Recorde. Em 30 dias, portal O TEMPO teve mais de 23 milhões de usuários únicos. Páginas 12
R$ 2,00 (outros Estados R$ 3,00) - www.otempo.com.br - Belo Horizonte - Ano 24 - Número 8564 - Terça-feira, 26/5/2020
ANFAVEA/DIVULGAÇÃO
Live do Tempo Luiz Carlos Moraes, da Anfavea, fala sobre impacto do dólar alto. Página 7
CORONAVÍRUS > PANDEMIA ALEX DE JESUS
Adiamento
Eleição pode ser realizada em dezembro ou em 2021 ¬ Comissão de representantes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Tribunal Superior Eleitoral vai analisar possibilidades. Alteração tem que ser feita por meio de emenda à Constituição, mas ainda não há consenso entre parlamentares. Página 14
SUPER.FC CRUZEIRO PREJUÍZO QUE VALE POR SEIS
Página 22
COBRANÇAS GALO APERTADO NA JUSTIÇA Ações trabalhistas de seis profissionais pedem ao clube R$ 43 milhões.
MAGAZINE
Página 23
COVER NOS MÍNIMOS DETALHES Sgt. Pepper, banda mineira que homenageia os Beatles, faz 30 anos. Página 18
ESOTÉRICO A mente é bem mais que o funcionamento do cérebro humano.
Após dois meses de fechamento, ruas do centro de BH voltaram a ficar cheias ontem; mesmo com algumas aglomerações, prefeitura diz que é cedo para avaliar
Comércio reabre pronto para o “novo normal” Lojas se adaptaram, mas população criou algumas aglomerações nas ruas ¬ Filas na rua para entrar em lojas, comerciantes atentos ao controle da lotação. No primeiro dia de reabertura parcial do comércio
em Belo Horizonte, o respeito ao uso de máscaras e à distância mínima entre as pessoas foi mais regra que exceção, apesar de o transpor-
te coletivo ainda apresentar problemas. Na sexta-feira, a prefeitura anunciará a continuidade ou não da flexibilização. Com 75% dos lei-
tos hospitalares disponíveis na capital, é possível experimentar a retomada, diz o infectologista Carlos Starling. Páginas 2 e 3 CRISTIANE MATTOS
Déficit de R$ 394 milhões em 2019 é maior que o de seis outros clubes juntos.
Ciência
OMS suspende testes com a cloroquina após avaliar riscos
Comportamento
Pandemia traz mais álcool e doces e menos exercícios
¬ Pesquisa com 96 mil pacientes, publicada na última sexta-feira, aponta que uso de cloroquina e hidroxicloroquina não teve sucesso no tratamento da Covid-19 e fez aumentar chance de morte por arritmia cardíaca. Página 9
¬ Estudo mostra que, no isola-
Fiscalização
Nova onda
PREFEITURA DE BETIM ORIENTA FUNCIONAMENTO DE TEMPLOS E IGREJAS.
MINISTÉRIO ALERTA PARA AVANÇO DA COVID-19 NO INTERIOR.
mento, cresce o consumo de bebidas alcoólicas e de alimentos não saudáveis. Entre os que faziam atividade física de três a quatro dias por semana, 46% deixaram de praticar. Página 4
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COLUNISTA LUIZ TITO E o ser humano?
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No Oiapoque, cliente tem que passar por medição de temperatura para entrar
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2 | O TEMPO BELO HORIZONTE | TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020
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Coronavírus
Cobertura especial
Por causa do avanço da doença causada pelo novo coronavírus, O TEMPO criou uma editoria especial para tratar do assunto. Acompanhe também a cobertura no portal O Tempo e na rádio Super 91,7 FM.
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PANDEMIA
Oiapoque reabre com controle de acesso e medição de temperatura CRISTIANE MATTOS
Movimento foi grande no primeiro dia de reabertura de parte do comércio
Metrô amplia horário Estações abertas. Com a reabertura gradual do comércio na capital mineira, o metrô também ampliou o horário e, desde ontem, está funcionando das 5h40 às 20h, com as 19 estações abertas. Desde o dia 21 de março, as viagens estavam suspensas entre 9h e 16h30, com operações somente nos horários de pico, que são das 6h às 9h e das 16h30 às 20h. O uso de máscaras é obrigatório. (Rafaela Mansur)
¬ LUCAS MORAIS ¬ No primeiro
dia após mais de dois meses fechado, o shopping Oiapoque, na região central de Belo Horizonte, registrou grande movimentação ontem. Apesar das filas que se formaram do lado de fora, no entorno, funcionários organizaram o distanciamento entre os clientes e fizeram o controle do acesso ao local. Com movimentação de mais de 2.500 pessoas por hora nos dias normais, a capacidade de atendimento no espaço está limitada em 507 clientes por vez. Além disso, os boxes passam a funcionar em dias alternados para evitar aglomerações. O motorista José dos Santos, 46, diz aprovar a flexibilização. Apesar da fila cheia, ele garante que não levou tanto tempo para entrar. “Pelo menos alguma coisa aberta. Fiz a compra bem rápido também, precisava de uma câmera de ré do ônibus. Aqui é mais barato”, conta. A opinião é compartilhada pela estilista Dorleane Torres, 53, que foi até o local para comprar um fone de ouvido sem fio. “De uma forma, dou apoio para os comerciantes, desde que use esse processo de controle de acesso para ajudar”, afirma.
160 mil cestas para doar
Regras. Movimento foi grande no Oiapoque; número de clientes foi limitado e todos tiveram temperatura medida
O sócio-diretor do shopping Oiapoque, Mário Valadares, enfatizou que foram adotadas diversas ações para organizar o fluxo de pessoas dentro da unidade, além da distribuição de máscaras para quem estiver sem o equipamento de proteção, aferição das temperaturas na entrada, desinfecção dos pisos com água sanitária e oferta de álcool em gel. A cada 30 minutos, um alarme é disparado para os comerciantes e os trabalhadores se lembrarem de passar álcool em gel nos bal-
cões e nas mãos. “Teve um pouco de excitação por parte dos belo-horizontinos, muitos deles acharam que ia abrir às 9h, fizeram uma fila grande. E, como a gente está com a limitação de 507 pessoas, muitos vão ficar lá fora esperando. Estamos fazendo o rodízio também, só metade dos boxes está abrindo, e um controle grande para evitar aglomeração. Colocamos sentido único nos corredores, e os locais de espera têm distanciamento de 1,5 m”, diz.
Conforme o decreto da prefeitura que entrou em vigor ontem, os shoppings populares podem funcionar das 11h às 19h. Dona de um box no shopping há 15 anos, Fernanda Rocha afirma que a flexibilização é um alívio para o setor. “Estamos com os pés no chão, temos que entender que é preciso cumprir as normas todas. O shopping está dando todo o suporte para a gente. Vai ser um processo mais lento, mas ficar fechado dois meses foi muito difícil”, comenta.
Em situação de vulnerabilidade. A Prefeitura de BH ainda não conseguiu doar todas as cestas básicas disponíveis para famílias em situação de vulnerabilidade e que moram no município. Até 19 de maio, apenas 440 mil das 600 mil cestas oferecidas a essa população – que inclui famílias cujos filhos estão matriculados na rede municipal e feirantes cadastrados – haviam sido retiradas nos pontos de distribuição. (Lara Alves) CRISTIANE MATTOS
ALEX DE JESUS
Transporte coletivo
Lotação máxima é respeitada Os ônibus do transporte coletivo de BH respeitaram ontem a lotação máxima permitida, na estação Diamante, no Barreiro, e todos os usuários usaram máscaras. Porém, algumas normas publicadas em decreto que começaram a valer ontem ainda não foram respeitadas. As concessionárias ainda não disponibilizaram álcool em gel nos veículos,
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Higienização da estação Diamante, no Barreiro, na manhã de ontem
que também não foram sinalizados para garantir o distanciamento entre passageiros. Na estação Diamante, a movimentação era grande de manhã. Havia filas para acesso aos coletivos, sem o cumprimento da regra de distância de segurança recomendada, mas os próprios passageiros controlavam a entrada nos ônibus e paravam de embarcar quando to-
dos os assentos eram ocupados. Funcionários faziam a higienização da estação. O professor Otávio Silva, 25, conta que, na ida para a região Centro-Sul, a movimentação é tranquila. Entretanto, na volta, os coletivos retornam cheios para o Barreiro. “Mas eu tenho percebido que as pessoas estão usando máscara e passando álcool em gel”, relata. Durante a fase de flexibili-
zação, o horário da operação do transporte coletivo será das 4h às 23h59 nos dias úteis e aos sábados e das 5h às 23h59 nos domingos e feriados. Segundo a BHTrans, para evitar aglomeração, foram feitas marcações nas estações, sobretudo no espaçamento das filas, nos assentos e nas filas para os guichês. (Rafaela Mansur)
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CORONAVÍRUS
PANDEMIA ALEX DE JESUS
Retomada teve máscaras e aglomerações Comitê diz que consumidor tomou cuidados, mas movimentofoigrande ¬ LUCAS MORAIS ¬ Parte da população de Be-
lo Horizonte voltou às ruas, ontem, no primeiro dia de flexibilização das atividades, e, mesmo com algumas aglomerações, o balanço da prefeitura é positivo. Membro do comitê de enfrentamento à Covid-19 na capital mineira, o infectologista Carlos Starling lembrou que houve uma adesão em massa às regras para evitar a disseminação da doença nas vias da cidade. “Já sabemos que ocorreu um aumento no número de pessoas nas ruas, mas a grande maioria com máscara, mantendo a distância regulamentar entre um e outro, sem nenhuma confusão, conforme a Guarda Municipal”, complementa. Apesar do aumento, a BHTrans informou que ainda não há dados consolidados sobre os impactos da medida no trânsito. De acordo com Starling,
a velocidade de transmissão do vírus segue sem grandes alterações na capital mineira. “Os dados são fundamentais para uma flexibilização. Temos hoje, no máximo, contando leitos privados e públicos, menos de 25% de ocupação desses em Belo Horizonte. Isso mostra uma estabilização que nos permite, com segurança, experimentar com cuidado uma abertura de pontos específicos”, argumenta. Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo Souza e Silva, o primeiro dia de flexibilização atendeu a expectativa dos lojistas beneficiados pelo decreto. “Houve um aumento da movimentação de pessoas, co-
Análise Para a continuidade do relaxamento. Segundo Jackson Machado, serão analisados dados sobre o trânsito, ocupação dos leitos de UTI e conscientização das pessoas.
mo é esperado por causa dos funcionários das lojas que foram autorizadas a funcionar a partir de hoje, e também do público em geral indo buscar alguma demanda reprimida de compras”, comenta. O secretário municipal de Saúde, Jackson Pinto Machado, no entanto, diz que ainda é cedo para realizar qualquer análise da primeira onda de flexibilização. A expectativa é que na sexta-feira seja anunciada a continuidade ou não desta fase de reabertura. Também existe a possibilidade de que todo o comércio, com exceção dos supermercados, farmácias e outros serviços considerados essenciais, tenham que voltar a fechar. “Nesse momento essa nota (sobre a reabertura de parte da cidade) não existe, é uma grande interrogação. O que a gente espera é que, de agora para frente funcione, só que, para isso, as pessoas têm que continuar usando máscara, sair de casa apenas para o essencial, continuar usando álcool em gel, fazer a higienização das mãos, usar a etiqueta da tosse”, recomenda. MOISES SILVA - 12.1.2017
Lamacpede quepopulação nãorelaxe ¬ No dia em que parte do co-
mércio de Belo Horizonte reabriu, o vice-prefeito de Belo Horizonte, Paulo Lamac, da Rede Sustentabilidade, em entrevista à rádio Super 91,7 FM, afirmou que a população não pode relaxar. “As pessoas precisam ficar em casa e não podem achar que essa reabertura é motivo para sair. Só deve sair de casa quem realmente precisa”. Lamac afirmou que, se foi possível flexibilizar o comércio agora, é porque a capital adotou medidas rigorosas de isolamento social no início da pandemia. “O prefeito Alexandre Kalil foi muito criticado quando adotou o isolamento social, mas foi isso que fez com que a curva fosse achatada”, explicou. (Thalita Marinho)
O vice-prefeito Paulo Lamac deu entrevista à rádio Super 91,7
No centro da capital, a movimentação era grande e havia filas de clientes em várias lojas
Após dois meses parado
Com fila do lado de fora de lojas, comércio espera boas vendas A movimentação de pessoas era grande pela manhã, ontem, na região central de Belo Horizonte. Em várias das lojas reabertas, havia filas de clientes nas ruas, e a expectativa dos comerciantes, após um período de perdas e demissões, é positiva. Em uma loja de cosméticos na avenida Afonso Pena, os funcionários mudaram a rotina de trabalho: há controle de entrada de clientes, oferta de álcool em gel, sinalização do espaço para garantir o distanciamento entre os consumidores e higienização reforçada. Segundo o gerente do estabelecimento, William Charles, houve cortes de 30% da equipe durante o fechamento. “Estamos com boa expectativa de retomada. Acredita-
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mos que muita gente tenha ficado em casa e que agora esses clientes que não tiveram oportunidade de comprar nesse período de quarentena vão retornar e fazer as compras”, afirma. Um comércio de lãs e aviamentos na rua Curitiba teve filas de clientes na rua. Só são permitidos três consumidores por vez dentro da loja, sempre de máscara. “Eu fico apreensivo por causa de aglomeração, mas a expectativa é vender. Queremos dar andamento, não como era antes, mas pelo menos para manter as despesas”, conta o gerente, Lucas Gama. Segundo ele, a loja está tendo muita demanda de material para a confecção de máscaras. No Barreiro, a movimenta-
ção de pessoas nas ruas também era grande no início da tarde. Anderson Miranda, gerente de uma loja de móveis, diz que dois funcionários foram demitidos e que o objetivo agora é retomar as vendas com segurança. “Estou bem confiante. Está dando movimento, as pessoas estão olhando, comprando, me surpreendeu, eu não esperava isso tudo”, afirma. O cabeleireiro João Santos, 76, atua na região há mais de 50 anos e conta que o movimento está lento, mas espera que o fluxo aumente nos próximos dias no salão do qual é um dos sócios. “Os clientes estão ligando para marcar, aos pouquinhos vai melhorando”, pontua. (Rafaela Mansur)
394 pessoas com sintomas
Avanço da Covid em BH
Cinco dias de barreiras em BH. Desde que as barreiras sanitárias foram instaladas em diferentes pontos da capital, no último dia 18, 75.943 pessoas foram avaliadas, das quais 394 apresentavam sintomas de coronavírus e foram encaminhadas a algum hospital. Na última quinta-feira, houve o maior número de pessoas encaminhadas ao sistema de saúde: 115. (Gabriel Moraes)
Boletim. Belo Horizonte concentra o maior número de óbitos em decorrência da Covid-19 em Minas Gerais, com 42 dos 230 notificados no Estado. A capital mineira também contabiliza a maior quantidade de pessoas diagnosticadas com a Covid-19 – são cerca de 1.400, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde.
