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aro (a) Professor (a): Vamos conversar e aprofundar a reflexão sobre o compromisso social do professor de Ensino Religioso. Naturalmente que esse compromisso é também dos professores de outras disciplinas, da escola, das famílias, dos órgãos governamentais, enfim, de todos os cidadãos e de todas as instituições, mas, a conversa agora é: de educadora para educador (a)!
Os
alunos e as famílias confiam na escola e nos professores
A cada início de ano letivo, ao retornarmos das férias, estamos curiosos por saber qual é o número de alunos matriculados em nossa escola. Ficamos felizes ao saber que muitas crianças e adolescentes escolheram a nossa escola para estudar. Podese entender, com isso, que nossa escola é referência e, consequentemente, que seu corpo docente é muito bom. Diante disso, avancemos nosso pensamento. Cada criança, cada adolescente, cada família, ao escolher nossa escola, confia em nós. A criança confia, em sua ingênua credulidade, que a escola será extensão da sua casa. O adolescente e o jovem, em meio ao lúdico, às companhias e bons momentos de convivência com colegas, confia que a escola lhe dará conhecimentos variados e o preparará para a vida. Os pais, por sua vez, confiam que a escola educará seu (sua) filho (o), de modo integral. Há quem possa pensar imediatamente: “Eu não tenho nada a ver com a educação dos meus alunos, afinal, a família é a responsável por educar seus filhos, eu trabalho com o ensino-aprendizagem”. É verdade que a família é responsável por educar seus filhos, porém a escola é parte integrante da educação integral do educando.
A
escola proporciona transformações na vida das pessoas
A escola, pela sua natureza, conduz os alunos aos saberes que formam a pessoa humana em todas as suas dimensões: cognitiva, emocional, espiritual. A escola tem as competências para despertar no aluno suas próprias competências e habilidades. A escola revela talentos e forma cidadãos ilustres.
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Mas, lamentavelmente, em toda a história da humanidade, em nenhum outro tempo se viu tanta violência, marginalidade e incoerência como nos tempos atuais. Assuntos como corrupção nos meios políticos, sonegação nas atividades privadas, transferência de responsabilidade social dos meios governamentais para o privado, violência nas ruas, nas instituições e nos meios familiares, violação dos direitos da criança e do adolescente, entre tantos outros modos de agressão, passaram a ser fatos reais e costumeiros em nosso meio comunitário social. A escola, que já abarca o compromisso da educação das ciências e das artes, se vê ainda mais comprometida com o compromisso social e comunitário. Isto se aplica tanto aos ensinamentos em sala de aula, como também no âmbito da extensão comunitária.
alunos se reúnem por grupos de estudos. Independente da idade, o que as une é a vontade de estarem juntas e de juntas aprenderem. Novos grupos surgem a cada projeto ou tema de estudo. O poeta conheceu a Escola da Ponte, encantou-se com sua proposta e, através de uma maratona de palestras pelo Brasil, procura motivar os educadores a também “sonharem” com uma escola ideal e, logicamente, colocá-la em prática. A “escola dos sonhos” pode ser sonhada e executada por todos nós, de acordo com as nossas realidades e nossas emergências sociais. No caso do Brasil, diante da atual realidade social, sem dúvidas, a “escola dos sonhos” seria traduzida em “não violação dos direitos da criança e dos adolescentes”, “não-violência” e “fome-zero”. O (A) professor (a) de Ensino Religioso pode ser um importante agente motivador para a efetivação da “escola dos sonhos” com o jeito da sua comunidade e com a satisfação dos seus anseios. Que tal sonhar com atividades que amenizem os problemas sociais?
Projetos
sociais: isto é possível na escola
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escola não pode ficar alheia ao processo social É impossível a escola ficar alheia ao seu compromisso social, não só pelo fato de trabalhar com a educação propriamente dita, mas, acima de tudo, por ser parte da comunidade. Ora, se a comunidade é violenta, consequentemente a violência estará presente na escola, se a comunidade é pobre, a mesma pobreza será refletida na escola. Por outro lado, se a comunidade for atuante, comprometida e unida no bem estar dos seus moradores, também a escola sentirá esses reflexos. Dependendo da gestão, a escola poderá ser exemplar em projetos sociais abrangentes que envolvem os professores, os alunos, as famílias e a comunidade.
A “escola
Vamos envolver nossas crianças, nossos professores e nossas famílias na realização de um grande projeto que, muito mais que satisfazer as necessidades básicas dos indivíduos, desperte em cada pessoa e nos grupos, um verdadeiro sentido de vida.
