Reporter Independente ed 53

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Operação Habite-se

Suzuki atualiza sua bigtrail com mais eletrônica e melhor ergonomia e lança a nova “XT”, com rodas raiadas e vocação off-road Página 12

A voz livre

fotos: divulgação

do cidadão

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Em ação realizada pela Polícia Civil na terça-feira (4), foram detidas quatro pessoas, conduzidos coercitivamente três suspeitos e cumpridos cinco mandados de busca e apreensão Página 11

ANO VI - Edição 53 Brasília, 5 a 11 de julho de 2017

PPP para espantar a crise

Governo de Brasília quer implementar as Parcerias Públicos Privadas como alternativa para contenção de gastos com vários equipamentos dispendiosos. Entre eles estão o Estádio Mané Garrincha, Autódromo Nelson Piquet, Torre Digital, Zoológico de Brasília, Granja do Torto, Arenaplex, Via TranssBrasília, Centro de Convenções Ulysses Guimarães e Parque da Cidade Páginas 4, 5


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VAMOS COM CALMA. O BRASIL NÃO ESTÁ À BEIRA DA MORTE Por: Paulo Timm /

Economista e professor UnB

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stou nestes meses em Portugal onde acompanho minha companheira em seus estudos. Há tempos faço isso e acabei me familiarizando com várias questões aqui da terrinha: as boas comidas regadas ao vinho bom e barato, o clima de tranquilidade do país, as contorções da política local, que reflete as acomodações à União Europeia, os sabores e dissabores da vasta colônia brasileira que aqui reside etc. Algumas destas questões já passaram por momentos críticos. Houve uma época, logo depois da Revolução dos Cravos, de grande polarização ideológica. Há mais de um ano o socialista, Antonio Costa, comanda o Governo, cujo Presidente é um conservador e as tensões acalmaram. Houve tempo, também, de grandes rusgas entre os brasileiros e os portugueses, primeiro em torno da questão dos dentistas, que inundaram o mercado, depois, das biriguetes de programa, que escandalizaram a tradicional família lusitana. Mas hoje isso também serenou, embora sobreviva uma pitada de preconceito contra brasileiros, sobretudo negros, ao que nem sempre respondemos da melhor maneira. Coisas da vida. Nada alarmante. Choques de culturas. Um amigo me explica que os portugueses são mais brutos do que nós, mas nós somos mais violentos. Há

you tubado Caríssimo editor, lendo a matéria de capa da edição 52 deste jornal que trata sobre o deputado federal Alberto Fraga (DEM) percebi o quanto os nossos políticos “veteranos” estão, a cada dia que passa, com os seus dias contados. Já não bastasse a prisão dos dois ex-governadores, Arruda e Agnelo, há cerca de dois meses, juntamente com o ex-vice-governador Tadeu Filippelli, por possíveis envolvimentos no desvio de verbas públicas na construção do Estádio Mané Garricha, gora, noto que, praticamente, se esvai a chance de outro veterano na política do DF Alberto Fraga, também sair candidato nas próximas eleições por envolvimento em possível recebimento de propinas

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casos de revides no sopapo. As ondas de imigrantes do Brasil, porém, se sucedem sem atentar para esses pontos obscuros. Somos a maior colônia estrangeira em Portugal, em torno de 200 mil, metade dos quais já estabelecida definitivamente. Os flutuantes oscilam de acordo com a conjuntura. Na crise dos 80-90 vieram às pencas trabalhar em grandes obras e, com o mesmo ímpeto, retornaram ao Brasil na euforia lulo-petista dos anos 2000. Agora, diante da crise no Brasil começam a retornar mas encontram um país muito diferente. Já não se oferece como um campo fértil de emprego. De resto, agora chegam, também, muitos estudantes, cativados pelo custo baixo dos cursos universitários. Detenho-me, aqui, nessa nova massa de imigrantes brasileiros que ora aportam em terras lusitanas em busca de oportunidades. Noto que são, em grande maioria, muito jovens. Veem de várias partes do Brasil enfatuados com a crise no país e com um discurso verdadeiramente catastrofista. Parece que estão saindo da Síria, tamanho o pavor com que se referem ao Brasil. Muitos chegam de mão abanando, sem vistos adequados e sem qualquer noção do país em que estão chegando.

pagas por uma cooperativa de transporte público, quando ele era o então secretário de transportes no governo José Roberto Arruda. Espero que estes malandros sejam condenados e não voltem à cena política nunca mais. Só salientando que o malandro Arruda já está inelegível. Portanto, carta fora do baralho para 2018. Parabéns pela reportagem. #sidneiaraujovergara Senhor jornalista, vi na matéria Um Sonho Distante, publicada na capa deste jornal na edição 52, o quanto os políticos brasilienses são os piores exemplos de seriedade, moral e honra. Desta vez, mais um político envolvido em falcatruas em sua gestão quando era secretário de transportes no governo Arruda. Trata-se

Chefe de Redação / Odilon Alencar Editor / José António de Araújo Reportagem / Cláudio Arruda/ JF Rodrigues Colaborador Especial / Paulo Timm

Edi­ta­do por ASBRAJET Associação Brasiliense

TIRAGEM : 10 MIL EXEMPLARES

Editor de Arte / Daniel Olival Ilustraçôes / Dico Dem Fotografia / Fabiano Neves Circulação / José Angelo

Pensam aqui “fazer a América”, como se dizia aos que iam para Estados Unidos há pouco tempo. Aí descobrem a realidade: Mercado de trabalho restrito e salários muito baixos, com cargas horárias que chegam a 10h. O mínimo aqui são 557 Euros, em torno de R$ 2.000,00, insuficiente para pagar uma boa moradia e viver em Lisboa. No interior até dá, mas muito apertado. Um trabalhador local ganha em torno de 1.000 euros enquanto grande parte dos profissionais de nível mais qualificado, salvo executivos, fica entre 2.000 e 2.500 euros. Vida europeia. Tudo calculado, medido, planejado. Ninguém compra a crédito. Cartão não parcela, aqui. Tudo à vista. Duro! Diante disso, frequento os inúmeros sites de apoio a brasileiros em Portugal – ou interessados em vir - respondendo a consultas e tentando ponderar este ímpeto de abandonar o Brasil. Nem sempre sou bem aceito, pois imaginam que estou a serviço de alguma agência de desaconselhamento da emigração – rsrs… Falei sobre este assunto ao Senador Cristovam Buarque, no sentido de que sensibilize as autoridades do Itamaraty para melhor informarem os brasileiros que querem sair do Brasil. Informar não significa desestimular os sonhos de uma vida melhor. Mas melhor instrumentalizá-los. Honestamente, acho que a crise no Brasil é realmente grave, mas, como já assisti a muitas delas, desde Vargas, aprendi que o Brasil é um transatlântico. Verga mas não soçobra e, quando menos se espera, se reorganiza e retoma seu ritmo histórico. É um país que apesar de tudo deu certo. Saímos de um fazendão escravocrata para uma das mais sofisticadas economias do mundo. De resto, o país é imenso. Uma coisa é a crise na cidade do Rio, outra em Porto Alegre, outra em Teresina, cujo estado cresce a ritmo impressionante. Uma coisa são as regiões metropolitanas, outra o sertão miserável, outra o interior próspero do agro-business. Eu, por exemplo, moro no Brasil na foz do Rio Mampituba, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que é um verdadeiro paraíso. Poucas oportunidades, por certo, mas qualidade de vida excepcional, tal como, por exemplo, Olhos D´Agua, perto de Brasília, onde morei por dez anos e onde estive recentemente. Enfim, há uma sinistrose tomando conta do Brasil, disseminada pela Mídia e que deve ser combatida. O Brasil não está à beira da morte…

do deputado federal Alberto Fraga (DEM), envolvido na Operação Régin, que investiga possível pagamento de propina ao deputado no valor de mais de R$ 800 mil por cooperativas de transporte público, conforme divulgados por este jornal e outros veículos de comunicação.. Os áudios divulgados pela TV Globo, mostram de fato, o quanto este parlamentar é picareta. Na gravação ele conversa com um representante de cooperativas, questionando-o que o seu exassessor estava recebendo mais propina do que ele. Isto é querer brincar com a cara dos brasilienses. Um verdadeiro absurdo! Espero que estes políticos não sejam mais eleitos no Distrito Federal. Que os eleitores saibam escolher melhor os seus representante na Política no DF. #orlandovieirasantana

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Detran premiará projetos artísticos Categorias sobre educação no trânsito incluem crianças a partir dos 3 anos até idosos. Prêmio será pago com dinheiro arrecadado com multas