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CORONAVÍRUS
PANDEMIA
Pandemia transforma hábitos dos brasileiros, aponta estudo FLÁVIO TAVARES
Pesquisa abordou alimentação, consumo de álcool e isolamento social ¬ PAULA COURA DANIELE FRANCO
¬ Ficar quieto dentro de ca-
sa e não sair para absolutamente nada. Essa foi a realidade enfrentada por 15% dos entrevistados do levantamento feito por acadêmicos no projeto ConVid – Pesquisa de Comportamento, estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que analisou como a população tem passado os dias de quarentena. De acordo com o levantamento, a maioria da população brasileira, 60% no total, respeitou o isolamento social e ficou em casa, só saindo para atividades essenciais (compras de supermercado e farmácia). “Isso mostra uma grande adesão ao isolamento social e às medidas que são extremamente benéficas para que nós possamos interromper a transmissão do vírus”, explicou a professora da Escola de Enfermagem da UFMG Deborah Carvalho Malta, uma das coordenadoras do estudo. Entre as pessoas que continuaram saindo e tomaram apenas certos cuidados, tais como não visitar idosos e manter distância de outras pessoas, os maiores percentuais (35%) ocorreram nas faixas de idade de 30 a 39 anos e 40 a 49 anos. QUARENTENA ETÍLICA. Abrir uma cerveja, acender um cigarro e comer um docinho são alguns dos hábitos que ficaram mais frequentes na rotina dos brasileiros como forma de desopilar diante do cenário de pandemia desde meados de março. O isolamento social afastou as pessoas, mas estreitou a relação de cerca de 18% da população com o álcool, que agora tem consumo quase diário durante a quarentena. “É como se eu virasse a chave da casa/trabalho para a casa/lar”, analisa o programador Caio Rodrigues, 24, que conta ter aumentado a frequência do consumo de
bebidas alcoólicas e cigarros em casa durante o isolamento. A professora Cynthia Monteiro, 26, experimenta a mudança desde que interrompeu as aulas na educação infantil por conta da pandemia, mas não teve a possibilidade de trabalhar em casa. “Por ser essa situação em que não precisamos estar disponíveis de segunda a sexta para trabalhar, acaba trazendo essa possibilidade de beber quando e onde quiser”, explica. DOCES. Outro dado revelado pelo estudo aponta o aumento no consumo de alimentos menos saudáveis durante a pandemia, especialmente os doces. O percentual de consumo de alimentos não saudáveis em dois dias ou mais por semana aumentou 6% para os chocolates e outros doces.
Consumo. Programador Caio Rodrigues diz que seu consumo de cigarros aumentou exponencialmente durante os dias de isolamento EDITORIA DE ARTE / O TEMPO
ISOLAMENTO EM DADOS
Prática física declina durante quarentena
Intensidade do distanciamento social durante o período de pandemia (segundo faixa etária – em %) 18 A 29 ANOS 1,5
17,7
68,5
12,3 Não fiz nada, levei vida normal
30 A 39 ANOS 1,6
35
55,1
8,2
9,9
Procurei tomar cuidados de distanciamento social, mas continuei trabalhando e saindo
13,2
Fiquei rigorosamente em casa, saindo só por necessidade de atendimento à saúde
40 A 49 ANOS 1,5
34,5
54,1
50 A 59 ANOS 1,4
25,4
60,1
60+ 1,7 10,3
57,3
FONTE: FIOCRUZ/UFMG/UNICAMP
Sem malhação
30,7
Fiquei em casa, só saindo para compras em supermercado e farmácia
Além da alimentação nada balanceada, a falta de atividades físicas é outro fator que vem se elevando entre os isolados pela pandemia. O estudo apontou que 62% deles não está praticando exercícios. Entre as pessoas que faziam atividade física de três a quatro dias por semana, 46% deixaram de praticar; e entre as que realizavam cinco dias ou mais por semana, 33% deixaram de se exercitar durante a pandemia. “As pessoas passam muito tempo em frente às telas, em frente ao computador. Esses hábitos sedentários são muito deletérios, tanto para o aumento de peso e o excesso da
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obesidade quanto também para repercussão de doenças cardiovasculares”, explicou a professora da UFMG Deborah Carvalho Malta, uma das coordenadoras do estudo. A professora Cynthia Monteiro conta que tentou continuar a rotina de exercícios em casa, mas acabou não se adaptando. “Eu tentei bastante, mas para mim não funcionou, todas as tentativas foram frustrantes, porque eu percebo que a academia me dá um gás, uma excitação a mais do que o exercício em casa, é um hábito que se perdeu”, lamenta. (DF)
Situação da Covid-19 em MG
Prefeito descumpre decreto
Atendimento ampliado
Balanço. Segundo último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o Estado tem 6.962 casos confirmados do novo coronavírus, sendo 230 mortes decorrentes da doença. Em 24 horas, foram 294 novos diagnósticos e quatro novas mortes. Belo Horizonte é o município com mais casos confirmados da doença (1.444), com 42 mortes, seguido de Uberlândia (573 casos e 14 mortes) e Juiz de Fora (529 casos e 26 óbitos).
Afastado. O prefeito de Itaverava, na região Central de Minas Gerais, José Flaviano Pinto (PR), foi afastado do cargo pela Justiça pelo período de 60 dias por descumprir o próprio decreto que definia as regras de isolamento social em meio à pandemia do novo coronavírus. Conforme relatos, Nô, como é conhecido o chefe do Executivo, teria mandado que os comerciantes mantivessem suas portas abertas, com a garantia de que não haveria multa ou qualquer tipo de retaliação no município, de cerca de 6.000 habitantes.
Hospital. O presidente da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Fábio Baccheretti, informou que os hospitais da entidade entraram na segunda fase de recebimento de pacientes com suspeita da Covid-19. As pessoas com sintomas da doença serão atendidas no Hospital Júlia Kubitschek, na região do Barreiro. Se o caso for de alta suspeição, o paciente será encaminhado para o Eduardo de Menezes, referência no tratamento da Covid-19; se for constatada baixa suspeição, ele permanece no Júlia Kubitschek.
O TEMPO BELO HORIZONTE| TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020 | 5
CORONAVÍRUS
PANDEMIA
Ministro alerta para aumento de casos no interior do Brasil TARSO SARRAF / AFP
Pazuello disse que cidades maiores devem se preparar para alta demanda ¬ BRASÍLIA. O ministro inte-
rino da Saúde, Eduardo Pazuello, alertou ontem para uma nova etapa do avanço da Covid-19 no Brasil, com aumento de casos em cidades do interior. “Temos o impacto das capitais e regiões metropolitanas. Esse impacto vai passar. E vamos ver espraiamento disso de alguma forma ao interior”, afirmou Pazuello em videoconferência de celebração dos 120 anos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Pazuello declarou que é preciso estar preparado para o avanço da doença, preparando estruturas de cidades maiores para receber pacientes dos pequenos municípios. Para ele, capitais já mostram queda de casos. “São três etapas muito claras: preparação; impacto em capitais e regiões metropolitanas; e impacto no interior. Não podemos esquecer que vem ainda o impacto no interior. A gente tem de estar preparado para isso”, alertou. O ministro já havia demonstrado preocupação
sobre o impacto da doença em cidades do interior na semana passada, durante reunião com conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde. As infecções fora da capital preocupam o governo de São Paulo, por exemplo. A Covid-19 chegou na última sexta-feira a 500 municípios paulistas (que tem 645 cidades), e a taxa de crescimento no interior é quase quatro vezes maior do que na capital. Na videoconferência sobre o aniversário da Fiocruz, Pazuello falou por menos de cinco minutos, expressando o empenho da instituição no combate ao coronavírus. No último domingo, o ministro interino esteve em manifestação pró-governo ao lado do presidente Jair Bolsonaro. O presidente novamente participou de aglomerações, contrariando recomendações de autoridades de saúde sobre o distanciamento.
Atenção redobrada. Em algumas cidades afastadas das capitais, o socorro aos doentes se torna uma missão muito complicada JOSÉ DIAS/PR
Balanço registra mais de 11 mil novos casos de contaminações ¬ BRASÍLIA. O Brasil registrou
Estados Ranking. São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará são os três Estados que mais registraram casos e mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus no Brasil.
Epcar suspende atividades Infecções. A Força Aérea Brasileira (FAB) decidiu suspender todas as atividades acadêmicas presenciais na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), situada em Barbacena, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais. A medida foi tomada após 195 de seus 507 alunos apresentarem resultado positivo para coronavírus. Dos alunos infectados, nenhum precisou ser hospitalizado.
Igrejas e templos liberados Atividades essenciais. O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), declarou ontem que as medidas atuais de isolamento vão permanecer esta semana. Crivella, contudo, indicou que o Rio poderá afrouxá-las no início de junho. Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o prefeito também decidiu incluir as igrejas na lista de serviços essenciais.
Pazuello quer que capitais e regiões metropolitanas ajudem interior
807 novas mortes causadas pela Covid-19 em 24 horas, o que aumentou o total de óbitos pela doença para 23.473 no país, segundo balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. De domingo para ontem, 11.687 novos casos de infecção pelo novo coronavírus foram registrados e agora já são 374.898 pessoas contaminadas. O Brasil segue ocupando a
Solicitação
Quarentena por região
Pandemia faz país pedir 20 vezes mais dinheiro a agências 7
BRASÍLIA. A crise do coro-
navírus e a piora nas condições do mercado brasileiro fizeram disparar o volume de dinheiro solicitado pelo governo a agências internacionais. O valor negociado neste ano já representa 20 vezes o registrado em 2019. O principal destino dos recursos são medidas para mitigar a crise gerada pela pandemia e a paralisação das atividades. O Tesouro Nacional busca um financiamento de ao menos US$ 4,1 bilhões, o equivalente a R$ 22,6 bilhões, em instituições como Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, o banco dos Brics),
segunda posição entre as nações com mais casos de Covid-19 no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que acumula mais de 1,6 milhão de infectados. Na lista de países com mais mortes acumuladas, o Brasil ocupa a sexta posição. Só fica atrás de EUA (97.974), Reino Unido (36.996), Itália (32.877), França (28.460) e Espanha (26 834).
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Corporação Andina de Fomento (CAF) e até a instituição de fomento alemã KfW. A medida foi tomada após a equipe econômica chegar ao diagnóstico de que a pandemia vai impactar o nível de recursos disponíveis no caixa do Tesouro. Ao mesmo tempo, o governo observa uma elevação do custo do financiamento da dívida no mercado doméstico. De 2017 a 2019, os valores de financiamentos obtidos diretamente pelo governo federal não passavam de US$ 250 milhões por ano e eram considerados pontuais.
A busca por esse tipo de financiamento só não é maior principalmente por causa da limitação das próprias agências. De qualquer forma, as negociações são feitas enquanto os técnicos veem uma necessidade significativa de recursos para mitigar a crise no momento em que o Brasil já registra déficits anuais sucessivos. A preocupação com a situação fiscal do país, somada à aversão global de investidores ao risco durante a pandemia, criou no mercado brasileiro de títulos públicos um ambiente de perda de referência de preços e falta de liquidez nos últimos meses.
Medida. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ontem que vai prorrogar a quarentena no Estado – prevista para terminar no dia 31 –, mas com maior ou menor flexibilidade a depender da situação de cada região. Segundo ele, há agora a possibilidade de executar uma quarentena “heterogênea do ponto de vista regional”, que podem variar a depender dos aspectos de cada região.
Repasse da Renova Apoio. A Fundação Renova anunciou ontem repasse de R$ 600 milhões para os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, como parte da compensação pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015. Desse montante, R$ 227,5 milhões serão destinados a obras em Minas. Uma delas é a finalização do Hospital Regional de Governador Valadares, na região do Rio Doce, que prevê a criação de 265 leitos no hospital.
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O TEMPO BELO HORIZONTE| TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020 | 7
CORONAVÍRUS
PANDEMIA
Estoques nas montadoras são de quatro meses de produção REPRODUÇÃO DA LIVE
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Luiz Carlos Moraes Presidente da Associação NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (ANFAVEA)
Confira entrevista no portal O Tempo
Presidente da Anfavea cobra que crédito para capital de giro chegue aos empresários e diz que dólar alto pressiona custos
Entrevista Estamos com uma produção nos patamares de abril de 1957. Já dá para pensar nos próximos três a cinco anos ou, do jeito que está, é melhor só socorrer o ano de 2020? Nós estávamos vindo numa produção e venda muito boas, com crescimento em relação ao mesmo período do ano passado de 9%. Quando recebemos o impacto da pandemia, na segunda quinzena de março, todas as montadoras decidiram, de forma espontânea, fechar as plantas, em função da preocupação com a saúde dos trabalhadores. A partir da segunda quinzena, com o fechamento dos comércios e o isolamento das grandes cidades, o emplacamento, o licenciamento de veículos, caiu 80%. Então, estamos em um momento difícil com a questão da doença, e a gente espera que o governo, de alguma forma, tenha uma solução para a crise da saúde. Na retomada pós-pandemia, o consumidor vai procurar por segurança sanitária. Eles podem demandar carros menores, mais compactos, mais econômicos para substituir inclusive o uso de transportes coletivos? Várias montadoras estão fazendo pesquisas para entender a preocupação do cliente, quem está interessado em comprar carro, que carro ele pretende comprar. Mas nós, da Anfavea, também somos associação que inclui caminhões e ônibus. E o ônibus, o transporte público, está sofrendo muito também. Então, nós estamos muito preocupados com o transporte público, em que caiu substancial-
mente o volume de passageiros. As empresas de transporte estão passando por uma fase muito difícil também. O modelo de transporte público vai ser revisitado, com os cuidados de segurança. Também estamos tentando acompanhar o que está acontecendo com outros mercados, que passaram pela crise da saúde um pouco antes do Brasil. Estamos olhando a China, a Alemanha. Existe uma preocupação da segurança. Mas ainda é muito cedo para concluir como vai ficar esse novo consumidor nesse novo mundo. Será que é o momento adequado para retomar a conversa com o governo federal sobre aquele programa que é renovação de frota? As receitas das montadoras caíram cerca de 80%, é um número dramático. Afetou toda a cadeia de produção. Estamos falando de mais de 500 fornecedores do Brasil, que geram muitos empregos. E nós temos toda a cadeia de concessionárias, são cerca de 7.000 no Brasil. Pequenas empresas, empresas familiares, estão sendo afetadas. Estamos falando de aproximadamente 1,2 milhão pessoas que estão direta ou indiretamente afetadas pela crise. Estamos muitos preocupados com isso e temos falado com o governo sobre isso. A primeira área que funcionou muito bem, e nós tivemos uma contribuição, foi a questão da Medida Provisória 936, que permitiu a gente fazer a gestão da mão de obra. Toda essa massa de trabalhadores, inclusive da cadeia de fornecedores, está com redução da jornada de trabalho e do salário. Com isso, estamos garantindo o emprego para essa
massa de trabalhadores. A segunda questão é o financiamento de capital de giro. Caiu a nossa receita, mas temos que pagar fornecedores, importação de materiais, terminar alguns investimentos que estavam em fase final de processamento. Os bancos têm dificultado. Como está a linha de crédito negociado com o governo de R$ 40 bilhões para toda a cadeia? Esse recurso saiu, chegou à ponta, esse valor seria suficiente? A linha para pequenas e médias empresas, segundo a gente tem observado, não está chegando. Está demorando para chegar, e esse é um problema não só do setor automotivo. É um problema geral de toda a economia. O Banco Central liberou uma liquidez de R$ 1,2 trilhão para toda a economia, mas nem tudo isso chegou à ponta. A gente tem visto o pessoal de bares, restaurantes,
“O modelo atual de transporte público no país vai ser revisitado, com os cuidados de segurança”
eventos, turismo, pequenas e médias empresas do setor industrial sofrendo muito com a questão do capital de giro. Então, o que nós temos defendido no diálogo com o governo é que é preciso fazer chegar à ponta. Se isso demorar, o risco de quebradeira de empresas é muito maior, e o risco de desemprego aumenta substancialmente. O setor vai enfrentar daqui para a frente a pressão do dólar. Nesse cenário, como é que fica para montadoras com relação aos fornecedores? Vai valorizar o fornecedor nacional para ter uma pressão menor do custo do dólar? Realmente nosso setor importa bastante e tem muita produção local, mas a importação é necessária, muitas vezes para as novas tecnologias, para produtos que ainda não têm fornecedor desenvolvido no Brasil. Isso tem uma consequência, piora ainda mais a situação, porque o dólar saiu de aproximadamente R$ 4 no final de dezembro e está praticamente a R$ 6. O custo dos veículos está sendo muito impactado. Nacionalizar é uma alternativa. Nós temos condições de produzir, mas alguns itens, novas tecnologias, alguns sistemas eletrônicos nós ainda não temos. A substituição para um fornecedor nacional também não é algo que se faça em um mês. Até desenvolver o fornecedor, investir no ferramental, receber amostras das peças e componentes, testar, demora até 18 meses. Algumas empresas estão retomando a produção. A Fiat, por exemplo, começou a produção de uma forma escalonada há 15 dias. Outras mon-
tadoras também. E o comércio vem reabrindo em alguns grandes centros. Vocês já estão sentindo uma demanda? Os números de maio devem ser melhores do que os de abril? Quando nós paramos a produção, as montadoras fizeram uma preparação para a volta. A gente precisava garantir uma segurança para o trabalhador. Então, nós nos reunimos na Anfavea e estudamos, com as experiências das nossas matrizes, quais eram as melhores práticas para poder voltar a produzir e adquirirmos um protocolo mínimo de saúde para a indústria. E todas as fábricas começaram a se preparar durante abril para implementar essas medidas. Desde como fazer o transporte das pessoas, como orientar as pessoas na própria casa, quando chegar à fábrica, ter medição de febre, ambulatórios, como limpar peças, ferramentas, máquinas, equipamentos. Como atender banheiros, restaurantes, cantinas. Algumas montadoras começaram a voltar em ritmo muito lento, primeiro por causa da curva do aprendizado. E outra questão é que a gente depende da demanda. No final de abril, nós fechamos com aproximadamente quatro meses de estoque. Essas datas de retorno dependem de dessa equação. Qual é o normal de estoque? Normalmente, a gente roda um mês, um mês e meio de estoque. Se o mercado vier mais rápido, você tem estoque para atender; se você tiver uma queda, você consegue administrar. (Helenice Laguardia, Raimundo Couto e Karlon Aredes. Colaborou Américo Ventura)
Live do Tempo Programação. A live está disponível às 14h no portal O TEMPO e nas redes sociais do jornal. 8 Convidado de hoje: Alarico Assumpção Júnior, presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave)
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CORONAVÍRUS
PANDEMIA RODOLFO BUHRER / LA IMAGEM
Caixa
Aplicativo vai oferecer pagamento porQRCode próximos dias, a Caixa deve incluir no aplicativo Caixa Tem a possibilidade de fazer pagamentos diretamente pelo celular, por meio do QR Code. A novidade foi anunciada ontem pelo presidente do banco, Pedro Guimarães. Segundo ele, a medida vai aumentar o uso do dinheiro depositado ao permitir que os usuários façam compras em farmácias, supermercados e vendas sem a utilização do cartão. “Isso vai acelerar o uso do dinheiro depositado, reduzir a necessidade de ir nas agências e permitir que dezenas de milhões de brasileiros que nunca tiveram acesso a um cartão, a uma conta de banco, consigam uma cidadania melhor”, afirmou. Os números atualizados mostram que 55,9 milhões de pessoas receberam os R$ 65,5 bilhões da primeira e da segunda parcela do auxílio emergencial. Guimarães ressaltou que não é preciso madrugar na frente das agências do banco porque a maior parte dos pagamentos já está regularizado. “Todos serão atendidos e nós já organizamos um calendário que equilibra a rapidez necessária do pagamento do auxílio com cuidado com a vida”, declarou. O QR Code é um tipo de código de barras utilizado para fazer pagamentos. Ao fazer a compra, o código aparece na tela da maquininha do cartão. Dessa maneira, o comprador aproxima o celular com o aplicativo aberto e permite o débito na conta sem o uso do cartão.
