que núcleos possam ser pontuados de forma relevante de acordo com a quantidade de participantes pode ser uma alternativa ou sugestão. E que núcleos diferentes também enviem seus participantes e também somem pontos, assim criaríamos a visão do ganha-ganha, no final quem ganha são os criadores e a raça por trazer alternativas mais populares e participativas entre cavalo e cavaleiro, evidenciando as qualidades do
quatro horas. Após o almoço uma dupla caipira começou a cantar. E essa festa foi perdurando até às 20h. A cavalgada foi um sucesso e muitos amigos perguntam quando será a próxima. Várias crianças, famílias, homens e mulheres se divertindo”, comentam os organizadores do evento.
“Talvez uma coisa a ser pensada para a nossa querida raça seria o fomento de cada vez mais cavalgadas, descontraídas e de conexão entre as pessoas e seus animais. O núcleo do vale vem organizando alguns destes eventos e esperamos ter um a cada dois me-
Os mangalarguistas desfrutaram de um agradável dia de confraternização.
ses a partir de 2023, quem sabe fazendo novos amigos e trazendo mais usuários para a nossa raça nesta
nosso cavalo Mangalarga.”
“Não somente pelo prazer de andar a cavalo entre amigos, mas também para celebrar o que o nosso cavalo nos traz de melhor, convívio amistoso com nossos animais em natureza e na companhia de nossas famílias. Não há nada mais prazeroso do que ter a sensação de ‘limpar’ a cabeça em um dia de cavalgada regada a muita cerveja, comida boa, moda de viola e claro muitas risadas e brincadeiras”, finalizam Andrea e Alexandre, sem esconder a paixão pelas cavalgadas e pelo cavalo Mangalarga.
25ª Cavalgada da Cidade de Goiás
Passeio percorreu um trajeto de doze quilômetros em meio às trilhas e belas paisagens do cerrado goiano
Núcleo de Goiás. Núcleo
O Núcleo Mangalarga de Goiás promoveu, no sábado 29 de outubro, a vigésima quinta edição da tradicional Cavalgada da Cidade de Goiás. O passeio reuniu 26 cavaleiros e amazonas das mais diferentes idades em um agradável dia de confraternização e convívio com o Cavalo de Sela Brasileiro.
A programação teve início nas primeiras horas da manhã na Fazenda Ouro Quente, comandada pelo criador Fábio Veiga Jardim, no município de Itaberaí, vizinho à cidade de Goiás. Atual presidente do núcleo goiano, o anfitrião recepcionou os participantes, seus amigos e familiares com um farto café da manhã, com direito a pão de queijo, bolo de arroz e outros quitutes típicos da culinária do estado.
Devidamente alimentados e ansiosos por um gostoso dia de cavalgada, cavaleiros e amazonas se reuniram para um momento de oração, entoando o tradicional Pai Nosso e a Ave Maria. Em seguida, quando o relógio indicava 9h30 da manhã, todos montaram em seus animais, em sua maioria Mangalargas, dando início ao primeiro trecho da jornada.
Segundo o mangalarguista Celso Jubé, integrante da diretoria do núcleo e um dos organizadores da cavalgada, o grupo percorreu pastarias e uma plantação de soja antes atravessar o rio Uru, que marca a divisa entre Itaberaí e Goiás Velho, até finalmente chegar ao Rancho Del Rey, de propriedade do advogado Ronam Azzi Filho, onde fizeram uma
pausa pra descanso.
“Depois dessa parada, nós reiniciamos a cavalgada, dessa vez com destino à fazenda Póvoa, onde fomos recepcionados pelo senhor Maurílio e pudemos desfrutar de um gostoso almoço oferecido pelo núcleo, que teve como pratos principais carne de jacaré e macarrão de folia, um macarrão simples mas muito saboroso, preparado tradicionalmente aqui na região no período de celebração da Folia de Santos Reis. E é claro que não faltou suco,
refrigerante e cerveja gelada para refrescar o pessoal”, destacou Jubé.
Confraternização noite adentro
Após o almoço, o grupo colocou a tropa novamente na estrada para percorrer o caminho de volta à fazendo Ouro Quente, onde os animados mangalarguistas chegaram por volta das 18h, sendo recompensados com um agradável momento de congraçamento que seguiu noite adentro, com um suculento carneiro assado acompanhado por uma boa cerveja gelada e também uma pinguinha especial da região.