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Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) oferecerá recompensas para boas ideias sobre educação no trânsito. O 1º Prêmio Detran-DF de Educação de Trânsito premiará 42 iniciativas variadas, que incluem ilustrações, textos, notícia, crônicas e outras ações artísticas ligadas ao tema. As inscrições vão de 17 de julho a 25 de agosto. Condutores de carros e de motos, ciclistas e estudantes são algumas das 14 categorias aptas a participar do concurso inédito. De acordo com o edital, em cada categoria, o primeiro lugar recebe R$ 5 mil, o segundo R$ 3 mil e o terceiro R$ 2 mil. Todos os prêmios serão pagos com dinheiro arrecadado de multas de trânsito, totalizando R$ 140 mil. A ideia é envolver e sensibilizar a população, como explica o gerente de ações educativas do Detran-DF, Tiago Moreira. “Essa é mais uma estratégia para disseminarmos o problema da segurança viária para todos os setores da sociedade.” Outro objetivo é coletar obras inéditas que poderão ser usadas em campanhas educativas. “Uma excelente ideia pode estar com a população. Esse é o grande valor social do prêmio”, reconhece o servidor. O

modelo experimental foi inspirado em um concurso de São Paulo. Estudantes são um dos públicos-alvo do concurso A comunidade escolar será contemplada em todas as etapas. Há categorias específicas para crianças do ensino infantil, acima dos 3 anos de idade, do ensino fundamental, adolescentes do ensino médio e alunos da educação de jovens e adultos. Para todos os estudantes, o tema trabalhado deve ser Minha escolha faz a diferença no trân-

Estudantes sem passe Livre Estudantil

sito. “É uma maneira transversal de atingir esse público”, defende Moreira em relação ao concurso como recurso pedagógico. Universitários e educadores também terão espaços só para eles para concorrer. No caso dos educadores, eles devem apresentar projetos que já foram desenvolvidos em escolas do DF em 2016 ou 2015. Já os universitários devem trabalhar o tema por meio de fotografia. Idosos poderão elaborar uma crônica sobre o mesmo viés abordado pelos estudantes.

Para motoristas, motociclistas e ciclistas, o desafio será fazer uma ilustração para adesivo com o tema Escolha viver. Decida pelo trânsito seguro. A categoria mais abrangente, a de cidadão, incita a população a apresentar uma notícia para redes sociais, também com o tema do trânsito seguro. Quem se inscrever na categoria tecnologia deve apresentar um jogo educativo de trânsito ligado a qualquer um dos dois temas do concurso. Categorias do 1º Prêmio Detran-DF de Educação de Trânsito: • Cidadão • Condutor • Condutor duas rodas • Ensino infantil (a partir de 3 anos) • Ensino fundamental (1º ao 3º ano) • Ensino fundamental (4º ou 5º ano) • Ensino fundamental (6º ou 7º ano) • Ensino fundamental (8º ou 9º ano)

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Medida, nas férias, visa garantir o uso correto do benefício e economizar quase R$ 15 milhões no sistema de transporte público Para garantir o uso correto do benefício e diminuir os gastos do sistema de transporte público, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) vai cessar os repasses do Passe Livre Estudantil nas férias escolares. Cada escola teve de informar o período de férias e os alunos nela matricula-

dos. As datas do começo e do fim da suspensão variam, portanto, entre as instituições de ensino. Em julho, o ponto de partida da suspensão são os dias 3, 10, 17 e 24 — este último em respeito às escolas públicas que vão repor dias de aula. Os repasses serão retomados no dia em que

O governo deve garantir o PasseLivre Estudantil para quem realmente tem direito os colégios voltarem das férias. “O governo deve garantir o Passe Livre Estudantil para quem realmente tem direito e na forma prevista na lei, que é

o trajeto até a escola e de volta dela”, observa o diretor-geral do DFTrans, Léo Cruz. A norma que dispõe sobre o Passe Livre Estudantil esta-

• Ensino médio • Educação de jovens e adultos • Educador • Universitário • Tecnologia • Terceira idade Os materiais vencedores, a depender da categoria, integrarão o acervo do departamento e podem se estender para campanhas educativas. Possivelmente, após o resultado, as obras serão expostas em uma mostra. O gerente de ações educativas ressalta que será uma oportunidade para a autarquia desenvolver e aprimorar a maturidade em gestão de prêmios. A ideia é que, nos próximos anos, sejam criadas outras categorias como para jornalistas, ONGs e pesquisadores. Como se inscrever no concurso cultural do Detran-DF Interessados devem enviar a proposta exclusivamente pelo site do Detran, de 17 de julho a 25 de agosto. É preciso criar uma conta de usuário, optar pela categoria desejada e preencher os dados solicitados. Após a confirmação, o sistema criará o número de inscrição e a categoria. Esse documento deve ser impresso em papel A4 e servirá de capa para o projeto. Os trabalhos poderão ser encaminhados por sistema on-line, via correio, dependendo da categoria, ou entregues pessoalmente no Núcleo de Programa Educativo de Trânsito (706/906 Sul), de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas. Há regras para cada tipo de entrega no edital. Os vencedores serão informados dos resultados pelo site do Detran-DF.

belece o direito à gratuidade para estudantes que “residam ou trabalhem a mais de um quilômetro do estabelecimento em que estejam matriculados, nas linhas do serviço básico de transporte público que sirvam a esses estabelecimentos”. Estagiários e participantes do Jovem Candango não serão afetados com a suspensão do benefício, porque os primeiros recebem vale-transporte, enquanto os outros têm bolsa integral para uso do transporte público. Cerca de 220 mil estudantes utilizam o Passe Livre Estudantil. O governo gasta aproximadamente R$ 22 milhões por mês com o programa. O DFTrans estima que os valores caiam para algo em torno de R$ 9 milhões em julho.


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Para amenizar o caixa do GDF

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Governo anuncia prioridade na Parceria Público Privada (PPP) para evitar deterioração dos complexos esportivos, culturais, do entretenimento e do lazer

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raticamente com dinheiro somente para bancar a folha salarial dos funcionários públicos o Governo de Brasília tenta dar prioridade aos programas de Parceria Público Privada (PPP) para aliviar o caixa com despesas nos vários espaços públicos da capital. Porém, até agora, apenas quatro dos 14 projetos estão adiantados: o do Centro de Convenções Ulysses Guimarães; o da Via TransBrasília; o do Complexo Esportivo e de Lazer do Guará; e o do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Este último fará parte do Centro Esportivo de Brasília. Batizado de ArenaPlex, o complexo reúne a arena, o Ginásio Nilson Nelson, o Complexo Aquático Cláudio Coutinho e quadras poliesportivas. Além de se livrar dos altos gastos de manutenção dos equipamentos públicos as parcerias irão melhorar o serviço para a população. Antes previstas para julho, as audiências e consultas públicas da ArenaPlex, assim como a elaboração da minuta de edital e do contrato para licitação do empreendimento, foram adiadas a pedido da Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth), que cobrou estudo de impacto de vizinhança. A expectativa do diretor de Novos Empreendimentos da Terracap, André Gomyde, é lançar o edital de parceria em setembro. Já o contrato deve ser fechado em novembro e a empresa ganhadora assumirá o espaço no primeiro semestre de 2018. Hoje, são gastos R$ 488 mil por mês para manter o estádio, com vigilância, brigada contra incêndio, água, energia elétrica, escadas rolantes e gramado. Por ano, são quase R$ 6 milhões. “A ideia é fazer um grande complexo em torno do estádio, do ginásio e do

Complexo Aquático Cláudio Coutinho, com boulevard, bares, restaurantes, teatros, cinema e, inclusive, há uma proposta de uma universidade ligada ao esporte”, afirma Gomyde. Em agosto, devem ser lançadas as consultas do Complexo Esportivo e de Lazer do Guará — em fase de estudo técnico até 11 de julho — e da Via TransBrasília, cujas análises foram entregues em abril. Essa fase antecede o edital de licitação, que pode ser lançado no segundo semestre deste ano. No caso do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o edital de concessão está suspenso por ordem do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Dezenas de espaços nas PPP’s Os outros espaços estão em fase de estudos técnicos de revitalização, modernização, manutenção e operação ou em prazo de abertura do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) — para que as empresas apresentem os projetos. É o caso do Autódromo Nacional de Brasília Nelson Piquet. O Governo do Distrito Federal (GDF) pretende divulgar um PMI entre 15 e 20 dias. Segundo Rossini Dias de Souza, subsecretário de Parcerias Público-Privadas — vinculado à Secretaria de Fazenda —, as parcerias com o setor privado são a alternativa encontrada para um dos principais problemas enfrentados pelo GDF: a falta de recursos para investimentos. “Há um grande comprometimento do orçamento público. O percentual que o governo tem para fazer isso é ínfimo, da ordem de 3% a 5% do caixa”, pon-

A minuta do edital do PMI e o Termo de Referência do Autódromo Internacional de Brasília estão sob análise da Assessoria Jurídica da Terracap

Os estudos de viabilidade da obra que ligará Águas Claras, Samambaia, Taguatinga ao Plano Piloto foram entregues em abril. Até o segundo semestre de 2017 o edital de licitação será lançado


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A ideia é fazer um grande complexo em torno do estádio, do ginásio e do Complexo Aquático Cláudio Coutinho, com boulevard, bares, restaurantes, teatros, cinema e, inclusive, há uma proposta de uma universidade ligada ao esporte”

André Gomyde Diretor de Novos Empreendimentos da Terracap

tua Rossini. No entanto, ele nega que o retorno financeiro seja a principal preocupação. O objetivo, de acordo com o subsecretário, é fomentar a atividade econômica, ocupar e melhorar os espaços para a população. Possibilidades de parceria

A expectativa é de que a empresa ganhadora da licitação assumirá o espaço, composto pelo Estádio Nacional Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho, no primeiro semestre de 2018.