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Paraná. Unidade da Renault em São José dos Pinhais retomou a produção em 4 de maio; matriz negocia empréstimo bilionário com governo francês, que não descarta cortes
Embratur vira agência Sancionado. Bolsonaro sancionou a medida que transforma a Embratur em agência. Trechos da proposta foram vetados e retornarão ao Congresso. O texto original atacava duramente as fontes de receita do Sebrae, que recebia 85,75% do adicional da Cide repassado ao Sistema S. O texto sancionado deslocou 15,75% desse bolo para ajudar a financiar a Embratur.
Mercado de imóveis cai Abril. A indústria da construção civil estima queda de 38,8% nas vendas de imóveis em abril. Entre lançamentos, a redução deve ficar em 63%. A estimativa foi divulgada ontem pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). A previsão do setor é a de que 6.498 imóveis tenham sido comercializados no mês passado, contra 10.306 no mesmo mês de 2019. MEC/DIVULGAÇÃO
Com matriz em crise, Renault tem futuro incerto no Brasil Montadora negocia empréstimo que pode determinar opção por outros mercados ¬ GABRIEL RODRIGUES ¬ A crise que o setor automo-
bilístico sofre devido à pandemia pode resultar em fechamento de montadoras no Brasil, como a Renault. A matriz fez um pedido de socorro de US$ 5,4 bilhões à França para continuar funcionando, que ainda não foi confirmado. A montadora francesa mantém uma planta em São José dos Pinhais, no Paraná, que retomou a produção em 4 de maio. Ao todo, a Renault gera pelo menos 7.000 empregos no Brasil. Ontem, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse que não pode garantir que não haverá cortes
de empregos na Renault e que não está exigindo que a montadora mantenha todas as suas fábricas locais abertas. O governo francês detém 15% da Renault e vai dar à empresa a opção de ajustar sua produção, declarou Le Maire. Para José Caporal , CEO da Megadealer, que presta serviços para o segmento automotivo, a situação da linha de produção da Renault no Brasil depende exclusivamente da matriz. “Não temos montadora brasileira. O que acontece com o grupo em termos globais nos afeta diretamente”, afirma Caporal, que acredita que o governo francês deva intervir para evitar a falência do grupo. “É uma empresa que gera muitos empregos e de uma importância enorme para a economia”, acrescenta.
EFEITO CASCATA. Segundo o
presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, a crise no setor automobilístico é global e impactará o mercado brasileiro. Moraes estima que, da previsão de 90 milhões de unidades produzidas neste ano, só 70 milhões sairão das fábricas. A situação preocupa porque a retração da atividade econômica mundial pode levar a uma ociosidade na indústria, que vai optar por manter plantas nos países com melhores condições. “Deixarão de ser produzidos, nessa hipótese, 20 milhões de automóveis no mundo. A ociosidade vai ser mundial. (As empresas) vão optar pelos países mais competitivos, que têm a menor burocracia, menor custo tributário, regulatório mais sim-
ples”, analisou Moraes ontem na Live do Tempo, acrescentando que fatores como a alta carga tributária e burocracia colocam o Brasil em posição desfavorável frente a outros mercados. Um consultor comercial da Renault no Brasil, que mantém anonimato, diz que colegas não têm se preocupado com o fechamento da fábrica no país, mas aguardam pronunciamento da CEO global interina da empresa, Clotilde Delbos. “É uma multinacional que acabou de fazer vários investimentos no país, então (a ideia de que ela vai encerrar as atividades) não fecha a conta”, afirmou. A Renault Brasil foi procurada, mas não respondeu. Parceira da Renault desde 1999, a Nissan afirmou que não comenta especulações. (Com Tatiana Lagôa)
BRASÍLIA. Nos
Até quatro parcelas
Pagamento do Fies é suspenso BRASÍLIA. O governo federal permitiu a suspensão do pagamento de parcelas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) por causa da pandemia, conforme resolução do comitê gestor do Fundo publicada no “Diário Oficial da União”. A suspensão dos pagamentos foi decidida pelo Congresso em projeto de lei sancionado pelo presidente Jair
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Suspensão. Decisão vale para os contratos que estejam na fase de utilização, carência ou amortização
Bolsonaro. A decisão vale para os contratos que estejam na fase de utilização, carência ou amortização durante o estado de calamidade pública do país, decretado em 20 de março e que se encerra em 31 de dezembro deste ano. A suspensão alcança duas parcelas para contratos em fase de utilização ou carência e quatro parcelas para contratos em fase de amorti-
zação e se aplica aos financiamentos que estavam em dia antes da vigência do estado de calamidade. A resolução estabelece que o estudante interessado em suspender as parcelas deverá se manifestar perante o agente financeiro do Fies no prazo de até 31 de dezembro e que não serão cobrados juros de mora ou multa por atraso.
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CORONAVÍRUS
PANDEMIA ROBERTO COSTA/CÓDIGO 19/FOLHAPRESS - 19.2.2020
OMS suspende teste com cloroquina após estudo indicar risco Pesquisa com 96 mil pacientes diz que remédio aumenta mortes por arritmia ¬ GENEBRA, SUÍÇA, E BRASÍLIA. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou uma suspensão temporária dos testes que vinha conduzindo com a cloroquina e a hidroxicloroquina por meio da articulação internacional conhecida como Solidariedade. A decisão foi comunicada pelo diretor geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na introdução da entrevista coletiva de ontem. Ela resultou da deliberação do grupo executivo da Solidariedade, que testa possíveis terapias contra a Covid-19. Segundo Ghebreyesus, a suspensão se baseou num estudo publicado na última
sexta-feira pela “Lancet”, a maior revista científica do mundo. A pesquisa foi realizada com 96 mil pessoas e mostrou que a cloroquina e a hidroxicloroquina não apenas não tiveram sucesso no tratamento da doença, como também aumentaram os riscos de morte decorrente de arritmia cardíaca. “O grupo executivo implementou uma pausa temporária do braço da hidroxicloroquina no Estudo de Solidariedade, enquanto os dados de segurança são revisados pelo Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados”, informou o diretor geral. Ghebreyesus reiterou que a preocupação está relacionada ao uso específico de hidroxicloroquina e cloroquina contra a Covid-19. “Desejo reiterar que esses medicamentos são aceitos
como geralmente seguros para uso em pacientes com doenças autoimunes ou malária. A OMS fornecerá mais atualizações à medida que sabemos mais”, concluiu. BRASIL. A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu também ontem um pedido da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) para proibir o novo protocolo do medicamento aprovado pela Ministério da Saúde.
Donald Trump Entusiasta. O presidente dos EUA afirmou ontem que parou de tomar a hidroxicloroquina para prevenir a Covid-19. “Acabe de terminar. E ainda estou aqui”, disse Trump.
Em suas redes sociais, a deputada criticou o protocolo instituído pelo governo federal e citou as ponderações de entidades internacionais sobre a falta de comprovação da eficácia do remédio no combate à Covid-19. “Contra todos os indícios, na última quarta-feira, o Ministério da Saúde liberou o uso em massa da cloroquina. Esse protocolo pode custar milhares de vidas e nos impede de atuar de maneira eficaz contra a doença”, escreveu ela. Na semana passada, após determinação do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde implementou um protocolo que prevê o uso do medicamento em estágios iniciais de pacientes com o novo coronavírus. A PGR ainda não informou se tem algum prazo para analisar o pedido da parlamentar.
Governo mudou protocolo para indicar a utilização da cloroquina
AFP PHOTO / WORLD HEALTH ORGANIZATION / CHRISTOPHER BLACK
Minas Gerais
MP recomenda a 46 municípios O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas (MPMG) recomendaram ao governo do Estado que o protocolo de atendimento à Covid-19, modificado por decisão de Jair Bolsonaro, seja adotado em 46 municípios mineiros. O protocolo referese ao uso da cloroquina em pacientes com sintomas leves. Segundo a recomendação, todas as alternativas “ seguras” devem ser considera-
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Decisão. Diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa realizada ontem
EUA iniciam restrição hoje Brasileiros. O governo dos EUA antecipou para hoje as novas regras sobre entrada de brasileiros no país. O decreto que impede estrangeiros que passaram pelo Brasil 14 dias antes de tentarem entrar nos EUA começa a valer às 23h59. Anteriormente, a restrição estava programada para entrar em vigor nesta sexta. Estão isentos os brasileiros que residem nos EUA; casados com norte-americanos ou com residentes; menores de 21 anos que sejam filhos ou irmãos de norte-americanos ou residentes; membros ou tripulantes de companhias aéreas; e quem viaja ao país a convite do governo dos Estados Unidos.
das, sob pena de “omissão”. O medicamento deve ser disponibilizado nas regiões judiciárias de Ituiutaba, Uberlândia e Paracatu e Unaí. Os municípios afetados são: Araguari, Araporã, Cascalho Rico, Douradoquara, Estrela do Sul, Grupiara, Indianápolis, Iraí de Minas, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Nova Ponte, Romaria, Tupaciguara, Uberlândia, Guarda-Mor, João Pinheiro, Lagoa Grande, Paracatu, Vazan-
Em todo mundo
Bares reabrem em Madri
‘Alerta máximo deve continuar’ SÃO PAULO. O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que os países que têm reaberto gradualmente suas economias devem estar atentos para o risco de novos casos de coronavírus. “Uma segunda onda de contágios pode ser preocupante”, afirmou ontem o diretor executivo da entidade, Mike Ryan. Ele disse que uma “se-
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te, Arinos, Bonfinópolis de Minas, Brasilândia de Minas, Buritis, Cabeceira Grande, Chapada Gaúcha, Dom Bosco, Formoso, Natalândia, Riachinho, Unaí, Uruana de Minas, Urucuia, Cachoeira Dourada, Campina Verde, Canápolis, Capinópolis, Carneirinho, Centralina, Gurinhatã, Ipiaçu, Ituiutaba, Iturama, Limeira do Oeste, Prata, Santa Vitória e União de Minas. (Da redação)
gunda onda” de casos normalmente ocorre em pandemias, mas não necessariamente um “segundo pico”. “Todos os países precisam continuar em alerta máximo contra o coronavírus”, complementou a líder da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove. Para isso, é preciso fortalecer a estrutura de cada país em testes, rastreamento da doença, isola-
mento dos casos confirmados e capacidade hospitalar. Ryan disse que alguns países, na Ásia, conseguiram controlar a doença sem medidas muito intensas de isolamento social, mas complementou que isso só foi possível porque havia neles um monitoramento adequado da doença, com testes, busca por casos e isolamento dos doentes.
Desconfinamento. Após dez semanas de confinamento, a população de Madri pode voltar ontem aos bares e parques, embora apenas nos espaços externos. Foi o início do desconfinamento progressivo em Madri e também em Barcelona e parte da região de Castilla e León. A medida já havia começado no restante do país. Nesta fase, os terraços dos bares, os espaços de culto e os museus e bibliotecas podem reabrir, mas com capacidade limitada e mantendo uma distância de segurança. Também são permitidos encontros de até dez pessoas. Na última semana, a Espanha conseguiu conter os óbitos abaixo de 100 por dia.