S ugestões de P rojetos S ociais E scolares : “Educação no Trânsito”; “Convivendo com o Diferente”; “Minha Escola, minha Casa”; “Humanizando meu bairro”; “Conhecendo os idosos da minha comunidade”; “Drogas: matam as pessoas e seus sonhos!”; “Escola: espaço de lazer no fim de semana”; “Aprendendo com as diferenças”; “Viver com dignidade: direito de todos”.
dos sonhos”
O autor e poeta Rubem Alves é eterno propagador da “escola dos sonhos”. Em Portugal existe uma escola, já com 25 anos de existência, chamada “Escola da Ponte”, onde as crianças decidem o que e com quem estudar. Nela, em vez de classes, os
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uitas crianças, desde bebês, vivenciam junto às suas famílias os primeiros contatos com O Transcendente. Na cultura religiosa ocidental o nome dado ao Transcendente é Deus, nome este carinhosamente traduzido pelas mamães como “Papai do Céu”. As crianças aprendem com os adultos a rezar para o Papai do Céu e a pedir proteção ao Anjo da Guarda, desenvolvendo, assim, mesmo sem saber conscientemente, seus primeiros ensaios de fé e devoção. Através de desenhos ou orações espontâneas, os pequeninos revelam uma forte intimidade com O Transcendente capaz de surpreender os adultos: conversam com Ele, contam suas histórias de vida, confessam suas necessidades e pedem saúde e proteção para o papai, para a mamãe, para
o irmãozinho, para a vovó e o vovô e, até mesmo, para o cachorrinho de estimação. Eis aí os primeiros sinais do fenômeno religioso sendo gestados na criança. O acompanhamento dos adultos, nesse processo, é primordial para o cultivo da religiosidade da criança, porém, ninguém poderá tirar dela seu jeito natural de ser e de buscar o Transcendente. Daí a importância de, nas aulas de Ensino Religioso para as crianças, a conversa sobre o fenômeno religioso ser muito franca e esclarecedora. Em casa a criança aprende sobre o Deus da sua fé. Na escola, este conhecimento será mais amplo. Ela conhecerá outras expressões religiosas e as diversas maneiras de cultivar a fé manifestada por outras pessoas. Este conhecimento, transformado em convívio natural e harmonioso, fará da criança um adulto consciente e respeitoso com a pluralidade religiosa.
Competências e habilidades: Relacionar os acontecimentos do dia a dia dentro da diversidade religiosa com conhecimento e cultura.
Atividade I: Cerimônia do Bar Mitzvah
Este é Halel. Ele é judeu. Vamos aprender com Halel alguns ensinamentos, usos e costumes da religião judaica. Halel, aos treze anos de idade, foi à sinagoga com seu pai. Ele participou de uma cerimônia tradicional chamada de Bar Mitzvah, que significa “Filho do Mandamento”. Na sinagoga, Halel leu partes do Torá e recebeu a bênção do seu pai. Esta leitura foi cantarolada por Halel com o auxílio de um marcador especial de prata, chamado “yad” – com formato de mão. Anne, irmã de Halel, assim que completou doze anos, também passou por uma cerimônia semelhante para meninas chamada Bat Mitzvah.
Atividade II: O Kippa é um sinal de respeito a Deus
Quando está rezando, estudando textos sagrados, em casa ou mesmo quando está passeando Halel usa um pequeno solidéu ou gorro, chamado kippa. Você conhece outra religião em que se usa um chapéu especial? Em que situações as pessoas cobrem suas cabeças com chapéus, lenços ou gorros? Desenhe pessoas usando chapéus, nas religiões ou fora delas. Na sua religião, qual a cerimônia que você mais aprecia? Escreva e faça um desenho sobre ela.
Idéia chave: Perceber que conhecemos outros tipos de chapéus ou formas de cobrir a cabeça, nas religiões ou fora delas e que fazem parte de um costume ou de uma tradição.
Competências e habilidades:
Construir um conhecimento centrado na experiência da convivência harmoniosa e natural com as várias formas simbólicas de manifestar a religiosidade. Halel, assim como todos os judeus, tem um lindo “xale de oração” denominado “talit”. Ele é branco com listas azuis – que é a cor de Israel – possui franjas e é usado durante as preces da manhã. O “talit” também é usado pelo judeu no dia do seu casamento. Durante as orações, os judeus usam sobre a testa um objeto chamado “tefilin”, que é uma caixinha de couro preta contendo pedaços de pergaminho com as palavras de Deus. Este hábito tem o sentido de levar o judeu à reflexão sobre a fé. Alguns usam esta caixinha no braço esquerdo, como um relógio, demonstrando que seu “agir” também será com fé.
Sufganiot vem do grego “sufgan”, que significa “crescido e frito”. Em Israel, por ocasião de Chanuká – Festa das Luzes que dura oito dias –, esses bolinhos são preparados com recheio de geléia de damasco ou frutas vermelhas silvestres. No Brasil, existem os mais varia-
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Atividade I: Palavras bonitas As virtudes da fé e da oração são vivenciadas em todas as religiões. Escreva uma bonita frase usando essas duas palavras.
Atividade II: O alimento faz parte dos rituais judaicos Os alimentos também são muito usados nas celebrações religiosas judaicas. Que tal prepararmos uma receita especial da culinária judaica e fazermos uma gostosa comemoração com as crianças para festejar esse aprendizado? Mãos na massa!
dos recheios que podem ser usados no Sufganiot. Ingredientes para a massa: 2 colheres de sopa de fermento seco 4 colheres de sopa de açúcar 3/4 xícaras de leite morno 2 1/2 xícaras de farinha de trigo 2 gemas de ovos
1 pitada de sal 1 colher de chá de canela em pó 1 1/2 colher sopa de manteiga (temperatura ambiente) Óleo para fritar - geléia a gosto - açúcar de confeiteiro para polvilhar.
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migo (a) Professor (a): Existem religiões muito antigas, como as orientais, por exemplo, com mais de quatro mil anos. Outras ultrapassam os dois mil anos, como as ocidentais. E, mais recentemente, dentro do século XX, vimos a propagação de muitas religiões cristãs, chamadas de pentecostais. Isto comprova que o homem, em qualquer tempo, sente profunda necessidade de se “religar” a Deus através de uma religião. Nosso tema, nessa edição, é a religião judaica, a religião do povo de Israel que, a exemplo de outras grandes religiões, também se faz presente no mundo inteiro.
Naturalmente, não se pode compreender o Judaísmo sem conhecer seus conteúdos, sua origem, que remonta mais de 2000 anos antes de Cristo, sem se juntar a História e a Geografia. A designação “israelita” se deve ao nome de um de seus patriarcas, Jacó, cognominado Israel, que significa “forte diante de Deus”. Querido(a) Professor (a), ao iniciar sua aula sobre o Judaísmo, situe no mapa, para os seus alunos, a região da Palestina e de Israel, de modo que eles possam visualizar e melhor compreender a peregrinação deste povo pelo mundo. Significando: Religião = Re-ligare. Palavra que vem do latim e significa “ligar com”, “ligar novamente”, restabelecer a ligação perdida com o mundo que nos cerca - com Deus.
As cinco grandes Festas Judaicas são comemorações que visam recordar acontecimentos passados da história do povo de Israel e as intervenções de Deus em seu favor. Elas acontecem durante o ano, seguindo um calendário organizado e são comemoradas como muita fé e devoção.
ROSH HASHANÁ
O Ano Novo Judaico Esta festa marca o começo do ano. Para o povo judeu este é um momento para um grande exame de consciência, com dez dias de arrependimento, seguido de dias de perdão pelos pecados do ano, sobretudo os que foram cometidos contra o próximo. Este momento sinaliza a oportunidade de deixar os pecados do ano anterior e seguir em frente. O Shofar, um dos principais símbolos do Rosh Hashaná, é um instrumento de sopro, feito de chifre de carneiro, que é tocado, de modo especial, durante as orações. Durante o Rosh Hashaná, come-se vários tipos de comidas doces. O chalá é um pão redondo que simboliza a coroa do reinado de Deus sobre os homens, sobre ele é pincelado mel. Costuma-se também mergulhar maçãs no mel. Isto significa o desejo de um “ano novo doce”.
YOM KIPPUR O Dia do perdão A celebração de Yom Kippur acontece em dia de sábado, marcando o fim da pe-
nitência iniciada no Rosh Hashaná. É o dia da purificação. Nesse dia os judeus vestem roupas brancas, fazem jejum e vão à Sinagoga. Na véspera desse dia é comum os judeus rezarem diante do muro das lamentações e deixar entre as fendas das pedras um papelzinho de papel com preces. O Muro das Lamentações é o lugar mais sagrado e venerado pelo povo judeu por tratar-se da única relíquia do último templo, construído no ano 20 a.C.
SUKKOTH
A festa dos Tabernáculos Também chamada de Festa das Tendas ou Festa da Colheita. Esta comemoração lembra a proteção de Deus quando o povo israelita andava pelo deserto e marca o final da colheita das frutas – uva e maçã. É uma festa que dura sete dias. Nos dias atuais, alguns judeus erguem uma pequena cabana no jardim ou sacada de casa, como símbolo do Sukkoth. É nessa cabana que as famílias almoçam durante os dias da festa. Também na Sinagoga é erguida uma cabana. A palavra sukkot significa tenda ou uma construção frágil e temporária; seu teto é feito de ramos, palha, arbustos ou ripas de madeiras soltas, para que as estrelas sejam vistas. Por ela infiltram chuva, vento e a luz do sol.
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ueridos alunos, essa sequência histórico-religiosa merece um aprendizado especial. Ao estudar essas festas, traduzidas em ritos religiosos, você ampliará sua visão e o seu conhecimento sobre o Judaísmo. Sugiro que, com este aprendizado, você e sua turma, orientados pelo (a) seu (sua) professor (a), elaborem um projeto que resulte em uma rica exposição a ser apresentada para toda a comunidade escolar.
1. Pesquisem mais sobre estes temas na internet, na biblioteca (livros, revistas), no Jornal ou no site O TRANSCENDENTE e aprofundem este estudo.
2. Elaborem, com o auxílio do (a) professor (a), perguntas
sobre o que mais gostariam de saber sobre o Judaísmo e levem o assunto à plenário.
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PESSAH – A Páscoa
A Festa da Libertação
A Páscoa é a festa que comemora um dos episódios fundadores da fé judaica: a passagem do anjo exterminador que matou os primogênitos dos egípcios e poupou os hebreus. É a recordação da saída do Egito, onde o povo hebreu era escravo do faraó. Deus ouve o clamor do seu povo e o liberta. A Festa do Pessah é celebrada durante sete dias.
SHAVUOT Festa que lembra a entrega dos 10 mandamentos e as primícias da colheita. A Shavuot corresponde a Pentecostes, pois é celebrada cinqüenta dias após a Páscoa judaica. É uma festa muito importante, pois celebra a revelação da Torá ao povo de Israel por volta de 1300 a.C. A Torá é o livro sagrado dos judeus. Atualmente essa celebração se tornou uma festa caseira com grande fartura de alimentos com o objetivo de comemorar bikurim - uma boa colheita.
3. Elaborem cartazes com figuras de símbolos religiosos, dando destaque aos símbolos do Judaísmo – tema do nosso aprendizado atual.
4. Façam
exposição de alimentos que representam as refeições judaicas. Podem ser através de recortes de revistas, desenhos ou até mesmo alimentos “de verdade”, o que poderá resultar numa bonita partilha entre amigos.
5. Registrem os momentos de pesquisa e exposição e criem
um portifólio (veja esquema de portifólio no site www.otranscendente.com.br). Se sua escola possuir uma página na internet – veiculem, através dela, os trabalhos criados. Não se esqueçam de enviar fotos para nós – equipe do Jornal – para que possamos divulgar este valioso trabalho.
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Caros alunos, Nesta edição de OT, em meio aos ensinamentos apresentados sobre a religião e a cultura judaica, destacamos, para um aprofundamento mais sério, os temas: Holocausto e Bullying. De certa forma, esses assuntos se entrelaçam, pois se trata de “Intolerância” - um grande mal que vem crescendo em nosso tempo. O Holocausto, matéria da página 8, ocorrido durante a segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), teve como princípio a intolerância. Este fato histórico deixou uma forte chaga no coração da humanidade e, especialmente, no povo judeu. Adolf Hitler foi o ditador que provocou o horrível genocídio. Para ele, nenhuma raça era superior à raça ariana – germânica. Por esta razão, o exército alemão foi induzido a um gravíssimo erro humanitário, exterminou pessoas e povos que Hitler considerava indesejados: testemunhas de Jeová, ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais e, sobretudo, os judeus. Seis milhões de judeus foram assassinados pelas maneiras mais cruéis possíveis.
O Bullying, conforme apresentado na página 10, é uma atitude de violência física ou psicológica, frequente e sistematizada, portanto, permeada de intencionalidade, ou seja, de maldade. O Bullying é um mal que aparece com grande ênfase em nossa atualidade. Por essa razão, merece uma ampla reflexão por parte de educadores, alunos e suas famílias. A discussão tem que ser clara e aberta, expondo toda a gravidade contida nesse ato e suas conseqüências, inclusive criminal. Como sonhar com um mundo melhor, mais justo e mais humano se desprezarmos o princípio do relacionamento harmonioso e respeitoso?