A modalidade de PPP integra uma das quatro possibilidades de parceria. Nesse caso, o Executivo local cede a gestão de um equipamento público à iniciativa privada, por meio de licitação. A empresa fica responsável pela manutenção e operação do espaço por um período que varia de 20 a 35 anos. Em contrapartida, o governo poupa dinheiro e recebe parte do sucesso do investidor. Para o especialista em administração pública e professor José Matias-Pereira, da Universidade de Brasília (UnB), as diferentes formas de concessão transferem ao setor privado uma responsabilidade do Estado. “Com isso, é necessário que o governo tenha a preocupação de elaborar contratos, acordos ou cessões que sejam efetivamente detalhados e benfeitos. Feita a parceria, é fundamental que se estabeleça processo de acompanhamento e de fiscalização, para se certificar de que o acordo traz benefícios à população”, pondera. Contrato de longo prazo A Parceria Público-Privada (PPP) é a concessão feita por meio de contratos públicos de longo prazo, conforme explica o coordenador do portal PPP Brasil, Bruno Pereira. Nesse processo, o governo seleciona uma empresa por licitação, que vai investir no projeto com capital próprio, além de auferir receita e gerar o ativo. “Quem tem de orquestrar o serviço conforme o governo decidiu é o investidor. Em alguns casos, o governo tem ativos, mas não sabe geri-los com eficiência para ocasionar em efeito social esperado. Assim, se busca o parceiro privado na expectativa de que o modelo de gestão de PPP seja o mais adequado. Nesse modelo de concessão, é comum que o governo, em vez de gastar dinheiro, ganhe verba, uma vez que o investidor começa a compartilhar com parte do sucesso”, ressalta. A concessão é diferente da privatização, quando ocorre a venda de bem público a uma empresa. Ela se aproxima de um aluguel, em que o uso é permitido apenas por um período determinado.

PPPs em Brasília

Está em fase de elaboração um edital de PMI para a gestão da Torre de TV Digital

Centro de Convenções Ulysses Guimarães; Via TransBrasília; Iluminação pública; Shopping popular; Complexo Esportivo do Guará; Parque da Cidade; Arenaplex; Autódromo Nelson Piquet; Torre de TV de Brasília e Jardim Zoológico de Brasília; Mirante Flor do Cerrado; Parque de Exposições da Granja do Torto; Parque Tecnológico Capital Digital; Saída Norte.


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Programa do Instituto Brasília Amiental (Ibram) vai até o fim de julho e irá beneficiar quem cuida de vários bichanos

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té o fim de julho, os 21 bichos sob a guarda da auxiliar administrativa Rosângela Aparecida de Jesus passarão pelo procedimento. Eles integram o grupo de 240 cães e gatos que tiveram a cirurgia autorizada pelo Ibram Ao se deparar com um bicho abandonado ou em situação de maus-tratos, Rosângela Aparecida de Jesus, de 33 anos, não tem dúvida: acolhe, medica e busca um lar temporário para ele. “Não adianta só tirar o animal da rua, é preciso garantir a guarda responsável”, ensina a moradora do Recanto das Emas. Protetora de animais há dez anos, Rosângela avalia a castração como o procedimento mais seguro para eles e para a sociedade. “Isso impede que se reproduzam e gerem outros animais de rua.” Como as despesas com a cirurgia são altas, ela conta com o apoio do programa de castração do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) para assegurar até o fim de julho a operação dos 21 animais sob sua guarda. Desses, na última semana, sete cães pelos quais Rosângela está responsável já foram castrados em clínica conveniada ao Ibram no Gama. Além da intervenção, eles receberam os medicamentos necessários para o pós-operatório. Os animais integram um plantel de 240 gatos e cachorros que serão castrados nos próximos meses pelo Ibram. Eles são de um grupo formado por organizações não governamentais (ONGs) e outros protetores que se uniram para solicitar o benefício. Esse procedimento é independente de campanha de castração pública. “Grupos e ONGs que recolhem animais de rua podem solicitar a parceria, sem limite de quantidade”, explica o coordenador de Fauna do Ibram, Almir Figueiredo. Para isso, deve-se abrir um processo na Gerência de Fauna e aguardar a liberação das autorizações, até o encaminhamento para clínicas credenciadas. A inscrição no programa do instituto é feita com o preenchi-

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Nossa expectativa é castrar até 600 por mês, totalizando uma média de 6 mil até o fim do ano”

Castração gratuita para grandes plantéis de animais

Almir Figueiredo Coordenador do Projeto

tante para assegurar o controle populacional e evitar que novos cães e gatos sejam abandonados. Além desses fatores, a invasão de espécies domésticas ameaça unidades de conservação e áreas de proteção ambiental. Integrante do mesmo grupo de Rosângela, a atendente de telemarketing Maria Araújo, de 42 anos, conseguiu a autorização para castrar 60 filhotes de gatos e cachorros. A maioria deles veio de ninhadas de animais adultos que ela resgatou. “Cuido das mãezinhas que são abandonadas, pago hospedagem, faço todo o procedimento do nascimento, dou todas as vacinas e castro para doá-los”, conta a moradora de Vicente Pires. As despesas são pagas por meio de doações, bazares e leilões que ela promove. Em casa, Maria abriga 12 cachorros e quatro gatos adultos, já castrados. “Sempre os levo para as feirinhas, mas eles são preteridos pela idade”, lamenta. Selecionados pela campanha devem enviar comprovante de residência

Programa do Instituto Brasília Ambiental irá castrar cerca de 6 mil animais até o final do ano mento de um termo de referência no qual precisam constar, entre outras informações, o tamanho do plantel e os responsáveis pelo acompanhamento das operações. Castração é fundamental para que os animais encontrem novos lares Para conseguir manter os animais que acolhe, Rosângela faz

rifas e leilões na internet e conta com doações de ração, medicamentos e outros mantimentos. Ela também alimenta um perfil no Facebook para divulgar animais perdidos e abandonados. Depois de castrados, eles são levados para feirinhas de adoção, por isso o procedimento é tão necessário. “Enquanto eles não encontram uma nova família, ficam sob minha guarda, na casa de amigos que me ajudam.” No caso daqueles que en-

contram novas famílias, a protetora faz questão de acompanhar o processo. “É importante para garantir que eles serão bem cuidados, que não voltem para a rua nem sejam devolvidos.” Apaixonada por bichos, a moradora do Recanto das Emas concilia o trabalho de oito horas diárias de auxiliar administrativa, um curso técnico, a faculdade de graduação em biologia e as demandas do cuidado com animais. A castração também é impor-

Os selecionados por meio de campanha de castração gratuita devem enviar, por e-mail, comprovante de residência e agendar processo cirúrgico na Coordenação de Fauna do Ibram. Retomado em abril, o programa do Ibram já atendeu 350 animais, segundo o coordenador Almir Figueiredo. “Nossa expectativa é castrar até 600 por mês, totalizando até 6 mil até o fim do ano”, estima. Antes, o serviço ocorria de forma itinerante, mas foi interrompido em abril de 2016. Na nova metodologia, funciona assim: o Ibram envia por e-mail para o dono do animal todas as orientações. Com o encaminhamento em mãos, ele se dirige à clínica para a operação, que é gratuita. De acordo com o Ibram, o orçamento para castrações em 2017 é de cerca de R$ 600 mil. Cada cirurgia custa, em média, R$ 100 — no caso dos cachorros, R$ 120 para fêmeas e R$ 90 para machos. Para os gatos, o valor é de R$ 110 para fêmeas e de R$ 80 para machos. Serviço: Entrega da documentação para castração de grandes plantéis de animais No Protocolo do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) SEPN 511, Bloco C, Edifício Bittar, Asa Norte De segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas Coordenação de Fauna: 61) 3214-5678 ou cofau@ibram.df.gov.br