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CORONAVÍRUS
PANDEMIA
Agentes de força-tarefa em Betim fiscalizam 86 templos religiosos Ação, realizada de quinta a domingo, verificou adoção de medidas contra Covid ¬ JOSÉ AUGUSTO ALVES ¬ A força-tarefa de fisca-
lização da Prefeitura de Betim, na região metropolitana, iniciou uma nova fase no último fim de semana, tendo os templos religiosos como foco da ação. Quase 90 espaços foram fiscalizados pelos agentes entre quinta-feira e domingo. O objetivo foi orientar os proprietários dos estabelecimentos para que esses locais possam cumprir todas as normas de segurança sanitárias determinadas pelo município com o intuito de evitar a propagação do novo coronavírus na cidade. Para que possam funcionar, as igrejas, assim como os restaurantes, devem assinar um Termo de Ajustamento Municipal (TAM) concordando em seguir todas as determinações como restringir o número de pessoas, disponibilizar álcool em
PREFEITURA DE BETIM/DIVULGAÇÃO
gel e controlar o distanciamento entre os frequentadores, além de exigir o uso de máscaras pelos visitantes. De acordo com a Procuradoria Geral do Município, 86 templos foram visitados na ação no fim de semana. “Nos locais que fiscalizamos, não encontramos irregularidades. Todos estavam cumprindo as determinações do TAM. Em apenas um, havia muitos idosos e, conforme o decreto, não é permitido, pois eles fazem parte do grupo de risco da Covid19, e, em outro, o distanciamento estava um pouco irregular. Orientamos os responsáveis com relação a isso”, disse o procurador geral de Betim, Bruno Cypriano. Segundo ele, a primeira etapa, que abrangeu de quinta a domingo, foi mais de orientação sobre as normas. “A partir das próximas fiscalizações, começaremos a aplicar as penalidades previstas caso haja descumprimento das normas, com multa ou até mesmo o fechamento do espaço”, detalhou. “E a fis-
2ª edição
Ação do Bem doa álcool e máscaras Pela segunda vez, a Ação do Bem vai percorrer ruas de Betim para distribuir 3.000 máscaras e 500 frascos de álcool em gel. Os itens foram doados pela instituição de ensino Una e pela empresa de cosméticos Vitrate. A ação será hoje, nos bairros São Caetano e Parque das Indústrias. A primeira edição ocorreu no início do mês. A iniciativa reforça a distribuição dos itens que vem sendo feita pela prefeitura, com o apoio de empresas e instituições, desde o início da pandemia. Só nesta semana, estão sendo distribuídas 60 mil máscaras e 100 mil frascos de 500 mL de álcool líquido 70% nas regiões Teresópolis, Alterosas, Imbiruçu e PT. O órgão já havia distribuído 240 mil frascos. (Lisley Alvarenga)
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Primeira fase. Fiscais se concentraram em orientar responsáveis; na próxima etapa, poderão autuar
calização seguirá também nos outros estabelecimentos, como bares, que estão proibidos de abrir, restaurantes e comércio em geral”, disse. BALANÇO. Até o momento,
398 templos e 152 restaurantes de Betim já firmaram o TAM com a prefeitura. De acordo com o muni-
cípio, 8.559 estabelecimentos da cidade já foram fiscalizados desde o início da pandemia, 455 foram fechados, e outros 70, multados por terem descumprido normas. Já o não uso de máscaras, equipamento de proteção obrigatório na cidade, resultou na aplicação de 254 multas.
Balanço Atual. Betim teve até agora 73 casos confirmados da Covid-19, sendo que 29 pacientes já estão recuperados. Foram registrados seis óbitos pela doença, mas dois ocorreram fora da cidade.
ARQUIVO PESSOAL
Tratamento
Fisioterapia virtual cresce em meio à pandemia da Covid-19 ¬ LUCAS MORAIS ¬ Em tempos de necessida-
de de isolamento social, principalmente para pessoas do grupo de risco ao novo coronavírus, a fisioterapia virtual tem crescido em todo o país. Doutoranda em fisioterapia pela Northeastern University, em Boston, nos Estados Unidos, a especialista Lygia Alux Ferreira conta que a prática tem sido importante para manter os tratamentos de pessoas com idade avançada, doenças crônicas, condições pulmonares preexistentes e também para preparar o organismo para uma possível infecção. “Se elas não receberem atendimento, devido ao isolamento social, terão a saúde comprometida. Por esse motivo, muitos fisioterapeutas vêm atendendo por vídeo, e
essa prática é estudada desde a década de 1990 nos EUA, crescendo agora no Brasil. A medida tem realmente mostrado a importância da fisioterapia para proporcionar aos pacientes um atendimento confortável e seguro”, defende a especialista. DOENTES. Lygia lembra ainda que, pelo fato de o novo coronavírus comprometer principalmente as funções respiratórias, a fisioterapia desempenha um papel fundamental entre os pacientes já infectados. “O fisioterapeuta atua de várias formas para trazer um conforto para o paciente que está acamado e também para acelerar sua recuperação. Na área hospitalar, o profissional vai atuar juntamente com uma equipe multidisciplinar nos casos de pessoas em esta-
do grave e na terapia intensiva”, completa. Ainda de acordo com Lygia, esses profissionais da saúde são responsáveis por todas as etapas em que o paciente necessita da ventilação mecânica, desde a intubação até a manutenção do procedimento. “E outras condutas impor-
tantes também são a remoção da secreção brônquica, melhora da capacidade pulmonar e até mesmo a movimentação desse paciente no leito, importante para prevenir ou melhorar a integridade e amplitude de movimento articular e da força muscular durante essa fase de imobilidade”, explica
Longa imobilidade vai exigir mais cuidados na recuperação ¬ A fisioterapeuta Lygia Alux
Ferreira conta que, apesar de muitas pessoas não saberem, após a recuperação do novo coronavírus, o paciente ainda seguirá debilitado devido à longa internação e à imobilidade gerada por essa situação. “Neste caso, o fisioterapeuta atuará na recupe-
ração motora e das capacidades pulmonares”, diz. Lygia ainda frisa a importância de mantermos nosso corpo saudável para o caso de contrair o coronavírus. “É preciso manter um bom condicionamento físico, mas sem exageros que possam causar lesões”, conclui. (LM)
Lygia alerta para benefícios da fisioterapia em doentes do coronavírus
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aparte@otempo.com.br
A.PARTE
LUIZ TITO luiz.tito@sada.com.br
E o ser humano?
Projeto
Auxílio-moradia pode custear hotel para profissionais da saúde do Estado O deputado estadual Cleitinho Azevedo (Cidadania) apresentou um projeto de lei que permite a doação do valor gasto com auxílio-moradia pelos parlamentares para custear, temporariamente, hospedagens dos profissionais da saúde que trabalharem diretamente no combate à pandemia do novo coronavírus no Estado. O texto aguarda parecer do Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para ir à votação em plenário. Atualmente, cada parlamentar tem à sua disposição o valor de até R$ 4.377,73 como benefício para cobrir as despesas com aluguel ou hospedagem. Caso a proposta de Azevedo seja sancionada, será aplicável enquanto perdurar o estado de calamidade pública.
Segundo o Projeto de Lei 1.952/2020, para a efetivação da doação, o deputado doador encaminhará ofício à Mesa Diretora, especificando a quantia da verba indenizatória a ser destinada à doação, até o limite máximo do reembolso admitido, o tempo de duração da doação, em periodicidade mensal, e o hospital cujos profissionais da saúde serão contemplados com hospedagens próximas ao local de trabalho. Os profissionais serão escolhidos por meio de sorteio, e a permanência individual na hospedagem deve coincidir com o tempo de duração da doação informado pelo deputado. Os estabelecimentos onde os profissionais da saúde ficarão hospedados devem estar o mais próximo possível do hospital indicado pelo par-
lamentar, para que seja evitado o uso de transporte coletivo. Para o deputado, os profissionais que estão na linha de frente no combate ao coronavírus “estão deslocando de um lugar para o outro e não estão tendo moradia”. “Os deputados estão tudo dentro de casa. Por que eles estão usando auxílio-moradia? Não faz sentido pagar auxílio para os deputados enquanto os profissionais da saúde que estão no combate precisam se deslocar, às vezes têm que pagar um hotel. É mais fácil abrir mão desse auxílio e destinar para esses profissionais. Acho extremamente justo”, avaliou Azevedo. No início do mandato, ele já havia tentado acabar com o benefício. Sobre a forma de fazer a doação, o autor do projeto disse que a Assembleia devolveria os valoANDERSON RIEDEL/PR
res para a Secretaria de Estado de Saúde, que repassaria o montante aos estabelecimentos. Azevedo disse que pediu ao líder do bloco dele, o deputado Sávio Souza Cruz (MDB), para articular junto aos outros líderes a ida do texto ao plenário. “Que eles possam colocar o quanto antes, até porque estão dando prioridade para as propostas que combatem o coronavírus e acho que esse projeto tem tudo a ver, já que estamos beneficiando quem está nesse combate”, afirmou. Pelo caráter de urgência do tema e da excepcionalidade dos trabalhos no Legislativo, o texto pode ser votado e aprovado em turno único antes de seguir para sanção do governador Romeu Zema (Novo). (Lucas Henrique Gomes)
Coronavírus
Exame dá negativo, mas Toffoli fará novo teste O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, testou negativo para o novo coronavírus. O magistrado fez uma pequena cirurgia no último sábado e, horas após a operação, apresentou sinais respiratórios que sugeriram infecção pela Covid-19. Por isso, permaneceu hospitalizado. Em boletim divulgado ontem, os médicos informam que o exame para a doença deu negativo, mas afirmaram que o teste será realizado novamente “pela possibilidade de falso negativo em função da janela imunológica”. Na ausência de Toffoli, o ministro Luiz Fux, vice-presidente da Corte, ficará à frente do tribunal.
Com prorrogação do pagamento de impostos, arrecadação federal caiu 28,9% em abril ¬ A arrecadação federal registrou queda de 28,95% em abril deste ano na comparação com o mesmo mês de 2019. Em valores reais, já corrigidos pela inflação, a queda foi de R$ 37,7 bilhões. Além da desaceleração da economia, a arrecadação foi afetada por medidas tomadas pelo Ministério da Economia para ajudar empresas durante a pandemia do novo coronavírus, como a prorrogação do pagamento de impostos, segundo a Receita Federal. A queda na arrecadação em abril é superior aos R$ 29,5 bilhões previstos pelo governo federal para custear
o programa Bolsa Família em 2020. A queda também é superior ao orçamento anual de 11 das 18 pastas com status de ministério no governo federal. Entre elas estão o Ministério do Desenvolvimento Regional (R$ 33,7 bi), o Ministério da Infraestrutura (R$ 28,4 bi) e o Ministério da Agricultura (R$ 23,6 bi). O que contribuiu para a queda de R$ 37,7 bilhões na arrecadação foram as medidas tomadas pelo governo federal para ajudar as empresas durante a pandemia. A principal delas foi o impacto de R$ 35 bilhões devido à prorrogação do prazo pa-
ra o pagamento de impostos. O Ministério da Economia anunciou que os pagamentos das empresas relativos ao PIS/Pasep, ao Cofins e à contribuição patronal para a Previdência de abril serão feitos apenas em agosto. O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer criar um programa de parcelamento dos impostos que estão sendo adiados, um “Refis do coronavírus”. A ideia é evitar que as empresas recebam uma conta alta de impostos em um momento em que ainda teriam dificuldades por causa do novo coronavírus. (Pedro Augusto Figueiredo)
Carla Zambelli Deputada federal (PSL-SP)
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“No período em que o Sergio Moro foi juiz, a única pessoa que ele prendeu fora do PT e que era de grande escala foi o Eduardo Cunha. A gente não teve prisões do mensalão tucano, de vários mensaleiros tucanos que já estavam sem foro privilegiado. Ele tinha predileção pelo PT.”
O
ministro do STF Celso Mello decidiu que o melhor dia e hora para liberar à imprensa e à curiosidade pública o vídeo da reunião dos ministros de Estado e comandada, no dia 22 de abril, pelo presidente Jair Bolsonaro seria na última sexta-feira, depois das 17h, para que os fatos revelados não interferissem na estabilidade econômica, em especial nos índices da Bolsa e na cotação do câmbio. Tinha receio o decano de que o dólar subisse às alturas, o que nos últimos tempos tem alegrado fortemente os exportadores do agronegócio e de minério de ferro. Sobre a Bolsa ninguém falou, mas ela abriu ontem com 5% na valorização das ações, e o dólar com iguais 5% de baixa. Então, até positivamente se afetou a economia. O fim de semana e a segunda-feira passamos com insistentes declarações e análises de cronistas políticos sobre os impropérios de Bolsonaro e sua claque de ministros, vários deles exagerados no puxa-saquismo para ajustarem seus sorrisos, convicções e preconceitos ao pior que o presidente já revelou em encontros formais, de terno e gravata. A reunião convocada para discutirem urgentes questões de Estado, entre elas a da Covid-19, transformouse num festival de impropriedades, traduzidas em ameaças e bravatas, em que mais lembradas foram as mães de figuras pouco ou nada próximas do dia a dia palaciano. De Covid-19, apesar da relevância da epidemia, nada se falou.
A pandemia já matou mais de 22 mil seres humanos; muitos, frutos da omissão do Estado Essas circunstâncias vêm se tornando comuns no dia a dia brasileiro. A pandemia já matou mais de 22 mil seres humanos; muitos, frutos da desassistência ou da omissão do Estado. A maior parte das nossas autoridades de saúde, por medo ou vassalagem, tromba entre si e não consegue se encontrar sequer para decidir sobre quais medicamentos devem ser prescritos para combater a doença. Já não vigiamos nem coibimos centenas de ladrões travestidos de gestores públicos que se aproveitam da ineficiência da lei para roubar descaradamente em licitações na construção de hospitais e CTIs e na compra de insumos para assistência médica, num frontal desrespeito àqueles que dão suas vidas nas frentes de trabalho para socorrer infectados. Passa da hora de ser seriamente avaliado se o isolamento social representa ou não a melhor alternativa de prevenção e expansão desse flagelo que vitima a população mundial e que no Brasil, lamentavelmente, vai crescer. Diante de tudo isso, convenhamos: o grave naquela reunião revelada não foi o palavrório, o show de deseducação e desrespeito a A ou B ou D: é o que não foi dito, não foi considerado ou priorizado e que diz respeito ao ser humano, cidadão, que com seu trabalho e sofrimento paga essa conta e tem direito ao que espera.
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NOVOS TEMPOS
PARA A
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As vendas online vão competir com as loja físicas. E, se precisar, vamos orientar os lojistas a não aumentarem os preços, para que atraiam de novo o consumidor.
COMUNICAÇÃO
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árias atividades vão se transformar, e o relacionamento entre as pessoas não será o mesmo após a pandemia do coronavírus. Pelo menos essa é a aposta de especialistas e de estudiosos do comportamento humano. Muita coisa que antes demoraria de três a cinco anos para mudar agora vai se modificar em meses ou, até mesmo, dias. “O mundo vinha mudando num caminho tranquilo. Mas, com a Covid-19, tivemos que acelerar essas transformações. Com o isolamento, as pessoas estão repensando suas vidas, suas prioridades”, afirma o professor de gestão e finanças da UNA, Cleyton Izidoro. No jornalismo, não será diferente. Especialmente no jornalismo local e regional, a mudança será grande. Atenta a esses movimentos, a Sempre Editora – empresa responsável pelos jornais O TEMPO e Super Notícia e pelo portal O Tempo, além da rádio Super 91,7 FM – também se esforça para compreender esse “novo normal” e investe em seu jornalismo ultralocal e preferencialmente digital, sem abrir mão de suas plataformas tradicionais. “Muitas empresas estão
aproveitando o momento para se modernizarem. Estruturas menores, trabalho remoto, foco no regional, atenção ao jornalismo de dados e voltado para o superlocal serão as premissas desse novo tempo”, explica o jornalista e sócio da consultoria Mídiamundo, Eduardo Tessler. A professora de jornalismo do UniBH, Lorena Tárcia, reforça a importância de um jornalismo cada vez mais complementar. “Um conteúdo do impresso pode ser complementado por outros da rádio e do digital. É um tripé: multiplataforma, expansão da narrativa e mais necessidade de participação. As pessoas não querem repetição, é importante construir um universo em torno de uma história”, diz. Em dois meses de pandemia, o portal O Tempo se consolidou como o maior produtor de notícias do EstaCONSOLIDAÇÃO.
do e também como o site local com a maior audiência. Em um período de 30 dias, a página otempo.com.br alcançou recordes de mais de 23 milhões de usuários únicos e cerca de 115 milhões de pageviews, segundo números do Google Analytics de abril. “Tivemos um crescimento de 147,58% comparando-se fevereiro e março deste ano. É um percentual acima da média e é a nossa consolidação como canal de notícia entre os mineiros. Além disso, crescemos em outras localidades, como São Paulo e Rio, reforçando a qualidade de nosso conteúdo e também a eficácia de nossas estratégias de alcance”, destaca Cândido Henrique Silva, editor executivo da Sempre Editora.