Para Jubé, toda a programação transcorreu muito bem e os cavalos também tiveram um ótimo desempenho ao longo dos
doze quilômetros de passeio pelas trilhas e estradas rurais da região. “Tudo aconteceu da melhor forma possível. O clima estava nublado, mas com uma temperatura amena e muito agradável. Já os animais se portaram muito bem, demonstrando a verdadeira marcha trotada que caracteriza a nossa raça. Foi um passeio maravilhoso, repleto de amigos e família. Selecionamos um trajeto lindo, com muita natureza, ar fresco e um ambiente perfeito para os amantes do cavalo Mangalarga. Já são 25 anos que o núcleo realiza esse evento e a cada nova edição ele se torna ainda mais especial para todos nós.”
A 25ª Cavalgada Mangalarga da Cidade de Goiás teve a presença de participantes provenientes de diversas cidades goianas, como Anápolis, Pirenópolis, Hidrolândia, Caturaí, a capital Goiânia e é claro Goiás Velho e Itaberaí. Além disso, foi prestigiada por vários diretores do núcleo goiano, incluindo Toninho Vilas Boas, Rodrigo Fleury, Caius Jubé Filho e Cláudio Bisinoto, assim como os já mencionados Fábio Veiga e Celso Jubé, cujas Fazendas Ouro Quente e Serra Dourada foram as patrocinadoras desse dia de confraternização, amizade e convívio com o cavalo Mangalarga.
Agora, o próximo encontro do núcleo deve ser a Exposição Regional de Anápolis, prevista para acontecer no primeiro semestre do próximo ano em data ainda a ser definida.
RUMO AO CONGO
Animais da raça foram exportados com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de um ousado projeto de pecuária no país africano
Ao longo de toda a sua trajetória, o cavalo Mangalarga tem desempenhado um importante papel na expansão e fortalecimento da pecuária brasileira. Partindo do Sul de Minas e do Nordeste Paulista, onde nasceu e se desenvolveu ainda no século XIX, a raça atingiu novas fronteiras agrícolas nos mais distantes pontos do país, seja no Centro-Oeste, no Norte, Nordeste ou Sul do Brasil.
Agora, o desafio está do outro lado do oceano Atlântico, mais precisamente na República do Congo, para onde 11 equinos da raça, além de 40 muares provenientes de éguas Mangalarga, embarcaram no início de outubro.
Segundo o mangalarguista Maurício Corrêa Galhanone, um dos responsáveis pela tarefa de selecionar os animais exportados para o território congolês, os animais irão atuar na lida e também ajudar a formar a base do plantel de um grande projeto pecuário no país da África Central.
“Alguns meses atrás eu fui procurado por um amigo de longa
data, o Eduardo Martins de Souza, que também é um entusiasta e proprietário da raça. Ele estava com um pedido de animais de um grupo empresarial da nossa região que tem fazenda na República do Congo e me convidou para ajudá-lo a escolher esses equinos e muares. Eu prontamente aceitei esse desafio, afinal tratava-se de uma ótima oportunidade de levar o Mangalarga a um novo país e a um novo continente.”
“O primeiro pedido deles era por 40 muares, assim procuramos escolher animais que fossem filhos de éguas Mangalarga, justamente por conta da qualidade das mulas e burros produzidos pelas matrizes da raça, que a nosso ver se adaptariam muito bem às necessidades da fazenda lá no Congo.”
“Depois nós partimos para selecionar 24 equinos. A empresa havia pedido doze animais da raça Quarto de Milha e outros doze que poderiam ser Mangalarga ou Mangalarga Marchador. Nós então mos-
tramos para eles que, devido à sua ótima qualidade para a lida na fazenda, o Mangalarga seria a melhor opção para o projeto deles. Dessa forma, foram comprados dois garanhões e nove éguas da raça, com uma fêmea Mangalarga Marchador completando esse lote. Os animais fizeram uma pequena quarentena aqui na fazenda e depois seguiram para o Pará, onde foram embarcados em um navio com destino à República do Congo.”
Maurício Galhanone conta ainda que a empresa responsável pelo projeto optou nesse primeiro momento por exemplares de pelagem exótica. “Nós adquirimos uma égua do João Carlos Matta, um criador tradicional do interior paulista, e uma égua pampa de preto do Fernando Tardioli, outro criador bastante renomado aqui de São Paulo. Além disso, nessa primeira exportação nós também procuramos incluir animais de pequenos criadores, uma vez que com eles o processo é muitas vezes mais ágil, pois consegue-se falar direto com o criador e o acesso a fotos e informações é mais rápido.”