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Readaptação de animais para soltura Trabalho no Zoológico de Brasília envolve avaliação criteriosa para saber se o bicho está apto ou não à vida livre

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madeu chegou desnutrido e desidratado, sentindo falta dos cuidados da mãe. O tamanduá-mirim, que está na Fundação Jardim Zoológico de Brasília há três meses, foi levado por uma equipe do Batalhão de Policiamento Ambiental. Hoje, recebe cuidados especiais para ficar saudável e apto a voltar à natureza. O filhote é um dos que participam do programa de reabilitação e soltura da fundação. A iniciativa faz parte das prioridades adotadas para conservação de espécies. “Nossa grande meta é que os animais possam voltar à natureza”, resume o diretor-presidente do Zoológico, Gerson de Oliveira Norberto. Segundo a zootecnista Ana Raquel Gomes Faria, o maior desafio é quando eles são encaminhados à fundação ainda bebês. Os filhotes, como é o caso do Amadeu, exigem cuidados específicos para que não se acostumem com os humanos e desaprendam a viver livres. Na maior parte, os bichos chegam órfãos e ainda pequenos. “Esse é o nosso grande desafio, pois, dependendo do tamanho, eles podem ficar muito agarrados à gente”, explica Ana. As espécies que mais chegam ao zoológico são tamanduás, principalmente nesta época do ano, por conta do aumento de queimadas. Para evitar apego, os servidores adotam novas técnicas, de forma a reduzir o contato direto com os animais. Eles recebem bichos de pelúcia e são estimulados a se alimentar sozinhos. Amadeu, por exemplo, faz caminhadas diárias pelo jardim, acompanhado de longe pela equipe.

“Esse é o nosso grande desafio, pois, dependendo do tamanho, eles podem ficar muito agarrados à gente”

O objetivo é que, dessa forma, os animais cresçam mais independentes. Antes de serem soltos, passam por avaliação para ver se estão com habilidades para procurar comida e se defender de predadores. Amadeu deve passar pelo processo em seis meses. Alguns não conseguem independência facilmente. Dudu é um tamanduá-bandeira e está há pouco mais de uma semana sob os cuidados do berçário do zoo. Por sentir falta da mãe, o filhote, de pouco mais de um mês, precisa passar mais tempo com os servidores. O objetivo é evitar estresse e o desenvolvimento de algum problema de saúde. “Ele precisa ouvir nosso coração, sentir nossa respiração, para que se recorde da mãe”, explica a agente de Conservação e Pesquisa Verônica Pimentel. Quando os bichos chegam já adultos, o processo é mais simples. Eles recebem os cuidados

necessários e são soltos o mais rápido possível. “Quanto menos tempo o animal passar por aqui, melhor”, avalia a zootecnista. Nesses casos, a soltura fica mais fácil, uma vez que eles já têm procedência e um lugar para onde voltar. Outro grande desafio para que os animais possam ser soltos é a falta de áreas de preservação disponíveis. Antes de definir um local para onde levar determinada espécie, é preciso checar se aquele indivíduo não afetará o equilíbrio do ecossistema. Segundo o diretor-presidente do zoológico, Gerson de Oliveira Norberto, atualmente, cerca de 120 animais estão prontos para serem soltos. “O que falta é a determinação de um lugar para que eles possam ir para a vida livre”, detalha. Essa análise, explica, é feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou

pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), no caso do Distrito Federal. Mesmo quando livre, essa população continua acompanhada pela equipe do zoológico. A ideia é checar se o bicho está se adaptando e conseguindo tomar as atitudes necessárias à sobrevivência. De acordo com estimativa da fundação, a maior parte dos animais que chega é vítima de tráfico. “O processo de retirada da natureza e venda de um animal é muito mais rápido do que a recuperação dele”, esclarece o dirigente. “Depois de seis meses fora da vida livre, ele já perdeu bastante tempo de aprendizado.” A recuperação e readaptação desses bichos demanda muito tempo e dedicação. O prazo, no entanto, varia de acordo com cada espécie. Os répteis, que não têm dependência da mãe, não costumam guardar vínculo com o ser humano e são os que podem

ser soltos mais rapidamente. O prazo gira em torno de dois anos. Nascido em março no próprio zoo, um filhote de cascavel, por exemplo, já se prepara para a natureza. Daqui a duas semanas, a equipe também se despedirá de uma jiboia, que fez parte do plantel por mais de três anos. Ela chegou com uma lesão e teve a soltura autorizada. Depois dos répteis, as espécies com mais facilidade na readaptação são as aves. No entanto, araras e papagaios, por serem mais cognitivos, necessitam de um tempo maior de trabalho. Em projeto do Instituto Espaço Silvestre, o zoo de Brasília mandará nos próximos dias um casal de papagaios-de-peito-roxo ao Paraná, para avaliação antes de serem soltos. Caso não estejam aptas a voltar à vida livre, as aves retornarão a Brasília. A espécie, ameaçada de extinção pelo desmatamento, é nativa do Sul do Brasil. O trabalho que antecede a libertação dos bichos é minucioso e muitas vezes conta com a ajuda do visitante. “O animal começa sendo avaliado no nosso recinto quando chegam os visitantes”, conta Noberto. “O público é um balizador para a nossa análise.” O procedimento envolve ainda troca de dieta e ida a locais com contato ainda mais restrito. “O animal não passa fome, sede ou qualquer estresse”, esclarece o diretor-presidente. A mudança na dieta se dá aos poucos. “Ele vai rejeitar a princípio, mas a gente insiste, como se fosse uma criança”, compara. No entanto, apesar de todo o cuidado, alguns animais não conseguem se acostumar ao novo estilo de vida e são encaminhados a outros programas. Atualmente, o zoológico mantém, também focado na preservação de espécies, programas de reprodução e educação ambiental. “Precisamos entender o comportamento biológico do animal e olhar o ponto de vista dele, pensar o que é melhor dentro da realidade dele”, diz o assessor de Conservação e Pesquisa Igor Morais.


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comercialização de bebidas acondicionadas em garrafas de vidro descartáveis será proibida no Distrito Federal. A Câmara Legislativa aprovou em primeiro turno, na quarta-feira (27/06), o projeto de lei nº 1.541/2017, de autoria do deputado Chico Vigilante (PT), que prevê a venda, no atacado e no varejo, apenas de bebidas em garrafas retornáveis. A medida valerá para cervejas, refrigerantes, águas minerais e águas adicionadas de sais. Ficam de fora, bebidas produzidas no exterior. No caso de bebidas produzidas e engarrafadas de forma personalizada por microempresas ou produtor artesanal poderá ser autorizada a comercialização em garrafas descartáveis desde que consentida por órgãos governamental. A proposição prevê desde multa até a apreensão de mercadorias. Segundo Chico Vigilante, a reciclagem dessas embalagens não tem viabilidade no DF e estima-se que aproximadamente 22 mil toneladas de vidro sejam aterradas anualmente. Carona solidária – Os distritais aprovaram o projeto de lei nº 1.232/2016, do deputado Prof. Israel (PV), que autoriza a cobrança por serviços de intermediação de carona solidária pelas empresas deten-

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Lei vai proibir garrafas d toras de aplicativos que facilitem o transporte. O PL, contudo, veda a cobrança de qualquer remuneração pela carona. Os custos – combustíveis e manutenção do veículo – devem ser divididos pelos usuários. O projeto prevê multa para motoristas e empresas de aplicativos que não seguirem essas disposições. Assentos preferenciais – Foi aprovado projeto do deputado Cristiano Araújo (PSD) que torna preferenciais – a idosos, mulheres grávidas, com crianças de colo ou pessoas com deficiência – todos os assentos dos veículos da rede de transporte público coletivo e do Metrô. O PL nº 1.023/2016 teve tramitação conjunta com o PL nº 1.159/2015, do deputado Ricardo Vale (PT), que também trata de assentos preferenciais. Deste parlamentar também foi aprovado o PL nº 1.018/2016, que institui o Programa Distrital de Bibliotecas Comunitárias. Consumidores – Do deputado Cris-

tiano Araújo foi aprovado ainda o PL nº 272/2015, que assegura aos consumidores a entrada em salas de cinema portando produtos alimentícios adquiridos fora desses estabelecimentos. A entrega de alimentos para consumo imediato, por meio de serviços conhecidos como delivery, obedecerá regra prevista no projeto de lei nº 1.292/2016, de autoria do deputado Lira (PHS), aprovado hoje: as embalagens deverão conter lacre de segurança, que somente poderá ser rompido pelo consumidor. E as consultas realizadas junto ao sistema de proteção ao crédito somente poderão ser efetuadas mediante expressa do consumidor. É o que prevê o projeto de lei nº 1.279/2012, da deputada Celina Leão (PPS), aprovado na sessão ordinária. Emendas parlamentares – Os deputados distritais votaram favoravelmente ao projeto de resolução nº 22/2016, da deputada Liliane Roriz (PTB), que torna