Marcelo de Souza e Silva Presidente da CDL-BH
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As decisões precisam ser m tempestivas. Você não só o médio p mas o que vai aco agora. Você tem tomar uma dec muito rápid Ana Karina Bortoni Presidente do BMG
O TEMPO BELO HORIZONTE| TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020 | 13 REPRODUÇÃO REDES SOCIAIS FOTOS ARQUIVO O TEMPO/DIVULGAÇÃO
CONSOLIDAÇÃO EDITORIA DE AR TE / O
TEM PO
Jornalismo de qualidade como maior patrimônio
s mais ê olha prazo, ontecer m que cisão do. Dias
”
“
A gente ainda vai levar um tempo para entender o que é esse novo normal e, efetivamente, estabelecer um programa de investimentos. Samuel Flam
Presidente da Unimed-BH
”
“
A sociedade vai esquecer algumas coisas, mas outras serão novos comportamentos humanos. A digitalização vai ser uma delas. Antonio Filosa
Presidente da FCA para a América Latina
”
NÚMEROS DA SEMPRE EDITORA O portal O Tempo se consolida como o maior produtor de notícias do Estado
{15 de março a 15 de abril { 115 milhões de pageviews
23,4 milhões de usuários
Aumento de
147,58% se comparado o mesmo período ao anterior
25.261.243
pessoas é o alcance semanal das redes sociais de O TEMPO
A transformação que está acontecendo com força total não terá fim quando a pandemia passar. Mas, se, por um lado, o jeito de se fazer jornalismo muda para acompanhar as novas exigências, o compromisso com a qualidade continua e segue um caminho constante de aperfeiçoamento. A editora executiva da Sempre Editora Renata Nunes ressalta a importância de passar por este momento ao lado de uma equipe extremamente competente e disposta a se adequar ao mundo pós-pandemia. “Nosso grupo é formado por profissionais gabaritados, criativos, ligados em todos os acontecimentos e bastante dedicados a desenvolver novas estratégias de trabalho no jornalismo diário. A empresa segue inovando, com a mesma seriedade que a consolidou no mercado, e sempre atenta às tendências impostas pelo novo normal”, diz. “Jornalismo sério, responsável e de qualidade é o nosso maior patrimônio. Com profissionais qualificados e em várias frentes de trabalho, entregamos aos nossos leitores e ouvintes muita informação que retrata exclusivamente a realidade, ainda mais em um momento em que as fake news ganham uma velocidade absurda e preocupante”, afirma Juvercy Junior, editor executivo da Sempre Editora.
FONTE: GOOGLE ANALYTICS, FACEBOOK, INSTAGRAM E TWITTER
COMPLEMENTARIEDADE DAS INFORMAÇÕES
Live do Tempo é estratégia para unir plataformas Diante da necessidade de mudar – e mudar rápido –, a Sempre Editora vem apostando na rota da complementariedade de informações. Há quatro semanas, o grupo lançou o projeto Live do Tempo, uma ação estratégica conjunta entre o portal, a rádio e o impresso. Sempre às 14h, o programa já abordou temas relativos ao comércio, às montadoras de automóveis, aos bancos e ao turismo. Juntas, as entrevistas com porta-vozes dos mais variados setores somaram 1.450.400 visualizações no portal e nas redes sociais, além de contar com a audiência de mais de 60 cidades da rádio Super 91,7 FM. A Live do Tempo também contou com a repercussão dos jornais impressos, que,
apesar das dificuldades logísticas, continuam ocupando as primeiras colocações no Índice de Verificação de Comunicação (IVC), com tiragens que superam mais de 100 mil exemplares de segunda-feira a sexta-feira – ainda altas para o momento. “Nossa estratégia é aproveitar o momento para consolidar nosso lema, que é jornalismo mineiro profissional e de qualidade. Acreditamos que será o diferencial e o fio condutor para nos mantermos atuantes e relevantes. As pessoas perceberam o valor das marcas tradicionais da comunicação, e vamos agora entrar nesse novo mundo, oferecendo novos produtos para as novas empresas, com marcas tradicionais ou não, que continuarão precisan-
do do jornalismo sério, que combate as fake news e suas consequências. É um grande desafio, mas, sobretudo, uma grande oportunidade”, diz Heron Guimarães, diretor executivo da Sempre Editora. Nomes como o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva; Antonio Filosa, presidente da FCA para a América Latina; Ana Karina Bortoni Dias, presidente do BMG; e Samuel Flam, presidente da Unimed-BH, falaram sobre as dificuldades e as oportunidades que virão a partir da nova ordem mundial que vai se estabelecer nas relações entre consumidores, intermediários de vendas e empresas. REPRESENTATIVIDADE.
14 | O TEMPO BELO HORIZONTE | TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020
Política
7 Convocação a Weintraub I
Os senadores aprovaram ontem a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para prestar explicações a respeito das declarações feitas por ele durante reunião ministerial do dia 22 de abril. Por ser nesta segunda-feira (25), o ministro não poderá faltar.
7 Convocação a Weintraub II
O requerimento de convocação, de autoria da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), foi aprovado em votação simbólica. Weintraub irá participar da sessão virtual do Senado, em data a ser definida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
TEL: (31) 2101-3915 Editor: Ricardo Correa ricardo.correa@otempo.com.br e-mail: politica@otempo.com.br twitter: http://twitter.com/OTEMPOpolitica Atendimento ao assinante: 2101-3838
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Pandemia. Comissão de parlamentares vai discutir com Corte Eleitoral novas datas para a realização do pleito
Eleições municipais podem ser adiadas para o mês de dezembro REPRODUÇÃO YOUTUBE
Ideia que ganha força prevê primeiro turno no dia 6 e segundo no dia 20 ¬ THAÍS MOTA ¬ Em função da pandemia
de coronavírus, o Congresso Nacional já trabalha com a possibilidade de adiamento das eleições municipais para dezembro deste ano ou início de 2021. A medida deve ser discutida em uma comissão conjunta formada por representantes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ontem, os senadores decidiram, em reunião de líderes, que não deverão votar nenhuma matéria envolvendo as eleições municipais deste ano antes do dia 30 de junho. Até lá, os congressistas vão analisar como se desenvolverá a crise do coronavírus e manterão conversas com técnicos do TSE para avaliar os cenários. O novo presidente da Corte, Luiz Roberto Barroso, já afirmou diversas vezes ser contra a prorrogação de mandatos ou a coincidência das eleições municipais com as gerais em 2022. Para que seja efetivada qualquer mudança no calendário eleitoral, é preciso que esta seja feita por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição. A previsão das eleições no primeiro domingo de outubro é determinada pela Constituição. Segundo o deputado federal Júlio Delgado (PSBMG), a proposta que tem ganhado mais força na Câ-
Dificuldade Contas. Na avaliação de Júlio Delgado, a aprovação de uma PEC, que demanda 3/5 dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49), não deve acontecer enquanto o Congresso não retomar as sessões presenciais.
mara é a realização do primeiro turno em 6 de dezembro e o segundo turno no dia 20. Assim, explica ele, há mais possibilidades de que todos os Estados tenham passado pelo pico de casos de coronavírus. “Enxergando que teremos picos de Covid-19 em diferentes datas pelo Brasil afora, parece que prepondera uma questão do adiamento para 6 de dezembro, o primeiro turno, e o segundo turno para o dia 20”, sinalizou o deputado. Porém, o tema não é unanimidade entre os congressistas. Na avaliação do deputado Lafayette Andrada (Republicanos-MG), não faz sentido realizar as eleições ainda durante o período de validade do decreto de calamidade pública assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em março deste ano, que só termina em 31 de dezembro de 2020. Ele defende o adiamento para o próximo ano de todo o processo, o que inclui também a postergação dos atuais mandatos de prefeito e vereador. “A eleição tem duas fases, as convenções e as eleições. Minha sugestão é de convenções no início de janeiro e o primeiro turno no final do mês, e em fevereiro o segundo turno. E então os mandatos seriam prorrogados em três ou quatro meses. Não vai ter jeito”, disse Andrada. Outra questão que chegou a ser aventada por Barroso é que a votação ocorra em um prazo maior, em dois ou três dias ou com horário de votação estendido. As medidas visam à redução de aglomerações, mas trazem consigo um custo maior. O líder do PSD na Câmara e coordenador da bancada mineira em Brasília, deputado federal Diego Andrade, defende a prorrogação dos mandatos. “A minha proposta é de que, se for adiar, então que prorrogue o mandato. Adiar por um mês ou dois é melhor não adiar. Aí é preferível fazer a eleição em dois ou três dias para que não se tenha aglomeração”, disse Andrade.
Frases “A educação não pode ser capturada pela mediocridade, pela grosseria e por visões pré-iluministas do mundo. Precisamos armar o povo com educação, cultura e ciência.” “Na medida em que as redes sociais adquiriram protagonismo no processo eleitoral, passaram a sofrer a atuação de milícias digitais, que disseminam o ódio e a radicalização. São terroristas virtuais.” Luiz Roberto Barroso Preocupação. Barroso criticou os ataques à democracia e exaltou a busca por “denominadores comuns”
PRESIDENTE DO TSE
PABLO VALADARES/CÂMARA DOS DEPUTADOS - 5.11.2019
Recados
Em posse, Barroso defendeademocracia 7
Júlio Delgado acredita que o pleito pode ser realizado em dezembro DIVULGAÇÃO/CÂMARA DOS DEPUTADOS - 16.4.2019
Andrada prevê que o ideal seria marcar a disputa para 2021
BRASÍLIA. O novo presiden-
te do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, tomou posse dando recados ao governo. Integrante também do Supremo Tribunal Federal (STF), ele disse que a Corte pode, sim, ser criticada, mas isso não pode justificar “o ataque destrutivo às instituições a pretexto de salválas, depurá-las ou expurgálas”, o que já provocou, segundo ele, “duas longas ditaduras” na história do país. Barroso também criticou as deficiências no ensino brasileiro, dizendo que é preciso “armar o povo com educação, cultura e ciência”. E elogiou mulheres líderes de governos estrangeiros que tomaram medidas restritivas para frear a epidemia de covid-19, caminho oposto ao defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, que acompanhou a cerimônia de posse por videoconferência. “Como qualquer institui-
ção em uma democracia, o Supremo está sujeito à crítica pública e deve estar aberto ao sentimento da sociedade. Cabe lembrar, porém, que o ataque destrutivo às instituições, a pretexto de salvá-las, depurá-las ou expurgá-las, já nos trouxe duas longas ditaduras na República. São feridas profundas na nossa história, que ninguém há de querer reabrir”, disse Barroso. O presidente do TSE também falou sobre a necessidade de se encontrarem “denominadores comuns”. “Pontes, e não muros. Diálogo em vez de confronto”, defendeu, completando: “Quem pensa diferente de mim não é meu inimigo, mas meu parceiro na construção de um mundo plural. A democracia tem lugar para conservadores, liberais e progressistas. Só não há lugar para a intolerância, a desonestidade e a violência”.
O TEMPO BELO HORIZONTE| TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020 | 15
POLÍTICA
Crise. Equipe de Augusto Aras avalia se Bolsonaro pediu mudança na PF motivado por interesses pessoais
Para procuradores, vídeo mostra presidente pressionando Moro Chefe do Executivo nega que declaração tenha sido sobre a corporação ¬ BRASÍLIA. A equipe do pro-
curador geral da República, Augusto Aras, vê indícios de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu algum dos seguintes delitos ao, supostamente, interferir na Polícia Federal: prevaricação, advocacia administrativa ou afronta a um dispositivo da lei de abuso de autoridade. A avaliação, preliminar, é feita com base nos últimos
elementos de prova que vieram à tona no inquérito que apura se a ingerência do mandatário na corporação, denunciada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, tinha como objetivo blindar parentes e aliados políticos em investigações. Na última sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a divulgação do vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro pressiona por mudanças na PF. A equipe considerou que no vídeo e em outros elementos, como mensagens trocadas por celular, há evidências de que o presidente se movia pelo propósito de asse-
gurar alguma vantagem a si próprio ou a terceiros. A expectativa é de que, com o avanço das investigações, seja possível delimitar melhor qual é o tipo penal aplicável. Um dos desafios da investigação é identificar quem
Entenda Trâmite. Caso o presidente seja denunciado por crime comum, o processo só prossegue com aval da Câmara. Aí ele segue para o STF. Se a denúncia for aceita, ele é afastado.
em específico ele buscava eventualmente beneficiar e em quais processos. Isso dependerá de diligências ainda pendentes, como depoimentos de testemunhas. Segundo a equipe de Aras, tendo em vista as informações já obtidas no inquérito, em caso de denúncia seria possível enquadrar o presidente em alguma das três infrações. O procurador geral designou três procuradores da República para auxiliá-lo no caso. Mas a decisão sobre se cabe acusar o presidente e sobre qual dispositivo da lei será eventualmente aplicado é exclusiva de Aras. Isso só
ocorrerá mais adiante, após a PF concluir o inquérito e apresentar relatório final à Procuradoria Geral da República. Segundo investigador com acesso ao caso, o vídeo aponta que, de fato, Bolsonaro pressionou Moro a nomear policiais de sua confiança em cargos-chave da PF com a intenção de favorecer parentes e aliados. Num dos momentos da reunião, ele olha na direção de Moro e diz: “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui. E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família to-
da, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final!”. Bolsonaro nega tentativa de ingerência indevida na PF. Ele sustenta que, ao falar em trocas no Rio, referia-se à equipe que faz a sua segurança pessoal e a de sua família naquele Estado. (Fábio Fabrini e Matheus Teixeira/Folhapress) MARCOS CORRÊA/PR
Demissão
Assinatura sem aval de Moro Em ofício encaminhado à Polícia Federal, a Secretaria Geral da Presidência admite que a assinatura de Sergio Moro foi incluída no ato de exoneração de Maurício Valeixo da diretoria geral da Polícia Federal sem a ciência do então ministro da Justiça e Segurança Pública. A informação de que Moro não havia assinado o despacho foi revelada pelo jornal “Folha de S.Paulo” na manhã de 24 de abril, após a publicação da demissão. O órgão justifica que é
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BRASÍLIA.
praxe acrescentar o nome do ministro relacionado à publicação do “Diário Oficial da União” em questão e, por isso, a assinatura de Moro endossou a demissão. O governo alega que houve um descuido, mas não uma ilegalidade. O presidente Jair Bolsonaro é investigado por falsidade ideológica pela Procuradoria Geral da República (PGR) no inquérito que apura a veracidade das acusações do ex-juiz da Lava Jato contra o chefe do Executivo. Isso porque, ao pedir demissão do governo em 24 de
abril, Moro afirmou que não havia assinado o decreto de exoneração de Valeixo divulgado horas antes de anunciar que sairia do ministério. “Verifica-se da situação concreta que, como na data da publicação do decreto – 24 de abril –, Sergio Moro ainda era ministro da Justiça e Segurança Pública, essa foi a simples e única razão pela qual o seu nome fora indicado no corpo da publicação para fins de referenda”, diz o documento. (Fábio Fabrini e Matheus Teixeira/Folhapress)
Breve. Após autoconvite, Bolsonaro se encontrou com Aras e conversou com ele por 10 minutos
GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO
Bolsonaro
Perícia 0 Apuração. A câmera usada pela Presidência da República para gravar a reunião ministerial do dia 22 de abril passará por perícia. Agentes da Polícia Federal recolheram o equipamento na tarde de ontem. O procedimento foi acordado previamente com a Advocacia Geral da União. (Gustavo Uribe/Folhapress)
‘Acredito, por Justiça, no arquivamento’
BRASÍLIA. Apoiadores de Jair Bolsonaro hostilizaram jornalistas ontem em frente ao Palácio da Alvorada. Pouco antes dessas agressões verbais, o presidente, ao passar perto dos repórteres, criticou a imprensa. “No dia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divulgou nota ontem sobre o vídeo da reunião ministerial divulgado após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello. Ele listou sete considerações sobre o tema, sendo que uma delas é que, “por questão de Justiça”, acredita no arquivamento natural do inquérito que motivou a publicização do encontro. A reunião ocorreu no dia 22 de abril. A divulgação do conteúdo fez parte da investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a supos-
7 Apoiadores do presidente insultaram e ameaçaram os jornalistas
Apoiadores hostilizam jornalistas após crítica ¬
Autoconvite
que vocês tiverem compromisso com a verdade, eu falo com vocês de novo”, disse. Alguns simpatizantes dele apoiaram respondendo “Isso aí”. Os xingamentos aos jornalistas que esperam a saída de Bolsonaro na porta do Alvora-
da diariamente se tornaram comuns, mas, desta vez, a agressividade foi maior. O Gabinete de Segurança Institucional foi informado da redução da segurança e dos ataques, mas não havia se manifestado até o fechamento desta edição.
ta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. No texto, o presidente afirmou que nunca interferiu nos trabalhos da PF. “São levianas todas as afirmações em sentido contrário. Os depoimentos de inúmeros delegados federais ouvidos confirmam que nunca solicitei informações”, escreveu. Bolsonaro ainda declarou que reafirma o compromisso e o respeito com a democracia e os membros dos Poderes Legislativo e Judiciário. Ele completou que é momento de todos se unirem. (Fransciny Alves)
0 Pedido. O procurador geral da República, Augusto Aras, defendeu ontem a “harmonia para que a independência não se transforme no caos”. 0 Contexto. A declaração foi dada durante a posse do subprocurador geral da República Carlos Alberto Vilhena no cargo de procurador federal dos Direitos do Cidadão. 0 Presença. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participava por videoconferência do ato, mas, ao cumprimentar os procuradores, se convidou para ir à Procuradoria Geral da República, onde esteve com Aras durante cerca de 10 minutos.