Oportunidade de fomento
O mangalarguista, que integra a diretoria do Núcleo Mangalarga do Noroeste Paulista, revela ainda que a princípio os exemplares da raça vão ser criados em território africano com o intuito de que sejam feitos animais de serviço para o trabalho na fazenda e também para a participação nos tradicionais desfiles congoleses, que reúnem os admiradores de cavalos do país africano, onde as exposições agropecuárias são bastante raras.
“Esse processo todo vai ser muito bom para o fomento da raça Mangalarga. O Congo, até onde eu sei, é um país com grande potencial, mas ainda com pouca tradição na criação de cavalos e no qual a maior parte da agricultura e da pecuária é terceirizada. No caso específico deste projeto, trata-se de uma propriedade de 35 mil hectares, em que, além da criação de equinos, há também um forte trabalho na pecuária bovina, que conta atualmente com sete mil novilhas da raça Nelore.”
O responsável pela exportação faz questão de frisar também a importância do cavalo Mangalarga no processo de desenvolvimento e desbravamento da pecuária brasileira nos rincões distantes do país. “Eu diria que ele teve uma importância quase tão grande quanto o gado Nelore na consolidação da pecuária nacional. Nos anos 70, por exemplo, o Mangalarga imperou não só como animal de sela
mas como montaria para desbravar o sertão, abrir fazendas para a pecuária, justamente por tratar-se de um cavalo muito resistente, forte e rústico. Exatamente por isso eu acredito que eles vão se adaptar muito bem ao solo e ao pasto africano. Além disso, vale lembrar que grande parte das gramíneas tropicais que temos aqui no país vieram da África, como é caso da família da braquiária e da família do panicum, o que deve facilitar ainda mais o processo de adaptação desses animais.”
Ainda de acordo com Galhanone, novas negociações devem se concretizar em um futuro próximo. “Nós estamos com um projeto de exportar no próximo ano 250 animais, que também vão sair pelo porto do Pará. Acredito que esse é um mercado que deve ser muito bem visto, tendo em perspectiva que o Brasil é um país de dimensões continentais com totais condições não só de exportar animais mas de exportar exemplares de genética superior.”
HARAS EM DESTAQUE
União familiar, equipe engajada, foco e direcionamento na criação visando o aprimoramento constante são alguns dos elementos responsáveis pelo sucesso desse premiado criatório da raça Mangalarga
O Haras Gadu, comandado pelo criador Guilherme Pompeu Piza Saad, no município paulista de Itapetininga, vem se firmando como um dos principais criatórios da raça Mangalarga. Afinal, a genética de sua seleção é hoje uma referência no universo mangalarguista, com seus representantes acumulando conquistas de grande relevância nas pistas de julgamento.
Segundo o titular do criatório, cada uma dessas conquistas foi motivo de muita emoção, proporcionando uma motivação extra para que ele e a família prosseguis-
sem na seleção da raça. “Receber a premiação de um Campeonato, Grande Campeonato, estar entre os
HARAS EM DESTAQUE
melhores animais da raça é motivo de muito orgulho e satisfação para nós. Sem dúvida alguma, esses foram momentos de muitas emoções e marcantes em nossa trajetória”, explica Guilherme.
O criador ressalta ainda que todas as premiações conquistadas pelos animais do haras foram importantes em seu processo de consolidação. “Agradecemos muito por todos esses prêmios, mas, se fosse para destacar somente um, seria o Grande Campeonato Cavalo Geral do nosso Diamante! Sem dúvida o momento de maior emoção para nós. Sentimento de que estamos no caminho e a recompensa de tanto trabalho ano a ano na criação. Afinal, as premiações são muitas vezes a consequência de muita dedicação.”
Entretanto, para alcançar um patamar tão elevado, o haras precisou estabelecer um trabalho bastante criterioso em busca de um contínuo aperfeiçoamento. “Acreditamos que uma soma de fatores foi fundamental para alcançarmos esses bons resultados. Entre eles, foco,
direcionamento na criação, equipe sempre unida e engajada com o apoio técnico que temos da Freire Assessoria, mantendo sempre um norte de aprimorarmos constantemente nossos processos na criação com muito amor e dedicação”, revela o titular do Haras Gadu.