Deputados aprovaram 45 projetos em a

CLDF

Raio Lábio leporino

Deputado Wellington Luis foi o autor do Conselho

Câmara cria Frente Parlamentar da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento do DF A Câmara Legislativa lançou na quinta-feira (29/06) sua Frente Parlamentar da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento, em sessão solene realizada no plenário. É a quinta Casa Legislativa da Federação a instituir uma frente como essa, em defesa da construção civil. A presidente da frente, deputada Celina Leão (PPS), destacou a importância do setor para a economia do DF. “A construção civil é para Brasília o que a indústria é para São Paulo”, afirmou. A distrital também ressaltou as dificuldades enfrentadas pelo setor na capital do país. “Neste ano, registramos uma queda de 40 mil postos de trabalho na construção civil. Isso é reflexo do Estado burocrático em que vivemos. Para se ter uma ideia, a liberação de

um alvará não sai em menos de três ou quatro anos”, reclamou. Celina Leão destacou que a frente será atuante na análise de projetos de lei para o setor. “Nossa missão é resgatar a força da construção civil. Iremos discutir todos os projetos e emendas parlamentares com os representantes do setor”, garantiu. O deputado Wellington Luiz (PMDB), vice-presidente da frente, defendeu o apoio ao setor no Legislativo local. “Temos uma relação muito próxima com a construção civil e a frente vai aprimorar esta parceria”, afirmou. Cláudio Abrantes (Rede) também declarou seu empenho na causa do setor. “Brasília é uma gigantesca obra de engenharia, respeitada no mundo todo. Temos que fortalecer nossa construção civil”, disse.

A sessão solene foi acompanhada por dezenas de engenheiros, empresários e representantes do setor de construção civil. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon), Luiz Carlos Botelho Ferreira, saudou a iniciativa da Câmara Legislativa. “Esta Casa vem prestando grande serviço à construção civil”, agradeceu. Luiz Carlos defendeu atualização da legislação para facilitar a realização de empreendimentos no DF. Também participaram da sessão solene representantes do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, da Federação Nacional de Engenheiros, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

Cerca de 200 crianças nascem, todos os anos, com algum tipo de fissura labial ou palatina no Distrito Federal, segundo dados da Secretaria de Saúde. Muitas são abandonadas, impossibilitando qualquer tratamento. Com o objetivo de assegurar o tratamento adequado e a correção das deformações no lábio e no céu da boca dessas pessoas, o deputado Chico Leite (Rede) apresentou projeto de lei que torna compulsória a notificação à Secretaria de Saúde de crianças nascidas com lábio leporino. O PL nº 723/2015 foi aprovado em primeiro turno pela Câmara Legislativa nesta quarta-feira (28). A expectativa é de que a votação em segundo turno ocorra até amanhã (29). O texto do projeto alcança todas as unidades de saúde que realizam partos no DF, tanto públicas como privadas. O PL estabelece, ainda, o prazo de 24 horas após o nascimento da criança para a notificação. O não cumprimento disso poderá resultar em sanções ao servidor público responsável, no caso de hospital público; e em multa de R$ 5 mil, para cada caso não notificado, em se tratando de instituição particular.


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descartáveis

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obrigatória a publicação, no portal da Câmara Legislativa, das emendas parlamentares inseridas na Lei Orçamentária Anual, bem como os créditos adicionais. Demais proposições – Foram aprovados ainda o PL nº 1.507/2017, do deputado Wellington Luiz (PMDB), que cria o programa de atendimento hospitalar multidisciplinar às pessoas vítimas de crimes de abuso e violência sexual; o PL nº 1.882/2014, do deputado Joe Valle (PDT) que institui o Estatuto do Artesão no Distrito Federal; o PL nº 704/2015, do deputado Robério Negreiros (PSDB), que cria o bilhete especial do desempregado, garantindo transporte público gratuito; e o PL nº 1.246/2016, do deputado Claudio Abrantes (sem partido), que obriga a instalação de dispositivo eletrônico de segurança – botão de pânico – em todos os veículos coletivos da frota de transporte público do DF.

Câmara Legislativa conclui votação de 45 projetos Na última sessão deliberativa deste semestre, a Câmara Legislativa aprovou, em segundo turno e redação final, 45 proposições, sendo duas de autoria do Executivo. As votações aconteceram na quinta-feira (29/06), no Taguaparque, em Taguatinga, como parte do projeto Câmara em Movimento. Com a tramitação concluída no Legislativo local, os projetos de lei seguem para sanção do governador Rodrigo Rollemberg, para virar lei. Entre as propostas aprovadas está o projeto de lei nº 283/2011, que cria a política distrital de serviços ambientais e o programa de pagamento por serviços ambientais “Cuidadores das Águas”. O PL, apresentado pelo deputado Chico Vigilante (PT), prevê que os moradores de áreas que abrigam nascentes, córregos e rios poderão receber pagamento por atividades de restabelecimento e recuperação desses. Outra proposta que está pronta para virar lei é o projeto de lei nº 1.507/2017, do deputado Wellington Luiz (PMDB), que cria o programa de atendimento hospitalar multidisciplinar

às vítimas de abuso e violência sexual no Distrito Federal. Conforme explica o autor, as vítimas, além das complicações físicas decorrentes da agressão, apresentam também traumas psicológicos. Educação – Também encerrou a tramitação na Casa o PL nº 1.105/2016, do deputado Juarezão, que cria o programa Bolsa Livros de Idiomas para os estudantes dos centros interescolares de línguas do DF. A iniciativa consiste na concessão de recursos financeiros para os CILs para a aquisição de livros a serem destinados aos alunos reconhecidamente carentes e regularmente matriculados e/ou egressos das unidades públicas de ensino do DF. Além disso, os distritais aprovaram em segundo turno o PL nº 1.018/2016, que institui o programa distrital de bibliotecas comunitárias. De autoria do deputado Ricardo Vale (PT), o texto visa a possibilitar o acesso à cultura e à educação por meio de livros, periódicos, jornais e revistas às comunidades que não dispõem de bibliotecas.


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o Gap global de profissionais de segurança chegará a 1,8 mi em 2022 T e c n o l og i a , i n o va ç ã o e c r i at i v i d a d e

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s profissionais de segurança da informação em todo o mundo se deparam atualmente com um sem-número de ameaças cibernéticas e em constante evolução, e muitos sentem que estão mal equipados para enfrentá-las. Por outro lado, as violações de dados em corporações, instituições de ensino e agências governamentais continuam cada vez mais a minar a confiança do público na capacidade do Estado e das corporações de combatê-las. Para completar, o surgimento de dispositivos, tais como wearables e carros autônomos, paralelamente à crescente conectividade dos sistemas de gestão de infraestruturas críticas, tais como centrais elétricas e sinais de tráfego, estão abrindo as portas para novas ameaças, tanto em termos de se-

gurança pública quanto a privacidade e a estabilidade econômica. O Centro de Cibersegurança e Educação, ligado ao (ISC)², principal instituto mundial voltado à educação e certificações profissionais em segurança da informação e cibersegurança, em parceria com a Booz Allen Hamilton, Alta Associates e a Frost & Sullivan realizaram um extenso estudo para analisar o cenário atual das ameaças, bem como o estágio dos profissionais e de suas organizações para responderem às ameaças e ataques. Intitulado Global Information Security Workforce Study (GISWS) 2017, o estudo está em sua 8ª edição e entrevistou 19.641 profissionais de segurança cibernética em 170 países. Os dados são preocupantes. Dois terços dos entrevistados indicaram que suas organizações não têm

o número suficiente de profissionais de segurança cibernética para enfrentar os desafios com os quais se deparam atualmente. O estudo deste ano revela que o gap de profissionais nessa área deve atingir 1,8 milhão em 2022, um aumento de 20% em relação a projeção feita em 2015. Na América Latina a escassez deve chegar a 185 mil profissionais até 2022. O relatório constatou que, globalmente, a exposição de dados é a principal preocupação para os profissionais de segurança da informação, independentemente da sua localização geográfica. Há, no entanto, algumas discrepâncias regionais. O vazamento de dados, por exemplo, é uma preocupação muito grande na América do Norte e na região Ásia-Pacífico, enquanto que na América Latina e na Europa, os