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16 | O TEMPO BELO HORIZONTE | TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020
O.PINIAO
Editorial
Duke
ECONOMIA NO AR A proibição da entrada nos Estados Unidos de voos saídos do Brasil não é apenas um amargo revés para a diplomacia nacional, trata-se de um duro golpe nos planos de recuperação da economia. As companhias aéreas brasileiras já contabilizavam uma queda de 93,1% na demanda em abril deste ano em relação ao mesmo mês de 2019, e o número de 399 mil passageiros transportados foi o pior resultado dos últimos 20 anos para o setor. No início do mês, as três principais empresas aéreas avisaram ao Planalto que o valor sugerido pelo BNDES de R$ 2,4 bilhões de socorro não seria suficiente para cobrir as perdas. Individualmente, algumas empresas registraram prejuízo de mais de R$ 6 bilhões só no primeiro trimestre. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a declarar que a União poderia se tornar acionista das companhias, contrariando o credo liberal e desestatizante que sempre defendeu, para garantir o funcionamento desse segmento. A medida do governo Trump, prevista para entrar em vigor no dia 28, aprofundará ainda mais a crise das empresas aéreas. No mais recente Anuário do Transporte Aéreo, compilado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os Estados Unidos perdem apenas para a Argentina como destino em número de voos anuais (26,5 mil em 2018) e é líder absoluto na quantidade de passageiros embarcados (5 milhões). Temerosa do crescimento do número de casos da Covid-19 no Brasil e de olho na reação de seu público interno em ano eleitoral, a Casa Branca deu provas de que não há amizade que resista às razões de Estado. A conta será paga em reais pelas companhias e em empregos para os quase 2 milhões de trabalhadores que dependem do setor no país, segundo a Associação Brasileira de Empresa Aéreas.
FUNDADOR PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE DIRETOR EXECUTIVO
Vittorio Medioli Laura Medioli Marina Medioli Heron Guimarães
GERENTE COMERCIAL
EDITORES EXECUTIVOS
Alessandra Soares
Renata Nunes Cândido Henrique Silva Juvercy Júnior
GERENTE DE ASSINATURA
Fernanda Rodrigues GERENTE INDUSTRIAL
Guilherme Reis GERENTE DE CIRCULAÇÃO
Isabel Santos GERENTE ADMINISTRATIVO
Rômulo Lima
COORDENAÇÃO DE JORNALISMO
Flaviane Paixão EDITORES
Primeira: Isis Mota Política: Ricardo Corrêa Opinião: Frederico Duboc Economia: Karlon Aredes Brasil/Mundo/Interessa: Aline Reskalla Super.FC: Frederico Jota Magazine: Marília Mendonça Fotografia: Daniel de Cerqueira
OPINIÃO
www.dukechargista.com.br
REGINALDO LOPES Deputado federal (PT-MG) dep.reginaldolopes@camara.leg.br
Não bastam apenas palmas Projeto indeniza profissionais e familiares do ambiente da saúde
N
os primeiros dias de março, cidadãos da Espanha, da Itália e de Portugal aplaudiram de suas janelas os profissionais de saúde que estavam na linha de frente do enfrentamento da pandemia. A homenagem correu o mundo e foi repetida no Brasil. Mas identificamos que apenas palmas não eram suficientes, e sim direitos e garantias para esses importantes trabalhadores. Transformamos as palmas em um projeto de lei, que, para nossa felicidade, acaba de ser aprovado. O PL 1.826/2020 surgiu para dar mais segurança a todos os profissionais de ambientes hospitalares que tenham sido gravemente afetados pela pandemia. Uma demanda de diversas categorias que foi catalisada pelo movimento Mais do que Palmas, do programa GregNews, apresentado por Gregório Duvivier. O texto aprovado, que ainda precisa da aprovação do Senado e da sanção presidencial, prevê indenização às famílias de todos os profissionais de ambiente hospitalar vítimas da Covid-19, além de indenização àqueles e àquelas que ficarem impossibilitados de trabalhar em razão do combate à pandemia. Uma indenização de R$ 50 mil será paga tanto aos profissionais médicos quanto aos motoristas de ambulância, aos enfermeiros, aos trabalhadores do serviço de limpeza
e copa, aos fisioterapeutas, àqueles que trabalham no atendimento, além dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. Ou seja, todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras que se exponham ao risco e que venham a ser lesados de maneira grave. Já aos dependentes menores de 21 anos, a indenização será de R$ 10 mil para cada ano que falta para completarem tal idade.
A aprovação por unanimidade mostrou compromisso e capacidade de trabalho dos partidos, na qual alguns deixaram momentaneamente de lado as diferenças Tive a felicidade de ser o autor da proposição aprovada e contei com a contribuição da deputada Fernanda Melchionna (PSOL/RS), na condição de coautora, e de outros 26 deputados e deputadas que apresentaram projetos que foram apensados, ou seja, que tiveram propostas incorporadas à matéria que foi à votação em sessão remota da Câmara dos Deputados. A aprovação por unanimidade mostrou compromisso e capacidade de trabalho e de articulação dos parti-
dos políticos, na qual alguns deixaram momentaneamente de lado as diferenças e eventuais intolerâncias e aprovaram um projeto que faz muito bem ao Brasil. Vidas não têm preço, e não há nada que possa substituí-las. A indenização, chamada de “auxílio-saúde” por alguns, pode não ser a ideal, mas é a que pôde ser aprovada na Câmara de maneira emergencial. Para além dessa mínima valorização, faz-se necessária a mobilização por novos projetos para os profissionais que estão enfrentando a pandemia, como os profissionais da enfermagem, por exemplo. Esses não têm piso salarial nem uma jornada justa, o que busco corrigir em um novo projeto no qual farei uma proposta de jornada de 30 horas semanais, com um piso de R$ 6.000. A enfermagem é uma função diferenciada e importante; mesmo quando a medicina não apresenta recursos para um paciente, é ela que continua cuidando. É urgente garantir algum tipo de ajuda para esses profissionais que atuam nas condições mais diversas (e adversas) possíveis, arriscando a própria vida para salvar a de milhões de brasileiros e de brasileiras. Isso nada mais é do que o poder público reconhecer o papel desses heróis e heroínas, algo já feito pelo Brasil em suas janelas, que hoje bate tanto panela quanto palma para as pessoas certas.
O TEMPO BELO HORIZONTE| TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020 | 17
OPINIÃO
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entre aspas
“Nossa orientação é que venham só os que realmente precisam.”
“(China e EUA) estão à beira de uma nova Guerra Fria.”
Kleyverson Rezende
Wang Yi
DIRETOR DO DETRAN-MG
CHANCELER DA CHINA
Sobre a volta do atendimento presencial
Acerca da hostilidade entre os países
Desacreditar as instituições enfraquece o país no mundo
Paulo César de Oliveira
Jornalista e empresário pco@vbcomunicacao.com.br
Hora de muita calma
B
em, parece que o mal está feito. O Brasil conseguiu desacreditar suas instituições. As que ainda não estão totalmente desacreditadas ainda vão chegar lá pelo insano trabalho de seus valentes soldados que estão determinados a realizar um trabalho que atribuem à vontade popular, mas que é, na realidade, em interesse próprio, mesmo que esse interesse seja apenas alimentar o ego que não conseguiram alisar por não terem chegado aonde imaginavam ser possível. Avaliaram mal a competência. E nós pagamos por essa incompetência aliada à irresponsabilidade e à irracionalidade de outros. É possí-
vel dominar o país pela força, mas e o mundo? Globalizado, o mundo – leia aí o mundo financeiro – ficou mais arisco, menos sujeito às instabilidades dos governos. E, queiramos ou não, vamos depender do mundo para nos reerguermos. Aliás, o mundo hoje é dependente do mundo. A crise econômica é tão intensa e atingiu a todos de forma avassaladora que os países terão que se dar as mãos para se levantarem juntos. De nada adianta pensarmos em produzir, vender, exportar, lucrar, se nossos parceiros não tiverem superado suas crises, se não tivermos credibilidade, o que depende fundamentalmente da solidez das institui-
ções. E nós destruímos as nossas. Jogamos lama sobre todas elas num trabalho que não nos parece fruto apenas da irresponsabilidade e do radicalismo. Há sinais de uma orquestração, uma estratégia para fortalecer o Executivo por meio da desmoralização dos demais Poderes. Não previram o fato novo – e isso é comum nos que se sentem ungidos: a pandemia do novo coronavírus, muito mais esperto do que todos. Com ela, o mundo mudou. O mundo não se divide mais em direita e esquerda. Aliás, há muito tempo. Não há mais a vantagem de se pertencer a um grupo e ser por ele protegido. Agora, cada país terá que se credenciar pela
competência, pela seriedade e pela segurança que oferece. E nós temos alguma segurança a oferecer ao mercado. Acreditamos, ou nos fazem acreditar, muito em nossas riquezas e nosso potencial. Mas isso não basta. Riquezas há por todo o mundo. O que todos vão procurar agora é segurança. Ela não é a oferecida pelas forças de segurança, é garantida pela seriedade dos governantes e das demais instituições. Isso, a considerar os últimos acontecimentos, não temos a oferecer. Somos, infelizmente, um avião em queda. E que não se atribua a responsabilidade da balbúrdia institucional ao nível federal. Se de lá pode-se
dizer que pecam por ação, seja em ações orquestradas, seja por ação de boquirrotos e incompetentes, nos outros níveis de Poder assiste-se à irritante e quase abjeta omissão. A não ser o gemido dos atacados, o que se ouve é o silêncio dos que, por covardia ou conveniência, preferem a distância, o imobilismo. O país não pode se calar. Não se cobra a violência, o radicalismo insano. O que se cobra é o compromisso dos que assumiram o ônus da política com a estabilidade do país. Hora de levantar a voz em busca de uma saída sem traumas. Nada é inaceitável quando resultado do diálogo e do bom senso.
Jefferson de Paula
A pandemia criou novas necessidades e possibilidades
CEO da ArcelorMittal Aços Longos Latam
Liderança em tempos de crise
A
travessamos um momento profundamente difícil e ainda não temos a real dimensão da crise na qual o mundo mergulhou por conta da pandemia do novo coronavírus. Mas sabemos que, além do aspecto humanitário, com milhares de mortos e milhões de infectados, se a Covid-19 não for devidamente controlada no segundo semestre, poderá ser desencadeada a maior recessão mundial já experimentada desde a Grande Depressão de 1929, com efeitos ainda mais perversos sobre as economias dos países em desen-
L.EITOR a
E-MAIL opiniao@otempo.com.br
volvimento. Neste ambiente extremamente desafiador, as lideranças desempenham um papel ainda mais fundamental. Seja no campo empresarial, político ou da sociedade civil, o líder é o responsável por formatar as equipes de gestão de crise, garantir a coesão das ações, dar velocidade ao que foi planejado e, em última instância, tomar as decisões mais difíceis e assumir a responsabilidade pelos resultados. Traçando um paralelo com o esporte, o líder é como um técnico que precisa gerar confiança e
senso de time, olhar adiante e fazer escolhas que aumentem as chances de vitória. Isso implica em manter a disciplina e o foco da equipe, ainda que em um cenário com alto nível de ansiedade e apreensão. Cabe ao líder engajar o time e torná-lo parte da solução do problema. Afinal, não se vence uma crise sozinho. Localmente, é hora de as lideranças empresariais agirem para proteger e amparar as comunidades que as cercam, com foco nos grupos mais vulneráveis. A boa notícia é que o conjunto de iniciativas voluntárias das empresas
Lula
maiores e criminosas frases que poderíamos ouvir. Colocar a pandemia e o seu vírus alimentador em um altar nefasto e esquerdopata chegou às raias do absurdo. Será que não há advogado ou entidade séria e nacionalista que impetrem ações, acusando-o de crime contra a nação?
aSobre a matéria “Lula pede desGege Angelini
culpas após ter enaltecido a natureza pela criação do coronavírus” (Aparte, 21.5), o ex-presidente apenado e ainda em liberdade disse uma das
em todo o país já representa um pilar importante de reação à doença, em apoio aos poderes públicos e aos serviços de saúde. A turbulência desencadeada pela Covid-19 deixou o mundo em suspenso e perplexo. Apesar dos graves problemas que estamos enfrentando e ainda vamos enfrentar, surge a chance de repensarmos os nossos modelos de vida e de trabalho, as nossas relações interpessoais e como a sociedade está estruturada. A palavra da vez é “adaptação”. Toda crise gera oportunidades, e não podemos sair dessa iguais a como entramos.
Educação
aUm se opõe a todas as mudanJoão Baptista Herkenhoff
ças estruturais porque defende a imobilidade social. Outro pretende desnudar a realidade. Denuncia a injustiça do sistema. Nega a ideia de que al-
Nossos modelos de negócios e as conexões econômicas globais também não serão mais os mesmos. A pandemia criou novas necessidades, possibilidades e, consequentemente, desafios. O líder deve enxergar além, antecipando-se aos novos padrões que se estabelecerão pós-pandemia. Já enfrentamos outras crises no passado e estamos confiantes na superação de mais este desafio. Juntos, com espírito de equipe, construiremos a retomada do crescimento que o futuro espera. guns nascem para dominar e outros para serem dominados. Discorda de uma mudança de papéis entre opressores e oprimidos. O mundo pretendido pela educação libertadora é um mundo de fraternidade, sem espada e sem ferrão, sem coronéis que ordenam nem boiada que obedece.