Além disso, o criatório procurou sempre investir em pessoal qualificado e em uma ampla infraestrutura. Hoje, conta com uma equipe com 15 colaboradores, em uma área de 40 alqueires, com galpões totalizando 60 baias, redondel
coberto, assim como toda a parte para treinamento, incluindo esteira, pista coberta, espaço para natação dos animais, além do já mencionado apoio da Freire Assessoria.
Destaques do plantel
Atualmente, conforme ressalta o titular do haras, os grandes destaques do plantel são as gerações nascidas do garanhão Diamante do Gadu, premiado animal que ocupa o posto de garanhão-chefe do
HARAS EM DESTAQUE
Haras Gadu. “Esses animais estão nos trazendo muitas alegrias. Afinal, os filhos do Diamante reúnem tudo o que imaginamos de um bom Mangalarga. São animais mediolíneos, com boa estrutura, muita beleza e marcha diferenciada.”
É bom destacar, no entanto, que as alegrias trazidas pelo Mangalarga não se limitaram apenas aos ótimos resultados nas pistas de julgamento, como explica Guilherme Saad: “O cavalo nos trouxe amigos aos quais com certeza nós não encontraríamos em outras ocasiões e isso é muito gratificante. Além disso, proporcionou à minha família momentos de muito prazer e convívio. Curtimos muito o prazer de andarmos a cavalo em família, ver os nascimentos e estamos sempre reunidos e unidos em volta do Mangalarga. Tenho o privilégio de minha família adorar o Mangalarga!”
Paixão em comum
Guilherme conta ainda que quando optou pelo Mangalarga foi justamente por ver na raça todos os elementos necessários para ter a família unida por meio de uma
paixão em comum. “Eu escolhi o Mangalarga como objetivo principal justamente por ser um animal dócil, de bons andamentos e assim poder desfrutar com a família passeios, cavalgadas e outras atividades mais.”
Se engana, entretanto, quem pensa que essa foi uma jornada fácil, afinal o criatório também precisou superar situações muito desafiadoras ao longo de sua trajetória. “Tivemos alguns momentos que nos desafiaram muito, a perda de dois garanhões, o Estádio e o Tangará, balançou muito nossa estrutura e cheguei a pensar em desistir. Mas, com o apoio da família e dos amigos que a raça nos deu, conseguimos voltar a sonhar com a criação.”
O resultado é que hoje a seleção Gadu está entre as mais respeitadas da Mangalarga. Prova disso foi o grande interesse despertado entre os investidores da raça pela segunda edição do Leilão Elite Haras Gadu, realizada no último mês de agosto.
“Nosso leilão foi um sucesso, graças a muita dedicação, carinho e trabalho da equipe Gadu, da minha família - em especial da minha esposa Karen que contribuiu em todos os detalhes para abrilhantar o evento -, ao André e Silas Freire, que nos ajudaram a escolher e preparar o que tínhamos de melhor para oferecer, além é claro ao prestígio e participação dos inúmeros amigos que a raça nos proporcionou”, ressalta Guilherme.
Agora, o titular e sua família se preparam para um novo ano de muito trabalho em prol da raça. “Nós pretendemos continuar com dedicação, carinho e muita paixão na criação do nosso maravilhoso Mangalarga. Além disso, estamos preparando algumas novidades para o próximo ano nas comercializações da tropa Gadu. Todos podem aguardar!”
Pesquisa de melhoramento genético
Estudo visa gerar dados e informações de cunho zootécnico, afim de contribuir no delineamento de programas de melhoramento genético
A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) vem desenvolvendo, em parceria com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia do Câmpus de Botucatu (SP) da Unesp (Universidade Estadual Paulista), uma pesquisa técnica que visa contribuir com o melhoramento genético da raça.
Promovida pelo aluno Gustavo Henrique Alberto, do curso de Zootecnia, o projeto tem como objetivo principal, analisar a associação genética das características morfológicas e de dinâmica dos cavalos da raça Mangalarga, comparando-os com os dados de premiações em Exposições Nacionais, disponibilizados pela ABCCRM.
“O estudo permitirá a obtenção, por meio de análises estatísticas, de informações das estimativas de herdabilidade das
principais características de importância econômica para a raça Mangalarga, bem como, as correlações genéticas associadas ao histórico de premiações em Exposições Nacionais, tendo como intuito, disponibilizar informações gratuitas de relevância zootécnica, para técnicos e criadores envolvidos com a raça, afim de contribuir com o bom desenvolvimento dos programas de seleção”, afirmou Alberto.