ataques de ransomware com o pedido de resgate para desencriptar os arquivos estão no topo da inquietação dos profissionais. No Oriente Médio e na África, hacking é identificado como uma preocupação primária, possivelmente sugerindo que os profissionais estão sendo afetados por um amplo conjunto de motivos. Escassez de mão de obra Os dados do GISWS demonstram claramente que muito trabalho ainda terá que ser feito para garantir a segurança de agências governamentais e organizações de todos os tamanhos, e a importância de se ter uma força de trabalho de segurança adequada, ágil e reativa. No estudo de 2015, 62% dos CISOs relataram dispor de poucos profissionais de segurança da informação para enfrentar as ameaças que encontram. Neste ano, o índice chegou a 66%, indicando que a escassez de pessoal de segurança da informação está aumentando à medida que mais setores reconhecem a importância de dispor de profissionais qualificados para proteger seus dados. Em 2015, a Frost & Sullivan havia previsto uma escassez de 1,5 milhão trabalhadores em segurança da informação em 2020. À luz dos ataques recentes e mudanças na dinâmica da indústria, a projeção foi revista para cima: 1,8 milhão em 2022. Os entrevistados citam uma variedade de razões pelas quais há muito poucos trabalhadores em segurança da informação. Embora essas razões variem de região para região, entretanto globalmente a razão mais comum apontada é a falta do pessoal qualificado. Isso fica mais patente na América do Norte, onde 68% dos profissionais acreditam que há muito poucos trabalhadores em segurança cibernética em seu departamento, e a maioria acredita que isso se deve à falta de pessoal qualificado. De todo modo, as contratações continuam em alta. Globalmente, um terço dos gestores de segurança declararam que planejam aumentar o tamanho de seus departamentos em 15% ou mais. O maior número de contratações está concentrado na Europa, onde 27% das empresas pretendem expandir o seu departamento de segurança em 20% ou mais. Além disso, 38% dos entrevistados disseram que vão expandir o seu departamento de segurança em pelo menos 15%. No Oriente Médio, África e Ásia-Pacífico as taxas de contratações são mais baixas. No entanto, um em cada quatro gestores de segurança de cada região ainda esperam ver seus departamentos crescem em 15% ou mais. Globalmente, 70% dos CISOs disseram que aumentarão sua força de trabalho neste ano: 30% desejam expandir em 20% ou mais. As áreas de saúde, varejo e manufatura particularmente são as que mais devem aumentar o número de contratações, com quase 40% em cada setor dizendo que planeja aumentar sua força de trabalho em 15% ou mais. Fonte: ComputerWorld


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Os mais interessantes fatos da política local e nacional para, você leitor, ficar por dentro dos bastidores deste complexo tema do nosso cotidiano

Funcionários de administrações fraudavam habite-se e alvarás Em ação realizada pela Polícia Civil na terça-feira (4), foram detidas quatro pessoas, conduzidos coercitivamente três suspeitos e cumpridos cinco mandados de busca e apreensão Foi deflagrada pela Polícia Civil do DF na manhã de terça-feira (4) a Operação Habite-se, que visa combater uma organização criminosa formada por servidores públicos e despachantes. As investigações apontaram a falsificação de documentos para concessão de cartas de habite-se e de alvarás em Samambaia, no Riacho Fundo I e em Taguatinga. Em entrevista coletiva o delegado adjunto da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública, Virgílio Ozelami, detalhou as ações praticadas pela suposta quadrilha. Das cinco prisões temporárias expedidas, quatro foram cumpridas. Um dos presos é servidor comissionado da Administração Regional do Riacho Fundo I. Das quatro conduções coercitivas, três foram executadas e envolvem um corretor, um fiscal da Agência de Fiscalização (Agefis) e um servidor comissionado da Administração Regional de Taguatinga. Foram cumpridos ainda cinco dos seis mandados de busca expedidos para apreender celulares, agendas, computadores e documentos. Esquema envolvia intermediários

Agência Brasília

Delegado adjunto da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública, Virgílio Ozelami, detalhou as ações da suposta quadrilha

para facilitar a emissão de documentos Ozelami detalhou de maneira geral como funcionava o esquema, que envolvia imóveis residenciais e comerciais. Segundo ele, a pessoa procurava a administração interessada no habite-se, no alvará ou em algum outro tipo de documento relativo a questões imobiliárias. Os envolvidos encaminhavam o cidadão para tratar com corretores e despachantes, que cobravam propina para facilitar a emissão dos documen-

Melhorias para feiras de Ceilândia Com o objetivo de ouvir demandas do setor o governador de Brasília Rodrigo Rollemberg (PSB) reuniu-se com feirantes segunda-feira O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg (PSB) reuniu-se com presidentes de feiras de Ceilândia e representantes do governo na segunda-feira (3) para tratar de pautas como a regularização dos feirantes. O encontro ocorreu na Feira Central de Ceilândia, na CNM 2, no Setor M. Rollemberg disse que vai analisar as reivindicações e dar um retorno. “O que a gente puder fazer para dar

tos. “Geralmente, a propina não era solicitada diretamente por funcionários da administração, eram indicados intermediadores”, disse o delegado. As ações estão ligadas aos crimes de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha e falsidade ideológica. De acordo com o delegado adjunto, estima-se que cerca de 30 pessoas participem do esquema que deve ter movimentado em torno de R$ 300 mil por mês e envolvido cerca de 15 imóveis.

Até agora, tem-se conhecimento de que eram pagos indevidamente de R$ 5 mil a R$ 25 mil pelos documentos. “Nos autos já existem documentos que são comprovadamente falsos, mas os que foram apreendidos hoje ainda serão submetidos à perícia”, destacou Ozelami. As investigações foram iniciadas há um ano e não se pode precisar desde quando o esquema funciona. Os próximos passos da Polícia Civil do DF não podem ser divulgados.

Agência Brasília

segurança jurídica a quem trabalha nas feiras e melhorar o ambiente, nós vamos fazer.” O objetivo é promover a regularização de todas as feiras do Distrito Federal, segundo o governador. “As feiras são pontos de encontro das regiões, lugares de cultura, entretenimento, lazer e negócios”, destacou. Revitalização Em 25 de março, o governo entregou a reforma do estacionamento da Feira Central de Ceilândia. O asfalto foi refeito, e as faixas, repintadas. Os trabalhos custaram R$ 408.477,57, recursos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).

Governador Rodrigo Rollemberg (PSB) em reunião com feirantes de Ceilânida


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Editoria dedicada ao mundo das Motocicletas e dos Moto Clubes (MC) espalhados pelo mundo. A liberdade vivida sobre um Cavalo de Aço é banhada por paixão, prazer e qualidade de vida para o mundo dos Motociclistas. Mande sua história para: repórter.ind@gmail.com.

Suzuki V-Strom 1000 versão aventureira Suzuki atualiza sua bigtrail com mais eletrônica e melhor ergonomia e lança a nova “XT”, com rodas raiadas e vocação off-road

fotos: Divulgação

Ciclística reforçada Feito em alumínio, o quadro de dupla trave superior da V-Strom 1000 XT oferece um bom equilíbrio entre rigidez e flexibilidade para garantir estabilidade nas curvas. A balança traseira também é feita em alumínio. O conjunto de suspensão é formado por garfos telescópicos invertidos (upside-down) com tubos de 43 mm totalmente ajustável na dianteira. Na traseira, monoamortecedor também com ajustes na compressão, retorno e pré-carga da mola. Ambos são da marca KYB. A grande novidade da V-Strom 1000 XT são os aros de alumínio DID com raios centralizados. A configuração possibilitou a instalação de pneus Bridgestone BW 501 e BW 502 sem câmara (tubeless), nas medidas 110/80R-19, na frente; e 150/70-18, atrás. As rodas raiadas são mais resistentes para enfrentar pedras e obstáculos.

A Suzuki atualizou a linha V-Strom, que passou por um face-lift, ganhou mais tecnologia e teve sua ergonomia aprimorada, para entrar na disputa pelo crescente mercado de bigtrails. A fábrica japonesa também lançou uma nova versão “XT”, com rodas raiadas e uma proposta mais aventureira. Apresentada recentemente como modelo 2018, a V-Strom 1000 XT tem preço sugerido de US$ 13.299 nos Estados Unidos. Valor pouco superior à versão standard, com rodas de liga-leve, e vendida por US$ 12.999. O design da V-Strom 1000 foi atualizado. Seu para-lama dianteiro ficou mais protuberante, remetendo à DR 800 da década de 1990, a clássica “DR. Big”. As carenagens foram redesenhadas e transmitem um ar de mais robustez. O para-brisa, 49 mm mais alto que no modelo anterior, pode ser ajustado em três posições para aumentar a proteção aerodinâmica. A versão XT conta ainda com guidão de alumínio reforçado.