Após ler os textos do jornal, a turma poderá aprofundar pesquisas sobre os temas Holocausto e Bullying e realizar atividades sobre os mesmos: Sob a orientação do (a) professor (a), discutir em grupos sobre essa problemática nos dias atuais. Observar o cotidiano escolar e perceber sinais de “bullying” entre os alunos.
Convidar os alunos para falarem o que refletiram sobre os assuntos abordados – Holocausto e Bullying. Em plenário, discutir sobre possíveis focos de “bullying” na turma. Elaborar cartazes sobre o tema bullying e expô-los no mural da escola.
“Durante a vida, nenhum ato, nenhuma palavra, são indiferentes. Tudo deixa um rasto, transforma-se em semente: é como uma pedra que atiras na água; de círculo em círculo, o movimento atingirá a margem distante”. (Ivone Tual)
Reflita com seu grupo: Qual o sentido desta frase e de que forma ela relaciona nossas atitudes e ações com as consequências de vida?
O Judaísmo é rico em símbolos que norteiam a fé dos seus fiéis. Eles estão inseridos na vida dos judeus, que os utilizam em seu cotidiano nas celebrações festivas, nas orações e em memória à história do seu povo. Outros símbolos relevantes são: Arca: Para a comunidade judaica, a sinagoga é o principal local de encontro. Dentro da sinagoga não há imagens nem objetos no altar. A atenção especial dentro da sinagoga é a Arca – um tipo de armário que fica na parede oriental, na direção de Jerusalém e serve para guardar os rolos de pergaminhos da Torá. Os judeus mantêm uma lâmpada acesa diante da Arca. Pergaminho: Era uma pele de cabra ou ovelha especialmente tratada para que nela se pudesse escrever. Depois de escritos, enrolavam os pergaminhos, formando rolos. mENORÁ: É um tipo de candelabro, geralmente de ouro, com sete bra-
ços, cheios de óleo de oliva ou com velas. O menorá é mantido aceso no Templo de Jerusalém. Ele simboliza a sabedoria divina. Mezuzá: É um estojo pequeno que é fixado no batente direito da porta da casa de um judeu. Dentro do mezuzá é colocado um pequeno rolo de pergaminho com versículos da Torá. Em geral, é colocado o mandamento de servir fielmente a Deus e ensinar as leis aos filhos, dentro e fora de casa. Estrela de Davi: É conhecida também por escudo de Davi (Rei Davi). A estrela de Davi se encontra no centro da bandeira de Israel. Ela tem seis pontas e é formada por dois triângulos entrelaçados. Ela foi usada como distintivo de identificação, aplicado pelos nazistas, nas roupas dos judeus prisioneiros na Segunda Guerra.
A Torá é o livro sagrado dos judeus que compreende os cinco primeiros livros da bíblia dos cristãos – o chamado Pentateuco. Todos os ritos, as celebrações e o fundamento da fé judaica estão fundamentados na Torá, que orienta o “sentido do viver do povo judeu”. Em turma ou, em casa, com os pais, fazer uma pesquisa na Torá (pode ser usada a bíblia dos cristãos), buscando, nos textos sugeridos a seguir, expressões do contexto que chamam a atenção como ensinamento para a vida. A Libertação: projeto de vida - libertação do povo de Israel Abrãao, o homem da fé. Gn 12, 1-9.
O rei Artabon mandou ao rabino Jehuda uma pedra muito preciosa, pedindo em troca um presente de valor. O rabino então lhe enviou uma mezuzá, um pedaço da Sagrada Escritura em pergaminho, colocado dentro de um estojo, que é afixado no batente da porta como sinal de fé e para proteger a casa. O rei ficou enraivecido, pois isso lhe parecia insignificante. Disse o rei: Através da fábula, refletir sobre o sentido dos símbolos na vida das pessoas de fé: Qual diferença você percebe entre os valores dos dois presentes da fábula?
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Páscoa judaica: ritual e compromisso para a libertação. Êx 12, 43-50
-Eu mandei a você uma preciosíssima pedra e você me retribui com algo sem valor algum?! O rabino respondeu: - É verdade, os dois presentes têm valores muito diferentes. O seu presente - a pedra preciosa - sou eu quem deve protegê-lo. No entanto, o meu presente - o mezuzá - será ele que lhe protegerá! Você reconhece a importância dos símbolos em sua vida? Quais símbolos marcam a sua religiosidade e fé?
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