As informações que embasam o estudo foram obtidas com base na Exposição Nacional da Raça Mangalarga de 2021. Os dados levantados já foram encaminhados à Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP), que deverá desenvolver as análises estatísticas dos dados.
“O objetivo principal da parceria entre a ABCCRM e o grupo de estudos da UNESP é gerar dados
e informações de cunho zootécnico, disponibilizá-los aos criadores, treinadores e técnicos, afim de contribuir no delineamento dos programas de melhoramento genético”, ressaltou o discente.
Segundo Alessandro Procópio, diretor técnico da ABCCRM, o conhecimento técnico e científico na equideocultura subsidia os criadores na tomada de decisões mais assertivas. “Com esse objetivo, a parceria ABCCRM /UNESP busca complementar o conhecimento histórico do que norteou a formação e evolução genética da raça, com análises científicas realizadas com tecnologias e profissionais de ponta”, ressalta.
O projeto é orientado pelo Prof. Dr. Josineudson Augusto II e tem como coorientador Dr. Ricardo Faria e deverá ser concluído em 12 meses.
Galeria dos Grandes
Galeria dos
Campeões Nacionais
GRANDE CAMPEÃO NACIONAL CAVALO DE MARCHA NEGOCIANTE DA BICA (T.E.)
Galeria dos Grandes
1° RES. GRANDE CAMPEÃO NACIONAL CAVALO DE MARCHA MARAJÓ ACF
Criador: João P. Galvão de França/Expositor: Sentinela Serviços Agropecuários
GRANDE CAMPEÃO NACIONAL CAVALO DE MARCHA PAMPA EGITO DA BRAIDO (T.E.)
Criador: Antônio Carlos Ferreira/Expositor: Eduardo Figueiredo Agusto 1° RES. GRANDE CAMPEÃO NACIONAL CAVALO DE MARCHA PAMPA JAÚ DO PEC (T.E.)
Criador e expositor: Nelson Antônio Braido
GRANDE CAMPEÃO NACIONAL CAVALO DE MARCHA ALAZÃO AMARILHO QUE BARULHO DO H.I.C. (T.E.)
Criador
Criador e expositor: H.I.C Agropecuária Ltda.
GRANDE CAMPEÃO NACIONAL CAVALO DE MARCHA PELAGENS ELDORADO DO NENO (T.E.)
Criador e expositor: Milton José de Lima
Campeões Nacionais
Galeria dos Grandes
Campeões Nacionais
GRANDE CAMPEÃ NACIONAL POTRANCA DE MARCHA COPACABANA DA JAUAPERI (T.E)
1° RES. GRANDE CAMPEÃ NACIONAL POTRANCA DE MARCHA HELENA CASS (T.E.)
Criador: Cia. Jauaperi de Imóveis/Expositor: Haras Precioso Ltda.
GRANDE CAMPEÃ NACIONAL POTRANCA DE MARCHA PAMPA LADY DONAT
Criador: Natal Francisco Ribeiro/Expositor: RR Agronegócios Ltda.
GRANDE CAMPEÃ NACIONAL POTRANCA DE MARCHA ALAZÃ AMARILHA SORTE DO H.I.C (T.E.)
Criador e expositor: Cassiano Terra Simon 1° RES. GRANDE CAMPEÃ NACIONAL POTRANCA DE MARCHA PAMPA BELA DO MOGI
Criador e expositor: H.I.C Agropecuária Ltda.
GRANDE CAMPEÃ NACIONAL POTRANCA DE MARCHA PELAGENS HERDEIRA DO ESPINHAÇO (T.E.)
Criador: Pedro Luiz Suarez Castedo/Expositor: Nelson Antônio Braido
1° RES. GRANDE CAMPEÃ NACIONAL POTRANCA DE MARCHA ALAZÃ AMARILHA DANÇARINA J.E.B. (T.E.)
Criador e expositor: Jorge Eduardo Beira 1° RES. GRANDE CAMPEÃ NACIONAL POTRANCA DE MARCHA PELAGENS GIOCONDA OBC (T.E.)
Criador e expositor: Emiliano Abraão Sampaio Novais
Criador: Cauê Costa Hueso/Expositor: