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Infestação de lagartas brancas gera preocupação
Sara Lira e Lisley Alvarenga
Moradores de vários bairros de Betim têm reclamado recentemente da infestação de lagartas brancas. Elas aparecem em todos os cantos: nos quintais, dentro de casa, nos muros e, principalmente, em árvores. Como o corpo delas é recoberto de pelos, muitas pessoas temem que as lagartas sejam venenosas.
“Essas lagartas têm entrado nas nossas casas, infestando tudo. Está complicado mesmo. A gente coloca as roupas no varal, e elas entram nas roupas”, reclama o morador do bairro Jardim Brasília, Vinícius Ribas.
Quem também está preocupado com a grande quantidade de lagartas que tem aparecido nos últimos dias é a moradora Keila Bigão, do bairro Jardim Brasília. “Durante a semana, a gente viu essas lagartas na entrada e do lado de fora do prédio. Limpamos, e mui- tas apareceram mortas”, diz.
De acordo com o biólogo do Centro de Controle de Zoonozes e Endemias de Betim, Sérgio Chumbinho, o animal, conhecido como “lagartinha branca”, não oferece perigo ao ser humano.
“Lagarta é uma fase da vida dos lepidópteros, que são as borboletas e as mariposas. Elas fazem parte da natureza, e existem mais de 120 mil espécies pelo planeta. Algumas poucas são perigosas. No Brasil, temos cerca de 10 a 12 que são perigosas. No caso dessa lagartinha branca, ela não está no grupo das peçonhentas.
O máximo que ela pode causar é uma coceira”, afirma.
O especialista explica que a fase de nascimento e metamorfose da lagarta dura de dois a três meses, mas que ela consegue permanecer na área urbana por apenas cerca de 20 dias. “A orientação é apenas varrer e não interferir. Não fazemos a aplicação de veneno nem recomendamos a poda de árvores. Lembrando que o corte de árvores é um procedimento que requer autorização e que não é recomendado somente por causa da presença de lagartas”, detalha o profissional.
Calor e umidade favorecem a aparição de animais peçonhentos
A combinação de calor e umidade favorece o surgimento de animais peçonhentos nas urbanas, aumentando o risco de acidentes – ocorrências desse tipo são a segunda maior causa de envenenamento no país.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Betim, em 2022, o município registrou 140 acidentes envolvendo animais peçonhentos, sendo a maioria (88) escorpiões. Em 2021,foram152 casos,53deles provocados por escorpiões e
30 por lagartas.
No município, o Centro de Controle de Zoonoses e Endemias conta com uma equipe especializada no controle de animais sinantrópicos (espécies silvestres que conseguem se adaptar e viver junto com o homem).
O centro pode ser acionado via WhatsApp, pelo número(31)99928-2277.Em casos de aparecimento de serpentes e abelhas, os bombeiros também podem ser acionadospelotelefone193,bemcomo a Polícia Militar Ambiental, pelo número 3532-1748. Em caso de acidente, a vítima deveserlevadaimediatamente para a Unidade de ProntoAtendimento (UPA) mais próxima. (Da Redação)