Forte concorrência

V2 menos poluente O motor de dois cilindros em “V” a 90° com 1.037 cm³ de capacidade, duplo comando no cabeçote e refrigeração líquida manteve a mesma arquitetura, porém ganhou um novo sistema de alimentação para atender às novas leis de emissão Euro 4. A boa notícia é que a potência de 100 cv (a 8.000 rpm) foi mantida, mas o torque caiu levemente: de 10,5 kgf.m para 10,3 kgf.m mas já a 4.000 giros. Outra novidade é o assistente de baixos giros, um sistema que automaticamente eleve as rotações ao apertar a embreagem ou pilotar em baixos giros. Evitando, dessa forma, que o motor “morra”. Pensando em facilitar ainda mais a vida do motociclista aventureiro, a Su-

De acordo com a Suzuki, o novo sistema faz uma melhor distribuição da frenagem em situações críticas e nas curvas, além de evitar o travamento das rodas. O “hardware” do sistema de freios são discos duplos de 300 cc com pinças radiais Tokico, na dianteira; e disco simples com pinça Nissin, na traseira.

zuki também criou o “Easy Start System”, um dispositivo que permite dar a partida na moto com apenas um toque no botão – ao invés de ficar segurando até que o motor comece a funcionar. Embreagem assistida e câmbio de seis marchas completam o conjunto motriz da big-

trail da Suzuki. A transmissão final é feita por corrente. Eletrônica de última geração O controle de tração em três níveis (1, 2 e desligado) foi herdado do modelo anterior, e ago-

ra ganhou uma luz indicativa no completo painel quando entra em ação. Mas o sistema de freios ABS é completamente novo e se utiliza da tal Unidade de Medição Inercial (IMU) da Bosch, que faz uma leitura em cinco eixos da moto, e conta também com um sistema combinado.

O segmento de bigtrails é um dos mais disputados atualmente. Praticamente todos os fabricantes têm modelos com diversos atributos e propostas para brigar pela preferência do motociclista aventureiro. A BMW R 1200 GS é o modelo de referência no segmento com um bom equilíbrio entre conforto touring e vocação fora-de-estrada. Triumph Tiger Explorer 1200 e Yamaha XT 1200Z Super Ténéré seguem no mesmo caminho. A Honda apostou em uma vocação mais off-road com a leve e menos potente CRF 1000 L Africa Twin. Já a Suzuki com as duas versões da V-Strom 1000 parece ter procurado um meio termo. Com 232 kg em ordem e marcha e roda aro 19 na dianteira, a V-Strom 1000 XT não é tão leve e valente quanto a Africa Twin e nem tão pesada e confortável como a Triumph Explorer, por exemplo. A Suzuki buscou fazer uma aventureira capaz de rodar na terra, mas que também oferece conforto e autonomia (tanque para 20 litros) de uma moto touring.



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e frente para a Baía de Guanabara, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) inaugurou, na manhã de quarta-feira (28) sua nova sede, na Marina da Glória. Orgulhosa do passado, mas pensando pra frente, a entidade celebrou a nova casa dando o primeiro passo para a criação do Hall da Fama da vela no Brasil, com uma homenagem aos bicampeões olímpicos Torben Grael e Marcelo Ferreira. O evento contou também com a presença dos velejadores que defenderão o país em julho no Mundial de Optimist, classe de formação para crianças e adolescentes. Para completar, durante a cerimônia foi selada a assinatura da renovação, até 2020, do contrato da CBVela com o Bradesco, patrocinador máster da Confederação desde o último ciclo olímpico. Convidados de honra, Torben Grael e Marcelo Ferreira foram os primeiros atletas a botar as mãos nos moldes que irão, no futuro, compor o Hall da Fama da vela brasileira, homenageando os grandes nomes da modalidade. Com cinco pódios, Torben é o maior medalhista olímpico do esporte brasileiro, ao lado do também velejador Robert Scheidt. Em seis participações nos Jogos, foi ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004, na classe Star; prata em Los Angeles-1984, na Soling; e bronze em Seul-1988 e Sydney-2000, novamente na Star. Hoje, o velejador ocupa o cargo de vice-presidente da Federação Internacional de Vela (World Sailing) e foi o primeiro brasileiro a ingressar no Hall da Fama internacional da modalidade. “A inauguração da sede aqui na Marina da Glória é a concretização de um sonho pra gente, que é ter uma sede com saída para o mar. Sem dúvida, é um acontecimento importantíssimo para a vela brasileira. Fiquei muito feliz com a homenagem, e ter aqui a presença da equipe jovem nos deixa ainda mais felizes e confiantes no futuro do esporte”, comentou Torben Grael. Grande parceiro de Torben na conquista olímpica de dois ouros e um bronze (Sydney-2000) na classe Star, entre outros títulos, Marcelo Ferreira também se mostrou orgulhoso por este novo momento da vela brasileira. “Depois de 30 anos velejando, dos quais 25 ao lado do Torben, é um prazer imenso ver esta sede inaugurada na

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é preciso...

CBVela com nova sede fotos: Divulgação

Além da inauguração na Marina da Glória, CBVela assina contrato com Bradesco até 2020, patrocinador Master

Marina da Glória. Realmente, é brilhante. Gostaria de deixar uma mensagem para os pequenos velejadores presentes: a Optimist é uma classe individual, mas o importante é isso que estão fazendo aqui, estar em equipe, trocando, aprendendo. Vocês têm muito a crescer dessa forma. Que

vocês tenham sucesso na competição. Perseverança é a palavra certa para o velejador”, disse. Torben e Marcelo transmitiram um pouco do seu conhecimento e muito de boas energias para os cinco jovens brasileiros que disputarão o Mundial de Optimist na Tailândia, a partir

de 11 de julho. Nicolas Bernal, Marina da Fonte, Bernardo Pereira, Leonardo Crespo e Luiz Otávio Correia receberam dos ídolos uma bandeira do Brasil para a viagem e coletes de competição. “Estou muito feliz por poder conhecer o Torben e o Marcelo. Será um campe-

onato muito difícil e ajuda muito receber esse apoio. É uma honra estar aqui ao lado deles e ver a inauguração desta nova sede da CBVela. Com certeza, ver o sucesso que eles tiveram nos motiva a pensar em sermos campeões olímpicos também”, afirmou o atual campeão brasileiro de Optimist, Nicolas Bernal. Em uma conquista histórica para a modalidade, a Confederação Brasileira de Vela fechou, em dezembro de 2016, um convênio com a BR Marinas, responsável pela administração da Marina da Glória, e nesta quarta-feira inaugurou oficialmente no local sua sede. Será a principal base de infraestrutura técnica e de treinamento para os velejadores no país, com vagas secas e molhadas, além de contêiner.


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undada em 1735 por Manuel Rodrigues Tomar e Antônio de Sousa Bastos, que saíram do Arraial da Meia Ponte (atual Pirenópolis), para desbravar em buscas de riquezas no norte goiano, primeiro chegaram ao atual Trairás (também conhecido como Tupiraçaba), onde encontraram ouro de aluvial, ali fundaram uma vila que perdurou por anos em grande desenvolvimento chegou a ser uma das vilas mais desenvolvidas de Goiás, e foi por um dia a capital do império brasileiro e até hoje possui construções históricas que precisam ser rapidamente restauradas. Em 1833 o povoado passa a categoria de município desmembrado do antigo município de Traíras. Em 1975, pela distância da sede do município o distrito de Mimoso de Goiás é desmembrado de Niquelândia e anexado por Padre Bernardo. Atualmente, o município de Niquelândia é o maior município de Goiás. O município possui uma das maiores reservas de níquel do mundo, explorada por duas grandes mineradoras: Votorantim Metais, do Grupo Votorantim e a Anglo American, do Grupo Anglo American. São 120 minérios explorados, sendo que entre os principais, além do níquel e subprodutos, estão também: o ouro, o cobre, o cobalto, a mica, o ferro, o manganês, o cristal, o amianto, o diamante, o quartzo, o calcário, o mármore, até o urânio e outros minerais radioativos. Niquelândia possui um clima quente e seco no inverno e quente e úmido no verão. No inverno, as temperaturas mínimas podem alcançar os 15 °C, 14 °C e as máximas, aproximarem-se dos 30 °C. O turista encontra muitas opções de lazer, espalhadas em quase toda a sua extensão. A 28 km da cidade há a Gruta de São Bento, de rara beleza. As serras que cortam o Município propiciam o surgimento de diversas cachoeiras como a do Pai Chico, descoberta pelos bandeirantes no século XVIII. Como a região conserva ainda intactos quase 60% de sua vegetação natural, cortada por mais de cem córregos, o turista se desfruta de diversas quedas de águas de uma rica fauna e flora, com áreas de camping sem a ação depredadora do homem. O Lago de Serra da Mesa originado na barragem da Hidrelétrica de Serra da Mesa, com 130 km de extensão só no município de Niquelândia é outra grande atração turística,

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O mundo na palma da sua mão. Turismo Ecológico, Rural, Náutico, da Pesca, Cívico, de Negócios, Religioso, Arquitetônico...