REPRESENTANTES COMERCIAIS
ENDEREÇO Sede Comercial, Redação e Industrial Av. Babita Camargos, 1.645, Cidade Industrial, Contagem-MG, CEP: 32.210-180 Fone (31) 2101-3050 www.otempo.com.br comercial@otempo.com.br PREÇO DE EXEMPLAR ANTIGO Segunda a sábado: R$ 5 Domingo: R$ 8
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Semestral
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R$ 195,50 R$ 391,00 à vista à vista ou: 2 x R$ 195,50 3 x R$ 130,33 4 x R$ 97,75
SÃO PAULO Representante: BUENO COMUNICAÇÃO Travessa Humberto I, 140 - Vila Mariana São Paulo/SP - CEP: 04018-070 Telefone: (11) 96619-2480 E-mail: contato.sp@buenocomu- nicacaosp.com.br
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18 | O TEMPO BELO HORIZONTE | TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020
Magazine
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| JULYA CARRATO/DIVULGAÇÃO
Música
Inesquecível
Um fax com a assinatura de Paul McCartney Nessa trajetória de 30 anos, a Sgt. Pepper gravou dois discos com canções dos Beatles até então inéditas ou que figuravam apenas em álbuns de outros artistas – nenhuma delas foi, de fato, gravada pelo grupo em seus trabalhos de estúdio; posteriormente, algumas entraram na coleção “Anthology”. “Come and Get It” (1996) e “Afonso Pena com Abbey Road” (1998) reúnem, ao todo, 24 faixas, e estão disponíveis na íntegra no site do grupo. Entre os achados estão “I’ll Be on My Way”, “You Know what You Do”, a própria “Come and Get It”, “From a Window”, “In Spite of All the Danger”, “I’ll Keep You Satisfied” e “Sour Milk Sea”. Segundo Marcelo Carrato, a ideia era reproduzir os temas como se fossem Ringo, George, Paul e John tocando, imaginando os arranjos, as vozes, a batida dos quatro de Liverpool. “Tivemos essa ousadia”, comenta o baterista, completando: “Ou arrogância, como o Gauguin brinca”. Os belo-horizontinos enviaram “Come And Get It” para o escritório de Paul McCartney, e a surpresa chegou quase dois anos depois, num papel assinado por ninguém menos que James Paul McCartney. “Boa sorte em sua música, seu trabalho parece tão natural e não forçado. Nada no álbum parece espalhafatoso, soa como uma reconstrução meticulosa do passado”, dizia um trecho do texto. “Receber um fax do Paul elogiando foi um grande reconhecimento. O dono da obra falar isso foi como um troféu pra gente”, comemora Carrato. (BM)
Trinta anos ¬ BRUNO MATEUS ¬ Em 1990, já fazia 20 anos que
os Beatles tinham se separado e uma década que John Lennon tinha sido alvejado com quatro tiros nas costas em frente ao Dakota, edifício em que morava com a mulher, Yoko Ono, em Nova York. Foi também naquele ano que cinco músicos se reuniram para homenagear o legado do quarteto que pegou a cultura pop pelas rédeas e mudou seu rumo no século XX. Surgia, então, a Banda Sgt. Pepper, com o nome em referência ao revolucionário álbum “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, de 1967. Em 2020, essa história nascida em Belo Horizonte completa 30 anos. Da formação que tocou os primeiros acordes, com Marcelo Carrato (bateria), Marcos Gauguin (guitarra solo e vocal), Mauro Mendes (guitarra base e vocal), José Alberto Mendes (teclado e vocal) e Jô Rocha (baixista), Carrato e Gauguin seguem na ativa, após milhares de shows e diversas trocas de integrantes, um punhado de festivais em Liverpool, dois discos (e uma surpresa inesquecível), memoráveis especiais de Natal no Palácio das Artes e a consolidação do nome de uma banda que, para além do cover, se dedica à pesquisa e ao estudo da obra do quarteto, reproduzindo, nos palcos, com preciosismo, os mínimos detalhes com o objetivo de chegar a uma imitação perfeita. Esse é o segredo e também a razão pela qual a banda é reconhecida também fora da capital mineira e consegue manter essa rara longevidade tratando-se do universo co-
Nas esquinas de Liverpool. Da esq. para a dir: Roney Nascimento, Christian Magalhães, Marcos Gauguin, Marcelo Carrato e Alexandre Carvalho
e seguindo… Referência de criatividade e preciosismo no universo beatlemaníaco, Banda Sgt. Pepper, de BH, completa três décadas em 2020 ver. “Os Beatles têm muitas particularidades nas harmonias, nos arranjos vocais, situações que precisam de artimanhas. O inglês de Liverpool é diferente, existe uma identidade na pronúncia. É tudo muito meticuloso, e fazemos com muito esmero”, diz Marcelo Carrato. “Ainda bem que a gente está reproduzindo algo que é riquíssimo. Passamse 30 anos, e você ainda acha um detalhe que não tinha visto. Isso sempre acontece”, ele completa. A preocupação em não soar apenas como mais uma banda cover e conseguir caminhar ao longo das décadas com essa coerência e respeito à obra original também faz da Sgt. Pepper uma referência no mundo beatlemaníaco. “Tocar cover envolve repetição, e é necessário que
você esteja feliz com o resultado. Costumo criticar o pessoal que toca cover mais ou menos. Meio parecido é muito ruim, fica faltando algo”, pondera o guitarrista Marcos Gauguin, que faz a direção musical da Sgt. Pepper. Atualmente, Roney Nascimento (teclado e vocal), Christian Magalhães (baixo) e Alexandre Carvalho (guitarra base, violão e vocal) também integram o grupo belo-horizontino. Poucos anos depois de sua formação, em 1994, a Banda Sgt. Pepper foi convidada a participar da Beatleweek, em Liverpool, sendo o primeiro grupo latino-americano a integrar o festival, do qual fizeram parte até 2001. Por lá, foram aplaudidos diversas vezes no mítico Cavern Club, “inferninho” onde John, Paul, George e Ringo começaram a ganhar fama entre os jovens da cidade. Após um hiato, voltaram em 2019 à terra dos Beatles. Em BH, a Sgt. Pepper marcou os sábados nos saudosos Mister Beef e Pau e Pedra, onde tocaram, em cada um, por uma década. Nos últimos anos, o quinteto vem se apresentando no Maria das Tranças, sempre para um público muito diverso, que vai dos 10 aos 80 anos, o que só comprova o alcance e a imortalidade da obra dos Beatles. “Conseguimos criar uma identidade, tocando de forma honesta, sem picaretagem. Desde o
início foi assim, não saímos tocando de qualquer jeito”, diz Carrato. Nesses 30 anos de estrada, que devem ser celebrados quando os shows forem retomados, o que não mudou para Marcelo Carrato e Marcos Gauguin é a vontade de estar em cima do palco redescobrindo a magia de uma canção que nunca termina. “Tem dia que você toca uma música e dá aquela arrepiada. A banda ainda tem fôlego e tesão, com certeza. Enquanto conseguir ficar em pé e mexer os dedos, eu não paro”, sentencia o guitarrista Gauguin. REPERTÓRIO. Entre centenas de canções do quarteto inglês, a banda belo-horizontina toca, atualmente, cerca de 60. Essa seleção, explica Gauguin, está dividida em quatro repertórios que variam de acordo com as apresentações. Há um número tal de músicas que tocam em três sábados, outro número das que se repetem em duas, e assim vai. “Se eu toco 30 em um sábado, não posso tocar outras 30 no outro. Então, vou fazendo listas, colocando as músicas para rodar entre elas. Quando entra alguma faixa nova, é hora de renovar tudo. Perco um dia fazendo isso”, ele diz. “Twist And Shout”, “Can’t Buy Me Love”, “Hello Goodbye” e “While My Guitar Gently Weeps” estão entre as que não podem faltar nos shows.
REPRODUÇÃO
7
Recordação. Banda mineira guarda o fax enviado pelo ex-Beatle
O TEMPO BELO HORIZONTE| TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020 | 19
MAGAZINE
#ficaadica
Astrologia Previsões por OSCAR QUIROGA quiroga@astrologiareal.com.br
‘A VOZ DA VERDADE’ Data estelar: Mercúrio e Júpiter em quincunce; Lua cresce em Câncer.
C
ada época da história humana escolhe sua “voz da verdade”, uma fonte que lhe serve de conexão com os mistérios da vida, uma necessidade básica que orienta as decisões que nós, seres humanos, tomamos desde sempre, continuaremos tomando e será assim por todo o sempre, porque é inerente ao destino humano termos de fazer opções e tomar decisões. Essa “voz da verdade” já esteve na mão de reis, imperadores, profetas, sacerdotisas, mensageiros divinos, o Papa; em cada época da história nossa humanidade se voltou e continuará se voltando na direção de uma fonte que a oriente e lhe ajude a tomar suas decisões. Desde o movimento positivista de meados do século XIX, que deu origem à revolução industrial, a ciência ocupa o lugar da “voz da verdade”, por isso você, quando quer embasar suas opiniões, afirma que “a ciência comprova”.
Áries (21/3 a 20/4)
A fé é aquele passarinho que começa a cantar saudando a luz do sol quando ninguém mais consegue sequer enxergar qualquer sinal de que o amanhecer está a caminho. Sua alma está sendo nutrida por esse tipo de fé.
Touro (21/4 a 20/5)
O possível e o impossível andam lado a lado nesta parte do caminho, e não é fácil distinguir um do outro. Só a prática, a tentativa, o erro e o acerto dirão como administrar com sabedoria essa realidade complicada. Gêmeos (21/5 a 20/6)
Cuide para você não se complicar sem necessidade. Entenda que, de todo modo, já haveria muitas complicações para você administrar, e isso sem sua alma estar munida da necessária boa vontade para tudo sair bem. Câncer (21/6 a 21/7)
Sua alma oscila entre confiar na boa natureza humana, necessária para construir um mundo melhor, e o excesso de má vontade, que também é inerente à natureza humana. Essa oscilação atrasa a tomada de decisões.
Leão(22/7 a 22/8)
Sua alma está disposta a se sacrificar para tocar a bola para frente e se adaptar ao cenário. Porém, nem sempre você conseguirá sintonizar essa boa vontade com a das pessoas das quais você também depende.
Virgem (23/8 a 22/9)
Agora não valem as teorias nem as justificativas, só as atitudes práticas que resolvam os perrengues e coloquem tudo num caminho produtivo. Assuma esse lugar para sua alma não ser atropelada pela história.
Libra (23/9 a 22/10)
Há complicações e não seria sábio de sua parte fingir que daria conta de tudo. A sabedoria é realista, tanto para aceitar o que não se pode mudar quanto também para perceber tudo que de positivo se pode fazer.
Escorpião (23/10 a 21/11)
Em princípio, sempre pareceria que realizar a própria vontade seria muito satisfatório. Porém, e se os resultados forem negativos? É hora de você tentar se antecipar aos resultados para verificar isso. Sagitário (22/11 a 21/12)
Siga pelo caminho mais seguro, esta não é hora propícia para aceitar novos desafios. Para isso, você terá de assumir a heroica atitude de conter sua própria natureza, sempre propensa aos desafios. Capricórnio (22/12 a 20/1)
Melhor não se iludir com facilidades e atalhos, porque apesar de serem atrativos e sedutores, com certeza, em pouco tempo se demonstrariam fantasiosos. Assuma o lugar do esforço alegre, isso vai ajudar.
Aquário (21/1 a 19/2)
O exercício da liberdade é um dos nutrientes básicos de seu signo, e agora isso pode significar a diferença entre a leveza e a preocupação excessiva. Contudo, tenha em mente o estado geral das pessoas.
Peixes (20/2 a 20/3)
Faça do processo de comunicação um divertimento, em vez de se obrigar a colocar as coisas em claro como uma obrigação. Há desentendimentos de todos os tipos circulando por aí, mas há também chance de superar.
DANIEL DE CERQUEIRA/FOTOGRAFIAS POR MINAS
Fotografias por Minas Mais de 300 fotógrafos mineiros se uniram no projeto Fotografias de Minas, iniciativa em prol de entidades e grupos sociais de Minas impactados pelo coronavírus. Cada profissional disponibiliza uma imagem de sua autoria, que pode ser adquirida através do site www.fotografiasporminas.com.br. As fotografias serão impressas e enviadas pelos Correios.
Bonner bate papo com Bial
Hoje é dia de ‘MasterChef’
William Bonner, apresentador e editor-chefe do “Jornal Nacional”, será o entrevistado de hoje do “Conversa do Bial”. Em rara entrevista concedida a um colega, gravada por videoconferência, Bonner conta para Pedro Bial como é a vida de quem está à frente das principais notícias diariamente. O “Conversa com Bial” vai ao ar após o “Jornal da Globo”.
No episódio de hoje do “MasterChef Profissionais”, da Band, os competidores encaram a primeira Caixa Misteriosa. Os cozinheiros precisarão preparar um prato utilizando apenas produtos da xepa. Na prova de eliminação, um desafio de confeitaria: reproduzir o Opéra, bolo clássico francês de difícil execução. O programa vai ao ar às 22h45.
Cruzadas diretas
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ESOTÉRICO
Entrevista ARQUIVO PESSOAL
G
Gustavo Rodrigues Rocha Filósofo e historiador das ciências
A natureza última da realidade seria somente material? A consciência seria, assim, apenas uma ilusão causada pelo nosso cérebro ou parte fundamental do tecido da realidade? Quem responde a essas questões é o filósofo e historiador das ciências Gustavo Rodrigues Rocha, que transformou a experiência do Grupo Sursem em estudo de caso em seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.
A mente além do cérebro e a busca pelo sentido do mundo ¬ ANA ELIZABETH DINIZ ESPECIAL PARA O TEMPO
Conte-nos um pouco sobre sua experiência no grupo Sursem. É no contexto da batalha epistêmica pela inclusão ou expulsão de uma imagem humana do universo, que teve início em 1998, no Centro de Teoria e Pesquisa do Instituto Esalen, espaço alternativo de educação e pesquisa localizado no Big Sur, na costa da Califórnia, nos Estados Unidos, uma iniciativa de pesquisa multidisciplinar que reuniu entre 40 e 50 pesquisadores do mundo inteiro. O grupo Sursem (um acrônimo para “seminários do Big Sur”) trabalhou em cima da tese subversiva e dissidente dentro do contexto do sistema acadêmico-científico contemporâneo, segundo a qual a mente não poderia ser entendida, explicada e reduzida inteiramente ao funcionamento do cérebro. Defendendo a efetividade da consciência contra o seu cerceamento pelas neurociências e pelas ciências cognitivas dominantes, o grupo Sursem pretende apresentar evidências empíricas, teorias e modelos que sugerem que a consciência independe do cérebro e, quiçá, que “algo” de nossa mente possa sobreviver à morte corpórea. De fato, o acrônimo Sursem também significa, alternativamente, “seminários da sobrevivência”.
Qual a relevância das pesquisas desenvolvidas pelo Grupo Sursem? Reproduzo as palavras do físico teórico Steven Weinberg, que em um livro de divulgação científica afirmou que, “quanto mais compreensível parece o universo, mais sem sentido ele se mostra aos nossos olhos”. A visão de mundo apresentada pelas neurociências, as ciências cognitivas e as filosofias da mente dominantes, ou seja, mais comumente encontradas no sistema acadêmico moderno, parece respaldar o ponto de vista de Weinberg. Já no início do século passado, o sociólogo Max Weber, em seu ensaio “A Ciência como Vocação”, constatava que o que sabemos por meio da astronomia, da biologia, da física e da química não apenas não poderia nos ensinar nada sobre o sentido do mundo, como, muito pelo contrário, esses saberes secavam pela raiz a fé na existência de qualquer coisa que se possa ter por “sentido” do mundo. Ou seja, as ciências empíricas modernas tornaram inoperante a própria busca pelo “sentido” do mundo. Não obstante, como o psiquiatra Viktor Frankl apontou em sua carreira dedicada à atenção das moléstias psíquicas provocadas pelo que ele chamava de “proliferação do vácuo existencial”, o ser humano sempre buscou, em todos os lugares, em todas as épocas, um “sentido último” para a sua existência. Assim, a relevância das pesquisas levadas a cabo pelo grupo Sur-
sem, ao recuperar a consciência como algo constituinte do tecido do cosmo, consiste em aludir, de certo modo, a esse “sentido do mundo”, uma visão que muda, completamente, ao menos quando comparada com a visão científica convencional hegemônica, nossa visão sobre nós mesmos, a sociedade e a identidade humana, assim como nossa compreensão da realidade. A consciência, como a vivenciamos, forma o nosso senso de identidade, propósito, significado e liberdade. Assim, caso a consciência seja parte da realidade (ou seja, se a mente for, em última instância, irredutível ao cérebro), a busca pelo sentido do mundo (ou significado da existência) torna-se, novamente, legítima e relevante. Essa é a base do seu curso online “Mente além do cérebro”? Meu trabalho enquanto pesquisador em história e filosofia das ciências não é o de endossar nem contestar essas pesquisas dissidentes, mas entendê-las sob as perspectivas históricas, filosóficas e epistêmicas. Eu nunca havia encontrado um grupo de acadêmicos de tal envergadura, com uma construção tão sólida e consistente, propondo-se a enfrentar, a partir de uma perspectiva multidisciplinar e transdisciplinar, questões tão espinhosas do sistema de saberes moderno. Em primeiro lugar, nas neurociências e nas ciências cognitivas, há uma plurali-
“A consciência é como algo constituinte do tecido do cosmo.” “A questão é saber se somos apenas um computador feito de carne.” “A consciência, como a vivenciamos, forma o nosso senso de identidade.”
dade de métodos, ferramentas e protocolos experimentais, porém, muita confusão conceitual. Assim, deve-se, inicialmente, limpar esse terreno conceitual. Em segundo lugar, há uma enorme base empírica ignorada ou insuficientemente estudada pelo mainstream. Abordo tudo isso no meu curso, por meio de uma linguagem clara, fácil e acessível, incluindo estudos sobre experiências de quasemorte, centros secundários de consciência, fenômenos paranormais, crises de “aparição”, “visões de leito de morte”, estados alterados de consciência e experiências místicas. A consciência sobrevive à morte do corpo físico? É ela que abriga nosso “DNA” espiritual? É difícil até mesmo formular essa pergunta, uma vez que se pressupõe uma definição adequada de “eu” (ego ou self), ou seja, daquilo que sobrevive à morte corpórea – o problema de se conhecer a natureza da consciência e sua relação com o nosso senso de identidade. Ademais, como o “nascer” e o “morrer” se definem, mutualmente, a partir do conceito de vida, faz-se necessário também entendê-la (sua origem, sua natureza, sua relação com o seu substrato material). É o que buscou investigar, por exemplo, o físico Erwin Schrödinger, em seu célebre ensaio seminal, de 1944, “O que é a vida?”. De todo modo, a despeito do que a nos-
sa cultura científica possa querer nos conduzir a acreditar, estamos somente engatinhando nesse entendimento. O filósofo Wittgenstein, em sua obra mais célebre, afirmou que “mesmo que todas as questões científicas possíveis tenham obtido respostas, nossos problemas de vida não terão sido sequer tocados”. É provável, portanto, que muitas dessas questões estejam, inclusive, fora do alcance do escrutínio científico, ou seja, que não façam sentido, ou não tenham expressão em nosso vocabulário científico. A questão é saber se somos apenas um “computador feito de carne” (como colocou o cientista cognitivo do MIT Marvin Minsky) ou “algo mais”. O problema mente-cérebro, a saber, a questão a respeito da relação entre processos cerebrais e a nossa experiência subjetiva, pode ser a melhor chance de abordar essa questão na linguagem científica-filosófica contemporânea.
Agenda O próximo curso “Mente além do cérebro” (100% online) acontecerá nos dias 6 e 7 de junho. Informações e inscrição: www.mentealemdocere bro.com.br. Telefone: (31) 99294-3272 (WhatsApp).
O TEMPO BELO HORIZONTE| TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020 | 21
SUPER.FC www.superfc.com.br - Belo Horizonte - Terça-feira, 26/5/2020
Cruzeiro. Balanço do ano passado mostra que o rombo de R$ 394 milhões é maior do que o déficit de meia dúzia de times
(31) 98810.0917
superfc@otempo.com.br
Prejuízo da Raposa em 2019 vale por seis FRED MAGNO - 25.6.2019
¬ THIAGO
NOGUEIRA
¬ O Cruzeiro divulgou, na última semana, o balanço financeiro do exercício 2019, que constatou um rombo de R$ 394 milhões em suas contas em apenas um ano. O enorme déficit no período de 12 meses se torna ainda mais absurdo quando comparado ao dos principais times do país. Para se ter uma ideia, a Raposa conseguiu, sozinha, no ano passado, acumular um prejuízo maior do que a soma de todos os seis outros clubes que fecharam a última temporada no vermelho. Se reunirmos os déficits de Corinthians (R$177 milhões), São Paulo (R$ 156,1 milhões), Botafogo (R$ 20,9 milhões), Fluminense (R$ 9,3 milhões), Vasco (R$ 5,1 milhões) e Internacional (R$ 3 milhões), eles chegam a
R$ 371,4 milhões em prejuízos, ou seja, menor ainda do que o apurado pelo Cruzeiro (R$ 394 milhões). Os números são baseados em compilado da Sports Value, empresa especializada em marketing esportivo. O levantamento não inclui o Atlético, que ainda não divulgou seu balanço de 2019. Os 16 clubes analisados no ano passado apresentaram déficits de R$ 576,7 milhões, frente a um superávit de R$ 35,8 milhões em 2018. Os dados do Cruzeiro impactaram brutalmente os números de 2019 e, junto com Corinthians e São Paulo, somaram perdas de R$ 727 milhões no período. A dívida do Cruzeiro já chega a R$ 799,1 milhões. Ela só não é maior do que a do Botafogo, que é de R$ 822,6 milhões. O ano de 2019 é marcado pela admi-
nistração desastrosa do presidente Wagner Pires de Sá, que culminou com o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. JURÍDICO. O Cruzeiro tem um novo superintendente jurídico. O presidente eleito, Sérgio Santos Rodrigues, anunciou que o advogado Flávio Boson Gambogi assumirá o cargo. Gambogi já foi membro de Tribunais de Justiça Desportiva nos últimos 12 anos e indicado pela CBF como interventor na Federação Paraibana de Futebol em 2018. “Trabalharei firmemente para transformar essa confiança do presidente Sérgio, e de todos os cruzeirenses, nos resultados que ajudarão a levar o Cruzeiro ao lugar de onde não deveria ter saído”, afirmou ontem o novo superintendente jurídico do Cruzeiro.
Toca II
Jogadores voltam hoje aos treinos ¬ DA REDAÇÃO. O Cruzeiro rece-
Dívida total do Cruzeiro de R$ 800 milhões preocupa a torcida
beu os resultados de testes de detecção de coronavírus que, inicialmente, tinham apresentado parecer inconclusivo. Sem inconsistência ou presença do vírus, o departamento médico do clube deu o aval para a retomada dos treinos na Toca da Raposa. A retomada será hoje no período da manhã. O Cruzeiro testou cerca de 100 pessoas em dois dias distintos. Com o resultado em mãos, os jogadores terão condições de reiniciar a temporada 2020.
Entrevista exclusiva Despedida
Vadão morre em SP ¬ SÃO PAULO. O técnico Oswla-
do Alvarez, 63, o Vadão, morreu ontem. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar de um tumor no aparelho digestivo. Ex-meia-esquerda de passagem discreta por times do interior paulista, ele se destacou como treinador a partir do final da década de 1980. Como treinador, foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 2001 pelo São Paulo. Também venceu estaduais no Paraná (AthleticoPR, em 1999) e Santa Catarina (Criciúma em 2013). Foi duas vezes técnico da seleção feminina, entre 2014 e 2016 e de 2017 a 2019. Foi campeão da Copa América em 2014 e 2018.
Duke
www.dukechargista.com.br
Secretário geral da CBF diz que Cruzeiro preocupa muito a entidade ¬ THIAGO NOGUEIRA ¬ A pandemia do novo coro-
navírus afetou os rumos do futebol brasileiro e seu planejamento, assunto em pauta na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Um outro alerta na entidade, porém, é com o Cruzeiro, afundado na maior crise de sua história. Para o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, com exceção à Covid-19, o clube é a maior preocupação do futebol nacional atualmente. “A maior preocupação do futebol brasileiro, fora o Covid e seu impacto enorme no futebol, é exatamente o Cruzeiro. Com sua história, tradição, trajetória e títulos, é um orgulho do futebol brasileiro”, disse Feldman em entre-
vista à rádio Super 91,7 FM, na tarde de ontem. Durant a conversa, o secretário-geral da CBF citou, ainda, que vem acompanhando tudo que acontece nos bastidores do clube estrelado nestes últimos tempos. MAURO HORITA/CBF
Feldman falou com exclusividade
O TEMPO BELO HORIZONTE| TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020 | 23
ESPORTES
Atlético. Só nos últimos meses, sete profissionais que defenderam acamisa alvinegra levaram o clube à Justiça ¬ THIAGO
NOGUEIRA
¬ Elias, Maicon Bolt, Adilson, Uilson, Robinho, o técnico Levir Culpi e até o fisioterapeuta Rômulo Frank. Todos esses profissionais acionaram o Atlético na Justiça do Trabalho, nos últimos seis meses. Juntos, eles cobram R$ 43 milhões do Galo, entre salários não pagos, premiações, danos morais e solicitações mais controversas,
Ações trabalhistas cobram R$ 43 milhões como adicional noturno e dobras por domingos e feriados trabalhados. Bolt, sozinho, pede R$ 20 milhões. Embora muitos casos tenham surgido ultimamente, o que, de certa forma, arranha a imagem do clube, o departamento jurídico atleticano vê a quantidade de processos como normal, dado o tamanho da instituição. “Há esse mito (de dano à imagem), mas se você pensar proporcionalmente é um
UARLEN VALERIO - 22.1.2019
Até o técnico Levir Culpi levou o Galo na Justiça
número relativamente reduzido para um clube das dimensões do Atlético. Faz parte. O jurídico é o final do problema. É lógico que a administração precisa fazer uma reflexão, quando determinadas reclamatórias surgem”, pondera o vice-presidente Lásaro Cunha. Ações judiciais acontecem quando não há acordos em negociações preliminar. “Ainda assim existem conversas. O jurídico se atém ao ca-
Robinho é outro que briga pelo seus direitos
missão técnica no ano passado mas acabou dispensado no início de 2020. Ele tinha contrato como jogador até 2021 e o clube, a princípio, o Atlético tinha dito que iria honrar os vencimentos, mesmo com a mudança de função. A situação, no entanto, criou um conflito já que Adilson passou a exercer um trabalho de auxiliar técnico com padrões salariais bem superiores aos demais profissionais da comis-
CORAÇÃO. O caso do ex-volan-
te Adilson, que precisou se aposentar por uma problema cardíaco, é um deles. Por convite da diretoria, ele continuou fazendo parte da co-
DOUGLAS MAGNO - 6.9.2017
Boa notícia
JOAO GODINHO - 15.3.2018
Elias reivindica quase R$ 3 milhões do Galo
Recomeço
Diretoria deve pagar hoje parte dos salários em atraso no alvinegro PEDRO SOUZA/AGÊNCIA GALO - 19.5.2020
¬ GABRIEL PAZINI ¬ Pressionado pela insatisfa-
ção de parte dos jogadores do elenco e a ameaça de rescisões de contrato, o Atlético vai efetuar hoje o pagamento de alguns salários atrasados dos jogadores , segundo apurou o SUPER.FC. O clube vai pagar 75% do salário de março da CLT (os outros 25% serão pagos possivelmente ainda neste mês) e os direitos de imagem de fevereiro que estão em atraso. Alguns atletas do elenco alvinegro estão chateados com situações ocorridas dentro do clube. O Atlético deve dois meses de salários na CLT e mais três meses de direitos de imagem aos jogadores, que estão indignados não “apenas” com os atrasos,
so e procura fazer a melhor defesa possível. Eventualmente caminha. Às vezes, o advogado está querendo fazer uma proposta, a gente leva à direção e faz as avaliações”, ressaltou o vice atleticano em entrevista.
mas com o fato de o técnico Jorge Sampaoli e sua comissão técnica estarem com os vencimentos em dia e o Galo estar tentando novas contratações mesmo atrasando o
pagamento daqueles que já estão no elenco. O treinador argentino Jorge Sampaoli recebe R$ 1,2 milhão por mês, pagos por parceiros do clube.
UARLEN VALERIO - 22.1.2019
O goleiro Uilson cobra na Justiça R$ 1,6 milhão AMÉRICA/DIVULGAÇÃO
América já treina no CT ¬ DA REDAÇÃO ¬ Com atividades suspensas
Salário em dia do técnico Sampaoli tem irritado jogadores
são do Atlético. Em sua ação judicial, o ex-volante Adilson pede R$ 11,6 milhões. “O caso do Adilson é complicado. O clube fez tudo o que podia ser feito. Não vou discutir se ele pode ou não reivindicar. O que ele queria é totalmente fora de propósito. Eu trato todas as pessoas que tratam ações com o clube com muito respeito, exceto quem exagera”, pondera o vice-presidente Lásaro Cunha.
desde o dia 17 de março, o América retomou ontem os treinamentos, no CT Lanna Drumond. Após receber os resultados dos testes de detecção da Covid-19, no sábado, a comissão técnica já colocou em execução o plano de retorno, respeitando o protocolo preventivo contra o coronavírus. O Clube ainda ressalva que algumas pessoas, que realizaram o exame e tiveram resultado inconclusivo, irão permanecer em suas casas e realizarão os testes, novamente. No primeiro dia, os atletas foram divididos em grupos de, no máximo, oito pessoas e em três campos diferentes.
Jogadores foram divididos em grupos para evitar aglomeração
Atlético. Diretoria do clube deve pagar hoje parte dos salários atrasados. Página 23
SUPER.FC
Cruzeiro volta aos treinos na Toca da Raposa. Página 22
BRUNO HADDAD/CRUZEIRO - 18.5.2020
VVVV otempo.com.br
O TEMPO BELO HORIZONTE TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2020
Tá quase Editor: Frederico Jota - frederico.jota@otempo.com.br e-mail: superfc@otempo.com.br twitter: @supernoticiafm Atendimento ao assinante: (31) 2101-3838
CRISTIANE MATTOS - 22.1.2020
TEL: (31) 2101-3921
CBF trabalha com a possibilidade de início do Brasileiro em julho e término em 2021
¬ THIAGO NOGUEIRA ¬ Mesmo com diferentes situações no
Em entrevista à rádio Super 91,7 FM, o secretário geral da CBF, Walter Feldman, explicou que é possível manter o calendário proposto e todas as competições programadas para a temporada. “Temos tido reuniões por teleconferência quase toda a semana com dirigentes de clubes e das federações. Temos conversado periodicamente com o Adriano Aro (presidente da Fe-
Brasil por conta da pandemia do novo coronavírus, a CBF espera iniciar o Campeonato Brasileiro em julho. Se assim conseguir, as 38 rodadas da competição nacional poderão ser disputadas, na pior das hipóteses, usando datas em janeiro de 2021 e sem mexer no formato atual do torneio.
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ÍNDICE
u Caderno A
Coronavírus Aparte
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concurso 2.076
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2 a 10 11
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Política Opinião
2 18/3
Lotofácil
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deração Mineira de Futebol), o Castellar (vice-presidente da CBF), com os clubes de Minas. Temos a perspectiva de que, neste momento ou após alguns dias, é possível nós termos um calendário do Brasileiro como foi elaborado originalmente, cumprindo todas as etapas do Brasileirão, as quatro Séries, a Copa do Nordeste, a base”, ressaltou o dirigente.
19
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Magazine Esotérico
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Federal
concurso 5.477
1º prêmio 2º prêmio 3º prêmio 4º prêmio 5º prêmio
50.411 64.624 92.652 44.129 78.488
18 e 19 20
Super FC
A CBF não trabalha com cancelamento de competições neste momento. “A orientação do presidente Caboclo é não cancelar nenhuma competição, tendo em vista diálogos com a Conmebol e a Fifa, claro, utilizando algumas datas que normalmente não são utilizadas no mês de dezembro e, se necessário, datas no mês de janeiro de 2021”, ressaltou Feldman.
u Caderno
22 a 24
Mega Sena 02
03
concurso 2.264 08
2 23/5 Timemania 13
asdasd
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2 25/5 Quina 06
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O TEMPO publica diariamente o resultado das loterias. Fique atento ao número do sorteio.
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Atendimento ao assinante Capital e Grande BH 2101-3838 Interior 0800-703-4001
* Até o fechamento desta edição, a Caixa não havia divulgado o resultado do sorteio.