Niquelândia Capital do Níquel fotos: Divulgação

Centro de Niquelândia com imagem do Obelisco

Lago Serra da Mesa com 1.784 km2 e 54,5 bilhões de metros cúbicos de água

Entrada principal de Niquelândia

além de um imenso potencial para prática de esportes aéreos, aquáticos e terrestres e também o Balneário Bucaína no caminho para Uruaçu que é muito procurado. No povoado de Tupiraçaba (antiga Traíras) existe uma ver-

dadeira galeria a céu aberto, mostrando as ruínas de uma cidade que já foi importante pólo econômico do Estado e que já foi capital brasileira por 24 horas, quando o Imperador D. Pedro II por ali passou e pernoitou na cidade. Outras atrações são as Igre-

jas São José e Santa Efigênia, com os altares mais ricos do Brasil, feitos de ouro puro e o Centro Cultural, antiga Casa da Intendência, que guarda objetos, roupas, livros e máquinas antigas e as casas da Rua Direita.

Pontos turísticos •Lago de Serra da Mesa - o lago artificial da Usina de Serra da Mesa) é o quinto maior lago do Brasil. Está em área inundada, com 1784 km² na elevação 460 m (em relação ao nível do mar), é o primeiro em volume de água 54,4 bilhões de metros cúbicos, tem atraído expressivo investimento na área de turismo, 57% de sua área está no município de Niquelândia. •Lago Azul - local para a prática do mergulho em apnéia (somente com o ar dos pulmões). Estima-se que o lago tenha mais de 300mts de profundidade, tem acesso pela GO 237, entrando pelo Balneário Bucaína, seguindo por 25Km até a sede da Fazenda da Anglo American, entra a direita e segue por mais 5Km (fica em propriedade particular, sendo necessário acompanhamento de condutor especializado). •Lagoa Santa – localizado na região do Mosquito, situado a 21 km da cidade. •Balneário Bucaína Camping Clube – situada a 37 km da cidade •Cachoeira do Muquém – situado na região do Muquém, fica a 48 km de Niquelândia. •Cachoeira de São Bento – situado a 44 km de Niquelândia •Cachoeira do Pai Chico – a cachoeira se divide em duas quedas de água, a distancia entre elas e de 35m. Situado a 40 km da cidade. •Gruta de São Pedro - situada a 28 km da cidade, o acesso é difícil pela região ser serrana. •Gruta do Cocal – situado a 28 km da cidade. •Pedra da Pinqueira – pedra bastante alta. Chama a atenção por ficar sozinha com árvores em volta e cheia de bicos. A pedra da Pinqueira tem dois salões, com distância de 400 metros entre eles. Situado a 30 km de Niquelândia •Igreja de Santa Efigênia •Casarão Secular •Centro Cultural Senador José Ermínio de Morais •Igreja Matriz São José •Praça no Traíras •Rua direita •Ruínas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição •Ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário •Ruínas do Cartório de Tupiraçaba Serviços: Niquelândia – GO Distância – 283km Rodovias – BR 080 – GO 414 http://www.niquelandia.go.gov.br/ Praça Mestre Dário, 01 – Centro Tel.: (62) 3959-7000


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Morador(a) de Águas Claras atira ovos pela janela durante evento cultural No domingo passado (02/07), durante a realização do evento Sai da Toca, Quadra 301, praça das Gaivotas, um morador ou moradora do Condomínio São Lucas atirou ovos pela janela contra os participantes e frequentadores do evento por volta das 21h. Pela narrativa dos presentes, um dos ovos atingiu uma artista que se apresentava no momento e o outro, uma criança. A manifestação, iniciada na sexta-feira 30/06, foi encerada no domingo 02/07. A proposta do organizador foi levar jovens talentos para para se apresentarem em um espaço público gratuito, além da apresentação de músicos e uma área gastronômica com food trucks. De acordo com várias testemunhas e declarações em redes sociais, no momento do ataque, o som estava com volume baixo e não incomodava ao ponto de estimular tal agressividade. Mesmo que incomodasse, este modo de manifestar-se contra este tipo de evento é abominável. O fato irritou centenas de pessoas que tentaram descobrir de qual apartamento teriam sido arremessados os ovos. Este tipo de atitude mostra o quanto viver em uma sociedade requer civilidade e, acima de tudo, respeito ao próximo. O ocorrido ganhou o apoio de centenas de moradores da cidade. É justo que o cidadão ou cidadã se manifestem contrários aos contínuos eventos que acontecem naquela praça. O local já é conhecido pela quantidade de bares, restaurantes, escolas e lanchonetes, que causam grandes aglomerações e barulhos nas cercanias da Quadra 301, somando-se agora com as constantes liberações de alvarás para todos os tipos de manifestações no local que, muitas vezes, iniciam na sexta-feira e só terminam no domingo, os moradores tem perdido a paciência com a Administração Regional. Outro fato é que existem canais apropriados para tais reclamações. A própria administração regional e os órgãos administrativos e de segurança pública do governo de Brasília. Nota para o morador(a) estúpido(a) e sem noção que arremessou ovos contra adultos e crianças no evento: Nota O!

Tiririca sem piada O deputado federal Tiririca (PR-SP) está sendo acusado pela sua ex-funcionária por assédio sexual. A denúncia foi feita pela empregada doméstica em um processo trabalhista e reafirmada por ela à Polícia Civil do DF depois que a esposa de Tiririca registrou uma ocorrência de extorsão contra a mulher. A petição foi distribuída na quarta-feira (28/06) ao ministro Celso de Mello do STF, já que o parlamentar goza de foro privilegiado. Pelo jeito Francisco Everardo Oliveira Silva, vulgo Tiririca, terá que se explicar, sem piadas, que brincadeira sem graça foi a dele com sua ex empregada. Conforme Maria Lúcia Gonçalves Freitas de Lima, o deputado federal teria praticado o assédio em pelo menos duas ocasiões, em São Paulo e em Fortaleza (CE), no ano passado. A ex-funcionária narrou os fatos no dia 20 de junho aos policiais da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). Pelo jeito, o Abestado, deverá ter umas dorsinhas de cabeça até os fatos serem esclarecidos. Nota para as brincadeiras de assédio sexual do Abestado Tiririca: Nota 0!

Morte de peixes no Rio Paranoá O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai investigar a morte de centenas de peixes encontrados às margens do Rio Paranoá no fim de semana. A causa é apurada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que coletou água e material do local para análise, e outros órgãos. Ao tomar conhecimento do fato, a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Prodema) determinou a análise da área. Lambaris, cascudos, piaus e outras espécies perderam a vida no desastre ambiental. O despejo irregular de esgoto pode ter sido o motivo da mortandade. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) aguarda asinvestigações, mas assegura que o “tratamento de esgoto é de excelente nível e reconhecido nacional e internacionalmente”. Se for confirmada a irregularidade, a estatal será multada. No ano passado, a empresa foi penalizada em R$ 774 mil por diversas irregularidades em suas estações. Nota para a CAESB por ser responsável pelo tratamento de esgoto no DF: Nota 0!

Ex-secretário de saúde envolvido em esquema foi indicação do ex distrital Dr. Charles O ex-secretário de saúde no governo Arruda, Joaquim Carlos da Silva Barros Neto denunciado na Operação Genebra, deflagrada em junho pela 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde e pela 7ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), foi indicação do ex-deputado distrital e atual suplente Dr. Charles (PTB). Ele esteve na chefia da pasta de saúde durante a gestão do ex-governador cassado e preso no exercício do mandato José Roberto Arruda (PR). O grupo denunciado pelo MP é acusado de lavagem de dinheiro, peculato, dispensa de licitação e uso de documento público falso. Os dirigentes da organização teriam se apropriado de R$ 3,4 milhões (mais de R$ 9 milhões em valores atualizados) sem nunca ter prestado qualquer serviço à Secretaria de Saúde do DF (SES). De acordo com a denúncia, entre agosto de 2009 e agosto de 2010, os acusados praticaram atos a fim de dispensar licitação fora das hipóteses legais, beneficiando-se economicamente. Nota para o ex-secretário e apadrinhado do médico e ex-deputado Dr. Charles: Nota 0!


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